PUBLICO - Bimby Publica

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 24 • 24 Maio 2009 • Pública cozinha  A vida depois da Bimby  Jov ens c asai s, so ltei ro s, r efo rmad os, homens, mulher es. D esde que o rob ô de coz inha entrou nas suas casas, têm mais tempo para os lhos, alimentam-se melhor e vão menos vezes ao restaurante, dizem. Os grandes chefes também já se renderam.  E nem a cri se af ect ou o negó cio. Já há 80 mil Bimb y nas casas port ugue sas.  É nor mal, dize m os inv estigado r es universitários: desd e qu e se inv ento u a electricidade que há sempre revoluções tecnológicas a acontecer nas cozinhas. Texto Ana Rita F aria

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cozinha 

 A vida depois

da Bimby  Jovens casais, solteiros, reformados, homens, mulheres. Desde que o robô de cozinhaentrou nas suas casas, têm mais tempo para os filhos, alimentam-se melhor e vãomenos vezes ao restaurante, dizem. Os grandes chefes também já se renderam. E nem a crise afectou o negócio. Já há 80 mil Bimby nas casas portuguesas. É normal, dizem os investigadores universitários: desde que se inventoua electricidade que há sempre revoluçõestecnológicas a acontecer nas cozinhas.

Texto Ana Rita Faria

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No frigorífico de Rosário Barreto,uma das mais antigas utilizadorasda Bimby em Portugal, estãocolados papéis com a lista dasrefeições para essa semana e apróxima. A família — composta

por Rosário, o marido e dois filhos adolescentes— almoça e janta em casa todos os dias, mas estátudo sob controlo. Se não é a dona da casa a

cozinhar, é a empregada e, nesse caso, a listadas refeições indica sempre em que volumee página da infindável colecção de livros dereceitas da Bimby está o prato daquele dia.

Para esta professora de 49 anos que vive emLisboa, o robô de cozinha da moda tornou-se“o melhor amigo”. Foi das primeiras em Por-tugal a adquiri-lo, em 2000, na altura em quepoucos tinham ouvido falar de uma máquinaque pica, rala, corta, bate, amassa, mói, tritura,pesa, emulsiona e cozinha. E, no final, até selava praticamente sozinha. Já há cerca de 80mil em Portugal e só nos primeiros três mesesdeste ano já se venderam quase 2500, mais 46por cento do que no mesmo período de 2008.É a prova de que nem mesmo o preço — 940euros — tem sido dissuasor.

Olhando para os nove anos de Bimby na suacozinha, Rosário Barreto vê quanta coisa mu-dou. Deixou de comer tantas vezes no restau-rante e de encomendar comida fora, até quan-do está de férias, pois leva a Bimby. Passou areceber mais amigos em casa e a fazer pratosque nunca tinha experimentado, ganhou maistempo para estar com os filhos e passou a teruma alimentação mais variada e saudável.

“Antes tinha preguiça de fazer sopa e, hoje,

há sopa todos os dias”, explica. Rosário Bar-reto diz que a Bimby faz as melhores sopas do

mundo, e a história da máquina parece prová-lo. Inventada por um grupo de engenheiros daempresa alemã Vorwerk, nasceu como umamisturadora e batedeira à qual se acrescentouuma função de aquecimento (fogão), por suges-tão de chefes de cozinha franceses, que que-riam usá-la para confeccionar um dos pratospreferidos da culinária francesa: a sopa.

Ao longe de mais de 30 anos, a Bimby foi-seaperfeiçoando até se converter numa multifun-

ções. Hoje, dá para fazer tudo, excepto fritose grelhados. Os tradicionais equipamentos dacozinha, como a varinha mágica, a trituradora1,2,3 e a balança tiveram reforma antecipada.E até o fogão perdeu protagonismo.

Em casa, o fogão já não faz falta Na casa da educadora de infância Marta Florên-cio, na Charneca da Caparica, o fogão está ta-

pado por uma placa de vidro e, no cimo desta,está a Bimby. O robô de cozinha foi, mais doque um luxo, uma necessidade. O marido tra- balha todos os dias até às 22h ou 23h e, quandoa filha nasceu há três anos, Marta (de 30 anos)nunca conseguia chegar a casa antes das 20h.Com três jantares para fazer, Marta estava “de-sesperada”. “Tinha de arranjar uma soluçãopara deixar de queimar a comida e para con-seguir ter mão em tudo”, conta.

Comprou a Bimby por indicação de uma ami- ga e passou a “andar muito mais bem-dispostae menos stressada”. Já conseguia dar banho àfilha, brincar com ela ou arrumar a casa en-quanto o jantar estava a fazer. Deixou de pas-sar pelo café, de onde trazia comida para casatrês vezes por semana. Além disso, aprendeu

a gostar de cozinhar. Hoje faz um bolo todasas semanas e adora cozinhar açorda com peixe

 grelhado, bacalhau à Brás e com natas, arrozdoce e leite-creme. Já não compra pão integralou iogurtes líquidos. Faz em casa.

O mesmo acontece com Susana Amiguinho,que foi influenciada pela colega Marta a com-prar a Bimby há um ano e meio. O fogão foiposto a um canto e, desde que tem a máquina,esta educadora de infância de 33 anos só c

CaipirinhasTempo 20 seg.Ingredientes70 gr. de açúcar; 100 gr. de cachaça; 900

 gr. de gelo; 3 limasPreparaçãoColoque no copo o açúcar e pulverize15 seg/ Vel.9. Adicione a cachaça, aslimas partidas em quartos e pressione obotão Turbo 2 a 3 vezes. Deite num jarroe reserve. De seguida, pique o gelo de300 em 300 gr. na Vel. 5 e vá deitandopara um jarro. Envolva com a ajuda daespátula.

Pão Integral com SementesTempo 3,30 minN.pax 10-12 pãesIngredientes280g leite; 25g margarina culinária;5g sal; 10g açúcar amarelo ou mel;

30g fermento de padeiro fresco; 20g sementes de linhaça; 20g sementes desésamo; 20g sementes de girassol; 290g farinha integral; 150g farinha (tipo 65)PreparaçãoColoque o leite, a margarina, o sal, oaçúcar, o fermento e programe 1,30 min/37º/ Vel 2. Junte as sementes, as farinhase amasse 3 min/ Vel espiga (botão espiga).Retire e modele o pão, poderá fazer umsó pão ou pães individuais com 85g cada.Coloque num tabuleiro polvilhado comfarinha, aguarde que dobre de volumenum local morno. Leve ao forno pré-aquecido a 180º cerca de 20 minutos.

Os tradicionais

equipamentos da cozinha tiveram reforma antecipada. Até o fogão perdeu protagonismo

Marta Florêncio, 30 anos,deixou de queimar a comidae até já gosta de cozinhar

   A   N   A   B   A   N   H   A

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cozinha 

o ligou uma vez, porque o filho queria ovosmexidos com salsichas. “Ainda não sabia quetambém podia fazer isso na Bimby.”

Além do tempo que passou a ter para “lavarou passar a roupa e dar apoio nos trabalhosde casa aos filhos”, Susana começou tambéma comer comida mais saudável. E até o refo-

 gado, que deixou de fazer depois de algunsproblemas de saúde a terem arrastado para

uma dieta rigorosa, voltou à ementa. “Como aBimby tem temperaturas controladas até 100 graus, faço um refogado saudável, com muitoslegumes”, explica.

Susana Amiguinho — que optou por comprara prestações — diz que, apesar de o investimento inicial na máquina ser alto, as poupanças queconsegue fazer com a sua utilização pagam adespesa: “Só o que poupei em iogurtes e gás,sem contar com a água que gasto a menos pornão lavar tachos, já dá para pagar a mensalidade da Bimby.”

Uma pesquisa realizada recentemente pelaempresa que tem o exclusivo da comerciali-zação da máquina em Portugal, a WorwerkPortugal, parece confirmar esta ideia. EntreNovembro e Dezembro de 2008, uma equipa

da empresa correu várias grandes superfíciescomerciais na região de Lisboa e observouquanto custavam três produtos (pão, iogurtede fruta e sumo natural) e quanto custava comprar apenas os ingredientes necessários à suaconfecção. A conclusão foi a de que, se umapessoa fizer estes alimentos na Bimby em vezde os comprar, poderá poupar até 1356 eurosnum ano.

“A máquina tem um grande potencial de op-

GaspachoTempo 3 a 5 min.Para 6 pessoasIngredientes1kg tomates muito maduros (compele); 1 pimento vermelho pequeno;1 dente de alho; 1 pedaço pequeno decebola; 1 pepino pequeno parcialmentedescascado; 1 limão descascado sem

casca branca, nem caroços ou vinagre;sal; 50gr. azeite; água ou gelo a seu gosto.PreparaçãoColoque no copo todos os ingredientes,excepto o azeite, e programa de 3 a 5min., dependendo da qualidade dotomate, Vel.9. Incorpore o azeite e mexabem com a espátula. Adicione água ou

 gelo a seu gosto. Sirva com verduraspicadas e pão cortado em cubos.

 Arroz de patoTempo 50 min.Para 5 pessoasIngredientes1 pato pequeno partido; ½ chouriço decarne; 100gr. de bacon; 1 l água2 caldos de galinha; 30gr. molho de soja200gr. vinho branco; 50gr. óleo; 50gr.azeite; 500gr. arroz; 1 cebola; 1 dente dealhoPreparaçãoColoque no copo a cebola e o alho e pique8 seg., Vel.5. Junte o azeite e programe7 min., Temp. Varoma, Vel. 1. Adicioneo vinho, o óleo, o molho de soja, oscaldos, o pato, o chouriço e o bacon eprograme 30 min, Temp. Varoma, Vel.Colher Inversa. Retira e desfie a carne,corte o chouriço em rodelas. Reserve.Pese o molho do refogado e acrescente

a diferença em água até 800gr. e cozao arroz no cesto durante 20 min,Temp. 100º, Vel.4. Coloque oarroz num tabuleiro de barroou pirex, misture com a carne eenfeite com chouriço. Leve aoforno para corar.

“Facilita a vida aos cozinheiros.

Quase só a uso para  triturar porque temo motor mais forte do mercado”

 José Avillez, chefedo restauranteTavares Rico, temtrês Bimby, masnenhuma delasem casa

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timização e é isso que tem levado cada vez maispessoas a comprar”, explica Isabel Padinha,directora-geral da Vorwerk Portugal. No anopassado, a empresa (que vende Bimby exclu-sivamente no território nacional) facturou 25milhões de euros, o que representa um cresci-mento de 36 por cento em relação a 2007.

Mudanças também na cozinha gourmetQuando Maria Paula Vilhena Mascarenhascomeçou a fazer a sua tese de doutoramentosobre A cultura alimentar nos grupos domésti-cos: Cascais 1960-2005 , a Bimby estava ainda a

nascer. Como muitos dos primeiros agentes de venda da máquina eram da zona de Cascais, asocióloga de 54 anos esteve presente nas pri-meiras reuniões de vendedores e, embora nãotenha estudado o produto, foi acompanhandoo seu crescimento.

Consciente de todas as “revoluções” porque a cozinha já passou até aos dias de hoje, adocente da Universidade do Minho consideraque a Bimby é apenas mais um passo na “cres-

cente tecnificação da cozinhadoméstica”.

“Tudo começou com as‘novas’ fontes de energia(gás e electricidade), seguiu-se o frigorífico e a arca, que

permitiram conservar os ali-mentos e espaçar as compras,

e culminou com o micro-ondas”,

explica Paula Mascarenhas. Ago-ra, adianta a socióloga, é a vez de aBimby dar o seu contributo para agilizar

e aliviar as tarefas domésticas, além de respon-der ao “novo paradigma de uma alimentaçãosaudável.”

Não é apenas nos lares que a Bimby marcapresença. O robô de cozinha já entrou em algu-mas das mais conceituadas cozinhas nacionais.O chefe José Avillez, de 29 anos, tornou-se fãda máquina por causa da limonada, que é feitaaproveitando também a casca dos limões.Praticamente todos os seus outros co-legas de profissão usam a máquina,adianta José Avillez, explicandoque “a Bimby e os seus pares só vieram facilitar a vida aos cozi-

nheiros, permitindo que estesnão tenham de estar semprelá e possam ter mais tempopara pensar”.

Hoje, tem três máquinas:uma no restaurante de luxoTavares Rico e as restantes nasua empresa de catering . Emcasa, nenhuma. “Quase só uso aBimby para triturar porque tem o mo-

tor mais forte do mercado”, explica. Por causadisso, consegue molhos, purés e gelados maisleves e cremosos.

Foi também a capacidade da Bimby paraemulsionar molhos e triturar que atraiu o chefeVítor Sobral, de 42 anos. “Os meus molhos mis-turam vários sabores e, por isso, necessitava deum bom liquidificador”, explica. Além disso,usa geralmente a máquina para triturar frutos

secos, para fazer massa de pão torrado, moera pimenta ou o pão para as migas. Tem váriasBimby e também uma das suas concorrentes, aTaurus, e, apesar de não as usar para cozinhar,reconhece as vantagens que podem ter para amaioria das pessoas.

“A Bimby trouxe uma grande vantagem àspessoas que não sabiam cozinhar, porque searriscam mais a fazê-lo em casa e isso melhoraa qualidade da sua alimentação e da sua vida”,explica Vítor Sobral. Por outro lado, “quem c

Alda Alves doRio, 59 anos, amaior vendedorada Bimby emPortugal: 1180unidades

Henrique Pereira,65 anos, tem maisconvidados para

 jantar e usa aBimby para darfestas temáticas

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cozinha 

 já sabe cozinhar consegue tirar mais partido damáquina e poupar tempo na tarefa”, conclui.

 As BimbólicasApesar de sempre ter adorado cozinhar, Caro-lina Dengucho tardou a conseguir adaptar-se àBimby. Ou, melhor dizendo, a que a Bimby seadaptasse a ela. É que, há três anos, quando amáquina lhe foi oferecida pela mãe por vir acaminho mais um neto, esta professora de 37anos não encontrava o que cozinha .

“O livro de receitas que existia tinha sidoadaptado do espanhol e não tinha nada a vercom a cozinha portuguesa, pelo que a única coi-sa que fazia eram as sopas”, explica Carolina. Eassim teria continuado se não tivesse surgido oFórum das Bimbólicas, um dos muitos espaçosna Internet destinados à partilha de receitas edicas entre as utilizadoras do robô da VorwerkHoje, é moderadora e a participante que maisreceitas colocou no site: 288. E, já se disse, exis

Salmão com Legumes ao vaporTempo 27 min.Para 2 pessoasIngredientes2 lombos/postas de salmão fresco; salq.b.; 1 ramo de alecrim; 200 gr. cenouradescascada; 200 gr. courgettes com casca;800 gr. águaMolho

1 chalota2 c. sopa de cebolinho2 iogurtes naturais1 c. sopa de mostarda DijonSal e pimenta q.b.PreparaçãoColoque os lombos de salmão sobre umafolha de alumínio e tempere com sal ealecrim. Feche bem as pontas da folhade alumínio para formar um embrulhoe coloque-o no tabuleiro superior daVaroma. Com a ajuda de um descascadorde legumes, corte as cenouras e ascourgettes longitudinalmente, em tiras de0,5 cm, como massa tagliatelle. Coloqueos legumes na Varoma e introduza otabuleiro com o salmão. Deite a água

no copo, coloque a Varoma e programe25 min, Varoma, Vel.1. Retire e reserve.Retire a água do copo.Molho Sem lavar o copo, coloque achalota, o cebolinho e programe 5 seg.,Vel.5. Adicione o resto dos ingredientese programe 2 min., 60º, Vel.2 Sirva osalmão com os legumes e regue com omolho.

Mousse de chocolate “light”com nozes torradas

Tempo 7 min.Para 4 pessoasIngredientes250gr. natas de soja; 200 gr. chocolatepara culinária; 2 gemas; 40gr. vinhodo Porto; 20gr. manteiga; 50gr. nozestorradas.Preparação Coloque no copo todos os ingredientes,excepto as nozes, e programa 7 min,70º, Vel.2. Quando terminar, bata 15 seg,Vel.6. Envolva a mousse com 40gr. denozes e deite em taças pequenas. Leve aofrigorífico até ficar firme. Enfeite com asnozes restantes.

Rosário Barreto,49 anos, leva aBimby para fériase passou a fazersopa todos os dias

“Trouxe uma grande vantagem a quem não

sabia cozinhar, porquese arriscam mais a  fazê-lo em casa”

Vítor Sobral nãousa a Bimby paracozinhar, masreconhece assuas capacidadesde triturar eliquidificar

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tem inúmeros livros em português.A partir do momento em que começou a fa-

zer tudo na Bimby, diz Carolina, muita coisamudou. Quando casou, disse ao marido quenunca cozinharia cozido à portuguesa e fei-

 joada. Também explicou que detestava baterclaras para fazer os bolos. Com a Bimby, a fa-mília regala-se com pratos típicos portuguesese os filhos conseguem comer doces feitos em

casa.A morar em Coimbra mas a dar aulas emViseu, esta professora andava sempre numacorreria para fazer o jantar, cuidar dos filhose arrumar a casa. Agora, “põe o jantar a fazere, em 20 ou 30 minutos, tem o prato na mesa.E sem deixar de brincar com os meus filhos,que é mais importante”. A mais velha, de se-te anos, já cozinha sozinha na Bimby desde oano passado.

Mesmo pertencendo a uma geração mais ve-lha, Henrique Pereira, de 65 anos, aderiu ànova tecnologia de cozinha. Sempre gostou de cozinhar e o “horário ma-luco” da mulher, que é professo-ra, transformou esse gosto nu-ma necessidade. Hoje, cozinha

todos os dias na Bimby — atéporque é “avô a tempo intei-ro” de duas meninas —, temmais convidados para comerna sua casa (no aniversário dafilha usou a máquina para co-zinhar para 105 pessoas) e usao robô para dar festas temáticas(Brasil, Cabo Verde, jantar de S.Martinho).

Henrique acabou por entrar também nomundo das vendas. Por pouco tempo, é certo,mas o suficiente para vender 18 máquinas. Amaior vendedora nacional de Bimby chama-se Alda Alves do Rio, tem 59 anos e, em noveanos já vai nas 1180 unidades. Para vender amáquina, deixou o emprego como secretáriade seguros e integrou a pequena equipa daWorwerk, que, na altura, tinha apenas quatro

 vendedoras. Hoje, são mais de 1400 — a Bimbynão é vendida em lojas, os vendedores vão acasa dos potenciais clientes e fazem demonstra-ções. O Centro e Norte do país são zonas que,no final de 2008, tinham quase 16 mil Bimby,segundo a Worwerk Portugal. O grosso das ven-das concentra-se na região de Lisboa e Vale doTejo (mais de 45 mil) mas o Alentejo assumetambém destaque, com quase 14 mil máquinas.O Algarve fica-se pelas 3100.

Responsável por um grupo de 24 vendedo-

res, Alda Alves consegue ganhar entre quatromil a cinco mil euros por mês. Apesar de já terfeito milhares de demonstrações, não gosta decozinhar. Quem usa a Bimby do seu apartamen-to em Cascais é o marido, Salvador, de 62 anos.É ele que, por estar já reformado, organiza aagenda da mulher, trata da contabilidade e aacompanha nas visitas a clientes por todo opaís, e não só. É que Alda já vendeu tambémno estrangeiro, enquanto passava férias na Aus-trália, Bélgica, Londres e Brasil — e conseguiuclientes em Angola.

Alda Alves está sempre atenta. Um dia, en-quanto fazia compras no supermercado, viuuma senhora com um carro cheio de iogur-tes. Perguntou-lhe por que é que levava tantosiogurtes se existia no mercado uma máquinaque, a partir de um, fazia dez. A senhora ace-deu a ver uma demonstração. Mais uma Bimby vendida.a

[email protected] 

Quando secasou, CarolinaDengucho, 37anos, disse aomarido que nuncafaria cozido àportuguesa

SusanaAmiguinho,33 anos, estáa pagar aBimby aprestações,mas diz quevale a pena

 Ve rso. Qua l idade  ve rsá t i l.

Mo no vo lu me co m  7  luga

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