Pulsátil - Poemas Canhestros e Prosas Ambidestras - Sammis Reachers
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PulstilPoemas canhestros &prosas ambidestras
B-Sides
LIVRO GRATUITO
2014Textos, fotos, ilustraes e edio:
Sammis Reachers
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No poeta aquele que no haja sentido a tentao dedestruir a linguagem e de criar outra, aquele que nohaja experimentado a fascinao da no significao e
da no menos aterradora significao indizvel.Octavio Paz
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ndiceApresentao ............................................................................... 06
Poemas ........................................................................................... 07Vou-me embora pra Pasrgada ............................................................................ 07O editor de Poesia ...................................................................................................... 09Parabellum .................................................................................................................... 11A morte de Samuel Ricardo ................................................................................... 13Farmacopia Ekklesia .............................................................................................. 14A Pscoa do Equalizador ......................................................................................... 15Da converso de Samuel Ricardo, jaguno de Lampio, no serto daBahia, em 1931 ............................................................................................................ 16A ltima Aurora ........................................................................................................... 17Aos telogos formados, em formao, aos cardumes por nascer .......... 18O Reino ............................................................................................................................ 19Aos 24 anos (pouco) antes de Cristo ................................................................. 20Aria of Sorrow .............................................................................................................. 21Crepsculo dos Deuses: Ragnark ...................................................................... 22Da Centria perdida do (falso) profeta Nostradamus ................................ 23Evanglica, Poesia ...................................................................................................... 24
Foucault e eu ................................................................................................................ 25Fundao Roberto Marinho ................................................................................... 26Hai Kai ............................................................................................................................. 27Lamento maneira antiqua ................................................................................... 28Mar Ocidental ............................................................................................................... 29Menina-mulher ............................................................................................................ 30O poema pitanga ......................................................................................................... 31Cantiga dos Moleques Fruteiros .......................................................................... 32Moleques moleskines feitos de Jamelo ........................................................... 34
O poeta um desvelado ........................................................................................... 35PADMA ... 36Peter Pa(i)n ..... 37Skywalker, Anakin: JEDI .........38Sobre meninos e lobos ............................................................................................. 39Casadoiro ....................................................................................................................... 41Equvocos ....................................................................................................................... 42Num bordel em Alexandria .................................................................................... 43Rimbaudiano ................................................................................................................ 44
Ofcio ................................................................................................................................ 45Mote ................................................................................................................................. 46
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O Zepelim Salmo ....................................................................................................... 47Pew, o Cego ................................................................................................................... 48Portes de Esparta ..................................................................................................... 50Vaidade das vaidades ............................................................................................... 54
Jorge Lus Borges ........................................................................................................ 55A Ilha (Secreta) de Patmos ..................................................................................... 56
Foto:Jurujuba.............................................................................................................. 57
Poemas primrios: So Gonalo de Todos os Santos... 58DIZ ..................................................................................................................................... 59Apologia DEu............................................................................................................... 60A Sute do Tempo e da Morte ................................................................................ 61
Tolices ............................................................................................................................. 62Do Asfalto ....................................................................................................................... 63
Objeto-poema: Machina Signifria .................................................................. 64
Reflexes, Frases e Flashes ................................................... 65
Pintura: CRUZ ............................................................................................................... 88
Esparsas Prosas .......................................................................... 89
Sobre essa menininha, a Esperana ................................................................... 89INGRESSOS VENDA Apenas para os que no podemcompr-los .................................................................................................................... 97Deus das circunferncias ........................................................................................ 98Jaso ................................................................................................................................. 99Espasmos de Ecoteologia ..................................................................................... 100Exposio-para-a-aniquilao do fariseu em mim .................................... 101
Foto:Abstrato............................................................................................................ 102
A Poesia Carnal de Mathias Raws .................................... 103Pulstil .......................................................................................................................... 103De como o poetastro cnico Samerson Mesmer Fassbender desconstri,em catastrficos versos, as sofridas heronas dos contos infantis ..... 104Ocarina de Bodom ................................................................................................... 106Na esquina da Duque de Caxias com a Rio Branco .................................... 109
Autorretrato: Bufo, Clown de Pasrgada e mestre falsrio, chora emtintas a morte de Calope....................................................................................... 111
Sobre o autor..................................................................................................... 112
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Apresentao
Este livro uma estranha antologia: reuni aqui poemasesparsos, dos mais novos aos mais antigos, de bons comunspoemas a B-sides, mas que no entraram, por quaisquermotivos, nos meus livros anteriores.
E ainda um resgate: poemas de meu primeiro, terrvel (deruim) e renegado livrinho, So Gonalo de Todos os Santos(1999).
Salgando a miscelnea, a segunda parte do livro rene umapequena seleo de frases e pensamentos, geralmente
publicados no Facebook. Alguns espontneos, outrosmeditados, alguns devocionais, outros de vis mais carnal,satrico, espirituoso ou apenas gotculas de cido destilado. Eainda algumas reflexes e prosas maiores.
Falando em carnalidade, o livrinho termina com algunstextos de um certo Mathias Raws, falsrio de passaportes eladro de bancos (regenerado) ingls, de cujo um poemaretirei o ttulo para este livro.
E para completar a medida de balbrdia em tudo isso,toques de minhas sinistras, canhestras incurses pelas artesplsticas tambm esto aqui, na figura de uma pintura, umobjeto e fotografias.
Provocaes, bales de ensaio testando limites, tentandoos limites: sem estranhamento no h arte, no h literatura(mas apenas pedagogia, e a mais ch), sem o perigo dasbordas do abismo hertico, no se pode fazer boa teologia, nose pode expandi-la. Riscos que se corre e riscos que assumo,pois no vejo outra opo para justificar-me enquanto escritor.No saberia fazer nada diferente.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lado_A_e_lado_Bhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lado_A_e_lado_Bhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lado_A_e_lado_B -
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Poemas
Vou-me embora pra PasrgadaVou-me embora pra Pasrgadal sou amigo do Reilutamos juntosna Guerra Civil Espanholasalvei-lhe a vida(que ele perdera num jogo de carteado,bem longe da lia)
Em Pasrgada os dias so bem mais longose eu no precisarei trabalhar, ou ao menosno morrerei desse mal soturno.Tenho l seis namoradinhasNatlia Bruna Tabita Renata Tayanee uma outra Brunae terei tempo para todas,pois o tempo em Pasrgada maior mais livre mais fosforescentee aos domingos irei pescar com meu amigo El Reiou pratic-lo no jogo de cartas,para que ele em apostando a vida no a percae ao no perd-la seja tambm imortal como os demais deusesasiticos.
Vou-me embora para PasrgadaEla fica no outro lado do orbe,no centro e topo da alteridade mesma:l as cartas de cobranajamais chegam em minha humilde portae as mensagens so transmitidas por meio dos beijos,a estranhinsuspeitinstintiva (e doce) linguagem sem lxicoque no carece de dicionrio que a traduzaou gramtica que a codifique.
Em Pasrgada tenho salvo-conduto em cada cantoe uma banda de rock onde canto e dou enfim utilidade a meus poemase as peles de meus inimigos, oh, so tapetes onde pisona Grande Biblioteca Real, onde deito em livrosa meia metade de meus dias de fausto.
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Em Pasrgada meu amigo o Reiconheci-o num jogo de cartas dos derrotados em Bilbaoporm em Pasrgada, amigos, nunca mais perderemos.
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O Editor de Poesia
Sou um antologistalido com volumes dantescos, homricos, catastrficos
de poesiamarranos cabalistas de um Sculo de Ouro,americanos movidos a LSD e mescalina
franceses efeminados sul-americanoscom rano de Champs-lyses ou comversariamentos crioulos de Marx
Sim, sou um editor e antologista, lido
com volumes dantescos homricos catastrficosde VIDA,marroquina espartanaturcomena cigana mujahedinexplodindo cafs em Berlim tanques em Pequimou silncios na Revoluo dos Cravos
e deixando estrategicamente poemas nos bolsos dos cadverescomo os war poetsingleses
que sero publicados numa revista qualquer aleme que com exclusividade deitarei ao vernculo,ao cotejar com as verses em castelhano de Tradutor A e Tradutor B
sou um acumulado de livros, um ndice de enciclopdia ou decamaradas,uma biblioteca que esquece-se na semana seguinteamigo de dores de Cames e Tassode culpa herdada de Bachmann e Celan,
um acumulado de suicdios impressoem tamanho A5 papel plen capa 4xcores laminadasem orelhas como um Van Gogh num espelho
L venho eu pela estao Cinelndia, sapatos de dndi,chapeletagaucheroupas de um outsider- s um homenzinho com uma bolsa enorme depapis e vveres,bananas e po
cristo protestante um provisrio (hiper)hebreuTzara triste (des)amparado em livrosruminando sobre como desferir uma cantada Moraesiana-Eluardiana
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nas solipsas atendentes da Biblioteca Nacional
Quanto a esses poetas, amigos invisveis de uma criana solitria,como um Kohlet, um Salomo que quer manter a paz em seu harm,
amo a grosso modo a todos eles, sem acepoos que esto ao meu lado, co-navegantes do mesmozeitgeistou os que esto nas estantes de baixo, ou nas-cendo nas de cima
Como o estivador de uma Ode Triunfal ou um contrabandista francsmercando armas numa guerra africana, trans-porto-os, e se abrao-os assim to forte,
num enlaar que como um sorver a minha vida, para continu-los em celulose,em bits,em vocs.
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Parabellum
Sentar-me no banco 023 do Campo de Santanaobservar as cutias equilibrando-se sobre duas patas
para roer amndoas ou um mapa do cuque algum apressado estudante deixou cair
Pensar em voc, Noivinha de Cristo,escrever o mais lindo poema de amorde toda uma dcada, de toda estacamonicamalenica lngua
Mas no; e se no posso t-la, que a Literatura
no me possua o poema, que ele morra arqutipo,abortado em mrmore na tumbadas perfeies platnicas.
Os Imperativos Morais, esses radiososdemnios concebidos na Luz,a tudo manietam-me,e dizemresista soldado
combata soldadomorra combata resitacombata morra morra
Estou morto, ces de guarda,sou um de seus santos, souuma sua besta de carga.
Teus olhos estelares,
Princesa do Planeta Koryanderso a magnum opus de Cristo,sis concentrados cujo fogoqueima sem arderabrasando at as cinzas de cinzas de cinzasde meu corao,como quem chama Lzaro para fora...
Gosto de quieto observ-los
como um iogue observa uma mandalaem busca de libertao, de samadhiou como um exausto soldado de Cristo
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observa todo o esplendor do Fimdeste sistema inquo de coisas
que nos separam, grande apocalipse meu.
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A Morte de Samuel Ricardo
Para Kivitz, o temeroso da morte
Estou sentado solitrio em meu sof,nesta sexta-feira da longa Paixo,e ao contemplar a janela,a luminosidade que ela deixa passarfiltrada pela difana cortina de linho,penso que um dia a Morte entrarpor esta mesma janela, arrombando-a;ser talvez pela tarde, uma tardezinhade paz e livros e solido como esta.Entrar epifnica, com um estrondode trovo, a Morte um dragode escamas lindas, azuis como o cu e o mar.Entrar arrombando os ferros,explodindo a casa, ela a Morte,a coisa mais desejvel depois do Rei.
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Farmacopia Ekklesia
Ei-locrucificado em (forma de) flor,
espiral de galxia primalEle-o-amor
Vamos, cristos, industrializemos-lheo santo Sangueconsubstanciaremos cpsulas com ele- Marias juntem suas mosem forma de concha,de graal
capturemuma gotado Sangue
Criaremos cpsulas, comprimidos deAmor Kerigmtico,o amor da Proclamao;Amor Emptico,o amor pelos que sofrem;
Amor Charismtico,o amor de perdoar.
Vamos, cristos, apressemo-nos- Tome senhor, tome senhora,ei!, menina, aquias suas cpsulas de hojeEi, rapazinho, engulaesse pranto, e tome junto as cpsulas:
Ele-aquela-florj ressuscitou, e vocpara sempre foi desabilitado de morrer.Sim, voc que sonhou sempreser um guerreiro imortal: sorria,soldado. Ele-a-tua-blindagemchama-te, convida-nos para fora:
Vamos para fora combater.
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A Pscoa do Equalizador
Cruz lent'arralastrando-lhe os passosn'nvios pedaos do vil
caminho
direo a mais contrria do ninhomarcha o magro Deus para o antiabrao
espadas, crucifixos passosabraos cancelados
pelo caminho"jamais o conheci"
diz o covardecrasso
j tristetecida a coroa despinhoo choro paralisado no angelespaoveja como vergam suas pernas finas quase as minhasDeus diminudo em p no da morte de largo lastro lao
anarcoroado maltraphilosnuma cruz embaraladoveja, eu o martelo
o suspendo, escarro, atravesso.que eu no sei o que faosussurra gapeado Deus num suspirespasmo
treme a terra. compreende o romano. sorri o anticristo.morre o Cordeiro para equalizar o Caos & aplacar a Lei.
dentre trs dias, anticristo, de baixo para cima
no mural dito ETERNIDADE, estars crucificado.
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Da converso de Samuel Ricardo, jaguno de Lampio, no sertoda Bahia, em 1931
Por Ti cancelo meus planos de vingana
por Tiuma dzia de vidascujos horrios e rotaseu j demarqueino sero interrompidas
Por TiDeus que embaralha minha lngua com fogoe refreia a minha peixeira no peito do ar
Quantas velhotas livraste de carpirpela morte certa dos trastes que pariram?
Mas alm requeres, manda-meamar o lixo, verter murro em abrao.
Tento, mas como isso??
Senhor, essa Arma Viva,essa Carabina de Trs Bocas, a armaTeu Esprito:Atravessa-me com isso,fura-me o bucho com amor.
Aqui. Mira meu corao de pedra, Coronel.Manda bala, Deus Grande.
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Aos telogos formados, em formao, aos cardumes por nascer
Porm tu, Senhor, s um Deus cheio de compaixo, e piedoso, sofredor, e
grande em benignidade e em verdade. Salmo 86.15
Cale-se diante dEle toda a terra:Pois no existe angstiacomo a da Oniscincia
No h pesadelo maiordo que estar em todos os lugaresquando em todos os lugaresinstalou-se aconchegada a dor
No h ansiedade comotudo poder, mas legislare limitar-se a Si mesmopelas Leis propostas
Cale-se cale-se cale-se
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Aria of Sorrow
Sete dialetos gregosque ningum domina
para cada dia da semanaumpara cada dia um variadotipo de incompreensopara cada diaum dialeto,uma forma sonora de silenciarque dominoa cada dia
uma forma de me ignorarema cada diauma sintaxe de me distanciarno que eu queirano que eu queiramas eles no podemeles no podemeles no podemeles no podem
eles no podem
no que eu queira
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Da Centria perdida do (falso) profeta Nostradamus
H uma espada desembainhada sobre a cabea de Jonas,mas a espada no cai, Dmocles no morre;
Menelau segue mil vezes apunhalado, Esparta o p.H uma Esparta no meio do oceano ndico,
A base naval-militar-americana-imperialem Diego Garcia; a filhinha de um dos generais o Antiterno, o Anticristo,hermosa hermafrodita criada com zelo.
O diabo ele tem doze anos e seios
que despontam, rubicundos e tesos.Mulher que ser homem,ruivo antideus de p.
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Evanglica, Poesia
Partiste.O poeta reverbera o Esprito.
Prenuncia as trombetas,EstrelasQue anunciar-Te-oEm Teu retorno.
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Foucault e eu
A loucura como diluio dos mltiplos e sobrepostos filtros deRealidade]
A loucura como aniquilao do fascismo da Realidade
A loucura como possesso demonaca
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Fundao Roberto Marinho
As mulheres da famlia, rol de geraesassentam-se em silncio concorde unssono
para assistir a sequncia de telenovelas:
Educandrio de najas.
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Hai Kai
O trovo ribomba.A cada novo estrpito
Nasce-morre uma aurora
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Lamento maneira antiqua
Um corao de tipo e vis ciganovalia-me mais que este meu, pacato
eu amaria as que me constrangem, sem recatotrocaria minha farda por colorido pano.
Beberia vinho em fundas tascas de cristalsem atinar para a vil aparncia do mal;deitaria meu rosto de pranto em todo coloe redimiria de o vazio delas todo o dolo...
Mas temo e tremo, pela alma e destino meus;
recolho-me minha taba, espero em meu Deus.
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Mar Ocidental
Em meio praaEm meio ao mar
Espero com floresO cortejo passar
E alm (a)dentro(d)os livros, lcoois de GuillaumeE Paul, no Cemitrio MarinhoOu no Waste Landcalando as botas de Eliot
Meu amor acabouE perambulo pelo cais,Praas e maresmercando narcticos e livros
E em silncio busco a Ti,Deus maltrapilho,Para que me ressuscite
*Guillaume Apollinaire**Paul Valry***T.S. Eliot
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Menina-mulher
Renovas o mundo,Deita-o a girar
A tapearia do CaosTecem-na teus dedosDelicados-brancostecem-na para que eu me deite,leito de intempestivas andorinhas
h paz & foras sulfurosasem teu beijo langoroso
pacificao e lento incndioem teus olhos-de-dilacerar
A balbrdia em teu iPodo ltimo louvor da ltima levita,ou o Pearl Jam cantando Last Kissa todo o momento, ressuscitandoum dia de poemas realizadosque talvez nunca tenha sido
A forma como entregas a tua vidaComo se fora dela o dia derradeiro
Teu sorriso tange os homens,Arrebanha a minha disperso
Hoje o teu dia, lua cadente-sorridente- Parabns
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O poema pitanga
Pitangas sabor de solsabor de sol e mar pitangas
fruta odalisca solarem meus bolsos palato coraodois bolsos repletospara o vis do diavaldevinas pitangas...
madeirites de sandboard,dunas de Itaipu, adeus meu patro,deslizar pitangas...
afrodisacas, afrodisiarcontes pitangasa dor areal que o mar apagaa felicidade maral que a areia gestanesta cpula sensorial sublimi(lu)nar
rubicundelirantes pitangas...
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Cantiga dos Moleques Fruteiros
Pedrinho tem fome de mato,das frutinhas que tantas do por l:
Caju, tapereb, araticum e cajCambuci, guabiroba, cagaita e maracuj
Juca menino erradiopulou a cerca do stio,e l se foi, frutas a roubar:
Pindava, marlo, sorvinha e birib
saguaraj, feijoa, sapoti e jo
Gustinho no poupa ningumnem atina se a fruta veneno;se tem polpa poucaou se nem polpa tem,a de vez ele come,a passada tambm:
Mangaba, guriri, tucum e butiuarutama, bacupari, marmelinho e ing
Renato um bicho-do-mato:chafurda nas matas,rompe pelos florestinssabe o tempo de cada fruta,e deita sozinho a fazer seus festins:
Babau, inaj, catol e bacurisapota, cupuau, ara e cacau
Fernandinho moleque mateiro:gosta de pelar p de rvoreno pomar da av. fruta que no acaba to cedoe l vai ele, arteiro, trepar no arvoredo:
Grumixama, cubu, marmixa e abiuguaburiti, pitangatuba, murtinha e camu-camu
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Saltam riacho, cerca de roa,mata fechada e o que se lhes d;Comem de tudo e tudo sem pressa,sorvendo o bom doce de tudo o que h:
Acum, pequi, jameri e jaracatiaboirana, curriola, fruta-de-tatu e cambui.
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Moleques moleskines feitos de Jamelo
Frugal
Um novo amanhecerDe dentrembaixo das mangueirasUm novo literariar, (em) pginas fruteiras
as sementes das frutas que no conheci, sementes que meu sonho esta&plantarpelos campos, e recolhe aras onde os h, e vai beira do campinhode pelada, quela secreta jaqueira...E 12 frutos h, como 12 tribos...
Mais frente nosso Campo de Sonhos, simbionte ambientao quepoeta algum pde, naturalista algum
e desde sempre eu seiq h um poder secreto nos jameles que pulsam, aucarados e roxos,
e todo este campo de frutas uma mo estendida- do Deus meu.
voc fala do poder dasgoiabas anti-pranto do quintal de dona Clia e Wilson, ah!, nossoWilson lembra do caudal azul de todas as frutas do mundo.
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O poeta um desvelado
O poeta um desvelado,Qualquer criana, num qualquer soslaio,
Lhe desnuda o segredo:Ele escreveporque no sabe voar
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PADMA*
A Luz uma promessa, e fiel Aquele que assevera.A Escurido um Sistema de SIM(s), fausto abrao aberto,
Um sorriso largo de alvos dentes, de mel punhais.Aconchegante deserto.
*Do snscrito, flor-de-ltus
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Peter Pa(i)n
Perfile as tropas, Sininho.No h volta para nenhum de ns;
Crianas, nossas aesso as aes de homens desesperados.Desconecte os Bulbos de Realidade,mergulhe tudo no Sonho.
Ele um anjo cado, o que se nos ope;sequer podemos v-lo,conhecer-lhe o plano ou a extenso do brao;
No Sonho e no Sonho apenas o nico lugar onde poderemosassassinar o nosso to injustamentepoderoso inimigo.
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Skywalker, Anakin: JEDI
O apelo da Escurido o apelo mesmoda realizao, a fragmentao
libertria da flordo corao humano
O Terror como chuva fria desabandosobre meus inimigos, intermitente, totalitria,alcanando-os pelas costas enquanto corremem busca de um abrigo que no existe,no pode existir...
Pois meu sabre de luz, guilhotinandofluorescente o ar, dizque no h portas fechadaspara um Jediou um Sith, tanto faz
Uma cidadela, um planeta,os aglomerados de galxias:eis a oferta de especiarias
do lado negro da Fora,Fora sem partido que nos cria e consome.
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Sobre meninos e lobos
DARKNESS: Enabled for all players
I.A Escurido propea Escurido dispea Escurido a moestendida convidando pra dana
A Escurido ama os garotinhos,so o seu alimento
ela os atraicom a sua coleo de Espadasou com uma droga alotrpica e rara(que suas glndulas secretam):
O AMOR.
Sim, so armas realmente terrveis.E isto tudo muito terrvel.
II.A Escurido prope-nos agora jogos heroicose incita a que esta noite todosbrinquemos de guerrilheiros:saco o embrulho negroe desvelo minha adagaque brilha sob o luar como
uma asa de guia sob o sol.Sorri a Escuridoe seu semblante preenche-sede lenta anelante ternura,como a das mes.
Que importa onde nasce a lua?Importa que brilhe
e seja um sol para os lobos,os ces e os apunhaladosmeninos que sobreviveram,
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e vagam como surda nau.
(Entidade-den, Anti-Ado,
Jesus-Rei-e-Deus-meu,reverta a funeralizao demeus processos,a desarmonia em meus ossos:Resgata-me do lao de Thanatos.)
*ESCURIDO: Habilitada para todos os jogadores.
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Casadoiro
Procuro uma meninaque me d amor verdadeiro,
no fingido, no sonhado
amor de abrao longoe comida benfeita
confianacomo telhado novo sem goteiras
De minha parte
fao-lhe uma promessa:ainda que eu no encontreas palavras certaseu encontrarei as aese isso o que de maior um poetapode prometer.
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Equvocos
Perdi o poema que vinhaeu sangrei meu seio
supus primavera na esquinaera algazarra de um tiroteio
e eu l de sonhos abertoscom os olhos intoxicados e quietos
na solido central de seu meio
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Num bordel em Alexandria
deveras assustador, e h algo de demonaco nisso.Mas h homens que vendem palavras. Sim, PALAVRAS.
H homens que compram.
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Rimbaudiano
No vendo explicaes.Sou um poeta:
Eu alugo armas.
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Ofcio
No sou do ramo do comrcio,no sou do ramo da indstria ou dos transportes.
Sou do ramo das rosas.
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O Zepelim Salmo
Os motores queimando cada vez + propanoo azul celeste devassado, rasgado
Jesus ao leme, no coraominhalma cada vez + Oceano
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Pew, o Cego
Jason Mason Midlesbrought Litton IIIou IV
s 05 h da manhest de p, prestes a sairpara seu trabalho,porteiroNo Castelo de Windsoronde religiosamente serve Famlia Real Inglesade to nobres vares assinalados.
Antes, como desdeseus zero anosolha os retratos de sua famliaquatro geraesquatro honradas geraesde servios prestados valerosa Famlia Real,salve-a Deus.
O primeiro retrato honraSeu tatarav Eduardmorto na 1 Guerra dos Beres.Tombou como tombam os heris da Prfida lbion;foi empaladoe depois esquartejado e lanado s hienas.Logo aps temos Mathias Someller,tio-bisav distante, colono e soldado do Imprio,morto na 2 Guerra contra os Beres,
aqueles imundos ces neerlandeses.Sucede-o no rol seu av Jason Litton I, alfaiatedo Conde de Halifax, Deus o tenha!,morto na Grande Guerrajunto com trs de seus irmos;quatro heris cados ao naufragaro navio de batatas que os levaria batalha.
Deus salve a Rainha,ele v a foto de sua terna tia May,enfermeira,
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flor primacial entre os patriotas,mltiplas X estuprada & mortana queda de Cingapurapara os japoneses
durante a Segunda Grande Guerra
E mais uma vez, como diariamente,pontualmentebritanicamentedesdeseus 08 anoslgrimas descem de seusolhos piscianos
ou bovinossculos e sculos de bons servios prestados Casa Real,aos Eleitos de Deussculos tombando sobre sculosde serventia
e em silncioPew canta e recanta
o seu trecho preferidodo hino Rule, Britannia!,a mais magnnima e perfeitade todas as canes jamais gestadas:
Governe, Britania! Governe os mares:Os britnicos nunca sero escravos.**
*Blind Pew, pirata, personagem de Stevenson em A Ilha do Tesouro,
referido alguma vez em Borges. De comum com o Pew de Stevenson-
Borges, este Pew aqui s tem a cegueira (neste caso, no fsica, mas de
alma, se as hienas possuem-na) e o nome, nome que aqui homenageia
dois mestres totais da arte de contar. Um deles decerto odiaria este
poema odioso: Borges nutria o obscuro sonho de ter nascido ingls.
** "Rule, Britannia! rule the waves:
"Britons never will be slaves."
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Portes de Esparta
Portes de Espartaestradas sulcadas
marcadas pelo arrastar de despojos
volto sem Orestes, Lsias e Aracturo:h espartanos, sementes de tua expanso, Portoenterrados por toda a Ilria
Portes de Esparta,braos de minha Me
to bom repetir essa palavra proibida,
Me
tem misericrdia de mim
Veja, me,um ateniense me deu esta liraSim,eu tenciono toc-la,se algum dos escravos puder me ensinar
Me perdoe tambmpor retornar to limpo,banhei-me no Eurotase lavei-me do sangue da campanha
Ao ver do promontrio a curva de teu prticolembrei-me dos rostos dos sessenta e oito que mateie seus olhos repetiram-se diante de mimcomo num orculo, e vi os cem olhos de Argo
me olhando dentroVoc, que sempre preferiu uma ferida a um abrao,voc no tem outro olharque no estes dois pratos fundos de desprezo?
Em Clquida, comi larvascom neve e lembrei-meda senhora e sua sopa negra
- Mame Esparta!!!
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Sempre quis gritar issoTenha calmaDissolva a ira,No estapeie meu rosto, senhora
sou um homem agorae trago meu corpo mapeadode cicatrizes, e todas elasso inscries de teu nome,tatuagens do Hades
Se no filho, que sou-lhe, cidadela severa?Um tipo de heri, um tipoheroico de besta?
Sim, lembro perfeitamente,a ternura no te salvar na guerra,mas a fora de teu brao,sustentando o escudo contraa multido de golpes
Sim, eles sustentaramseu filhote de lobo sobreviveu
Guerra, esse oceano onde o sumode todas as veias desgua
2Portes de Espartagravidez de lminasaborto coletivo do medo
Bom dia Espartaclangor, troca de suoresbom dia
adestramento todo o dia,bom dia noite nua e fria,golpes sucessivos
bom dia espada,
escudo meu esquife,mortalha de bronze
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excelente dia sopanegra e imunda,fome mascaradamassacrada
Boa viagem soldadovolte com ouro e glriaou sobre seu escudo
3.Me, eu sei que esse nome lhe causa engulhos,mas assim prefiro e de seu dio assumo o risco
me, minha glida-furibunda-nica-meeu queria no mais combater, mequeria lavrar como os que me ensinaste a desprezar,amar lentamente a mulher que as Parcas me deremsem partidas, sem despedaamentosvamos matar os persas e depois pararparar de viver para matarvamos lavrar, mee viver longos anos
4.Degreda-me ento?!
Adeus meus amigos, adeusPortes de Esparta:tentculos da Hidrapartam meu escudo,
harpias devorem-me enquanto partopara que eu no usea vergonha por cavalo
Ares, deus da cidadeEnvie Nmesis, envieretaliaoAres deus da guerra Aresdeus do caos abrangente
mova sua esttua, venhaat o p venhapunir minha blasfmia,
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emudecer com seu gritobestial a minha fruio de paz
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Vaidade das vaidades
Como um punhal que nunca terminasse de entrar,ou
Jormungand, a nrdica serpente-sem-fim que habita Midgard,Apep, incansvel cobra do caos egpcia que dia aps dia tenta derrubaro sol,]
Ouroboros, a cobra que morde sua prpria cauda criando o infinito,Satans, a serpente ednica que rouba a morte e a d ao homem:eis a dor humana.
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DIZ
Silenciosas tbuastalvez seu amor inconstante
por isso desesperei.Agora
entre cubos de pedraencontrei irm
com dengos, com frescuras, com talentosei l com que.
Mulher vermelha, como todas.
Mas no foi a isso que vim;os estiletes
seu corao ainda est a?
Os frangalhos de meu egocomo explicar?
A lotao cheia...Lotada? , lotada.
, inferno., vida.
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Apologia D'Eu
Eu tambmvendo balas
na ruaeu tambm
finjo no saber nadadisso
eu abro uma guerracom uma espada
em seu peito
eu fecho a guerracom um nico beijo
minha noitetem mais lobos
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A Sute do Tempo e da Morte
A sute do Tempo e da Morteos deuses reunidos em nosso tmulo
e aqueleque no toca instrumentosaqueleque manipula espadaspai do velho av que nos contalembranas da Guerra Perdidarecordamos com o seu sangueseus irmos que a Guerraofereceu Mortefilha bastarda ela
toda aquela repetio do Tempo em seus olhosme lembreide quando cavava covaspara enterrar samurais no Solj cavei a cova daquele homementerrado com coras e espadastrs espadas que no brilhariammais
sob o olhar do Solo vejo alitodo o Tempose repete em seus olhos
o Jonin vivepor todos os samurais que fomos
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Tolices
Tola que s atolada na lamade que vale planejar a Realidade?
Realize seus planos, a Realidade vos seguir,num unssono azule tolo.
O cheiro de incenso que permeiao no sei mago,abre portais e invoca demnios tolos,sujos de lama e de seus pensamentos.
Disse uma vez, mais jovem:Lacrimejar no salva.Ainda vale,j que no sabemos fechar o portal.
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Do Asfalto
Sou tempoum jogo
sou uma rua dura de asfaltosou Ernest Hemingway...
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Reflexes, Frases & Flashes
Algumas frases e reflexes mais ou menos srias, mais ou menos
vlidas, menos ou mais - ou no - datadas, geralmentepublicadas como posts no Facebook, eventualmente em algumblog. Ou inditas.
*** *** e *** ***
A poesia um esfoliante natural para os coraes
empedernidos.
*** *** e *** ***
A sua sensibilidade precisa ser alimentada, assim como vocalimenta um co, um amor, uma fornalha.
*** ***e
*** ***
Alguns de ns, se por um instante investidos de super-poderes, e encontrando-se face a face com o Adversrio, aindaassim continuariam a fugir e a clamar, como ovelhas que so;alguns outros, igualmente ovelhas, na mesma situao, lanar-se-iam sobre ele e (apoderando-se do que so, do quepodemedo que devem) retalhariam(-lhe) tudo que pudessem, e
transformariam o fogo de que ele feito em p espiritual...Acontece que ele pode discernir uns de outros, dentre ofabuloso rebanho de ovelhas: aos primeiros ele chama de'presas'; para os segundos ele tem uma designao todaespecial: 'inimigos'.
*** *** e *** ***
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" Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha nossahumanidade: o mundo ter apenas uma gerao de idiotas ". -
Albert Einstein
Em meu pensamento, vejo claramente que avanamos paraisso, e mais especificamente: para parasos de realidadeartificial (virtual) onde os que tiverem condies ficaroimersos, vivendo sonhos, e s quem no puder pagar lidarcom o mundo real... ningum precisar de drogas, precisarode uma ou duas horas na 'Matrix', fazendo de conta que se Napoleo, o dono de um harm ou um pirata no Caribe...Sou partidrio da tecnologia, mas olho l na frente e vejo noque ela vai dar: no sonho da humanidade cada, recriar oParaso sem Deus - assim acaba a escalada tecnolgica. Novejo avano alm disso. Ser como uma pandemiaalucingena, quando mquinas puderem simular perfeio(induzindo respostas biofsicas nos corpos dos usurios)realidades artificiais. Mas creio tambm que Cristo voltarantes.
*** *** e *** ***
No sem ousadia que digo: sirvo a um Deus to grande, umDeus to Deus, que Ele me salva at mesmo quando eu querome perder. Um dia em que j no suporto vem um anjo e mebarra a passagem, interpondo uma rosa em meu caminho;noutro dia em que j no suporto vem um anjo e me d uma
pesada, um (no h pecado em dizer) verdadeiro coice nospeitos, um vade-retro, gurizo. E que me importa? Em cadaflor, em cada palavra, em cada golpe sei que Ele que insiste, Ele quem me recolhe pela gola como uma me cata o filhoembriagado cado na sarjeta... Ele quem diz, alta epausadamente, como quem fala a um surdo:N O M O R R E R S.
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Nada na vida como a amizade, nada como passar e cruzar seuolhar de paz com o olhar de paz de seus amigos.
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Boa ao no salva, mas d prmio: ser um homem bomdemais candidatar-se ao cu e s punhaladas.
*** *** e *** ***
Que preo voc tem pago?H quanto tempo?
Que importa?O Cordeiro digno.
*** *** e *** ***
Status: CRUCIFICADO.
Mas quantas e quantas vezes, num nico dia, eumiseravelmente esqueo-me disto? Misericrdia Senhor!
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A vingana a continuao do crime, a extenso cancergenado pecado.
*** *** e *** ***
A forma mais segura de construir o Futuro, constru-lodentro de nossas crianas.
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Crianas, raciocinem comigo: Quanto mais sbio e instrudoum homem, ao errar, mais passvel de punio ele . Simples.Mas porque a Lei brasileira reserva priso diferenciada (aindaque temporria) para quem tem diploma de nvel superior?Essa a lei mais ridcula, suja, elitista, o mais imundo caso de'legislar em causa prpria' que nossos 'legisladores' noslegaram... nosso corpo de leis um corpo violado. O estranho que ningum levanta essa bola, ningum denuncia ainverso, a imundcie. E h quem acredite que o inferno noexista. Existe sim, ele quase um requisito axiomtico para aHumanidade... Afinal a Justia, a to falada, tem que existir deverdade e em algum lugar.
*** *** e *** ***
Ter sido por dio silencioso contra a Realidade que algunsconstruram obras de fuga (LITERATURA) to poderosas?
*** *** e *** ***
Brecht era ateu e comunista, mas sem ler Brecht, como vocafiar percepes e argumentos contra os que te oprimem?O que quero dizer : o homem bichinho que precisa demuito, precisa de muitos.
*** *** e *** ***
Uma pequena luz, ainda que a mais dbil e fugaz, representaum evento cataclsmico e revolucionrio, quando deflagradanas trevas. Pois um lampejo que seja capaz de mostrar e naescurido que h algo alm da prpria escurido, algosuperior, amvel, anelvel - mesmo que a princpio causeefeito contrrio, de repulsa e mesmo dio. Brilhar nas trevas
permitir escurido enxergar que o frio que a envolve no
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vem de braos, mas de correntes. Brilhar manifestar aVerdade, e a verdade o que , seno o Salvador?
Faa o bem como estiver, onde estiver, como conseguir.
Mesmo ferido, mesmo sozinho, deflagre luz, soldado de Cristo!
*** *** e *** ***
O mundo s sabe fazer uma nica coisa: dar voltas. Gostodisso. Pouco a perder, pouco medo. Muito a perder, muitomedo. F experimentada, aniquilao do medo. Aguardo
tomando meu caf e escrevendo o prximo poema, a prximavolta que o mundo dar. E a outra. Com suas surpresas, suasnovidades ou inesperadas reprises. Ainda que a prxima voltavenha encontrar-me numa cova ou numa priso comoesperar menos de um jogo? Roda, pio.
*** *** e *** ***
Ser serrado ao meio? Ser lanado ao poo? Ser espancado,fugir para o deserto, ser engolido por um peixe? Sofrimentofsico algum se compara ao sofrimento moral, simplesmenteporque em relao a este muito, mas muito mais difcilresignar-se. Um homem pode se resignar dor, h honranisso. Mas no h honra qualquer na humilhao. No houveento jamais profeta como Osias.Se um dia voc for pregar sobre isso, me convide pra ouvir.Nunca vi ningum levantar essa bola.
*** *** e *** ***
A catstrofe de uma catstrofe no a prpria catstrofe, masa existncia de um Universo onde as catstrofes so possveis,desde o incio. Claro, h quase (quaseno ser, quase roar)
uma heresia aqui, ou uma definio parcial para a Liberdade.***
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No final, no ltimo dos reducionismos, percebemos que hsomente dois tipos de homens: aqueles que lutam por umacausa, e aqueles que lutam por uma coisa (geralmente, elesmesmos).Tristeza do cu, vergonha e amargura da terra, ver tantoscristos militando na segunda opo.
*** *** e *** ***
Autoajuda barata num posto de gasolina em Vegas
D o seu melhor: Jamais sero lanados outros dados, almdeste nico dado uma vez lanado, que ora voa, e voc.
*** *** e *** ***
As paredes do Sonho amanheceram pichadasGREVE GREVE GREVE
Protestam as Musas
*** *** e *** ***
Quer saber se voc realmente prisioneiro de um simulacro?Belisque agora o seu brao. Se doer, seja bem-vindo: s h dorno Provisrio. No haver dor alguma no estado Eterno(Realidade das Realidades); ela (a dor) perder totalmente a
razo de ser: o que no pode ser destrudo no precisa demecanismos (internos ou externos) para garantir suaautopreservao.Pois a dor que nos aoita a princpio apenas isso, mecanismopara garantir (forar) a sobrevivncia do simulacro-corpo, dosimulacro-ente. Mas at esse princpio de salvaguarda podeser ignorado (mrtires, suicidas por processosviolentos/lentos/dolorosos), ou desvirtuado (como ocorre
por exemplo na Sndrome do Pnico, talvez a patologia maisabsurda a nos ridicularizar perante ns mesmos e o prximo).
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***Quem precisa de Freud? O anseio de toda mulher ser centro;o anseio de todo homem retornar ao estgio mtico, aoestado-de-heri.
*** *** e *** ***
Se no se pode escapar de uma priso, todos os esforos doindivduo so invitados no sentido de suprimir a conscinciada priso, para camuflar a viso das grades. O que os olhosno veem, o corao no chora. Assim caminha (em crculos
concntricos) a humanidade sem Cristo, levando de arrastoalguns cristos...
*** *** e *** ***
(In)direta para um jovem amigo:Sim, ela linda. E amorosa como duas mes. E os olhos dela
colocam sua ateno em rbita, prisioneira da gravidadedeles.Mas Deus j falou: essa no. No para ti. Nem ela nem aesteira de problemas e dor que ela arrasta aps si. Sei, sei,pode-se ver: ela o prprio amor encarnado, a compreenso ea cumplicidade em pessoa, uma criana de alma em todaaquela estrutura de mulher, erosephilosnum nico corpus. Eos&olhos...&ah.
Mas voc vai peitar a Soberania? Vai de encontro Porta?Cantar como naquela msica (Iris) do Go Go Dolls, "trocaria aeternidade por voc"? Por uma mulher, amigo?Corra, amigo. No tente enfrentar. Enfrente homens,demnios. J o fizemos antes. Dela voc simplesmente corra,corra mais rpido que Timteo.Ou depois no venha chorar na minha porta, ou na Porta queEle abriu em Nazar. Espere pacientemente nEle. Enquanto
isso faa a boa obra, e quando estiver de boa vamos jogar
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videogame para matar a saudade. De seu amigo de sempre,Sam. Sem constrangimentos.
*** *** e *** ***
Quando olhamos para o incio da Bblia, vemos um Paraso; edepois vamos at a ltima pgina, ao livro de Apocalipse, eestamos de volta ao Paraso. Mas e toda a dor, todo o mioloentre este incio e o fim da Histria? Ser justo afinal todo estefoco que damos a nossas prprias dores, dvidas e decepes?H um Final Feliz! Isso lhe basta? Somos rfos, no ltimo
instante adotados, fazendo uma aparentemente longa, mas naverdade fugaz viagem: uma viagem em direo ao mais felizde todos os finais. rfos de posse de um salvo-conduto deSangue, indo em direo ao Lar, Famlia, ao PAI.
*** *** e *** ***
E a Queda criou a Mscara: juntas at o fim!
*** *** e *** ***
E o que afinal a Queda, seno um kit de mscaras?
*** *** e *** ***
"As portas de meu corao esto de certa forma obstrudas,embora no as minhas aes. No fechei a porta - a portacerrou-se durante um desabamento; observo-a, a estranhaporta assoreada, com langor e enfado, e no tenho sequer ppara cavar, ou interesse e fora para reavivar os calos deminha mo, com o trabalho bruto que abrir este tipo de
caminho exige. Quando me apraz, saio pela janela paraobservar o cu. Sei, no o ideal. Mas preciso avisar a quem
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bater na velha porta, pois a espera do lado de fora, naintemprie, pode frustrar. um risco. Seria um desrespeito deminha parte no dizer isso, no esclarecer a quem interessar
possa. Longe de mim frustrar, entristecer, confundir."- Jurngn Skarsgaard, psicanalista dinamarqus morto na
Segunda Guerra (no procure por ele no Google...)
*** *** e *** ***
Na Arte, o grande gnio anda mais prximo da bestialidade do
que gostaramos de acreditar.
*** *** e *** ***
H uma fragilidade que gera imediata empatia; outrafragilidade h que gera imediata repulsa, mesmo nojo. Por que
ser?
*** *** e *** ***
Deixar de compartilhar a verdade com medo de magoar oouvinte, acabar magoando a verdade.E a verdade no uma relatividade ou generalidade, mas umasingularidade, um norte fundacional para todas as coisas. Aofim e ao cabo, a verdade uma pessoa: Cristo, de onde toda
verdade emana.
*** *** e *** ***
Uma vez, lembro como se fosse hoje, eu estava sentado nocho de minha sala, e levantei-me para ir ao banheiro. Aocruzar com o espelho, meu Adversrio, posto do outro lado domesmo, me olhou nos olhos e disse "Xeque." Fiz o esperado:soquei o espelho, mas no atingi aquele que Deus em sua
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soberania preferiu que fosse intangvel para socos. E aps issono havia nada a fazer, seno re-iniciar a cada dia com aquelesorriso na mente, aquela palavra. E continuar a combater. Ecombater. E descobrir que a proteo que eu imaginavaexistir, era uma fbula, um mal-entendido inoculado por umaigreja doente. Amadureci mil anos. Outros dizem que morri.Mas ainda estou aqui, e Deus est em sua soberania celeste.Ainda rolam os dados, e no h mais nada a perder, nada queno tenha sido perdido ou maculado. De filho fui alado asoldado.
*** *** e *** ***
s vezes voc olha, e h um corpo estranho na igreja. Hora deabraar, vigiar e orar.s vezes voc olha, e a igreja um corpo estranho. Hora deorar, vigiar e abraar.
*** *** e *** ***
Vai formar uma equipe? Teste antes os espritos.
*** *** e *** ***
No h nada de original na escurido.Com o tempo e o sofrimento necessrios, voc descobre que aescurido apenas um sistema de espelhos.
*** *** e *** ***
Me perdoe por todos os atalhos que tomei. Por dormir napraa como um co. Soldados no procuram abrigo, nomendigam abrigo: soldados constroem abrigos.
***
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Conheces-me desde antes daquele ventre, antes damaterializao. Nasci em Teu corao no Dia anterior aos dias,o Dia que tornar. Pela Palavra, para a palavra me chamastes.Minha ambio nica empossar palavras que possam sequeraproximar-se de expressar as periferias da Tua Glria comouma criana correndo descala pelas ruas de cho, que esticae eleva as mos ofertantes, e estica e eleva o louvor de seusorriso, e expande e expande seu sorriso, sem medo algum,tentando tocar o Sol.
*** *** e *** ***
Sim, sim, ELE no faz acepo de pessoas. Apenas confere acada um meios de enxergar ngulos variados do mesmohorizonte. E conforme voc v, voc faz.
*** *** e *** ***
S posso conhecer um homem numa situao extrema; sconheo um homem depois de observar, quando prestes aoprecipcio, qual partido ele toma.
*** *** e *** ***
Parece-nos que o tempo de Deus demora, pois nosso tempomedimos em distncia, e o dEle medido por instncia esincronicidade.Mas um dia o trigo estar maduro na espiga, e Ele enviar oanjo para a colheita.Livra de tosquenejar o anjo que vela minha seara, Senhor; econtempla: meus instrumentos de arar j esto embotados, eo acalanto que existe para renovar-me, faz cada vez menosefeito, menos sentido e isso fel quando o considero em
meu corao. ***
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Perco as chaves de minha casa; insciente tenciono no maisvoltar. Mas moro sozinho, e de mais a mais, como NO voltarse no existe um IR? Toda a Terra foi-me dada por lar, quandoem Ado fui expulso do Jardim. Em cada esquina possoencontrar uma mulher que me ame, em cada subrbio ougrande burgo, uma senhora que aprecie meu esprito ordeiroe minha despedaada ternura, e seja-me por me.Disposto ou cansado leitor, voc talvez pense na hostilidadedo mundo l fora mas irmos apunhalam irmos no seioflcido do melhor dos lares, e um me apunhalou no meu.Vivo sob a Graa, mas o meu esprito ordeiro demais(Eclesiastes 7.16) embaraa-me e me atrapalha, e por dias,como um judeu errante ou um crente judaizante, arco etropeo e tombo sob o peso de todas as Tuas tantas Leis,Senhor.
*** *** e *** ***
Deus o Deus que ordena que se ame no apenas os inimigos
manifestos, mas igualmente o agente duplo, o de pensamento& corao dobre.Nietzsche dizia e escrevia que o cristianismo a religio dosfracos. Errou: preciso entrar no estreito, preciso envergaro jugo suave, para entender o nvel de foras que o verdadeirocristianismo requer. Pois no Universo do Deus gape, amarem verdade a maior manifestao de poder, a ao querequer mais poder, dentre todas ao alcance de homens e
tambm de anjos.
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A felicidade terrena uma fruta que d e passa. Aproveite apoca.
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Mulher que se contenta com pouco e sabe estar feliz, quem aachar? Seu valor em muito excede o de rubins.
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Sei l de novela. Eu leio Borges e assisto Naruto, sempre embusca do lan pico que d tino ao homem. Veadagem ocmulo do anti-pico, que me perdoe Alexandre...
*** *** e *** ***
O marginal, a(s) namorada(s) do marginal, e a me domarginal. Voc precisa entrar numa favela para ver como elesformam uma verdadeira trindade... j vi mes ligando, com amaior e mais cmplice frieza, para o filho para avisar que 'apolcia t entrando'. Mas sem qualquer afetao, uma coisafria, de comparsa mesmo. E a passa o carro dos policiais e elaresmunga pra amiga, "hoje planto do Nelson, aquele filho
da p..." Algum precisa escrever uma tese sociolgicasobre isso, sobre essa trindade de aceitaes e marginalidade.
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Assassinaram-no! Assassinaram-no! No metr da Paulista,com trinta e dois tiros o Status Quo!
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No somos ninjas, mas apenas porcos: como apagar nossorastro?E ainda assim, o que no se revela pelo poder escancarado ousutil das prprias evidncias, h de ser revelado naquele DuroGrande*Dia.
Quem est de p, cuidado para que no caia.***
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civiliza? No. Con-tinua monstro, um monstro inviolavelmentecon-tnuo.
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Avaliadas as probabilidades, voc conclui que o dia vai sertenso? Faa uma orao reforada (2X) e oua sua bandafavorita. Maximize-se. Depois desa l & arrase. Inundelugares e situaes com a luz dEle, que opera atravs de voc.
*** ***e
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Se no confio em bancos, se no confio - de um oficeboy do BCao dono do Bradesco - no sistema financeiro, confiaria emuma nuvem? Hospedar arquivos em nuvem, apenas osumamente$necessrio.A frase de meu co Rex, o Co di Drcula: Se um sistema ondevoc esteja pretensamente inserido escapa (independe)
totalmente ao seu controle, ele no um sistema, um monstro.E5monstros6tm6fome.Meu cachorro tem um lado sinistro.
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E quando fazer o que certo implica em infelicidadeduradoura? E quando a cruz banhada em chumbo, o que mediz, amigo-da-cruz-de-papel? Nem se quisesse teria o quedizer, insofrido amigo. Independente de quem seja, dos anosde magistrio eclesistico. No teria como saber como estarcomo Abrao ao p do monte, pegando pela mo a Isaque parasacrific-lo, imerso na prpria substncia do absurdo...Como Kierkegaard, o pai de dois sculos, esclareceu emTemor e Tremor: a f um salto para dentro do absurdo. Um
voo sem escalas, objetivando, ao projetar-se sobre o absurdo,alcanar&o&Deus-que-transcende.
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(E voc, amada criana, no tente entender; volte para dentroda felicidade fcil, rogue ao Misericordioso para que voc nocresa. Ele nos ama e fiel para poupar-te.)
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Debele as mgoas, desbaste espinhos: acrescente hoje flores sua linha do tempo.
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H rei que pea que voc mate; h Rei que pea que vocmorra. Inevitavelmente um desses dois vai definir seu estar eseu&porvir.O que lhe solicita que morra na verdade Senhor da Vida, e adar a voc, a Vida alm do tempo, alm do calculvel.O que ordena que voc mate, ao fim e ao cabo nada pode,seno morrer contigo, e arrast-lo para compartilhar para
sempre de seu castigo, o castigo dos usurpadores.Pois s existe um Rei.
*** *** e *** ***
Amar abaixar a guarda. Amar expor-se. O amor a soma detrs dos quatro braos da cruz. E Ele diz: pegue a sua e siga-me. Exponha-se. Doe-se.
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Dia vem em que voc vai 'abrir' um livro e ele vai pedir login.E, baseado em suas preferncias globais, num sistemaparecido com o que Google ou Facebook rudimentarmenteusam, para direcionar-lhe propagandas personalizadas
conforme seu perfil, ele vai configurar a histria,'especialmente' para voc. Um livro no ter 'uma' histria:
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um livro ter campos probabilsticos de narratividade, comoeu gosto de conceituar. Espere s um pouco. Espere ainteligncia artificial dar o prximo salto.
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s vezes d pra sentir a msica da escurido, ela fala deliberdade no estranhamento, de no-racionalidade, de fruio,de mergulhar numa dimenso etrea da realidade, nolegislada (nada de Leis), no traumtica (nada de Dores), nohierarquizada (sem Deus e sem Estado), seja humana ou
espiritualmente. J que nada direto, racional, nenhumconstruto da honra ou do p, convenceria a alma do poeta quepercebe a estatura de seu inimigo, ele (o inimigo) tenta commsica feita por no-instrumentos, metafsica ao cubo, oinverbalizvel. A tentao no inverbalizvel, a velha tentaodo no revelado, do que 's pertence a Deus', repaginada comtrajes6transparentes.Com outros, basta dinheiro, mulheres, coroas de p, figura
bonita num espelho, um simulacro de felicidade numa crianano colo, um bom emprego, ser melhor que o vizinho, ou oafricano. Cargas menores deixam-se para as crianas: hcavalheirismo em ti, adversrio da vida? Nem nisso hengano.
*** *** e *** ***
Deus existe e legisla: o suicdio no uma opo.
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No adianta olhar de cima do poo, procurando entender oque acontece l embaixo. preciso descer. Se voc sobe a uma
tribuna para falar sobre o fundo de lama do poo, mas nuncasofreu sua viscosidade, de que voc fala? Sero palavras
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(nesse caso) monossexual, ainda estaramos dentro doAalmafai, o den da cultura deles, numa boa... uma lenda maligna, queridos, com certeza. Imagine, homensnascendo em jaqueiras. Imagine tambm estar agora noJardim do den. Bem, quem sabe.
*** *** e *** ***
Liberdade liberdade praticada.
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O capeta no desiste, no se cansa. Quando vocinocentemente pensa que ele jogou a toalha, o dia seguintevem e l est ele de p, uniformizado e pronto para outra.Satans deveria dar palestras motivacionais. Iria fazerdinheiro e escola.
*** *** e *** ***
O Destino faz a parte dele. Ns que muitas vezes nofazemos a nossa.
*** *** e *** ***
E c estamos ns, onde cu e inferno coabitam, ora emimunda peleja, ora em imundo conluio.
*** *** e *** ***
No existe celebrao sem msica. No foi o anjo luciferino,como alguns gostam de referir, quem criou a msica, mas foi
Deus. O Universo inteiro uma celebrao de Sua glria, e amsica o permeia, como sangue numa veia.
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Que a sua dor no seja v. Que, de LATNCIA, ela torne-sesempre GESTAO. Que suas lgrimas sejam o cido quedissolva as paredes de sua crislida. Que suas lgrimaspavimentem de bons motivos o caminho para sua liberdade.Liberdade dessa dor e dos que a semearam.
*** *** e *** ***
Ei! Ei, pido! Deus mais que as promessas de Deus.
*** *** e *** ***
Estou preso a um gnero, preso a uma espcie, preso a umplaneta, preso a um tempo, preso no Tempo
mas adoro falar de liberdade
*** *** e *** ***
Eva ofereceu a ma a Ado. Sara ofereceu Hagar a Abrao. Osresultados - nefastos, incontornveis - esto marcados a ferrona Histria.O inimigo mais sutil o inimigo INVOLUNTRIO, aSOMATRIA entre o tolo que aconselha e o outro tolo queacata.E voc, que presentes e conselhos tem recebido? E o quetem ofertado? Aconselhe-se primeiramente com Deus, busqueprimeiramente em Deus conselhos para repartir!
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No importa saber donde nasce o sol, importa saber que ele
inexoravelmente*nascer.No importa saber quando o Cristo vem; importa apenas
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atentar para os sinais da Sua vinda. Importa crer que aplenitude dos tempos se aproxima.
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A histria humana poderia ser resumida em trs eventos: AQueda humana, o natalcio de Cristo e a volta de Cristo, ouseja, a morte da Histria. Os demais eventos, os intermezzos,so meros preldios e posldios para o Apocalipse.
*** ***e
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A Literatura um tipo de engenharia especializada em asas.
*** *** e *** ***
Os livros so as clulas-tronco do organismo dito Civilizao.
*** *** e *** ***
O livro um tipo de tijolo de antimatria, usado paraDESconstruir prises.
*** *** e *** ***
Prosa delimita, Poesia ilimita.
*** *** e *** ***
Ateno, leitores:O estado do Poema (gr)ave.
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Na gramtica de Deus, igreja um substantivo que nocomporta plural.
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Gosto muito de flores. Elas falam poderosamente de Deus.Milhes de formas, tamanhos e cores diferentes... A cincia,em sua emprica frieza, pode crer que as cores so ummero(?) elemento funcional para atrair os insetos. Sim, isso,mas no apenas isso: os insetos podem ser (e o so) atrados
pelo cheiro, e por outros fatores. Para mim as flores so umademonstrao GRATUITA de Seu poder, uma 'provasorridente'; simples, mas lindos e universalmentedisseminados MEMORIAIS. Ao v-las de perto (gosto de tocar,'analisar') lembro-me inevitavelmente dEle.Cada flor um mini-outdoor onde um Deus silenciososussurra: Ei!
*** *** e *** ***
Convive-se com o cisne, admira-se o reflexo das palavras dosol em suas penas negras, a arquitetura curva de seu altivoporte, a paz de seu avano... sim, ele d sinais, mas belo, esomos humanos, um tipo todo especial de tolos: tomamossempre beleza por sade. At que ele canta, e canta para
morrer, e j tarde demais para um abrao.
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Acumule tesouros que os lobos no podem rapinar acumuleno refgio secreto o quanto puder e no puder, toneladas donico ouro que existe: ALMAS de homens salvos!
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Esparsas prosas
Sobre essa menininha, a EsperanaBem-aventurado aquele que tem o Deus de Jac por seu auxlio e cujaesperana est posta no Senhor, seu Deus.Salmos 146:5
Uma das chamadas trs virtudes teologais, citadas pela apstolo Pauloem 1Co 13.13 (ao lado da F e do Amor) a Esperana , das trs, talveza virtude menos considerada, e no entanto parece-me ser a mais
inatamente presente no ser humano.Mas quem essa menina, essa fora invisvel, esse brilho nos olhosque a Esperana? Por que a Esperana resiste to fortemente, mesmoesmagada e esquecida no fundo de uma cela? Mesmo de joelhosdobrados coronhadas, mesmo diante do peloto, com armasapontadas para sua cabea de olhos vendados, inchados de tanto levarsocos, torturada? Mesmo diante do sorriso imundo de Satans, comoessa fora, essa menininha, a esperana no escape, a esperana no bem,a esperana no Altssimo, resiste no subsolo deste edifcio implodidoque o homem? Tenho uma definio para a Esperana: Rebeliocontra a Queda.
A Esperana, a inata (por Deus plantada) rebelio contra a Quedavivano corao humano, quando alcana a graa de encontrar seu objeto naepifania (manifestao fsica da divindade) Jesus Cristo, torna-se deRebelioem Revoluo. Mas ainda em estgio de Rebelio, manifesta-se
j sua maior singularidade: a Esperana humana, mesmo antes donascimento de Cristo e mesmo para aqueles que, ontem ou hoje, nuncao conheceram, j Cristo abraando o mundo por toda a extenso dahistria, do homem; ela prpria a eternidade que Deus ps no coraode todo homem (Ec 3.11).
Talvez voc tenha j ouvido falar no Fator Melquisedeque, um conceitofundamental em Missiologia, e que foi proposto pelo antroplogo DonRichardson, em seu livro de mesmo nome. Num resumo wikipediano,l-se que O Fator Melquisedeque designao dada conscinciauniversal da existncia de um Deus nico, entre as diversidades de
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expresses culturais e religiosas dos diferentes povos e civilizaes aolongo da histria. como um gancho deixado por Deus em cadacultura, para facilitar a posterior assimilao da Revelao doEvangelho.
Pois entendo nossa menininha, a Esperana, como a expresso bsica,elementar, a molcula feita e utilizada para erigir no homem aquilo queDon Richardson definiu como o Fator Melquisedeque.
Uma outra metfora: a Esperana como os tijolinhos que formam otemplo vazio que nasce junto com cada filho de Ado, templo este quetem o tamanho exato de Deus, pois feito sob estrita medida. O homemnasce um templo vazio, mas feito de Esperana. A Esperana, tudo oque nos restou, o edifcio pronto para receb-Lo (a Deus) em ns. AEsperana a mo que em ns o Esprito Santo usa para segurar ooutro lado da corrente, a Mo de Deus.
Jurgen Moltmann, telogo alemo, proponente da principal corente daassim chamada Teologia da Esperana, e que, soldado da Alemanhaderrotada na Segunda Guerra, foi mandado para campos deprisioneiros de guerra na Irlanda, nos diz:
Vi homens nos campos que haviam perdido a esperana. Elessimplesmente se entregavam, adoeciam e morriam. Quando na vida aesperana hesita e se desfaz, uma tristeza que vai alm de todo o consolotoma conta da pessoa. J a esperana incomoda e inquieta. A pessoa nose contenta mais com a situao, com a forma como as coisas esto.
Moltmann foi inspirado pelo filsofo alemo Ernst Bloch, para quemtodo ser humano instintivamente dotado de esperana, insuflado abuscar avanando - a Utopia sonhada. Bloch era ateu e marxista
revisionista; tinha, portanto, uma viso secular para qual seria a Utopiasendo perseguida pelo homem. Utopia esta que Moltmanncorretamente entende como o Reino vindouro de Cristo, cujaressurreio e ascenso so as marcas patentes da promessa de seuRetorno, so como que os prprios signos da Esperana.
Se Moltmann era um soldado alemo aprisionado em campos deconcentrao dos vencedores Aliados, e que durante seu sofrimento
em meio a tal situao achegou-se esperana crist, na outra facedesta estranha moeda, o psiquiatra judeu Viktor Frankl,
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contemporneo de Moltmann, desenvolvia as bases de suaLogoterapia, enquanto prisioneiro tambm em campos deconcentrao, mas como prisioneiro dos alemes.
Frankl, tendo perdido praticamente toda a sua famlia para a mquinade extermnio de Hitler, agarrou-se (ele tambm) Esperana(entendida, em suas prprias palavras, como f no futuroe vontade defuturo), e desenvolveu sua doutrina baseado na valorizao daesperana (otimismo) como sentido para a vida. Frankl cedo percebeuno homem um vazio causado pela vontade de Sentido, e concluiu(renegando aqui seus predecessores e antigos mestres Freud e Adler)acertadamente que esse vazio tem origem espiritual, e desse vazio
decorrem os principais problemas psquicos do homem.
Repito aqui a pergunta feita acima: que fora essa que resiste nosubsolo do edifcio homem, mesmo quando este edifcio implodido?Ambos os prisioneiros poderiam ter desistido de suas vidas e seentregado, mas ambos vislumbraram, cada qual a seu modo, aEsperana, e agarraram-se a ela com todas as suas foras, com tudo desi. E passaram a desenvolver suas doutrinas tendo ela por fundamento.
No algo fascinante? Continuemos com Frankl:Ests no valo trabalhando. O crepsculo que te envolve cor-de-cinza, ocu acima cinzento, cinzenta a neve no plido lusco-fusco, os trapos dosteus companheiros so cinzentos, e tambm os semblantes deles so cor-de-cinza. Retomas outra vez o dilogo com o ente querido. Pela milsimavez lanas rumo ao sol teu lamento e tua interrogao. Buscasardentemente uma resposta, queres saber o sentido do teu sofrimento ede teu sacrifcio - o sentido de tua morte lenta. Numa revolta ltimacontra o desespero da morte tua frente, sentes teu esprito irromper
por entre o cinzento que te envolve, e nesta revolta derradeira sentes queteu esprito se ala acima deste mundo desolado e sem sentido, e tuasindagaes por um sentido ltimo recebem, por fim, de algum lugar, umvitorioso e regozijante sim.Ao erigirem a Esperana como sua interna rebeliocontra a derrota, asolido, o vazio e a morte, ambos venceram. Agostinho de Hiponaquem diz: A Esperana tem duas filhas lindas, a indignao e acoragem; a indignao nos ensina a no aceitar as coisas como esto; a
coragem, a mud-las.
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E principalmente nas crianas.Minhas criaturas.
No olhar e na voz das crianas.Porque as crianas so mais minhas criaturas.
Do que os homens.Elas no foram ainda desfeitas pela vida.Da terra.
E entre todos elas so meus servidores.Antes de todos.
E a voz das crianas mais pura do que a vozdos ventos na calma do vale.
No vale to quieto.E o olhar das crianas mais puro do que o azul do
cu, do que o leitoso do cu, e do que um raiode estrela na calma noite.Ora eu resplandeo de tal maneira na minha criao.
Na face da montanha e na face da plancie.No po e no vinho e no homem que lavra e no homem
que semeia e na messe e na vindima.Na luz e nas trevas.
E no corao do homem que o que h de maisprofundo no mundo.
Criado.To profundo que impenetrvel a todo olhar.Exceto ao meu olhar.
Na tempestade que faz cabriolar as ondas e natempestade que faz cabriolar as folhas.
Das rvores da floresta.E ao contrrio na calma de uma bela tarde.
Na areia do mar e nas estrelas que so uma areiano cu.
Na pedra do limiar e na pedra da lareira e na pedrado altar.Na orao e nos sacramentos.
Nas casas dos homens e na igreja que minha casasobre a terra.
Na guia minha criatura que voa sobre os pncaros.A guia real que tem pelo menos dois metros de
envergadura e talvez trs metros.E na formiga minha criatura que rasteja e que armazena
um pouquinho.Na terra.Na formiga meu servidor.
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E aquela vez, aquela vez, desde aquela vez queela escorreu, como um rio de sangue, do flanco
trespassado de meu filho.Qual no deve ser a minha graa e a fora da minha
graa para que essa pequena esperana, vacilanteao sopro do pecado, trmula a todos os ventos,ansiosa ao menor sopro,
seja to invarivel, mantenha-se to fiel, to reta,to pura; e invencvel, e imortal, e impossvel
de apagar-se; que essa pequena flama dosanturio.
Que queima eternamente na lmpada fiel.Uma chama tiritante atravessou a espessura dos mundos.
Uma chama vacilante atravessou a espessura dos tempos.Uma chama ansiosa atravessou a espessura das noites.Desde aquela primeira vez que a minha graa escorreu
para a criao do mundo.Desde ento que a minha graa escorre sempre para a
conservao do mundo.Desde aquela vez que o sangue do meu filho escorreu
para a salvao do mundo.Uma chama impossvel de se alcanar, impossvel de se
apagar ao sopro da morte.
O que me espanta, diz Deus, a esperana.Eu fico pasmo.
Essa pequena esperana que parece uma cousa de nada.Essa pequena esperana.
Imortal.Porque as minhas trs virtudes, diz Deus.
As trs virtudes minhas criaturas.
Minhas filhas minhas crianas.Elas prprias so como as minhas outras criaturas.Da raa dos homens.
A F uma Esposa fiel.A Caridade uma Me.
Uma me ardente, cheia de corao.Ou uma irm mais velha que como uma me.
A Esperana uma meninazinha de nada.Que veio ao mundo no dia de Natal do ano passado.
Que brinca ainda com o boneco de neve.Com seus pinheirinhos de madeira da Alemanha cobertosde geada pintada.
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E com seu boi e seu jumento de madeira da Alemanha.Pintados.
E com seu prespio cheio de palha que os animais nocomem.
Porque elas so de madeira.Entretanto essa meninazinha que atravessar osmundos.
Essa meninazinha de nada.Ela s, levando os outros, que atravessar os mundos
volvidos.
* * *
Esperana humana: Rebelio contra a Queda, com Cristo tornadaRevoluo contra a Queda. Muitos no suportam esta palavra, mas o quedizer? O Cristianismo mesmo fundamentalmente revolucionrio.
Notas
Moltmann, Jrgen. Citado por Ed. L. Miller em Teologias Contemporneas
(So Paulo: Vida Nova, 2011).
Frankl, Viktor E.. Em Busca de Sentido (Petrpolis: Editora Vozes, s/d).
Pguy, Charles. Breve Antologia da Poesia Crist Universal (Edio
eletrnica, org.Sammis Reachers, 2012).
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INGRESSOS VENDA Apenas para os que no podem compr-los
Por trs de todo homem h uma coleo, uma colcha de retalhos tecidade pecados.
Seguindo o mesmo princpio, por trs de toda fortuna existe umacoleo de crimes, de todos os tamanhos.E olha que coisa mais simplria, voc no precisa ser um comunistacomedor de criancinhas, e tambm no precisa de uma Bblia, paraenxergar isso. Para conhecer o podre no homem, basta to s serhomem. To s contemplar seu reflexo numa poa dgua suja ou numespelho da prata. O mesmo se d com a sociedade humana (onde,quanto mais se sobe, mais se falseia): basta rasgar seu fino vu de seda,e contemplar a nudez obesa, untuosa, broxante-de-alma que ela
enverga.Claro, temos os idiotas, que creem nas aparncias, na justia divina dostatus quo, e surpreendem-se em face ao brilho encerado de todamscara. Temos cem mil pastores para contextualizar e fazerdesvanecer no p das palavras doces todas aquelas insuportveispalavras de fel e verdade que Jesus emitiu contra os ricos.Aquela histria de o buraco da agulha por onde dever passar ocamelo, ser apenas mais uma parbola, por tratar-se de uma pretensaporta que havia em Jerusalm, com o formato de buraco de agulha...
Essa mscara encerada, tem o tamanho de vestir seu corao? Ou scabe em crianas? J observou homens adultos vestindo camisas curtase apertadas demais, camisas de seus filhos? No ridculo? Esse oproblema das mscaras, das fantasias: o ridculo as acompanha comoescudeiro, infiel escudeiro pronto sempre para denunciar-lhes asinverdades, pronto sempre para a verdade: desvelar sua condio defalseio e simulacro.Sou um protestante que precisa concordar com o padre da parquia daesquina: o cu a ptria dos pobres. E rarssimos so os penetras no
grande baile-sem-mscaras do Rei. Apenas os suficientes para servir asmesas.
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Deus das circunferncias
Um Deus que no se farta de perdoar minha pulso de Jonas, o quepode ser seno Amor?
Karl Barth, o maior telogo do sculo XX, citando Kierkegaard, maiortelogo do sculo XIX, repercutia que o amor de Deus, o gape, justia equalizadora eterna. Talvez voc no entenda essas palavras,mas veja: o amor a linha forte que tece e sustenta este universo de p,e o justifica; constri-lhe o Sentido, ele (Ele) prprio o Sentido.
Pascal dizia que O universo uma esfera cujo centro est em todas aspartes e a circunferncia em nenhuma. Outros pensadores, utilizando
esta mesma metfora da esfera, referiram-se a Deus.
O Universo um corao, o prprio maquinrio do Amor. Expande-se,expande-se pois (corao) dilacerado. Tempo vem, a plenitude dostempos, em que se dar o Big Crunch, e ele retroceder, imbudo defogo & revoluo. Tornar para o comeo e ser novo, a perfeio deuma esfera infinita porm esttica, equalizada, equalizadora. Umaesfera sem centro e sem circunferncia.
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Jaso
Como Paul Eluard, tive a felicidade mxima dos poetas: os olhos maisbonitos que j vi em toda a minha vida, foram olhos que me amaram. E
no digo que eram os mais belos por me amarem: eram presto os maisbelos de per se, belos como um trecho de Agostinho ou um poemaembriagado declamado por Dylan Thomas.E isso foi uma mui feliz conspirao do Universo em meu prol;favorecimento assaz arbitrrio (s sei que nada sei) de minhaquixotesca figura, e justificao secundria de minha vida.Amendoados como uma Jerusalm, ora verdes, ora com a cor do mel,ora indefinveis, conforme as notas de luz que o maestro Sol tocava emseu elogio. Brilhavam ao ver-me, ah!, os olhos mais bonitos e maiores
do mundo, e eu preciso dizer-lhe, mesmo que isso tenha passado ecomo todas as paixes avassaladoras no fosse dos justos planos doDeus de paz, no est justificada a minha pena? Sou um poeta poispaguei o preo, enquanto era como Fausto e Dylan Thomas e Quixote epude fazer aqueles olhos brilharem mesmerizados, roubando assim dosol a primazia. Como um argonauta que Cronos estendesse sobre suapele feita de clulas que so sculos, por breves lampejos furtei algo aosol, e foi meu o Velocino de Ouro. No mais, a uns Deus no cobra maiscaro que a outros? Longe de mim esperar sua compreenso, criana. V
para fora, roube tambm o Velocino.
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Espasmos de Ecoteologia
Parabns para os fortes que conseguem ver vdeos de cachorrinhostentando ressuscitar os amigos mortos, e outros vdeos expondo o
sofrimento de animais, que tm se viralizado pela rede. Para mim insuportvel, eu preciso desviar os olhos, desligar a TV, sair do recinto.Se eu tenho mais 'pena' de bicho do que de gente? Bem, vamos l:Existem seres cados, ou seja, homens (cado igual a culpado -consulte sua Bblia, faa isso agora), e existem seres comprometidospela nossa Queda. Os animais, alm de inocentes, so nossos credores,devemos-lhes pela misria em que os lanamos com a NOSSA, TODANOSSA, Queda. Quase chego a acreditar que, com a Queda, perdemos odireito de soberania (Peter Singer gostaria de um argumento desses
rsrs). Mas no se escandalize ainda, pois no perdemos. A relaohomem/natura foi simplesmente prostituda. Animais = Inocentestotais, e Homens = culpados hereditrios: sim cabrn, nosotros. Sim,ns: sua Bblia diz que a culpa de Ado a de todos ns (mas denenhum animal). Pegue-a, leia de novo. O peso nas costas do Homem maior do que ele pensa: Deus precisou morrer para reverter tudo queAdo&matou.Pois se o animal foi feito para o homem, e no o homem para o animal,antes disso, ambos e todos foram feitos para Deus. E Ele v, vela e
julgar o que os servos fizerem dos talentos confiados.Um outro argumento: racionalidade , de per si, uma arma, um meiopara defender-se, ou para escapar do apuro. Irracionalidade estar-sedesarmado, n; irracionalidade fraqueza, assimetria (em relao aohomem, maior predador do animal e de si mesmo). Claro ento que,eticamente (agora voc no precisa de uma Bblia) sou obrigado adefender os animais, os que, num combate armado, no possuemarmas.Sou um Homem; desde meu pai Ado, no tenho opo seno pagar
ESTA OUTRA DVIDA QUE VOC E SUA TEOLOGIAJAMAIS&CONSIDERARAM.Claro que uma vida humana vale mais que vidas animais (deixe-meantecipar-me sua crtica, cabrn), e caso precise optar entre uma eoutra, a imagem e semelhana de Deus me obriga (mais uma vezeticamente) a optar pelo homem, mesmo culpado, mesmo contra meu'corao'. Mas o mais fraco continua perfeitamente mais digno de pena,pois a dor, essa criao divina (consulte pela ltima vez sua Bblia)amplificada/hiper-disseminada pela dobradinha Ado/Satans, ah, ela
universal. At sua sogra sente dor, que dir uma guaxinim ou gato.Sorry...
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Exposio-para-a-aniquilao do fariseu em mim
H um fariseu em mim, e ele como uma esttua num sonho deNabucodonosor. Ele tem um tribunal, promotores, e decepa cabeas
com sua katana.J vai longe sua carreira de crimes.Que j poderiam ter sido descontinuados, Senhor.Essa a principal orao da psicoletividade ontolgica ora nomeadaSammis, esse estranho nome de cachorro. J vai longe a metstase, efico sempre a imaginar se o bem feito cobre o mal espargido emsilenciosa semeadura. Semeapedra. Semeao. Semea-dor. Dores.Aborte Senhor, aborte a ontoperao dita eu. Mas dias enbaraam-seem dias e Sua graa ignora meus pedidos de baixa, desenxerga o boto
azul-celeste de delete...
Pois ento inunde esta ontounidade com Teu amor gape, encha-meat prestes a explodir, at que atinja o estado de omnipatia, o irmanar-me com as dores de todos os homens do mundo, a expanso-celebrao-martirizao epifnica do Esprito, do Jesus-em-mim, aprpria mxima operao do amor neste p.
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A Poesia Carnal de Mathias Raws
PULSTIL
Mathias Raws
Meu corao, ei-lotransfeito numa Gaiola de Faradayimune s descargas eltricasdo terrorista Cupido
Bunker-cpsula-pulstilde fibras (d)e carbono
meu corao um cavaleirotemplrio & trado
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De como o poetastro cnico Samerson MesmerFassbender desconstri, em catastrficos versos, assofridas heronas dos contos infantis
Mathias Raws
BRANCA DE NEVE
Nunca houve mulher mais amorosae mais disposta a todos.De cada ano, de cada coela subtraa o corao e mais um goleduma coisa qualquer. E ia somando tudo,
para criar em sua mente apreensora/disruptorada Realidade, o Homem Totalprincesinha policnica em busca do ente poliflico.
Prestativa, amorosa como si acontecernas alcovas de Clepatra ou nas luas de Saturno.
CHAPEUZINHO VERMELHOEla uma menina muito especiale tem sempre palavras muito especiais
Ela tem uma Evazinha dentro do coraozinhoe traz sempre as mas no cesto,so o seu cinturo de granadas
Traja com graa tntrica seu capuz vermelho & vivaz
que para combinar com as mui parrudas masTem tambm, secreto em seu espartilho,um baralho incompleto, onde faltao Rei de Ouros
e prope criativos e sinistros jogosa quantos famintos encontra
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CINDERELA
De carruagem em carruagem ela avana,estilosas abboras Honda, Hyundai ou Citren.
Pelos seus (des)caminhos despede sapatinhoscom