Escola Básica 2,3 de Alfornelos

Escola Secundária Fernando Namora

Este ebook é constituído por trabalhos realizados pelos alunos dos 5º e

6º anos da Escola Básica de Alfornelos e pelos alunos dos 8º e 9º anos da

Escola Secundária Fernando Namora (Brandoa).

É um pequeno testemunho realizado pelos alunos em Língua

Portuguesa em parceria com a Biblioteca Escolar.

Escola Básica 2,3 de Alfornelos

RAP Bullying

Trabalho realizado no âmbito da Semana anti-bullying , dinamizada pela disciplina de Inglês.

RAP Bullying

Os alunos do 5º A

Estão aqui para rapar

Uns versinhos sobre bullyng

O tema que anda no ar

Cuidado com os espertalhões

Que andam para aí a gozar

Sim, nós é que somos bons

Ignoramos o verbo amar

Aproveitam-se dos mais fracos

E batem só por prazer

Lançamos-vos para buracos

E ficamos ali a ver

Que figura triste fazem!

Nunca se viram ao espelho?

Nós rimos porque ele é gordo

Porque corou, ficou vermelho.

O gozo é o vosso tema

Isso não vos fica bem

Qual é o vosso problema?

Vão fazer queixinha à mãe!

Em nome da amizade

E da boa convivência

Párem com essa maldade

Já não temos paciência!

Querem saber a verdade?

Vocês até têm razão

Isto não nos leva a nada

Dêem cá a vossa mão

Vamos todos ser amigos

E lutar pela união

Vamos afastar os perigos

Esquecer a confusão

Protejamos os inocentes

Combatamos os agressores

Que todos estejam contentes

Jovens de todas as cores

Que este dia faça história

E nos traga alegria

Que nos fique na memória

Para recordar um dia.

Quadras realizadas

para celebrar o

Natal

O Natal está a chegar É motivo de alegria Não te quero a chorar Anda, faz-me companhia.

Diz-me o que se passa então Para eu poder ajudar Encontrar a solução Pro problema enfrentar.

Cara amiga, entendi A crise já te afetou

A Troika passou aqui E então tudo mudou

Vamos dar a volta à história Inventar a felicidade

Apaguemos da memória O que não deixa saudade

Teu irmão mais pequenino Já falou com o pai natal No seu sonho de menino Escreveu-lhe um postal

Vou-lhe arranjar uma bola Para ele poder brincar É só pegar na cartola E pôr o coelho a andar

Eu só quero paz no mundo Sorrisos a toda a hora

Eu só quero cá no fundo Que a crise se vá embora

O presépio vou fazer E sei que vai ser diferente

Pois alguém eu vou esquecer Eu não quero ficar doente

Deixem de fora o Gaspar P’ra podermos dar-lhe corda Para a fala acelerar A ver se a gente acorda Porque não temos dinheiro Não vamos esmorecer Vamos montar o pinheiro E havemos de vencer

Ajuda-me, querido amigo, Já nem consigo dormir

Quero aprender contigo Quero voltar a sorrir

Tenho falta de dinheiro Prendas não posso comprar

Lá por baixo do pinheiro Só vejo um tal Gaspar

Nunca vi tanta tristeza Nem tanta desigualdade Já me falta o pão na mesa Isto é uma crueldade!

Conta-me então que fazer Eu só quero ser feliz Como posso eu vencer Fazer sorrir o petiz

Que pediu meu irmão Que poderei eu comprar

Qual será a solução Para o poder alegrar

Obrigada, Pai Natal Como te poderei pagar? Qual a prenda ideal Para eu te agradar

Senhora Merkel, oiça bem Deixe-nos viver em paz Não tire a quem nada tem A quem não aguenta mais

Chamem lá o Baltasar Mandem vir o Belchior

Ponham a andar o Gaspar A ver se isto corre melhor

Do subsídio nem o cheiro Que mais nos irão tirar Lá debaixo do pinheiro

Que poderei colocar?

Confiança no futuro Alegria no meu lar

Temos que quebrar o muro Para voltar a sonhar

Quadras realizadas no âmbito

da Semana da Leitura 2013

para celebrar O MAR

O Mar

Oiçam bem esta história

Que tenho p’ra vos contar,

Vai ficar-vos na memória

Para um dia recordar.

Estava sentada na areia,

quando fui surpreendida

Por uma enorme baleia

Com a barbatana ferida.

Lá no alto de uma onda,

Andava a pobre baleia

A fazer a sua ronda

P’ra ninguém cair na teia.

Mas já chegou atrasada

E já não pode evitar

Que a raia fosse caçada

P’ro pescador a fritar.

Um cardume de sardinhas,

De um belo prateado,

Emaranhadas nas linhas,

Saltavam por todo o lado.

Das redes do pescador,

Escapou um bacalhau

E foi a todo o vapor

Esconder-se com o carapau.

Quem também não se escapou

Foi o polvo de oito braços,

Mas só então reparou

Tinha-os atados com laços

Lá do fundo, mais ao largo,

Veio um peixe acudir

Era um enorme pargo

Que conseguira fugir.

Quis libertar os amigos

E desatou a saltar.

Sozinho eu não consigo!

Quem me quer vir ajudar?

Apareceram as lagostas

Disposta a ajudar,

Até fizeram apostas

Quantas malhas iam cortar!

Cheias de boa vontade,

Desataram a cortar

Queriam dar a liberdade

Aos amigos lá do mar

Mas quanto mais penetravam

Nas redes do pescador,

Tanto mais se emaranhavam

Maior era a sua dor.

Mas este é um mal menor,

Pesca-se p’ra sobreviver.

O lixo é bem pior,

E isso faz-me sofrer.

Ali junto à borda de água,

Avistei a tartaruga.

Aleijou-se numa tábua,

Engoliu uma peúga

Depois vi uma alforreca

Que não fez mal a ninguém,

Encontrou uma boneca

e deram-se muito bem.

Um golfinho deu um salto,

Mas não era brincadeira,

Apanhou com um sapato

Que lhe provocou cegueira.

Com a garrafa de plástico

Engasgou-se o tubarão.

Que ambiente tão drástico,

Temos de deitar-lhe a mão!

É tanto o lixo no mar,

Já não há peixe que aguente!

Vamos então a curar

Este mar que está doente.

São papéis e são beatas,

São pauzinhos de gelado,

São garrafas e são latas,

É lixo por todo o lado!

Os peixes estão a sofrer,

Vão morrendo lentamente

Que podemos nós fazer

P’ra que isto seja diferente?

O mar é um paraíso!

Tem tanto para nos dar!

Se nós tivermos juízo

E o soubermos respeitar.

Vamos então prometer

Que não lhe fazemos mal.

Vamos todos convencer

O povo de Portugal

De Portugal e do mundo

Que o mar é da humanidade

Todos querem lá no fundo

Que isto seja verdade.

ESCOLA SECUNDÁRIA FERNANDO NAMORA

“Quadras de amor”

14 de fevereiro

14 de fevereiro

“Lenços dos namorados – Quadras de amor”

Esta atividade tem por objectivos dar a conhecer tradições portuguesas, desenvolver a

expressão escrita, estimular a criatividade e promover os afetos.

Os trabalhos foram realizados pelos alunos do 8º e 9º anos, nas aulas de Português. Os

alunos responderam ao desafio da Biblioteca escolar, criar Quadras de Amor a moda dos

Lenços do Namorados do Minho.

“Contextualização da atividade”

“Lenços dos namorados”

“Lenços de pedidos”

Peça de artesanato e vestuário típico do Minho

História

É provável que a origem dos "lenços dos namorados" ou "lenços de pedidos"

esteja nos lenços senhoris do sec. XVII - XVIII, adaptados depois pelas mulheres

do povo, dando-lhe consequentemente um aspecto característico.

Antes de tudo, eles faziam parte integrante do traje feminino e tinham uma

função fundamentalmente decorativa. Eram lenços geralmente quadrados, de linho

ou algodão, bordados segundo o gosto da bordadeira.

Mas não é enquanto parte integrante do

traje feminino que nos interessa o seu estudo,

mas a sua outra função, não menos importante,

e da qual vem o nome: a conquista do

namorado.

A moça quando estava próxima da idade

de casar confeccionava o seu lenço bordado a

partir dum pano de linho fino que porventura

possuía ou dum lenço de algodão que adquiria

na feira, dos chamados lenços da tropa.

Para realizar esta obra, a rapariga utilizava

os conhecimentos que possuía sobre o ponto de

cruz, adquiridos na infância, aquando da confecção do seu marcador ou mapa.

Depois de bordado o lenço ia ter às mãos do "namorado" ou "conversado" e

era em conformidade com a atitude deste de usar publicamente ou não, que se

decidia o início duma ligação amorosa.

Os lenços carregam consigo, por isso, os sentimentos amorosos duma

rapariga em idade de casar, revelados através de variados símbolos amorosos

como a fidelidade, a dedicação, a amizade, etc.

Estes lenços eram originariamente em ponto de cruz, e por ser um ponto

trabalhoso obrigava a bordadeira a passar, durante muitas semanas e mesmo

durante meses os serões na sua confecção. http://www.aliancartesanal.pt/site/home.asp?pagina=h

Características

— Tecidos:

Linho, algodão

— Formato/dimensões:

Os lenços de namorados são geralmente de formato quadrado com

dimensões que variam entre os 35 a 75 cm, com uma rica simbologia

ligada à fidelidade, à ligação amorosa e ao acto do casamento.

— Texto:

Os erros ortográficos que, muitas vezes, se encontram nos textos dos

lenços antigos explicam-se pelas características da pronúncia minhota

transcrita foneticamente por quem tinha um domínio imperfeito da

escrita da língua portuguesa. (As raparigas que bordavam estes lenços

pertenciam maioritariamente ao povo.) http://enleiodecores.wordpress.com

— Temática:

Amor - promessas, declarações, saudades, ciúmes …

— Motivos/símbolos:

Os mais utilizados são flores, passarinhos, pombas,

corações, chaves, cartas, borboletas, peixes, cães…

— Cores:

No início, utilizava-se muito o vermelho e o preto; agora predominam

cores vivas.

Exemplos de textos

Bai lenço feliz

Buando nas asas dum rouchinol

Vai ber a cara mais linda

Que neste mundo cobre o sol

Bai carta feliz buando

Nas asas dum passarinho

Cando bires o meu amor

Dále um abraço e um veijinho

O cravo depois de sêco

Senefica amôr perdido

ainda creira não posso

tirar de ti osentido

E tan certo eu amarte

Como o lenço branco ser

Só deixarei de te amar

Cuando o lenço a cor perder

Meu Manel bai pró Brazil

Eu tamem bou no bapor

Gardada no coração

Daquele qué meu amor

“Quadras dos alunos”

David Mirand

David Miranda

Num dia especial

O teu amor é essencial

Numa linda melodia

Inês M.

Brilhas de noite e de dia

Que belo amor que existe aqui

Já não consigo viver sem ti

Noite e dia penso em te ter

Juro que não te quero perder

lll

David Miranda

É dia de São Balentim

Tenho um coração só para ti

É dia de namorados

Ficam todos apaixonados

Nuno

Neste dia de S. Valentim

Espero encontrar-te no jardim

O meu amor por ti não tem explicação

És o meu coração

Ana

Catarina

Cupido meu amigo

Não sejas meu inimigo

Traz-me o meu amor

Neste dia cheio de cor

Liliana Martins

Neste lenço escrevo o meu amor

Vermelho como a paixão

Que esta é a nossa cor

Aqui te dou o meu coração

Miguel Valério

O amor que sinto por ti

Não tem explicação

Quero fazer uma declaração

Tenho medo de ouvir um não.

Jéssica

O dia dos namorados está a chegar

E nós vamos dançar e cantar!

A alegria está no coração de quem tem o par

Mas quem não o tem vai sozinho andar.

Claúdia

Bou mandarte uma carta

Em proba do meu amor

O meu coração não o parta

Com todo o meu calor.

Sara

Neste lenço vai aqui

O meu sentimento por ti

Se aceitares vou gostar

Se não vou chorar

Inês F.

Vento leva este lenço

À minha paixão

Para ver o quanto eu a amo

Ela é a minha doce tentação

Daniel Patrício

Bim por este lenço te dizer

Que tu és a peçoa que eu quero ter

Neste dia tão especial

Quero te dizer que és a peçoa ideal. Miguel Dâmaso

Boa meu lencinho boa

Que és como uma flor

Não fiques com esta dor

Entrega a quem tenho muito amor Inês

Tudo o que sinto

Numa palavra vou dizer

Perfeita

Só tu consegues ser…

Rúben Simões

Mê amor:

Chabe do mê coração

Bem ter à minha beira,

Amar-te-ei com dedicação.

Aqui bai este miminho

Com muito amor e carinho

Do fundo do coração

És a minha paixão. André Pereira

Carolina M.

Há meses que sonho com isto

Há dias que não durmo

Namora comigo por favor

Se não fico sem rumo.

Laura Mendes

Margarida Diogo

És lindo como uma flor

Nunca duvides do meu amor

Sem ti não sou nada

Quero ser tua namorada.

Ana Sofia

Carolina Carmo

Meu olhar em ti fixei

Confiança em ti depositei

Meu coração a ti entrego,

Responde-me para ficar em sossego.

Ana Silva

Há coisas que são difíceis de entender

Mas és somente tu que fazes o meu coração bater.

Penso em ti de noite e de dia

Só tu fazes com que o meu coração sorria.

Diogo B.

Liliana R.

Os teus olhos fascinam-me

O teu sorriso cativa-me

És o meu amado

Espero que sejas o meu namorado

Ana Rita Castanheira

Tiago Pontes

Começa-te a pesar a idade

Mas o nosso namoro é verdadeiro

Em tempo de austeridade,

Só me fazes gastar dinheiro.

David Cardoso

Eduardo Costa

Manuel Eduardo

Se eu dançasse contigo

No baile que vem,

Ficavas comigo

E com mais ninguém? Cristiana Baptista

Rita Ribeiro

Tu és a rapariga que me inspira,

Quando não estás o meu coração é escuro

Quando te vejo o meu coração não respira,

O meu amor por ti é grande e puro

Miguel Alves

Carrê Ferreira

Neste lenço há -de ficar

O começo e o fim,

Desde o dia em que te vi

Até ao dia em que morri.

Laura Mendes Margarida Diogo

Entrego-te este lenço

Como prova do meu amor

O meu coração bate por ti forte

Que até sinto calor Ana Beatriz

Rita Feliciano

Ó Lua que vais tão alta

Vai dizer ao meu amor

Que me faz muita falta

E mando um beijo com fervor

Luísa Fernandes

O dia dos namorados vem aí

Está na hora de os corações ficarem abalados

Mas se não tiverem namorados

Assim já não tem que oferecer nada

Quando ficam chateados

Núria Varela

Fim