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QUALIDADE DE SONO, DEPRESSÃO E ASSERTIVIDADE EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Nancy Julieta Inocente [email protected] Docente do Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional Universidade de Taubaté Pesquisadora Grupo de Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Medicina Avançada do Sono Prof. Rubens Reimão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Janine Julieta Inocente [email protected] Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Medicina Avançada do Sono Prof. Rubens Reimão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Rubens Reimão rubens.reimã[email protected] Líder Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Medicina Avançada do Sono Prof. Rubens Reimão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Universidade de Taubaté (UNITAU, BRASIL Resumo As Disfunções Temporomandibulares são alterações patológicas relacionadas à articulação temporomandibular (ATM) que articula o crânio e a mandíbula, podendo ser tanto da parte muscular mastigatória, ligamentar e nervosa, na região buco-facial ou cervical. O presente estudo teve como objetivo identificar a qualidade de sono, depressão e comportamento

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QUALIDADE DE SONO, DEPRESSÃO E ASSERTIVIDADE EM PACIENTES

COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Nancy Julieta Inocente

[email protected]

Docente do Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional – Universidade de Taubaté

Pesquisadora Grupo de Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Medicina Avançada do

Sono Prof. Rubens Reimão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Janine Julieta Inocente

[email protected]

Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Medicina Avançada do Sono Prof. Rubens Reimão

da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Rubens Reimão

rubens.reimã[email protected]

Líder Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Medicina Avançada do Sono Prof. Rubens

Reimão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Universidade de Taubaté (UNITAU,

BRASIL

Resumo

As Disfunções Temporomandibulares são alterações patológicas relacionadas à articulação

temporomandibular (ATM) que articula o crânio e a mandíbula, podendo ser tanto da parte

muscular mastigatória, ligamentar e nervosa, na região buco-facial ou cervical. O presente

estudo teve como objetivo identificar a qualidade de sono, depressão e comportamento

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assertivo em pacientes com disfunção temporomandibuar da cidade de São José dos

Campos (SP). Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa.

Utilizou-se como instrumentos, Inventário de Sintomas de Disfunção Temporomandibular,

Questionário de Qualidade de Sono, Inventário de Assertividade e Inventário de Depressão.

A amostra foi composta por 26 pacientes diagnosticados com Disfunção

Temporomandibular, idade entre 16 a 50 anos e com média de idade de 29 anos (desvio

padrão de 9,44), 50% dos pacientes são solteiros, 42,3% são casados, com predominância

do sexo feminino, sendo que, 8% dos pacientes concluíram o primeiro grau, 65% o segundo

grau e 27% o nível superior. Os resultados mais frequentes obtidos quanto aos sintomas da

disfunção temporomandibular foram: tensão (85%), dificuldade de mastigação (75%),

apertar os dentes (75%), dor nos ombros (75%), dor na articulação (66,6%). Quanto ao

comportamento assertivo, 15,38% dos pacientes são inassertivos, 38,46 % são médios em

assertividade e 46,16 % são assertivos. Em relação à depressão, 50 % dos pacientes

apresentam depressão mínima, 25% depressão leve e 16,6% depressão moderada e 8,6%

depressão grave. Os dados mais frequentes obtidos do Questionário do Sono indicaram má

qualidade quanto necessidade de mudar hábitos de sono (75%), sonolento no dia a ponto de

prejudicar a sua atividade diária (58%), durante o sono sente dor de cabeça (50%); roncar

(33%), insônia (33%). Conclui-se sobre a importância de medidas preventivas e tratamento

interdisciplinar, objetivando melhorar a sintomatologia e qualidade de vida dos pacientes

com disfunção temporomandibular.

Palavras-chave: Qualidade de Sono. Disfunção Temporomandibular. Depressão.

Assertividade.

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DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: ASPECTOS PSICOLÓGICOS.

1 INTRODUÇÃO

A Articulação Temporomandibular (ATM) é uma estrutura complexa e diretamente

ligada com a comunicação, a alimentação e as expressões faciais e está suscetível a

desenvolver disfunções (Ganzaroli & Casa Junior, 2013).

A etiologia da Disfunção Temporomandibular (DTM) é um assunto controvertido

devido ao seu aspecto multifatorial com fatores etiológicos, sinais e sintomas requer uma

equipe multiprofissional para a prevenção, diagnóstico e tratamento.

Os portadores de Disfunção Temporomandibular (DTM), frequentemente

apresentam problemas associados, tais como alterações posturais, da mecânica ventilatória

e interferência em suas atividades de vida diária (Saes et al, 2013).

A Disfunção Temporomandibular é um termo coletivo que engloba um espectro de

problemas clínicos articulares e musculares na área orofacial, cuja etiologia tem sido um

dos pontos mais controvertidos e estudados em odontologia. A sua prevalência é de 5 % a

12% na população geral (Oliveira, 2002).

O estudo das Disfunções Temporomandibulares (DTM), conhecidas como

disfunção craniomandibular, desordem craniomandibular, síndrome de dor, disfunção

miofacial, vem despertando a atenção de diferentes profissionais -neurologistas, cirurgiões

dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos - pelo elevado número de pacientes com

comprometimento no aparelho mastigatório, afetando, outras áreas do fisiologia humana

(Inocente, Inocente & Reimão, 2001).

As disfunções temporomandibulares são consideradas como um conjunto de

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distúrbios articulares e musculares na região orofacial, caracterizadas principalmente por

dor, ruídos nas articulações e função mandibular irregular.

Os progressos recentes na área de psicoimunologia confirmam a capacidade do

estresse de diminuir a resistência do sistema imunológico (Lipp, 1999), sendo reconhecido

como fator presente na gênese de uma série de doenças (Lipp & Malagris, 1995; Inocente

& Reimão, 2001) e de provocar a insônia (Inocente & Reimão, 2001).

Os transtornos do sono decorrem de anormalidades endógenas nos mecanismos de

sono/vigília, e frequentemente são complicados por fatores de condicionamento (DSM-IV,

APA, 2000), com custo social alto, devido o aumento de riscos de acidentes, o uso abusivo

de medicamanetos para dormir, no caso da insônia, contribuindo para o detrimento da

qualidade de vida (Inocente, 2005).

A importância da emissão de comportamento assertivo está no gerenciamento do

próprio estresse. Quanto menos se consegue administrar o estresse mais aumenta aos

sintomas físicos e emocionais.

Para Albert e Emonns (1978), o comportamento assertivo é aquele que torna a

pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, sem ansiedade indevida, a expressar

sentimentos sem constrangimento e exercitar seus próprios direitos sem negar os alheios.

Os autores citados, nomeiam três tipos de comportamentos. O comportamento agressivo

resulta em rebaixar o receptor e embora possa atingir seus objetivos, ela pode também

gerar ódio e frustração. No caso do comportamento inassertivo não-assertiva numa dada

situação, o emissor nega e inibe a expressão de seus sentimentos, Deixa que os outros

escolham por ele, raramente atinge seus objetivos desejados.Como resultado de seu

comportamento inadequado, ele se sente, ferido e ansioso. Por outro lado, um

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comportamento assertivo apropriado na mesma situação aumentaria a auto-apreciação e

atinge seus objetivos, tendo escolhido por si mesmo como agir.

A depressão é um dos transtornos mentais mais prevalecentes entre os indivíduos

que procuram a saúde mental (Kaplan & Sadock, 2007). O episódio depressivo pode ser

classificado em leve moderado e grave. O indivíduo sofre de humor deprimido, perda de

interesse, de prazer e energia reduzida, i que leva à fatigabilidade aumentada e à diminuição

da atividade. Outros sintomas são: concentração e atenção reduzidas, auto-estima e auto-

confiança reduzidas, idéias de culpa, visões pessimistas do futuro, atos lesivos ou suicídio,

sono perturbado e apetite diminuído (CID-10, OMS, 1993).

A DTM é um assunto relevante, devido a sua repercussão biopsicosocial, podendo

causar danos a estrutura, desgastar os dentes, sofrer um trauma bucal, os músculos torna-se

inflamados, deslocar o disco e chegar a um processo degenerativo

O presente estudo visa contribuir no entendimento da relação entre os aspectos

físicos e emocionais da DTM. As intervenções do dentista envolvem não somente o dente

mas o paciente em sua totalidade biopsicosocial. Entende-se a necessidade cada vez maior

da aproximação da Odontologia com outros campos do saber, principalmente com a

Psicologia, para poder oferecer uma visão mais humanista e integral, contemplando os

aspectos físicos, emocionais e comportamentais do cliente.

1.1 1.1. OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

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Identificar a qualidade de sono, depressão e comportamento assertivo em pacientes com

disfunção temporomandibuar

1.1.2 Objetivos Específicos

Caracterizar o perfil sociodemográfico quanto à idade, sexo, estado civil e escolaridade.

Identificar os sintomas da disfunção temporomandibular, a qualidade de sono, o grau de

depressão e o tipo de comportamento assertivo.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Disfunção Temporomandibular: conceitos gerais

A Articulação Temporomandibular (ATM) é uma articulação classificada como

sinovial, composta e complexa que permite a realização dos movimentos mandibulares. As

ATMs (direita e esquerda) localizadas a frente do meato acústico são individualmente

compostas por uma cavidade articular, um côndilo mandibular e interposto as estruturas

ósseas, um disco articular que faz a manutenção do espaço intra-articular, este disco

acompanha os movimentos condilares. Os dentes inferiores, quando em contato com os

superiores formam a oclusão dental, um dos fatores responsáveis pela instabilidade da

ATM.

Estudos epidemiológicos mostraram que a disfunção temporomandibular incide

entre 40% a 88% na população em geral, que já teve ou tem sinais e sintomas da disfunção,

sendo mais freqüentes em mulheres com a idade entre 20 a 40 anos (Helkimo, 1979, citado

por Seger, 2002; Saes et al, 2013).

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A prevalência da disfunção temporomandibular é difícil de ser determinada devido à

falta de uniformidade de critérios. No entanto, diversos autores concordam com a maior

predisposição pelo sexo feminino que corresponde, em torno de 80% dos casos (Inocente,

Inocente & Reimão, 2001; Saes et al, 2013 ).

A literatura não oferece explicação satisfatória para a maior freqüência encontrada

em mulheres no grupo etário de 20 a 30 anos. Geralmente, são incriminados fatores sociais,

psíquicos ou econômicos (Oliveira, 2002).

Um outro ponto de discussão, é quanto ao fator etiológico que possa ser

responsabilizado pela DTM. A sintomatologia aponta que, a etiologia da disfunção é

multifatorial (Tamaki et al., 1990, Oliveira, 2002; Ganzaroli & Costa Júnior, 2013),

abrangendo importantes elementos funcionais, anatômicos e psicossociais.

O tratamento preferencialmente deverá se constituir de uma equipe formada por

vários especialistas (dentistas, médicos, psicólogos, cirurgião bucomaxilofacial,

fisioterapeuta, radiologista) com estreita colaboração entre os profissionais.

Os sintomas encontrados na DTM são de dois tipos: sintomas subjetivos que são os

relatados pelos pacientes e os objetivos que são os detectados pela palpação muscular sob a

ação do profissional. Quanto aos sintomas, os principais relatados em estudos sobre DTM

são: dor, sensibilidade à palpação das ATMs e músculos mastigatórios, ruídos nas

articulações, abertura exagerada ou reduzida da boca, desvios laterais na mandíbula na

abertura e/ou fechamento, dor de cabeça, dor nos ouvidos (Seger, 1991; Oliveira, 2002;

Saes et al, 2013). As queixas mais comuns incluem cefaléia, dor no pescoço, face e ouvido.

Oliveira (2002) realizou um levantamento com 1.133 pacientes que procuraram

tratamento em centro especializado em DTM e detectou 33% haviam sido encaminhados

por médicos otorrinolaringologista, 38% por dentistas e 29% por outras fontes. Com os

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resultados obtidos, concluiu que a sensação de dor de ouvido é um importante sintoma em

pacientes com DTM.

Ruela et al., (2001) encontraram em seus estudos, o bruxismo, associado a DTM

com uma incidência de 61,8 nos pacientes do sexo masculino, contra 62,7 no sexo

feminino.

Green (1999, citado por Inocente, Inocente & Reimão, 2001), adverte que, nos

pacientes com sono de má qualidade pela disfunção da DTM e na fibriomalgia, estão

presentes diversos sintomas comuns, tornando o diagnóstico difícil.

2.2 Disfunção Temporomandibular e os aspectos emocionais

Borelli et al (1987) comentam que, os pacientes com DTM, manifestam

ressentimento extremo com a dor e a usam de forma irracional, muitas vezes obtêm-se um

papel da dor como justificação e desculpa para evitar situações que provocam ansiedade.

Lorch (1984) afirma que, os pacientes com DTM apresentam quase sempre tensões

musculares e até mesmo trismos, provenientes na sua maioria de problemas de origem

psicológica. Alerta a autora que, o tratamento odontológico poderá não obter êxito se não

ocorrer, concomitantemente, com o tratamento psicológico.

Segundo Tamaki et al. (1990), a DTM, relaciona-se a problemas de ordem genética,

de desenvolvimento, psicológica, traumática, patológica e de comportamento.

Os pacientes com disfunção da ATM parecem apresentar algumas características de

personalidade bem nítidas como perfeccionismo, ausência de assertividade, baixa auto-

estima, rigidez, obsessividade, ansiedade, depressão e estresse (Okino, et al., 1990;

Inocente, Inocente & Reimão, 2001).

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Alencar Júnior (1997) investigou os fatores psicológicos nas disfunções

craniomandibulares em uma amostra composta por 70 pacientes. Concluiu que, os níveis de

ansiedade aumentavam, conforme o grau de disfunção temporomandibular.

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Por sua vez, Moreira (1998) afirma que, os sintomas musculares dolorosos por meio do

aumento da atividade muscular podem ser desencadeados por estados emocionais, como

ansiedade e estresse; os fatores cognitivos podem influenciar a resposta do indivíduo à dor;

os fatores comportamentais podem determinar a atitude do paciente, levando-o a um

comportamento que propicie o aparecimento da disfunção.

Kliemann et al. (1998) avaliaram 100 pacientes queixosos e 100 pacientes não

queixosos com DTM e concluíram que o estresse estava presente na maioria dos pacientes

(77% para os pacientes queixosos e 55% para os pacientes não-queixosos). Os autores

citados, entendem que a etiologia da DTM multifatorial e sugerem que os profissionais

avaliem a reação individual do paciente ao estresse para diagnosticar a causa da DTM.

Além disso, os autores concordam com Portnoi (1993) no qual afirma que, pacientes com

DTM experimentam ansiedade e manifestam sintomas de estresse com mais intensidade e

freqüência do que os não-portadores de DCM.

Maia et al. (1999) avaliaram a influência do estresse em 215 indivíduos, e concluiu-

se que a prevalência de sinais e sintomas da DTM na população pesquisada foi de 60,93%;

as desordens temporomandibulares atingiram, principalmente, mulheres na faixa etária de

17 a 34 anos; a presença de tensão emocional, hábitos parafuncionais, alteração da oclusão,

dores de cabeça e ruídos articulares, foram, respectivamente, os achados mais freqüentes

nos indivíduos com DTM moderada e severa; das pessoas que necessitam de tratamento,

81,25% relataram estar sob estresse emocional.

Deboever & Carlsson (2000) comentam que os aspectos psicológicos e

comportamentais são fortemente associados DTM, não apenas como fator iniciador, mas

também predisponente e perpetuante. Ainda que, os pacientes com DTM têm menos

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tolerância ao estresse e doença é decorrente de uma hiperatividade ou a uma disfunção dos

músculos da mastigação devido à ansiedade e depressão.

Inocente & Inocente (2000) avaliaram a prevalência dos sintomas de disfunção

temporomandibular e de sintomas de estresse em 66 alunos do último ano do curso de

Odontologia. Os resultados demonstram que os sintomas mais freqüentes da DTM foram:

tensão (84,21%); apertar os dentes (78,94%); dor nos ombros (68,42%); ansiedade

(66,84%); estresse (51,57%); tensão emocional (32,10). Quanto ao estresse, a fase mais

prevalente foi de alerta (27,89%), sendo que na fase de resistência foi de (26,84%) e na fase

de exaustão (17,36%).

Okeson (2000) enfatiza que a tensão emocional podem afetar a função muscular,

aumentando a atividade de repouso, bruxismo, dor muscular, ativação do sistema nervoso

simpático. Ressalta ainda que, os pacientes com DTM apresentam elevados níveis de

ansiedade, frustração e raiva. A presença dos estados emocionais aumenta os níveis de

tensão emocional que podem contribuir para a desordem. Depressão e ansiedade

relacionadas aos principais eventos de vida podem alterar a percepção do paciente e a

tolerância de seus sintomas, podendo causar uma busca por mais cuidado. Ainda segundo o

autor, mulheres que sofrem de dores faciais crônicas e enxaquecas têm uma tendência

significantemente mais alta de passado com abuso físico e sexual. Sendo que, a maioria dos

pacientes com dores faciais, não estão atentos as experiências emocionais traumáticas e

então não as informam para o cirurgião-dentista.

A condição emocional que às vezes deve ser enfocada no tratamento, conforme o

autor, conhecida como benefício secundário. Para alguns pacientes, experiências anteriores

de dor podem trazer certos benefícios, podem promover atenção e de um cônjuge ou

amigos e também ser usadas como uma desculpa no trabalho ou de outras obrigações

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desagradáveis. Quando os pacientes recebem um ganho secundário da dor, é mais provável

que esforços de tratamento venham a falhar.

Okeson (2000) comenta que, os pacientes com disfunção temporomandibular

geralmente são perfeccionistas, compulsivos e mais introvertidos e maior ansiedade.

Segundo Oliveira (2002) com uma amostra de 50 pacientes, concluiu que quando o tempo

de sofrimento é de 5 anos, ocorre prejuízo emocional, com ansiedade e insegurança,

sentimentos de inferioridade, frustração, desorientação e idéias suicidas, Acima de 6 anos,

os pacientes parecem dotar posturas mais rígidas consigo mesmos, não se permitindo

assumir o que sentem ou, então, se adaptam ao considerável grau de incapacidade física e

emocional gerada pela disfunção. O distúrbio do sono foi significativo nos indivíduos com

até 5 anos de disfunção, diminuiu após este tempo, provavelmente em função de

medicamentos para indução do sono utilizados. E que não existe um tipo de personalidade

que caracteriza o paciente com DTM, mas que a amostra identificou três tipos de

personalidade: depressiva, passiva-agressiva e neurótica.

3 MÉTODO

3.1 Tipo da pesquisa

Trata-se de uma pesquisa exploratória que tem como principal finalidade

desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de

problemas mais precisos (Gil, 1999) .

3.2 Local da Pesquisa

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A pesquisa foi realizada em uma clínica odontológica com atendimento

especializado em DTM na cidade de São José dos Campos (SP).

3.3 Amostra

A amostra foi composta de vinte e seis pacientes, de ambos os sexos com idades

entre 18 a 50 anos .

3.4 Instrumentos

Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados os seguintes instrumentos:

A) Questionário de sono (Giglio, 1988).

B) Inventário de Sintomas da Disfunção Temporomandibular (Inocente & Inocente, 1999 )

consta de sintomas físicos e emocionais da disfunção temporomandibular.

C) Inventário de Depressão (Beck , traduzido por Ferreira, 1995).

D) Inventário de Habilidades Sociais ( Lipp & Rocha, 2006).

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3.5 Procedimentos para coleta de dados

Obteve-se a autorização de uma clínica especializada em tratamento da DTM para a

realização da pesquisa. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em

pesquisa, conforme os preceitos da Resolução 196/96 do conselho Nacional de Saúde, em

que o anonimato será respeitado.

Os pacientes preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,

autorizando a utilização dos dados por eles fornecidos. A cada paciente foi assegurado que

as informações prestadas serão divulgadas apenas em trabalhos acadêmicos e de modo que

eles não serão identificados.

3.6. Procedimentos para análise de dados

A exploração dos dados obtidos dos questionários, envolveram a sua codificação,

construção de dados e tratamento estatístico.

4 RESULTADOS

Os resultados do perfil sociodemográfico dos pacientes com DTM envolvem

idade, sexo, escolaridade e estado civil. Na amostra pesquisada, verificou-se que a idade

variou de 16 a 50 anos e a idade média dos sujeitos participantes foi de 29 anos (desvio

padrão de 9,44), composta, por 4% pacientes do sexo masculino e 96,% pelo sexo

feminino. Em relação à escolaridade, 8% dos pacientes concluíram o primeiro grau, 65% o

segundo grau e 27% o nível superior. Com relação ao estado civil, 50% da amostra

pesquisada eram casados, 42% eram solteiros, 4% viúvos e 4% separados.

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No Inventário de Sintomas da Disfunção Temporomandibular, conforme o Gráfico

1, os sintomas mais freqüentes na amostra pesquisada foram: dificuldade na mastigação

(77%); tensão (74%); apertar os dentes (74%); dores nas articulações (70%); dormir bem a

noite (70%); desconforto facial (66%); dores ao abrir a boca ( 58%); salivar

abundantemente (54%); ranger os dentes (50%); sentir fadiga ( 47%); morder os lábios

43%); ouvido tampado (43%); torcicolo (27%); insônia (27%); perdendo a visão (205); roer

unhas (4%). Outros sintomas detectados na área emocional foram: sentir-se depremido (

43%); tensão emocional (70%); sentir-se estressado (70%); sentir-se com medo (70%);

sentir-se ansioso (70%); sentir-se agressivo (12%).

Quanto à Qualidade de Sono, os dados obtidos indicaram má qualidade de sono,

sendo que, 75% apresentaram a necessidade de mudar hábitos de sono , 58% sente-se

sonolento durante o dia a ponto de prejudicar a sua atividade diária, 50% sente dor de

cabeça durante o sono; 33% roncam, e 33% apresentam um quadro de insônia.

Quanto ao comportamento assertivo, observou-se que, 15,38% dos pacientes são

inassertivos, 38,46 % são médios em assertividade e 46,16 % são assertivos.

Em relação à depressão, 50 % dos pacientes apresentam depressão mínima, 25%

depressão leve e 16,6% depressão moderada e 8,6% depressão grave.

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

De acordo com o trabalho realizado, a porcentagem de sexo feminino foi de 96% e

do masculino de 4%. Esses dados são semelhantes aos encontrados na literatura (Borelli et

al, 1987; Okino et al, 1990; Kliemann, 1998 ; Okeson, 2000; Maia, 2001; Inocente,

Inocente, Reimão, 2001, Seger 2002).

Quanto aos sintomas da Disfunção Temporo-mandibular, observa-se na amostra

pesquisada, uma variedade de sintomas: dificuldade na mastigação, tensão, apertar os

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dentes, dores nas articulações e dor nos ombros. A literatura consultada indica, de forma

semelhante, como sintomas mais freqüentes de DTM: tensão (Okino et al, 1990; Moreira

et al, 1998; Maia, 2001); dificuldade na mastigação (Bernal, 1988 cit in Hara, 1998; Maia,

2001; Gazaroli & Casa Júnior, 2013 ), dor nos ombros (Borelli et al, 1987; Jacob, 1991;

Okeson, 2000; Maia , 2001; Mazzeto et al, 2001).

O presente trabalho foi composto por pacientes de idade entre 18 a 50 anos e a

idade média obtida foi de 27 anos, na literatura estudada a idade é bastante variável.

Enquanto, no estudo de Oliveira (2002) a idade variou de 10 a 60 anos; no estudo de

Helkimo (1974, citado por Hara, Camargo & Attizzani, 1998) a idade média foi de 38 anos

e no estudo de Okino et al., 1990 a idade média foi de 30, 8 anos. Em um trabalho de

revisão de literatura Hara, Camargo e Attizzani (1998) concluíram que a prevalência de

sinais e sintomas da DTM aparece em todos os grupos de dentições, aumentando com a

idade e progressivamente tais sintomas tendem a ser mais complexos.

Avaliando o estado civil da amostra pesquisada, verificou-se que 50% deles são

casados. Na literatura consultada, observou-se a prevalência de solteiros em Borelli et al,

1987 e Maia, 2001) e separados no estudo de Kliemann, Brunetti & Oliveira, 1998.

Na amostra pesquisada, observou-se sintomas emocionais referentes a estados

depressivos, hipersensibilidade emotiva, irritabilidade. Lipp e Malagris (2001) afirmam que

na área emocional, o estresse pode produzir desde apatia, depressão, desânimo, sensação de

desalento, hipersensibilidade emotiva, raiva, ira, irritabilidade e ansiedade.

No entender de Gazaroli & Casa Júnior (2013), o tratamento deve

restabelecer as funções debilitadas, o alívio da dor, a redução da sobrecarga da

musculatura, a promoção do equilíbrio neuromuscular e oclusal, e a redução do

estresse e da ansiedade.

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A tensão nas costas foi encontrada em 70% dos pacientes. Para Lipp e Rocha

(1994), em estado de alerta, os músculos tensionam, o estômago digere mal a comida, os

ombros ficam levantados e tensos.

Quanto à insônia, foi detectada em 27% e 30% da amostra não dorme bem.

Segundo Lipp & Rocha (1974), a pessoa em estado de estresse, não consegue dormir

direito, fica irritada e reage às provocações. Para Inocente & Reimão (2001), o estado

emocional, pode interferir no sono e causar a insônia. Ainda, o sono desempenha papel

fundamental na reposição de energia para o dia seguinte, enquanto que a falta de sono

provoca irritabilidade, falta de memória e concentração. Segundo Oliveira (2002), o

distúrbio do sono foi significativo nos indivíduos com até 5 anos de disfunção e diminui

após este tempo, provavelmente em função de medicamentos para a indução de sono.

Estudos sobre comportamento assertivo reforçam que a aprendizagem de respostas

assertivas inibirá ou enfraquecerá a ansiedade experimentada em relações interpessoais. Na

amostra pesquisada, observou-se que a maioria apresentou grau de comportamento

inassertivo e médio em assertividades, o que demonstra a importância de se trabalhar

habilidades sociais com os pacientes.

A amostra pesquisada relatou sentir ansiedade. Para Ballone, Pereira Neto &

Ortoloni (2002), os padrões individuais de ansiedade variam amplamente, desde sintomas

cardiovasculares, sintomas gastrointestinais, mal-estar respiratório ou predomínio de tensão

muscular exagerada, do tipo espasmos, torcicolo e lombalgia. O treinamento em

habilidades sociais, poderá ajudar melhorar aos estados de ansiedade e os comportamentos

inassertivos e agressivos.

Uma variável importante detectada na amostra foi à variável medo (70%). Para

Ballone, Pereira Neto & Ortoloni (2002), a ansiedade é um sinal de alerta que adverte sobre

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a necessidade de adaptação eminente e se manifesta por dois sentimentos desagradáveis:

primeiro, através da consciência das sensações fisiológicas de sudorese, palpitação,

inquietação; segundo, através da consciência de estar “nervoso” ou amedrontado.

A variável depressão foi detectada na amostra pesquisada em diferentes graus,

desde a mínima, leve, moderada e grave. A depressão é dos transtornos mentais mais

freqüentes na população adulta (Dalgalarrondo, 2000), com alterações biopsicossociais

(Inocente, 2004) que interferem na vida pessoal, social e de trabalho. O tratamento

combinado, Psicologia e Odontologia ajudará pacientes com DTM e sintomas depressivos.

6 CONCLUSÃO

Na tentativa de estabelecer nexo causal entre DTM e aspectos emocionais, buscou-

se, nesta pesquisa, realizar uma revisão da literatura sobre o tema, quantificar os dados

obtidos com os instrumentos empregados, sem contudo emitir qualquer generalização em

decorrência do número limitado da amostra.

A odontologia deve promover a conscientização e educação do paciente com

relação à influência dos aspectos emocionais na DTM. Casos complexos devem ser

acompanhados com a intervenção da psicologia ao considerar-se os riscos para a depressão,

ansiedadade e alterações do sono. Recomenda-se, tratamento multi/interdisciplinar e

personalizado para cada paciente sendo relevante o estabelecimento de um programa de

prevenção.

Para o cirurgião-dentista, é importante saber qual o tipo de componente

psicológico está associado à DTM, principalmente, pelo fato de que esses componentes

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podem ser componentes da etiologia multifatorial. O clínico deve estar atento nesta

relação, informar ao paciente e sugerir tratamento combinado, psicológico e odontológico.

Conclui-se sobre a importância de medidas preventivas e tratamento interdisciplinar,

objetivando melhorar a sintomatologia e qualidade de vida dos pacientes com disfunção

temporomandibular.

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