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QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA: ASSOCIAÇÃO COM FATORES
SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS
QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E ASSOCIAÇÃO
COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS
Maria Aparecida Vieira
Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Grupo de Pesquisa em Enfermagem da Unimontes.
Fernanda Marques da Costa
Departamento de Enfermagem da Unimontes. Grupo de Pesquisa em Enfermagem da
Unimontes.
Cássio de Almeida Lima
Curso de Graduação em Enfermagem da Unimontes. Grupo de Pesquisa em Enfermagem da
Unimontes.
Agradecimentos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e
à Unimontes pela Bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).
QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA: ASSOCIAÇÃO COM FATORES
SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS
QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E ASSOCIAÇÃO
COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS
RESUMO
Este estudo objetivou descrever a qualidade de vida dos estudantes do Curso de Graduação
em Enfermagem e as associações com características sociodemográficas e acadêmicas. Trata-
se de pesquisa descritiva, exploratória, quantitativa desenvolvida em uma universidade
pública estadual, localizada no Estado de Minas Gerais – Brasil, com 167 acadêmicos que
responderam ao WHOQOL-Bref. Os graduandos apresentaram boa qualidade de vida nos
domínios físico, psicológico e relações sociais, e qualidade de vida regular no domínio meio
ambiente. Os discentes casados, viúvos e separados obtiveram qualidade de vida inferior no
domínio relações sociais; os negros e indígenas no domínio físico, e os egressos de escola
pública no domínio meio ambiente. Espera-se que as instituições de ensino superior efetivem
estratégias de suporte para os graduandos em saúde, especialmente os da Enfermagem; e que
se sensibilizem quanto à implantação de espaços dedicados à realidade desses graduandos, a
fim de gerar oportunidades de aprendizagens facilitadoras no seu cotidiano e na futura
profissão.
Palavras-chave: Qualidade de Vida; Estudantes de Enfermagem; Educação em Enfermagem;
Enfermagem.
INTRODUÇÃO
Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que se aproxima dos
níveis de satisfação encontrados na vida familiar, amorosa, social e ambiental e da própria
estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os
subsídios que determinada sociedade considera seus padrões de conforto e bem-estar. O termo
abrange muitas acepções, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e
coletividades que a ele se reportam em distintas épocas, espaços e contextos diferentes, sendo
uma construção social sob a égide da relatividade cultural. Pode-se dizer que a questão da
qualidade de vida diz respeito aos padrões que a própria sociedade define e se mobiliza para
conquistar, consciente ou inconscientemente, e ao conjunto das políticas públicas e sociais
que norteiam o desenvolvimento humano, as mudanças positivas nas condições e estilos de
vida, atribuindo parcela significativa das responsabilidades ao campo da saúde (MINAYO;
HARTZ; BUSS, 2000).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida pode
ser definida como a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, na conjuntura da
cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações (WHOQOL GROUP, 1995).
Qualidade de vida é um conceito complexo e multifacetado, formado por
múltiplos domínios e dimensões, de difícil definição e operacionalização (CASTILLO;
CASTILLO; ESGUERRA, 2011; ABRAHAMSON et al., 2012). A partir das diferentes
definições de qualidade de vida relacionada à saúde, podem-se identificar os aspectos
relevantes, como considerar a percepção da pessoa quanto ao seu estado de saúde e a
influência deste em sua vida diária; e reconhecer as diferentes dimensões do ser humano –
fisiológica, psicossocial, familiar e laboral (CASTILLO; CASTILLO; ESGUERRA, 2011). A
visão que o ser humano tem sobre qualidade de vida é construída pelo seu referencial e suas
condições de vida, reforçada constantemente pelas interações entre os diversos ambientes,
inclusive o contexto da educação formal (RIBEIRO et al., 2010).
No que concerne ao cenário universitário, no Brasil, dado o aumento do número
de instituições de ensino superior, há um crescimento progressivo da quantidade de pessoas
que vivem no cotidiano acadêmico. Porém, pouco se conhece sobre a relação desse ambiente
com a qualidade de vida. O contexto educacional, por ser um espaço formal de ensino e
aprendizagem, tem suas particularidades e características comuns a qualquer organização
social (RIBEIRO et al., 2010).
Mesmo no interior da universidade, onde se deveria ensinar saúde, poucas são as
políticas de promoção da qualidade de vida. Os futuros profissionais de saúde ingressam em
um curso de muitas requisições, ainda no final da adolescência, e são obrigados a assimilar
obrigações, conhecimentos, posturas, atitudes e habilidades. A instituição lhes impõe um
currículo extenso e complexo, além de exigir que vivenciem situações de saúde, doença e
morte junto aos locais de aprendizagem prática. Por outro lado, muitas vezes, a universidade
não forma o estudante para lidar com consternações, frustrações e incertezas oriundas dessa
realidade e o posiciona como único responsável pela manutenção de sua saúde física, mental e
social, da sua qualidade de vida. Em uma nova realidade apresentada, o acadêmico deve
aprender a ser capaz de resolver seus problemas e os da comunidade em que realiza atividades
curriculares. Para tanto, deve atuar de forma crítico-reflexiva e procurar, em seu patrimônio
biológico, intelectual, emocional e cultural, estratégias que o torne eficaz e resistente aos
estressores internos e externos (FIEDLER, 2008).
Evidencia-se a importante função da educação, enquanto fomentadora de medidas
dinâmicas para a busca da qualidade do cuidado. Contudo, no percurso da graduação, os
estudantes e, entre esses os da enfermagem, se deparam com aspectos não promotores de
qualidade de vida, como ausência de acolhimento por parte de professores e enfermeiros de
campo, falta de integração com acadêmicos de outros cursos e carga horária excessiva. Assim,
ficam expostos ao fator estresse, pois, no seu cotidiano, vivenciam um curso em horário
diurno ou integral e um ritmo intenso de estudos. A pressão psicológica causada por
imposições dos professores e pela ansiedade de ter um bom rendimento a cada período
cursado torna-se marcante (PEREIRA; MIRANDA; PASSOS, 2010).
JUSTIFICATIVA
Na literatura nacional e internacional são poucas as pesquisas que abordam o
constructo qualidade de vida na população acadêmica (RIBEIRO et al., 2010) e,
principalmente, da área da enfermagem (OLIVEIRA; CIAMPONE, 2008; OLIVEIRA;
MININEL; FELLI, 2011; SOUZA et al., 2012). O conhecimento de como está a qualidade de
vida do estudante de enfermagem poderá auxiliar no direcionamento de estratégias de
acolhimento e colaborar na implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais (SOUZA et
al., 2012).
É necessário compreender o perfil e os fatores associados à qualidade de vida do
graduando em enfermagem a fim de contribuir na construção de um ambiente de
aprendizagem apropriado (CHAN et al., 2011). Dessa forma, torna-se necessário investigar a
temática, em prol do fomento de novos conhecimentos e para subsidiar ações mais efetivas de
promoção da saúde e da qualidade de vida dos graduandos em enfermagem, gerando impacto
positivo sobre o seu processo de formação.
OBJETIVOS
Nesse contexto, este estudo objetivou descrever a qualidade de vida dos
estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem de uma universidade pública estadual, o
perfil sociodemográfico e acadêmico e as associações da qualidade de vida com as
características sociodemográficas e acadêmicas.
REFERENCIAL TEÓRICO
A universidade é um espaço que propicia vivências promotoras e não promotoras
da qualidade de vida dos discentes. O período da formação constitui-se em um tempo em que
os estudantes se conhecem como parte da preparação para ser profissional (OLIVEIRA;
CIAMPONE, 2008). É importante que a universidade seja consciente do seu papel na
formação não somente técnica, mas também sociocultural do enfermeiro, e de como isso
refletirá no início da carreira profissional. As estratégias promotoras da qualidade de vida
devem ser estimuladas entre professores, estudantes e demais trabalhadores da instituição, no
intuito de proporcionar melhores condições de enfrentamento das incertezas que serão
vivenciadas quando do egresso da universidade (OLIVEIRA; MININEL; FELLI, 2011).
Brandão et al. (2009) afirmam que formar enfermeiros implica em formar
profissionais do cuidado que valorizem o cuidado de si para cuidar do outro. É primordial que
os futuros profissionais tenham espaço para ponderar sobre as ações de autocuidado e para
conscientização do seu próprio contexto e realidade, tendo em vista que lhes é fundamental o
compromisso com sua saúde para que tenham qualidade de vida. Deve-se partir, ainda, do
pressuposto de que as novas práticas propedêuticas da enfermagem possuam uma perspectiva
com visão do ser na sua totalidade. No entanto, os estudantes de enfermagem vivenciam
angústias, preocupações e problemas cotidianos que bloqueiam a disponibilidade de tempo
para o cuidar do corpo, para praticar hábitos saudáveis de vida e manter a sua integralidade.
Assim, faz-se premente pensar sobre a questão: “como cuidar do corpo do outro quando não
se consegue cuidar de si?” É necessário abordar a questão do autocuidado em uma conjuntura
pragmática e harmonizar os aspectos físicos, sociais, emocionais e espirituais que envolvem a
formação.
No processo ensino-aprendizagem são estabelecidas situações que limitam ou
promovem a qualidade de vida do estudante, o que depende do tipo de interação entre ele e
seus professores, a coordenação do curso, os funcionários administrativos e usuários dos
serviços de saúde, onde a universidade desenvolve atividades de ensino. Algumas situações
são potencialmente sujeitas a desencadear ou agravar problemas de saúde nos acadêmicos
(RIBEIRO et al., 2010). Há circunstâncias na formação do enfermeiro que podem gerar tanto
processos potencializadores como processos destrutivos da qualidade de vida,
comprometendo a saúde física e mental do futuro profissional (OLIVEIRA; CIAMPONE,
2008).
A trajetória acadêmica se caracteriza por momentos causadores de prazer e de
desprazer, é um espaço para a aquisição de novos amigos e novas esperanças, mas também de
exigências cognitivas, o que interfere na qualidade de vida do estudante (FONTANA;
BRIGO, 2011). No cotidiano dos estudantes de enfermagem, evidenciam-se fatores que
podem influenciar negativamente, como a carga horária extensa em sala de aula e campos de
estágio, sendo que as atividades complementares são feitas em outro período, comumente no
horário de refeições, à noite, finais de semana e feriados; relacionamento conflituoso com os
docentes; gastos financeiros elevados; uso abusivo de álcool e outras drogas; reduzido tempo
de sono e repouso; hábitos alimentares inadequados; não realização de atividade física
regular; ansiedade e angústia constantes pela cobrança de desempenho acadêmico; adaptação
à outra cidade; afastamento temporário da família e amigos (SOARES; CAMPOS, 2008;
OLIVEIRA; MININEL; FELLI, 2011).
MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa. Teve
como cenário uma universidade pública estadual, localizada em uma cidade ao norte do
Estado de Minas Gerais, com população de 361.915 habitantes (BRASIL, 2010), principal
polo urbano dessa região (NUNES et al., 2012). A população-alvo se constituiu de 168
acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da referida instituição, regularmente
matriculados e frequentes no 1º semestre de 2012. Destes, um não aceitou participar da
investigação. Assim, o universo da pesquisa foi composto por 167 estudantes.
O instrumento utilizado na coleta de dados foi o Instrumento Abreviado de
Avaliação da Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (OMS), o WHOQOL-
Bref. Também foi aplicado outro questionário com a finalidade de obter informações
complementares sobre os estudantes referentes aos aspectos sociodemográficos e acadêmicos,
possibilitando descrever o seu perfil e a investigação de possíveis associações com qualidade
de vida.
O WHOQOL-Bref, desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS, é
uma versão abreviada do WHOQOL-100 (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000), que, ao
preservar cada uma das 24 facetas do instrumento original, manteve a abrangência do
construto qualidade de vida (FLECK et al., 2000). Compõe-se de 4 domínios: físico,
psicológico, relações sociais e meio ambiente (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000; FLECK et
al., 2000; ALVES et al., 2010). Cada domínio tem por objetivo verificar a capacidade física
(7 questões), o bem-estar psicológico (6 questões), as relações sociais (3 questões) e o meio
ambiente onde o indivíduo está inserido (8 questões). O WHOQOL-Bref considera as 2
últimas semanas vividas pelos respondentes. As respostas às questões são dadas em uma
escala com um único intervalo de 0 a 5. Segundo a metodologia WHOQOL, os escores finais
de cada domínio são calculados por uma sintaxe (ALVES et al., 2010), na qual tais escores
podem ser medidos em direção positiva numa variação de 0 a 100 (EURICH;
KLUTHCOVSKY, 2008).
A coleta de dados ocorreu entre os meses de março e abril de 2012 nas salas de
aula do prédio onde o curso se localiza e nos campos de estágio. Após a coleta, os dados
foram organizados e analisados no programa estatístico Statistical Package for Social
Sciences (SPSS) versão Windows 18.0. As variáveis do questionário sociodemográfico e
acadêmico foram analisadas por meio de frequências absoluta e relativa e por medidas
estatísticas descritivas. Para a análise do WHOQOL-Bref os escores foram analisados como
variáveis quantitativas. Para tanto, foi feita a checagem de normalidade dos dados por meio
do teste de Kolmogorov-Smirnov, e para averiguar a existência de associações entre as
variáveis sociodemográficas, acadêmicas e os domínios da qualidade de vida, realizou-se a
análise bivariada, utilizando o teste t-Student. Adotou-se o nível de significância estatístico de
5%.
Nesta pesquisa, seguiram-se os aspectos éticos preconizados pela Resolução
196/96, sendo que o Projeto de Pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Unimontes, por meio do Parecer Consubstanciado n.º 2982/2011; os sujeitos do estudo
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, também, houve a aprovação por
parte da Chefia do Departamento de Enfermagem.
RESULTADOS
Quanto às características sociodemográficas dos 167 estudantes, pode-se observar
que a maioria é do sexo feminino (83,2%); da faixa etária entre 20-24 anos (52,1%); estado
civil solteiro (84,4%); se considerou parda (54,5%); nasceu (59,9%) e reside na cidade de
Montes Claros (98,8%); e mora (64,1%) com a própria família (Tabela 1). Identificou-se, no
que tange às características acadêmicas, que o predomínio da forma de ingresso na
universidade pelos estudantes foi o processo seletivo tradicional – vestibular (61,7%);
cursaram o ensino médio todo em escola pública (64,1%); afirmaram leitura de 01 a 02 livros
por ano exceto os acadêmicos (37,7%); não fumam (98,8%); possuem computador na
residência com acesso à Internet (79,0%); tem a Internet como a principal fonte de informação
(56,9%); e, afora o curso, se ocupam mais com a leitura (53,9%).
TABELA 1 – Características sociodemográficas dos estudantes da Graduação em
Enfermagem. Montes Claros, MG, 2013.
Variável N (167) %
Sexo
Masculino
Feminino
Idade (anos)
28
139
16,8
83,2
Até 17 2 1,2
18 4 2,4
19 17 10,2
20-24 87 52,1
25-29
30 ou mais
Estado civil
Solteiro (a)
Casado (a)
Viúvo (a)
Separado (a) judicialmente ou divorciado (a)
Outra situação
Raça
Branco (a)
Negro (a)
Pardo (a)
Indígena
Oriental
Não declarado (a)
Cidade onde nasceu
Em Montes Claros
Em outra cidade do Norte de Minas Gerais
Em cidade de outra região de Minas Gerais
Em cidade de outro Estado
No exterior
Cidade onde reside atualmente
Montes Claros
Em outra cidade do Norte de Minas Gerais
Em cidade do Noroeste/Vale do Mucuri ou
33
24
141
24
-
-
2
49
25
91
1
-
1
100
44
9
14
-
165
2
-
19,8
14,4
84,4
14,4
-
-
1,2
29,3
15,0
54,5
0,6
-
0,6
59,9
26,3
5,4
8,4
-
98,8
1,2
-
Jequitinhonha
Em cidade do Estado da Bahia
Em cidade de outro Estado
Em outro país
Com quem/onde reside atualmente
Com a própria família
Com parentes
Em pensão ou hotel
Em república
Outra situação
-
-
-
107
19
-
19
22
-
-
-
64,1
11,4
-
11,4
13,2
Fonte: Dados da pesquisa.
A Tabela 2 mostra os escores da qualidade de vida dos estudantes. De acordo com
a classificação proposta pela OMS, pode-se verificar que para o domínio meio ambiente – que
engloba segurança, moradia, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais, lazer,
transporte e ambiente físico, os estudantes apresentaram qualidade de vida regular. Já para os
domínios: físico – dor, energia, sono, mobilidade, atividades diárias, dependência de
medicação e capacidade de trabalho; psicológico – sentimentos positivos e negativos,
aprendizagem, memória, autoestima, imagem corporal e espiritualidade; e relações sociais –
relações pessoais, suporte social e atividade sexual, os graduandos apresentaram qualidade de
vida boa. Para o domínio meio ambiente, apresentou-se o menor escore 56,6 (DP=16,0), ou
seja, qualidade de vida abaixo dos demais domínios, enquanto que para o domínio relações
sociais houve o maior escore 71,8 (DP=18,6), o que equivale à melhor qualidade de vida
nesse aspecto.
TABELA 2 – Escores médios, mínimos e máximos da qualidade de vida dos estudantes da
Graduação em Enfermagem. Montes Claros, MG, 2013.
Fonte: Dados da pesquisa. *DP= Desvio Padrão.
Na Tabela 3 apresenta-se a associação dos escores da qualidade de vida com as
características sociodemográficas e acadêmicas. Houve associação estatisticamente
significativa (p=0,043) entre o domínio relações sociais e o estado civil
casado/viúvo/separado, com menores escores 65,0 (DP=17,7) para os acadêmicos casados,
viúvos e separados e maiores escores 73,1 (DP=18,5) para os solteiros, ou seja, nesse
domínio, os solteiros possuem qualidade de vida melhor que os casados, viúvos e separados.
Também houve associação significativa (p=0,041) entre o domínio físico e a raça
negra/indígena, com melhores escores médios de qualidade de vida 70,3 (DP=14,2) para os
estudantes brancos e pardos e escores inferiores 64,0 (DP=14,0) para os acadêmicos negros e
indígenas. Entre o domínio meio ambiente e ser egresso de escola pública ocorreu associação
estatisticamente significativa (p=0,046), com maiores escores 60,3 (DP=15,7) para os
discentes que cursaram o ensino médio em escola particular e menores 54,9 (DP=15,9) para
os egressos de escola pública, o que equivale a melhor qualidade de vida no aspecto ambiental
para os egressos de escola particular e inferior para os egressos de escola pública. Quanto às
demais características – sexo, ingresso no curso, idade, cidade onde nasceu, cidade onde
reside atualmente, com quem/onde mora, participação econômica familiar, renda mensal
Domínios Escore médio (DP)* Mínimo Máximo
Físico
Psicológico
Relações sociais
Meio ambiente
69,2 (14,4)
70,2 (15,1)
71,8 (18,6)
56,6 (16,0)
32,1
16,6
8,3
25,0
100,0
100,0
100,0
100,0
familiar, formação do pai, formação da mãe, imóvel, leitura de livros, atividade que mais se
ocupa, religião - não foram encontradas associações significativas.
TABELA 3 – Associação dos escores médios da qualidade de vida com as características
sociodemográficas e acadêmicas dos estudantes da Graduação em Enfermagem. Montes
Claros, MG, 2013.
Variáveis
Escores médios da qualidade de vida (DP)
n (%) Físico Psicológico Relações
sociais
Meio
ambiente
Sexo
Masculino
Feminino
p-valor
Ingresso no
curso
Vestibular, PAES
Transferência,
reopção
p-valor
Idade
Até 24 anos
25 ou mais
p-valor
Estado civil
Solteiro
28 (16,8)
139 (83,2)
103 (61,7)
64 (38,3)
110 (65,9)
57 (34,1)
141 (84,4)
66,4 (11,7)
69,8 (14,8)
0,188
69,2 (14,7)
69,4 (13,8)
0,926
70,1 (14,7)
67,6 (13,6)
0,267
69,5 (14,0)
71,2 (13,5)
70,0 (15,4)
0,680
70,7 (14,5)
69,4 (16,0)
0,592
70,1 (16,0)
70,6 (13,3)
0,831
70,5 (15,0)
72,6 (21,2)
71,7 (18,1)
0,833
71,8 (18,8)
71,8 (18,3)
0,992
73,4 (18,4)
68,8 (18,7)
0,138
73,1 (18,5)
54,4 (17,4)
57,1 (15,7)
0,459
56,8 (16,0)
56,4 (16,1)
0,882
57,6 (16,0)
54,8 (16,0)
0,299
56,4 (15,4)
Casado, viúvo,
separado
p-valor
Cidade onde
nasceu
Montes Claros
Outra
p-valor
Onde reside
atualmente
Montes Claros
Outra cidade
p-valor
Com quem mora
Família
República,
parentes, outros
p-valor
Raça
Branco e pardo
Negro e indígena
p-valor
Onde cursou
ensino médio
Escola pública
26 (15,6)
100 (59,9)
67 (40,1)
165 (98,8)
2 (1,2)
107 (64,1)
60 (35,9)
140 (83,8)
27 (16,2)
114 (68,3)
67,9 (16,5)
0,456
68,6 (14,4)
70,3 (14,3)
0,456
69,2 (14,4)
69,6 (17,6)
0,982
68,4 (14,1)
70,3 (13,8)
0,471
70,3 (14,2)
64,0 (14,0)
0,041
67,9 (14,8)
68,5 (15,8)
0,554
71,0 (15,4)
69,0 (14,6)
0,402
70,3 (15,1)
66,6 (11,7)
0,737
70,0 (14,9)
69,5 (16,9)
0,854
70,5 (15,2)
69,1 (14,5)
0,659
68,9 (15,1)
65,0 (17,7)
0,043
72,4 (18,9)
71,0 (18,3)
0,634
72,0 (18,6)
54,1 (5,8)
0,114
71,9 (19,3)
71,7 (16,1)
0,938
72,6 (18,8)
67,5 (17,3)
0,177
70,2 (18,1)
58,0 (19,3)
0,688
56,1 (15,8)
57,4 (16,4)
0,632
56,6 (15,9)
60,9 (33,1)
0,884
56,4 (16,3)
57,1 (16,4)
0,822
57,4 (16,5)
52,7 (12,8)
0,107
54,9 (15,9)
Escola particular
p-valor
Participação
econômica
familiar
Não Trabalha
Trabalha
p-valor
Renda mensal
familiar
Até 3 salários
mínimos
Mais de 3 salários
mínimos
p-valor
Formação do pai
Fundamental
completo ou mais
Fundamental
incompleto ou
menos
p-valor
Formação da
mãe
Ensino médio
53 (31,7)
122 (73,1)
45 (26,9)
81 (48,5)
86 (51,5)
91 (54,5)
76 (45,5)
92 (55,1)
72,1 (13,1)
0,074
69,8 (14,7)
67,8 (13,6)
0,422
68,3 (13,5)
70,1 (15,1)
0,410
68,6 (14,8)
70,1 (13,9)
0,499
69,9 (14,7)
73,1 (14,7)
0,089
70,0 (15,4)
70,8 (14,3)
0,769
69,2 (14,7)
71,2 (15,4)
0,387
69,5 (15,5)
71,1 (14,6)
0,493
71,9 (15,1)
75,3 (19,4)
0,112
72,9 (18,1)
68,8 (19,7)
0,232
72,0 (17,8)
71,7 (19,3)
0,914
71,8 (19,3)
71,8 (17,8)
0,982
73,7 (18,4)
60,3 (15,7)
0,046
57,9 (15,2)
53,2 (17,7)
0,122
55,8 (16,3)
57,4 (15,8)
0,506
56,1 (15,4)
57,3 (16,8)
0,622
58,0 (15,9)
completo a pós-
graduação
completa
Analfabeto a
ensino médio
incompleto
p-valor
Imóvel
Próprio
Não próprio
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3 ou mais
Até 2
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Atividade que
mais se ocupa
Lazer
Leitura
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Religião
Católica
Protestante
p-valor
75 (44,9)
131 (78,4)
36 (21,6)
89 (53,3)
78 (46,7)
77 (46,1)
90 (53,9)
103 (61,7)
64 (38,3)
68,4 (14,0)
0,510
70,1 (14,2)
66,1 (14,9)
0,158
69,0 (14,7)
69,6 (14,0)
0,797
69,0 (15,1)
69,5 (13,8)
0,823
68,6 (14,4)
70,2 (15,0)
0,520
68,2 (15,0)
0,112
70,2 (15,3)
70,2 (14,5)
0,989
69,8 (14,6)
70,7 (15,7)
0,695
70,6 (16,5)
70,0 (13,8)
0,797
69,2 (15,3)
72,4 (15,3)
0,204
69,5 (18,7)
0,151
72,7 (18,2)
68,7 (20,0)
0,290
72,4 (18,8)
71,1 (18,4)
0,649
74,0 (19,2)
70,0 (17,9)
0,167
71,4 (18,5)
72,4 (19,9)
0,750
55,0 (16,1)
0,235
56,6 (15,9)
56,8 (16,8)
0,943
56,0 (16,1)
57,3 (15,9)
0,604
57,5 (18,5)
55,9 (13,)
0,529
56,0 (16,2)
57,5 (16,5)
0,563
Fonte: Dados da pesquisa.
DISCUSSÃO
O perfil sociodemográfico e acadêmico dos estudantes apresentaram resultados
semelhantes aos encontrados em outros estudos (PEREIRA; SANTOS; SILVA, 2010;
BRITO; BRITO; SILVA, 2009; OLIVEIRA; MININEL; FELLI, 2011; EURICH;
KLUTHCOVSKY, 2008; SOUZA et al., 2012).
A predominância do sexo feminino é justificada pelo fato de a enfermagem
possuir características histórico-sociais que atraem mais estudantes desse sexo (PEREIRA;
SANTOS; SILVA, 2010). A quantidade expressiva de discentes solteiros reflete o quanto
estão ocupados com a formação profissional e postergam um relacionamento afetivo mais
sério. Verificou-se que os estudantes contribuem pouco com a renda familiar, uma vez que
estudam na maior parte de seu tempo e os cursos da área da saúde, em geral, são diurnos e
dificultam ter emprego (PEREIRA; SANTOS; SILVA, 2010; BRITO; BRITO; SILVA,
2009). O acesso a computador com Internet é útil e demonstra o avanço da sociedade globali-
zada, em que os meios eletrônicos são essenciais no desenvolvimento das suas funções,
inclusive as educacionais (PEREIRA; SANTOS; SILVA, 2010). A literatura sobre o perfil
sociodemográfico e acadêmico de estudantes de enfermagem assinala a correlação entre a
caracterização desses sujeitos e a adequação ao processo educacional (BRITO; BRITO;
SILVA, 2009).
Em pesquisa feita na Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP), utilizando o WHOQOL-Bref, os 178 graduandos consideraram sua
qualidade de vida boa e estavam satisfeitos com sua saúde. Assim como no presente estudo,
houve o maior escore para o domínio das relações sociais; e para os domínios psicológico e
meio ambiente, os discentes apresentaram escores semelhantes nos dois estudos, o que
confirma semelhança entre os achados (ARRONQUI et al., 2011). Em investigação realizada
com 67 estudantes da graduação em enfermagem de uma universidade pública do Estado do
Paraná, com utilização do WHOQOL-Bref, o menor escore médio foi para o domínio meio
ambiente. Nos domínios psicológico e relações sociais os resultados também foram
semelhantes aos deste estudo (EURICH; KLUTHCOVSKY, 2008). Porém, houve diferenças
quanto ao domínio físico: em pesquisa realizada pela UNIFESP tal domínio obteve o menor
escore (ARRONQUI et al., 2011) e na do Paraná o maior (EURICH; KLUTHCOVSKY,
2008) e nesta investigação esse domínio não obteve o maior ou menor escore, quando
comparados aos domínios psicológico, relações sociais e meio ambiente.
Embora a graduação em enfermagem seja permeada por conflitos que podem
gerar emoções desagradáveis (BOTTI et al., 2009), os discentes deste estudo obtiveram o
escore máximo no domínio relações sociais e encontrou-se satisfatória qualidade de vida na
maioria dos domínios, assim como em investigação realizada na Escola de Enfermagem da
UNIFESP (ARRONQUI et al., 2011) e em outra feita na Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais (PUC Minas), em Betim, na qual participaram 414 graduandos de enfermagem
(BOTTI et al., 2009). Apesar de tais resultados, é necessário oferecer aos acadêmicos dos
cenários dessas pesquisas subsídios para que enfrentem harmonicamente as tarefas da vida
acadêmica e as práticas de cuidar em situações de dor e sofrimento realizadas comumente.
Devem-se introduzir mecanismos de acompanhamento individualizado aos sujeitos dos
cenários das referidas investigações, como estratégia de supervisão e apoio (ARRONQUI et
al., 2011).
O resultado satisfatório, observado no domínio relações sociais, interfere
positivamente na qualidade de vida dos graduandos e implica no fortalecimento das relações
pessoais e do suporte social (ARRONQUI et al., 2011). O relacionamento interpessoal leva a
refletir sobre a importância que as relações com os familiares, amigos, namorados e outras
pessoas do cotidiano exercem na vida dos estudantes. Possuir relacionamentos estruturados
pode proporcionar prazer e segurança aos discentes, o que promove os bons momentos e
facilita a superação dos desafios da vida diária (SOARES; CAMPOS, 2008).
Todavia, no presente estudo foi identificada qualidade de vida regular no domínio
meio ambiente. Em consenso com esse resultado, foram verificados achados similares em
investigação realizada em uma universidade no Paraná (EURICH; KLUTHCOVSKY, 2008) e
na PUC Minas, em Betim. Constatou-se que os acadêmicos apresentaram bons níveis de
satisfação com sua qualidade de vida nos domínios social, físico e psicológico, o que não foi
observado em relação ao domínio ambiental, devido, sobretudo, a fatores como remuneração
insuficiente, falta de lazer, tempo insuficiente para a família e autocuidado (BOTTI et al.,
2009).
Em estudo similar a este, na correlação com as variáveis sociodemográficas,
apenas o sexo apresentou correlação com a qualidade de vida, com maiores escores médios
para os acadêmicos do sexo masculino nos domínios físico e psicológico (EURICH;
KLUTHCOVSKY, 2008). Entretanto, nesta pesquisa, a variável sexo não teve associação
significativa com qualidade de vida. Por outro lado, duas constatações desta investigação são
corroboradas por pesquisa que investigou a prevalência de depressão, autoavaliação da saúde
e fatores associados entre 114 estudantes de enfermagem em Ribeirão Preto.
Semelhantemente a este estudo, não houve associação significativa entre classe social e
qualidade de vida. Também não se encontrou diferenças estatisticamente significativas na
qualidade de vida dos sujeitos pelo fato de trabalharem ou não (FUREGATO; SANTOS;
SILVA, 2010). Na avaliação da qualidade de vida de 92 estudantes de enfermagem por meio
do Whoqol-Bref em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, verificou-se que os casados tiveram
menor média de qualidade de vida geral em relação aos solteiros e divorciados
(ARCOVERDE; MORAES, 2009). Já, no presente estudo, que especificou a associação da
característica estado civil com cada domínio da qualidade de vida, observou-se que os
acadêmicos casados, viúvos e separados alcançaram menores escores médios de qualidade de
vida no domínio relações sociais, quando comparados aos solteiros.
Nesse contexto, ressalta-se que também há importantes implicações para os
professores (BOTTI et al., 2009; CHAN et al., 2011), no intuito de colaborar no
desenvolvimento de estilos de vida saudáveis para os estudantes de cursos de graduação em
enfermagem (CHAN et al., 2011). É preciso possibilitar ao acadêmico expandir o cuidar do
outro para o cuidar de si e para o cuidar entre si, isto é, entre os colegas e docentes. Para tanto,
o professor da graduação em enfermagem deve se preocupar em cuidar do estudante em suas
relações no processo ensino-aprendizagem (OLIVEIRA; CIAMPONE, 2008). Além dos
professores, o panorama da qualidade de vida dos estudantes deve ser considerado pelos
gestores da universidade (BOTTI et al., 2009; RIBEIRO et al., 2010) e coordenadores de
curso (RIBEIRO et al., 2010).
A boa qualidade de vida encontrada na maioria dos domínios pode oportunizar
impactos positivos aos estudantes do Curso Graduação em Enfermagem em seu cotidiano e
processo ensino-aprendizagem, no cenário deste estudo. Porém, como obtiveram qualidade de
vida regular no domínio meio ambiente, esse aspecto demanda mais atenção. As associações
das características sociodemográficas e acadêmicas com a qualidade de vida evidenciam a
necessidade de maior cuidado aos discentes casados, viúvos, separados, negros, indígenas e
egressos de escola pública.
Apesar da restrição a uma única instituição e a descrição da qualidade de vida ser
de maneira abrangente, ressalta-se que é relevante investigar este assunto em prol da geração
de melhorias na vida diária e formação dos discentes, assim como para o aprofundamento do
conhecimento sobre a temática. Nesse sentido, recomenda-se a realização de outras pesquisas
no cenário da presente investigação e em outros. Espera-se que este estudo subsidie as
instituições de ensino superior na efetivação da promoção da saúde e no fomento de melhorias
na qualidade de vida acadêmica, reconhecendo-a como égide para o cenário educacional da
enfermagem brasileira.
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