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QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA: ASSOCIAÇÃO COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E ASSOCIAÇÃO COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS Maria Aparecida Vieira Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Grupo de Pesquisa em Enfermagem da Unimontes. Fernanda Marques da Costa Departamento de Enfermagem da Unimontes. Grupo de Pesquisa em Enfermagem da Unimontes. Cássio de Almeida Lima Curso de Graduação em Enfermagem da Unimontes. Grupo de Pesquisa em Enfermagem da Unimontes. Agradecimentos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e à Unimontes pela Bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

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QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM DE UMA

UNIVERSIDADE PÚBLICA: ASSOCIAÇÃO COM FATORES

SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS

QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E ASSOCIAÇÃO

COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS

Maria Aparecida Vieira

Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Grupo de Pesquisa em Enfermagem da Unimontes.

Fernanda Marques da Costa

Departamento de Enfermagem da Unimontes. Grupo de Pesquisa em Enfermagem da

Unimontes.

Cássio de Almeida Lima

Curso de Graduação em Enfermagem da Unimontes. Grupo de Pesquisa em Enfermagem da

Unimontes.

Agradecimentos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e

à Unimontes pela Bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM DE UMA

UNIVERSIDADE PÚBLICA: ASSOCIAÇÃO COM FATORES

SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS

QUALIDADE DE VIDA DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E ASSOCIAÇÃO

COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ACADÊMICOS

RESUMO

Este estudo objetivou descrever a qualidade de vida dos estudantes do Curso de Graduação

em Enfermagem e as associações com características sociodemográficas e acadêmicas. Trata-

se de pesquisa descritiva, exploratória, quantitativa desenvolvida em uma universidade

pública estadual, localizada no Estado de Minas Gerais – Brasil, com 167 acadêmicos que

responderam ao WHOQOL-Bref. Os graduandos apresentaram boa qualidade de vida nos

domínios físico, psicológico e relações sociais, e qualidade de vida regular no domínio meio

ambiente. Os discentes casados, viúvos e separados obtiveram qualidade de vida inferior no

domínio relações sociais; os negros e indígenas no domínio físico, e os egressos de escola

pública no domínio meio ambiente. Espera-se que as instituições de ensino superior efetivem

estratégias de suporte para os graduandos em saúde, especialmente os da Enfermagem; e que

se sensibilizem quanto à implantação de espaços dedicados à realidade desses graduandos, a

fim de gerar oportunidades de aprendizagens facilitadoras no seu cotidiano e na futura

profissão.

Palavras-chave: Qualidade de Vida; Estudantes de Enfermagem; Educação em Enfermagem;

Enfermagem.

INTRODUÇÃO

Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que se aproxima dos

níveis de satisfação encontrados na vida familiar, amorosa, social e ambiental e da própria

estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os

subsídios que determinada sociedade considera seus padrões de conforto e bem-estar. O termo

abrange muitas acepções, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e

coletividades que a ele se reportam em distintas épocas, espaços e contextos diferentes, sendo

uma construção social sob a égide da relatividade cultural. Pode-se dizer que a questão da

qualidade de vida diz respeito aos padrões que a própria sociedade define e se mobiliza para

conquistar, consciente ou inconscientemente, e ao conjunto das políticas públicas e sociais

que norteiam o desenvolvimento humano, as mudanças positivas nas condições e estilos de

vida, atribuindo parcela significativa das responsabilidades ao campo da saúde (MINAYO;

HARTZ; BUSS, 2000).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida pode

ser definida como a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, na conjuntura da

cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas,

padrões e preocupações (WHOQOL GROUP, 1995).

Qualidade de vida é um conceito complexo e multifacetado, formado por

múltiplos domínios e dimensões, de difícil definição e operacionalização (CASTILLO;

CASTILLO; ESGUERRA, 2011; ABRAHAMSON et al., 2012). A partir das diferentes

definições de qualidade de vida relacionada à saúde, podem-se identificar os aspectos

relevantes, como considerar a percepção da pessoa quanto ao seu estado de saúde e a

influência deste em sua vida diária; e reconhecer as diferentes dimensões do ser humano –

fisiológica, psicossocial, familiar e laboral (CASTILLO; CASTILLO; ESGUERRA, 2011). A

visão que o ser humano tem sobre qualidade de vida é construída pelo seu referencial e suas

condições de vida, reforçada constantemente pelas interações entre os diversos ambientes,

inclusive o contexto da educação formal (RIBEIRO et al., 2010).

No que concerne ao cenário universitário, no Brasil, dado o aumento do número

de instituições de ensino superior, há um crescimento progressivo da quantidade de pessoas

que vivem no cotidiano acadêmico. Porém, pouco se conhece sobre a relação desse ambiente

com a qualidade de vida. O contexto educacional, por ser um espaço formal de ensino e

aprendizagem, tem suas particularidades e características comuns a qualquer organização

social (RIBEIRO et al., 2010).

Mesmo no interior da universidade, onde se deveria ensinar saúde, poucas são as

políticas de promoção da qualidade de vida. Os futuros profissionais de saúde ingressam em

um curso de muitas requisições, ainda no final da adolescência, e são obrigados a assimilar

obrigações, conhecimentos, posturas, atitudes e habilidades. A instituição lhes impõe um

currículo extenso e complexo, além de exigir que vivenciem situações de saúde, doença e

morte junto aos locais de aprendizagem prática. Por outro lado, muitas vezes, a universidade

não forma o estudante para lidar com consternações, frustrações e incertezas oriundas dessa

realidade e o posiciona como único responsável pela manutenção de sua saúde física, mental e

social, da sua qualidade de vida. Em uma nova realidade apresentada, o acadêmico deve

aprender a ser capaz de resolver seus problemas e os da comunidade em que realiza atividades

curriculares. Para tanto, deve atuar de forma crítico-reflexiva e procurar, em seu patrimônio

biológico, intelectual, emocional e cultural, estratégias que o torne eficaz e resistente aos

estressores internos e externos (FIEDLER, 2008).

Evidencia-se a importante função da educação, enquanto fomentadora de medidas

dinâmicas para a busca da qualidade do cuidado. Contudo, no percurso da graduação, os

estudantes e, entre esses os da enfermagem, se deparam com aspectos não promotores de

qualidade de vida, como ausência de acolhimento por parte de professores e enfermeiros de

campo, falta de integração com acadêmicos de outros cursos e carga horária excessiva. Assim,

ficam expostos ao fator estresse, pois, no seu cotidiano, vivenciam um curso em horário

diurno ou integral e um ritmo intenso de estudos. A pressão psicológica causada por

imposições dos professores e pela ansiedade de ter um bom rendimento a cada período

cursado torna-se marcante (PEREIRA; MIRANDA; PASSOS, 2010).

JUSTIFICATIVA

Na literatura nacional e internacional são poucas as pesquisas que abordam o

constructo qualidade de vida na população acadêmica (RIBEIRO et al., 2010) e,

principalmente, da área da enfermagem (OLIVEIRA; CIAMPONE, 2008; OLIVEIRA;

MININEL; FELLI, 2011; SOUZA et al., 2012). O conhecimento de como está a qualidade de

vida do estudante de enfermagem poderá auxiliar no direcionamento de estratégias de

acolhimento e colaborar na implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais (SOUZA et

al., 2012).

É necessário compreender o perfil e os fatores associados à qualidade de vida do

graduando em enfermagem a fim de contribuir na construção de um ambiente de

aprendizagem apropriado (CHAN et al., 2011). Dessa forma, torna-se necessário investigar a

temática, em prol do fomento de novos conhecimentos e para subsidiar ações mais efetivas de

promoção da saúde e da qualidade de vida dos graduandos em enfermagem, gerando impacto

positivo sobre o seu processo de formação.

OBJETIVOS

Nesse contexto, este estudo objetivou descrever a qualidade de vida dos

estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem de uma universidade pública estadual, o

perfil sociodemográfico e acadêmico e as associações da qualidade de vida com as

características sociodemográficas e acadêmicas.

REFERENCIAL TEÓRICO

A universidade é um espaço que propicia vivências promotoras e não promotoras

da qualidade de vida dos discentes. O período da formação constitui-se em um tempo em que

os estudantes se conhecem como parte da preparação para ser profissional (OLIVEIRA;

CIAMPONE, 2008). É importante que a universidade seja consciente do seu papel na

formação não somente técnica, mas também sociocultural do enfermeiro, e de como isso

refletirá no início da carreira profissional. As estratégias promotoras da qualidade de vida

devem ser estimuladas entre professores, estudantes e demais trabalhadores da instituição, no

intuito de proporcionar melhores condições de enfrentamento das incertezas que serão

vivenciadas quando do egresso da universidade (OLIVEIRA; MININEL; FELLI, 2011).

Brandão et al. (2009) afirmam que formar enfermeiros implica em formar

profissionais do cuidado que valorizem o cuidado de si para cuidar do outro. É primordial que

os futuros profissionais tenham espaço para ponderar sobre as ações de autocuidado e para

conscientização do seu próprio contexto e realidade, tendo em vista que lhes é fundamental o

compromisso com sua saúde para que tenham qualidade de vida. Deve-se partir, ainda, do

pressuposto de que as novas práticas propedêuticas da enfermagem possuam uma perspectiva

com visão do ser na sua totalidade. No entanto, os estudantes de enfermagem vivenciam

angústias, preocupações e problemas cotidianos que bloqueiam a disponibilidade de tempo

para o cuidar do corpo, para praticar hábitos saudáveis de vida e manter a sua integralidade.

Assim, faz-se premente pensar sobre a questão: “como cuidar do corpo do outro quando não

se consegue cuidar de si?” É necessário abordar a questão do autocuidado em uma conjuntura

pragmática e harmonizar os aspectos físicos, sociais, emocionais e espirituais que envolvem a

formação.

No processo ensino-aprendizagem são estabelecidas situações que limitam ou

promovem a qualidade de vida do estudante, o que depende do tipo de interação entre ele e

seus professores, a coordenação do curso, os funcionários administrativos e usuários dos

serviços de saúde, onde a universidade desenvolve atividades de ensino. Algumas situações

são potencialmente sujeitas a desencadear ou agravar problemas de saúde nos acadêmicos

(RIBEIRO et al., 2010). Há circunstâncias na formação do enfermeiro que podem gerar tanto

processos potencializadores como processos destrutivos da qualidade de vida,

comprometendo a saúde física e mental do futuro profissional (OLIVEIRA; CIAMPONE,

2008).

A trajetória acadêmica se caracteriza por momentos causadores de prazer e de

desprazer, é um espaço para a aquisição de novos amigos e novas esperanças, mas também de

exigências cognitivas, o que interfere na qualidade de vida do estudante (FONTANA;

BRIGO, 2011). No cotidiano dos estudantes de enfermagem, evidenciam-se fatores que

podem influenciar negativamente, como a carga horária extensa em sala de aula e campos de

estágio, sendo que as atividades complementares são feitas em outro período, comumente no

horário de refeições, à noite, finais de semana e feriados; relacionamento conflituoso com os

docentes; gastos financeiros elevados; uso abusivo de álcool e outras drogas; reduzido tempo

de sono e repouso; hábitos alimentares inadequados; não realização de atividade física

regular; ansiedade e angústia constantes pela cobrança de desempenho acadêmico; adaptação

à outra cidade; afastamento temporário da família e amigos (SOARES; CAMPOS, 2008;

OLIVEIRA; MININEL; FELLI, 2011).

MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa. Teve

como cenário uma universidade pública estadual, localizada em uma cidade ao norte do

Estado de Minas Gerais, com população de 361.915 habitantes (BRASIL, 2010), principal

polo urbano dessa região (NUNES et al., 2012). A população-alvo se constituiu de 168

acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da referida instituição, regularmente

matriculados e frequentes no 1º semestre de 2012. Destes, um não aceitou participar da

investigação. Assim, o universo da pesquisa foi composto por 167 estudantes.

O instrumento utilizado na coleta de dados foi o Instrumento Abreviado de

Avaliação da Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (OMS), o WHOQOL-

Bref. Também foi aplicado outro questionário com a finalidade de obter informações

complementares sobre os estudantes referentes aos aspectos sociodemográficos e acadêmicos,

possibilitando descrever o seu perfil e a investigação de possíveis associações com qualidade

de vida.

O WHOQOL-Bref, desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS, é

uma versão abreviada do WHOQOL-100 (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000), que, ao

preservar cada uma das 24 facetas do instrumento original, manteve a abrangência do

construto qualidade de vida (FLECK et al., 2000). Compõe-se de 4 domínios: físico,

psicológico, relações sociais e meio ambiente (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000; FLECK et

al., 2000; ALVES et al., 2010). Cada domínio tem por objetivo verificar a capacidade física

(7 questões), o bem-estar psicológico (6 questões), as relações sociais (3 questões) e o meio

ambiente onde o indivíduo está inserido (8 questões). O WHOQOL-Bref considera as 2

últimas semanas vividas pelos respondentes. As respostas às questões são dadas em uma

escala com um único intervalo de 0 a 5. Segundo a metodologia WHOQOL, os escores finais

de cada domínio são calculados por uma sintaxe (ALVES et al., 2010), na qual tais escores

podem ser medidos em direção positiva numa variação de 0 a 100 (EURICH;

KLUTHCOVSKY, 2008).

A coleta de dados ocorreu entre os meses de março e abril de 2012 nas salas de

aula do prédio onde o curso se localiza e nos campos de estágio. Após a coleta, os dados

foram organizados e analisados no programa estatístico Statistical Package for Social

Sciences (SPSS) versão Windows 18.0. As variáveis do questionário sociodemográfico e

acadêmico foram analisadas por meio de frequências absoluta e relativa e por medidas

estatísticas descritivas. Para a análise do WHOQOL-Bref os escores foram analisados como

variáveis quantitativas. Para tanto, foi feita a checagem de normalidade dos dados por meio

do teste de Kolmogorov-Smirnov, e para averiguar a existência de associações entre as

variáveis sociodemográficas, acadêmicas e os domínios da qualidade de vida, realizou-se a

análise bivariada, utilizando o teste t-Student. Adotou-se o nível de significância estatístico de

5%.

Nesta pesquisa, seguiram-se os aspectos éticos preconizados pela Resolução

196/96, sendo que o Projeto de Pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Unimontes, por meio do Parecer Consubstanciado n.º 2982/2011; os sujeitos do estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, também, houve a aprovação por

parte da Chefia do Departamento de Enfermagem.

RESULTADOS

Quanto às características sociodemográficas dos 167 estudantes, pode-se observar

que a maioria é do sexo feminino (83,2%); da faixa etária entre 20-24 anos (52,1%); estado

civil solteiro (84,4%); se considerou parda (54,5%); nasceu (59,9%) e reside na cidade de

Montes Claros (98,8%); e mora (64,1%) com a própria família (Tabela 1). Identificou-se, no

que tange às características acadêmicas, que o predomínio da forma de ingresso na

universidade pelos estudantes foi o processo seletivo tradicional – vestibular (61,7%);

cursaram o ensino médio todo em escola pública (64,1%); afirmaram leitura de 01 a 02 livros

por ano exceto os acadêmicos (37,7%); não fumam (98,8%); possuem computador na

residência com acesso à Internet (79,0%); tem a Internet como a principal fonte de informação

(56,9%); e, afora o curso, se ocupam mais com a leitura (53,9%).

TABELA 1 – Características sociodemográficas dos estudantes da Graduação em

Enfermagem. Montes Claros, MG, 2013.

Variável N (167) %

Sexo

Masculino

Feminino

Idade (anos)

28

139

16,8

83,2

Até 17 2 1,2

18 4 2,4

19 17 10,2

20-24 87 52,1

25-29

30 ou mais

Estado civil

Solteiro (a)

Casado (a)

Viúvo (a)

Separado (a) judicialmente ou divorciado (a)

Outra situação

Raça

Branco (a)

Negro (a)

Pardo (a)

Indígena

Oriental

Não declarado (a)

Cidade onde nasceu

Em Montes Claros

Em outra cidade do Norte de Minas Gerais

Em cidade de outra região de Minas Gerais

Em cidade de outro Estado

No exterior

Cidade onde reside atualmente

Montes Claros

Em outra cidade do Norte de Minas Gerais

Em cidade do Noroeste/Vale do Mucuri ou

33

24

141

24

-

-

2

49

25

91

1

-

1

100

44

9

14

-

165

2

-

19,8

14,4

84,4

14,4

-

-

1,2

29,3

15,0

54,5

0,6

-

0,6

59,9

26,3

5,4

8,4

-

98,8

1,2

-

Jequitinhonha

Em cidade do Estado da Bahia

Em cidade de outro Estado

Em outro país

Com quem/onde reside atualmente

Com a própria família

Com parentes

Em pensão ou hotel

Em república

Outra situação

-

-

-

107

19

-

19

22

-

-

-

64,1

11,4

-

11,4

13,2

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 2 mostra os escores da qualidade de vida dos estudantes. De acordo com

a classificação proposta pela OMS, pode-se verificar que para o domínio meio ambiente – que

engloba segurança, moradia, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais, lazer,

transporte e ambiente físico, os estudantes apresentaram qualidade de vida regular. Já para os

domínios: físico – dor, energia, sono, mobilidade, atividades diárias, dependência de

medicação e capacidade de trabalho; psicológico – sentimentos positivos e negativos,

aprendizagem, memória, autoestima, imagem corporal e espiritualidade; e relações sociais –

relações pessoais, suporte social e atividade sexual, os graduandos apresentaram qualidade de

vida boa. Para o domínio meio ambiente, apresentou-se o menor escore 56,6 (DP=16,0), ou

seja, qualidade de vida abaixo dos demais domínios, enquanto que para o domínio relações

sociais houve o maior escore 71,8 (DP=18,6), o que equivale à melhor qualidade de vida

nesse aspecto.

TABELA 2 – Escores médios, mínimos e máximos da qualidade de vida dos estudantes da

Graduação em Enfermagem. Montes Claros, MG, 2013.

Fonte: Dados da pesquisa. *DP= Desvio Padrão.

Na Tabela 3 apresenta-se a associação dos escores da qualidade de vida com as

características sociodemográficas e acadêmicas. Houve associação estatisticamente

significativa (p=0,043) entre o domínio relações sociais e o estado civil

casado/viúvo/separado, com menores escores 65,0 (DP=17,7) para os acadêmicos casados,

viúvos e separados e maiores escores 73,1 (DP=18,5) para os solteiros, ou seja, nesse

domínio, os solteiros possuem qualidade de vida melhor que os casados, viúvos e separados.

Também houve associação significativa (p=0,041) entre o domínio físico e a raça

negra/indígena, com melhores escores médios de qualidade de vida 70,3 (DP=14,2) para os

estudantes brancos e pardos e escores inferiores 64,0 (DP=14,0) para os acadêmicos negros e

indígenas. Entre o domínio meio ambiente e ser egresso de escola pública ocorreu associação

estatisticamente significativa (p=0,046), com maiores escores 60,3 (DP=15,7) para os

discentes que cursaram o ensino médio em escola particular e menores 54,9 (DP=15,9) para

os egressos de escola pública, o que equivale a melhor qualidade de vida no aspecto ambiental

para os egressos de escola particular e inferior para os egressos de escola pública. Quanto às

demais características – sexo, ingresso no curso, idade, cidade onde nasceu, cidade onde

reside atualmente, com quem/onde mora, participação econômica familiar, renda mensal

Domínios Escore médio (DP)* Mínimo Máximo

Físico

Psicológico

Relações sociais

Meio ambiente

69,2 (14,4)

70,2 (15,1)

71,8 (18,6)

56,6 (16,0)

32,1

16,6

8,3

25,0

100,0

100,0

100,0

100,0

familiar, formação do pai, formação da mãe, imóvel, leitura de livros, atividade que mais se

ocupa, religião - não foram encontradas associações significativas.

TABELA 3 – Associação dos escores médios da qualidade de vida com as características

sociodemográficas e acadêmicas dos estudantes da Graduação em Enfermagem. Montes

Claros, MG, 2013.

Variáveis

Escores médios da qualidade de vida (DP)

n (%) Físico Psicológico Relações

sociais

Meio

ambiente

Sexo

Masculino

Feminino

p-valor

Ingresso no

curso

Vestibular, PAES

Transferência,

reopção

p-valor

Idade

Até 24 anos

25 ou mais

p-valor

Estado civil

Solteiro

28 (16,8)

139 (83,2)

103 (61,7)

64 (38,3)

110 (65,9)

57 (34,1)

141 (84,4)

66,4 (11,7)

69,8 (14,8)

0,188

69,2 (14,7)

69,4 (13,8)

0,926

70,1 (14,7)

67,6 (13,6)

0,267

69,5 (14,0)

71,2 (13,5)

70,0 (15,4)

0,680

70,7 (14,5)

69,4 (16,0)

0,592

70,1 (16,0)

70,6 (13,3)

0,831

70,5 (15,0)

72,6 (21,2)

71,7 (18,1)

0,833

71,8 (18,8)

71,8 (18,3)

0,992

73,4 (18,4)

68,8 (18,7)

0,138

73,1 (18,5)

54,4 (17,4)

57,1 (15,7)

0,459

56,8 (16,0)

56,4 (16,1)

0,882

57,6 (16,0)

54,8 (16,0)

0,299

56,4 (15,4)

Casado, viúvo,

separado

p-valor

Cidade onde

nasceu

Montes Claros

Outra

p-valor

Onde reside

atualmente

Montes Claros

Outra cidade

p-valor

Com quem mora

Família

República,

parentes, outros

p-valor

Raça

Branco e pardo

Negro e indígena

p-valor

Onde cursou

ensino médio

Escola pública

26 (15,6)

100 (59,9)

67 (40,1)

165 (98,8)

2 (1,2)

107 (64,1)

60 (35,9)

140 (83,8)

27 (16,2)

114 (68,3)

67,9 (16,5)

0,456

68,6 (14,4)

70,3 (14,3)

0,456

69,2 (14,4)

69,6 (17,6)

0,982

68,4 (14,1)

70,3 (13,8)

0,471

70,3 (14,2)

64,0 (14,0)

0,041

67,9 (14,8)

68,5 (15,8)

0,554

71,0 (15,4)

69,0 (14,6)

0,402

70,3 (15,1)

66,6 (11,7)

0,737

70,0 (14,9)

69,5 (16,9)

0,854

70,5 (15,2)

69,1 (14,5)

0,659

68,9 (15,1)

65,0 (17,7)

0,043

72,4 (18,9)

71,0 (18,3)

0,634

72,0 (18,6)

54,1 (5,8)

0,114

71,9 (19,3)

71,7 (16,1)

0,938

72,6 (18,8)

67,5 (17,3)

0,177

70,2 (18,1)

58,0 (19,3)

0,688

56,1 (15,8)

57,4 (16,4)

0,632

56,6 (15,9)

60,9 (33,1)

0,884

56,4 (16,3)

57,1 (16,4)

0,822

57,4 (16,5)

52,7 (12,8)

0,107

54,9 (15,9)

Escola particular

p-valor

Participação

econômica

familiar

Não Trabalha

Trabalha

p-valor

Renda mensal

familiar

Até 3 salários

mínimos

Mais de 3 salários

mínimos

p-valor

Formação do pai

Fundamental

completo ou mais

Fundamental

incompleto ou

menos

p-valor

Formação da

mãe

Ensino médio

53 (31,7)

122 (73,1)

45 (26,9)

81 (48,5)

86 (51,5)

91 (54,5)

76 (45,5)

92 (55,1)

72,1 (13,1)

0,074

69,8 (14,7)

67,8 (13,6)

0,422

68,3 (13,5)

70,1 (15,1)

0,410

68,6 (14,8)

70,1 (13,9)

0,499

69,9 (14,7)

73,1 (14,7)

0,089

70,0 (15,4)

70,8 (14,3)

0,769

69,2 (14,7)

71,2 (15,4)

0,387

69,5 (15,5)

71,1 (14,6)

0,493

71,9 (15,1)

75,3 (19,4)

0,112

72,9 (18,1)

68,8 (19,7)

0,232

72,0 (17,8)

71,7 (19,3)

0,914

71,8 (19,3)

71,8 (17,8)

0,982

73,7 (18,4)

60,3 (15,7)

0,046

57,9 (15,2)

53,2 (17,7)

0,122

55,8 (16,3)

57,4 (15,8)

0,506

56,1 (15,4)

57,3 (16,8)

0,622

58,0 (15,9)

completo a pós-

graduação

completa

Analfabeto a

ensino médio

incompleto

p-valor

Imóvel

Próprio

Não próprio

p-valor

Leitura de livros

3 ou mais

Até 2

p-valor

Atividade que

mais se ocupa

Lazer

Leitura

p-valor

Religião

Católica

Protestante

p-valor

75 (44,9)

131 (78,4)

36 (21,6)

89 (53,3)

78 (46,7)

77 (46,1)

90 (53,9)

103 (61,7)

64 (38,3)

68,4 (14,0)

0,510

70,1 (14,2)

66,1 (14,9)

0,158

69,0 (14,7)

69,6 (14,0)

0,797

69,0 (15,1)

69,5 (13,8)

0,823

68,6 (14,4)

70,2 (15,0)

0,520

68,2 (15,0)

0,112

70,2 (15,3)

70,2 (14,5)

0,989

69,8 (14,6)

70,7 (15,7)

0,695

70,6 (16,5)

70,0 (13,8)

0,797

69,2 (15,3)

72,4 (15,3)

0,204

69,5 (18,7)

0,151

72,7 (18,2)

68,7 (20,0)

0,290

72,4 (18,8)

71,1 (18,4)

0,649

74,0 (19,2)

70,0 (17,9)

0,167

71,4 (18,5)

72,4 (19,9)

0,750

55,0 (16,1)

0,235

56,6 (15,9)

56,8 (16,8)

0,943

56,0 (16,1)

57,3 (15,9)

0,604

57,5 (18,5)

55,9 (13,)

0,529

56,0 (16,2)

57,5 (16,5)

0,563

Fonte: Dados da pesquisa.

DISCUSSÃO

O perfil sociodemográfico e acadêmico dos estudantes apresentaram resultados

semelhantes aos encontrados em outros estudos (PEREIRA; SANTOS; SILVA, 2010;

BRITO; BRITO; SILVA, 2009; OLIVEIRA; MININEL; FELLI, 2011; EURICH;

KLUTHCOVSKY, 2008; SOUZA et al., 2012).

A predominância do sexo feminino é justificada pelo fato de a enfermagem

possuir características histórico-sociais que atraem mais estudantes desse sexo (PEREIRA;

SANTOS; SILVA, 2010). A quantidade expressiva de discentes solteiros reflete o quanto

estão ocupados com a formação profissional e postergam um relacionamento afetivo mais

sério. Verificou-se que os estudantes contribuem pouco com a renda familiar, uma vez que

estudam na maior parte de seu tempo e os cursos da área da saúde, em geral, são diurnos e

dificultam ter emprego (PEREIRA; SANTOS; SILVA, 2010; BRITO; BRITO; SILVA,

2009). O acesso a computador com Internet é útil e demonstra o avanço da sociedade globali-

zada, em que os meios eletrônicos são essenciais no desenvolvimento das suas funções,

inclusive as educacionais (PEREIRA; SANTOS; SILVA, 2010). A literatura sobre o perfil

sociodemográfico e acadêmico de estudantes de enfermagem assinala a correlação entre a

caracterização desses sujeitos e a adequação ao processo educacional (BRITO; BRITO;

SILVA, 2009).

Em pesquisa feita na Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de

São Paulo (UNIFESP), utilizando o WHOQOL-Bref, os 178 graduandos consideraram sua

qualidade de vida boa e estavam satisfeitos com sua saúde. Assim como no presente estudo,

houve o maior escore para o domínio das relações sociais; e para os domínios psicológico e

meio ambiente, os discentes apresentaram escores semelhantes nos dois estudos, o que

confirma semelhança entre os achados (ARRONQUI et al., 2011). Em investigação realizada

com 67 estudantes da graduação em enfermagem de uma universidade pública do Estado do

Paraná, com utilização do WHOQOL-Bref, o menor escore médio foi para o domínio meio

ambiente. Nos domínios psicológico e relações sociais os resultados também foram

semelhantes aos deste estudo (EURICH; KLUTHCOVSKY, 2008). Porém, houve diferenças

quanto ao domínio físico: em pesquisa realizada pela UNIFESP tal domínio obteve o menor

escore (ARRONQUI et al., 2011) e na do Paraná o maior (EURICH; KLUTHCOVSKY,

2008) e nesta investigação esse domínio não obteve o maior ou menor escore, quando

comparados aos domínios psicológico, relações sociais e meio ambiente.

Embora a graduação em enfermagem seja permeada por conflitos que podem

gerar emoções desagradáveis (BOTTI et al., 2009), os discentes deste estudo obtiveram o

escore máximo no domínio relações sociais e encontrou-se satisfatória qualidade de vida na

maioria dos domínios, assim como em investigação realizada na Escola de Enfermagem da

UNIFESP (ARRONQUI et al., 2011) e em outra feita na Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais (PUC Minas), em Betim, na qual participaram 414 graduandos de enfermagem

(BOTTI et al., 2009). Apesar de tais resultados, é necessário oferecer aos acadêmicos dos

cenários dessas pesquisas subsídios para que enfrentem harmonicamente as tarefas da vida

acadêmica e as práticas de cuidar em situações de dor e sofrimento realizadas comumente.

Devem-se introduzir mecanismos de acompanhamento individualizado aos sujeitos dos

cenários das referidas investigações, como estratégia de supervisão e apoio (ARRONQUI et

al., 2011).

O resultado satisfatório, observado no domínio relações sociais, interfere

positivamente na qualidade de vida dos graduandos e implica no fortalecimento das relações

pessoais e do suporte social (ARRONQUI et al., 2011). O relacionamento interpessoal leva a

refletir sobre a importância que as relações com os familiares, amigos, namorados e outras

pessoas do cotidiano exercem na vida dos estudantes. Possuir relacionamentos estruturados

pode proporcionar prazer e segurança aos discentes, o que promove os bons momentos e

facilita a superação dos desafios da vida diária (SOARES; CAMPOS, 2008).

Todavia, no presente estudo foi identificada qualidade de vida regular no domínio

meio ambiente. Em consenso com esse resultado, foram verificados achados similares em

investigação realizada em uma universidade no Paraná (EURICH; KLUTHCOVSKY, 2008) e

na PUC Minas, em Betim. Constatou-se que os acadêmicos apresentaram bons níveis de

satisfação com sua qualidade de vida nos domínios social, físico e psicológico, o que não foi

observado em relação ao domínio ambiental, devido, sobretudo, a fatores como remuneração

insuficiente, falta de lazer, tempo insuficiente para a família e autocuidado (BOTTI et al.,

2009).

Em estudo similar a este, na correlação com as variáveis sociodemográficas,

apenas o sexo apresentou correlação com a qualidade de vida, com maiores escores médios

para os acadêmicos do sexo masculino nos domínios físico e psicológico (EURICH;

KLUTHCOVSKY, 2008). Entretanto, nesta pesquisa, a variável sexo não teve associação

significativa com qualidade de vida. Por outro lado, duas constatações desta investigação são

corroboradas por pesquisa que investigou a prevalência de depressão, autoavaliação da saúde

e fatores associados entre 114 estudantes de enfermagem em Ribeirão Preto.

Semelhantemente a este estudo, não houve associação significativa entre classe social e

qualidade de vida. Também não se encontrou diferenças estatisticamente significativas na

qualidade de vida dos sujeitos pelo fato de trabalharem ou não (FUREGATO; SANTOS;

SILVA, 2010). Na avaliação da qualidade de vida de 92 estudantes de enfermagem por meio

do Whoqol-Bref em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, verificou-se que os casados tiveram

menor média de qualidade de vida geral em relação aos solteiros e divorciados

(ARCOVERDE; MORAES, 2009). Já, no presente estudo, que especificou a associação da

característica estado civil com cada domínio da qualidade de vida, observou-se que os

acadêmicos casados, viúvos e separados alcançaram menores escores médios de qualidade de

vida no domínio relações sociais, quando comparados aos solteiros.

Nesse contexto, ressalta-se que também há importantes implicações para os

professores (BOTTI et al., 2009; CHAN et al., 2011), no intuito de colaborar no

desenvolvimento de estilos de vida saudáveis para os estudantes de cursos de graduação em

enfermagem (CHAN et al., 2011). É preciso possibilitar ao acadêmico expandir o cuidar do

outro para o cuidar de si e para o cuidar entre si, isto é, entre os colegas e docentes. Para tanto,

o professor da graduação em enfermagem deve se preocupar em cuidar do estudante em suas

relações no processo ensino-aprendizagem (OLIVEIRA; CIAMPONE, 2008). Além dos

professores, o panorama da qualidade de vida dos estudantes deve ser considerado pelos

gestores da universidade (BOTTI et al., 2009; RIBEIRO et al., 2010) e coordenadores de

curso (RIBEIRO et al., 2010).

A boa qualidade de vida encontrada na maioria dos domínios pode oportunizar

impactos positivos aos estudantes do Curso Graduação em Enfermagem em seu cotidiano e

processo ensino-aprendizagem, no cenário deste estudo. Porém, como obtiveram qualidade de

vida regular no domínio meio ambiente, esse aspecto demanda mais atenção. As associações

das características sociodemográficas e acadêmicas com a qualidade de vida evidenciam a

necessidade de maior cuidado aos discentes casados, viúvos, separados, negros, indígenas e

egressos de escola pública.

Apesar da restrição a uma única instituição e a descrição da qualidade de vida ser

de maneira abrangente, ressalta-se que é relevante investigar este assunto em prol da geração

de melhorias na vida diária e formação dos discentes, assim como para o aprofundamento do

conhecimento sobre a temática. Nesse sentido, recomenda-se a realização de outras pesquisas

no cenário da presente investigação e em outros. Espera-se que este estudo subsidie as

instituições de ensino superior na efetivação da promoção da saúde e no fomento de melhorias

na qualidade de vida acadêmica, reconhecendo-a como égide para o cenário educacional da

enfermagem brasileira.

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