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FAT- FACULDADE E ESCOLA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO:
estudo de caso em um frigorífico
VALQUIRIA BORGO
TAPEJARA, RS
2016
1
VALQUIRIA BORGO
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO:
Estudo de caso em um frigorífico
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em Administração da Faculdade
Escola – FAT.
Orientador(a): Prof. Me. Izabel Cristine Lopes
TAPEJARA, RS
2016
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VALQUIRIA BORGO
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: Estudo de caso em um frigorífico
Este Trabalho de Conclusão de Curso – TCC foi julgado adequado para a obtenção
do título de Bacharel em Administração e aprovado em sua forma final pelo Curso de
Administração da Faculdade e Escola - FAT.
___________________________________________
Prof. Me. Lidiane Cassia Comin
Coordenador do Curso de Administração
Apresenta à comissão examinadora integrada pelos seguintes professores:
___________________________________________
Orientador(a): Profª. Me. Izabel Cristine Lopes
___________________________________________
Prof.Me.
___________________________________________
Prof.Me.
3
DEDICATÓRIA
À minha família pоr ter acreditado е investido еm mim.
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado saúde e força para superar as
dificuldades.
Ao meu irmão que me auxiliou muito para a conclusão deste estudo com seu
conhecimento sobre frigoríficos.
A esta faculdade, seu corpo docente, direção e administração.
Ao minha orientadora Izabel Cristine Lopes, pelo suporte no pouco tempo que lhe
coube, pelas suas correções e incentivos.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
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RESUMO
A temática do estudo trata sobre a percepção dos funcionários em relação à Qualidade de
Vida no Trabalho em um frigorífico localizado no município de Vila Lângaro. Objetivou
identificar quais são as diferentes percepções dos trabalhadores sobre a Qualidade de Vida no
Trabalho, diagnosticar os fatores de satisfação e insatisfação, propor melhorias. A
metodologia utilizada para o estudo foi de uma pesquisa exploratória e quantitativa. Os
resultados demonstraram que a grande maioria são homens, 52% são solteiros, 60% possuem
o ensino médio, pois cabe destacar que não há funcionário do setor de desossa possuí nível
superior completo ou incompleto, sendo que nesse setor não há a necessidade de
qualificações, mas sim habilidades nas atividades. Os resultados mais importantes mostraram
que 56% dos funcionários estão satisfeitos e muito satisfeitos em relação ao relacionamento
com a chefia e os colegas. Também 68 % dos funcionários estão satisfeitos e muito satisfeitos
com os produtos que a empresa produz.
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Sexo.......................................................................................................... 41
Gráfico 2 Idade.......................................................................................................... 42
Gráfico 3 Tempo de empresa.................................................................................... 42
Gráfico 4 Estado Civil.............................................................................................. 43
Gráfico 5 Escolaridade............................................................................................... 43
Gráfico 6 Remuneração - PERGUNTA 1............................................................... 44
Gráfico 7 Remuneração - PERGUNTA 2................................................................ 45
Gráfico 8 Remuneração - PERGUNTA 3................................................................ 46
Gráfico 9 Condições de trabalho - PERGUNTA 1................................................... 47
Gráfico 10 Condições de trabalho - PERGUNTA 2................................................... 47
Gráfico 11 Condições de trabalho - PERGUNTA 3................................................... 48
Gráfico 12 Capacidades de trabalho - PERGUNTA 1.............................................. 49
Gráfico 13 Capacidades de trabalho - PERGUNTA 2.............................................. 49
Gráfico 14 Capacidades de trabalho - PERGUNTA 3.............................................. 50
Gráfico 15 Oportunidade - PERGUNTA 1............................................................... 51
Gráfico 16 Oportunidade - PERGUNTA 2............................................................... 51
Gráfico 17 Oportunidade - PERGUNTA 3............................................................... 52
Gráfico 18 Integração social - PERGUNTA 1.......................................................... 53
Gráfico 19 Integração social - PERGUNTA 2.......................................................... 53
Gráfico 20 Integração social - PERGUNTA 3.......................................................... 54
Gráfico 21 Constitucionalismo - PERGUNTA 1....................................................... 55
Gráfico 22 Constitucionalismo - PERGUNTA 2....................................................... 55
Gráfico 23 Constitucionalismo - PERGUNTA 3....................................................... 56
Gráfico 24 Relevância social e importância - PERGUNTA 1................................... 57
Gráfico 25 Relevância social e importância - PERGUNTA 2................................... 57
Gráfico 26 Relevância social e importância - PERGUNTA 3................................... 58
Gráfico 27 O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador - PERGUNTA 1... 59
Gráfico 28 O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador - PERGUNTA 2... 59
Gráfico 29 O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador - PERGUNTA 3... 60
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Categorias usadas por Walton................................................................ 39
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LISTA DE SIGLAS
CIPA – Comissão de Prevenção de Acidentes de Trabalho
NR –Norma Regulamentadora
QVT – Qualidade de Vida no Trabalho
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 10
1.1 DEFINIÇÃO DOPROBLEMA................................................................................. 10
1.2 OBJETIVOS.............................................................................................................. 11
1.2.1 Objetivo geral........................................................................................................ 11
1.2.2 Objetivos específicos............................................................................................. 11
1.3 JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 13
2.1 EVOLUÇÕES NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS....................................... 13
2.2 GESTÃO DE PESSOAS.......................................................................................... 15
2.2.1 Conceituando competência.................................................................................... 18
2.2.2 O gestor de pessoas................................................................................................ 20
2.2.3 Modelo de excelência em gestão de pessoas......................................................... 21
2.3 GESTÃO DE PESSOAS E QUALIDADE DE VIDA........................................... 23
2.3.1 Qualidade de vida................................................................................................... 24
2.3.2 Qualidade de vida no trabalho................................................................................ 25
2.3.3 Fatores determinantes da qualidade de vida no trabalho........................................ 26
2.3.4 Os modelos de qualidade de vida no trabalho........................................................ 27
2.3.5 Qualidade de vida no trabalho em frigoríficos....................................................... 32
2.3.6 Contextos empíricos da qualidade de vida no trabalho.......................................... 33
3 METODOLOGIA....................................................................................................... 37
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.................................................................... 37
3.2 SELEÇÃO DA POPULAÇÃO E AMOSTRA......................................................... 38
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.......................................................... 38
3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................................... 38
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................... 40
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS......................................... 41
5.1 PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS.............................................................................. 41
5.2 NÍVEIS DE SATISFAÇÃO...................................................................................... 44
5.2.1 Remuneração: Compensação justa e adequada..................................................... 44
5.2.2 Condições de Trabalho........................................................................................... 46
5.2.3Capacidades de Trabalho........................................................................................ 48
5.2.4Oportunidade.......................................................................................................... 50
5.2.5Integração Social.................................................................................................... 52
5.2.6 Constitucionalismo (respeito às leis) ..................................................................... 54
5.2.7 Relevância social e importância............................................................................. 56
5.2.8 O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador............................................. 58
5.3SUGESTÕES DE MELHORIAS............................................................................... 60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 62
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 63
APÊNDICE:QUESTIONÁRIO................................................................................... 68
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1 INTRODUÇÃO
Na atualidade a Qualidade de Vida no Trabalho-QVT passou a ser uma preocupação
crescente na rotina das empresas, principalmente nas empresas de maior porte que competem
acirradamente umas com as outras no mercado. Essa premissa se fundamenta no atual cenário
globalizado que se vive, onde o ser humano, é o principal ator. O ser humano com seu
trabalho, sua criatividade torna-se o principal motivo de uma empresa ou negócio ter sucesso.
Em relação à área de recursos humanos está a Qualidade de Vida no Trabalho, que
tem o propósito de mostrar para as empresas que não são somente números que importam,
mas sim que a valorização dos trabalhadores é um fator positivo para as empresas.
Além de muitas empresas ainda não possuírem uma política que vise a QVT, se torna
pior ainda para funcionários de frigoríficos, pois quem trabalha em um frigorífico se depara
com uma série de riscos que a maior parte das pessoas sequer imagina. Pois se considera o
trabalho em indústrias de processamento de carne e derivados uma das atividades mais
insalubres hoje no país. Pois geralmente quem trabalha em frigorífico além de necessitar todo
o equipamento de proteção, muitas vezes desconfortável, também trabalha em baixas
temperaturas.
Investir em Qualidade de Vida no Trabalho é imprescindível para que uma empresa
se sobressaia e alcance o sucesso. É preciso que os gestores da empresa sejam conscientes das
demandas diárias dos funcionários, sanando as dificuldades e necessidades através de
melhorias que visem dar ao funcionário motivação, satisfação, bem-estar e segurança.
1.1 DEFINIÇÕES DO PROBLEMA
A Qualidade de Vida no Trabalho caracteriza-se por uma constante busca pelo
equilíbrio, entre o indivíduo e a organização, valorizando o trabalhador como ser humano e
sua posição na organização. Para existir QVT é necessária a construção de um espaço
organizacional que valorize a subjetividade dos trabalhadores, considerando-os sujeitos de seu
trabalho e não objetos de produção.
Dessa forma, sabendo da importância de existir Qualidade de Vida no Trabalho,
questiona-se: qual é a percepção dos funcionários em relação à Qualidade de Vida no
Trabalho no frigorífico SBR SUÍNOS BRASIL?
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1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
Identificar a percepção dos funcionários do frigorífico SBR SUÍNOS BRASIL em
relação à Qualidade de Vida no Trabalho.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar as diferentes percepções dos trabalhadores sobre a QVT;
- Diagnosticar os fatores de satisfação e insatisfação dos funcionários;
- Propor melhorias em relação à QVT na empresa;
- Conhecer e entender a qualidade de vida no trabalho em frigoríficos.
1.3 JUSTIFICATIVA
O presente estudo se justifica primeiramente para as empresas, no caso, os
frigoríficos, identificarem quais são as diferentes percepções dos trabalhadores sobre a QVT,
no ambiente de trabalho. Saber o que cada um entende e percebe o que deve ser melhorado no
seu trabalho para se sentir mais satisfeito. Pois, as pessoas são um patrimônio da empresa são
eles que geram lucro para uma empresa.
Além disso, é essencial as empresas diagnosticar os fatores de satisfação e
insatisfação dos funcionários. Através de uma avaliação é possível verificar quais ações e
normas estão satisfazendo ou deixando os funcionários insatisfeitos no desempenho de suas
tarefas, ainda mais em frigoríficos, que são ambientes insalubres. Também cabe mencionar,
que se o trabalhador não está feliz no seu ambiente de trabalho ele não produz conforme a
empresa espera, sem contar que não obterá os lucros almejados.
Em relação a pontos positivos em relação à QVT estão à remuneração e carga horária
trabalhada serem adequadas às funções dos funcionários, bem como um ambiente saudável e
seguro, sem preconceitos, com igualdade, divisão dos lucros, no entanto, nem sempre isso
acontece, muitos ambientes de trabalho são insalubres, existem desvios de funções o que
podem acarretar insegurança aos funcionários, os direitos dos trabalhadores não são
assegurados.
Através de um estudo sobre QVT se torna possível averiguar os pontos positivos e
negativos, da QTV de funcionários de um frigorífico. Por meio do diagnóstico dos pontos
negativos, podem-se propor melhorias ao ambiente de trabalho e a qualidade de vida do
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trabalhador que, muitas vezes, sem uma avaliação, passa despercebida pelos gestores. A partir
disso a empresa poderá promover ações que visem o bem-estar do trabalhador.
Também se considera a QVT deve ser conhecida, divulgada e entendida em
ambientes como frigoríficos, pois ela está ligada ao bem estar, segurança e saúde do
trabalhador. Portanto, é importante que a empresa conheça o trabalhador e o que ele pensa
sobre seu trabalho, assim ele satisfeito e motivado vai produzir mais.
Além disso, o presente estudo se justifica, pela curiosidade da autora em aprofundar
o conhecimento sobre a qualidade de vida em trabalhadores de frigoríficos, tendo em vista
que convive no ambiente profissional desta prática.
Assim, será possível aprimorar conhecimentos para uma melhor atuação profissional
e propor melhorias que venham trazer mais satisfação e motivação nesse ambiente de
trabalho.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
A área de Recursos Humanos evolui muito nas últimas décadas. No entanto, é
necessário ter um entendimento mais amplo sobre essa evolução que atualmente está ligada a
Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida no Trabalho. A assim neste estudo serão apresentados
alguns conceitos, evoluções e suas atuais perspectivas.
2.1 EVOLUÇÃO NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS
Nos dias atuais é bastante comentado sobre as políticas de recursos humanos nas
organizações e da necessidade de manter os talentos. No entanto, nem sempre é possível, pois
segundo Oliveira et tal (2013), antigamente setor de recursos humanos era visto apenas como
uma área muito burocrática dentro da organização, que cuidava unicamente de questões
relacionadas à legislação trabalhista dos empregados.
No Brasil, segundo Dutra (2008) a área de Recursos Humanos passou por um
processo evolutivo em diversas fases. Essas fases demonstram como o RH foi ganhando
espaço dentro das organizações, e salientando como as empregados passaram de simples mão-
de-obra a colaboradores da organização.
Wood JR (2004) fundamenta que no Brasil empresas multinacionais norte-
americanas e européias, como a General Motors, a Ford e a Volkswagen, tiveram papel
determinante na área de Recursos Humanos. Pois com essas empresas passou-se a introduzir
princípios de divisão do trabalho, de valores relacionados à meritocracia e de práticas de
GRH, tais como recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento.
O mesmo autor (2008) cita que na década de 1930 não havia qualquer estruturação
de gestão de pessoas, já que elas eram recursos abundantes e pouco organizados entre si.
Também cabe destacar que nesta época não havia legislação trabalhista que disciplinasse as
relações entre capital e trabalho.
Gil (2009) coloca que a legislação trabalhista só se concretizou na década de 1930, e
as atividades de recursos humanos eram voltadas apenas para cálculos da retribuição a que os
trabalhadores faziam jus, como resultado do trabalho prestado.
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A partir de 1930, o Governo Getúlio Vargas promoveu amplas
intervenções nas questões trabalhistas, no que se refere a medidas de proteção social
e de organização das associações operárias. Na década de 1930 passa a existir uma
verdadeira legislação trabalhista, sendo criado o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, hoje chamado Ministério do Trabalho e Emprego. Esse período de acordo
com ficou marcado pelo início da gestão burocrática e legalista de pessoas. As
empresas incluíram em sua estrutura a seção de pessoal, porém apenas com o intuito
de atender as exigências trabalhistas. Surgiu então a figura chefe de pessoal que
cuidava basicamente de atividades burocráticas e disciplinares. (GIL, 2009, p.49).
Para Dutra (2008 ) os anos 50 foram marcados por muitas mudanças importantes nas
relações de trabalho, havendo uma grande expansão da indústria siderúrgica, petrolífera,
química e farmacêutica e a implantação das indústrias automobilísticas.
O autor ainda salienta que após os anos de 1950 até meados da década de 1960, as
empresas multinacionais eram estimuladas a se instalar no Brasil, trazendo práticas
estruturadas de gestão de pessoas. Esta fase marcou o início de uma gestão mais
profissionalizada de pessoas, porém extremamente baseada no paradigma taylorista.
Sobre a década de 60 a 70 Gil (2009) coloca que o país passou por um grande
crescimento econômico, que ficou conhecido como o período do milagre brasileiro, sendo que
a década de 70 trouxe maior competitividade por quadros e preocupação com a capacidade de
atração e retenção de pessoas. Porém o milagre econômico não durou muito, e a partir de
1973, a situação econômica do país não era muito otimista para as empresas. Como
conseqüência, muitas organizações passaram a conferir maior atenção às áreas de recursos
humanos, como treinamento, desenvolvimento de pessoal, cargos, salários e benefícios.
Sobre a década de 80, Dutra (2008), comenta que se iniciou um período conturbado
entre empresas e trabalhadores, sendo que nessa década foi marcada pela recessão econômica
e pela inflação.
Segundo o mesmo autor (2008) foi só a partir de 1994, com a abertura da economia e
a estabilidade econômica, que a pressão por maior competitividade atinge as organizações
brasileiras de forma mais intensa. Como conseqüência, as empresas brasileiras, com objetivo
de diminuir custos e sobreviver à concorrência, intensificaram o processo de demissão dos
funcionários. Sendo que a estabilidade econômica só foi retomada com a criação do Plano
Real.
De acordo com Gil (2009), foi a partir de 1990 que o setor de recursos humanos das
empresas brasileiras se tornou mais aberto e dinâmico, passando a considerar os
trabalhadores, não apenas como recursos de mão de obra, mas promovidos como recursos
materiais e financeiros. Desta forma a gestão de pessoas passou a assumir um papel de
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relevância na realidade competitiva atual, já que suas políticas e práticas deviam levar a criar
maior competitividade.
2.2 GESTÃO DE PESSOAS
Todas as mudanças ocorridas nos últimos anos está fomentadas que as empresas
tenham colaboradores capazes e flexíveis a todas essas mudanças impostas pelo cenário social
e econômico. Diante disso, a Gestão de Pessoas passou a ser um setor ou parte
imprescindível em uma empresa que almeja o sucesso.
Principalmente, com surgimento de novas tecnologias, em partes decorrentes até do
processo de globalização, as organizações passaram a se aprimorar para competir no mercado,
buscando qualidade e excelência nos serviços e produtos, focando também nas pessoas que
atuam nessas organizações.
Para Gil (2001) Gestão de Pessoas possui uma função gerencial que busca a
colaboração entre o grupo de funcionários que atuam nas empresas, com o intuito de
atingirem os objetivos grupais e individuais dentro das empresas. Gestão de Pessoas tende a
substituir a expressão Administração de Recursos Humanos, que é a mais comum nos tempos
atuais para lidar com as pessoas nas organizações. Os argumentos dessa mudança de
nomenclatura apontam que, o termo Administração de Recursos Humanos, trata as pessoas na
organização apenas como recursos ao lado dos recursos materiais e financeiros. Já na Gestão
de pessoas, trata as pessoas não como empregados ou funcionários, mas sim, como
cooperadores ou parceiros, ou seja, está focada no ser humano.
No entanto, na história da Administração de Recursos Humanos, percebe-se que nem
sempre o trabalho era focado no ser humanos, Gil (2007, p.18) coloca que “o movimento da
Administração Científica tem origem com as experiências de Frederick W. Taylor (1856-
1915), nos Estados Unidos, e Henri Fayol (1841-1925), na França.” O objetivo era
demonstrar a fundamentação científica às atividades administrativas, não havia nenhuma
preocupação com os funcionários.
Naquela época, com base em observações feitas em oficinas, Taylor concluiu que, os
operários produziam muito menos do que poderiam produzir, foi então, que desenvolveu seu
sistema de Administração Cientifica. Esse sistema fundamentava-se na racionalização do
trabalho, mais precisamente na facilitação dos movimentos demandados, objetivando a
redução do tempo consumido.
Já Fayol, que foi diretor de grandes minas e usinas siderúrgicas, também teve a sua
contribuição para o movimento da Administração Científica, formulando a doutrina
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administrativa, essa doutrina atribuía aos subordinados uma habilidade técnica, que se
demonstra nos princípios: conhecer, prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Outra contribuição importante foi de Henry Ford (1863-1947), ele partia da teoria
que, para diminuir custos, a produção deveria ser em massa, em grande quantidade e
aparelhada com tecnologia capaz de desenvolver ao máximo a capacidade dos operários, cada
operário realizava uma única tarefa, além disso, tinha uma boa renumeração e jornada menor
de trabalho, assim aumentava a produtividade.
Também não está presente a preocupação de programar a capacitação ou planejá-la,
não podendo ser considerado um processo contínuo e composto pelos mais diversos
conteúdos, uma vez que foram apresentados como deficientes pelos empregados. Pode-se
dizer que o processo de capacitação da Escola Alpha não segue uma regra para realizar
avaliação da capacitação, após a realização desta, como sugerido por.
Dessler (2003), quando tratando do processo e planejamento de gestão de pessoas
coloca a gestão de pessoas como uma atividade de linha e de staff, tendo em vista as
mudanças que vem ocorrendo nos serviços prestados pela gestão de pessoas.
Ribeiro (2005) discorre que muitas empresas ainda não reconhecem a importância da
Gestão de Pessoas como sua aliada em resultados, pois as empresas que adotam os processos
de gestão de pessoas mesmo na globalização, na competição do mercado, os desafios do
impacto da tecnologia e as mudanças do mundo global possuem uma vantagem competitiva
por utilizar o conhecimento das pessoas, colocando-o em ação de modo rápido e eficaz, na
busca de estratégica.
Para França (2010) as empresas se voltarem à gestão estratégica de recursos
humanos se deu a partir do momento que se passou a valorizar o talento humano, com o
objetivo de atrair e manter as pessoas nas empresas, motivando, proporcionando crescimento
funcional, incentivos de base grupal e políticas integradas.
De acordo com Gil (2007), a valorização das relações humanas no trabalho, surgiu da
necessidade de atender a importância dos fatores psicológicos e sociais, isso se deu através
dos estudos desenvolvidos pelo psicólogo americano Elton Mayo. O mesmo foi o primeiro a
desenvolver experiências no campo comportamento humano no trabalho, onde demonstrou a
influência de fatores psicológicos e sociais no produto final do trabalho. Como conseqüência
passou a valorizar as relações humanas no trabalho, assim temas como: comunicação,
motivação, liderança fazem parte da Administração Pessoal.
A importância das relações humanas passou a ser cada vez mais reconhecida nas
organizações, trazendo o aprimoramento entre capital e trabalho, de modo com que os
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trabalhadores colaborem com a empresa e até encontrem satisfação de suas necessidades
sociais e psicológicas.
Após a Segunda Guerra Mundial, nos Estados unidos, os sindicatos dos trabalhadores
tiveram um grande aumento de poder, com isso obteve-se mudanças nas administração de
pessoal das empresas. Para Gil (2007), as empresas passaram a preocupar-se mais com as
condições de trabalho e os benefícios de seus empregados.
Como consequência de tudo isso, deu origem ao departamento de relações
industriais, mas foi a partir da década de 50 que esse movimento expandiu-se. Cabe salientar
que as mudanças na administração de pessoal ocorreram com o fortalecimento das
organizações sindicais.
A partir da década de 60 começa a se falar em Administração de Recursos Humanos,
quando passou a substituir as utilizadas nas organizações: Administração de Pessoal e
Relações Industriais. Hoje a maioria das empresas brasileiras de grande e médio porte,
mantém o setor de recursos humanos.
As organizações vêm sofrendo grandes desafios desde década de 80, tanto de
natureza ambiental quanto organizacional, tais como: globalização da economia,
desenvolvimento tecnológico, competitividade, mas nem todas estão conseguindo ajustar-se a
esses desafios.
Após várias críticas sobre as concepções do papel dos indivíduos na organização,
surgiram questionamentos em relação à forma como vinha sendo desenvolvida a
Administração de Recursos Humanos nas organizações. Se tratadas como recursos, as pessoas
precisam ser administradas, para obter-se delas o maior rendimento, consequentemente, tende
a ser parte do patrimônio da organização. Propõe então que as pessoas sejam tratadas como
parceiros da organização passariam a ser reconhecidas como fornecedores de conhecimentos,
habilidades, capacidade e inteligência. Sendo assim, as pessoas passariam a ser tratadas como
parceiros do negócio e não mais como simples empregados, assim começa a se estabelecer um
conceito voltado para a Gestão de Pessoas.
Sobre a Gestão de Pessoas Chiavenato (1999, p.8) considera ser um “o conjunto de
decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários
e das organizações”. Percebe-se que o autor possui uma visão sistemática sobre a Gestão de
Pessoas nas organizações.
O mesmo autor (2005) complementa que na Gestão de Pessoas pode se dar a
terceirização das tarefas operacionais e burocráticas, as operações táticas são delegadas aos
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gerentes de linhas das organizações. Atualmente, num mundo globalizado trabalhar com as
pessoas não é mais um problema, mas sim uma solução para os problemas da organização.
França (2010) compreende que a gestão de pessoas é um conjunto de forças humanas
voltadas para as atividades produtivas, gerenciais e estratégicas dentro de um ambiente
organizacional.
Chiavenato (2002, p. 20) complementa que a gestão de pessoas se alicerça em três
fatores essenciais:
a) As pessoas como seres humanos;
b) As pessoas são como mero recursos (humanos) organizacionais;
c) As pessoas como parceiras da organização.
A citação do autor coloca o papel do funcionário, extremamente, ligada à habilidade
de execução de tarefas. No entanto, é essencial se ter qualidade de vida no trabalho.
Desta forma, cabe ressaltar que o principal objetivo da função de Recursos Humanos,
atualmente é chamada de Gestão de pessoas, e tem a função de alinhar as políticas de recursos
humanos com as estratégias da organização. Assim as organizações passaram a adotar novas
políticas na área de Recursos Humanos, como: remuneração, treinamento e desenvolvimento,
avaliação de desempenho, saúde e segurança no trabalho e recrutamento e seleção.
Chiavenato (2005) ainda complementa que a Gestão de Pessoas é um conjunto
conectado de processos dinâmicos e interativos. Sendo que são cinco processos básicos na
Gestão de Pessoas, sendo ele: recrutamento, seleção das pessoas, analise de cargos, avaliação
do desempenho e recompensar pessoas, formando os subsistemas da gestão de pessoas nas
organizações.
2.2.1 Conceituando competência
Muito se fala em competências nos dias de hoje, muitos estudos já foram e
continuam sendo realizados sobre esse assunto, que de fato, mostra-se muito importante para
a gestão estratégica de pessoas. Para Fleury et al (2004), o conceito de competência é muito
vasto, e não se limita a um estoque de conhecimentos teóricos e empíricos captados pelo
indivíduo e nem está restrito a uma determinada empresa ou cargo. Nesse sentido, os
profissionais de Recursos Humanos definem competência como: conjunto de conhecimentos,
habilidades, atitudes que afetam grande parte do trabalho de uma pessoa, no que diz respeito
ao desempenho.
Complementando a idéia de competência Bitencourt, (2010), entende que “é a
habilidade de uma organização de sustentar uma coordenação de recursos e capacidades de
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forma a alcançar suas metas. Desta forma, resumindo esses autores citados, podemos notar
que não se trata de uma característica para um especifico cargo ou função dentro de uma
organização. É uma capacidade com características individuais e essenciais do indivíduo.
Por outro lado, alguns autores como Canapi (2011, p. 164), relacionam competência
com modelo de gestão por competências, colocando que é “a adoção de um modelo de gestão
por competência, passa a ser um recurso estratégico nas empresas e, se bem conduzida facilita
o gerenciamento dos negócios”. Esse modelo promove um direcionamento das práticas de
recursos humanos, o desenvolvimento, a retenção e a recompensa das capacidades exigidas
dos colaboradores, pois são as pessoas que buscam as tecnologias e fazem funcionar, que
constroem relacionamentos, que formulam e atingem metas com sucesso. Fazendo com isso
que as empresas se mantenham em uma posição competitiva no mercado.
Entende-se que o grande diferencial de uma organização, não é somente a
competência de seus membros individualmente, mas sim, a combinação de cooperação e
trabalho. Apesar das despesas com treinamentos para o desenvolvimento de competências,
muitas empresas consideram isso como um custo, mas quando bem planejado o retorno é
garantido.
A competência pode ser analisada sob o ponto de vista da competência técnica e da
competência interpessoal, ambas fundamentais para o desenvolvimento do ser humano.
Segundo Bitencourt (2010), em relação à primeira, os conhecimentos e as técnicas não
favorecem um desempenho adequado e de qualidade. Quanto ao segundo, refere-se às
habilidades de lidar com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma
adequada às necessidades e exigências de cada uma. A competência interpessoal tem que agir
com formas diferenciadas, não rotineiras, experimentar novas condutas, desenvolve-se a
capacidade criativa para soluções, com resultados compensadores na resolução de problemas.
As empresas também possuem competências que trabalham em prol dos objetivos
organizacionais. Para Canapi (2011), as competências organizacionais, são os recursos físicos,
financeiro, intangíveis, organizacionais e humanos. Todas essas competências têm seu papel
relevante na organização, e são classificadas em competências básicas, que são os pré-
requisitos básicos para a realização de atividades. E as competências essenciais, são as
competências organizacionais que agregam valor e garante competitividade organizacional.
De acordo com Fleury et al (2004), “as competências essenciais não estão estritamente
relacionadas à tecnologia: elas podem estar localizadas em qualquer função administrativa”.
Torna-se importante também, compreender o que é uma competência individual.
Para Romero (2013), competências individuais, envolvem atributos, habilidades e
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comportamento para o desempenho de determinada função ou tarefa, ou seja, é o
conhecimento de cada um, habilidades e atitudes que juntamente com as características de
personalidade influenciam diretamente o desempenho dos indivíduos.
Já Fleury et al (2004, p. 29), destaca que competência individual “encontra seus
limites, mas não a negação no nível dos saberes alcançados pela sociedade, ou pela profissão
do indivíduo, numa determinada época. ” Para que competências individuais possam ser
compreendidas pelos empregados, é importante traduzi-las com objetividade e clareza, caso
contrário, não trará benefícios tanto para a organização, quanto para o indivíduo. Nesse
sentido torna-se necessário desenvolver os colaborados, e uma das formas é através de
treinamentos.
Gramigna (2007), coloca que competências estão relacionadas com conhecimento e
habilidades. Pois possuir conhecimento do que se está fazendo auxilia ao profissional em
relação às mudanças que ocorrem no mercado, procurar novas fontes de pesquisa, manter-se
informado e apto a adquirir novas aprendizagens são comportamentos que nos tornam mais
fortes e flexíveis para enfrentar possíveis mutações que ocorrem dentro e fora das
organizações.
Em relação às habilidades a mesma autora (2007) coloca estar relacionada ao “saber
fazer”, julgando a capacidade de pôr em prática de forma adequada aquilo que se foi
aprendido, transformando o conhecimento em resultado e, propiciando benefícios à
organização na qual está inserido.
Portanto, competência pode ser a habilidade que o profissional possui para resolver
problemas e situações profissionais com as quais se depara dentro da organização que
necessitam assumir responsabilidades e tomar decisões para bem da organização.
2.2.2 O gestor de pessoas
Para França (2010) as organizações necessitam de pessoas para atingir seus
objetivos, assim o gestor de pessoas é o responsável pela interação entre os objetivos pessoais
e organizacionais.
Canapi (2008) coloca que a gestão de pessoas se posiciona estrategicamente nas
organizações, pois o gestor de pessoas tem o papel de repassar para a sua cultura de
aprendizagem, estimulando os colaboradores com novas habilidades e conhecimento.
Gil (2001) coloca que o gestor de pessoas é um novo profissional, que deve se
apresentar na organização como um modelo de profissional que tenha um conjunto de atitudes
e práticas inovadoras em relação com as que se desempenhavam no passado.
21
Na perspectiva de Almeida (2009) o novo gestor de pessoas, deve possuir uma visão
em longo prazo, direcionada para as competências dos colaboradores, buscando prover as
necessidades organizacionais, atuais e futuras, através da implantação de processos e
atividades voltadas para gestão de pessoas.
Gil (2001) complementa que as tarefas a serem desempenhadas pelo gestor de
pessoas, são várias entre elas: analista de cargos e salários, motivador, líder, bem como de
negociador, de gestor da qualidade e de coach. Desta forma, percebe-se que a gestão de
pessoas no desenvolver de suas atividades exige pessoas especializadas, com preparo
interdisciplinar para desenvolver uma visão sistêmica da organização, com o objetivo de
supri-la com o capital intelectual adequado ao seu modelo de negócio.
O autor ainda complementa que (2001, p.57) a necessidade de o gestor estar atento às
implicações físicas, psicológicas e profissionais das atividades sobre as pessoas, capaz de
intervir de forma pontual e proporcionar o alcance dos objetivos organizacionais, focando a
satisfação do cliente, sem ignorar as aspirações dos indivíduos e suas demandas no trabalho e
fora dele.
2.2.3 Modelo de excelência em gestão de pessoas
O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) foi criado pela fundação Nacional da
Qualidade com o intuito de orientar as organizações na sua gestão e avaliá-las para, então,
indicá-las ao Prêmio Nacional da Qualidade criou o Modelo de Excelência da Gestão,
denominado de MEG(FNQ, 2008a).
O MEG consiste em estruturar e alinhar os fundamentos de excelência dos
componentes de gestão, colocando toda a organização sob um mesmo ângulo de visão
(FNQ,2008c).
A seguir, segue a descrição dos processos, como a redução dos custos e aumento da
produtividade, atribuindo competitividade à organização por meio de melhorias dos produtos
e processos (FNQ, 2008a).
1. Pensamento sistêmico: compreensão e tratamento das relações de
interdependência e seus efeitos entre os diversos componentes que formam a organização,
bem como entre eles e o ambiente com o qual interagem.
2. Atuação em rede: desenvolvimento de relações e atividades em cooperação entre
organizações ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares.
22
3. Aprendizado organizacional: busca de maior eficácia e eficiência dos processos
da organização e alcance de um novo patamar de competência, por meio da percepção,
reflexão, avaliação e compartilhamento de conhecimento e experiências.
4. Inovação: promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e
implementação de novas idéias capazes de gerar ganhos de competitividade com
desenvolvimento sustentável.
5. Agilidade: flexibilidade e rapidez de adaptação a novas demandas das partes
interessadas e mudanças do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o tempo de
ciclo dos processos.
6. Liderança transformadora: atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar,
realizadora e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores,
princípios e objetivos da organização, explorando as potencialidades das culturas presentes,
preparando líderes e interagindo com as partes interessadas.
7. Olhar para o futuro: projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis
do ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização, no curto e longo prazos, avaliando
alternativas e adotando estratégias mais apropriadas.
8. Conhecimento sobre clientes e mercados: interação com clientes e mercados e
entendimento de suas necessidades, expectativas e comportamentos, explícitos e potenciais,
criando valor de forma sustentável.
9. Responsabilidade social: dever da organização de responder pelos impactos de
suas decisões e atividades, na sociedade e no meio ambiente, e de contribuir para a melhoria
das condições de vida, por meio de um comportamento ético e transparente, visando ao
desenvolvimento sustentável.
10. Valorização das pessoas e da cultura: criação de condições favoráveis e
seguras para as pessoas se desenvolverem integralmente, com ênfase na maximização do
desempenho, na diversidade e fortalecimento de crenças, costumes e comportamentos
favoráveis a excelência.
11. Decisões fundamentadas: deliberações sobre direções a seguir e ações a
executar, utilizando o conhecimento gerado a partir do tratamento de informações obtidas em
medições, avaliações e análises de desempenho, de riscos, de retroalimentações e de
experiências.
12. Orientação por processos: busca de eficiência e eficácia nos conjuntos de
atividades que formam a cadeia de agregação de valor para os clientes e demais partes
interessadas.
23
13. Geração de valor: alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem
como de resultados dos processos que os potencializam, em níveis de excelência e que
atendam às necessidades das partes interessadas.
Nas práticas de Gestão de Pessoas estão incluídas aos programas de treinamento,
recrutamento, remuneração e recompensas, comunicação, avaliações de desempenho,
promoção, envolvimento e desenvolvimento. Essas práticas podem variar tanto em sua
formatação quanto nas nomenclaturas, dependendo do próprio contexto da organização (Frey,
Morgulis-Yakushev, Park &Björkman, 2009). Contudo, tais práticas podem ser observadas
sob duas diferentes perspectivas: a das melhores práticas e a do ajustamento.
2.3 GESTÃO DE PESSOAS E QUALIDADE DE VIDA
Diante das mudanças, no mundo corporativo alguns autores já usam o termo gestão de
pessoas, talentos ou seres humanos para representar uma nova tendência organizacional. Pois
a gestão de pessoas segundo Chiavenatto (2009) tem como objetivo preocupar-se com a
valorização do ser humano dentro das organizações nos dias atuais. Além disso, a gestão de
pessoas pode ser relacionada a um conjunto de políticas e práticas definidas por uma
empresa, para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de
trabalho.
Chiavenatto (2009) coloca que a gestão de pessoas está diretamente associada àQVT -
Qualidade de Vida do trabalhador, pois pode ser compreendida como um processo que busca
facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas funções nas
organizações, tendo como foco principal o fato de que as pessoas produzem mais quando
estão satisfeitas e envolvidas com o trabalho.
Matos (2007) complementa que a Higiene e Segurança, Qualidade de Vida e Relações
de trabalho, deve estar presente em todas as empresas.
Sobre a Qualidade de vida no trabalho relacionado com Gestão de Pessoas França
(2007, p. 249) diz que:
Os Programas de bem estar aos funcionários que surgiram em organizações
do norte da Europa, na década de 60, mas até nos dias de hoje são muito utilizados.
Este “modelo depende fundamentalmente de oito fatores: i) compensação justa e
adequada; ii) condições de trabalho; iii) uso e desenvolvimento de capacidades; iv)
chances de crescimento e segurança; v) integração social na empresa; vi)
constitucionalismo; vii) trabalho e espaço total de vida; viii) relevância social do
trabalho” (FRANÇA, 2007, p. 249).
24
Desta forma a gestão de pessoas dentro das organizações tem buscando uma maior
qualidade de vida de seus funcionários, assim inovando em seus processos de
desenvolvimento.
De acordo com Chiavenato (2008): QVT representa o grau em que os membros da
organização são capazes de satisfazer as suas necessidades pessoais com suas atividades
dentro da organização
2.3.1 Qualidade de vida
A qualidade de vida é um assunto muito importante no mundo moderno, pois
consiste na interação das expectativas e realizações de uma pessoa, podendo somente ser
medida em termos individuais.
De acordo com Devide (2002), a qualidade de vida (QV) emerge sob uma
subjetividade que torna difícil a conceituação estrita do termo, que se refere, sobretudo, a
história pessoal de cada indivíduo. Ele propõe, ainda, que a QV tem dinâmica própria, por
estar relacionada à cultura local, fazendo com que respeite as singularidades de cada
comunidade e indivíduo, evitando padrões conceituais.
Para Nahas (2003), qualidade de vida pode ser definida como a condição humana
resultante de um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais, modificáveis ou não,
que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Enquanto os parâmetros individuais
estão ligados à hereditariedade e ao estilo de vida (alimentação, atividade física,
comportamento preventivo, relacionamentos sociais e controle de estresse), os parâmetros
socioambientais envolvem a educação, o tempo de lazer, o meio ambiente, o trabalho, a
moradia e outros fatores.
The WHOQOL Group (1994) apud Fleck (2008) trata do assunto como complexo,
bem como outros autores no momento de conceituar qualidade de vida. Eles definem
qualidade de vida como um conceito amplo, que incorpora, de maneira complexa, a saúde
física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais
dos indivíduos e suas relações com características predominantemente do ambiente.
Visto que são várias as conceituações de qualidade de vida, na Organização Mundial
da Saúde (WHO) encontra-se uma definição que abrange todos os povos em todos os tempos.
Segundo WHO, Qualidade de Vida é a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no
contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações (THE WHOQOL GROUP, 1998 apud BOTH et al,
2008).
25
2.3.2 Qualidade de vida no trabalho
O ser humano hoje, atua em múltiplas áreas, sendo estas, a família, o trabalho, o
estudo, a religião, o interagir com a comunidade. Cada uma dessas demanda necessidades
particulares, em certo tempo determinado, porém todas acabam se interligando, e se uma não
vai bem, acaba refletindo nas outras, bem como o contrário também é verdadeiro, se uma
anda bem, as outras tendem a melhorar também.
Vasta são as literaturas que tratam da questão relacionada ao ser humano e seu
trabalho, citando especialmente Bessone (2000) que afirma que o homem foi reduzido apenas
a uma única dimensão, determinado pelo paradigma de mercado e também pela burocracia
com suas normas impessoais.
Para Oliveira et al (2013, p. 75)
A Qualidade de Vida no Trabalho abrange um amplo dimensionamento
na organização contemporânea, pois procura por um lado, melhorar a satisfação,
desenvolvimento profissional e o bem-estar do trabalhador, e por outro, aumentar a
produtividade, competitividade e o desempenho organizacional. Assim, o
desempenho dos trabalhadores é visto como intimamente ligado ao nível de
satisfação e realização que se encontra no ambiente de trabalho e o alcance dos
objetivos organizacionais está diretamente relacionado ao alcance dos objetivos dos
seus colaboradores, principalmente quando se fala em um mercado tão competitivo
como o atual.
Segundo Limongi-França (1996), qualidade de vida no trabalho é o conjunto das
ações de uma empresa no sentido de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas
e estruturais no ambiente de trabalho.
Para Milkovich (2000), essa idéia parte do pressuposto que os empregados de chão
de fábrica, apropriadamente treinados, podem estar na melhor posição para identificar
problemas despercebidos com a qualidade dos produtos.
Albuquerque e França (1998, p. 41) complementam afirmando que a qualidade de
vida no trabalho pode ser entendida como um conjunto de ações de uma empresa que envolve
diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais,
dentro e fora do ambiente de trabalho, visando a propiciar condições plenas de
desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho.
Rocha (1998, p. 38) diz que qualidade de vida no trabalho "são condições favoráveis
de um ambiente de trabalho para os empregados" ficando apenas restrito às condições
ambientais.
26
Walton (1973) ressalta que qualidade de vida no trabalho é o atendimento das
necessidades e aspirações dos trabalhadores, incluindo aspectos relacionados a uma maior
participação do empregado nas decisões que lhe dizem respeito, orientando-se em direção à
democracia industrial, à humanização do trabalho, enfatizando a responsabilidade social das
empresas.
Amorim (2010, p.36) complementa que
Inicialmente, os estudos sobre a QVT focalizavam aspectos individuais
restritos e relativos ao bem-estar do trabalhador no ambiente de trabalho.
Posteriormente, procurou-se solucionar problemas relativos ao enriquecimento da
tarefa, objetivando estimular a criatividade no exercício funcional, ampliar a
participação nas decisões e reduzir a impessoalidade nas relações de trabalho. Hoje,
o tema constitui item obrigatório no planejamento estratégico corporativo e é tratado
como uma vantagem competitiva no mercado, necessário para atrair e manter bons
profissionais.
2.3.3 Fatores determinantes da qualidade de vida no trabalho
Kanaane (1999) afirma que a qualidade de vida está diretamente relacionada ao
desenvolvimento organizacional, isto é, voltada para aspectos de satisfação no cargo e
valorização do trabalho.
Uma das dificuldades para se atingir qualidade de vida nas organizações reside na
“diversidade das preferências humanas e diferenças individuais e o grau de importância que
cada trabalhador dá as suas necessidades, implicando provavelmente em denotado custo
operacional“ (QUIRINO E XAVIER,1986).
Fleury e Fischer (1989, p. 109), apontam esses fatores como os mais importantes
para a Qualidade de Vida no Trabalho, transcorrer da melhor forma possível:
Indicador Econômico: Representado pela equidade salarial e equidade no
tratamento recebido:
Equidade salarial e Remuneração adequada;
Benefícios;
Local de trabalho, Carga Horária e Ambiente Externo.
Indicador Político: Representado pelo conceito de segurança no emprego, o direito
de trabalhar e não ser discriminatoriamente dispensado:
Segurança no Emprego;
Atuação Sindical;
Retro informação e Liberdade de Informação;
Valorização do Cargo;
Relacionamento com a Chefia.
Indicador Psicológico: Representado pelo conceito de auto realização:
Realização Potencial e Nível de Desafio;
Desenvolvimento Profissional;
Criatividade;
Auto Avaliação;
27
Variedade de Tarefa.
Indicador Sociológico: Representado pelo conceito de participação ativa em
decisões diretamente relacionadas com o processo de trabalho, com a forma de
executar as tarefas, com a distribuição de responsabilidade dentro da equipe.
Participações nas Decisões;
Autonomia;
Relacionamento Interpessoal;
Grau de Responsabilidade;
Valor Pessoal.
Só se alcança qualidade de vida quando se é comprometido com a vida pessoal e com
o trabalho de forma equilibrada. Para que um programa de QVT traga resultados positivos
para uma empresa, deve esta discutir internamente o que será para todos os integrantes, deve
ser levantada as necessidades das pessoas, a estrutura da organização bem como a questão
financeira.
2.3.4 Os modelos de qualidade de vida no trabalho
A seguir serão descritos os modelos de qualidade vida no trabalho conforme os
diversos autores estudados para a elaboração do presente estudo.
2.3.4.1 MODELO DE RICHARD WALTON
Segundo Vieira (1996) Walton acreditava que para apurar a qualidade de vida
no trabalho são necessários avaliar oito fatores ou critérios básicos que são apresentados a
seguir:
Compensação justa e adequada: Dentre as dimensões avaliadas neste critério
Walton considerou a remuneração adequada, por ser necessária para o empregado viver
dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e econômicos da
sociedade, também a equidade interna, ou seja, a equiparação na remuneração entre outros
membros de uma mesma empresa e equidade externa em relação a outros profissionais que se
encontravam no mercado de trabalho.
Sobre a compensação justa e adequada Oliveira et al (2013) coloca que se refere à
existência de remuneração justa e adequada para o trabalho realizado, levando-se em conta a
equidade interna (comparação com os trabalhadores dentro da organização) e equidade
externa (comparação com o praticado pelo mercado de trabalho). O cálculo dogue seria uma
remuneração justa é bastante relativo, podendo ser levadas em consideração diversas variáveis
para o estabelecimento do mesmo, como o esforço físico e mental exigido para as tarefas, as
28
habilidades requeridas, a responsabilidade do cargo, importância da tarefa para a atividade da
organização, a experiência, entre outros.
Condições de trabalho: Em relação a esse fator considera-se jornada de
trabalho, bem como número de horas trabalhadas, previstas ou não pela legislação, e sua
relação com as tarefas desempenhadas e o ambiente físico seguro e saudável.
Oliveira et al (2013) complementa que as condições de trabalho condições reais do
ambiente de trabalhem que o trabalhador desenvolve as suas tarefas. Envolve o
estabelecimento de horários razoáveis, materiais e equipamentos adequados para a execução
de suas tarefas, ações para minimizar riscos à sua integridade física mental, imposição de
limites de idade para certas funções em que as atividades são prejudiciais para o bem-estar das
pessoas acima ou abaixo de certa idade, entre outras questões.
Uso e desenvolvimento de capacidades: Remete a necessidade de utilização
das habilidades e conhecimentos do trabalhador, da sua capacidade de desenvolver sua
autonomia e autocontrole. Abarca as dimensões de autonomia, significado da tarefa,
identidade da tarefa, variedade de habilidade e retro informação.
Em relação ao uso e desenvolvimento de capacidades humanas Oliveira (2013) diz
que implica na busca pela utilização plena do talento e habilidades das pessoas, incentivando
e oferecendo condições para que elas possam se desenvolver. Envolve políticas e ferramentas
de gestão como em powerment,feedback, múltiplas habilidades, significado e identidade das
tarefas, etc. Contudo, a consideração dessas ações está condicionadas fatores contingenciais
como a maturidade dos trabalhadores, a formação do trabalhador e a sua capacidade de tomar
iniciativas.
Chances de crescimento e segurança: Relacionada às probabilidades de
crescimento na carreira profissional e segurança no emprego, apresenta como dimensões:
possibilidade de carreira, crescimento profissional e segurança e emprego.
De acordo com Oliveira (2013) as chances de crescimento e segurança são
oportunidades que a organização oferece aos seus trabalhadores para que estes possam
desenvolver a sua carreira, considerando os limites que ela oferece, principalmente o que diz
respeito à educação formal. Deve-se então avaliar o nível de expectativa do trabalhador em
utilizar os conhecimentos que ele adquire, as possibilidades de progressão funcional, a
expectativa de manutenção do emprego e o quanto as atividades exercidas contribuem para
manter e expandir a sua capacidade.
Integração social da empresa: Como dimensões pode-se citar a igualdade de
oportunidades, relacionamento e senso comunitário.
29
Para Oliveira (2013) a integração social pode ser entendida como a qualidade dos
relacionamentos interpessoais, o espírito de equipe e a igualdade de tratamento para todos.
Sendo assim, é indispensável estabelecer oportunidades iguais para todos, sem nenhum tipo
de preconceito, estabelecer uma cultura de ajuda mútua e respeito pelo próximo, bem como
combater qualquer tipo de discriminação no ambiente de trabalho.
Constitucionalismo: Este fator se diferencia pelos direitos dos empregados
exercidos na instituição, como: respeito às leis e aos direitos trabalhista e privacidade social,
liberdade de expressão, normas e rotinas.
O constitucionalismo para Oliveira (2013) é compreendido o grau em que os direitos
dos trabalhadores são respeitados. Envolve o cumprimento dos direitos trabalhistas, dos
direitos previdenciários, do respeito à privacidade pessoal e da liberdade de expressão.
Trabalho e espaço total de vida: Este fator baseia-se no equilíbrio entre a vida
social do empregado e a vida no trabalho, entre as dimensões está o papel balanceado no
trabalho e o horário de entrada e saída do trabalho.
Oliveira (2013), quando se reporta ao trabalho e espaço total de vida considera o
equilíbrio entre a vida de trabalho e a vida pessoal, considerando que a experiência de
trabalho pode afetar positiva ou negativamente outras dimensões da vida dos trabalhadores. A
relação das características do trabalho exercido com problemas que podem acarretar sua vida
familiar deve ser avaliada, e a busca desse equilíbrio deve ser estruturada com base nos
esquemas de trabalho, expectativa de carreira, progresso e promoção.
Relevância total da vida no trabalho: está ligada as dimensões de imagem da
empresa, buscando a visão do funcionário em relação a sua empresa. Também
responsabilidade social da instituição, ou seja, o funcionário e sua responsabilidade social
com a comunidade focado na resolução de problemas sociais.
A relevância total da vida no trabalho para Oliveira (2013) é avaliada como a
percepção do trabalhador quanto à imagem da organização, qualidade dos produtos e serviços,
e responsabilidade social dos empregados, fator que interfere diretamente na autoestima e
motivação para com o seu trabalho. Empresas que agem de maneira irresponsável fazem com
que muitos empregados passem a depreciar a sua carreira e a organização, gerando
desestímulo.
2.3.4.2 MODELO DE HACKMAN E OLDHAM
Na compreensão de Hackman e Oldham (1975) a QVT está situada na lado pessoal e
no resultado do trabalho (motivação interna, satisfação no trabalho e qualidade no
30
desempenho elevadas, absenteísmo e rotatividade baixos) são obtidos quando os três estados
psicológicos (significação percebida, responsabilidade percebida, conhecimento dos
resultados do trabalho) estão inerente a uma mesma atividade.
O modelo compreendido por Hackman e Oldham (1975, apud Rodrigues 2009)
expõe cinco fatores básicos, que são eles:
Variedade de Habilidades: Nível em que uma tarefa envolve uma variedade de
diferentes atividades e requerendo dos indivíduos uma quantidade de diferentes talentos e
habilidades;
Identidade da Tarefa: O grau que a tarefa requer a execução de um trabalho,
concluído e identificável, com resultados visíveis e acabados em sua completude;
Significância da Tarefa: O quanto a tarefa tem impacto sobre a vida e trabalho das
pessoas, na organização ou no ambiente externo;
Autonomia: a tarefa proporciona ao indivíduo substancial independência e
liberdade para planejar a sua execução e para determinar a maneira de executá-la;
Feedback: Grau em que o trabalhador recebe dos seus supervisores, colegas ou do
próprio trabalho claras informações sobre o seu desempenho.
2.3.4.3 MODELO DE WESTLEY
Wesley (1979, apud Lima,1995) destaca a Qualidade de Vida no Trabalho a partir de
alguns indicadores que considera essenciais, entre eles:
a) Indicador Econômico: está relacionado à equidade salarial;
b) Indicador Político: está ligado a sensação de estabilidade no emprego;
c) Indicador Psicológico: possibilidade de auto realização;
d) Indicador Sociológico: busca a participação nas decisões de trabalho relacionada à
execução de tarefas e com a distribuição de responsabilidade na equipe.
O mesmo autor tratando-se em melhorias na qualidade de vida no trabalho
recomenda ações cooperativas através da inclusão e participação dos trabalhadores no
processo de decisão e na divisão dos lucros, além que isso estimula o desenvolvimento do
espírito de responsabilidade, no enriquecimento de tarefas e na aplicação dos princípios sócio
técnicos.
2.3.4.4 MODELO DE DAVIS E WERTHER
A proposta de Verter e Davis, na concepção de Lima (1995), está vinculada ao cargo
que o funcionário ocupa considerando os fatores ambientais (sociais, tecnológicos, culturais,
31
econômicos e governamentais), organizacionais (propósito, objetivos, organização,
departamentos e cargos) e comportamentais (necessidades de recursos humanos, motivação,
satisfação), assim influenciam o indivíduo e seu cargo em termos de QVT.
Nesse sentido, segundo Fernandes (1996) pode ser detalhado os fatores ambientais,
organizacionais e comportamentais:
Fatores ambientais: visam às expectativas sociais e as habilidades e
disponibilidades dos empregados. Neste fator é ponderado às habilidades e disponibilidades
de empregos, ainda busca-se o equilíbrio entre as exigências do cargo e as habilidades do
trabalhador, juntamente com suas expectativas sociais perante a sociedade.
Fatores organizacionais: é dado enfoque na eficiência, sendo a especialização e
qualificação o foco da racionalização do trabalho. Os elementos considerados na QTV a esse
modelo são abordagem mecanicista, buscando identificar cada tarefa a um cargo, o processo
de produção é determinante da sequência e equilíbrio entre os cargos, visando à eficiência,
também se avalia a prática do trabalho de cada indivíduo, ou seja, como cada um executa as
suas tarefas.
Fatores comportamentais: neste fator procura-se não priorizar apenas a eficiência,
mas também os predicados comportamentais do indivíduo, como autonomia no trabalho,
aplicação de habilidades e capacidades próprias, identificação do processo de trabalho a ser
feito e também a disponibilidade de informações sobre o trabalho executado.
2.3.4.5 MODELO DE NADLER E LAWLER
Segundo o modelo sugerido por Nadler&Lawler (1983 apud Rodrigues, 1995),
alguns fatores determinam o sucesso de um programa de QVT, entre eles citam: percepção da
necessidade, o foco do problema que é destacado na organização, estrutura para identificação,
solução do problema, teoria/modelo de projeto de treinamento e participantes, compensações
projetadas tanto para os processos quanto para os resultados, sistemas múltiplos afetando-se
também o envolvimento amplo da organização.
Em relação a esse modelo de QVT, CHIAVENATO (1999) completa colocando que
eles estão relacionados à participação dos funcionários de todos os níveis hierárquicos na
solução de problemas e tomada de decisão, bem como na reestruturação do trabalho através
de atividades e de grupos autônomos, além de aprimoramento de tarefas, atitude e
competências na organização, assim influenciando na melhoria do clima organizacional e
melhoria no ambiente de trabalho em relação asa condições físicas e psicológicas, horário de
32
trabalho, assim tornando o trabalho mais produtivo e compatível com as necessidades dos
funcionários.
2.3.4.6 MODELO DE HUSE & CUMMINGS
O modelo proposto por Huse & Cummings relaciona a qualidade de vida no trabalho
com a produtividade, tendo como foco principal o bem-estar do trabalhador e a eficácia
organizacional e também a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas do
trabalho.
Os autores colocam que para esse modelo atingir seus objetivos é necessário que
quatro fatores se desenvolvam, sendo eles:
-a participação do trabalhador, ou seja, o envolvimento deste no processo de tomada
de decisões nos vários níveis organizacionais;
- a reestruturação do plano funcional, promotor da autonomia do trabalhador e do
trabalho em grupos e equipas de trabalho;
- as inovações nos sistemas de recompensas, de modo a minimizar as diferenças
salariais e de estatuto dentro da organização;
- as melhorias no ambiente organizacional, ao nível das condições de trabalho dando
especial atenção aos fatores ergonômicos, de segurança e saúde, tendo também em
consideração a flexibilidade horária.
2.3.5 Qualidade de vida no trabalho em frigoríficos
O trabalho nos frigoríficos é insalubre, pois se trata de um trabalho de risco, que
envolve baixas condições de temperatura e requer muita atenção e concentração por parte do
trabalhador. Os movimentos são muito rápidos e repetitivos e o funcionário deve estar sempre
muito atento para que não venha acontecer algum acidente de trabalho.
Visando proteger e valorizar o bem-estar do trabalhador, o Ministério do Trabalho
criou as Normas Regulamentadoras, também chamadas de NR’s. Estas foram criadas a partir
da lei Nº 6.514 de 1977. A lei alterou o capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis de
Trabalho (CLT), relativas à segurança e medicina no trabalho. As Nr’s foram aprovadas então
pela Portaria Nº. 3.124, em junho de 1978.
Tendo em vista as necessidades dos trabalhadores de conquistarem a qualidade de
vida no trabalho e o interesse da empresa em conseguir alcançar seus objetivos, vem à tona
33
uma norma no dia 19 de abril de 2013, publicada no Diário Oficial da União a portaria MTE
nº. 555, de 18 de abril de 2013, que é a Norma Regulamentadora nº 36 – Abate e
processamento de carnes e derivados, que tem como objetivo estabelecer os requisitos
mínimos para a avaliação, controle e monitoração dos riscos existentes nas atividades de abate
e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e a fábricas de
produtos não comestíveis, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a
qualidade de vida no trabalho.
Com relação à QVT em frigoríficos, pode-se citar também a Norma
Regulamentadora nº 17 – Ergonomia, publicada no Diário Oficial da União em 06 de julho
de 1978, a qual se refere à Análise Ergonômica do Trabalho se faz necessária, não só pela
exigência da Norma Regulamentadora número 17, mas como ferramenta complementar ao
PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle de
Medicina e Saúde Ocupacional) tornando a empresa uma instituição protegida contra índices
de doenças ocupacionais e queda de produtividade, consequente da falta de adaptações
ergonômicas no ambiente de trabalho e manutenção técnica nesta área, bem como criadora de
uma cultura ergonômica com projeto de gestão em programas de qualidade de vida aos seus
colaboradores, colaborando também com o aspecto social.
2.3.6 Contextos empíricos da qualidade de vida no trabalho
A partir de agora serão apresentados alguns contextos empíricos já publicados em
periódicos que puderam ser consultados para o presente estudo.
2.3.6.1 RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Muitos são os estudos que mensuram ou tentam mensurar a qualidade de vida no
trabalho, isso nos mais diversos segmentos do mercado de trabalho, para Oliveira et al. (2013)
um dos fatores que mais tem sido apontado por empregados em estudos de qualidade de vida
é a preocupação com as relações interpessoais. Desta forma cabe ressaltar a importância da
interação no ambiente de trabalho e a sua essencialidade para o bem-estar do trabalhador.
Complementando a questão das relações interpessoais Guidelli e Bresciani (2010)
colocam que os trabalhadores apreciam como qualidade de vida no trabalho as relações
humanas baseadas em convívios harmoniosos, tratamentos igualitários, baseados nas
amizades e no diálogo entre líderes e liderados, e entre pares, além da transparência nas
relações mutuas.
34
Silva et al. (2012) considera o relacionamento interpessoal que também denomina
em seus estudos de relacionamento inter grupal como um fator essencial para a que haja a
qualidade de vida no trabalho nas empresas, isso em todos os níveis, indicando que os
membros da equipe devem se relacionar de forma positiva no local de trabalho, prevalecendo
o sentimento de bom entrosamento entre os membros.
O mesmo autor ainda cita que o ser humano possui a sua história de vida, sua forma
de pensar, e de como trabalhar. No ambiente de trabalho existem pessoas mais flexíveis a
ouvir, outras nem tanto, há pessoas que aprendem com maior facilidade, outras não, enfim as
pessoas com objetivos diferentes que priorizam o que é melhor para cada dentro da empresa.
2.3.6.2 REMUNERAÇÃO
Para Abreu e Moraes (2012) o fator “remuneração” é um dos mais importantes para
a manutenção da qualidade de vida do trabalhador, pois ela é vista como meio de subsistência
e como forma de elevação do padrão de vida, pois só assim o trabalhador pode melhorar suas
condições de vida e elevar sua qualidade de vida também fora da empresa em que trabalha, e
consequentemente de sua família.
Os mesmos autores tratando-se de oportunidade de crescimento profissional
acreditam que este fator influência na manutenção da qualidade de vida e demonstra ser o que
mais motiva para o trabalho. Quando o trabalhador é admitido em uma empresa ele no
momento da contratação já possui o objetivo de crescer profissionalmente, apesar das
oportunidades de ascensão profissional serem incertas naquele primeiro momento na empresa,
além de segurança na manutenção de seu emprego na empresa.
Além disso Oliveira e Medeiros (2008) destacam que a remuneração é um fator
essencial na vida do trabalhador pois ela deve ser fundamentada em princípios de igualdade e
justiça distributivas em atendimento as precisões e necessidades conforme a vida do
trabalhador exige.
Com relação aos benefícios agregados a remuneração Silva et al. (2012) menciona
que a favorabilidade de salários, a percepção dos colaboradores em relação aos benefícios
recebidos na empresa também é considerada positiva em todos os níveis. Uma vez que isso
ocorre em todos os níveis estratégicos essa percepção fica exatamente dividida entre bom,
ótimo e excelente, qualificando os benefícios, pois de uma forma geral, os benefícios
proporcionados pelas empresas correspondem às demandas dos profissionais.
35
2.3.6.3 CONDIÇÕES DO LOCAL DE TRABALHO
Mas o fator que está sempre em pauta nas empresas, nas conversas de trabalhadores,
sindicatos e na mídia é a promoção das condições do local de trabalho sobre este aspecto na
qualidade de vida do trabalhador. Guidelli e Bresciani (2010) afirmam a importância das
empresas e instituições em que os trabalhadores estão vinculados e atuam prestarem
equipamentos necessários que ofereçam segurança ao trabalhador. Ainda mencionam a
necessidade do controle ergonômico nas empresas que em muitas ocasiões é deixado de ser
supervisionado.
Quanto ao espaço físico oferecido para o exercício profissional, Silva et al. (2012)
coloca que os trabalhadores divergem suas opiniões em nível tático e estratégico em relação a
esse quesito. O mesmo autor considera essa opinião em seus estudos, alegando que em suas
pesquisas no geral a maioria das empresas oferecem um bom espaço físico para o exercício
profissional, proporcionando segurança e produtividade para o empregado. Porém existem
queixas sobre o espaço físico no nível operacional que não podem ser desconsideradas pela
empresa.
Pode ser observado que isso vale para o estudo do autor mencionado acima, pois nem
todas as empresas possuem espaço físico adequado e consequentemente condições de trabalho
que proporcionem segurança ao trabalhador para que tenha uma efetiva produtividade.
Outro fator considerado por Silva et al (2012) para se tiver boas condições de
trabalho é a questão da infra estrutura oferecida pela empresa em que se trabalha, ou seja, a
disponibilidade que o local oferece, bem como materiais e equipamentos de qualidade para
que o trabalhador possa desenvolver suas tarefas com segurança, assim garantindo a sua
qualidade de vida.
2.3.6.4 PRODUTIVIDADE
Guidelli e Bresciani (2010) colocam que a produtividade do trabalhador está
relacionada com a forma de executar o trabalho, atualmente para esses autores o que mais
desafia o trabalhador em quando se fala na sua produtividade são as mudanças que os mesmos
tiveram que enfrentar diante dos novos sistemas de produção impostos pela globalização onde
a tecnologia está presente ditando os modelos de produção e formas de execução de trabalho.
No entanto, essas mudanças advindas com a globalização apresentam algumas
dificuldades que podem acarretar redução na qualidade de vida do trabalhador, pois segundo
os autores os trabalhadores, no caso que exercem atividades em indústrias, e que possuem
mais escolaridade, e são mais jovens tem maior facilidade em manusear essas novas
36
tecnologias e produzem mais do que funcionários mais antigos com menos escolaridade, ou
não totalmente alfabetizados digitalmente.
Kanikadan e Limongi-França (2007) ressaltam o fator de produtividade colocando
que o conhecimento e o tempo de serviço na empresa facilitam a agilidade do trabalhador no
processo de desenvolvimento de suas atividades. Pois o trabalhador que já está vinculado há
bastante tempo em uma empresa e já conhece o sistema e tem familiaridade com
equipamentos e processos de trabalho pode acabar por ser mais ágil na execução de tarefas.
Silva et al (2012), tratando a questão produtividade alerta em suas observações que
ela está vinculada a partir da manifestação informal, pois o trabalhador com bom desempenho
na sua atividade automaticamente garantirá sua produtividade não perdendo seu espaço de
atuação dentro da empresa.
Sobre isso Torres (2013, p. 7) coloca
A qualidade de vida no trabalho é considerada de extrema importância,
principalmente diante das necessidades que os profissionais que trabalham em
empresas de se sentirem satisfeitos com o que fazem. A preocupação com a QVT
gera para os profissionais inúmeros benefícios e para a empresa origina ganhos de
produtividade e redução de custos.
Assim observa-se que o bem-estar do trabalhador e o bom ambiente em que está
inserido durante suas atividades laborais geram benefícios tanto para o trabalhador quanto
para a empresa, pois para a empresa gera a produtividade e com isso os lucros, e para o
trabalhador além de qualidade de vida a sua remuneração para a sua sustentabilidade.
37
3 METODOLOGIA
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
O tema desenvolvido neste trabalho foi a respeito da Qualidade de Vida no Trabalho,
tema este que vem conquistando cada vez mais espaço no ambiente empresarial brasileiro
interligado à gestão de pessoas. O bem-estar geral dos trabalhadores é indispensável para a
qualidade e produtividade da empresa. A preocupação com a qualidade de vida dos
trabalhadores traz retorno econômico, pois reduz faltas, demissões, acidentes de trabalho.
Ocorrendo então um benefício tanto para a organização como para o trabalhador, pois os dois
ganham, a empresa consegue atingir seus objetivos e as pessoas se comprometam mais. Desta
forma a presente pesquisa é de natureza teórico-empírico. Nesse tipo de estudo além da
utilização de dados secundários, o pesquisador também coletou dados primários no local de
coleta de dados.
De acordo com Gil (2007) esse tipo de referencial é importante para que se tenha
uma noção da estrutura do trabalho, delimitando as fronteiras de investigação, além de
subsidiar auxilio teórico ao pesquisador, permitindo acompanhar o processo de evolução da
pesquisa.
A população de pesquisa foram funcionários do Setor de Desossa do Frigorífico
SBR, e a amostra foi de 40 funcionários que responderam o questionário. A investigação
classifica-se quanto ao tratamento dos dados como uma pesquisa quantitativa. Para Fonseca
(2002, p.21) “a pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo,
considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos,
recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros”.
A pesquisa exploratória, foi realizada durante o mês de agosto/ 2016, com os
funcionários do frigorífico SBR Brasil, no município de Vila Lângaro. A coleta de dados se
deu por meio da aplicação de um questionário que foi aplicado em seu local de trabalho pela
pesquisadora.
Em relação aos fins da pesquisa para atingir os objetivos propostos o estudo foi
caracterizado como uma pesquisa exploratória. Entendendo, segundo Triviños (19897) que a
pesquisa descritiva e exploratória exige que o pesquisador busque uma série de informações
sobre o que deseja pesquisar, pois esses tipos de pesquisa devem descrever os fatos e
fenômenos de determinada realidade ainda não explorada.
Para se desenvolver uma pesquisa, é imprescindível escolher o método de pesquisa a
ser utilizado em relação aos seus procedimentos, no caso desta investigação o procedimentos
38
mais adequados é o estudo de caso. Na concepção de Gil (2007) o procedimento de estudo de
caso busca conhecer em profundidade o como e o porquê ocorre determinado fenômeno ou
situação que pode ser única em muitos sentidos, procurando descobrir o que há nela de mais
essencial e característico.
3.2 SELEÇÃO DA POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população da presente pesquisa foi formada por 40 trabalhadores da empresa SBR
Suínos Brasil que atuam no setor de desossa. Sendo um setor da empresa considerado
insalubre que exige muitos cuidados por parte dos funcionários ao executarem seus serviços.
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Para identificar a QVT na empresa SBR Suínos Brasil, no município de Vila
Lângaro, a pesquisa foi dividida em etapas: a primeira, através de levantamento bibliográfico
na literatura disponível, na qual, foi trabalhada teoricamente a gestão de pessoas e a qualidade
de vida dentro da organização.
Na segunda etapa foi elaborado um questionário, com base no modelo de Waltonque
para Gil (2007, p.121) o questionário é “a técnica de investigação [...] com o propósito de
obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, aspirações,
temores, etc.”.
As opções de respostas variaram numa escala de 1 a 5, observando que os
funcionários responderam um questionário que deviam marcar 1 para muito insatisfeito, 2
para insatisfeito, 3 para neutros, 4 para satisfeito e 5 para muito satisfeito.
3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Por tratar-se de uma pesquisa quantitativa, os dados foram, primeiramente, tabulados
estatisticamente, onde foi realizada a distribuição de frequência, para identificar quais são os
fatores que os trabalhadores julgaram mais importantes, e em seguida procedeu-se a análise e
interpretação dos dados tendo como base a literatura pesquisada. Após, foram sugeridos
métodos para melhoria da qualidade de vida no frigorífico. O resultado é representado por
gráficos e tabelas no decorrer do texto.
Foi constituído como variável desse estudo a qualidade de vida no trabalho, sendo
definida por Limongi-França (1996), qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de
uma empresa no sentido de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e
estruturais no ambiente de trabalho.
39
Em termos de definição operacional, foi analisado a percepção dos trabalhadores em
relação à qualidade de vida no trabalho no frigorífico SBR Suínos Brasil Ltda, levando em
conta o modelo de Walton, que segundo CHIAVENATO (2002), Walton (1973) apresenta
oito fatores que afetam a QVT, a saber: compensação justa e adequada, condições de
segurança e saúde no trabalho, utilização e desenvolvimento das capacidades, oportunidade de
crescimento continuo e segurança, integração social na organização, constitucionalismo,
trabalho e espaço total de vida e relevância social de vida no trabalho.
Categorias Fatores determinantes
Compensação justa e adequada - Equidade interna e externa
- Justiça na compensação
- Partilha dos ganhos de produtividade
- Proporcionalidade entre salários
Condições de trabalho - Jornada de trabalho razoável
- Ambiente físico seguro e saudável
- Ausência de insalubridade
Uso e desenvolvimento de capacidades - Autonomia
- Autocontrole relativo
- Qualidades múltiplas
- Informações sobre o processo total do trabalho
Chances de crescimento e segurança - Possibilidade de carreira
- Crescimento pessoal
- Perspectiva de avanço salarial
- Segurança no emprego
Integração social da empresa - Ausência de preconceitos
- Igualdade
- Mobilidade
- Relacionamento
- Senso comunitário
Constitucionalismo - Direitos de proteção do trabalhador
- Privacidade pessoal
- Liberdade de expressão
- Tratamento imparcial
- Direitos trabalhistas
Trabalho e espaço total de vida - Papel balanceado do trabalho
- Estabilidade de horários
- Poucas mudanças geográficas
- Tempo para lazer e família
Relevância total da vida no trabalho - Imagem da empresa
- Responsabilidade social da empresa
- Responsabilidade pelos produtos
- Práticas de emprego
Quadro 1: Categorias usadas por Walton
Fonte :Walton (1973, P.78)
40
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A empresa SBR Suínos Brasil Indústria e Comércio de Carnes foi constituída em 10
de agosto de 2007, e está localizada no município de Vila Lângaro com o objetivo de abate e
industrialização de carnes suína e seus subprodutos. Porém, quando se deu a constituição o
nome da empresa era Suifrigo Indústria e Comércio de Carnes Ltda, após 5 anos foi alterado a
razão social para a que rege atualmente.
A empresa inicialmente foi fundada por 4 sócios, mas a partir do ano de 2016, a
empresa possui um único proprietário, o Sr. Genésio Antonio Guerra.
A empresa é regida pelo SIF (Sistema de Inspeção Federal) sob o número 463. Conta
com aproximadamente uma carteira de 3.675 clientes, contando com 18 vendedores externos,
sendo que 5 desses, fazem todo o processo, desde o pedido do cliente até a entrega no
estabelecimento e os outros, somente fazem o pedido com o cliente e a empresa SBR Suínos
Brasil é quem faz a entrega para cada cliente. A frota é constituída por 8 caminhões com
furgão frigorífico, adequados para o transporte de mercadorias. O quadro total de funcionários
atualmente está constituído por 98 trabalhadores.
Figura 1: Imagens do Frigorífico SBR
Fonte :Autor (2016)
41
5 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS
Após a aplicação dos questionários, partiu-se para a análise dos dados. Sendo que
primeiramente, serão apresentados os resultados referente ao perfil dos funcionários, como
sexo, idade, tempo de empresa e grau de instrução.
5.1 PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS
Foi observado de acordo com o gráfico 1, que o setor é bastante masculinizado, pois
83% são homens que trabalham no setor de desossa da empresa, e apenas 17% são mulheres.
Gráfico 1: Sexo
Fonte: Dados do autor (2016)
Conforme o gráfico 2, que evidenciou a idade dos funcionários percebeu-se que 28%,
ou seja, a grande maioria está na faixa etária de 21 a 25 anos. Seguida da faixa etária de 26 a
30 anos que atinge 23% dos funcionários.
42
Gráfico 2: Idade
Fonte: Dados do autor (2016)
Mesmo a empresa tenha pouco tempo de fundação, com o estudo ficou evidenciado
que apenas 10% dos funcionários possuem mais de 5 anos de empresa, de 4 a 5 anos de
empresa 15%, de 3 a 4 anos 10%, de 2 a 3 anos 13%, sendo que a grande maioria dos
funcionários atingindo 35% estão na empresa de 1ª há 2 anos, e por fim 17% está na empresa
a menos de um ano, conforme o gráfico 3.
Gráfico 3: Tempo de empresa
Fonte: Dados do autor (2016)
15%
27%
22%5%
10%
5%
13%3%
18 a 20 anos
21 a 25 anos
26 a 30 anos
31 a 35 anos
36 a 40 anos
41 a 45 anos
46 a 50 anos
acima de 50 anos
43
Quanto ao estado civil verificou-se através do gráfico 4, que a 52% dos funcionários
são solteiros, 45% casados e apenas 3% na situação de divorciados.
Gráfico 4: Estado Civil
Fonte: Dados do autor (2016)
Com referência a escolaridade o gráfico 5 demonstrou que 60% dos funcionários do
frigorífico possuem o ensino médio completo, 18% possuem o ensino médio incompleto, 5%
concluíram o ensino fundamental, e 17% não concluíram o ensino fundamental. Cabe destacar
que nenhum funcionário que trabalha no setor de desossa possuí nível superior completo ou
incompleto, sendo que nesse setor não há a necessidade de qualificações, mas sim habilidades
nas atividades.
Gráfico 5: Escolaridade
Fonte: Dados do autor (2016)
44
5.2 NÍVEIS DE SATISFAÇÃO
O modelo utilizado para o questionário foi o modelo Walton, que abrange 8
dimensões sobre a percepção da Qualidade de vida no trabalho, inicia-se com a análise da
dimensão
5.2.1 Remuneração: Compensação justa e adequada
Sobre a remuneração que é analisada no presente estudo questionou os respondentes
sobre: se estavam satisfeitos com seus salários, se estavam satisfeitos com seus salários em
relação aos dos colegas e ainda se estavam satisfeitos com os benefícios oferecidos pela
empresa como seguro de vida, alimentação, transporte e outros, conforme gráfico 6.
Gráfico 6: Remuneração - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
No gráfico 6, verificou-se que 35% dos funcionários encontram-se satisfeitos com o
seu salário, e ao se observar a totalidade das respostas, é possível verificar que 44% dos
funcionários estão satisfeitos, mas é importante observar que em torno de 33% encontra-se
com opinião de insatisfação com a remuneração. Salienta-se que deve ser realizado um novo
estudo para verificar o porquê de 23% não ter opinião sobre sua remuneração. Também cabe
destacar que a empresa paga um salário mínimo para funcionários definido pelo sindicato da
alimentação.
45
Gráfico 7: Remuneração - PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
A questão que solicitava se o funcionário estava satisfeito em relação ao seu salário
com ao de seus colegas apontou, conforme o gráfico7, que 10% está muito insatisfeito, 15%
insatisfeito, 30% assinalaram neutro, 4% satisfeito e apenas 8% muito satisfeito, pois na
questão da remuneração pode incidir o tempo de serviço na empresa e a questão do cargo
dentro do setor.
O gráfico 8 ao ser visualizado demonstra que 5% está muito insatisfeito com aos
benefícios oferecidos pela empresa como plano de saúde, alimentação, transporte, dentista e
outros, 7% está insatisfeito, 40% mantiveram-se neutros, 33% satisfeitos e 15% muito
satisfeito. Desta forma a verificou-se que 88% do total ficou entre neutros, satisfeitos e muito
satisfeitos. Também deve ser salientado que a empresa oferece transporte gratuito,
alimentação gratuita, bonificação para quem não falta nenhum dia sem justificar, seguro de
vida e convênio com farmácia. Desta forma, Vieira (1996) justifica que o empregado deve
viver dignamente, que além de sua remuneração salarial deve ter direito aos benefícios da
empresa.
46
Gráfico 8: Remuneração - PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.2 Condições de Trabalho
Em relação às condições de trabalho os respondentes foram questionados sobre a
satisfação com sua carga horária semanal trabalhada, também sobre a satisfação com os
equipamentos de proteção e segurança disponíveis no setor trabalhado e se eram
disponibilizadas tecnologias na execução das atividades e como se sentiam.
A questão que solicitava sobre a satisfação com a carga horária semanal trabalhada
aponta, conforme o gráfico 8, que 53% consideram satisfeitos ou muito satisfeitos, ou seja,
mais de 50% do total acha satisfatória a carga semanal trabalhada. Segundo Viera (1996) as
condições de trabalho devem estar adequadas com o tipo de função desempenhada por cada
funcionário, conforme o gráfico 9.
Tratando-se das condições de trabalho, a empresa estudada trabalha muito em cima da
aplicação do que está disposto nas NR’s 17 e 36, pois a cobrança por parte de órgãos
fiscalizadores é muito grande, e caso estas normas não estejam sendo desenvolvidas, a
empresa é que a mais se prejudica, pois os trabalhadores não vão ter toda a produtividade
desejada, além de estarem mais propícios a doenças, sejam elas por condições do ambiente ou
pela realização de movimentos repetitivos, além de acidentes de trabalho.
47
Gráfico 9: Condições de trabalho - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
O gráfico 10 solicitava aos funcionários como se sentiam quando é disponibilizado
tecnologias na execução de suas atividades, sendo que 10% estão muito insatisfeitos, 15%
insatisfeitos, 25% optaram por neutro, 45% estão satisfeitos e 5% estão muito satisfeitos.
Gráfico 10: Condições de trabalho - PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
Sobre a satisfação dos funcionários em relação a equipamentos de proteção e
segurança que estão disponíveis no setor de desossa, conforme o gráfico 11, verificou-se
que12% estão muito insatisfeitos, 5% insatisfeitos, 20% neutros, e totalizando 63% estão
48
satisfeitos e muito satisfeitos. Assim denota-se que a empresa se preocupa com a segurança e
proteção de seus funcionários.
Gráfico 11: Condições de trabalho - PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.3 Capacidades de Trabalho
Através do item capacidade de trabalho foi solicitado aos funcionários da empresa
estudada se estavam satisfeitos com as oportunidades de tomarem decisões sobre as atividades
que desenvolviam no setor trabalhado, bem como sua satisfação no seu desempenho nas
atividades e como se sentiam em relação à responsabilidade que lhes são conferidas em
relação às tarefas que lhes são dadas.
Com referência ao questionamento que pedia se os funcionários estavam satisfeitos
com as oportunidades de tomar decisões sobre as atividades desenvolvidas no seu setor de
trabalho assinalaram 15% estarem muito insatisfeitos, 12% insatisfeitos, 33% neutros, 30%
satisfeitos e 10% muito satisfeitos. Apesar de a maioria dos funcionários estarem satisfeitos e
muito satisfeitos, 33% ficaram neutros e com os insatisfeitos e muito insatisfeitos é um caso
preocupante. Pois, conforme o gráfico 12 demonstra que são muitos diante do número total de
funcionários insatisfeitos e descontentes em relação a esse quesito. Nesse sentido, conforme
Vieira (1996) a empresa deve proporcionar ao funcionário condições para desenvolver sua
autonomia e autocontrole no desempenho das tarefas.
49
Gráfico12: Capacidades de trabalho - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
O gráfico 13 solicitava se os funcionários se sentiam satisfeito com o seu desempenho
no seu trabalho e responderam 17% estarem muito insatisfeitos, 5% insatisfeitos, 13%
neutros, 55% satisfeitos e 10% muito satisfeitos, assim demonstrando que 65%, ou seja, mais
da metade esta satisfeito ou muito satisfeito com seu desempenho ao realizar as atividades.
Gráfico 13: Capacidades de trabalho PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
O gráfico 14 demonstra a satisfação dos funcionários com referência a
responsabilidade que lhes são conferidas nas tarefas, sendo que foi apontado que 12% dos
funcionários está muito insatisfeitos, 10% insatisfeitos, 23% neutros, 40% satisfeitos e 15%
50
muito satisfeitos. Percebe-se que há um número relevante de funcionários que não estão
satisfeitos com as responsabilidades que lhes são conferidas no trabalho, pois pela análise
pode-se inferir que eles pensam que poderiam ter mais responsabilidade.
Gráfico14: Capacidades de trabalho PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.4 Oportunidade
Quanto às oportunidades foi solicitada aos participantes que respondessem se
estavam satisfeitos com as oportunidades de crescimento profissional oferecidas pela
empresa, também como se sentiam com os treinamentos oferecidos pela empresa para
melhorar os seus trabalhos, e ainda como se sentiam em relação aos incentivos de estudo,
conforme demonstra o gráfico 15.
No item sobre as oportunidades, a primeira questão averiguou a satisfação dos
funcionários do Frigorífico SBR Brasil, em relação às oportunidades de crescimento
profissional oferecidas pela empresa. Assim 10% encontram-se muito insatisfeitos, 25%
insatisfeitos, 32% neutros, 25% satisfeitos e 8% muito satisfeitos. Nesse resultado que
aparece 8% de funcionários muito insatisfeitos, considera-se relevante que a empresa deveria
verificar outras formas de crescimento profissional, pois conforme Vieira (1996) é essencial
às dimensões de promover aos funcionários possibilidades de crescimento na carreira,
crescimento profissional e segurança no emprego.
51
Gráfico15: Oportunidade - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
Sobre a satisfação em relação aos treinamentos oferecidos pela empresa para
melhorar o trabalho dos funcionários evidenciou-se, conforme o gráfico 16, que 12% estão
muito insatisfeitos, 10% insatisfeitos, 40% neutros, 23% muito satisfeitos e 15% muito
satisfeitos. Pode ser observado que 63% dos funcionários estão neutros, insatisfeitos e muito
insatisfeitos, com os treinamentos oferecidos, nesse sentido a empresa deveria reavaliar os
treinamentos oferecidos para os funcionários, pois é mais da metade dos funcionários que não
está satisfeito ou muito insatisfeito.
Gráfico16: Oportunidade PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
52
Com relação à satisfação sobre os incentivos de estudos da empresa os funcionários
apontaram que 20% estão muito insatisfeitos, 7% insatisfeitos, 30% neutros, 30% satisfeitos e
13% muito satisfeitos, conforme o gráfico 17. No final do ano de 2013 foram inscritos
funcionários interessados no PRONEC (Programa Nacional de Educação e Cultura Ltda),
cujo objetivo é ajudar o trabalhador a concluir seus estudos, além de auxiliar a empresa a
aumentar a qualificação de seus funcionários. Mas com a falta de recursos nos últimos dois
anos (2014, 2015 e metade de 2016), o programa foi cancelado e tem se incentivado de outras
formas, como flexibilização de horários.
Gráfico 17: Oportunidade PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.5 Integração Social
Referente ao item da de integração social foi solicitado aos funcionários que
respondessem se sentiam algum tipo de discriminação no seu trabalho, ainda se estavam
satisfeitos com o relacionamento com chefes e colegas, e para finalizar se estavam satisfeitos
com suas idéias e iniciativas no setor trabalhado.
Conforme o gráfico 18, em se tratando de inserção social a primeira questão solicitou
se os funcionários sentiam algum tipo de discriminação no trabalho, sendo que 10%
colocaram estarem muito insatisfeitos, 17% insatisfeitos, 25% neutros, 35% satisfeitos e 13%
muito satisfeitos, conforme o gráfico 18. Nestes resultados ressalta-se que 25% optou pelo
neutro e 27% somando insatisfeitos e muito insatisfeitos, pois isso remete a empresa analisar
se há discriminação e de que tipo, pois os resultados demonstram um alerta neste quesito.
53
Gráfico18: Integração social - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
Com referência a satisfação com o relacionamento com chefes e colegas os
funcionários, conforme o gráfico 19, responderam que 10 % muito insatisfeitos, 12%
insatisfeitos, 22% neutros, 43% satisfeitos e 13% muito satisfeitos.Com esse resultado é
observado que há 22% insatisfeitos e muito insatisfeitos na empresa, sem contar 22% neutros,
que totaliza 44%, pois as questões de insatisfação de relacionamento com chefias e colegas
pode afetar a qualidade de vida do trabalhador. Para Vieira (1996) o fator social corresponde à
igualdade de oportunidades, relacionamentos e senso comunitário.
Gráfico 19: Integração social PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
54
Na questão em que solicitava se os funcionários estavam satisfeitos com suas idéias e
iniciativas no setor em que trabalha, conforme demonstra o gráfico 20, apontaram que 12%
estão muito insatisfeitos, 3% insatisfeitos, 30% neutros, 40% satisfeitos e 15% muito
satisfeitos.
Gráfico 20: Integração social PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.6 Constitucionalismo (respeito às leis)
Ao analisar as questões relacionadas ao constitucionalismo os respondentes puderam
opinar sobre a satisfação que tinham sobre a empresa respeitar todas as leis e direitos
trabalhistas, bem como em relação à liberdade de expressão dentro da empresa e setor
trabalhado, e ainda em relação às normas e regras impostas na empresa e setor trabalhado.
O questionamento sobre a satisfação do funcionário com a empresa por ela respeitar
todas as leis e direitos trabalhistas, sendo que 10% responderam estrem muito insatisfeitos,
5% insatisfeitos, 37% neutros, 35% satisfeitos e 13% muito satisfeitos, conforme faz
referência o gráfico 21 .
55
Gráfico 21: Constitucionalismo - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
Sobre a liberdade de expressão dentro da sua empresa os funcionários assinalaram que
15 % muito insatisfeitos, 12% insatisfeitos, 35% neutros, 28% satisfeitos e 10% muito
satisfeitos, como salienta o gráfico 22. Apesar dos neutros serem 35%, a soma de satisfeitos e
muito satisfeitos chega aos 38%, superando 27% de insatisfeitos e muito insatisfeitos, com
esse resultado é notável que a empresa presa à liberdade de expressão de seus funcionários.
Assim seguindo Vieira (1996), respeita as leis e os direitos trabalhistas, bem como à liberdade
de expressão, constantes na constituição brasileira.
Gráfico 22: Constitucionalismo PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
56
O gráfico 23 salienta a o resultado sobre a satisfação dos funcionários em relação às
normas e regras impostas na sua empresa e setor de desossa, sendo que 12% estão muito
insatisfeitos, 5% insatisfeitos, 30% neutros, 28% satisfeitos e 25% muito satisfeitos, ou seja
mais de 50% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as normas e regras impostas pela
empresa no setor de trabalho.
Gráfico 23: Constitucionalismo PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.7 Relevância social e importância
Em relação à relevância social e importância os funcionários responderam sobre o
orgulho que sentiam em trabalhar na referida empresa, sobre a satisfação dos produtos
produzidos e também se estavam satisfeitos com a forma que a empresa trata os funcionários
e a política para com eles.
Sobre a questão que solicitava se o funcionário se sentia orgulhoso de trabalhar na
empresa, sendo que 7% disseram estarem muito insatisfeitos, 10% insatisfeitos, 10% neutros,
45% satisfeitos e 28% muito satisfeitos, conforme demonstra o gráfico 24, demonstrando que
73% estão muito satisfeitos ou satisfeitos, isso pelo fato da empresa ser uma das poucas do
município de Vila Lângaro e também ser a maior em termos de produção,e número de pessoas
e infraestrutura, o que faz com que os funcionários se sentam orgulhoso por fazer parte da
empresa que tem grande visibilidade no município e até na região.
57
Gráfico 24: Relevância social e importância - PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
No gráfico 25 pode ser visualizado o nível de satisfação dos funcionários em relação
aos produtos produzidos pela empresa, 10% responderam estarem muito insatisfeitos, 5%
insatisfeitos, 17% neutros, 43% satisfeitos e 25% muito satisfeitos. Desta forma entre
satisfeitos e muito satisfeitos somam 68%, ou seja, mais da metade dos funcionários que
participaram do estudo tem orgulho dos produtos que a empresa produz através dos trabalhos
dos funcionários, pois por se tratar de uma indústria de alimentos os produtos como linguiça,
torresmo, copa e carnes são consumidos em toda a região e estão tendo uma boa aceitação do
mercado, o que deixa os funcionários lisonjeados quando escutam ouvem falar sobre a
aceitação do produto.
Gráfico 25: Relevância social e importância PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
58
Ainda na terceira questão do item relevância social e importância, quando se avaliou a
forma como a empresa trata o seus funcionários e sua política para com eles verificou-se
que12% estão muito insatisfeitos, 8% insatisfeitos, 20% neutros, 50% satisfeitos e 10% muito
satisfeitos, conforme o gráfico 26. Assim 60% estão satisfeitos e muito satisfeitos com a
política de tratamento para com os funcionários, demonstrando que a maioria dos funcionários
aprovam a política da empresa, sendo que a empresa oferece alguns benéficos além do
salários, como transporte alimentação e outros.
Gráfico 26: Relevância social e importância PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.2.8 O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador
O último item a ser analisado foi referentes às questões sobre o espaço que o trabalho
ocupa na vida do trabalhador, assim foram questionados se estavam satisfeitos com a
influência das questões profissionais nas suas vidas pessoais, também como se sentem quando
o trabalho influência no seu lazer, e por fim se estavam satisfeitos com seus horários de
descanso e trabalho.
No gráfico 27 apresenta os resultados da questão que solicitava sobre a satisfação
sobre a influência das questões profissionais na sua vida pessoal, evidenciou-se que 15%
muito insatisfeitos, 12% insatisfeitos, 30% neutros, 38% satisfeitos e05% muito satisfeitos.
Nesta questão foi observado que entre muito insatisfeitos, insatisfeitos e neutros somou-se
57% dos funcionários, ou seja, mais da metade. Isso pelo fato de que o setor inicia suas
59
atividades muito cedo, fazendo com que o funcionário sai cedo de casa e ocupando mais horas
do seu dia com o trabalho do que por exemplo com a família.
Gráfico27:O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador- PERGUNTA 1
Fonte: Dados do autor (2016)
Em relação à questão que solicitava como o funcionário se sente quando o trabalho
influência o seu lazer, conforme o gráfico 28, verificou-se que 17% colocaram estarem muito
insatisfeitos, 12% insatisfeitos, 30% neutros, 28% satisfeitos e 13% muito satisfeitos. Nesta
questão somou 59% entre muito insatisfeitos, insatisfeitos e neutros. E menos da metade entre
satisfeitos e muito satisfeitos chegando a 41%. Assim demonstrando que a maioria não aprova
a influência do trabalho em seus momentos de lazer.
Gráfico 28:O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador PERGUNTA 2
Fonte: Dados do autor (2016)
60
No gráfico 29, é demonstrado o resultado da questão que avaliava a satisfação dos
funcionários em relação aos horários de descanso e trabalho, sendo que apontaram 15%
estarem muito insatisfeitos, 2% insatisfeitos, 23% neutros, 40% satisfeitos e 20% muito
satisfeitos. Esse resultado demonstra que 60% esta satisfeitos e muito satisfeitos com seus
horários de trabalho e descanso, mesmo que iniciam suas atividades muito cedo, às 7h da
manhã .
Gráfico 29: O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador PERGUNTA 3
Fonte: Dados do autor (2016)
5.3 SUGESTÕES DE MELHORIAS
Após a análise dos resultados ficou evidente algumas melhorias que podem ser feitas
em relação à qualidade de vida dos funcionários da empresa estudada, um ponto a destacar foi
na análise dos resultados das questões da categoria sobre oportunidades, cabendo à indicação
à empresa de promover treinamentos para qualificar e capacitar os funcionários, assim dando-
lhes também oportunidades de crescimento profissional dentro da mesma, entendendo que a
maioria dos questionados ainda são jovens e tem muito tempo para permanecer ativos no
mercado de trabalho.
Quanto a uma proposta para melhorar a qualidade de vida dos funcionários da empresa
SBR Brasil, podem ser citados: criar uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
de Trabalho) para capacitar e discutir junto aos gestores formas e maneiras de evitar situações
de riscos na empresa. Pois as CIPAS atendem a NR-5, e tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho coma preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
61
Além disso, criar um plano de cargos e salários para que a empresa tenha uma
regulamentação mais justa em relação às atividades e salários dos trabalhadores. Além disso,
promover programas de prevenção de doenças e de promoção da saúde, assim diminuindo
problemas futuros com as a saúde dos funcionários, principalmente no setor de desossa por
ser insalubre. Com essas propostas os funcionários poderão se sentir mais motivados, no
entanto, para isso os gestores da empresa devem estar receptivos a fazerem essas mudanças
para melhorar a qualidade de vida dos funcionários.
62
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após interpretar, analisar e discutir os resultados, é possível considerar que os
objetivos propostos com o presente estudo de identificar a percepção dos funcionários do
frigorífico SBR SUÍNOS BRASIL em relação à qualidade de vida no trabalho foram
alcançados, assim serão apresentadas algumas considerações.
Com o estudo foi possível identificar as diferentes percepções dos trabalhadores sobre
a qualidade de vida no trabalho, a investigação trouxe aos funcionários um momento de
reflexão e conscientização do quanto é fundamental o bem estar ao desenvolver suas
atividades no local de trabalho.
Além disso, o mais importante no estudo foi conhecer e entender a qualidade de vida
no trabalho de funcionários de um frigorífico, pois praticamente quase não existem estudos
sobre a qualidade de vida dos funcionários de empresas que atuam nesse setor da economia. O
ambiente, as condições de trabalho dos funcionários que atuam nesse setor são bem
diferenciadas da maioria dos demais setores, compreendendo ser um trabalho insalubre,
perigoso por apresentar riscos, pelo fato dos funcionários usarem instrumentos e
equipamentos cortantes. O setor de desossa de carne de um frigorífico ainda deve ser um
lugar de muita higiene, deve ser evitado todo o tipo de sujeiras para evitar contaminação tanto
da carne e alimentos produzidos, como dos funcionários que ali atuam, por isso devem
trabalhar sempre bem protegidos e com segurança usando os equipamentos necessários para
cada atividade.
Ao finalizar o estudo cabe dizer que os estudos tanto na área de qualidade de vida no
trabalho, quanto em empresas do segmento de frigoríficos não se acabam, nem mesmo para a
empresa estudada, a partir desse primeiro estudo serão propostas melhorias que,
posteriormente, em estudos futuros poderão ser avaliadas.
Os objetivos do presente trabalho foram atingidos de forma satisfatória e, portanto,
considera-se que foi dada contribuição para os funcionários, para a empresa e para a
acadêmica que pode experimentar na prática as teorias aprendidas no Curso de Administração
da Faculdade e Escola – FAT.
Salienta-se que a qualidade de vida no trabalho deve ser perseguida por todas as
empresas, pois quanto mais funcionários satisfeitos, maior será produtividade.
63
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68
APÊNDICE: QUESTIONÁRIO
1- Idade ____ anos.
2- Sexo:
( )Feminino ( ) Masculino
3- Há quanto tempo trabalha na empresa? ________________
4- Estado Civil_______
5- Escolaridade_______
6- Cargahoráriasemanaltrabalhada?__________
Nas questões a seguir de 7 a 14 você deverá assinalar no número 1 para Muito Insatisfeito, 2
para Insatisfeito, 3 para Neutro, 4 para Satisfeito e 5 para Muito Satisfeito.
Remuneração 1 2 3 4 5
1.Você está satisfeito com o seu salário?
2.Você esta satisfeito em relação ao seu salario com ao
de seus colegas?
3.Você esta satisfeito com aos benefícios oferecidos pela
empresa como plano de saúde, alimentação, transporte,
dentista e outros
Condições de trabalho 1 2 3 4 5
1 Você esta satisfeito com a sua carga horária seminal
trabalhada?
2 É disponibilizado tecnologias na execução de suas
atividades, como você se sente?
3 Você está satisfeito com os equipamentos de proteção e
segurança que estão disponíveis no setor que trabalha?
Capacidades de trabalho 1 2 3 4 5
1Você está satisfeito com as oportunidades de tomar
decisões sobre as atividades desenvolvidas no seu setor
de trabalho?
2 Você se sente satisfeito com o seu desempenho no seu
trabalho?
3 Como você se sente em relação à responsabilidade que
lhe é conferida em relação às tarefas que lhe são lhe
dadas?
69
Oportunidades 1 2 3 4 5
1Você está satisfeito com as oportunidades de
crescimento profissional oferecidas pela empresa?
2 Em relação aos treinamentos oferecidos pela empresa
para melhorar o seu trabalho, você se sente satisfeito?
3 Você se sente satisfeito com os incentivos de estudos
da empresa?
Integração Social 1 2 3 4 5
1 Você sente algum tipo de discriminação no seu
trabalho?
2 Você está satisfeito com o relacionamento com chefes e
colegas?
3 Você está satisfeito com suas ideias e iniciativas no
setor em que trabalha?
Constitucionalismo (respeito as leis) 1 2 3 4 5
1Você está satisfeito com a sua empresa por ela respeitar
todas as leis e direitos trabalhistas?
2Em relação à liberdade de expressão dentro da sua
empresa, você está satisfeito?
3Você está satisfeito em relação às normas e regras
impostas na sua empresa e setor de trabalho?
Relevância social e importância 1 2 3 4 5
1 Você se sente orgulhoso de trabalhar nesta empresa?
2 Você está satisfeito com os produtos produzidos por
esta empresa?
3 Em relação à forma como a empresa trata o seus
funcionários e sua política para com eles, você está
satisfeito?
O espaço que trabalho ocupa na vida do trabalhador 1 2 3 4 5
1 Você está satisfeito com a influência das questões
70
profissionais na sua vida pessoal?
2 Como você se sente quando o trabalho influência o seu
lazer?
3 Você está satisfeito com seus horários de descanso e
trabalho?