QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE...

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0 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Odontologia GILBERTO BORTOLETTO JUNIOR LARISSA JOSELI AVELINO QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE BUCAL DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2012

Transcript of QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE...

0

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Odontologia

GILBERTO BORTOLETTO JUNIOR

LARISSA JOSELI AVELINO

QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE BUCAL

DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Bragança Paulista

2012

1

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Odontologia

GILBERTO BORTOLETTO JUNIOR - 001200800031

LARISSA JOSELI AVELINO - 001200800971

QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE BUCAL

DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Bragança Paulista

2012

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao curso de Odontologia da Universidade São

Francisco como requisito parcial para a

obtenção do título de cirurgião dentista.

Orientador Temático: Prof. Dr. Leonardo

Caldas Vieira

Orientadora Metodológica: Profª. Valdinéia

Maria Tognetti.

2

Dedico esse Trabalho aos meus queridos pais, Gilberto e Yolanda,

as minhas irmãs, professores e amigos que sempre estiveram próximos

me apoiando, ensinando, incentivando e estimulando para a realização

deste tão sonhado momento da minha vida, que foi alcançado através de

muitos obstáculos e muito trabalho, me tornando uma pessoa

respeitada como homem e profissional.

3

Dedico este trabalho aos meus queridos pais, Antonio e Lourdes,

por todo apoio para que este meu sonho se concretizasse;

Ao Daniel, pelo companheirismo, dedicação,

e por me trazer serenidade.

4

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por nos dar forças para cumprir mais uma etapa das

nossas vidas, dando-nos saúde e tranquilidade.

Aos nossos pais, amigos e familiares, por acreditar em nossa capacidade e

hedonismo.

Ao Prof. Dr. Leonardo Caldas Vieira, não somente pela orientação no TCC,

mas pela calma e por acreditar que conseguiríamos vencer mais esta etapa da nossa

jornada, apostando em nosso potencial. Insistindo em novas ideias, proporcionando

aprendizado constante.

A Profª. Valdinéia Maria Tognetti, por toda orientação metodológica, e

explicações minuciosas.

Aos alunos do Curso de Odontologia da Universidade São Francisco, que

aceitaram responder um ao questionário pessoal, possibilitando o desenvolvimento de

nossa pesquisa.

Ao Daniel Villar Florindo, pela ajuda no trabalho, pelas discussões científicas e

apoio técnico que engrandeceram nosso trabalho.

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“Se, a princípio, a ideia não é absurda,

então não há esperança para ela”.

Albert Einstein

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RESUMO

A qualidade de vida (QV) refere-se à percepção do indivíduo em relação a sua posição

na vida, nos inúmeros contextos. A Universidade é um local de tensão, pois cada estudante

traz de seu contexto pessoal conflitos, dificuldades e problemas familiares, somado a

sobrecarga da vida estudantil. O objetivo do cuidado de saúde hoje, para a maioria dos

pacientes, é obter uma vida mais efetiva, com maior qualidade, preservando a capacidade

funcional e o bem-estar. Os indivíduos pesquisados foram os alunos do curso de odontologia

da Universidade São Francisco, entre 18 e 30 anos de idade, sem restrição quanto a gênero,

etnia ou religião, dividido em quatro grupos (Grupo 1- alunos do 1º semestre; Grupo 2- alunos

do 3º semestre; Grupo 3- alunos do 5º semestre e Grupo 4 – alunos do 7º e 9º semestres).

Foram excluídos apenas indivíduos com doenças sistêmicas ou psiquiátricas relatadas, mas

não tratadas. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram não paramétricos, sendo eles o

Oral Health Impact Profile-14 Brasil, OHIP e o Questionário de Impacto Psicossocial de

Estética Dental – PIDAQ-Brasil/UNIFESP. Os dados obtidos foram submetidos à análise

estatística, e interpretados. Concluiu-se que todos os grupos apresentaram bons resultados

relacionados à qualidade de vida, estética e saúde bucal, porém, o Grupo 2 obteve uma

diferença estatisticamente significante.

Palavra Chave: Qualidade de Vida. Odontologia . Alunos.

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ABSTRACT

Quality of life (QoL) refers to the individual's perception regarding their position in

life in many contexts. University is a place of tension, as each student brings his/her personal

conflicts, difficulties and family problems, plus the burden of student life. The aim of health

care today, for most patients, is to obtain a more effective life, with higher quality and

preserving the functional capacity and well-being. The individuals surveyed in this study were

students of dentistry at the Universidade São Francisco, between 18 and 30 years of age,

without restriction as to gender, ethnicity or religion, divided into four groups (Group 1 - 1st

half of the students, Group 2 - students in the third semester, Group 3 - students of 5th

semester and Group 4 – students of 7th and 9th semesters). Only individuals with systemic

diseases or psychiatricdisorders reported, but not treated, were excluded. The instruments

used in the research were the Oral Health Impact Profile-14 Brasil, OHIP and the

Psychosocial Impact of Dental Aesthetics Questionnaire - PIDAQ-Brasil/UNIFESP. Data

were statistically analyzed and interpreted. It was concluded that all groups showed good

results related to quality of life, aesthetics and oral health, however, the second group had a

statistically significant difference.

Key words: Quality of life. Dentistry. Students.

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 Numero de indivíduo de cada um dos quatro grupos formados com divisão

entre gêneros e porcentagens correspondentes ............................................. 26

Tabela 2 Divisão dos grupos ½ e ¾ por gênero indicando o seu n, gênero e média de

idade ............................................................................................................. 27

Tabela 3 Valores das medianas obtidas com o OHIP-14 para cada um dos 4

grupos........................................................................................................... 28

Tabela 4 Valores das medianas obtidas com o PIDAQ para o total e para cada uma

das dimensões para cada um dos 4 grupos .............................................. 32

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Valores dos escores obtidos com o OHIP-14 para cada indivíduo para cada

um dos quatro grupos............................................................................... 27

Gráfico 2 Valores dos escores totais obtidos com o PIDAQ- Brasil/Unifesp para cada

indivíduo de cada um dos quatro grupos ................................................ 28

Gráfico 3 Valores dos escores da dimensão Autoconfiança obtidos com o PIDAQ-

Brasil/Unifesp para cada indivíduo de cada um dos quatro grupos ........... 29

Gráfico 4 Valores dos escores da dimensão Impacto Social obtido com o PIDAQ-

Brasil/Unifesp para cada indivíduo de cada um dos quatro grupos .............. 30

Gráfico 5 Valores dos escores da dimensão Impacto Psicológico obtido com o

PIDAQ- Brasil/Unifesp para cada indivíduo de cada um dos quatro grupos . 31

Gráfico 6 Valores dos escores da dimensão Aspectos Estéticos obtidos com o

PIDAQ- Brasil/Unifesp para cada indivíduo de cada um dos quatro grupos . 32

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11

1 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 14

1.1 Saúde e Qualidade de Vida ............................................................................................. 14

1.2 Indicadores de QV relacionados à Saúde e à Saúde Bucal ............................................. 18

2 METODOLOGIA ............................................................................................................ 24

2.1 Casuística .......................................................................................................................... 24

2.2 Métodos ............................................................................................................................ 25

2.3 Estatística .......................................................................................................................... 26

3 RESULTADOS ................................................................................................................. 27

3.1 Dados Gerais .................................................................................................................... 27

3.2 OHIP-14 ........................................................................................................................... 27

3.3 PIDAQ-Brasil/UNIFESP .................................................................................................. 29

4 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 34

CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 43

ANEXOS ............................................................................................................................... 48

APÊNDICES ........................................................................................................................ 56

11

INTRODUÇÃO

O conceito de Qualidade de Vida (QV) está em voga. Há poucas décadas, tal noção

era delegada aos filósofos e poetas. Os pesquisadores da área de saúde começaram a estudar

este conceito de várias maneiras tentando transformá-lo em medidas quantitativas para serem

usadas em ensaios clínicos e modelos econômicos (CICONELLI et al., 1999).

Qualidade de vida refere-se à percepção do indivíduo de sua posição na vida, no

contexto da cultura e sistema de valores no qual ele vive e em relação aos objetivos,

expectativas padrões e preocupações (THE WHOQOL GROUP, 1998). Tem relação com

conhecimento, experiências e valores individuais e coletivos e reflete o momento histórico, a

classe social e a cultura, à qual pertence o indivíduo (DANTAS, et al., 2003).

A pesquisa em qualidade de vida em saúde é atualmente imprescindível, contribuindo

tanto para a avaliação da relação custo/benefício dos cuidados prestados como para melhoria

no tratamento oferecido (ALDERMAN et al., 2000; DANTAS, ET AL., 2003).

É importante que os pesquisadores sejam capazes de medir a percepção de saúde do

indivíduo para avaliar os benefícios de suas intervenções. O objetivo do cuidado de saúde

hoje, para a maioria dos pacientes, é obter uma vida mais efetiva, com maior qualidade, e

preservar a capacidade funcional e o bem-estar (WARE e SHERBOURNE, 1992). Medidas

tradicionais de morbidade e mortalidade são consideradas insuficientes para medir os

benefícios de tratamentos, que podem influenciar um grande número de variáveis, como o

bem estar físico, bem estar emocional e vida social, e a avaliação da qualidade de vida

relacionada à saúde, tem sido progressivamente reconhecida como uma importante medida de

resultados.

A preocupação em conhecer a QV do estudante universitário é bastante recente em

nosso país e, já tem merecido atenção em outros países desde a década de 80.

A Universidade pode ser um local de tensão. Cada estudante já traz o seu contexto

pessoal, como conflitos, dificuldades de aprendizagem e distanciamento familiar. Também se

deve levar em consideração a sobrecarga causada pela vida estudantil devido à diversidade e

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complexidade de conteúdos, prazos e avaliações. Isso pode fazer com que o aluno não consiga

adaptar-se a novas situações (CERCHIARI, 2004).

É evidente a importância da avaliação da qualidade de vida no ambiente acadêmico,

pois todo o estresse causado pelo forte ritmo imposto aos alunos universitários e as condições

às quais se submetem, podem causar problemas de aprendizagem, motivação e adaptação.

Além disso, o conhecimento da qualidade de vida dos alunos universitários pode ser usado

como referência para ações que facilitem a integração à vida acadêmica e otimize o bem-estar

físico, mental e social (TEIXEIRA, et al., 2007).

O estudo da QV na população é muito importante para o desenvolvimento contínuo de

indicadores sociais, para o conhecimento dos fatores de condição, modo e estilo de vida, para

o desenvolvimento de padrões normativos de comparação e como componente focal de

esforços para promoção da educação/formação do aluno. De tal forma que, esses estudos já

mostram alguns reflexos em Universidades que se preocupam com os espaços de convivência

e melhores condições de salas de aulas para seus alunos.

Na odontologia, de acordo com Vieira (2010), a ausência de patologias e disfunções

orais não indica saúde bucal. Devido este fator e a necessidade de avaliar a repercussão de

alterações buco faciais foram desenvolvidos instrumentos de avaliação de QV relacionada à

saúde bucal.

Diversos instrumentos para avaliação da QV têm sido desenvolvidos, geralmente, para

comparar resultados de tratamentos no contexto de estudos clínicos. Porém, tais questionários

devem estar associados ao objetivo do estudo e também a sua disponibilidade no idioma e no

contexto cultural, no qual possa ser empregado (PAGANI T.C.S. e PAGANI Jr C.R., 2005).

Tendo em vista estas considerações, foram selecionados dois questionários, o Oral Health

Impact Profile-14 Brasil (OHIP-14) e o Questionário de Impacto Psicossocial da Estética

Dental – Brasil/UNIFESP (PIDAQ).

O OHIP-14 é um questionário genérico de qualidade de vida relacionado à saúde

bucal, com 14 questões, que avalia como problemas com os dentes, boca ou próteses dentárias

podem interferir na vida diária. A versão brasileira foi feita por Oliveira e Nadanovsky

(2005).

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O Questionário de Impacto Psicossocial da Estética Dental – Brasil/UNIFESP,

PIDAQ-Brasil/UNIFESP, é um questionário específico, para avaliar a influência da estética

dentária na qualidade de vida dos indivíduos. É composto por 23 itens abrangendo quatro

dimensões: autoconfiança dental, impacto social, impacto psicológico e impacto estético. A

versão brasileira foi feita por Vieira (2010).

Oliveira (2006), no campo da educação superior, mais especificamente sobre o

estudante universitário, constatou que, dentre os aspectos positivos encontrados, essas pessoas

constituem famílias menores, e, há maior preocupação com a educação dos filhos; mostram-

se, mais cuidadosas em seus investimentos econômicos e fazem poupanças a longo prazo. No

campo do trabalho se mostram mais estáveis em seus empregos e são mais cuidadosas com

sua saúde e tempo de lazer. Apesar de esses indicativos serem positivos, esses profissionais

nem sempre se avaliam dessa maneira. Isso leva a perceber que o processo avaliativo

escolar/universitário ainda é feito de forma incompleta, pois o aluno raramente é chamado a

se auto-avaliar, e quando é solicitado, mostra não ter parâmetros adequados para tanto.

É, portanto, necessário cada vez mais saber quem são os alunos, suas características

pessoais, suas condições de vida, seu modo de vida, seu estilo de vida, suas habilidades

cognitivas e preceitos morais, seus anseios e suas necessidades. Enfim, realmente saber quem

está sob os cuidados da instituição, quem procurou seus estímulos educacionais e quais as

mudanças a ser empreendidas para poder formar profissionais competentes e realizados, ou

seja, se preocupar com a qualidade de vida dos alunos. Então, visando avaliar a qualidade de

vida que os alunos do Curso de Odontologia da Universidade São Francisco apresentam,

idealizou-se este estudo.

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1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 Saúde e Qualidade de Vida

O conceito de saúde para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946) é o

“completo estado de bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença

ou enfermidade”.

De acordo com Santos (2007) a estética é estudada desde a Grécia Antiga por filósofos

como Platão e Aristóteles, que associavam a essência do belo a do bom. A estética facial gera

expectativas positivas, sendo o fator mais importante: o sorriso.

De acordo com Buss (2000), estudos feitos com uma variedade de autores e relatórios

relacionados com a saúde mundial, a expectativa de vida que era de 50 anos após a segunda

guerra mundial, passou a ser de 69 anos em 1995 na América Latina. A variedade de

conceitos para a promoção da saúde esta ligada em dois grandes grupos, um deles é a

mudança do comportamento do indivíduo com foco no estilo de vida, relacionamento familiar

e comunitário. O outro está ligado à alimentação, nutrição, saneamento, condições de

trabalho, ambiente, apoio social, um espectro adequado para qualidade de vida.

Coelho e Almeida Filho (2004) relataram com uma análise das práticas e políticas de

saúde, que os sistemas de saúde do ocidente - incluindo o Brasil - têm sido questionados, por

sua dependência em relação a um modelo assistencial individualista, com ênfase na dimensão

curativa da doença, além de altos custos e pouca efetividade. Aumentou, então, a ideia de

promover a saúde, e não se baseando apenas em curar doença, emergindo daí os conceitos de

vigilância da saúde, políticas públicas e cidades saudáveis, estabelecendo à noção de

promoção da saúde pela mudança das condições de vida e de trabalho da população.

Segundo Castro, et al., (2007) a mensuração da saúde, não pode mais restringir-se à

ausência de doenças ou agravos e passa a ser importante considerar as diversas dimensões

envolvidas, bem como as repercussões dos problemas de saúde na vida diária dos indivíduos.

15

Sendo assim, para ser saudável não precisa apenas ser livre de patologias ou alterações

sistêmicas, mas sim, viver com qualidade.

De acordo com a OMS (1998) qualidade de vida foi definida como a “percepção do

indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores, no qual ele vive

em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

De acordo com Kluthcovsky e Takayanagui (2007), o termo “qualidade de vida” foi

mencionado pela primeira vez em 1920, em um livro sobre economia e bem estar escrito por

Pigou, mas não foi dado importância, e o tema caiu no esquecimento. Porém, este dado é

contestado, afirmando-se, que o termo fora utilizado pela primeira vez pelo presidente dos

Estados Unidos, Lyndon Johnson, em 1964, quando o mesmo declarou: “(...) os objetivos não

podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da

qualidade de vida que proporcionam às pessoas”.

Segundo Paschoal (2001), desde seu aparecimento, o termo “qualidade de vida” foi

utilizado de diversas maneiras, inclusive em críticas políticas, cujo objetivo era o crescimento

econômico sem limites. O conceito foi, com o tempo, ampliado a fim de medir o quanto uma

sociedade havia se desenvolvido economicamente. Após isto, tomou-se como definição,

também, o desenvolvimento social como: educação, saúde e lazer.

A QV tem sido cada vez mais discutida, tornando-se, um tema importante para a

sociedade em geral na literatura científica, e, especialmente, no campo da saúde, pois a

progressiva desumanização em face do desenvolvimento tecnológico das ciências da saúde

trouxe uma maior preocupação com o tema (KLUTHCOVSKY e TAKAYANAGUI 2007).

Segundo Rocha (2010), a cavidade bucal é o centro da comunicação interpessoal,

sendo assim, o sorriso desempenha um papel importante tanto na expressão como na

aparência facial, levando ao aumento da procura por tratamentos estéticos e ortodônticos para

aprimorar seu sorriso, pois este se encontra no ponto central da autoestima e da imagem

social. Além de ser considerado um instrumento valioso na comunicação não verbal.

Os problemas bucais, geralmente, não causam ameaça à vida, em geral sendo

composto, de alguns episódios agudos e prontamente tratáveis. Desta maneira, seus impactos

no bem estar podem não ser óbvios e, muitas vezes, minimizados pelo contexto de outras

condições crônicas mais sérias (MIOTTO et al., 2012) .

Levando em consideração o tratamento ortodôntico durante a infância e a pré-

adolescência Rocha (2010), justifica sua importância, ressaltando, primeiramente o aspecto

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psicológico, pois a má oclusão pode causar baixa autoestima, e uma importante desvantagem

social. Consequentemente, uma diminuição da QV.

Analisando, por meio de questionários, o impacto da má oclusão na QV de crianças

entre 11 e 14 anos, Agou et al. (2008) concluíram que, em crianças com baixa autoestima este

impacto é mais intenso.

Em um trabalho realizado por Shaw, et al. (1975), que determinou de que forma a

sociabilidade de uma criança pode ser influenciada por sua aparência dento facial. A partir de

fotografias em preto e branco de quatro crianças com 11 anos, um menino e uma menina

atraentes e os outros dois não atraentes, com cinco diferentes versões fotográficas com

alterações faciais foram feitas para cada fotografia. Quarenta e dois adultos e quarenta e duas

crianças, divididos igualmente entre os gêneros, avaliaram as fotografias. A conclusão foi de

que crianças com aspecto dental normal foram julgadas como tendo melhor aparência e

consideradas mais inteligentes, mais aceitas pelos amigos e com comportamento menos

agressivo, representando para as crianças menos atraentes uma importante desvantagem

social, justificando assim, o desejo de muitos pais em corrigir anomalias dento faciais de suas

crianças precocemente.

Em um estudo feito por Barbato (2007), no Brasil as pessoas associam a saúde bucal

com as condições sócio econômicas do indivíduo. De acordo com o estudo realizado, ser

morador de zona rural, ter renda inferior a um salário mínimo e idade acima de sessenta anos,

são as principais características de pessoas com perdas dentárias.

Segundo Santos (2007) estudos realizados no Brasil mostram que a saúde bucal dos

idosos é precária, com extensas perdas dentais, muitas infecções e com uma péssima

higienização. Todos estes problemas levam a uma dificuldade mastigatória, problemas

nutricionais e consequentemente, a uma diminuição na QV.

Segundo Miotto et al (2011), a quebra de paradigmas médicos favorece para o

desenvolvimento de novas maneiras para se medir a percepção, sentimentos e

comportamentos de idosos e adultos, sendo isso uma experiência para interpretar seu bem

estar funcional, social, psicológico e saúde bucal.

Montandon et al. (2008), concluíram que o conceito QV entre os idosos está em uma

crescente valoração, sendo um grande indicador para a Odontologia. De acordo com a OHIP-

14 o resultado de maior abrangência foi de dor, desconforto psicológico e inabilidade

psicológica.

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Segundo Feu, et al. (2010), cinquenta por cento da população que procura atendimento

ortodôntico, tem impacto negativo com a QV relacionada à saúde oral, dentre essas pessoas

mais da metade possuíam má oclusões graves, porém a grande quantidade está relacionada,

não pela má oclusão funcional e sim pelo fator estético.

A QV tem sido mais estudada nos últimos anos, inclusive no Brasil, e apesar de ser

complexo, trata-se de um tema atual, interdisciplinar e muito relevante, principalmente

quando relacionado à promoção da saúde (KLUTHCOVSKY E TAKAYANAGUI 2007).

Teixeira et al. (2007) diz que o ingresso na Universidade, as experiências vividas por

jovens estudantes, e o impacto neles causado, podem influenciar na adaptação dos mesmos,

positiva ou negativamente, e também, no desenvolvimento psicológico e profissional. Este

tema tem sido foco de atenção recente em pesquisas brasileiras. Contudo, em outros países os

estudos nessa área já existem há algumas décadas, e têm buscado identificar diversos fatores

que concorrem para a integração dos estudantes à universidade, para o seu desenvolvimento

psicológico e, também, para a sua persistência nos cursos.

O motivo para se estudar grupos de estudantes universitários e suas experiências, se dá

devido ao grande aumento desta população no Brasil e no mundo. Conhecer melhor esta

realidade pode auxiliar, e muito, os gestores em educação a identificar fatores associados não

apenas à evasão escolar, mas também a outros aspectos do desenvolvimento psicossocial dos

estudantes. Estes dados, por sua vez, podem ser usados como referência para a implementação

de programas dentro das universidades, que visem à facilitação da integração do estudante à

vida acadêmica, e à otimização do seu bem-estar psicológico (TEIXEIRA et al., 2007). Outro

fator importante é conhecer até onde este novo ambiente pode influenciar na saúde e QV do

aluno.

Beyers E Goossens (2003) estudaram a separação psicológica dos jovens em relação a

seus pais e a adaptação à Universidade. Os resultados indicaram que a independência em

relação aos pais associada a sentimentos positivos, foi boa para a adaptação do aluno. Isso nos

mostra que a autonomia do jovem facilita a sua adaptação, porém apenas quando essa

autonomia não está associada a conflitos com os pais. Ou melhor, a autonomia só parece ser

positiva para o desenvolvimento dos jovens, quando associado aos pais como uma espécie de

apoio, ou seja, pessoas com que o aluno pode contar em caso de dificuldade.

18

1.2 Indicadores de Qualidade de Vida relacionados à Saúde e à

Saúde Bucal

Castro, et al (2007) relataram a importância das diversas dimensões envolvidas na

qualidade de vida. Tal preocupação levou então à procura por indicadores que possam

mensurar a qualidade de vida relacionada à saúde.

Kishner e Guyatt (1985) classificaram os questionários de qualidade de vida em três

tipos. Os genéricos seriam aqueles a serem utilizados em comparações entre diferentes tipos

de doenças e tratamentos, vários graus de gravidade de doenças e entre grupos demográficos

diferentes. Os específicos avaliariam grupos com o mesmo diagnóstico ou populações

específicas para a detecção de variações clínicas. Os modulares agrupariam características

genéricas e específicas, mantendo um módulo central de perguntas aplicáveis a diversos

doentes e populações. Questões mais relevantes à determinada doença ou tratamento seriam

inseridas quando necessárias.

A OMS (1998) desenvolveu primeiramente um instrumento para avaliar a qualidade

de vida sob a perspectiva transcultural em âmbito internacional. O instrumento foi

denominado World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-100). Após isso, houve a

necessidade da criação de um instrumento mais curto com preenchimento mais rápido. Em

português denominado Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da OMS, abreviado,

WHOQOL-BREF contendo 26 questões. Os instrumentos são genéricos, sem direcionamento

para avaliar um problema de saúde específico.

Segundo Vieira (2010), os indicadores desenvolvidos sobre qualidade de vida

relacionada à saúde, na grande maioria, são feitos na língua inglesa e direcionados para países

que falam inglês. Porém, a necessidade dos indicadores fez com que os instrumentos fossem

traduzidos ou até mesmo adaptados de acordo com o país e a sua cultura, para que assim, seus

dados fossem o mais real possível.

19

Segundo Castro, et al (2007) após os primeiros instrumentos de avaliação começaram

a desenvolver instrumentos mais específicos, como é o caso de problemas que acometem a

cavidade bucal e interferem, ou não, na qualidade de vida do indivíduo.

Allen et al. (1999) compararam instrumentos de avaliação de qualidade de vida

genéricos e específicos para avaliação de qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Os

instrumentos utilizados foram o OHIP e o SF-36 (short-form health survey com 36 questões).

Três grupos de pacientes, com total de 88 indivíduos foram formados: edentados, submetidos

a implantes dentários e pacientes dentados. Todos responderam ambos os questionários.

Analisando os resultados, os autores concluíram que o instrumento específico mostrou-se

mais preciso nas mensurações e de maior valia, que um instrumento genérico quando o

objetivo é avaliar os resultados de uma intervenção clínica.

Segundo Miotto (2011), “O OHIP 14 é o instrumento mais utilizado para avaliar o

impacto adverso provocado por condições bucais no bem estar e na qualidade de vida dos

indivíduos”.

Segundo Pinto (2000), há poucas décadas, não existiam métodos para avaliar as

implicações dos problemas bucais na vida diária dos indivíduos. Com o entendimento da

importância de tais dados, alguns indicadores foram desenvolvidos, entre eles o Oral Health

Impact Profile OHIP-49 (Perfil do Impacto da Saúde Bucal), o Geriatric Oral Health

Assessment Index GOHAI (Índice de Determinação da Saúde Bucal Geriátrica) e o Oral

Impacts on Daily Performances OIDP (Índice de Impactos Odontológicos no Desempenho

Diário).

Slade (1997) desenvolveu a versão simplificada do questionário Oral Health Impact

Profile (OHIP). O questionário original constitui-se de 49 itens para avaliação da qualidade

de vida relacionada à saúde bucal. O estudo foi realizado na Austrália e envolveu 1217 idosos

com mais de 60 anos de idade. Seguindo método de regressão linear, os 49 itens originais

foram reduzidos a 14. O então Oral Health Impact Profile-14 (OHIP14) foi desenvolvido.

Testes demonstraram consistência, confiabilidade e validade para a versão simplificada do

OHIP14.

Locker e Allen (2002) desenvolveram a versão curta do OHIP a partir da versão

original aplicada em canadenses adultos. Os resultados obtidos pela administração da versão

original foram analisados pelo método chamado item-impact method e então foram

20

formuladas 14 questões que comporiam o OHIP14. Os autores concluíram que o método

utilizado pode ser ideal para simplificações de questionários de qualidade de vida, relacionada

à saúde bucal, quando o objetivo é descrever a saúde bucal de populações ou para detectar as

alterações de sua qualidade de vida. Relataram, também, que a versão simplificada

demonstrou-se fiel ao instrumento original. Porém, a redução que continuou sendo utilizada

foi a realizada por Slade em 1997.

Vieira (2010) descreveu as inúmeras traduções e adaptações culturais feitas do OHIP

pelo mundo em diversos países. Almeida, et al. (2004), fizeram a tradução para o português, e

a adaptação à cultura brasileira do questionário OHIP14, porém não validaram o questionário.

A tradução e a versão foram feitas por dois tradutores. A adaptação foi realizada com

entrevistas de 18 pacientes usuários de um centro de saúde para pacientes de baixa renda e

escolaridade. Os autores publicaram a tradução e adaptação no mesmo ano. Mas um ano após,

De Oliveira & Nadanovsky (2005), traduziram, adaptaram e então validaram para uso no

Brasil do OHIP14. Foi usada a normatização proposta por Guillemin, et al. (1993). Foram

avaliadas 504 mulheres em uma maternidade no Rio de Janeiro, Brasil. Os autores chegaram a

altos valores de homogeneidade, confiabilidade e validade (r=0,76; ICC=0,87; α=0,91). Estes

valores indicam que o instrumento tem grande confiabilidade, tornando um ótimo instrumento

de avaliação. Sendo hoje é esta a tradução utilizada.

Svedström-Oristo et al. (2000) enviaram questionários para 93 centros de tratamentos

ortodônticos na Finlândia. Eles foram indagados sobre suas opiniões e de seus pacientes a

respeito da importância da morfologia, da função, da estabilidade e da estética dental, como

elementos para uma boa oclusão e resultados de um bom tratamento. Os resultados mostraram

que, para os profissionais o aspecto mais importante era o restabelecimento de boa função,

seguido de estabilidade e morfologia e por fim a estética. Porém, na visão dos pacientes, o

mais importante era a harmonização estética de seus dentes.

Tesch, et al. (2007) relataram que a qualidade de vida relacionada à saúde bucal em

crianças permaneceu por mais tempo desconhecida, e foi desenvolvida mais recentemente,

sendo os instrumentos, o Child Perceptions Questionnaire CPQ (Questionário de Percepção

de Crianças) e o Child - Oral Impacts on Daily Performances CHILD-OIDP (Índice de

Impactos Odontológicos no Desempenho das Atividades Diárias da Criança).

21

Cerchiari (2004) investigou a saúde mental e a qualidade de vida de estudantes

universitários, assim como, suas características sócio demográficas, e o processo ensino-

aprendizagem que poderiam estar relacionadas com o bem estar e a qualidade de vida desses

estudantes. Foram avaliados em uma corte transversal, ou seja, foi avaliada por um grupo uma

única vez, 558 estudantes universitários de ambos os sexos, dos cursos de Ciência da

Computação, Direito, Enfermagem e Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

(UEMS) e do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Os instrumentos utilizados foram WHOQOL-100, WHOQOL-BREF, QSG-60 e QSG-30. Os

resultados mostraram baixa qualidade de vida nos estudantes, mas as variáveis, gênero,

período, atividade remunerada, renda familiar e opção de escolha do curso, estão

correlacionadas, significativamente (p<0,05) com a qualidade de vida do estudante

universitário.

Teixeira, et al. (2007) investigaram possíveis correlatos da adaptação à universidade

em estudantes universitários. Cinco dimensões de adaptação (carreira, pessoal, interpessoal,

estudo e institucional) foram correlacionadas com as variáveis: nível de participação em

atividades extracurriculares, apoio familiar percebido em relação à escolha profissional

realizada, apoio familiar emocional percebido, nível de interação extraclasse com professores,

nível de comportamento exploratório vocacional e ano do curso. Participaram do estudo 342

estudantes de três cursos diferentes, Direito, Psicologia e Veterinária, na Universidade Federal

de Santa Maria, PR, com média de idade de 21,2 anos. A adaptação à universidade foi

avaliada através do Questionário de Vivências Acadêmicas – Revisado e as demais variáveis

através de instrumentos específicos. Entre os resultados principais, verificou-se que as

variáveis, exploração de si e nível de interação extraclasse com professores foram as que mais

se correlacionaram com todos os cinco indicadores de adaptação, enquanto a exploração do

ambiente apresentou correlações mais baixas (e não se correlacionou com a dimensão do

estudo). O apoio familiar emocional percebido apresentou uma relação fraca, mas significativa,

com a dimensão interpessoal da adaptação.

Outro conceito de grande importância psicossocial atualmente é a estética dental e

facial para o sucesso do tratamento odontológico, mas apesar do consenso sobre a

importância, existe apenas um instrumento disponível para avaliação do impacto da estética

dental no bem estar físico e mental, o Psychosocial Impact of Dental Aesthetics Questionnaire

(PIDAQ). A estética dental é difícil de ser avaliada clinicamente por se tratar de um conceito

de percepção subjetiva, variando de indivíduo para indivíduo. O PIDAQ é um questionário

22

específico para avaliação da estética dental composto por 23 itens abrangendo quatro

dimensões, autoconfiança dental, impacto social, impacto psicológico e impacto estético. O

questionário foi desenvolvido como parte de um estudo para avaliação de questionários já

existentes na literatura, como Self Confidence Scale e Orthognathic Quality of Life

Questionnaire, (VIEIRA 2010).

Klages, et al. (2004) desenvolveram um instrumento específico para avaliação de

qualidade de vida, relacionada à saúde bucal voltado para avaliação psicossocial do impacto

estético dental em jovens adultos. Foram selecionados consecutivamente 194 jovens adultos

com idades entre 18 e 30 anos. Os indivíduos foram avaliados utilizando os questionários

Aesthetic Component, Index of Orthodontic Treatment Need, Perception of Occlusion Scale e

Dental Aesthetic Index e o questionário desenvolvido. Após as análises estatísticas, os

resultados sugeriram que o instrumento proposto foi satisfatório em todos os critérios

analisados. Tal instrumento recebeu o nome de Psychosocial Impact of Dental Aesthetics

Questionnaire (PIDAQ). Ele é constituído por 23 itens que avaliam separadamente 4

dimensões da qualidade de vida relacionada à saúde bucal, autoconfiança, impacto social,

impacto psicológico e aspectos estéticos. Para avaliação dos resultados são dados escores para

cada questão em uma escala do tipo Likert, numerada de 1, representando a opção “de

maneira nenhuma”, a 5, representando a opção “muito”.

De Paula Jr et al. (2009) avaliaram o impacto psicossocial da estética dental utilizando

o OHIP14, uma versão não adaptada e não validada do Dental Aesthetic Index (DAI), uma

versão não adaptada e não validada do Body Satisfaction Scale (BSS) e finalmente uma

versão não autorizada, não adaptada e não validada do PIDAQ em 301 adolescentes de

Goiânia, Brasil. Os resultados comparados de todos os instrumentos mostraram que, apesar de

todos os vieses do estudo, a percepção da estética dental em adolescentes foi influenciada pela

condição oclusal, estado da saúde bucal e pela auto-imagem.

Miotto, et al. (2012), avaliaram a prevalência de impactos dos problemas bucais na

qualidade de vida e associaram com variáveis sócios demográfica, clínicas e utilização de

serviços por adultos e idosos de Marechal Floriano, ES, no ano de 2011. Foram avaliados

aleatoriamente 237 indivíduos. Foram utilizados roteiros para a coleta de dados incluindo

OHIP-14. Os autores concluíram que a prevalência de impacto negativo de qualidade de vida

relacionada à saúde bucal observada foi de 35% e associada à faixa etária e à necessidade

declarada de prótese. Concluíram, também, que indicadores subjetivos devem ser utilizados

23

de forma complementar aos indicadores objetivos para determinar a necessidade de

tratamento, melhorando a saúde bucal e a qualidade de vida das pessoas.

24

2 METODOLOGIA

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da USF sob o número Ref.

CEP n° 0461.0.142.000-11.

2.1 Casuística

A casuística foi formada por 91 indivíduos matriculados no Curso de Odontologia do

Campus Bragança Paulista da USF, no ano de 2012, que aceitaram participar do estudo.

Todos os entrevistados foram esclarecidos sobre a pesquisa. Antes de participarem,

receberam a carta de informação (Apêndice 01) e o termo de consentimento livre e

esclarecido (Apêndice 02), que foram devidamente lidos e explicados. A carta foi dada ao

participante, o termo foi assinado e datado pelo entrevistado e então arquivado.

Os participantes foram alocados em 4 diferentes grupos.

Grupo 01: formado por alunos do 1º semestre do Curso em 2012, com 25 alunos

participantes.

Grupo 02: formado por alunos do 3º semestre do Curso em 2012, com 26 alunos

participantes.

Grupo 03: formado por alunos do 5º semestre do Curso em 2012, com 21 alunos

participantes.

Grupo 04: formado por alunos do 7º semestre e do 9º semestre do Curso, com 19 alunos

participantes.

Para a seleção dos entrevistados foram considerados os critérios de inclusão e

exclusão relacionados a seguir:

25

Critério de inclusão:

Indivíduos adultos jovens, ou seja, entre 18 e 30 anos de idade, devidamente matriculados no

curso de Odontologia no Campus Bragança Paulista da USF, sem restrição quanto a gênero,

religião ou etnia.

Critérios de exclusão:

Indivíduos com menos de 18 ou mais de 30 anos de idade;

Indivíduos matriculados em outros cursos da USF, que não Odontologia;

Indivíduos com doenças sistêmicas (cardiopatias, nefropatias, doenças do colágeno,

doenças reumáticas, etc.) ou psiquiátricas (depressões maiores, esquizofrenias, etc.)

não controladas relatadas na hora da entrega dos questionários.

2.2 Métodos

Os instrumentos utilizados para avaliar a qualidade de vida dos alunos foram:

• O Oral Health Impact Profile-14 Brasil, OHIP-14 (Anexo 01). Este questionário

genérico de qualidade de vida relacionado à saúde bucal com 14 questões avalia como

problemas com os dentes, boca ou próteses dentárias podem interferir na vida diária.

• O Questionário de Impacto Psicossocial da Estética Dental – Brasil/UNIFESP,

PIDAQ-Brasil/UNIFESP (Anexo 02), é um questionário específico para avaliar a

influência da estética dentária na qualidade de vida dos indivíduos, composto por 23

itens, abrangendo quatro dimensões: autoconfiança dental, que avalia o quão

significante é o impacto da estética dental no estado emocional e autoconfiança

do indivíduo; impacto social, que avalia itens que possam ser potenciais problemas

nas interações sociais do indivíduo devido à percepções subjetivas da aparência

dental; impacto psicológico que analisa valores de inferioridade e infelicidade de

indivíduos quando se comparam a pessoas com melhor estética dental; e impacto

estético, o qual avalia aspectos de desaprovação da aparência dos dentes do próprio

26

indivíduo, relatados como sendo os maiores fatores de motivação para

tratamentos estéticos dentais.

Neste estudo os questionários foram entregues aos entrevistados para que fossem

levados para casa e então auto aplicados e após uma semana foram recolhidos pelos

pesquisadores. A entrega e o recolhimento dos questionários aconteceram entre os meses de

março e abril de 2012.

2.3 Análise Estatística

Os dados obtidos por meio dos questionários de qualidade de vida foram submetidos à

análise estatística. O programa utilizado foi o Vassarstats 2012.

Para análise estatística dos resultados foi utilizado teste não paramétrico. Aplicaram-

se os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis para comparar os escores obtidos no

OHIP-14 e no PIDAQ-Brasil/UNIFESP, comparando os valores obtidos entre os indivíduos

dos quatro diferentes grupos.

O teste de Mann-Whitney é utilizado para avaliar uma casuística formada por duas

amostras independentes e que possuem seus dados em ranking ordinal. O teste de Kruskal-

Wallis é utilizado quando a casuística é representada por mais de duas amostras

independentes e que possuem seus dados com valores ordinais (SIEGEL e CASTELLAN,

1988).

Foram realizadas também as médias e medianas dos valores obtidos entre os

indivíduos de cada grupo.

Fixou-se em 0,05 ou 5% o nível de rejeição da hipótese de nulidade, assinalando-se

com um asterisco (*) os valores estatisticamente significantes.

27

3 RESULTADOS

3.1 Dados Gerais

O total de alunos matriculados no Curso de Odontologia do Campus Bragança Paulista

da USF no ano de 2012 é de 257, sendo 71 homens, 27,6%, e 186 mulheres, 72,4%.

Deste total, foram avaliados 91 indivíduos, que aceitaram participar do estudo. Este

número corresponde a 35,4% do total de matriculados. O total de homens avaliados

correspondeu a 19,7% (18) dos indivíduos e de mulheres 80,2% (73).

Os entrevistados foram divididos em quatro grupos, como mostrado a Tabela 01,

abaixo:

Tabela 01 – Número de indivíduos de cada um dos 4 grupos formados com divisão entre gêneros e

porcentagens correspondentes.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Total

Homens 3 12% 5 19,2% 4 19% 6 31,6% 18 19,7%

Mulheres 22 88% 21 80,7% 17 81% 13 68,4% 73 80,2%

Total 25 100% 26 100% 21 100% 19 100% 91 100%

3.2 OHIP-14

Os dados obtidos das respostas ao questionário de qualidade de vida OHIP-14 foram

analisados pelo método estatístico proposto.

28

Gráfico 01 – Valores dos escores obtidos com o OHIP-14 para cada indivíduo de cada um dos 4

grupos.

Teste de Kruskal-Wallis

H = 16,01 P = 0.001*

Foram feitas também comparações entre os Grupos 1 e 2 agrupados, representando os

alunos que ainda não chegaram à metade do Curso, e os Grupos 3 e 4 agrupados que

representam os alunos que já passaram pela metade do tempo de Curso. Os dados estatísticos

obtidos estão representados na Tabela 02, abaixo.

Tabela 02 – Divisão dos grupos ½ e ¾ por gênero indicando o seu n, gênero e média de idade.

Grupo ½ Grupo ¾

n 51 40

Homens 8 10

Mulheres 43 30

Idade média 20 anos e 6

meses

22 anos e 5

meses

Teste de Mann-Whitney

Zcrit = 2.28 P = 0.022*

29

Tabela 03 - Valores das medianas obtidas com o OHIP-14 para cada um dos 4 grupos.

3.3 PIDAQ-Brasil/UNIFESP

Os dados obtidos das respostas ao questionário de qualidade de vida PIDAQ-

Brasil/UNIFESP foram analisados pelo método estatístico proposto para avaliação entre os

grupos.

Também foram feitas comparações entre os Grupos 1 e 2 agrupados, representando os

alunos, que ainda não chegaram à metade do Curso, e os Grupos 3 e 4 agrupados que

representam os alunos que já passaram por pela metade do tempo de Curso.

Gráfico 02– Valores dos escores totais obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP para cada indivíduo

de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Teste de Kruskal-Wallis

H = 10,49 P = 0.014*

OHIP14 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

Mediana 7 7,5 1 4,6

30

Resultado com os grupos Grupo 1/2 e Grupo 3/4.

Teste de Mann-Whitney

Zcrit = 2.33 P = 0.019*

Gráfico 03 – Valores dos escores da dimensão Autoconfiança obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP

para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Teste de Kruskal-Wallis

H = 11,72 P = 0.008*

Resultado com os grupos Grupo 1/2 e Grupo 3/4

Teste de Mann-Whitney

Zcrit = 2,7 P = 0.006*

31

Gráfico 04 – Valores dos escores da dimensão Impacto Social, obtidos com o PIDAQ-

Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Teste de Kruskal-Wallis

H = 2,67 P = 0.445

Resultado com os grupos Grupo 1/2 e Grupo 3/4

Teste de Mann-Whitney

Zcrit = 0,82 P = 0.412

32

Gráfico 05 – Valores dos escores da dimensão Impacto Psicológico obtidos com o PIDAQ-

Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Teste de Kruskal-Wallis

H = 8,14 P = 0.043*

Resultado com os grupos Grupo 1/2 e Grupo 3/4

Teste de Mann-Whitney

Zcrit = 1.46 P = 0.144

33

Gráfico 06 – Valores dos escores da dimensão Aspectos Estéticos obtidos com o PIDAQ-

Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Teste de Kruskal-Wallis

H = 13.03 P = 0.004*

Resultado com os grupos Grupo 1/2 e Grupo 3/4

Teste de Mann-Whitney

Zcrit = 2.19 P = 0.028*

Tabela 04 - Valores das medianas obtidas com o PIDAQ para o total e para cada uma das dimensões

para cada um dos 4 grupos.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

PIDAQ Total 14 21,5 13 13

Autoconfiança 10 12 7 7

Impacto Social 2 2,5 2 3

Impacto Psicológico 2 5 2 3

Aspectos Estéticos 0 2,5 0 0

34

6 DISCUSSÃO

Em busca de um conhecimento mais amplo e específico sobre a qualidade de vida

relacionada à saúde bucal dos alunos do curso de odontologia da USF, idealizou-se este

trabalho, com o intuito de conhecer, o quanto, pessoas não leigas se sentem incomodadas e

tem sua qualidade de vida alterada em razão de problemas bucais. Este tema, ainda pouco

discutido, é de grande interesse dos pesquisadores nos dias atuais. Em uma pesquisa realizada

por Kluthcovsky e Takayanagui (2007) os mesmos citaram que apesar de ser complexo, trata-

se de um tema atual, interdisciplinar e muito relevante, principalmente quando relacionado à

promoção da saúde.

Dinakel (2003), relatou que a odontologia, tradicionalmente, priorizava a utilização de

recursos clínicos para diagnosticar as condições de saúde bucal e que esses recursos eram

limitados por não informarem o impacto que a condição bucal gera na qualidade de vida dos

indivíduos. Coelho et al (2002) foram mais específico ao relatar que os problemas associados

à saúde bucal têm sido cada vez mais reconhecidos como importantes causadores de impacto

negativo no desempenho diário e na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade.

A casuística foi escolhida com o intuito de avaliar a saúde e qualidade de vida dos

futuros profissionais, que hoje ainda são estudantes, mas que dentro de alguns meses ou

poucos anos serão cirurgiões dentistas formados, tendo que avaliar a saúde bucal, geral e

estética de seus pacientes. Porém, muitas vezes estes não avaliam suas próprias condições de

saúde e não estão satisfeitos com sua estética. Coelho et al (2002) relatou que a maioria das

pessoas não procuram atendimento odontológico por não perceber a necessidade, ou até

mesmo por não conhecer as alterações. Quando elas percebem sua condição bucal, o fazem

com certa precisão, entretanto usando critérios diferentes dos empregados pelo profissional.

Enquanto o cirurgião dentista avalia a condição com base na ausência ou na presença de

doença, o paciente dá mais importância aos sintomas e aos problemas funcionais e sociais que

são ocasionados pela presença da doença. Com base nestas informações, como relacioná-las

com o fato de que futuros cirurgiões dentistas apresentam sua qualidade de vida prejudicada

por problemas odontológicos.

35

Poucos estudos relacionados à qualidade de vida do universitário são encontrados na

literatura, porém em 2003, foi realizado um estudo por Beyers e Goossens (2003), no qual o

foco era separação psicológica dos jovens em relação a seus pais e a adaptação à

universidade, os resultados indicaram que a independência em relação aos pais associada a

sentimentos positivos foi boa para a adaptação do aluno. Ajudando tanto positivamente na sua

adaptação, quanto no desempenho estudantil e, consequentemente uma melhor qualidade de

vida acadêmica. Mas, esta ajuda não os excluiu de ter uma piora inicial na qualidade de vida.

Outro estudo realizado por Teixeira, et al. (2007), o objetivo fora investigar a

adaptação dos ingressantes na universidade, no que as mudanças poderiam ou não interferir

na sua qualidade de vida e saúde geral, ele avaliou cinco dimensões através de questionários.

O estudo teve o intuito de realizar melhorias e direcionamentos para os estudantes, o que

ajudou na adaptação e direcionamento dos professores e da instituição para com os

ingressantes, pois a pesquisa demostrou uma piora na qualidade de vida destes. Ao todo

participaram do estudo 342 estudantes de três cursos distintos, com média de 21,2 anos, o que

é bem próximo da média de idade do presente estudo realizado.

Observando os estudos citados, surgiu o interesse em direcionar e avaliar a saúde

bucal dos alunos do curso de odontologia, ato que os alunos são direcionados a fazer nas

outras pessoas desde o primeiro semestre, porém muitas vezes não se perguntam como está a

própria saúde bucal. Trata-se de um grupo com diferentes níveis de conhecimento em relação

à saúde bucal, levando em consideração que alunos do primeiro semestre têm uma bagagem

de conhecimento específico, inúmeras vezes inferior aos alunos dos últimos semestres. Até

que ponto o conhecimento influencia no cuidado e na preocupação com a própria saúde bucal.

Como já citado, foram selecionados dois questionários para a presente pesquisa, o

Oral Health Impact Profile-14 (OHIP-14), e o Psychosocial Impact of Dental Aesthetics

Questionnaire (PIDAQ).

Os alunos foram separados pelos semestres, conforme já descrito, em 4 grupos

distintos. Durante a separação dos grupos, foi notado que as salas do 7º e do 9º semestres

eram muito menores quando comparados com os outros semestres, aproximadamente a

metade de integrantes, em razão a isto, para que as amostras ficassem mais homogêneas, a

alternativa que pareceu mais cabível, foi a junção das duas turmas, que mesmo assim ficou

com um número menor de alunos participantes, mas se aproximou mais dos outros grupos,

36

evitando uma discrepância maior, lembrando que as turmas que foram agrupadas são dos

últimos semestre, apresentando uma realidade e bagagem acadêmica bem semelhantes.

Os critérios de inclusão e exclusão foram determinados de acordo com a realidade da

presente pesquisa, levando em consideração que a maior população universitária se dá por

adultos jovens, obtivemos por informações vindas de definições da que estes se restringiam a

adultos entre 18 e 30 anos (KLAGES et al., 2006), levando em consideração que pessoas que

entram na universidade com menos de 18 anos, trata-se de alunos precoces, que são minoria, e

que após os 30 anos, muitas vezes, o adulto já está em sua segunda graduação, ou até mesmo

já trabalha na área, apresentando uma perspectiva de vida diferenciada. Para a aplicação do

OHIP, não existiam limitações, porém o PIDAQ exigia que os indivíduos fossem compostos

por adultos jovens, por isso o presente estudo avaliou apenas alunos de 18 a 30 anos. Os

alunos de outros cursos foram excluídos, pois o intuito da pesquisa é determinar a qualidade

de vida apenas dos alunos de odontologia, e os portadores de patologias não tratadas foram

excluídos por se tratar de um estudo com participantes saudáveis, pois a patologia pode ser

um precursor na piora na qualidade de vida, sem ter relação com a universidade.

O questionário OHIP-14 avalia como problemas como os dentes ou a cavidade oral

podem causar problemas na vida diária dos indivíduos. Para a análise do OHIP14, as

respostas ordinais foram graduadas de 0 a 4, sendo 0 correspondente a nunca e o 4 sempre.

Após aplicado o questionário, todas as respostas foram somadas, sendo que o valor final

poderia variar de 0 a 56. Quanto maior o escore, maior o impacto sobre a saúde oral do

indivíduo (OLIVEIRA e NADANOVSKY, 2005).

No presente estudo, o resultado do questionário OHIP-14, quando comparados os 4

grupos foi o seguinte: o grupo 3 apresentando melhor qualidade de vida relacionada a saúde

bucal, seguido do grupo 4, após o grupo 1, sendo que o grupo 2 apresentou os maiores

escores, significando o grupo com mais problemas bucais, ou seja o grupo com pior qualidade

de vida relacionada a saúde bucal, sendo que este estudo foi estatisticamente significante.

Feu et al (2008), realizaram uma pesquisa para saber qual a percepção dos indivíduos

quanto aos seus problemas bucais, de estética e oclusão. Utilizando uma amostra com 325

adolescentes sendo que 201 procuraram tratamento ortodôntico, e 124 não. Utilizando o

OHIP-14 para avaliar a necessidade de tratamento ortodôntico, concluiu-se que os indivíduos

que procuraram tratamento ortodôntico apresentaram más oclusões mais graves, pior impacto

37

estético, e impacto mais negativo em sua qualidade de vida, quando comparados aos que

nunca procuraram tratamento ortodôntico.

O OHIP-14 foi utilizado em alguns outros artigos como uma pesquisa sobre “avaliação

do impacto na qualidade de vida causado por problemas bucais na população adulta e idosa

em município da região sudeste”. Este estudo utilizou uma amostra aleatória de 237

indivíduos. Foram utilizados roteiros para a coleta de dados incluindo o perfil do impacto de

saúde bucal (OHIP-14). Os testes qui-quadrado e exato de Fischer (p<0,05) verificaram

associações entre cada variável independente e as dimensões do OHIP. A maior percepção de

impacto foi encontrada em indivíduos com mais de 40 anos com necessidade declarada de

prótese parcial removível e de prótese total removível (MIOTTO, BARCELLOS e VELTEN,

2012).

Em Araraquara foi desenvolvido um estudo sobre “Qualidade de vida e o impacto da

saúde bucal em pacientes idosos submetidos a atendimento clínico integrado”. As dimensões

do OHIP-14 que apresentaram as maiores médias de impacto foram de dor, desconforto

psicológico e inabilidade psicológica (MONTANDON 2008).

Apesar de todos os estudos citados, nenhum direcionou a utilização do OHIP-14 em

universitários.

Já o PIDAQ é um instrumento especifico para avaliação de qualidade de vida

relacionada a saúde bucal em adultos jovens. Apresenta 23 itens, avaliando 4 dimensões da

qualidade de vida relacionada a saúde bucal: autoconfiança dental, impacto social, impacto

psicológico e aspectos estéticos, sendo que cada uma delas é avaliada separadamente. No

entanto, a soma total do instrumento também pode ser usada, tendo uma interpretação geral da

pesquisa. Para avaliação dos resultados são dados escores para cada questão em uma escala do

tipo Likert, numerada de 0 a 4, sendo que os valores totais ficam entre 0 e 92. O menor score

indica a melhor qualidade de vida, tanto para as dimensões quanto para o instrumento todo

(KLAGES et al., 2006).

O Impacto social foi avaliado pelas questões 2, 5, 9, 13, 14, 15, 19 e 22, com o menor

escore de 0 e o maior escore de 32. Esta dimensão avalia potenciais problemas nas interações

sociais do individuo em virtude de as percepções subjetivas da aparência dental (VIEIRA,

2010). Os valores da escala do tipo Likert são dados de 0 a 4.

38

Segundo Vieira (2010) o impacto psicológico corresponde às questões 3, 6, 10, 11, 16

e 20, com menor score 0 e o maior 24. Analisa valores de inferioridade e infelicidade de

indivíduos, quando se comparam a pessoas com melhor estética dental. Novamente, os

valores dos gabaritos da escala do tipo Likert são dados de 0 a 4.

Os aspectos estéticos foram avaliados através das questões 1, 8 e 18, sendo que a

pontuação poderia ser de 0 a 12. Esta dimensão avaliou os aspectos de desaprovação da

aparência dos dentes do próprio indivíduo com os valores dos gabaritos da escala do tipo

Likert de 0 a 4. Estes aspectos são os que mais motivam os pacientes a se submeterem a

tratamentos estéticos (VIEIRA, 2010).

A autoconfiança dental corresponde às questões 4, 7, 12, 17, 21 e 23. O menor e o

maior escores são 0 e 24. Este item avalia a significância do impacto da estética dental no

estado emocional e na autoconfiança do individuo. Esta é a única dimensão em que os

gabaritos dos escores devem ser invertidos, ou seja, numerados de 4 a 0 (VIEIRA, 2010).

O PIDAQ ainda foi pouco utilizado em razão do seu tempo de existência. Podemos

citar um estudo feito em Israel com pacientes adultos com relação ao tratamento ortodôntico

com o psicossocial da estética dental. Foram 69 pacientes dentre eles 61 mulheres e 8 homens

com a faixa etária entre 21 e 59 anos. A entrevista geral incluía a motivação do paciente e as

expectativas do tratamento. A duração do tratamento foi de 6 a 14 meses com objetivo de

alinhamento dental e fechamento de diastemas, após a remoção dos aparelhos foi preenchido

o PIDAQ para avaliar o impacto da melhoria estética antes e depois do tratamento. A melhora

significativa estatisticamente foi (P <0,001), encontrada para todos os quatro fatores:

autoconfiança dental, o impacto social, o impacto psicológico e a preocupação estética. O

grau de significância não era relacionado com a idade, estado civil, escolaridade, ou gênero

(GAZIT-RAPPAPORT, et al., 2010).

Os dois questionários citados, apresentam o mesmo foco de pesquisa, porém com

visões diferenciadas, o que é muito bom, pois um completa a interpretação do outro, um vai

determinar o quanto os problemas bucais dos entrevistados os incomoda, enquanto o segundo

irá avaliar qual o impacto que este incômodo causa na sua vida. Muitas pessoas apresentam

sérios problemas periodontais e protéticos que causam grande interferência na estética do seu

sorriso, mas que não se incomodam com o fato, já outras pessoas se incomodam com

pequenas hiperplasias de esmalte, que interferem no seu sorriso, causando muitas vezes

39

constrangimento a pessoa, e até mesmo problemas de relacionamento interpessoal, por não se

sentirem seguras em relação aos seus dentes, sua autoconfiança e autoestima ficam

prejudicadas.

Os questionários utilizados apresentam grande exatidão quando aplicados em grupos

com mais de cinco componentes. No presente estudo, observamos uma média de 35,4% da

população total, entretanto devemos observar que desses 100%, ou seja, dos 257 alunos,

foram excluídos todos os menores de 18 anos, maiores de 30 anos e alunos com patologias

não tratadas. Retirando estes alunos, foram convidados a participar da pesquisa e entregue

questionários a todos os alunos do curso, porém alguns alunos rejeitaram a participação.

Então, pode-se considerar que 35,4% de participantes é uma grande porcentagem, podendo

extrapolar os resultados a todos.

Foi realizado agrupamento entre os grupos 1 e 2, 3 e 4, representando os alunos que

ainda não chegaram à metade do Curso e os que já passaram da metade do curso. Este

agrupamento tem grande valia, quando observado que até metade do curso os alunos têm uma

grade horária mais voltada a aulas teóricas, conhecimentos gerais, sem contato com pacientes,

com poucas matérias especificas da odontologia. Sendo que a partir da metade do curso este

contato passa a ser mais intenso e os conhecimentos precisam ser amadurecidos para que se

possa ter um atendimento e aprendizado efetivos. As avaliações mudam seus aspectos, e o

aluno passa a ser avaliado como um todo.

Na avaliação do PIDAQ geral, observamos que os grupos 1, 3 e 4 apresentaram notas

bem melhores que o grupo 2. Na avaliação de autoconfiança, as notas dos grupos 3 e 4 foram

bem melhores que a dos grupos 1 e 2, sendo que a nota dos dois últimos foram bem próximas.

No Impacto social as notas foram bem próximas, podendo considerar que a diferença entre os

grupos é mínima. Nos aspectos estéticos e impacto psicológico, o grupo 2 apresentou-se

novamente com notas inferiores aos demais grupos.

Durante o transcorrer do curso, o aluno vai criando uma maturidade natural, devido à

bagagem acadêmica que adquire com o passar dos semestres, sua percepção quanto à saúde

geral e bucal mudam, e passam a ser mais direcionadas a todo o conteúdo novo, que está

sendo inserido. Neste momento, muitos questionamentos devem passar na cabeça do aluno, e

todas as patologias e novos conceitos de estética e função vêm à tona, e o aluno passa a se

questionar se ele se encaixa nos padrões bons, adequados. Talvez seja nestes momentos que

40

sua auto percepção fique mais aguçada, fazendo com que pequenos detalhes em sua saúde

bucal comecem a incomodar e diminuir sua autoconfiança.

Todos os semestres apresentaram boa qualidade de vida, porém nota-se que após

obtenção dos resultados especificando a diferença negativa na qualidade de vida relacionada à

saúde bucal do 2º grupo em relação aos demais, alguns fatores são de grande relevância. No

período em que se encontram os alunos do 3º semestre ocorrem mudanças significantes nas

disciplinas, no modo de pensar, de agir, e isso tudo está relacionado com as normas

acadêmicas que são seguidas.

No início da vida acadêmica os alunos encontram dificuldades em se adaptar, porém, a

grade curricular das disciplinas é básica, composta por Biologia, Química, Leitura e Produção

de Texto e Matemática, normalmente os alunos já se sentem preparados para tais disciplinas,

pois já tiveram contato com as mesmas em outra fase de suas vidas. Há exceções como as

matérias de Fisiologia Humana, Anatomia Humana e Anatomia Dental que são específicas e

causam certo receio aos alunos.

Após esse período, no 2º semestre os alunos já têm contato com disciplinas

relacionadas à saúde bucal, entre elas a Microbiologia, que estuda a microbiota bucal, isso

começa a promover certa preocupação nos alunos, é o momento em que eles analisam sua

própria saúde bucal. O contato com o aprendizado mais específico gera um impacto social e

psicológico. Outro fator de grande importância é o fato do primeiro contato com professores

que seguirão possivelmente até o final do curso em outras disciplinas, isso pode acarretar uma

mudança de comportamento social em razão à tentativa de busca de responsabilidade frente a

uma nova percepção de vida. Os alunos citados como os do 2º semestre são os mesmos que

responderam os questionários no início deste ano, onde já se encontram no 3º semestre.

A disciplina Oclusão da Universidade São Francisco possui algumas aulas em que os

alunos, em dupla, fazem a primeira moldagem com hidrocolóide irreversível (alginato),

expondo sua cavidade oral, esse é um momento em que ocorre o primeiro contato com a

odontologia em si, gerando certa insegurança quanto ao procedimento e higienização e

estética de cada um.

Quanto aos alunos que cursam os próximos semestres, percebe-se uma adaptação

maior com relação ao curso como um todo. Existe um aumento da autoconfiança, e uma

melhor percepção referente à sua saúde bucal e geral. Esta fase está intimamente relacionada

41

ao atendimento a pacientes, esse momento resulta na percepção de como existem

diferenciações na qualidade de saúde bucal individualmente, isso gera um bem estar

estimulando, ainda mais, a sua própria adequação qualitativa na manutenção da saúde bucal.

Gazit-Rappaport, et al. (2010) no estudo realizado para determinar o impacto social

relacionado com a estética dental nos tratamentos ortodônticos, constataram que cinquenta e

cinco pacientes (79,7 por cento) queixaram-se de erro de alinhamento dental, 39 (56,5 por

cento) dos espaços, e 38 (55,1 por cento) de uma protrusão mandibular. Trinta e dois (46,4

por cento) haviam sido encaminhados pelo seu dentista por semelhantes razões estéticas. Os

resultados não mostraram diferença entre os entrevistados casados e não casados, gênero e

idade, porém, na educação teve um impacto menor em dois dos quatro fatores pós-tratamento;

auto-confiança dental e impacto psicológico que foram significativamente maiores no grupo

do ensino médio. O resultado foi significativo em relação ao antes e depois do tratamento nos

quatro itens, sendo assim, notou-se que o tratamento ortodôntico não só resulta em melhora na

estética dental, mas também tem um impacto significativo sobre os aspectos psicossociais da

vida do paciente.

Pode-se observar, no estudo realizado, que os alunos estudantes de Odontologia da

Universidade São Francisco do campus de Bragança Paulista apresentaram ótimos escores nos

indicadores de qualidade de vida relacionado à saúde bucal, com exceções, o que indica que

possuem poucos problemas bucais, boa saúde e consequentemente uma boa qualidade de

vida. Porém, houve uma diferença significante entre os grupos, que sugere a possibilidade de

algumas matérias, ou até mesmo o ambiente universitário, levar o aluno a se preocupar mais

com sua saúde bucal. O grupo que se apresentou inferior aos outros, está iniciando as

atividades específicas, trata-se dos alunos do 3º semestre, talvez estes valores se deem pelo

impacto das matérias, por começarem a ter mais contatos com patologias, que antes eram

desconhecidas, e muitas vezes o aluno repara em aspectos bucais, que antes passavam

despercebidos, não apenas em si, mas também em amigos e familiares. Alguns alunos podem

ficar impressionados com esse novo mundo, que antes era desconhecido. E então a

insegurança e o medo de descobrir algo em si que nunca havia reparado antes. Com o passar

dos semestres, as aulas práticas, e o contato com o paciente faz com que o aluno se familiarize

com muitas coisas, que irão acompanhá-lo pelo resto do curso, e também pelo resto de sua

vida profissional. A odontologia trata da saúde bucal das pessoas, e é necessário estar bem

consigo mesmo para poder notar o que há de errado no paciente.

42

CONCLUSÃO

Diante do estudo exposto, pode-se concluir que os alunos do curso de odontologia da

Universidade São Francisco apresentaram boa qualidade de vida relacionada à saúde bucal,

sendo que o segundo grupo foi estatisticamente diferente dos demais, apresentando a pior

classificação, entretanto, esta ainda é positiva.

43

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48

ANEXOS

49

ANEXO 01

Oral Health Impact Profile-14 Brasil, OHIP14

50

Oral Health Impact Profile-14 Brasil, OHIP14

Nos últimos seis meses, por causa de problemas nos

seus dentes ou sua boca: N

unca

Raram

ente

Às v

ezes

Rep

etidam

ent

e

Sem

pre

1. Você teve problemas para falar alguma palavra?

2. Você sentiu que o sabor dos alimentos tem piorado?

3. Você sentiu dores em sua boca ou nos seus dentes?

4. Você sentiu incômodo ao comer algum alimento?

5. Você ficou preocupado (a)?

6. Você se sentiu estressado (a)?

7. Sua alimentação ficou prejudicada?

8. Você teve que parar suas refeições?

9. Você teve dificuldade para relaxar?

10. Você se sentiu envergonhado (a)?

11. Você ficou irritado (a) com outras pessoas?

12.Você teve dificuldades em realizar suas atividades

diárias?

13.Você sentiu que a vida, em geral, ficou pior?

14.Você ficou totalmente incapaz de fazer suas

atividades diárias?

51

ANEXO 02

Questionário de Impacto Psicossocial de Estética Dental –

PIDAQ-Brasil/UNIFESP

52

Questionário de Impacto Psicossocial de Estética Dental –

PIDAQ-Brasil/UNIFESP

As próximas considerações descrevem como as pessoas podem se sentir sobre a aparência de

seus dentes. Por favor, leia cada frase com cuidado e assinale sua escolha no lugar apropriado.

Responda espontaneamente, sem ficar pensando muito.

Concordo

De maneira

nenhuma

Um

pouco

Mais ou

menos

Bastante

Muito

1. Eu não gosto de ver meus dentes no espelho. 1 2 3 4 5

2. Eu seguro meu sorriso para não mostrar muito

meus dentes.

1 2 3 4 5

3. Eu tenho inveja dos dentes bonitos de outras

pessoas.

1 2 3 4 5

4. Eu tenho orgulho dos meus dentes. 1 2 3 4 5

5. Se eu não conheço bem uma pessoa eu me

preocupo sobre o que ela pode estar pensando dos

meus dentes.

1 2 3 4 5

6. Eu me sinto um pouco aflito (a) quando vejo os

dentes de outras pessoas.

1 2 3 4 5

7. Eu gosto de mostrar meus dentes quando eu

sorrio.

1 2 3 4 5

8. Eu não gosto de ver meus dentes em

fotografias.

1 2 3 4 5

9. Eu tenho medo de que as pessoas possam

caçoar dos meus dentes.

1 2 3 4 5

10. Às vezes eu fico infeliz com a aparência dos

meus dentes.

1 2 3 4 5

11. Eu acho que a maioria das pessoas que

conheço tem dentes melhores que os meus.

1 2 3 4 5

12. Eu fico feliz quando eu vejo meus dentes no

espelho.

1 2 3 4 5

13. Às vezes eu acho que as pessoas estão

olhando para os meus dentes.

1 2 3 4 5

14. Eu fico um pouco inibido (a) em encontros

sociais por causa dos meus dentes.

1 2 3 4 5

15. Às vezes me pego colocando minha mão em

frente a minha boca para esconder meus dentes.

1 2 3 4 5

16. Eu me sinto mal quando penso sobre como

meus dentes se parecem.

1 2 3 4 5

17. Meus dentes são atrativos para os outros. 1 2 3 4 5

18. Eu não gosto de ver meus dentes quando vejo

1

2

3

4

5

53

um filme em que apareço.

19. Comentários sobre meus dentes me irritam,

mesmo quando são de brincadeira.

1 2 3 4 5

20. Eu gostaria que meus dentes fossem mais

bonitos.

1 2 3 4 5

21. Eu estou satisfeito (a) com a aparência dos

meus dentes.

1 2 3 4 5

22. Eu, às vezes, me preocupo com o que as

pessoas do sexo oposto pensam sobre meus

dentes.

1 2 3 4 5

23. Eu acho que meus dentes são muito bem

posicionados.

1 2 3 4 5

54

ANEXO 03

Dados Sócio Demográficos

55

DADOS SOCIAIS E DEMOGRÁFICOS

Seus dados individuais não serão revelados e servem para controle de dados de casuística. Por

favor, responda a todas as questões.

Nome:____________________________________________________________________________

Data de Nascimento: ___/___/______ Idade: _______anos

Gênero: ( ) masculino ( ) feminino Estado Civil: ______________________

Cidade e Estado onde mora: ________________________________________________________

Escolaridade: ( ) básico ( ) médio ( ) superior ( ) pós-graduação

( ) completo ( ) incompleto

Tem Filhos? ( ) sim ( ) não Quantos?: _____________________

Se você é mulher e tem filho(s), seu parto foi: ( )normal ( )cesariano () já tive os dois

Está empregado/a? ( ) sim ( ) não Profissão: ____________________________

Qual sua renda aproximada? ( ) até R$500 ( )R$500 a R$2000

( )R$2000 a R$5000 ( ) mais de R$5000

Quantas pessoas moram em sua casa (inclua você)?_____________________________________

Qual a renda familiar aproximada?( ) até R$500 ( ) R$500 a R$2000

( ) R$2000 a R$5000 ( ) mais de R$5000

Quando foi ao médico pela última vez e qual especialidade?

____/______ (mês/ano) especialidade ________________________________________

Quando foi ao dentista pela última vez e qual especialidade?

____/______ (mês/ano) especialidade ________________________________________

Tem ou já teve alguma doença sistêmica? ( ) sim ( ) não

Se sim, qual / quais? _______________________________________________________________

Você usa algum medicamento de uso contínuo? ( ) sim ( ) não

Se sim, qual / quais? ______________________________________________________________

Você está sob tratamento médico? ( ) sim ( ) não

Se sim, qual / quais? ______________________________________________________________

Já fez algum procedimento estético nos dentes? ( ) sim ( ) não

Você se preocupa com a aparência de seus dentes? ( ) sim ( ) não

Você já teve um ou mais dentes extraídos? ( ) sim ( ) não

Você usa alguma prótese dentária? ( ) sim ( ) não

Você já usou ou usa aparelho ortodôntico? ( ) sim ( ) não

Você mudaria a aparência de seus dentes? ( ) sim ( ) não

Você já fez clareamento dental? ( ) sim ( ) não

Você faria alguma procedimento estético no seu rosto? ( ) sim ( ) não

Você mudaria a aparência do seu rosto? ( ) sim ( ) não

Você se sentiu constrangido(a) ao responder um dos questionários? ( )não ( )sim

Qual?_____________________________________________________________________________.

Você ficou com alguma dúvida? ( )não ( )sim

Qual?_____________________________________________________________________________.

56

APÊNDICES

57

APÊNDICE 01

Carta De Informação

58

CARTA DE INFORMAÇÃO

Esta pesquisa tem por objetivo avaliar a qualidade de vida relacionada a sua saúde geral e dental.

Toda a pesquisa é sigilosa, sendo, impossível seus dados pessoais serem vistos por pessoas que

não participem diretamente no estudo.

Você responderá a cinco questionários de qualidade de vida e a um de controle de dados sócio-

demográficos.

Os questionários se chamam:

Oral Health Impact Profile – 14 Brasil, para avaliar a saúde bucal;

Questionário de Impacto Psicossocial de Estética Dental Brasil/UNIFESP, para avaliar a

estética dental e facial.

O próprio participante lerá as questões e assinalará, em cada questão, a resposta que mais se

aproxime da maneira como se sente. Quem responder aos questionários não será identificado na

pesquisa, lembrando que apenas o pesquisador terá acesso aos dados individuais de cada respondente.

As respostas ao questionário não influenciarão no transcorrer do semestre letivo do participante e

também não implicam em qualquer risco.

Em qualquer etapa do estudo, o informante terá acesso aos profissionais responsáveis pela

pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal responsável é o Prof. Dr. Leonardo

Caldas Vieira.

Não haverá despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e

consultas. Também não haverá compensação financeira relacionada à participação. Se existir qualquer

despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.

O participante poderá retirar o seu consentimento a qualquer momento, deixando de participar do

estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento.

Qualquer dúvida que você tiver, procure os responsáveis pelo estudo:

Prof Dr Leonardo Caldas Vieira – cirurgião dentista

Acadêmico Gilberto Bortoletto Júnior

Acadêmica Larissa Joseli Avelino.

59

APÊNDICE 02

Termo De Consentimento Livre E Esclarecido

60

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO (1ª via)

Qualidade de vida relacionada à saúde bucal de alunos do curso de Odontologia da

Universidade São Francisco.

Eu,_________________________________________________,

RG,_________________, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido

para participar como voluntário do projeto de pesquisa supra-citado, sob a

responsabilidade do pesquisador Prof. Dr. Leonardo Caldas Vieira e dos alunos Gilberto

Bortoletto Junior e Larissa Joseli Avelino do Curso de Odontologia da Universidade São

Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1 - O objetivo da pesquisa é verificar a qualidade de vida relacionada à saúde geral e

dental dos alunos do curso de Odontologia da Universidade São Francisco.

2 - Durante o estudo, responderei uma única vez a dois questionários mundialmente

aceitos de avaliação de qualidade de vida e de saúde bucal (Oral Health Impact Profile-14

Brasil e Questionário de Impacto Psicossocial da Estética Dental – Brasil/UNIFESP),

levando aproximadamente 30 minutos. Também serão colhidos meus dados sociais e

demográficos, tomando mais aproximadamente 5 minutos. Os questionários serão todos

autoaplicados e poderei respondê-los em casa.

3 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre

a minha participação na referida pesquisa.

4 - A resposta a estes instrumentos não causam riscos conhecidos à minha saúde física

e mental, não sendo provável, também, que causem desconforto emocional.

5 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa,

o que não me causará nenhum prejuízo.

6 - Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais

obtidos na pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho,

expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada.

7 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São

Francisco para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone:

(11)24548981.

8 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Prof. Dr. Leonardo

Caldas Vieira, sempre que julgar necessário pelo telefone (35)34229500 ou (35)91280000;

9- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em

meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Bragança Paulista,____ de _________________ de 2012.

_____________________________________________________________________

Assinatura do participante.

61

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO (2ª via)

Qualidade de vida relacionada à saúde bucal de alunos do curso de Odontologia da

Universidade São Francisco.

Eu,_________________________________________________,

RG,_________________, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido

para participar como voluntário do projeto de pesquisa supra-citado, sob a

responsabilidade do pesquisador Prof. Dr. Leonardo Caldas Vieira e dos alunos Gilberto

Bortoletto Junior e Larissa Joseli Avelino do Curso de Odontologia da Universidade São

Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1 - O objetivo da pesquisa é verificar a qualidade de vida relacionada à saúde geral e

dental dos alunos do curso de Odontologia da Universidade São Francisco.

2 - Durante o estudo, responderei uma única vez a dois questionários mundialmente

aceitos de avaliação de qualidade de vida e de saúde bucal (Oral Health Impact Profile-14

Brasil e Questionário de Impacto Psicossocial da Estética Dental – Brasil/UNIFESP),

levando aproximadamente 30 minutos. Também serão colhidos meus dados sociais e

demográficos, tomando mais aproximadamente 5 minutos. Os questionários serão todos

autoaplicados e poderei respondê-los em casa.

3 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre

a minha participação na referida pesquisa.

4 - A resposta a estes instrumentos não causam riscos conhecidos à minha saúde física

e mental, não sendo provável, também, que causem desconforto emocional.

5 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa,

o que não me causará nenhum prejuízo.

6 - Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais

obtidos na pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho,

expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada.

7 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São

Francisco para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone:

(11)24548981.

8 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Prof. Dr. Leonardo

Caldas Vieira, sempre que julgar necessário pelo telefone (35)34229500 ou (35)91280000;

9- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em

meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Bragança Paulista,____ de _________________ de 2012.

_____________________________________________________________________

Assinatura do participante.

62

APÊNDICE 03

Valores dos escores obtidos com o OHIP-14 para cada indivíduo de

cada um dos 4 grupos.

63

Valores dos escores obtidos com o OHIP-14 para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

1 8 6 1 6

2 0 0 1 3

3 12 1 0 11

4 12 2 0 22

5 16 1 0 11

6 7 8 3 4

7 24 13 0 10

8 10 11 2 9

9 4 16 6 6

10 2 15 2 22

11 0 5 7 17

12 5 3 0 2

13 8 20 4 17

14 10 7 0 1

15 7 40 1 4

16 9 0 6 6

17 7 2 1 4

18 2 17 8 0

19 0 13 6 2

20 9 0 1 -

21 0 27 0 -

22 3 2 - -

23 6 7 - -

24 9 14 - -

25 1 13 - -

26 - 17 - -

Média 6,84 10 2,33 8,26

Mediana 7 7,5 1 4,6

64

APÊNDICE 04

Valores dos escores totais obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP

para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

65

Valores dos escores totais obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de

cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

1 14 21 6 3

2 5 33 12 11

3 47 36 7 20

4 28 21 6 16

5 4 26 16 34

6 12 31 5 13

7 21 23 16 12

8 27 13 7 19

9 7 33 13 8

10 17 22 11 20

11 30 19 18 11

12 5 14 3 13

13 29 14 37 14

14 2 9 35 13

15 26 40 14 33

16 19 14 14 4

17 13 28 10 20

18 9 19 24 10

19 4 12 21 6

20 24 2 9 -

21 30 67 17 -

22 19 9 - -

23 10 33 - -

24 14 54 - -

25 4 36 - -

26 - 14 - -

Média 16,8 24,73 14,33 14,73

Mediana 14 21,5 13 13

66

APÊNDICE 05

Valores dos escores da dimensão Autoconfiança obtidos com o

PIDAQ-Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4

grupos, suas médias e medianas.

67

Valores dos escores da dimensão Autoconfiança obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP para

cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

1 10 17 2 3

2 3 12 12 4

3 21 19 6 6

4 12 10 6 12

5 0 13 8 15

6 5 22 5 8

7 12 19 13 0

8 17 5 2 7

9 5 14 10 4

10 6 12 7 9

11 20 12 7 6

12 3 8 0 7

13 10 11 19 10

14 1 6 2 10

15 12 13 10 18

16 17 14 7 1

17 3 11 8 10

18 9 9 22 10

19 2 10 15 5

20 17 2 3 -

21 12 23 5 -

22 11 8 - -

23 10 16 - -

24 13 22 - -

25 0 12 - -

26 - 8 - -

Média 9,24 12,61 8,04 7,63

Mediana 10 12 7 7

68

APÊNDICE 06

Valores dos escores da dimensão Impacto Social, obtidos com o

PIDAQ-Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4

grupos, suas médias e medianas.

69

Valores dos escores da dimensão Impacto Social, obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP

para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

1 2 2 2 0

2 2 6 0 2

3 12 2 0 10

4 8 2 0 4

5 0 4 3 9

6 5 0 0 2

7 2 0 0 4

8 5 6 2 0

9 0 12 1 3

10 6 6 0 5

11 4 1 1 3

12 1 0 2 3

13 11 3 6 2

14 0 0 33 3

15 6 12 2 7

16 1 0 2 3

17 5 6 1 4

18 0 3 1 0

19 2 1 3 0

20 1 0 4 -

21 8 20 5 -

22 1 0 - -

23 0 7 - -

24 1 14 - -

25 4 9 - -

26 - 1 - -

Média 3,48 4,5 3,23 3,36

Mediana 2 2,5 2 3

70

APÊNDICE 07

Valores dos escores da dimensão Impacto Psicológico obtidos com o

PIDAQ-Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4

grupos, suas médias e medianas.

71

Valores dos escores da dimensão Impacto Psicológico obtidos com o PIDAQ-

Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

1 2 1 2 0

2 0 8 0 2

3 11 11 1 10

4 5 3 0 4

5 4 4 5 9

6 2 6 0 2

7 7 3 3 4

8 2 2 2 0

9 2 7 2 3

10 5 4 4 5

11 3 6 5 3

12 1 6 1 3

13 6 0 8 2

14 1 3 0 3

15 5 10 2 7

16 1 0 4 3

17 5 8 1 4

18 0 7 1 0

19 0 1 1 0

20 1 0 2 -

21 3 20 4 -

22 7 1 - -

23 0 10 - -

24 0 15 - -

25 0 10 - -

26 - 2 - -

Média 2,92 5,69 2,28 3,36

Mediana 2 5 2 3

72

APÊNDICE 08

Valores dos escores da dimensão Aspectos Estéticos obtidos com o

PIDAQ-Brasil/UNIFESP para cada indivíduo de cada um dos 4

grupos, suas médias e medianas.

73

Valores dos escores da dimensão Aspectos Estéticos obtidos com o PIDAQ-Brasil/UNIFESP

para cada indivíduo de cada um dos 4 grupos, suas médias e medianas.

Indivíduos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

1 0 2 0 0

2 0 6 0 4

3 3 2 0 2

4 3 2 0 0

5 0 4 0 2

6 0 0 0 0

7 0 0 0 0

8 3 6 1 3

9 0 12 0 0

10 0 6 0 2

11 3 1 5 0

12 0 0 0 3

13 2 3 4 0

14 0 0 0 0

15 3 12 0 3

16 0 0 1 0

17 0 6 0 0

18 0 3 0 0

19 0 1 2 0

20 5 0 0 -

21 7 20 3 -

22 0 0 - -

23 0 7 - -

24 0 14 - -

25 0 9 - -

26 - 1 - -

Média 1,16 4,5 0,76 1

Mediana 0 2,5 0 0