Quem ama não adoece- Análise do Livro

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João Guilherme de Albuquerque Santos Direito ISEPE 4º Semestre Antropologia Jurídica Suelena Moro Resenha Bibliográfica Título: Quem Ama não Adoece. Autor: Dr. Marco Aurélio Dias da Silva. Editora: Best Seller. 23ª Edição. Quem ama não adoece Sinopse Por que ficamos doentes? Por que falha o nosso coração? Quantas dores físicas estão relacionadas com as dores da alma e do coração? O Dr. Marco Aurélio Dias da Silva, cardiologista com vinte anos de prática profissional, responde a essas perguntas mostrando os diversos caminhos pelos quais os males do espírito se reflectem em doenças do corpo. Apoiado em vasta documentação, o autor relaciona os diferentes grupos de distúrbios orgânicos com os estados de sofrimento interior do indivíduo e discute o alcance da medicina psicossomática. Mais do que dados científicos, porém, este livro traz uma bela e generosa visão da medicina. Uma visão que privilegia o doente, e não a doença, e que reafirma a importância do afecto, da compreensão e da ternura na conquista da saúde, porque só por meio da construção de homens melhores será possível construir um mundo melhor para todos. Análise É um clássico que surpreende do início ao fim, onde provoca e esclarece tudo sobre a vida no ser humano mostra a importância do amor em todos os seus aspectos, e a benfeitoria que ele faz na vida das pessoas emocionalmente e equilibradas. Aborda o tema da doença física, e que muitas vezes as causas não são fatores físicos e sim psíquicos. Como, por exemplo, o bem-estar e a capacidade de abrir-se ao amor. Este livro ao mesmo tempo em que trabalha várias doenças físicas e aborda questões como envelhecimento, as relações do trabalho da família e o grande medo da morte, e que muitas pessoas têm. E por fim relata a felicidade como sendo algo que só se consegue estando feliz com si mesmo, estabelecendo boas relações com os que os rodeiam, e, por conseguinte a saúde. Resenha Nas palavras de introdução, o autor indica a linha de estudo que seguirá, por abordar de maneira didática, sem perder o perfil clínico, as razões pelas quais, segundo seu estudo, o corpo humano adoece quando passa por algum sofrimento de ordem emocional. Me agrada a ligação proposta entre a psique e a soma. Entendemos que quando o indivíduo, por alguma dificuldade em sua parte emocional, não consegue amar, não provoca a reação do agente receptor, que seria de agradecer com amor. Essa falta de motivação mútua impede que as relações afetivas

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Crítica do livro "Quem ama não adoece." de Marco Aurélio Dias da Silva. ISEPE Guaratuba. João Guilherme de Albuquerque Santos.

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João Guilherme de Albuquerque Santos

Direito – ISEPE

4º Semestre

Antropologia Jurídica – Suelena Moro

Resenha Bibliográfica

– Título: Quem Ama não Adoece. Autor: Dr. Marco Aurélio Dias da Silva. Editora: Best Seller. 23ª Edição.

Quem ama não adoece

Sinopse

Por que ficamos doentes? Por que falha o nosso coração? Quantas dores físicas estão relacionadas com as

dores da alma e do coração? O Dr. Marco Aurélio Dias da Silva, cardiologista com vinte anos de prática profissional,

responde a essas perguntas mostrando os diversos caminhos pelos quais os males do espírito se reflectem em

doenças do corpo. Apoiado em vasta documentação, o autor relaciona os diferentes grupos de distúrbios orgânicos

com os estados de sofrimento interior do indivíduo e discute o alcance da medicina psicossomática. Mais do que

dados científicos, porém, este livro traz uma bela e generosa visão da medicina. Uma visão que privilegia o doente, e

não a doença, e que reafirma a importância do afecto, da compreensão e da ternura na conquista da saúde, porque

só por meio da construção de homens melhores será possível construir um mundo melhor para todos.

Análise

É um clássico que surpreende do início ao fim, onde provoca e esclarece tudo sobre a vida no ser humano

mostra a importância do amor em todos os seus aspectos, e a benfeitoria que ele faz na vida das pessoas

emocionalmente e equilibradas.

Aborda o tema da doença física, e que muitas vezes as causas não são fatores físicos e sim psíquicos. Como, por

exemplo, o bem-estar e a capacidade de abrir-se ao amor.

Este livro ao mesmo tempo em que trabalha várias doenças físicas e aborda questões como envelhecimento, as

relações do trabalho da família e o grande medo da morte, e que muitas pessoas têm.

E por fim relata a felicidade como sendo algo que só se consegue estando feliz com si mesmo, estabelecendo boas

relações com os que os rodeiam, e, por conseguinte a saúde.

Resenha

Nas palavras de introdução, o autor indica a linha de estudo que seguirá, por abordar de maneira didática,

sem perder o perfil clínico, as razões pelas quais, segundo seu estudo, o corpo humano adoece quando passa por

algum sofrimento de ordem emocional. Me agrada a ligação proposta entre a psique e a soma. Entendemos que

quando o indivíduo, por alguma dificuldade em sua parte emocional, não consegue amar, não provoca a reação do

agente receptor, que seria de agradecer com amor. Essa falta de motivação mútua impede que as relações afetivas

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surjam. O autor trata como “Incapacidade de amar”, e que de fato é. Que não consegue amar, consequentemente

não é amada por estes que por ela não são amados. Isso pesa na necessidade estarrecedora que têm do amor. Ao ler

o livro, fiquei em uma posição de dúvida em relação à quantidade de ênfase que é dada nesse aspecto. Há uma linha

muito sútil separando a ênfase para repetição da repetição enfadonha. Aparentemente, o objetivo é justamente a

retenção por parte do leitor.

O capítulo três aborda, dentre outros, o medo de amar, que é quase que inerente ao homem. Explica como

vencer esse medo, e os efeitos que a não quebra dessa barreira geram em nosso organismo.

O último capítulo da primeira parte do livro é um dos pontos altos da obra. O título Por que afinal

adoecemos?, transformou-se em referência no que diz respeito à causas de doenças emocionais. O que é doença, a

necessidade de adoecer, a doença de cada um, a influência do meio ambiente, do meio sócio-cultural e o papel do

dinheiro são subtópicos deste capítulo revelador. Umas das grandes revelações do capítulo é que, salvo quando

nascemos com doenças, somos predispostos a desenvolvê-las, e isso só acontece quando somos influenciados por

situações retro-descritas. Fantástico entendermos que todos nascemos com pontos fracos em nosso organismo, que

são os pontos mais vulneráveis para adoecer. Conclusivamente, explica que aliada à necessidade de adoecer, esteve

sempre a falta de amor a si mesmo, a incapacidade de exteriorizar emoções, a necessidade desesperada e vital de

reconhecimento e da atenção do mundo exterior.

A segunda parte é mais objetiva, e aborda as doenças emocionais, muito bem conhecidas pela maioria. São

as chamadas doenças “PSICOSSOMÁTICAS”.

Ansiedades, angústias, fobias e síndrome do pânico são estudadas, trazendo os agentes causadores para o

entendimento do leitor.

O capítulo IX é o ápice da relação psique x soma: depressão.

Nos surpreende ao longo da leitura descobrirmos que fatores “isolados” na realidade são sintomas da

depressão. A lentidão psíquica, que é expressa pela dificuldade de concetração e assimilação de conhecimento, são

sintomas depressivos. A maneira que o livro aborda estes sintomas, sobretudo usando quadros analíticos a cada

dúzia de páginas em média, nos traz a visão do autor sobre distúrbios “evitáveis”.

Em suma, o autor fez um paralelo entre pessoas com o mesmo perfil psicótico. Ele descobre que cada

neurose desencadei um órgão, afeta um órgão do corpo. Usando suas habilidades de cardiologista, identificou que o

coração é o mais atingido, e os efeitos diretos prejudicam os rins e o fígado, que de acordo com a ciência médica,

fazem parte de um grupo tríplice que funciona engrenado, para a manutenção das funções vitais à vida. Quando eles

não funcionam, acabam por reter toxinas que agem como venenos para o corpo, e o corpo começa a entrar em

auto-destruição. Ele diagnosticou várias doenças que têm como seus efeitos causadores doenças emocionais, que

afetam os órgãos. Somente descobriu isso por ouvir aos seus pacientes, valorizando o diálogo além do

essencialmente clínico. Passou a observar que na fala das pessoas, acabam indicando a origem de suas

malefecências. O que ele desenvolve é o que estamos habituados no âmbito jurídico: não se concentrar nos efeitos,

mas buscar os agentes causadores.

As pessoas são sensíveis ao meio que estão inseridas. Quando estão impedidas de modificar situações,

podem sofrer ao ponto de adoecer e morrer. Mostrando que o ser humano adoece e morre por conta do sistema.

Leitura recomendada às pessoas que estão interessadas em cuidar de sua saúde, em todas as suas

vertentes. Li e aprovei.

27 de Abril de 2010.

João Guilherme de Albuquerque Santos

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