Quem é Você?

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Artigo sobre fundamentos filosóficos

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    Quem voc?O senso de identidade em uma perspectiva crist .SLR;IWPI]8E]PSV:-I.SLR;IWPI]8E]PSV: Enquanto sua identidade tiver algo a

    ver com o que voc possui ou estiver baseada em bens materiais, voc vai se decepcionar sucessivamente. H algo maior.

    Quem voc? As respostas a essa pergunta costumam ser interessantes. Sou filho de Frank Sandoval. Sou qumico. Sou de Gana. Sou dono desta Ferrari. Sou algum que apro-veita a vida. As respostas so revelado-ras. Demostram a identidade pessoal a partir daquilo que as pessoas valorizam.

    Em relao a sua identidade no diferente. Muito dela definida pelo modo como voc responde a trs ques-tes bsicas: (1) O que tenho? (2) O que fao? (3) A quem estou conectado? As respostas a essas trs indagaes do forma a sua identidade.

    O que voc temPara muitas pessoas, a identidade

    recai sobre os bens e as posses mate-riais. Elas acreditam que quanto mais tm mais bem-vistas so. Elas se entu-siasmam com a glria de ter o mximo de algo ou o melhor de alguma coisa. Assim, buscam obter mais dinheiro, adquirir os ltimos lanamentos e ter o status elevado.

    Essa viso cria um sistema de valores fundamentado na exclusividade. O preo de um item raro muito maior. Ento, olhamos para algo que a maio-ria das pessoas no tem. Talvez um modelo de carro ou estilo de roupa. Ansiamos por ser nicos. Quando nos apossamos da singularidade, come-amos a nos ver de uma maneira nova. Afinal, dessa maneira que as pessoas

    vo se lembrar de ns. Torna-se nossa identidade.

    O que acontece, porm, quando essas distines desaparecem quando voc perde a riqueza, suas bugigangas se quebram ou todos inesperadamente parecem ter o que voc pensou que era s seu? De repente, voc se sente desvalorizado. A base de sua identidade entrou em colapso. Enquanto a iden-tidade tiver algo a ver com o que voc possui, estiver baseada em bens mate-riais, voc vai se decepcionar sucessiva-mente. H algo maior.

    O intangvel. A identidade alicerada no que voc tem deve enfocar o que intangvel. As manifestaes interiores de paz, alegria, coragem, f e amor so o que realmente contam (Glatas 5:22, 23). Elas fornecem a base para um sentido de identidade estvel e positivo algo que no pode ser tirado de voc (Lucas 10:42, Joo 16:22).

    Naturalmente, nem tudo o que intangvel constri uma identidade positiva. A amargura, o egosmo e o pensamento negativo podem ferir a identidade de maneira inimaginvel. Manifestaes negativas facilmente se infiltram na mente e podem se tornar um modo de vida, colocando em risco relacionamentos, sade e o prprio autoconceito.

    Por outro lado, voc pode se concen-trar na construo de atributos positivos. Contudo, eles simplesmente no surgem

    espontaneamente. Voc deve decidir intencionalmente fortalecer essas carac-tersticas interiores. nesse ponto que o poder de escolha entra em jogo a fora de vontade concedida por Deus e guiada pelo Esprito Santo, mas colocada em ao por uma deciso pessoal.1 A escolha sua. Voc pode escolher viver a exis-tncia com alegria, paz e amor inde-pendentemente de ter ou no ter bens materiais, dinheiro ou fama.

    A ordem superior das coisas. Quando voc entende que as coisas imateriais so as mais valiosas, os bens deixam de ser to essenciais. O principal objetivo na vida no mais ganhar dinheiro, mas desenvolver o carter. Isso no significa, no entanto, que devemos sim-plesmente desistir de empregos e casas, e viver na rua. Quando voc compre-ende a ordem superior das coisas, per-cebe que Deus o Doador das posses materiais. Ele o convida a busc-Lo para suprir suas necessidades fsicas. Se vocs, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocs, que est nos Cus, dar coisas boas aos que Lhe pedirem (Mateus 7:11)!2 simplesmente uma questo de prioridade. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justia, e todas essas coisas lhes sero acrescentadas (Mateus 6:33). Jesus est dizendo: No se preocupe com essas coisas fsicas. Elas no for-mam uma identidade duradoura. Eu

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    serei seu Pai, voc vai ser Meu filho, e Eu vou cuidar de voc.

    Ellen White escreveu: As exibies mundanas, conquanto imponentes, so de nenhum valor aos olhos de Deus. Acima do que visvel e temporal, aprecia Ele o invisvel e eterno. O pri-meiro s tem valor na medida em que exprime o segundo.3 Esta a ordem superior: Primeiro, v at Cristo, sem se preocupar com o que voc vai comer ou com o que voc vai vestir (Mateus 6:25-28). Ento, quando voc procura desenvolver os atributos segundo o Seu carter, Ele supre suas necessidades. Sua identidade estar segura nessa confiana.

    O que voc fazNo mundo, a identidade est excessi-

    vamente baseada no que voc faz. Parece que h uma exigncia social para que realizemos e trabalhemos cada vez mais para alcanar coisas superiores. Embora possa ser til ter metas, elas podem ser prejudiciais quando se tornam o prin-cipal objetivo de vida. Na verdade, um dos motivos do alto nvel de estresse a tentativa de alcanar as mais diversas metas.

    Nessa gerao, temos visto o cresci-mento do nmero de pessoas viciadas em trabalho e obcecadas por desempe-nho. O desejo de ser aprovado se tor-nou a principal motivao. Lembro-me, por exemplo, quando eu estava apren-dendo a tocar piano. Muitas vezes me concentrei na execuo da pea musical em vez de apreciar o seu significado. Como com voc?

    O problema que essas exigncias de conformidade social parecem assumir o controle da vida. Vivemos em uma cultura que pressiona as pessoas a se comportar de determinadas maneiras. Na adolescncia, voc no era legal, a menos que estivesse no time da esco-la, frequentasse as festas ou se vestisse de uma determinada forma. Isso no muda medida que voc cresce. Na realidade, treinamos uma gerao a ceder presso para obter uma iden-tidade. O resultado? Uma sociedade formada por indivduos que preferem

    seguir o pensamento predominante em vez de lutar por aquilo que acreditam ser o certo.

    Por outro lado, alguns sentem que precisam fazer algo radical a fim de ter o nome reconhecido. Por isso, no incomum ver pessoas tentando mano-bras perigosas ou, em alguns casos, pra-ticando esportes que colocam a vida em risco. So nessas atividades que a noo de identidade reside. Assim, elas arris-cam a vida desnecessariamente por um momento de suposto prestgio. Talvez, tudo o que realmente querem serem notadas, apreciadas, identificadas.

    O que voc no faz. Da mesma maneira que olhar para as suas con-quistas de identidade um equvoco, o mesmo acontece quando voc estabe-lece sua identidade em funo do que voc no faz. Adrian Ebens afirma: No reino de Satans, voc est conta-bilizado como um cidado por fazer ou no fazer.4

    Muitas vezes, os cristos se orgu-lham do que eles no fazem Eu no roubo, Eu nunca matei ningum, Eu no como carne, Eu no tomo bebida alcolica. Essa armadilha particularmente atraente. Para a maio-ria das pessoas, eu era um bom garoto. Meus pais tinham me educado bem, e eu me orgulhava muito da minha capacidade de ficar longe de problemas. Minha identidade, no entanto, estava baseada na minha prpria realizao o meu sucesso em evitar certos com-portamentos indesejveis.*

    Se sua identidade fundamentada nas conquistas, o sucesso pode lev-lo a alcanar um elevado nvel emocional. No entanto, se voc falha, cai nas pro-fundezas da depresso. Por si mesmo, voc fracassa, no final das contas. Ebens argumenta: Se voc procura realizar ou no realizar, a questo ainda o desempenho em vez do relacio-namento.5

    Talvez o maior problema, no entan-to, que no fazer coisas ms pode camuflar a sua fidelidade ao reino de Satans. Se o diabo no pode conquis-t-lo com ms aes, ento ele ir criar

    uma contrafao legalista para o cami-nho de filiao a Deus, uma falsifica-o que tem base no que voc consegue evitar. Uma contrafao, no entanto, realmente muito semelhante ao cami-nho original. Apesar de voc saber que o reino de Deus no definido com base no que voc faz ou deixa de fazer, sua identidade crist ainda est ligada a este paradigma.

    Alcanando o exterior. Na perspec-tiva crist, em vez de voc se focar em si mesmo, voc olha mais alm. Em vez de ficar se perguntando o que pode fazer para chamar a ateno, voc se pergunta: Como posso fazer a diferen-a? Voc alcana os outros, por meio da adorao e servio.

    Uma maneira de alcanar a Deus atravs da adorao. Depois de perceber o que Deus fez em sua vida, a resposta natural louv-Lo. O salmista disse muito bem: Ele me tirou de um poo de destruio, de um atoleiro de lama; ps os meus ps sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Ps um novo cntico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus (Salmo 40:2-3). Gratido , de fato, a chave para qualquer relacionamento saudvel.

    Quando voc grato por algo que algum lhe fez, sente-se motivado a fazer coisas que agradam a essa pessoa. Da mesma forma, quando sua vida est repleta de gratido, os mandamentos de Deus j no parecem ser um fardo. O motivo por trs de sua obedincia ser o amor, no a obrigao.

    Quando Deus deu os Dez Manda-mentos aos israelitas, eles prontamente prometeram obedecer-Lhe (xodo 19:8)... por medo. Esse sentimento de temor e constrangimento, no entanto, teve vida curta (xodo 32:1-6). Para serem eficazes, os princpios da lei de Deus, a expresso de Seu carter, devem residir na estrutura de sua vida.6 Eles devem se tornar uma dimenso de sua identidade. Esta a aliana que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no ntimo deles e a escreverei nos seus coraes. Serei o

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    Deus deles, e eles sero o Meu povo (Jeremias 31:33).

    Jesus lembrou aos seus ouvintes que o amor a Deus deve encontrar expresso no amor para com outros seres huma-nos (Mateus 22:35-40). Esse amor pelos outros encontra expresso atravs do servio. Este vem atravs do amor de uns pelos outros (Glatas 5:13). Quando voc se preocupa com os outros e busca fazer a diferena em sua vida, comea a servi-los. Suas aes so atos de bondade em vez de autoengran-decimento. Voc ter um esprito de compaixo e apreciar fazer coisas para beneficiar os outros. Isso reflete em sua identidade.

    Geiger explica: Experimentar o transbordamento de Deus em sua vida no servio aos outros supera qualquer coisa que o mundo tem para ofere-cer. H uma bno em servir que no pode ser experimentada de outra maneira.7 Esse efeito inclui um sen-timento de valor pessoal. Ao alcanar outros atravs da adorao e servio, voc mesmo ir experimentar um acen-tuado senso de valor e eficcia pessoal. Esse senso, por sua vez, contribui para uma identidade positiva.

    A quem voc est conectadoFinalmente, a identidade pessoal

    moldada por relacionamentos. Na sociedade contempornea, no entanto, a nfase colocada no plano horizontal. Aqui, tendemos a nos concentrar na maneira como os outros nos veem. A ideia estimulada que o nosso valor determinado pelo consenso de pessoas importantes que nos rodeiam. por isso que muitos estudantes formam panelinhas e o nmero de amigos em sites de relacionamentos importante. Tambm por isso muitas pessoas que-rem estar conectadas com outras em posies elevadas.

    O problema que o uso de um sele-to grupo de amigos e apoiadores para estabelecer sua popularidade e identi-dade pessoal pode ser inquietante. Tais relaes podem ser superficiais e, s vezes, inconstantes. Quando as pessoas

    perdem seu status, por exemplo, o que acontece com seus amigos? Pense no filho prdigo em Lucas 15. Quando o dinheiro acabou, onde estavam os seus amigos no momento de necessidade? A maioria das pessoas se sente arrasada quando seus amigos desaparecem para encontrar algum que esteja em posio mais alta. Sem uma base slida para os seus relacionamentos, a identidade baseada na popularidade desaba.

    Uma jovem mulher descreveu sua vida dessa maneira: Comecei a me agarrar desesperadamente a cada rela-cionamento como minha fonte de segu-rana e propsito. Minha vida amorosa se tornou minha identidade. Minhas emoes se tornaram irremediavel-mente abaladas pelos relacionamentos difceis.8 Isso no a base para uma identidade positiva e estvel.

    Outro problema potencial com a dimenso horizontal que pessoas mui-tas vezes so usadas como degrau para que outros subam. Em outras palavras, as pessoas so empurradas para baixo a fim de que algum possa subir a um nvel superior. O ganho de umas a perda de outras.

    H uma ilustrao com uma lagarta chamada Stripe, que estava tentan-do vencer na vida. Um dia, ela viu uma coluna de lagartas empurrando e puxando umas s outras, tentando subir at o topo da pilha. Ento Stripe decidiu escalar tambm e descobrir o que havia no topo. Enquanto subia, ela viu que muitas lagartas perdiam o controle medida que haviam pisado l, e cado no esquecimento. Stripe, no entanto, forou passagem para cima, determinada a chegar ao topo. Quando ela finalmente chegou, descobriu que no havia realmente nada no topo.9

    Deve haver algo melhor na vida do que espezinhar o prximo, tentando estabelecer a nossa identidade com o rebaixamento de outros. Afinal, como as lagartas, experimentamos a transfor-mao (Romanos 12:2). Fomos feitos para voar.

    A dimenso vertical. A conexo vertical o relacionamento mais

    importante que voc pode desenvolver. Esse o relacionamento com seu Pai celestial. Para entendermos o valor total dessa relao e como ela afeta nossa identidade, devemos entender a batalha nos bastidores. No comeo, Deus nos criou Sua imagem (Gnesis 1:26, 27). Tragicamente, todos pecamos e perdemos grande parte de nossa seme-lhana com Deus, particularmente em termos de Seu carter (Romanos 3:23). Consequentemente, nossa identidade dada por Deus tem sido distorcida. A boa notcia que Cristo nos amou e nos resgatou do reino de Satans (Tito 2:14). por isso que Jesus veio Terra, viveu uma vida sem pecado e morreu na cruz. A melhor parte, no entanto, que Ele ressuscitou para quebrar o poder da morte eterna e para restaurar em ns Sua prpria identidade. Vejam como grande o amor que o Pai nos concedeu, sermos chamados filhos de Deus (1 Joo 3:1). Para lhe dar iden-tidade, Cristo o comprou e possibilitou que voc se torne Seu filho.

    O que significa ser filho de Deus? Isso significa que voc tem um rela-cionamento pessoal com o Pai, que pode ir a Ele a qualquer hora, que um herdeiro de Seu reino (Romanos 8:17, Glatas 3:29; 4:7, Tito 3:7; Hebreus 1:14; Tiago 2:5). A melhor parte, porm, que seu Pai celeste prometeu nunca deix-lo, nem desampar-lo.10 Com esses benefcios em mente, Ellen White escreveu: Gostaria que todos pudessem entender o valor que h em reconhecer o nosso relacionamento e lealdade para com Aquele a quem ns reivindicamos como nosso Pai.11 Ser um filho de Deus uma experincia incrvel. Isso lhe fornece a fonte mais estvel e certificada de identidade. Com o privilgio, no entanto, h responsabi-lidade.

    Primeiramente, ser um filho de Deus o intima a colocar nas mos de Deus a sua agenda seus prprios planos e desejos. Consagrai-vos a Deus pela manh; fazei disto vossa primeira tarefa. Seja vossa orao: Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente.

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    quentemente tm frases longas, sem vr-gulas e pausas. Deus nos fala, querendo compartilhar os Seus pensamentos, mas ns falamos muito sobre Ele.13 Quando as coisas no do certo, injus-tamente pomos a culpa de nossos pro-blemas em Deus. Talvez simplesmente no tenhamos tirado tempo para ouvir Suas instrues.

    Em terceiro lugar, como somos Seus filhos, devemos crescer diariamente. O crescimento um sinal de que estamos aprendendo com nosso Pai. Quanto mais nos desenvolvemos, mais vamos exemplificar Seus atributos. Ns nos tornaremos como um lago calmo, refle-tindo a beleza e a identidade do Pai.

    A perspectiva maior. Quando per-cebemos a importncia de nosso rela-cionamento com nosso Pai, todos os outros relacionamentos se estabelecem em funo dEle. A dimenso horizontal tem significado, mas apenas em relao vertical. Vemos agora todo mundo como um filho de Deus, e no como mais um obstculo em nosso caminho. Vislumbramos o mais amplo horizonte. Nossa compreenso de nossa identida-de como um irmo ou irm para com aqueles que nos rodeiam fundamental para a maneira como nos relacionamos com os outros. Em primeiro lugar, permite-nos amar o nosso prximo (Mateus 22:37-40, 1 Joo 3:14). Essa viso nos ajuda a resolver qualquer dife-rena que possa haver com aqueles que nos rodeiam (Mateus 5:23-24). Afinal, a nossa guerra contra Satans e seu reino de morte (Efsios 6:12).

    Essa perspectiva tambm esclarece como os outros podem influenciar nossa vida de maneira positiva. Pense sobre isso. Se no fosse por seus rela-cionamentos, voc seria a pessoa que voc hoje? Todos ns temos algo a aprender com os outros. Uma das lies mais importantes que aprendi com o meu prprio pai foi o esprito de sacri-fcio e servio. Nunca vou esquecer as noites quando ia jogar tnis de mesa na garagem. Mesmo que meu pai estivesse muito ocupado, ele sempre arranjava tempo para jogarmos. E no foi s

    comigo. Ele estava sempre disposto a ajudar seus alunos, mesmo que sua agenda estivesse cheia. Seu lema: Viver para servir. Essas e muitas outras lies tm impactado profundamente minha vida. Sem o meu relacionamento com os outros, eu no seria a mesma pessoa que sou hoje.

    Finalmente, na perspectiva mais ampla, voc tem recebido uma comis-so divina. Jesus disse: Portanto, vo e faam discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo.14 Voc teste-munha tanto verbalmente quanto pela sua vida, de modo que todo mundo possa ver claramente a que reino per-tence. Na realidade, o testemunho a sua identidade final desmascarando a representao distorcida de Deus que Satans tem delineado. por isso que essencial que voc estruture sua vida em funo de seu Rei. Assim, as pesso-as no vo ver voc. Em vez disso, elas vo ver atravs de suas palavras e aes um autntico e convidativo retrato de Deus.

    ConclusoQuem voc? Onde voc encon-

    tra sua identidade? Como vimos, a identidade pessoal tem a ver com trs questes fundamentais: O que voc tem? O que voc faz? A quem voc est conectado?

    A maneira como voc responde a essas questes pode tanto resultar em uma identidade frgil e fugaz quanto em uma identidade segura e slida.

    Em minha prpria vida, descobri que os bens materiais que temos, os atos de autoglorificao que fazemos, e as superficiais e egostas relaes que formamos desaparecero. O nosso ver-dadeiro valor est nas qualidades nicas que Deus nos deu.

    Quando reconhecemos que Deus o fundamento de nossa identidade, no precisamos nos preocupar com o que os outros pensam de ns. Nossa identida-de de Deus. Nossa identidade para

    Aos Teus ps deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu servio. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faa em Ti.12 Em essncia, Deus nos convida a desistir-mos de nosso frgil e autoconstrudo senso de identidade e confiarmos a Ele nossa verdadeira identidade, baseada em Seus atos de criao e redeno.

    Em segundo lugar, como somos Seus filhos, Ele nos pede para ouvirmos Sua voz. Geiger pergunta: Ser que algum dia pararemos de falar para ouvir? Em vez de ouvir, fazemos oraes que fre-

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    Identidade Pessoal

    Este grfico exemplifica a progresso que deveria acontecer no desenvolvimento da identidade pessoal.

    1. O que voc tem

    A ordem superior

    O intangvel

    Bens materiais

    2. O que voc faz

    Alcanando o exterior

    Atuao Evaso

    3. A quem voc est conectado

    A perspectiva maior

    Dimenso vertical

    Plano horizontal

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    principais questes de cosmoviso. Essa viso de mundo oferece uma explicao satisfatria para aquilo que aprende-mos, descobrimos ou experimentamos na vida real, e d sentido e esperana transcendente para os desejos mais pro-fundos. Ao mesmo tempo, a nossa viso crist est sempre em desenvolvimento, sob a orientao do Esprito Santo, por-que nossa compreenso da revelao de Deus limitada e progressiva.13

    Como vimos, cientistas igualmente capazes chegam a concluses diferentes devido a fatores metodolgicos, em razo de trabalhar dentro de paradig-mas diferentes ou pelo fato de terem abraado cosmovises contrastantes. No entanto, os cientistas cristos que realizam pesquisas a partir da pers-pectiva da cosmoviso bblica podem tranquilamente trabalhar ao lado de outros cientistas que no compartilham os seus pressupostos. Atuando em conjunto, podem alcanar resultados significativos e concluses respeitveis. Aqueles que aceitam a narrativa bblica como verdadeira e confivel desfrutam da vantagem de ter disposio opes e insights adicionais fornecidos nas Escrituras, pelo Criador. A cosmoviso crist pode gerar questes de pesquisa que levem a hipteses, explicaes e descobertas frutferas.

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    Referncias 1. Veja, por exemplo: Fred Nadis. Undead Science:

    Science Studies and the Afterlife of Cold Fusion. New Brunswick, NJ: Imprensa da Universidade Rutgers University, 2002 ou Hideo Kozima. The Science of the Cold Fusion Phenomenon. Oxford: Elsevier Ltd., 2006.

    2. Veja: Thomas S. Kuhn. A Estrutura das Revolues Cientficas. 5 ed. So Paulo: Perspectiva, 1998.

    3. Os agrupamentos em campos cientficos tendem a funcionar dentro de um paradigma comum, o qual Thomas Kuhn chamou de uma matriz disciplinar no apndice da edio de 1970 de seu livro. Considere as hipteses, mtodos e as perguntas de investigao preferidas que so comuns, por exemplo, s cincias histricas (arqueologia, geologia, paleontologia), ou s cincias csmicas (astronomia, astrofsica, cincia espacial), ou s cincias experimentais (biologia, qumica, fsica), ou s cincias humanas (psico-logia, psiquiatria, sociologia).

    4. Veja: Roy A. Clouser. The Myth of Religious Neutrality: An Essay on the Hidden Role of Religious Belief in Theories. rev. ed. Notre Dame, Indiana: University of Notre Dame Press, 2005.

    5. Veja: David K. Naugle. Worldview: The History of a Concept. Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publ. Co., 2002.

    6. Veja: Nancy Pearcey. Total Truth: Liberating Christianity from Its Cultural Captivity. Wheaton, Illinois: Crossway Books, 2004.

    7. Michael Polanyi elaborou esses conceitos em seus livros Personal Knowledge: Towards a Post-Critical Philosophy (Chicago: University of Chicago Press, 1958, 1962) e The Tacit Dimension (Garden City, New York: Doubleday, 1966).

    8. Veja: Brian J. Walsh e J. Richard Middleton. The Transforming Vision: Shaping a Christian World View. Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1984.

    9. Em The Universe Next Door: A Basic Worldview Catalogue (3. ed. Downers Grove, Illinois: Imprensa InterVarsity, 1997), James W. Sire sugere sete questes sobre cosmoviso: Qual a primeira realidade a realidade real? Qual a natureza da realidade externa, isso , do mundo que nos rodeia? O que o ser humano? O que acontece a uma pessoa na morte? Por que razo no possvel saber de nada? Como sabemos o que certo e errado? Qual o significado da histria humana?

    10. Alm disso, os imprevisveis deuses de culturas pags no podem proporcionar a relao causa-efeito essencial para a cincia. Veja: Ariel A. Roth. A Cincia Descobre Deus (Tatu: Casa Publicadora Brasileira, 2008).

    11. Em O Tao da Fsica: Um paralelo entre a Fsica Moderna e o Misticismo Oriental (Cultrix, 2005), Fritjof Capra afirma que a fsica e a metafsica esto interconectadas.

    12. Paul Kurtz (b. 1925) tem sido um preeminente porta-voz dessa perspectiva de cosmoviso atravs de seus muitos livros, incluindo A Secular Humanist Declaration (1980) e In Defense of Secular Humanism (1983), e como editor de Humanist Manifestos I and II (1984).

    13. Veja: Steve Wilkens e Mark L. Sanford. Hidden Worldviews: Eight Cultural Stories That Shape Our Lives. Downers Grove, Illinois: IVP Academic, 2009.

    Deus.15 Redimidos por Deus, nascemos de novo, no reino de Cristo (Joo 3:3-21). Ns nos tornamos uma nova cria-tura (2 Corntios 5:17), com uma nova identidade, que ningum pode destruir.

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    NOTAS E REFERNCIAS * Todos os relatos em primeira pessoa so de John

    Wesley Taylor VI. 1. O que deveis compreender a verdadeira fora da

    vontade. Esse o poder que governa a natureza do homem, o poder da deciso ou de escolha. Tudo depende da reta ao da vontade. Ellen G. White. Caminho a Cristo. Tatu, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011. p. 47.

    2. Todas as citaes da Bblia so da Nova Verso Internacional, a menos que seja indicada outra verso.

    3. Ellen White. A Cincia do Bom Viver. Tatu, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001. p. 36.

    4. A. Ebens. Identity Wars: The Road to Freedom. Penrith: Maranatha Media, 2005. p. 31.

    5. Ibid., p. 58. 6. As Ebens (2009) afirma: Foi algo de Deus falar

    da lei do Monte Sinai, mas esta lei no teria efeito protetor a menos que seus princpios residissem em nossos coraes e passassem a fazer parte de sua maneira de pensar. (Em Life Matters: The Channel of Blessing (Penrith: Maranatha Media), p. 96.

    7. Eric Geiger. Identity: Who You Are in Christ. Nashville: B & H Publishing Group, 2008. p. 107.

    8. E. Ludy & L. Ludy, When God Writes Your Love Story (Colorado Springs: Multnomah Books, 2009), p. 51-52.

    9. T. Paulus. Hope for the Flowers. Mahwah: Paulist Press, 1972.

    10. No seu leito de morte, o grande reformador Joo Wesley foi cercado por seus amigos ntimos. Ele os chamou para perto de si e exclamou suas ltimas palavras: O melhor de tudo, Deus est conosco (Geiger, p.120). O Esprito Santo a promessa de Deus de que Ele est com voc. (Joo 14:16-18).

    11. Ellen White. The Lords Prayer. In: The Signs of the Times, Outubro 28, 1903, p. 1.

    12. _______. Caminho a Cristo. Tatu, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001. p. 70.

    13. Eric Geiger. Identity: Who you are in Christ. Nashville: B & H Publishing Group, 2008. p. 127.

    14. Mateus 28:19. 15. Geiger, 189.

    Quem voc?'SRXMRYEpnSHET