Quem foi João Paulo II?

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Quem foi João Paulo II?Karol Józef Wojtyła, conhecido comoJoão Paulo II desde sua eleição ao pa-pado em 16 de outubro de 1978, nas-ceu em Wadowice, uma pequena ci-dade a 50 quilômetros de Cracóvia, Polônia,em 18 de maio de 1920. Era o segundo dos filhos de Karol Wojtyła e Emilia Kaczorowska. Sua mãe fale-ceu em 1929; seu irmão mais velho, Edmund (médico), morreu em 1932, e seu pai (suboficial do exército), em 1941.

Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão, e aos 18 recebeu a Confirmação (Cris-ma). Terminados os estudos de ensi-no médio na escola Marcin Wadowi-ta, em Wadowice, matriculou-se em 1938 na Universidade Jagelônica da Cracóvia e em uma escola de teatro.

O pequeno Karol, ao lado dos O pequeno Karol, ao lado dos seus pais, Karol Wojtyla e seus pais, Karol Wojtyla e Emilia KaczorowskaEmilia Kaczorowska

Quando as forças de ocupação nazis-tas fecharam a Universidade em 1939, o jovem Karol teve de trabalhar em uma pedreira e logo em uma fábrica química (Solvay), para ganhar a vida e evitar a deportação para a Alema-nha.

A partir de 1942, ao sentir a vocação ao sacerdócio, seguiu as aulas de for-mação no Seminário clandestino de Cracóvia, dirigido pelo arcebispo de Cracóvia, cardeal Adam Stefan Sa-pieha. Ao mesmo tempo, foi um dos promotores do “Teatro Rapsódico”, também clandestino.

Após a Segunda Guerra Mundial, con-tinuou seus estudos no seminário maior de Cracóvia, novamente aber-

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to, e na Faculdade de Teologia da Uni-versidade Jagelônica, até sua ordena-ção sacerdotal em Cracóvia no dia 1º de novembro de 1946. Logo após, foi enviado pelo cardeal Sapieha a Roma, onde, sob a direção do dominicano francês Garrigou-Lagrange, douto-rou-se no ano de 1948 em teologia, com uma tese sobre o tema da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período, aproveitou suas férias para exercer o ministério pastoral entre os imigrantes poloneses da França, Bél-gica e Holanda.

Em 1948, voltou à Polônia e foi vigá-rio em diversas paróquias de Cracóviae capelão dos universitários até 1951,quando reiniciou seus estudos filo-sóficos e teológicos. Em 1953, apre-sentou na Universidade Católica de Lublin uma tese intitulada “Avaliação da possibilidade de fundar uma ética católica sobre a base do sistema ético de Max Scheler”. Depois passou a ser professor de teologia moral e ética so-cial no Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin. Em 4 de julho de 1958, foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia pelo papa Pio XII. Recebeu a ordenação episco-pal em 28 de setembro de 1958 na Ca-tedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do arcebispo Eugeniusz Baziak. Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado ar-cebispo de Cracóvia pelo papa Paulo VI, que o fez cardeal em 26 de junho de 1967.

Além de participar do Concílio Vati-cano II (1962-1965), com uma contri-buição importante na elaboração daConstituição “Gaudium et spes”, o cardeal Wojtyła tomou parte em to-das as assembleias do Sínodo dos Bis-pos.

PapadoDesde o começo de seu pontificado, em 16 de outubro de 1978, o papa João Paulo II realizou 104 viagens pasto-rais fora da Itália, e 146 pelo interior desse país.

Também visitou, como bispo de Roma, 317 das 333 paróquias romanas. Entre seus documentos principais se incluem: 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apos-tólicas e 45 Cartas Apostólicas. O papa também publicou cinco livros: Cruzando o limiar da esperança (ou-tubro de 1994); Dom e mistério: no quinquagésimo aniversário de minha ordenação sacerdotal (novembro de 1996); Tríptico romano – Meditações,livro de poesias (março de 2003); Le-vantai-vos! Vamos! (maio de 2004) e Memória e identidade (fevereiro de 2005).

João Paulo II presidiu 147 cerimônias de beatificação – nas quais procla-mou 1.338 beatos – e 51 canonizações, com um total de 482 santos. Celebrou 9 consistórios, durante os quais criou 231 (além de 1 in pectore) cardeais. Também presidiu 6 assembleias ple-nárias do Colégio Cardinalício. Pre-sidiu 15 Assembleias do Sínodo dos Bispos: 6 ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994, 2001), 1 geral extraordi-nária (1985), e 8 especiais (1980, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999).

Nenhum outro papa encontrou-se com tantas pessoas como João PauloII: em números, mais de 17.600.100 peregrinos participaram das mais de 1.160 Audiências Gerais que se cele-bram nas quartas-feiras. Esse número não inclui as outras audiências espe-

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ciais e as cerimônias religiosas [mais de 8 milhões de peregrinos durante o Grande Jubileu do ano 2000] e os mi-lhões de fiéis que o papa encontrou durante as visitas pastorais efetuadas na Itália e no restante do mundo. De-vem-se recordar também as numero-sas personalidades de governo com as quais manteve encontros durante 38 visitas oficiais e as 738 audiênciasou encontros com chefes de Estado, bem como 246 audiências e encon-tros com primeiros-ministros.

Morte e CanonizaçãoJoão Paulo II faleceu no dia 2 de abrilde 2005, sábado, às 21h37 (horário deRoma), no Palácio Apostólico do Va-ticano, vigília do Domingo in Albis e da Divina Misericórdia, por ele ins-tituído. Os funerais solenes na praça de São Pedro e a sepultura nas Grutas Vaticanas foram celebrados no dia 8 de abril. Seu pontificado, de quase 27 anos, foi o terceiro mais longo da his-tória da Igreja. Foi o 264º pontífice da Igreja Católica, o primeiro de origem eslava.

A causa de beatificação de João Pau-lo II começou mais cedo que de cos-tume, mas o seu processo seguiu os passos normais previstos para qual-quer causa, confirmou a Santa Sé. Uma nota informativa da Congrega-ção para as Causas dos Santos explica quais foram os passos que permitiram elevar Karol Wojtyła à honra dos alta-res no dia 1º de maio de 2011, Domin-go da Divina Misericórdia. O dicasté-rio vaticano esclarece que “a causa, por dispensa pontifícia, começou an-tes de passarem cinco anos da mor-te do Servo de Deus, como é exigido pela normativa vigente. Esta medida

foi solicitada pela imponente fama de santidade que João Paulo II teve em vida, na morte e depois da morte. No mais, todas as disposições canônicas comuns das causas de beatificação e canonização foram observadas inte-gralmente”.

De junho de 2005 a abril de 2007, foirealizada a investigação diocesana principal romana e as rogatoriais em várias dioceses, sobre a vida, as vir-tudes, a fama de santidade e os mila-gres. A validade jurídica dos proces-sos canônicos foi reconhecida pela Congregação para as Causas dos San-tos com o Decreto de 4 de maio de 2007. Em junho de 2009, examinadaa Positio, nove consultores teólogos da Congregação deram parecer positi-vo ao heroísmo das virtudes do Servo de Deus. Em novembro, seguindo o procedimento habitual, a mesma Po-sitio foi submetida ao juízo dos car-deais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos, cuja sentença foi afirmativa. Em 19 de dezembro de 2009, o sumo pontífice Bento XVI au-torizou a promulgação do decreto so-bre a heroicidade das virtudes.

Em vista da beatificação do venerávelServo de Deus João Paulo II, a postu-lação da causa apresentou para exa-me da Congregação para as Causas dos Santos a cura do mal de Parkin-son da irmã Marie Simon Pierre, reli-giosa das Irmãzinhas das Maternida-des Católicas.

Como de praxe, as numerosas atasda investigação canônica, regular-mente instruída, junto com os deta-lhados exames médico-legais, foram submetidos ao exame científico da Consulta Médica da Congregação para

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as Causas dos Santos, em 21 de outu-bro de 2010. Os peritos, depois de es-tudarem com a habitual minúcia os testemunhos processuais e toda a do-cumentação, concluíram que a cura era cientificamente inexplicável.

Os consultores teólogos, depois derevisadas as conclusões médicas, ini-ciaram em 14 de dezembro de 2010 aponderação teológica do caso. Reco-nheceram por unanimidade a unici-dade, a antecedência e a invocação coral dirigida ao Servo de Deus João Paulo II, cuja intercessão tinha sido eficaz para a cura milagrosa.

Por último, em 11 de janeiro de 2011, ocorreu a sessão ordinária de Carde-ais e Bispos da Congregação para as Causas dos Santos, que emitiu um pa-recer unânime e afirmativo, conside-rando milagrosa a cura da irmã MarieSimon Pierre, como realizada por Deus de modo cientificamente inex-plicável, depois de rogada a inter-cessão do papa João Paulo II, invoca-do com confiança tanto pela pessoa curada como por muitos outros fiéis.

O Rito de Beatificação foi presididopelo santo padre Bento XVI, no dia 1º de maio de 2011, na praça de São Pedro, no Vaticano, no II Domingo da Páscoa – conhecido como da Divina Misericórdia –, festa litúrgica institu-ída pelo próprio João Paulo II.

A religiosa Marie Simon Pierre, doInstituto das Pequenas Irmãs das Ma-ternidades Católicas, foi diagnostica-da com mal de Parkinson em 2001. Se-gundo o testemunho da freira, a cura do mal, pela intercessão de João Pau-lo II, aconteceu entre 2 e 3 de junho de 2005, quando ela tinha 44 anos. Com a notícia do falecimento de Woj-tyła – também ele afetado pela doen-ça –, Irmã Marie e suas companheiras de Congregação começaram a invocar o falecido Pontífice para que interce-desse pela cura. Com o anúncio do fa-lecimento de João Paulo, a freira diz que sentiu como se o mundo tivesse vindo abaixo. Em 14 de maio – um dia após a dispensa pontifical dos cinco anos de espera para o início da causa –, as irmãs de todas as comunidades francesas e africanas começam a pe-dir incessantemente a intercessão de

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João Paulo II para a cura de Irmã Ma-rie.

Em 2 de junho de 2005, cansada eoprimida pela dor, a religiosa mani-festa à superiora a intenção de ser li-berada do trabalho profissional, jun-to a um hospital, como enfermeira. No entanto, a superiora convida-a a confiar na intercessão de João Paulo II. Irmã Marie passa uma noite tran-quila e, ao despertar, se sente curada. As dores desaparecem e não sente ne-nhuma rigidez nas articulações. Era o dia 3 de junho de 2005: Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Ao procu-rar seu médico, ele constata a cura.

Em abril de 2013, uma comissão demédicos consultada pela Congrega-ção para as Causas dos Santos apro-vou o segundo milagre atribuído ao Bem-aventurado João Paulo II, ne-cessário no processo de canonização: a cura de uma mulher na noite de sua beatificação, em maio de 2011. No primeiro momento não eram conhe-cidos mais detalhes dessa cura e o

processo que, segundo o jornal italia-no La Stampa, estava sendo realizado em segredo.

Esse é o segundo milagre; o primeiro tornou-o Bem-aventurado, mas para tornar alguém santo o Vaticano pre-cisa reconhecer dois milagres. Falta-va então o aval dos teólogos e a au-torização do papa Francisco. Em 2 de julho de 2013, a comissão de cardeais e bispos da Congregação aprovaram a atribuição do segundo milagre ao Bem-aventurado João Paulo II.

No mesmo mês a Igreja Católica na Costa Rica apresentou Floribeth Mora como sendo a mulher que foi curada de um aneurisma cerebral por um mi-lagre atribuído ao papa João Paulo II. O milagre aconteceu em maio de 2011, quando, após Floribeth ter acordado e ter visto uma revista com uma notí-cia sobre a beatificação de João Paulo II, ela ouviu uma voz que disse: “Le-vanta-te, não tenhas medo”, e a par-tir daí ela se sentiu curada.

LolekAntes de ser João Paulo II, antes de ser o Papa que veio do leste, chamava-se Karol Wojtyla. Para os amigos era Lolek, que em português correspon-de a Carlinhos. O apelido foi dado por sua mãe, Emilia.

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A cerimônia de canonização deu-se no dia 27 de abril de 2014, dia em quefoi comemorada a festa da Divina Misericórdia. Neste mesmo dia, também foi canonizado o papa João XXIII, numa cerimônia conjunta celebrada pelo papa Francisco e concelebrada pelo papa emérito Bento XVI.

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A NovenaLADAINHA DE SÃO JOÃO PAULO II(texto para todos os dias da novena)

Senhor, tende piedade de nós. – Senhor, tende piedade de nós.Cristo, tende piedade de nós. – Cristo, tende piedade de nós.Senhor, tende piedade de nós. – Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo ouvi-nos. – Jesus Cristo ouvi-nos.Jesus Cristo atendei-nos. – Jesus Cristo atendei-nos.

Deus, Pai dos céus, tende piedade de nós.Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

São João Paulo II, rogai por nós.Perfeito discípulo de Cristo, …Generosamente dotado com os dons do Espírito Santo,Grande apóstolo da Divina Miseri-córdia,Fiel Filho de Maria,Totalmente dedicado à Mãe de Deus,Perseverante pregador do Evange-lho,Papa Peregrino,Papa do Milênio,Modelo de diligência,Modelo dos sacerdotes,Que extraístes forças da Eucaristia,Homem incansável da oração,Amante do Rosário,Força dos que duvidam de sua fé,Que desejastes unir todos aqueles que creem em Cristo,Conversor dos pecadores,Defensor da dignidade de toda pes-soa,Defensor da vida desde a concepção até à morte natural,Que rogastes pelo dom da paterni-dade para o infértil,

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Amigo das crianças,Líder da juventude,Intercessor das famílias,Consolador dos sofredores,Que valorosamente suportastes vos-sa dor,Semeador de divina alegria,Grande intercessor pela paz,Orgulho da nação polonesa,Brilho da Santa Igreja,Para que possamos ser fiéis imitado-res de Cristo,Para que possamos ser fortes com o poder do Espírito Santo,Para que possamos ter confiança na Mãe de Deus,Para que possamos crescer em nossa fé, esperança e caridadePara que possamos viver em paz em nossas famílias,Para que possamos saber perdoar,Para que possamos saber suportar o sofrimento,Para que não sucumbamos à cultura da morte,Para que não tenhamos medo e co-rajosamente combatamos as várias tentações,Para que interceda e nos obtenha a graça de uma morte feliz, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o peca-do do mundo, perdoai-nos, Senhor!Cordeiro de Deus, que tirais o peca-do do mundo, ouvi-nos, Senhor!Cordeiro de Deus, que tirais o peca-do do mundo, tende piedade de nós!

Rogai por nós, São João Paulo II,para que sejamos dignos das pro-messas de Cristo. Amém!

1º dia – AmorTenha a coragem de viver por amor… A grandeza de uma pessoa não está em suas posses, mas em quem é, não naquilo que possui, mas no que compartilha com os outros.

(…) Esta mensagem sobre a pureza do coração torna-se hoje muito atual. A civilização da morte quer destruir a pureza do coração. Um dos seus mé-todos de agir é pôr intencionalmente em dúvida o valor da atitude do ho-mem, que definimos como virtude da castidade. É um fenômeno de modo particular perigoso quando o objecti-vo do ataque são as consciências sen-síveis das crianças e dos jovens.

Uma civilização que, agindo desta forma, fere ou até aniquila uma re-lação correta entre os homens, é uma civilização da morte, porque o ho-mem não pode viver sem o verdadei-ro amor… Anunciai ao mundo a «Boa Nova» da pureza do coração e, com o exemplo da vossa vida, transmiti a mensagem da civilização do amor. Conheço a vossa sensibilidade à ver-dade e à beleza. Hoje, a civilização da morte propõe-vos, entre outras coi-sas, o chamado «amor livre». Neste gênero de deformação do amor che-ga-se à profanação dum dos valores mais queridos e sagrados, porque a libertinagem não é amor nem liber-dade…

Não tenhais medo de viver contra as opiniões da moda e as propostas em contraste com a lei de Deus. A cora-

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gem da fé tem um preço muito eleva-do, mas vós não podeis perder o amor! Não permitais que alguém vos torne escravos! Não vos deixeis seduzir pe-las ilusões da felicidade, pelas quais deveríeis pagar um preço demasiado elevado, o preço de feridas por vezes incuráveis ou até duma vida despe-daçada!

João Paulo II, Homilia, Sandomierz. 12/06/1999

Oremos: Deus, nosso Pai, a fim de voltarmos para vós, devemos encon-trar vossa misericórdia, vosso pa-ciente amor que em Vós não conhece limites. Infinita é a vossa prontidão em perdoar os nossos pecados assim como inefável é o sacrifício de vosso Filho. Com confiança pedimos, pela intercessão de São João Paulo II, que nos concedais esta graça… por Cris-to Nosso Senhor. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

2º dia – VerdadeNinguém pode ditar a outro a sua própria “verdade”. A verdade vence por seu próprio poder. Impor seus próprios pontos de vista torna as relações interpessoais piores, dan-do origem a disputas e tensões. As-sim, uma das condições para manter a paz no mundo é de respeitar a li-berdade de consciência dos outros, mesmo que eles pensam de maneira muito diferente de nós.

A verdade é a luz da inteligência hu-mana. Se desde a juventude a mente humana procura conhecer a realida-de nas suas várias dimensões, faz isto a fim de possuir a verdade, para viver a verdade. Tal é a estrutura do espíri-to humano. A fome de verdade é a sua aspiração e expressão fundamental. Cristo diz: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Das pala-vras do Evangelho, estas certamente estão entre as mais importantes. Elas se referem, na verdade, ao homem todo. Explicam a base sobre a qual são construídos a partir de dentro, na dimensão do espírito humano, a dignidade e a grandeza próprias do homem.

O conhecimento que liberta o homem não depende apenas da instrução, mesmo que seja na faculdade; tam-bém o pode possuir um analfabeto; mas esta instrução, como conheci-mento sistemático da realidade, deve servir a essa dignidade e grandeza. Portanto, deveria servir à verdade… Neste campo as palavras de Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” vêm a ser um progra-ma essencial.

Os jovens, se podemos dizer assim, têm um “senso de verdade” congê-nito. E a verdade deve servir para a liberdade: os jovens também têm um espontâneo “desejo de liberdade”. O que significa ser livre? Significa saber usar a nossa liberdade na verdade, ser “verdadeiramente” livre. Ser ver-dadeiramente livre não significa de forma alguma fazer tudo aquilo que me agrada ou que eu queria fazer. A

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liberdade traz consigo a critério da verdade, a disciplina da verdade. Ser verdadeiramente livre significa usar a própria liberdade para aquilo que é verdadeiramente bom… para ser um homem de reta consciência, ser responsável, ser um homem “para os outros”.

Carta Apostólica do Papa João Pau-lo II aos jovens do mundo.Por ocasião do Ano Internacional da Juventude 1985

Oremos: Deus, nosso Pai, diante da Igreja do terceiro milênio se abre um vasto oceano de credos de nos-so mundo contemporâneo. Crendo em Vós, colocando a minha espe-rança em Cristo, desejo imitá-lo e experimentar o milagre de uma pes-ca abundante. Vinde em auxílio de todos os cristãos da nossa geração para nos lançarmos nas profundezas da verdade, do bem e da beleza. Fa-zei do nosso Santo Padre João Paulo II o patrono da nova evangelização, e por sua intercessão concedei-nos esta graça… Por Cristo Nosso Se-nhor. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

3º dia – A Pessoa

Nesta terra, sejam portadores da fé e da esperança cristãs, vivendo em amor todos os dias. Sejam fiéis tes-temunhas de Cristo Ressuscitado, nunca cedendo aos obstáculos que

se acumulam sobre os caminhos de sua vida. Eu conto com vocês, em seu entusiasmo juvenil e dedicação a Cristo.

O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se o não ex-perimenta e se o não torna algo seu próprio, se nele não participa vi-vamente. E por isto precisamente o Cristo Redentor… revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é – se assim é lícito exprimir-se – a dimensão humana do mistério da Redenção… «Deus, de fato, amou de tal modo o mundo, que lhe deu o Seu filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16)… E por meio do Filho-Verbo, que se fez homem… Deus entrou na história da humani-dade… um dos milhares de milhões e, ao mesmo tempo, Único!

Para Ele queremos olhar, porque só n’Ele, Filho de Deus, está a salvação, renovando a renovando a afirma-ção de Pedro: «Para quem iremos nós, Senhor? Tu tens as palavras de vida eterna»… Através de todos os campos de atividade onde a Igreja se afirma presente, se encontra e se con-solida, devemos tender constante-mente para Aquele «que é a Cabeça», para «Aquele de quem tudo provém e nós somos criados para Ele»…

A Igreja não cessa de ouvir as suas palavras, continuamente as relê e

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reconstrói com a máxima devoção todos os pormenores da sua vida… A Igreja vive o seu mistério e nele vai haurir sem jamais se cansar, e busca continuamente as vias para tornar este mistério do seu Mestre e Senhor próximo do gênero huma-no: dos povos, das nações, das gera-ções que se sucedem e de cada um dos homens em particular…

Nesta dimensão, o homem reen-contra a grandeza, a dignidade e o valor próprios da sua humanidade. No mistério da Redenção o homem é novamente «reproduzido» e, de algum modo, é novamente criado. Ele é novamente criado!… O ho-mem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente… deve… aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar n’Ele com tudo o que é em si mesmo, deve «apropriar-se» e assimilar toda a re-alidade da Encarnação e da Reden-ção, para se encontrar a si mesmo. Se no homem se atuar este processo profundo, então ele produz frutos, não somente de adoração de Deus, mas também de profunda maravi-lha perante si próprio. Que grande valor deve ter o homem aos olhos do Criador, se «mereceu ter um tal e tão grande Redentor», se «Deus deu o seu Filho», para que ele, o homem, «não pereça, mas tenha a vida eterna». (cf Jo 3,16).

João Paulo II, Encíclica Redemptor hominis, 1979

Oremos: Deus, nosso Pai, Vós sois amor e nos amastes primeiro. Vos-

so filho se tornou homem para a nossa salvação, e revelando a seus irmãos e irmãs a verdade sobre o amor; permitiu-lhes compreender a si mesmos e descobrir o sentido de sua própria existência. Nós vos pedimos que, por São João Paulo II, defensor incansável da dignidade humana, bom pastor em busca de almas perdidas na confusão da vida e mergulhadas no desespero, que nos concedais esta graça… Por Cris-to Nosso Senhor. Amém!

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

4º dia – A FamíliaUma família que tira a sua força de Deus torna-se a força do homem e de uma nação inteira.

Dentre essas numerosas estradas, a primeira e a mais importante é a família: uma via comum, mesmo se permanece particular, única e irre-petível, como irrepetível é cada ho-mem; uma via da qual o ser humano não pode separar-se. Com efeito, normalmente ele vem ao mundo no seio de uma família, podendo-se dizer que a ela deve o próprio fato de existir como homem. Quando falta a família logo à chegada da pessoa ao mundo, acaba por criar-se uma inquietante e dolorosa carência que pesará depois sobre toda a vida. A Igreja une-se com afetuosa solicitude a quantos vivem tais situações, por-que está bem ciente do papel funda-

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mental que a família é chamada a desempenhar…

A família tem a sua origem naque-le mesmo amor com que o Criador abraça o mundo criado, como se afirma já «ao princípio», no livro do Gênesis (1, 1). Uma suprema confir-mação disso mesmo, no-la oferece Jesus no Evangelho: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho unigênito» (Jo 3, 16). O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, «Deus de Deus, Luz da Luz», entrou na história dos homens através da família: «Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas,… amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, ex-cepto no pecado».

Se é certo que Cristo «revela plena-mente o homem a si mesmo», fá-lo a começar da família onde Ele esco-lheu nascer e crescer. Sabe-se que o Redentor passou grande parte da sua vida no recanto escondido de Naza-ré, «submisso» (Lc 2, 51) como «filho do homem» a Maria, sua Mãe, e a José, o carpinteiro. Esta sua «obedi-ência» filial não é já a primeira ma-nifestação daquela obediência ao Pai «até à morte» (Fil 2, 8), por meio da qual redimiu o mundo?

João Paulo II, Carta às Famílias Gra-tissimam Sane. 1994 Oremos: Deus, nosso Pai, vosso eterno plano de salvação atingiu a sua plenitude quando o vosso Ama-

do Filho veio ao mundo através da Sagrada Família, santificando por Seu nascimento toda família huma-na. Confiamos a Vós nossas famílias e todas as famílias em todo o mun-do. Que a oração seja uma parte de suas vidas, o amor puro, o respeito à vida, e uma saudável preocupa-ção pela juventude. Pedimo-vos humildemente, por intercessão do Santo Papa João Paulo II, o defen-sor incansável dos direitos de uma família, que possamos ser fortale-cidos pela graça… Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

5º dia – JuventudeVocê deve fazer exigências a partir de si mesmo, mesmo que os outros não exijam de você. Só fazendo exigências de si mesmo – ao contrá-rio do consenso universal que diz: “Tome o caminho mais fácil” – você pode perceber outros desafios do Papa: escolher “ser mais” em vez de “ter mais”. O “ser mais” de um jovem hoje é a coragem de perma-necer cheio de iniciativa – você não pode renunciar a isto, o futuro de todos depende disto – fiel a um tes-temunho dinâmico de fé e esperan-ça.

Jovens amigos… Sede benditos! Sede benditos junto com Maria, que acre-ditou no cumprimento das palavras que lhe disse o Senhor. Sede bendi-

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tos! Que o sinal da mulher vestida de sol caminhe convosco, com cada uma e cada um, ao longo de todos os caminhos da vida. Que vos conduza ao cumprimento, em Deus, de vossa adoção filial em Cristo. Verdadeira-mente, o Senhor realizou maravilhas em vós!

Destas «maravilhas», queridos jo-vens, deveis ser sempre testemunhas coerentes e valorosas em vosso am-biente, entre vossos coetâneos, em todas as circunstâncias de vossa vida. Está ao vosso lado Maria, a Virgem dócil a todos os sopros do Es-pírito, a que com seu «sim» generoso ao projeto de Deus abriu ao mundo a perspectiva, longamente ansiada, da salvação. Olhando para ela, humilde serva do Senhor, hoje elevada à gló-ria do céu, vos digo com São Paulo: «Deixai-vos conduzir pelo Espírito»! (Gal 5, 16). Deixai que o Espírito de sabedoria e inteligência, de conselho e fortaleza, de conhecimento, pie-dade e temor do Senhor (cf. Is 11, 2) penetre em vossos corações e vossas vidas e, por meio de vós, transforme a face da terra… Revesti-vos da for-ça que brota dele, convertei-vos em construtores de um mundo novo: um mundo diferente, fundado na verda-de, na justiça, na solidariedade e no amor. Queridos amigos… Recebei o Espírito Santo e sede fortes!

João Paulo II, Homilia para a con-clusão VI / DM, Czestochowa, 15 de agosto de 1991

Oremos: Deus, nosso Pai, desde nossa juventude nos chamastes

para Vos seguir. Em Vosso Filho, a juventude tem um Mestre, que en-sina como formar uma nova pessoa em nós – com paciência e persistên-cia – para descobrir a própria voca-ção, para efetivamente construir uma cultura de amor. Pedimos a Vós por nossa juventude, para que não se deixe escravizar por desejos cegos e decepções amorosas. Que São João Paulo II, que procurou o jovem e reciprocamente os amou, seja para eles um modelo e patrono, e por sua intercessão Vos pedimos esta graça… Por Cristo Nosso Se-nhor. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

6º dia – PecadoO maior sofrimento da humanidade e de cada indivíduo é o pecado. Não há maior dor que se possa infligir a uma alma do que mergulhá-la em estado de pecado mortal.

O pecado não termina nos limites da consciência humana, não se en-cerra nela. Por definição intrínseca, implica uma referência: a referência a Deus. Todavia, esta referência é salvífica! Significa que eu – homem – não fico só com minha culpa. E Deus, que de certo modo é testemunha “ocular” de meu pecado (ocular em-bora invisível), está próximo de mim não somente para julgar. Certamen-te me julga! Julga-me com o mesmo juízo interior de minha consciência

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(se esta não se tornou surda ou de-formada).

No entanto, o próprio juízo já é sal-vífico. Mediante o fato de chamar o mal por seu verdadeiro nome, de cer-to modo rompo com ele, mantenho--o a certa distância de mim, ainda quando ao mesmo tempo sei que este mal, o pecado, não deixa de ser meu pecado. Mas mesmo quando meu pecado é contra Deus, Deus não está contra mim. No momento da tensão interior da consciência humana, Deus não proclama sua sentença. Não condena. Deus espera que eu me volte para Ele como à justiça amoro-sa, como ao Pai, da forma que mos-tra a parábola do filho pródigo. Para que lhe “revele” o pecado. E me con-fie a Ele. Deste modo, do exame de consciência passamos ao que consti-tui a própria substância da conver-são e da reconciliação com Deus.

João Paulo II, Angelus, em Roma, 23 de fevereiro de 1986

Oremos: Deus, nosso Pai, o pecado é um aguilhão que causa dor e mata a graça santificante. O sofrimento em vosso conceito de salvação é o caminho que conduz a Vós. O Vos-so Filho, por meio de sua paixão de vontade livre e morte na cruz, to-mou sobre Si todo o mal do pecado, e deu ao sofrimento um significado totalmente novo, introduzindo-o na ordem do amor. Em nome desse amor, que foi capaz de assumir so-frimentos sem culpa, nós vos pe-dimos por intercessão de São João Paulo II, que ao servir o povo de

Deus, foi marcado com os estigmas do martírio, esta graça especial… Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

7º dia – MisericórdiaHoje, quando o egoísmo, indiferen-ça e insensibilidade dos corações estão se espalhando de forma as-sustadora, o quão intensamente nós precisamos de uma renovação da sensibilidade a uma pessoa, a sua pobreza e os sofrimentos. O mun-do clama por misericórdia. Nada é mais necessário para o homem do que a misericórdia de Deus, esse amor gentil, simpático, elevando o homem acima de suas fraquezas em direção às alturas eternas da santi-dade de Deus.

O homem, – cada um dos homens – é este filho pródigo: fascinado pela tentação de se separar do Pai para viver de modo independente a pró-pria existência; caído na tentação; desiludido do nada que, como mira-gem, o tinha deslumbrado; sozinho, desonrado e explorado no momento em que tenta construir um mundo só para si; atormentado, mesmo no mais profundo da própria miséria, pelo desejo de voltar à comunhão com o Pai. Como o pai da parábola, Deus fica à espreita do regresso do filho, abraça-o à sua chegada e põe a mesa para o banquete do novo en-contro, com que se festeja a reconci-

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liação.

João Paulo II, Exortação Apostólica Reconciliatio et Penitente, 02 de dezembro de 1984

Oremos: “Jesus, eu confio em Vós”. Esta oração, querida por muitos devotos da Divina Misericórdia, expressa adequadamente a postu-ra que também desejamos assumir ao nos confiarmos ao vosso abraço, Senhor, nosso único Salvador. Quão intensamente desejais ser amado, e quem quer que acenda em si os sen-timentos de vosso coração, aprende a ser um construtor da nova cultura do amor. Um simples ato de con-fiança é suficiente para penetrar a cortina de melancolia e tristeza, dú-vida e desespero. Os raios de vossa divina misericórdia restaura de ma-neira especial a esperança daqueles que se sentem oprimidos pelo peso do pecado….

Maria, Mãe de Misericórdia, conce-dei que a esperança que colocamos em vosso Filho, nosso Redentor, permaneça sempre viva. E vós, Santa Faustina, ajudai-nos tam-bém quando repetirmos convosco, olhando corajosamente para a face do divino Redentor, as palavras: “Jesus, eu confio em Vós. Hoje e para sempre”. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

8º dia – MariaEm meio a este mistério, em meio a essa confiança na fé, destaca Maria. “Eis aqui a serva do Senhor… Faça--se em mim segundo a tua palavra”.

Hoje vim junto de Ti, Nossa Senho-ra de Jasna Gora, para me despedir mais uma vez e para Te pedir a bên-ção para a minha viagem… Mãe da Igreja! Mais uma vez me consagro a Ti «na Tua materna escravidão de amor»: «Totus Tuus»! Sou todo Teu! Consagro-Te toda a Igreja – em toda a parte até aos extremos confins da terra! Consagro-Te a Humanidade! Consagro-Te todos os homens, meus irmãos. Todos os Povos e Nações. Consagro-Te a Europa e todos os continentes. Consagro-Te Roma e a Polônia juntas, através do Teu servo, por um novo vínculo de amor. Mãe, aceita! Mãe, não nos abandones! Mãe, guia-nos Tu! …Perdoa, pois, Mãe da Igreja e Rainha da Polônia, que todos nós Te agradeçamos só com o silêncio dos nossos corações, que Te cantemos, com este silêncio, o nosso «prefácio» de despedida!

João Paulo II, Primeira Peregrina-ção Apostólica à Polônia, Czesto-chowa, 06 de junho de 1979

Oremos: Deus, nosso Pai, Maria, Mãe de vosso Filho, escutai a nossa prece-petição: “Advogada nossa, estes vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste dester-ro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó pie-

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dosa, ó doce sempre Virgem Ma-ria!” Damos graças pelo Santo Papa João Paulo II, totalmente dedicado a Maria, com fidelidade e até o fi-nal cumprindo a missão que lhe foi dada pelo Ressuscitado; aceitai os frutos de sua vida e serviço, conce-dendo-nos por sua intercessão esta graça… Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

9º dia – A EucaristiaA Eucaristia é o maior dom e mila-gre, pois o mistério da morte e res-surreição de Cristo, a redenção da humanidade, se faz presente nela.

A Igreja vive da Eucaristia. Esta ver-dade não exprime apenas uma expe-riência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela ex-perimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promes-sa: «Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela con-versão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par… A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por exce-lência, porque dom d’Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação.

Esta não fica circunscrita no passa-do, pois «tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e as-sim transcende todos os tempos e em todos se torna presente»… É esta ver-dade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me convosco, meus queridos irmãos e irmãs, em adora-ção diante deste Mistério: mistério grande, mistério de misericórdia. Que mais poderia Jesus ter feito por nós? Verdadeiramente, na Eucaristia demonstra-nos um amor levado até ao « extremo » (cf. Jo 13, 1), um amor sem medida.

João Paulo II, Carta Encíclica Eccle-sia de Eucharistia 17 abr 2003

Oremos: Deus, nosso Pai: Vosso Filho nos amou até ao fim e perma-neceu conosco na Eucaristia. Que o Amém que dizemos na presença do Corpo e Sangue de Nosso Senhor nos disponha a um serviço humilde aos irmãos que têm fome de amor. Que sejais louvado no brilhante exemplo desse amor, como de-monstrado pelo Papa São João Pau-lo II. Como a comunhão com a Igre-ja dos redimidos no céu é expressa e fortalecida na Eucaristia, conce-dei-nos por sua intercessão esta graça… Por Cristo, nosso Senhor. Amém.com o silêncio dos nossos corações, que Te cantemos, com este silêncio, o nosso «prefácio» de despedida!

Pai Nosso… Ave Maria… Glória…

Ladainha…

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EXPEDIENTEFontes: Canção Nova e Editora PaulusDiagramação: Fabio Nóbrega (@xfaabio)Este material não tem fins lucrativos