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    LNGUA PORTUGUESA INTERPRETAO DE TEXTOS IIIQUESTES FORMULADAS PELA BANCA DA UnB/CESPE

    ORGANIZADOR: DCIO SENA

    TEXTO ICONCURSO: ANALISTA DE FINANAS E CONTROLE EXTERNO TRIBUNAL DE

    CONTAS DA UNIOO NOVO TIPO DE RELAO TRABALHISTA (CONTRATO TEMPORRIO) VAI

    COLABORAR PARA A CRIAO DE MAIS EMPREGOS?A partir da pergunta acima foram emitidas duas opinies, a seguir transcritas parcialmente.OPINIO A de PAULO PAIVA (Ministro do Trabalho)Os investimentos propiciados, j por quatro anos ininterruptos, pelo Plano Real, o apoio s micro

    e pequenas empresas, a qualificao em massa dos trabalhadores e a adequao legislativa realidade demercado, so eixos fundamentais para a criao de empregos que vm sendo incentivados pelo governoFernando Henrique Cardoso. O contrato de trabalho por prazo determinado e o denominado banco dehoras so importantes instrumentos para estimular a gerao e a preservao de empregos. O projeto tratade dois simples e novos mecanismos rumo modernizao das leis trabalhistas. Atualizao que todos osatores sociais relevantes consideram como indispensveis para a insero competitiva do Brasil nocomrcio internacional. De fato, tais medidas vm sendo observadas na sociedade brasileira.

    OPINIO B de JOO VACCARI NETO (Vice-presidente da CUT)O mercado de trabalho no Brasil j um dos mais flexveis do mundo e tambm apresenta um dos

    mais baixos custos do trabalho. Somos um dos pases com as piores desigualdades de renda do planeta.Segundo dados oficiais (PNDA/IBGE 95), os 10% mais ricos do pas detm cerca de 48,1% do total derendimentos mensais de todos os ocupados. Essa enorme concentrao de renda est associadadiretamente imensa flexibilidade do mercado de trabalho. (...) A informalizao s tem crescido.Segundo o Ministrio do Trabalho, entre 90 e 96, foram eliminados cerca de 2,06 milhes de empregos nomercado formal de trabalho. (...) Sejamos francos. O que gera emprego so as necessidades reais deproduo. O que gera emprego no a facilidade para demitir, mas mais investimentos.

    Textos extrados de ECONOMIA E TRABALHO, CORREIO BRAZILIENSE, 14/01/98, p. 19, comadaptaes.

    Questo 01)Comparando os fragmentos das duas respostas em relao pergunta formulada, julgue os itens

    abaixo:1. A relao de coerncia entre pergunta e resposta e a fidelidade aos fatos so critrios qualificativos

    observados tanto na opinio A quanto na B.2. Maior conhecimento do tpico da pergunta novo tipo de relao trabalhista e tangenciamento

    ao ponto fulcral do problema criao de mais empregos so observados na opinio A.3. Os atores sociais relevantes (em A) desempenham papis de liderana, como a exercida pelo autor

    da opinio B.

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    4. Como forma de provocao, encontra-se, na opinio B, uma aluso ao local de trabalho e ao exerccioprofissional do autor da opinio A.

    5. Na opinio A, predomina a funo emotiva da linguagem; na B, a funo apelativa.Questo 02)Evidenciando a compreenso das idias expostas nas duas opinies, julgue os itens seguintes.

    1. Na opinio A, aparecem cinco exemplos de aes desenvolvidas pelo governo que favorecem agerao de empregos.

    2. Segundo a opinio B, os investimentos citados em A so insuficientes, porque vm de encontro snecessidades de produo.

    3. A opinio A evidencia que o governo est convicto de que o novo tipo de contrato de trabalho importante no s para a criao de novos empregos quanto para a preservao dos j existentes.

    4. A opinio B, fundamentada em dados estatsticos de organismo governamental, associa a mdistribuio de renda carncia de empregos no mercado formal de trabalho.

    5. Embora divirja de partes da opinio A, a opinio B responde afirmativamente pergunta proposta.

    TEXTO IICONCURSO: MINISTRIO DA JUSTIA MJ DEPARTAMENTO DE POLCIA

    FEDERAL DPF AGENTE DE POLCIA FEDERALLeia o texto abaixo para responder s questes de 03 a 05.

    POLCIA uma funo do Estado que se concretiza em uma instituio de administrao positiva e visa pr

    em ao as limitaes que a lei impe liberdade dos indivduos e dos grupos, para salvaguarda emanuteno da ordem pblica, em suas vrias manifestaes: da segurana das pessoas segurana dapropriedade, da tranqilidade dos agregados humanos proteo de qualquer outro bem tutelado comdisposies penais. Esta definio de Polcia no abrange o sentido que o termo teve no decorrer dossculos: derivando de um primeiro significado diretamente etimolgico de conjunto das instituiesnecessrias ao funcionamento e conservao da cidade-Estado, o termo indicou, na Idade Mdia, a boaordem da sociedade civil, da competncia das autoridades polticas do Estado, em contraposio boaordem moral, do cuidado exclusivo da autoridade religiosa. Na Idade Moderna, seu significado chegou acompreender toda a atividade da administrao pblica. Este termo voltou a ter um significado maisrestrito, quando, no incio do sculo XIX, passou a identificar-se com a atividade tendente a assegurar adefesa da comunidade dos perigos internos. Tais perigos estavam representados nas aes e situaescontrrias ordem pblica e segurana pblica. A defesa da ordem pblica se exprimia na represso detodas aquelas manifestaes que pudessem desembocar em uma mudana das relaes poltico-econmicas entre as classes sociais, enquanto que a segurana pblica compreendia a salvaguarda daintegridade fsica da populao, nos bens e nas pessoas, contra os inimigos naturais e sociais. Estas duasatividades da polcia so apenas parcialmente distinguveis do ponto de vista poltico: na sociedade atual,caracterizada por uma evidente diferenciao de classes, a defesa dos bens da populao, que poderiaparecer uma atividade destinada proteo de todo o agregado humano, se reduz tutela das classespossuidoras de bens que precisam de defesa; quanto defesa da ordem pblica, ela se resume tambm nadefesa de grupos ou classes particulares. A orientao classista da atividade de polcia consentiu, almdisso, que normas claramente destinadas salvaguarda da integridade fsica da populao contra inimigos

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    naturais tenham sido utilizadas com fins repressivos: pensemos, por exemplo, nas normas sobre afuncionalidade dos locais destinados a espetculos pblicos (cinemas, teatros, estdios etc.) e no uso quedeles se fez em tempos e pases diversos para impedir manifestaes ou reunies antigovernamentais. nesse sentido que se confirma a definio de Polcia acima apresentada, j que a defesa da seguranapblica , na realidade, uma atividade orientada a consolidar a ordem pblica e, conseqentemente, oestado das relaes de fora entre classes e grupos sociais.

    NORBERTO BOBBIO et al, Dicionrio de Poltica, Braslia, Editora da Unb, p. 944-5, 1995, comadaptaes.

    Questo 03)Um dicionrio especializado, obra de consulta necessria quando se quer aprofundar os

    conhecimentos acerca de um assunto, caracteriza-se, primordialmente, por apresentar as informaes emlinguagem clara, objetiva, seqencialmente coerente e em ordem direta. Considerando a tipologia textualdo verbete acima, julgue os itens a seguir.1. A estrutura do pargrafo de natureza dissertativa, sendo a linguagem predominantemente denotativa.2. Apesar de estar transcrito em um nico bloco formal, o verbete admite uma subdiviso em partes

    menores, segundo as idias expostas, conforme indicao a seguir: introduo apresentao doassunto: definio do termo(l. 01-05); desenvolvimento evoluo do sentido do termo, em umenfoque histrico crtico(l. 05-25); concluso retomada do tpico inicial: a concepo de polcia(l.25-28)

    3. O verbete apresenta uma conceituao atual, de base poltica, e mostra uma definio etimolgica,sem que ocorra qualquer exemplificao nessa parte do texto.

    4. No desenvolvimento do significado do termo, em meio a outras abordagens, aparece o confronto entreas esferas de atuao de duas instituies sociais responsveis pela ordem pblica: o Estado e a Igreja.

    5. Ao comentarem as duas fundamentais atividades da polcia, os autores do verbete inserem-se no texto,apresentam abonaes e expressam julgamentos valorativos quanto aos fatos observados, semviolarem as normas aconselhadas a essa tipologia textual.

    Questo 04)Para se compreender a abrangncia de um verbete, necessria uma leitura atenta, observando os

    aspectos que so abordados na explicao do termo. Evidenciando a leitura compreensiva do texto, quanto atuao da polcia ao longo dos tempos, julgue os itens abaixo.1. O texto atribui atuao policial grande parte da responsabilidade pela diferenciao das classes, na

    sociedade atual.2. Ocorrido a partir do sculo XIX, o gerenciamento das atividades de polcia pelos detentores do poder

    estatal o responsvel pelos desvios dos objetivos originais da instituio policial, principalmente nasaes antipopulares, historicamente constantes, em vrias comunidades do mundo.

    3. No texto, fica explcito que no apenas as classes possuidoras de bens(l. 19-20) necessitam dainterveno policial, quanto defesa de seus bens, mas todas as camadas da populao.

    4. H uma crtica desabonatria atuao da polcia na sociedade contempornea, conforme esta caracterizada no texto, no que tange ordem pblica: ela se resume tambm na defesa de grupos ouclasses particulares(l. 20-21).

    5. A utilizao, com fins repressivos, das normas destinadas salvaguarda da integridade fsica dapopulao(l. 22) conseqncia direta da introduo do esprito sindicalista entre os membros dacorporao.

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    Com referncia ao valor semntico de termos ou expresses utilizados no texto, tendo em vista otipo de publicao do qual o verbete foi retirado, julgue os seguintes itens.1. Os vocbulos Estado(l. 01) e estado(l. 28) apresentam o mesmo sentido.2. No texto, esto empregados com o mesmo sentido os termos indivduos e grupos(l. 02),

    agregados humanos(l. 04), sociedade civil(l. 08) e comunidade(l. 12).3. O emprego da inicial maiscula ou minscula na grafia do termo polcia, nas linhas 05, 17, 21 e 26 do

    texto, no evidencia mudana de sentido: todas as vezes em que o vocbulo aparece refere-sesubstantivamente instituio de administrao poltica.

    4. Conforme caracterizadas na linha 13 do texto, ordem pblica e segurana pblica so expressesde sentido contrrio, ou seja, antnimas.

    5. Ao se referirem s duas atividades da polcia(ls. 16-17), os autores aludem proteo dos elementosindividuais e coletivos de um grupo social qualquer.

    TEXTO IIICONCURSO: MINISTRIO DA JUSTIA MJ DEPARTAMENTO DE POLCIA

    FEDERAL DPF AGENTE DE POLCIA FEDERALCOMPRAR REVISTA

    Parou, hesitante, em frente banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.Tirou do bolso o recorte, consultou-o. No, no estava includa na relao de ttulos, levantada por ordemalfabtica. Mas quem sabe havia relao suplementar, feita na vspera? Na dvida, achou convenienteestudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas talvez ocultasse alguma coisa, sob a aparnciahabitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informao especial no olhar, alm doreconhecimento do fregus.

    Peo? Perguntou a si mesmo. Ou melhor sondar a barra? Como vo indo as coisas? Vo indo, meio paradas. No tem vendido muita revista?O jornaleiro fitou-o, srio: Nem todo o dia dia de vender muita. Eu sei, mas tem revista e revista. L isso . A lista est completa? Que lista? Das revistas proibidas. Ah, sim, o listo. O senhor no queria que no estivesse completo? Eu? Perguntei, apenas. Gosto de saber das coisas com certeza. s vezes a gente pede uma

    revista que no tem mais, que no pode ter mais venda, e ... Por isso que perguntei. No quero grilo, entende? Entendi. Nem para o senhor nem para mim, lgico. T legal. Alm do mais, gosto de cumprir a lei. O senhor tambm no gosta?Muito. Sou assim. Sempre gostei. Cumpro a lei, cumpro o decreto, cumpro o regulamento, cumpro a

    portaria, cumpro tudo.

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    Eu tambm, e da? Da, no estou vendo a revista que eu queria, e fico sem saber se posso querer, se a lei me

    autoriza a querer minha revista. Bem, se no est no listo, eu tenho. E por que no expe? No posso expor tudo ao mesmo tempo. Tenho que mostrar as revistas esportivas, as de palavras

    cruzadas, as de cozinha, os fascculos de bichos e viagens, as leis de impacto ... Como que sobra lugar? Compreendo. Mas no achando a revista exposta, receei que ela no pudesse mais circular. Por qu? Tem muita mulher nua, colorida, pgina dupla? No.Marmanjo nu, como est na moda?Tambm no. De vez em quando publica umas fotos pequeninas, de cenas de filmes ou peas de

    teatro, com barriga e pernas de fora. Me interessa as notcias, como vai o mundo, e o que se comentasobre ele. Quero uma revista de atualidades.

    Por que no disse logo? Porque tem atualidade e atualidade, ento no sei? Pode me vender o Time, ou tambm ele j foi

    proibido? Veja bem, no desejo compromet-lo. E muito menos a mim, evidente. Mas s quero o Timese o senhor garantir que posso levar ele para casa sem infringir a lei.

    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, De notcias & no notcias faz-se a crnica, Rio de Janeiro, JosOlympio, p. 148-50, 1975, com adaptaes.

    Questo 06)Evidencie a compreenso deste texto, em comparao ao analisado anteriormente (Texto II),

    julgando os itens abaixo.1. correto afirmar que este texto exemplifica uma situao apresentada no primeiro texto: um perodo

    da histria em que a atuao da polcia foi repressiva.2. A multiplicidade de pargrafos, muitos dos quais introduzidos por travesses, indica que este texto ,

    diferentemente do anterior, uma pea em que h muita transcrio da oralidade para a escrita.3. O protagonista deste texto, conforme apresentado no primeiro pargrafo, revela-se temeroso frente

    situao poltica e obediente legislao, agindo de maneira consciente e precavida.4. Na linha 07, apesar das duas sentenas interrogativas, e diferentemente do desenrolar da histria da

    compra da revista, no h um dilogo.5. Pela resposta do dono da banca de revistas, conforme apresentada nas linhas 34 a 36, infere-se que a

    comunicao entre vendedor e comprador no estava ocorrendo.Questo 07)Carlos Drummond de Andrade, notvel escritor da Literatura Brasileira, d ao seu texto primoroso

    acabamento estilstico. Com base na estilstica dos dilogos, julgue os itens a seguir.1. Com a repetio dos termos revista(l. 13) e atualidade(l. 45), o autor atribui distinta carga

    semntica s palavras: h revistas e atualidades de diferentes valorizaes sociopolticas.2. A passagem situada nas linhas de 13 a 20 sugere a existncia de outras listas alm da lista com grande

    quantidade de ttulos proibidos.3. Em No quero grilo, entende?(l. 21), h um exemplo de linguagem grupal, chamada de gria, com o

    emprego conotativo do nome do animal.4. A passagem situada nas linhas de 37 a 41 indicia a existncia de uma outra ordem de proibio, dessa

    feita de cunho moral, e no poltico.

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    5. Sabendo que time uma palavra inglesa que significa tempo e que Time o nome de uma revista degrande circulao internacional, percebe-se a utilizao da ironia e do paradoxo, frente aocerceamento da liberdade de imprensa, por parte do autor, ao redigir: Pode me vender o Time, outambm ele j foi proibido?(l. 45-46).

    Questo 08)A lngua portuguesa possibilita diferentes maneiras de se dizer a mesma coisa, com pequenas

    alteraes morfossintticas. Uma delas diz respeito passagem do discurso direto para o indireto. Julguese as reescrituras que se seguem, feitas em discurso indireto, mantm o mesmo sentido das respectivaspassagens do texto.1. Linhas 11 e 12 O jornaleiro mirou o comprador, com seriedade, e disse-lhe que nem todo dia dia

    de venda expressiva.2. Linhas 19 e 20 O comprador negou que desejasse que a lista no estivesse completa, ao reforar que

    apenas havia feito uma pergunta, uma vez que gostava de saber as coisas com certeza, poisocasionalmente as pessoas pedem uma revista que no h mais ou que no pode mais estar emcirculao, e cujas conseqncias o vendedor poderia inferir.

    3. Linhas 24 e 25 Quando o vendedor disse que a compra da revista estava legal, por no constar dolisto, o comprador acrescentou que gostava de cumprir a lei, e expressou sua convico de que ovendedor tambm deveria gostar.

    4. Linhas 27 e 28 O fregus esclareceu, enfaticamente, que sempre gostara de cumprir a lei, o decreto,o regulamento, a portaria, todos os textos normativos.

    5. Linhas 37 e 38 O comprador expressou sua compreenso frente ao que lhe havia sido dito antes ejustificou sua atitude insistente, devido ao receio de que, por no estar exposta, a publicao a queaspirava pudesse estar proibida.

    TEXTO IVCONCURSO: BANCO CENTRAL DO BRASIL DEPARTAMENTO DE

    ADMINISTRAO DE RECURSOS HUMANOS ANALISTA: REA 1 CONTBIL-FINANCEIRA

    A questo refere-se a fragmento da entrevista A classe operria na era do chip, concedida pelopedagogo Frederico Oliveira Lima, especialista em Teoria da Informao e Comportamento Humano, revista Informtica Exame (agosto/97).

    Questo 09)Leia o seguinte fragmento:

    Por que o senhor se dedica educao tecnolgica dos operrios?Lima O trabalhador foi esquecido desde que se inventou o microprocessador.

    Treina-se muito o topo da pirmide, mas a base foi abandonada. Os executivos j vivem, dealguma forma, na era digital. Os operrios, ainda no. No ano 2005 teremos uma crise demo-de-obra delicada o que informam os estudos americanos. Haver um hiato entre osavanos da tecnologia e tudo o que ela exige e o conhecimento do operrio.

    A lngua portuguesa, assim como as outras lnguas naturais, oferece mltiplas possibilidadescombinatrias para os falantes. Por isso, a mesma informao pode ser comunicada de vrias maneiras

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    diferentes, com variaes na estrutura morfossinttica, mantendo-se a significao desejada. Tendo porbase esse postulado, julgue os itens a seguir, relativamente ao sentido da informao dada no fragmentoacima.1. A resposta contm a seguinte informao: o microcomputador, desde que foi criado, esqueceu-se dos

    trabalhadores menos qualificados, preocupando-se, soberanamente, com a classe dirigente dasempresas.

    2. O segundo e o terceiro perodos da resposta(l. 02-03) registram: Uma vez que, de certa forma, osexecutivos, por ocuparem os cargos privilegiados, j dominam a linguagem digital, costuma-se deixar margem dos conhecimentos de computao a classe operria.

    3. Uma explicao complementar que aparece no quarto perodo(l. 04), reforando a idia anterior, ade que os operrios, situados na base da pirmide, ainda no so alvo de qualificaes a respeito deinformtica.

    4. No quinto perodo, surge a informao de que os estudos americanos antecipam uma delicada crisepara o ano 2005, que, segundo o fragmento, consistir na carncia de mo-de-obra treinada eminformtica nas empresas.

    5. O ltimo perodo do pargrafo, conclusivo, o que objetivamente responde questo formulada peloentrevistador: existiro avanos na tecnologia que no acompanharo o conhecimento do tanto quedela se exige pelos operrios.

    CONCURSO: BANCO CENTRAL DO BRASIL DEPARTAMENTO DEADMINISTRAO DE RECURSOS HUMANOS ANALISTA: REA 1 CONTBIL-FINANCEIRA

    A questo 10 , ainda, alusiva entrevista citada na questo 09.Questo 10)Quando o entrevistado foi questionado a respeito das dificuldades do trabalhador nessa adaptao

    aos novos tempos, a resposta, registrada em um pargrafo, contemplou os seguintes aspectos, aquiapresentados em tpicos.

    I Um exemplo? Muitos operrios no compreendem como uma srie de comandosnum teclado, exigida somente na tele de um micro, pode resultar em mudanas numamquina industrial que no est diante deles.

    II O pensamento do trabalhador comum analgico. Ele tem dificuldade para exercitara realidade digital do computador.

    III preciso reeduc-los. No se trata de treinar o homem apenas para mexer nosequipamentos automaticamente, como se fosse um rob.

    IVV

    Ensinar computao, especialmente para os operrios, ensinar a mexer na mquina,mas sobretudo a entender o que ela pode fazer.No se trata de transform-lo numa pea da engrenagem na linha de montagem. Nobasta saber operar uma mquina sem compreender o que est se fazendo.

    Aplicando os conhecimentos de tipologia textual habilidade de compreenso detalhada de umaresposta, em funo da pergunta formulada, julgue os seguintes itens.1. A ordem acima apropriada para que os tpicos formem um nico pargrafo coerente.2. Os tpicos I, III e IV, nesta seqncia, so inter-relacionados e fazem parte do desenvolvimento da

    resposta.3. Pela estrutura interna do tpico II, correta a sua colocao no incio da resposta pergunta

    formulada.

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    4. Os tpicos III e V apresentam grande coeso interna, o que favorece a colocao deles, nestaseqncia, dentro do desenvolvimento da resposta.

    5. A organizao interna do tpico IV, com o emprego do vocbulo sobretudo, torna correto o seu usocomo fechamento da resposta, por dar reforo s idias apresentadas.

    TEXTO VCONCURSO: MINISTRIO DA JUSTIA MJ DEPARTAMENTO DE POLCIA

    FEDERAL DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL REA 1 CINCIAS CONTBEISO ANNIMO

    To logo o carteiro entregou a correspondncia, Eduardo foi em busca daquilo que, a experinciaj lhe ensinara, certamente estaria ali: a carta annima. De fato, no tardou a encontrar o envelope, quelaaltura familiar: o seu nome e endereo escritos em neutra letra de imprensa, e a nenhuma indicao deremetente (alguns missivistas annimos usam pseudnimo. Aquele no fazia concesses: nada forneciaque pudesse alimentar especulaes com respeito identidade).

    Com dedos um pouco trmulos a previsibilidade nem sempre o antdoto da emoo Eduardoabriu o envelope. Continha, como de outras vezes, uma nica folha de papel ofcio manuscrita em letra deimprensa. Como de hbito, comeava afirmando: Descobri teu segredo. Nova linha, pargrafo, e avinha a acusao.

    No presente caso: desonestidade. Todos acham que voc um homem srio, correto, dizia acarta, mas ns dois sabemos que voc no passa de um refinado patife. Voc est roubando seu scio,Eduardo. H muito tempo. Voc vem desviando dinheiro da firma para a sua prpria conta bancria. Vocdisfara o rombo com supostos prejuzos nos negcios. Seu scio, que um homem bom, acredita emvoc. Mas a mim voc no engana, Eduardo. Eu sei de tudo que voc est fazendo. Conheo suas trapaasto bem como voc.

    Eduardo no pde deixar de sorrir. Boa tentativa, aquela, do missivista annimo. Desonestidadena firma, isto no to incomum. Com um scio to crdulo como era o nio, Eduardo de fato no teriaqualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa.

    S que ele no estava fazendo isso. Em termos de negcio, era escrupulosamente honesto. Maisque isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de nio um trapalho em matria de finanas sem que este soubesse. Honesto e generoso. Contudo, como certos caadores to pertinazes quantoincompetentes, o autor da carta annima atirara no que vira e acertara no que no vira.

    Eduardo enganava nio, sim. Mas no na firma. H meses em realidade, desde que aquelahistria das cartas annimas comeara tinha um caso com a mulher do scio, Vera: grande mulher.Claro, no poderia garantir que no sentia um certo prazer em passar para trs o amigo que sempre foramais brilhante e mais bem sucedido do que ele, mas, de qualquer forma, isto nada tinha nada a ver com aempresa. Desonestidade nos negcios? No. Tente outra, missivista. Quem sabe na prxima voc acerta.Tente. Tente j.

    Sentou mesa, tomou uma folha de papel ofcio e escreveu, numa bela mas inconspcua letra deimprensa: Descobri teu segredo.

    MOACYR SCLIAR, Correio Braziliense, Caderno Dois, p. 2, 21/12/97, com adaptaes.Questo 11)Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais o entendimento do vocabulrio

    utilizado. Julgue os itens a seguir, considerando o sentido das palavras do texto.

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    1. O vocbulo concesses(l. 04) est utilizado denotativamente, com o sentido de privilgios: damesma forma, especulaes(l. 05) traz o sentido de negociaes.

    2. Contextualmente, antdoto(l. 06) significa droga, veneno.3. As palavras desonestidade(l. 16) e pertinazes(l. 21) esto empregadas como antnimos de

    probidade e de volveis, respectivamente.4. O termo crdulo(l. 17) apresenta conotaes de religiosidade, significando crente, devoto.5. A palavra inconspcua(l. 29) tem o significado de ilegvel, indecifrvel.

    Questo 12)Julgue os itens abaixo, evidenciando a compreenso do texto.

    1. O ttulo O ANNIMO , frente ao contedo do texto, um emprego irnico dessa palavra.2. O narrador faz suposies acerca da identidade do remetente, ao registrar, como texto da carta, a

    seguinte idia: ns dois sabemos que voc no passa de um refinado patife(l. 11).3. Pelo foco do recebedor da missiva, so comuns casos de desonestidade profissional, mas tal acusao

    no se aplica a ele, que se julga um sujeito absolutamente honesto e generoso.4. No sexto pargrafo, fica explcito que Eduardo sentia um complexo de inferioridade profissional

    frente a nio.5. Infere-se do texto que o remetente era o prprio destinatrio das cartas.

    Questo 13)Com referncia tipologia textual e ao nvel de linguagem do texto, julgue os itens seguintes.

    1. A histria acerca das cartas annimas, conforme contada pelo autor, apresentando-se na forma de umanarrativa curta, densa, exemplifica o que conhecido por conto.

    2. O trecho entre aspas situado nas linhas 08 a 15 possui vrias marcas de oralidade: registros tpicos dalngua falada, transpostos para a lngua escrita.

    3. O texto apresenta algumas expresses tpicas da linguagem vulgar, como, entre outras, patife,trapaas, trapalho.

    4. Os trechos registrados entre aspas no texto esto dispostos na forma de discurso indireto.5. As passagens descritivas so predominantes nos quatro ltimos pargrafos.

    Questo 14)Moacyr Scliar, consagrado ficcionista brasileiro, tem um estilo de escrita em que a preocupao

    com a escolha vocabular e com o ritmo da frase no turvam o potencial comunicativo do texto. Com basenesse aspecto, julgue os itens a seguir.1. Em Eduardo foi em busca daquilo(l. 01) o termo sublinhado refere-se ao que a experincia j lhe

    ensinara(l. 01-02).2. Todos os travesses (linhas 06, 20-21, 23-24) esto empregados para ampliar e destacar as idias

    anteriormente expostas.3. O uso de frases curtas ao lado das frases de maior extenso, principalmente no sexto pargrafo, um

    recurso estilstico ligado ao ritmo da prosa, utilizado para dar densidade ao texto, prendendo ointeresse do leitor.

    4. Ao destacar a figura feminina com Vera: grande mulher(l. 24), o narrador d duas informaes,simultaneamente: que ela era valorosa e tambm robusta.

    5. Com a passagem: Desonestidade nos negcios? No.(l. 27), o autor usa de um recurso estilsticodenominado apstrofe.

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    TEXTO VICONCURSO: MINISTRIO DA JUSTIA MJ DEPARTAMENTO DE POLCIA

    FEDERAL DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL REA 1 CINCIAS CONTBEISJOS RAINHA E A DEMOCRACIA NO BRASIL

    O lder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Jos Rainha, foi condenadopor um jri popular de Pedro Canrio, no norte do Esprito Santo, a 26 anos e 6 meses de priso sob aacusao de ter participado de dois assassinatos cometidos durante a invaso de uma fazenda. A pena tevecomo fundamento um inqurito policial militar. Cumpre ressaltar que quando a pena ultrapassa 20 anos, alei determina automaticamente a realizao de um novo julgamento, j marcado para 20 de setembro.

    Est claro que esta condenao foi meramente poltica, com o intuito de calar a grande lideranado maior e mais organizado movimento de massa que se contrape atual poltica governamental noBrasil. A promotoria no tinha sequer prova de que Jos Rainha estava presente nos episdios que levaramao assassinato. Nenhuma testemunha de acusao foi ouvida em plenrio.

    O julgamento se deu com base em depoimentos colhidos ainda durante a fase de inqurito, numarepartio militar, sem a presena de advogados dos acusados. Legalmente, este tipo de depoimento nopode ser levado em considerao. Nada que incriminasse Jos Rainha foi demonstrado. No toa que oinqurito policial civil que tambm investigou o caso o isenta da acusao.

    Este episdio se soma a outros que nos levam a questionar se de fato vivemos em um pasdemocrtico. No dia 28 de agosto chegaram Universidade de Braslia documentos secretos do Exrcitobrasileiro com investigaes sobre a vida de algumas lideranas de esquerda. O que assombra o fato deque estas investigaes no pararam na poca da ditadura, no meio dos documentos so encontradosalguns que datam de 1995.

    Neste momento, o povo brasileiro deve dizer no condenao de Rainha, como uma forma deexigir justia e democracia.

    ANDRIA BARBOSA, O Nestino, DCE/UnB, p. 2, setembro de 1997.Questo 15)Evidenciando a compreenso dos dois textos anteriores (Textos V e VI), com nfase na tipologia

    textual e no estilo utilizados, julgue os itens a seguir.1. No texto V, predomina a funo potica; no segundo, a funo referencial da linguagem.2. No texto VI, distintamente do V, a autora expe seu ponto de vista e seus julgamentos acerca dos

    fatos narrados.3. No texto V, a coloquialidade da linguagem dominante; no segundo, h uma srie de informaes

    vazadas em linguagem tcnica.4. O texto VI eminentemente dissertativo.5. Nos dois textos, h situaes que poderiam desencadear investigaes policiais, mas apenas no

    primeiro texto feita aluso a documentos que poderiam ser objetos de estudos de um perito criminal.Questo 16)Com referncia semntica utilizada no texto VI, julgue se nos itens que se seguem a passagem

    destacada em negrito equivale passagem original do texto.1. a lei determina automaticamente a realizao de um novo julgamento(ls. 04-05) / a realizao de

    um novo julgamento determinada pela lei, automaticamente.

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    2. Est claro que esta condenao foi meramente poltica(l. 06) / Que esta condenao foimeramente poltica, est clara.

    3. Nenhuma testemunha de acusao foi ouvida em plenrio.(l. 09) / Nenhum testemunho deacusao foi ouvido em plenrio.

    4. Legalmente, este tipo de depoimento no pode ser levado em considerao.(ls. 11-12) / Este tipo dedepoimento no deve ser levado em considerao, pela lei.

    5. o povo brasileiro deve dizer no condenao de Rainha, como uma forma de exigir justia edemocracia.(ls. 19-20) / como forma de impor justia e democracia, os brasileiros devem dizerno condenao de Rainha.

    TEXTO VIICONCURSO: MINISTRIO DA JUSTIA MJ DEPARTAMENTO DE POLCIA

    FEDERAL DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL REA `- CINCIAS CONTBEISExecuo de exames periciais em documentos, moedas, mercadorias, instrumentos utilizados na

    prtica da infrao penal, em locais de crime ou de sinistro, bem como a realizao da coleta de dadosnecessrios complementao dessas percias.

    DAS ATRIBUIES DO CARGO DE PERITO CRIMINAL FEDERAL, Edital n 78/97 DRS/ANP-PCF

    Questo 17)De acordo com o texto, julgue os itens a seguir:

    1. O texto est redigido como uma extensa frase nominal.2. Executar exames periciais e realizar coleta de dados so as duas atribuies de um perito criminal.3. Documentos, moedas, mercadorias, instrumentos so os objetos de anlise, no exame pericial.4. O espao de atuao dos peritos os locais dos crimes ou dos sinistros, onde ocorrem as infraes

    penais.5. S sero coletados e utilizados os dados necessrios percia.

    TEXTO VIIICONCURSO: MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL

    INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS PROCURADOR AUTRQUICOA PREVIDNCIA SOCIAL VIVEL SEM UMA AMPLA REFORMA ESTRUTURAL?

    A resposta pergunta acima formulada no. H, efetivamente, uma necessidade de reformaestrutural, que deve ser ainda mais profunda do que a que se comenta como sendo a proposta do governo.

    Para melhor entendimento da justificativa da necessidade da reforma, comecemos pela questo dagesto do sistema atual. Certos proponentes da manuteno do status quo argumentam que, reduzindo-seos gastos com a prpria mquina, sabidamente ineficiente e perdulria, e concentrando ateno nafiscalizao de fraudes e da sonegao, esta ltima estimada como substancial, estaria resolvido oproblema.

    bvio que essas so medidas importantes e que devem ser imediatamente implementadas.Porm, por si s, no so suficientes para restabelecer o necessrio equilbrio financeiro da Previdncia.

    A ausncia de contas individuais, vinculando benefcios futuros a contribuies efetivas, associadaa uma imensa economia informal, um permanente fator de desequilbrio. Cabe aqui mencionar que,

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    mesmo com a retomada do desenvolvimento da economia, o que provoca uma reduo do tamanho daeconomia informal, o problema permanece.

    Para ilustrar o argumento, basta verificar o que recentemente aconteceu no estado norte-americanoda Califrnia. Cansados de ter de pagar cada vez mais impostos, os contribuintes aprovaram proposioque restringe benefcios de cunho social a familiares de imigrantes ilegais.

    Para viabilidade do sistema, h que se passar do regime de repartio ao de capitalizao, comcontas individuais e estreita vinculao entre benefcios e contribuies. O simples fato de que venhasendo observado, em vrios pases e inclusive no Brasil, um aumento da expectativa de vida, acoplado auma reduo na taxa de natalidade, coloca como inexoravelmente invivel, no mdio prazo, um sistema dePrevidncia em que os benefcios pagos provenham fundamentalmente das contribuies associadas aostrabalhadores que estejam no mercado de trabalho. Isto pela simples razo que, sem falar nos casos dedependentes e de acidentes de trabalho, o nmero de aposentados pode vir a superar o de contribuintesativos.

    Um outro aspecto que cumpre reformar o relativo contribuio do empregador. Sendo umimposto sobre o fator trabalho, a exigncia de contribuio patronal um motivador da expanso daeconomia informal. Aproveitando-se a experincia chilena, que tem sido exitosa tambm neste aspecto,deve ser abolida a contribuio do empregador.

    Somente o futuro beneficirio deve efetuar contribuies. Obviamente, no sendo capaz deacumular o necessrio para assegurar um certo nvel mnimo de subsistncia na aposentadoria, cabe aoEstado, via arrecadao de impostos indiretos, cobrir a diferena.

    Finalmente, examinemos a questo das aposentadorias por tempo de servio. Antes de mais nada,se, nos pases do Primeiro Mundo, a regra de aposentadoria por idade, no nos parece que ns queestamos certos. O aumento da expectativa de vida, em especial a de sobrevida dos indivduos que jalcanaram 18 anos de idade ou mais, pode levar ao fato de que pessoas que, comeando a trabalhar aos18 anos e que se aposentem com 53 anos de idade, venham a ser beneficirios por tempo mais longo queos de 35 anos de contribuio. Obviamente, isto um contra-senso: que ainda mais provvel no caso dasaposentadorias ditas especiais.

    Os argumentos aqui alinhavados, que no so exaustivos, indicam claramente a necessidade dereformas profundas. Tal como est, mesmo com aperfeioamentos de gesto, o sistema previdencirio sercada vez mais um sorvedouro de recursos pblicos.

    CLOVIS DE FARO, Folha de So Paulo, 11/03/95.

    Questo 18)Em relao s idias desenvolvidas no texto, julgue os itens abaixo.

    1. O autor afirma que a Previdncia Social invivel, sem uma ampla reforma estrutural.2. Os argumentos apresentados no texto esgotam o assunto tratado e apontam medidas a serem tomadas

    por ocasio da reforma da Previdncia.3. Para o autor, o atual sistema previdencirio continuar gastando recursos em demasia, mesmo se bem

    administrado.4. necessrio transformar a previdncia em uma repartio de captao de benefcios por meio de

    constas individuais.5. A economia informal incentivada pela participao contributiva patronal.

    Questo 19)No texto, o trecho bvio que essas so medidas importantes e que devem ser imediatamente

    implementadas(l. 08)

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    1. diz respeito necessidade de uma reforma estrutural mais profunda.2. refere-se gesto do sistema atual e manuteno do status quo.3. refere-se gesto dos gastos com a fiscalizao da evaso de recursos e aos elevados custos da

    administrao.4. defende a viabilidade e a eficincia do atual sistema de Previdncia.5. discute a reforma estrutural, que urge ser implementada.

    TEXTO IXCONCURSO: MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL

    INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDNCIA SOCIAL INSS PROCURADORAUTRQUICO

    Questo 20)Vida de menino de rua outra coisa. Seu espao a rua mesmo. Cheia de carros bonitos, cujas

    marcas e anos de fabricao eles conhecem perfeitamente, rodando macios ou perigosamente velozes.Cheias de vitrines cintilantes, com mercadorias que no querem nem podem comprar, mas que so boasdemais de ver. O roubo na rua tambm mais fcil e mais rendoso. Suas vtimas so indefesas e tm maiso que dar, como jias bem pagas pelo receptador e dinheiro vivo.

    DARCY RIBEIRO,Meninos de rua (ltimo artigo).Quanto coerncia em relao s idias contidas no fragmento acima, julgue os itens que se

    seguem.1. A vida de menino de rua tem a ver com liberdade e com certas facilidades encontradas fora de casa.2. Os meninos de rua esto sempre desejando comprar tudo e apreciando as belas e repletas vitrines.3. As vtimas de roubos tm pouco a contribuir para a defesa dos meninos de rua.4. Carros bonitos e rpidos pem em risco a vida dos transeuntes.5. Os meninos fazem das ruas seu habitat, onde eles tm menos dificuldades de obter dinheiro.

    TEXTO XCONCURSO: MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL

    INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL INSS FISCAL DE CONTRIBUIESPREVIDENCIRIAS

    SONHO DE UMA NOITE DE ABRILPenumbra. Escritrio. Homem, com as mos na cabea, fuma e pensa na vida. Alto-falante: J fez sua declarao de imposto de renda? Que renda? Que declarao? Recebi, gastei, estou sem nenhum. Faa sua declarao de imposto de renda!Mas ... At 30 de abril, improrrogavelmente!Batem porta. Homem vai abrir. Entra uma forma gorda, que 210 voltas, senta-se e contempla o

    homem. Este: Quem s tu? Sou o Decreto n 40.702, que aprova o regulamento do imposto de renda. E vais me explicar tudo?

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    Tudinho. Sou simples e prtico. Tenho s 210 artigos, em que consolidei toda a literatura sobreo assunto.

    Literatura? Sim. Queres ver? (Bate palmas. Entram pela janela, como besouros, quinze formas diferentes,

    umas compridas, outras curtinhas, esta pomposa, aquela pfia.) Vou apresentar ... Ladies first.(Apontando) Lei nmero 154. Lei n 2.354. Lei n 2.862. Lei n 2.973.

    As leis cumprimentaram cerimoniosamente e tomaram assento no sof-cama, com aresmajestticos.

    Homem: - Mas praqu tanta lei?40.702: - Agora os senhores decretos-leis: 5.844, 6.071, 7.885, 9.330, 9.407, 9.781. No est

    faltando algum?Os decretos-leis, cheirando a Estado Novo, abanam o rabo negativamente, e ficam de p, ao

    fundo.40.702: - Bem. Temos ainda os decretos. Aproximem-se. So o 3.079, o 36.597, o 36.773, o

    38.250. Ah, aquele gordo o 24.239, com seu regulamento. Tudo isso eu condensei, numa espcie deselees. Mas se tiveres alguma dvida (vejo que sim, por teu ar pacvio), hs de consultar alguns outodos eles ...

    Rudo. Os decretos-leis tentam barrar um senhor distinto, meio calvo, que introduziu o nariz nasala.

    40.702: - Quem ? o Cdigo Civil, dizendo que tambm quer entrar. Deixa. Tem um artigo que me interessa.O Cdigo entra, ressabiado.Homem (aterrorizado): - E agora, Jos?40.702: - Bem. Agora s leres com recolhimento, como a um texto metafsico, e encheres este

    formulrio-sanfona, que te dou de graa. No vais me esconder nada, hem? Pagars s quatro vezes: oimposto cedular, o complementar, o adicional e o percentual de proteo famlia. faclimo. At 60 milno pagas nada, por um lado; por outro, pagas 1, 2, 3, 5, ou 10%, conforme a cdula. Tens direito adescontar 50 mil para custeio da tua esposa. Se ela gastar mais do que isso, azar teu. Idem quanto a filhos.Pagas 50 mil do colgio, por ano, para cada um? O colgio sai de graa, pois deduzes justamente essaimportncia; o resto da despesa fica por isso mesmo. Se tiveres mais de 25 anos e no te casares, espeto:15%. Casa, e barateia. O complementar de uma clareza de gua: de 61 a 90 mil, pagas 30 cruzeiros porconto; de 91 a 120, pagas 50; de 121 a 150, morres em 80; de 151 a 200, em 110; de ...

    Tudo no o mesmo dinheiro, ganho do mesmo modo? No. medida que ganhas mais, pagas mais. Salvo acima de trs milhes, quando passars a

    pagar meio conto por conto, at o infinito. Quer dizer: Se fores pessoa jurdica, poders reavaliar o ativo, eno pagas nada. Mas sendo pessoa fsica, simplesmente ...

    Ordenado renda? Por que no? Tudo renda. Se no for renda para ti para o Estado. No tens o biquinho no

    Instituto? Recebes e restituis; mas restituis a ti mesmo, porque o Estado uma cooperativa de cidados.Ou no ?

    Homem tem uma vertigem. Leis, decretos-leis e decretos, armados de aparelhos demicrofilmagem (artigo 206, do 40.702), precipitam-se sobre ele, auscultam-no est morto e danamlentamente, em torno do cadver, ao som de uma sanfona formulrio, uma palavra de Ravel, em adaptaode J. Coringa.

    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, A bolsa e a vida, Rio de Janeiro, Record, 1987, p. 54-56.Questo 21)Com referncia tipologia textual, ao estilo e ao contedo do texto, julgue os itens seguintes.

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    1. O texto caracteriza-se como uma crnica dramtica, por estar embasada em uma situao real e por seressencialmente dialgica.

    2. Grande parte do texto est escrita em discurso direto, ou seja, aquele que reproduz as falas dosinterlocutores.

    3. A maioria dos personagens produto do imaginrio do autor, excetuando-se o protagonista, umapessoa do sexo masculino, que narra os acontecimentos.

    4. As estruturas sintticas das linhas 01 e 02 incluem elementos elpticos.5. A circunstncia temporal no definida precisamente; no entanto, o texto localiza os fatos em uma

    noite de abril de um ano qualquer.Questo 22)Com referncia ao vocabulrio utilizado, julgue os itens a seguir.

    1. O vocbulo improrrogavelmente(l. 06) refora, de um modo impositivo, uma circunstnciatemporal.

    2. Em uma forma gorda, que d 210 voltas(l. 07), encontra-se a referncia a uma mulher robusta,exuberante e agitada.

    3. Na linha 16, os adjetivos pomposa e pfia significam, respectivamente, vultosa e vulgar.4. A expresso ar pacvio(l. 27) pode ser corretamente interpretada como aspecto de tolo.5. O adjetivo ressabiado(l. 34) pode ser substitudo por atemorizado, sem alterao de sentido.

    TEXTO XICONCURSO: MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL

    INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS FISCAL DE CONTRIBUIESPREVIDENCIRIAS

    JOSE agora, Jos?A festa acabou,A luz apagou,O povo sumiu,A noite esfriou,E agora, Jos?E agora, voc?Voc que sem nome,Que zomba dos outros,Voc que faz versos,Que ama, protesta!?E agora, Jos?

    [ ... ]Se voc gritasse,Se voc gemesse,Se voc tocasseA valsa vienense,Se voc dormisse,Se voc cansasse,

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    Se voc morresse ...Mas voc no morre,Voc duro, Jos!

    [ ... ]Sozinho no escuroQual bicho-do-mato,Sem teogonia,Sem parede duraPara se encostar,Sem cavalo pretoQue fuja a galope,Voc marcha, Jos!Jos, para onde?

    CARLOS DRUMMOND DE ANDDRADE, Prosa e poesiacompleta, Rio de Janeiro, Aguilar, 1973, p. 130

    Questo 23)Um aspecto genial da obra literria a sua permanente atualidade; passam-se os anos, e ela

    continua falando ao leitor, apresentando-lhe questionamentos e propondo respostas que ajudem nassolues dos seus problemas. No que diz respeito ao contedo do poema, julgue os itens a seguir.1. O autor apresenta uma situao existencial limite, passvel de acontecer com qualquer indivduo.2. O nome do interlocutor Jos surge como uma ironia frente afirmao contida no oitavo verso.3. O poema tem um contedo trgico, medida que Jos passa da situao aludida na primeira estrofe,

    para a desdita do momento atual, destacada na ltima estrofe.4. Na penltima estrofe, a imortalidade, transgresso caracterstica humana da temporalidade,

    atribuda ao protagonista para lhe conferir carter santificado.5. A expresso temporal E agora(versos 1, 6, 7 e 12) e a circunstncia condicional Se voc (versos

    13 a 15 e 17 a 19) sugerem a aproximao do poema ao seguinte provrbio popular: o que no temremdio, remediado est.

    Questo 24)Com referncia s caractersticas do estilo do autor, apresentadas nos textos X e XI, julgue os

    itens abaixo.1. Ao contrrio do acontece no texto X, o autor utiliza no poema formas que transgridem a lngua

    padro.2. A passagem em ingls ladies first(texto X, l. 16) assim como a referncia cidade de Viena, na

    ustria, (texto XI, verso 16) sugerem que o autor antinacionalista.3. Ao contrrio do que ocorre no texto XI, no texto X, predominam o humor e a linguagem irnica.4. Leis, decretos-leis e decretos, no texto X, bem como o cavalo preto(texto XI, verso 27), so

    animados pelo autor, por meio da figura de linguagem chamada personificao.5. O emprego de certos sinais de pontuao, nos dois textos, indica exteriorizao de estados psquicos

    do falante, como por exemplo, de apelo.TEXTO XII

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    CONCURSO: MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS FISCAL DE CONTRIBUIESPREVIDENCIRIAS

    APERTO NO CONTRIBUINTE(Receita prev que dez milhes de brasileiros vo declarar o IR este ano)

    A Secretaria da Receita Federal quer conhecer melhor a populao brasileira por intermdio dadeclarao do Imposto de Renda de 1998. Para isso, reduziu os limites de iseno para quem tem posses ebens sem rendimentos e para os que tm rendimentos isentos ou tributados exclusivamente na fonte. Comisso, o nmero de declarantes dever subir de 8,8 milhes no ano passado para dez milhes em 1998. Umaumento de 14%. Parte pelo crescimento da populao, parte pelas redues dos limites. Para quem vivedo trabalho, as regras do ano passado foram mantidas. Todos que tiveram rendimentos a partir de R$10.800,00 em 1997 (renda mensal de R$ 900,00) esto obrigados a prestar contas ao fisco.

    De uma maneira geral, as regras para o preenchimento do Imposto de Renda da Pessoa Fsicaesto mantidas, lembrou o supervisor nacional do programa, Luiz Carlos Rocha de Oliveira. Oscontribuintes podero abater integralmente os gastos com previdncia privada e com despesas mdicas, aincludos tratamentos dentrios. Podem descontar ainda R$ 1.080,00 por dependente e os gastos cominstruo at R$ 1.700,00 por dependente e com eles mesmos.

    A Receita quer entrar de cabea na era eletrnica. Segundo o supervisor nacional do Imposto deRenda 1998, esto no forno, sendo preparadas para vir ao mercado, duas grandes novidades. A primeiradelas o Documento de Arrecadao da Receita Federal (DARF) eletrnico. Quem tiver imposto a pagare for usurio de banco pela Internet poder usar este dispositivo, explicou. Sem sair de casa, poderacertar suas contas com a Receita. Outra novidade vai ajudar muito os trabalhadores autnomos.Estamos criando um novo programa em disquete para os autnomos que precisam prestar contas Receita ao longo do ano por meio do carn-leo. O contribuinte vai instalar o programa em seucomputador e far a contabilidade todos os meses. No prximo ano, ter apenas que buscar a informaode quanto pagou com o carn-leo e jogar diretamente na declarao anual, explicou Oliveira.

    Depois de passar o prazo para os contribuintes declararem a declarao do Imposto de Rendadeste ano, vai ser a vez dos isentos que tm CPF e conta bancria fazerem uma espcie derecadastramento. que a Receita Federal quer diminuir o nmero de CPFs existentes no pas. H muitoscasos de pessoas que morreram e continuam cadastradas, muita duplicidade, nmeros de pessoas que noexistem e outros de gente que foi embora do pas., disse. Prazos e formulrios para essa iniciativa aindaesto sendo estudados. Mas Oliveira explicou que o trabalho dever comear em maio ou junho. Quemno se manifestar, ter o nmero de seu CPF cancelado. Estamos estudando, inclusive, um modo de aspessoas se apresentarem por telefone. Mas tambm haver opo de responderem pela Internet e pelostradicionais formulrios.

    LIANA VERDINI, Economia e Trabalho, Correio Braziliense, 14/02/98, p. 16, com adaptaesQuesto 25)Confrontando o texto XII, APERTO NO CONTRIBUINTE, com o texto X, SONHO DE UMA

    NOITE DE ABRIL, quanto s idias apresentadas, ao estilo e forma de discusso do tema, julgue ositens seguintes.1. Ambos os textos discutem o mesmo tema, mas por meio de tipologias diferentes: o texto X narrativo

    e dialgico; o texto XII informativo/dissertativo e apresenta citaes.2. So aspectos presentes nos dois textos: os descontos com instruo, com dependentes, com

    previdncia privada e com despesas mdicas; a faixa de iseno; as modalidades de recolhimento e oprazo para a entrega da declarao.

    3. O texto de Drummond pe em questo a multiplicidade de instrumentos legais que normatizam otema, aspecto que ignorado no texto XII.

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    4. O texto XII, diferentemente do texto X, tem como foco a Secretaria da Receita Federal e noconsidera os sentimentos do cidado na hora do APERTO NO CONTRIBUINTE.

    5. Enquanto o texto X predominantemente conotativo, estruturado em linguagem figurada, o texto XII essencialmente denotativo, primando pela objetividade das informaes.

    Questo 26)Os itens a seguir apresentam perodos do texto XII, reestruturados. Tendo como parmetro o texto

    original, julgue-os quanto manuteno do sentido na nova verso.1. Linhas 15 e 16: Esse dispositivo poder ser utilizado por quem tiver imposto a pagar e for

    usurio de banco pela Internet.2. Linhas 18 a 19: Um novo programa em disquete est por ser criado, ao longo do ano, para os

    autnomos que precisem prestar contas Receita, por meio do carn-leo.3. Linhas 19 e 21: Segundo Oliveira, o contribuinte ter apenas de buscar a informao de quanto

    foi pago por meio do carn-leo e jogar diretamente na declarao anual, no ano seguinte.4. Linhas 24 a 26: Existem casos de muitas pessoas que faleceram e permanecem cadastradas;

    muita duplicidade, nmeros de cadastro de contribuintes inexistentes e outros de pessoas queforam embora do pas.

    5. Linhas 28-29: Estamos estudando um modo de cancelar o CPF das pessoas que no seapresentarem por telefone.

    TEXTO XIIICONCURSO: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO TCU ANALISTA DE FINANAS

    E CONTROLE EXTERNO- REA: CONTROLE EXTERNOEm Os Sertes, Euclides da Cunha descreve com realismo cinematogrfico e grandeza trgica o

    momento em que dois pases irreconciliveis se encontram: o Brasil racional, urbano e republicano dolitoral, aspirante modernidade, e o Brasil arcaico, agrrio, grafo, mstico e profundo do serto, saudosoda monarquia.

    O escritor argentino Jorge Luis Borges considerava Os Sertes um dos grandes picos daliteratura universal. Inspirado no livro de Euclides, o peruano Mario Vargas Lhosa recriou a epopia noromance A guerra do fim do mundo.

    Para a literatura brasileira, a influncia do livro inestimvel, tendo marcado no s os estudoshistricos e sociolgicos, como a melhor fico regionalista, de Graciliano Ramos a Guimares Rosa.

    FOLHA DE SO PAULO, 23/06/96, p. 14, adaptadoQuesto 27)Em relao s idias do texto, julgue os itens que se seguem.

    1. O texto informa que o livro Os Sertes serviu de inspirao para obras cinematogrficas.2. Na poca da Guerra de Canudos, aspirava modernidade a parte republicana do Brasil, ou seja, as

    metrpoles situadas ao litoral.3. O Brasil rural, analfabeto e mstico do serto tinha saudades da monarquia e se opunha parte

    republicana.4. Graciliano Ramos e Guimares Rosa influenciaram com sua marca regional o livro Os Sertes, de

    Euclides da Cunha.5. Na caracterizao de Os Sertes, segundo Euclides da Cunha realismo est para grandeza, assim

    como cinematogrfico est para trgica.

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    TEXTO XIVCONCURSO: BANCO CENTRAL DO BRASIL DEPARTAMENTO DE

    ADMINISTRAO DE RECURSOS HUMANOS - PROCURADORFUSES E AQUISIES NO MERCADO FINANCEIRO

    1 Como o senhor v a intensa movimentao no mercado financeiro internacional, com asfuses entre grandes bancos se tornando cada vez mais comuns?

    HM As fuses entre grandes bancos e instituies financeiras so conseqncia natural de umanova realidade de mercado, que a economia globalizada.

    Com a informatizao e a abertura acelerada do comrcio mundial e a integrao dosmercados internacionais as empresas tiveram que abandonar seu modelo nacional de atuao e constatou-se que as organizaes, por maiores que fossem, ainda no estavam preparadas para atuar em um mercadocom estas dimenses. A concorrncia tambm tornou-se duplamente rdua. Alm de enfrentar maisadversrios, seus antigos adversrios locais tornaram-se tambm adversrios globais. O jogo mudou e asregras tambm.

    Os mercados locais de alguns pases desenvolvidos, como os Estados Unidos, mostram-se cadavez mais saturados, com crescimento lento. Com isso, ou se procura novos mercados, ou tenta-se crescerdentro deste mercado da nica forma possvel: comprando um concorrente e tentando, com isso, aumentara sua participao. isso que vem ocorrendo no mercado internacional.

    2 E no Brasil?HM No Brasil, certamente o mercado no est saturado e ainda h muito espao para crescer. O

    que ocorre que h um reflexo natural desta movimentao internacional, j que o pas, cada vez mais,integra-se ao mercado global. Mas h tambm uma situao especial resultante do plano de estabilizaoeconmica, que trouxe tona alguns problemas de gesto em instituies que no se prepararam paraatuar e competir em tempos de inflao baixa e declinante. No uma tendncia geral do mercado, noentanto. Tratam-se de casos isolados e que o prprio mercado tem sabido absorver muito bem.

    Transcrio literal de parte da entrevista dada pelo Sr. Henrique Meirelles, Presidente do Banco deBoston, Revista Style & Money (ano 2), n 4, maro/abril de 1996, p. 4-5.

    Questo 28)A lngua portuguesa, assim como outras lnguas naturais, oferece mltiplas possibilidades

    combinatrias para os falantes. Por isso, a mesma informao pode ser comunicada de vrias maneirasdiferentes, com variaes na estrutura morfossinttica. ,mantendo-se a significao desejada. Tendo porbase esse postulado e considerando o sentido da informao dada na primeira resposta da entrevista,julgue os itens a seguir.1. O pargrafo inicial da resposta contm a seguinte informao: Esta nova realidade do mercado, a

    economia globalizada, ocasiona, naturalmente, a fuso dos grandes bancos com outrasinstituies financeiras.

    2. No segundo pargrafo, a primeira parte da resposta (ls. 05-07) registra: As empresas foram foradasa abandonar sua forma natural de atuao, devido a trs razes, a abertura acelerada docomrcio internacional e a integralizao dos mercados mundiais.

    3. Ainda no segundo pargrafo, uma informao complementar (ls. 06-07) a constatao,conseqente, de que at as grandes organizaes no estavam capacitadas atuao em ummercado de to grandes propores.

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    4. Os perodos A concorrncia tambm tornou-se duplamente rdua. Alm de enfrentar maisadversrios, seus antigos adversrios locais tornaram-se tambm adversrios globais.(ls. 08-10)informam que a concorrncia ficou mais difcil proporo que os adversrios locais tornaram-se,porque mais numerosos, adversrios globais.

    5. No terceiro pargrafo (ls. 11-15), analisando a saturao dos mercados locais, o entrevistado prevpelo menos duas alternativas para as empresas superarem o crescimento desacelerado: a busca poroutros mercados e a permanncia no mercado, coligando-se a um concorrente, com vistas maiorparticipao.

    QUESTO SEM BASE EM TEXTOCONCURSO: BANCO CENTRAL DO BRASIL DEPARTAMENTO DE

    ADMINISTRAO DE RECURSOS HUMANOS PROCURADORQuesto 29)A ltima pergunta feita ao Sr. Henrique Meirelles, durante a entrevista, foi: Como ficam os

    planos de investimento no Brasil? A resposta dada contempla, com supresses, os seguintes aspectos,aqui apresentados em tpicos.

    I. Justamente por isso podemos dizer que o Brasil deve ser um dos maiores beneficiriosdesta fuso, que vai trazer para c toda a sua experincia e tecnologia em pessoa fsica.

    II. O interesse do Banco de Boston pelo pas se justifica pelo grande crescimento quetivemos nos ltimos anos. um mercado fundamental para a instituio.

    III. Reforaremos tambm nossa atuao na rea de pessoas fsicas, conforme vnhamosfazendo. Nossos planos incluem a abertura de 15 novas agncias no Brasil em 1996 emais 20 em 1997.

    IV. Tanto o nmero de cartes de crdito administrados pelo banco quanto o nmero decorrentistas devem apresentar um crescimento substancial.

    V. Podemos dizer que, hoje, detemos a mais avanada tecnologia do mundo no setorbancrio e esta tecnologia vai estar, em breve, disposio de nossos cliente brasileiros.

    Aplicando os conhecimentos de tipologia textual habilidade de compreenso detalhada de umaresposta, em funo da pergunta formulada, julgue os itens abaixo.1. Na ordem apresentada, os tpicos formam um nico pargrafo coerente.2. O tpico II, pela sua estrutura interna, no pode ser colocado no incio da resposta pergunta

    formulada.3. Os tpicos III, IV e I esto inter-relacionados e, nesta seqncia, apresentam um desenvolvimento

    coerente.4. A seqncia do tpico IV antecedendo ao tpico II apresenta uma coeso interna capaz de dar um tom

    conclusivo resposta.5. A organizao interna do tpico V, com a circunstncia temporal bem marcada pela presena do

    advrbio hoje, faculta dupla leitura: tanto serviria abertura quanto ao fechamento da resposta.TEXTO XVCONCURSO: MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL

    INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS PROCURADORLeia o texto seguinte para responder questo seguinte.

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    Se parece mtica a imagem do homem cordial brasileiro como componente intrnseco de suanatureza, h nela, entretanto, um forte condimento de plausibilidade.

    Um exemplo tem sido lembrado como algo espantoso: o hedonismo, quando no, o suntuarismonosso, mesmo quando j institucionalizado pelo circuito comercial e propagandstico: toda uma populaose empenha durante um ano para o brilho do seu carnaval; toda uma populao vibra de emoo com ofutebol, em turnos anualmente multiplicados, regional e nacionalmente; toda uma populao participa,quando no na f, na esperana e na prtica da religio, no fugindo em grande parte a dizer-se pertencer aduas, trs (as estatsticas particulares das mltiplas crenas em curso entre ns, se somadas, dariam aoBrasil uma populao muito maior que a real); o calendrio festival folclrico e popular brasileiro deriqueza estonteante; msica e dana, locais, regionais, nacionais se multiplicam. A permissividade sexualsobretudo juvenil, com visos hedonsticos e competitivos, incrementada pelo consumismo na cadnciamesma da propaganda venal, vendvel, se ainda confinada etariamente, confina-se a uma faixa etriaque talvez seja a maior da demografia brasileiro, tendendo, assim, em breve, a ser tambm das faixas maisvelhas, por seu prprio envelhecimento.

    Nos valores ambguos dessas manifestaes, h um permanente: a marca da extrema sociabilidadebrasileira, que reaviva e retempera as inclinaes populares nacionais, apontando sempre na direo dademocracia social e da democracia racial.

    ANTNIO HOUAISS, A crise da nossa lngua de cultura, p. 47.Questo 30)Julgue os itens a seguir.

    1. A palavra plausibilidade(l. 02) significa, no texto, qualidade do que aceitvel, razovel,possvel, admissvel.

    2. A palavra hedonismo(l. 03) significa forma de pensamento que considera o prazer individual eimediato como o nico bem possvel, princpio e fim da vida moral.

    3. Na palavra suntuarismo(l. 03), tem-se uma forma derivada da mesma raiz de suntuoso,suntuosidade.

    4. A palavra visos(l. 11) significa, no texto, aspectos.5. propagandstico(l. 04), calendrio(l. 09), vendvel(l. 12), etria(l. 12) e prprio(l. 14)

    acentuam-se com base na mesma regra gramatical.

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    GABARITO01) C-C-C-E-E 02) E-E-C-C-E 03) C-C-E-C-C 04) E-E-C-C-E 05) E-E-E-E-E06) C-C-C-C-E 07) C-C-C-C-C 08) C-C-E-C-C 09) E-E-C-C-E 10) E-E-C-C-C11) E-E-C-E-E 12) C-E-C-C-C 13) C-E-E-E-E 14) E-E-C-E-E 15) C-C-C-C-E16) C-E-E-E-E 17) C-C-C-E-E 18) C-E-C-E-C 19) E-E-E-E-E 20) C-E-E-C-C21) E-C-C-C-C 22) C-E-E-C-E 23) C-C-C-E-C 24) E-E-C-E-C 25) C-E-C-C-C26) C-E-C-C-E 27) E-E-C-C-E 28) E-C-E-C-C 29) E-E-C-E-C 30) C-C-C-C-E