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    RELAES SEMNTICASQuestes comentadas

    Prof. Jorge Jr.www.profjorge.com.br

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    1. (Insper 2012)

    Para criticar a poss!vel aprova"#o de um novoimposto pelos deputados, o cartunista adotou comoestratgiasa) polissemia das palavras e onomatopeia.b) traos caricaturais e eufemismo.

    c) paradoxo e repetio de palavras.d) metonmia e crculo vicioso.e) preterio e prosopopeia.

    [A] - A palavra usada com sentidos diferentes emmomentos que retratam situaes distintas. No

    primeiro, o personagem usa a palavra sade como

    substantivo para referir-se de maneira genrica aosorganismos pblicos que cuidam do combate adoenas. No segundo, como uma interjeio parafazer um brinde ou saudao. Na ltima fala da

    charge, a interjeio tim-tim, palavra onomatopaica

    que reproduz o som de taas, usada com omesmo sentido, foneticamente semelhante expresso tim-tim por tim-tim usada no primeiro

    enquadramento com o sentido de sem omitir nada.Assim, o cartunista adotou como estratgias apolissemia das palavras e a onomatopeia, como se

    afirma em [A].

    TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:A palavra

    Tanto que tenho falado, tanto que tenhoescrito $ como no imaginar que, sem querer, 4feri

    algum? s vezes sinto, numa pessoa que acabode conhecer, uma hostilidade surda, ou umareticncia de mgoas. 1Imprudente 5ofcio este, deviver em voz alta.

    11s vezes, tambm a gente tem o 6consolode saber que alguma coisa que se disse por acasoajudou algum a se 9reconciliar consigo mesmo oucom a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, asentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.

    Agora sei que outro dia eu disse uma

    palavra que fez bem a algum. Nunca saberei quepalavra foi; deve ter sido alguma frase 7espontneae distrada que eu disse com naturalidade porquesenti no momento $e depois 3esqueci.

    Tenho uma amiga que certa vez ganhou umcanrio, e o canrio no cantava. Deram-lhereceitas para fazer o canrio cantar; que falassecom ele, cantarolasse, batesse alguma coisa aopiano; que pusesse a gaiola perto quandotrabalhasse em sua mquina de costura; quearranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo,outro canrio cantador; at mesmo que ligasse ordio um pouco alto durante uma transmisso de

    jogo de futebol... mas o canrio no cantava.Um dia a minha amiga estava sozinha em

    casa, distrada, e assobiou uma pequena frasemeldica de Beethoven $ e o canrio comeou acantar alegremente. Haveria alguma 8secretaligao entre a alma do velho artista morto e opequeno pssaro cor de ouro?

    2Alguma coisa que eu disse distrado $talvez palavras de algum poeta antigo $ foi10despertar melodias esquecidas dentro da alma dealgum. Foi como se a gente soubesse que derepente, num reino muito distante, uma princesamuito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao

    corao do povo; iluminasse um pouco as suaspobres choupanas e as suas remotas esperanas.

    RUBEM BRAGAPROENA FILHO, Domcio (org.). Pequenaantologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.

    2.(Uerj 2012) Alguma coisa que eu disse distrado$ talvez palavras de algum poeta antigo $ foidespertar melodias esquecidas dentro da alma dealgum. (ref.2)

    O cronista revela que sua fala ou escrita podeconter algo escrito por algum poeta antigo.

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    Ao fazer essa revelao, o cronista se refere aoseguinte recurso:a) polissemiab) pressuposioc) exemplificaod) intertextualidade

    [D] - Pode-se definir a intertextualidade como sendoa criao de um texto a partir de um outro jexistente. O cronista, ao revelar que sua escrita

    pode conter algo escrito por algum poeta antigo,refere-se metalinguisticamente a esse tipo dedilogo entre textos, que pode acontecer de formamais ou menos implcita.

    3. (Fuvest 2009) Examine a tirinha e responda aoque se pede.

    a)O sentido do texto se faz com base na polissemiade uma palavra. Identifique essa palavra e expliquepor que a indicou.

    b) A tirinha visa produzir no s efeito humorsticomas tambm efeito crtico. Voc concorda com essaafirmao? Justifique sua resposta.

    a) Trata-se da palavra "veculo", que pode significar

    meio usado para transportar ou

    conduzir pessoas, coisas, animais ou algo capaz de

    transmitir, propagar algo. No texto, o humor ocorre

    porque Mafalda troca um sentido pelo outro.

    b) Sim. O sentido crtico da tirinha provm daassociao entre os rudos emanados do televisor,que sugerem o contedo violento e "apelativo" da

    programao, e a ideia de cultura.

    4. (Unicamp 2006) Na sua coluna diria do Jornal"Folha de S. Paulo" de 17 de agosto de 2005, JosSimo escreve: "No Brasil nem a esquerda direita!".

    a) Nessa afirmao, a polissemia da Ingua produzironia. Em que palavras est ancorada essa ironia?

    b) Quais os sentidos de cada uma das palavrasenvolvidas na polissemia acima referida?

    c) Comparando a afirmao "No Brasil nem aesquerda direita" com "No Brasil a esquerda no direita", qual a diferena de sentido estabelecidapela substituio de 'nem' por 'no'?

    a) A ironia est presente nas palavras "esquerda" e

    "direita".

    b) Esquerda: "tendncia poltica ligada a

    reivindicaes populares, trabalhistas, socialistas ou

    comunistas". Direita: "tendncia poltica

    conservadora ou reacionria em relao sreformas sociais" e, como adjetivo, "correta,

    honesta." A polissemia criada pelo autor ironiza os

    partidos de esquerda que no agem com

    honestidade.

    c) "Nem", no contexto, expressa a ideia de adio e

    significa "inclusive no", "tambm no", ou seja, d

    uma ideia de que todos so desonestos, inclusive a

    esquerda. J o sentido de "no" apenas de

    negao e entende-se que a esquerda no

    honesta.

    TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:I. Esta terra, Senhor, parece-me que, daponta que mais contra o sul vimos, at outra pontaque contra o norte vem, de que ns deste pontotemos vista, ser tamanha que haver nela bemvinte ou vinte e cinco lguas por costa. Tem, aolongo do mar, em algumas partes, grandesbarreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e aterra por cima toda ch e muito cheia de grandesarvoredos. De ponta a ponta tudo praia redonda,muito ch e muito formosa.

    Pelo serto nos pareceu, vista do mar,muito grande, porque a estender d'olhos nopodamos ver seno terra com arvoredos, que nosparecia muito longa.

    [...]

    As guas so muitas e infindas. E em talmaneira graciosa que, querendo aproveit-la, tudodar nela, por causa das guas que tem.

    Porm, o melhor fruto que dela se pode tirarme parece que ser salvar esta gente. E esta deveser a principal 1semente que Vossa Alteza nela develanar.

    CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha .Porto Alegre: L&PM, 1996. p.97-98.

    II. - Em toda a parte - no acha, meupadrinho? - h terras frteis.

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    Mas como no Brasil, apressou-se ele emdizer, h poucos pases que as tenham. Vou fazer oque tu dizes: plantar, criar, cultivar o milho, o feijo,a batata inglesa... Tu irs ver as minhas culturas, aminha horta, o meu pomar - ento que teconvencers como so fecundas as nossas terras!

    A ideia caiu-lhe na cabea e germinou logo.O terreno estava amanhado e s esperava uma boa2

    semente. [...][...]

    As primeiras semanas que passou no"Sossego", Quaresma as empregou numaexplorao em regra da sua nova propriedade.Havia nela terra bastante, velhas rvores frutferas,um capoeiro grosso com camars, bacurubus,tinguacibas, tibibuias, monjolos, e outros espcimes.

    Anastcio que o acompanhara, apelava para assuas recordaes de antigo escravo de fazenda, eera quem ensinava os nomes dos indivduos damata a Quaresma muito lido e sabido em coisas

    brasileiras.BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.So Paulo: tica, 1996. p. 74-76.

    5.(Ufba 2006) Analise o jogo semntico, ou seja, apolissemia que se verifica no emprego da palavra"semente" (ref. 1) em comparao com "semente"(ref. 2), identificando, qual o sentido em que essapalavra foi usada em cada caso.

    TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:

    O gosto da surpresaBetty MilanPsicanalista e escritora

    Nada melhor do que se surpreender, olharo mundo com olhos de criana. Por isso as pessoasgostam de viajar. Nem o trnsito, nem a fila noaeroporto, nem o eventual desconforto do hotel soempecilhos neste caso. S viajar importa, ir de umpara outro lugar e se entregar cena que sedescortina. Como, alis, no teatro.

    O turista compra a viagem baseado nasgarantias que a agncia de turismo oferece, mas se

    transporta em busca de surpresa. Porque delaque ns precisamos mais. Isso explica a clebrefrase navegar preciso, viver no, erroneamenteatribuda a Fernando Pessoa, j que data da IdadeMdia.

    Agora, no necessrio se deslocar noespao para se surpreender e se renovar. Olharatentamente uma flor, acompanhar o seudesenvolvimento, do boto ptala cada, pode serto enriquecedor quanto visitar um monumentohistrico.

    Tudo depende do olhar. A gente tanto podeolhar sem ver nada quanto se maravilhar, uma

    capacidade natural na criana e que o adultoprecisa conquistar, suspendendo a agitao da vidacotidiana e no se deixando absorver porpreocupaes egocntricas. Como diz um provrbiochins, a lua s se reflete perfeitamente numa guatranquila.

    O que ns vemos e ouvimos depende dens. A meditao nos afasta do clamor do cotidianoe nos permite, por exemplo, ouvir a nossarespirao. Quem escuta com o esprito e no como ouvido, percebe os sons mais sutis. Ouve osilncio, que o mais profundo de todos os sons,como bem sabem os msicos. Numa de suasmsicas, Caetano Veloso diz que s o Joo(Gilberto) melhor do que o silncio. Porque osilncio permite entrar em contato com um outro eu,que s existe quando nos voltamos para nsmesmos.

    H milnios, os asiticos, que valorizam alongevidade, se exercitam na meditao, enquantons, ocidentais, evitamos o desligamento que elaimplica. Por imaginarmos que sem estar ligado no possvel existir, ignoramos que o afastamento docircuito habitual propicia uma experincia nica dens mesmos, uma experincia sempre nova.

    Desde a Idade Mdia, muitos sculos sepassaram. Mas o lema dos navegadores continuaatual. Surpreender-se preciso. A surpresa averdadeira fonte da juventude, promessa derenovao e de vida.

    (Veja,Editora Abril, edio 2184 ano 43 n 39,29/09/2010, p. 116)

    1. (G1 - ifal 2011) No trecho: ...suspendendo aagitao da vida cotidiana e no se deixandoabsorver por preocupaes egocntricas, aspalavras grifadas mantm, com os vocbulosabsolver e personalistas, uma relao de:a) homonmia e sinonmia, respectivamente.

    b) sinonmia e homonnia, respectivamente.c) antonmia e paronmia, respectivamente.d) antonmia e sinonmia, respectivamente.e) paronmia e sinonmia, respectivamente.

    [E] - A paronmia designa o fenmeno que ocorre

    com"#$#%' '()($*#+,('(mas no idnticas)-.#+,/

    0 1# /. 0 "&/+4+53#6 como em absorver e

    absolver. A sinonmia refere-se relaosemntica estabelecida entre lexemas da mesmacategoria morfossinttica que possuem significadoequivalente, como egocntricas e personalistas.

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