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Língua Portuguesa Questões comentadas do CESPE/UnB Prof. Fernando Pestana Aula 06 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 AULA 06: Regência e Crase SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Questões do CESPE/UnB 02 2- Gabarito Comentado 15 Salve, salve, meus alunos inquietos! O curso já vai chegando ao fim... contagem regressiva... Espero que você, meu/minha nobre, venha apreciando este curso tão bem pensado e organizado por mim, com todo o carinho. Que o sucesso — sua classificação — seja o reflexo de seu esforço nos estudos. Torço muito por você! De verdade! Bem, a aula de hoje fala sobre assuntos extremamente recorrentes em toda e qualquer prova de concurso público: Regência e Crase. Muuuuuita decoreba, pouca lógica, principalmente em regência! Para isso, farei uso dos dicionários de Regência Nominal e Verbal, de Celso Pedro Luft e de Francisco Fernandes. Tomarei como base também nosso velho conhecido Evanildo Bechara (o cara!). Enfim, estamos em boa companhia. É bom destacar que os ‘homens da banca’ às vezes são imprevisíveis: ora trabalham questões de regência pela visão tradicional, ora trabalham questões de regência pela visão moderna. Tentarei ser o mais minucioso possível para que você não seja pego de surpresa. Ok? Em outras palavras, fique atento às minhas observações sobre a visão tradicional (ortodoxa) e a moderna. Fica a dica: ao ver uma questão de regência, analise com cuidado todas as alternativas, buscando a melhor resposta sobre o assunto. Isso vale para outros pontos polêmicos na gramática — bem que os gramáticos poderiam uniformizar o ensino da gramática, não? Ou, pelo menos, os ‘homens da banca’ poderiam adotar uma visão só, não é? C’est la vie! Enfim... vejamos o padrão CESPE novamente! Como não somos dos que fraquejam, vamos juntos RUMO AO SUCESSO!

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São questões resolvidas do CESPE por professor do curso estratégia. Muito Bom.

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AULA 06: Regência e Crase

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Questões do CESPE/UnB 02 2- Gabarito Comentado 15

Salve, salve, meus alunos inquietos!

O curso já vai chegando ao fim... contagem regressiva...

Espero que você, meu/minha nobre, venha apreciando este curso tão bem pensado e organizado por mim, com todo o carinho. Que o sucesso — sua classificação — seja o reflexo de seu esforço nos estudos. Torço muito por você! De verdade! Bem, a aula de hoje fala sobre assuntos extremamente recorrentes em toda e qualquer prova de concurso público: Regência e Crase. Muuuuuita decoreba, pouca lógica, principalmente em regência! Para isso, farei uso dos dicionários de Regência Nominal e Verbal, de Celso Pedro Luft e de Francisco Fernandes. Tomarei como base também nosso velho conhecido Evanildo Bechara (o cara!). Enfim, estamos em boa companhia.

É bom destacar que os ‘homens da banca’ às vezes são imprevisíveis: ora trabalham questões de regência pela visão tradicional, ora trabalham questões de regência pela visão moderna. Tentarei ser o mais minucioso possível para que você não seja pego de surpresa. Ok? Em outras palavras, fique atento às minhas observações sobre a visão tradicional (ortodoxa) e a moderna.

Fica a dica: ao ver uma questão de regência, analise com cuidado

todas as alternativas, buscando a melhor resposta sobre o assunto. Isso vale para outros pontos polêmicos na gramática — bem que os gramáticos poderiam uniformizar o ensino da gramática, não? Ou, pelo menos, os ‘homens da banca’ poderiam adotar uma visão só, não é? C’est la vie! Enfim... vejamos o padrão CESPE novamente! Como não somos dos que fraquejam, vamos juntos RUMO AO SUCESSO!

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Questões do CESPE/UnB Bem... para que eu não tenha que ficar como um maluco, o tempo todo, dizendo por que sim, por que não a respeito de crase, segue uma aula de crase completa para você (leia se desejar... mas eu recomendo, rs).

Antes de mais nada, quem aqui tem medo de crase? Espero que ninguém. Se houver alguém, verá que... seus problemas acabaram! A crase é a fusão de duas vogais idênticas, amigo: A + A. A primeira vogal A é uma preposição, a segunda vogal A é um artigo ou um pronome demonstrativo. Eles se fundem (fundem!) e... voilà!... ocorre o fenômeno chamado crase. É isso mesmo, a crase é um fenômeno e não um acento gráfico. O acento gráfico que você provavelmente um dia chamou de crase nunca foi A CRASE. “Como assim?” De novo: a crase é um fen... Isso, um fenômeno. Está claro isso? Maravilha! O acento agudo ao contrário (rs) é chamado de acento GRAVE (`). Ele é o responsável por indicar que houve o fenômeno chamado crase. Resumindo: A + A = À. Safo? “Muito bem. Mas como essas vogais se fundem formando a crase?” Muito simples, a preposição A se contrai com o A (artigo), ou com o A(S) (pronome demonstrativo), ou com o A (vogal que inicia os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo), ou, ainda, com o A (pronome relativo a qual). Nada melhor que exemplos:

A (preposição) + A (artigo) = À

Eu nunca resisto à lasanha da minha mãe. Quem nunca resiste, nunca resiste A (preposição) + A (artigo que vem antes do substantivo feminino lasanha). Foi? Ou está se passando pela sua cabeça assim: “Poxa, como é que ele sabia que havia um artigo feminino a antes do substantivo feminino lasanha?” Muito simples.

BIZU: para sabermos se haverá crase (A+A=À), basta colocarmos o artigo antes do substantivo e criar uma frase hipotética, colocando-o como sujeito da frase: “A lasanha da minha mãe é ótima”. Percebe que a ausência do artigo tornaria a frase estranha? Veja: “Lasanha da minha mãe...” Estranho, não? Logo, o artigo antes da palavra lasanha é óbvio! Este método é ótimo para perceber se há ou não artigo antes de um substantivo. Ok? Fique esperto!

Veja outro exemplo:

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Eu cheguei à Brasil, mas, como de costume, ela estava engarrafadíssima! “Ué, Pestana, você está maluco? Brasil é uma palavra masculina, ora; é O Brasil e não A Brasil!” Calma, calma. Olhos abertos! Às vezes, o substantivo vem implícito (lembra-se da elipse?). Você deveria ter visto assim: “Eu cheguei à avenida Brasil...” Ou seja, quem chega, chega A (preposição) + A (artigo) avenida. Percebeu agora? A+A=À. Simples assim.

A (preposição) + A(S) (pronome demonstrativo) = À

Antes de mais nada, há dois casos em que o vocábulo A pode ser um pronome demonstrativo, equivalendo ao pronome aquela: antes de pronome relativo que e antes de preposição de: A (=aquela) que chegou era minha filha. / Minha casa é linda, mas a (=aquela) dele...

Agora sim, o princípio da crase é o mesmo, beleza? Veja:

Nós nos referimos à que foi 01 do concurso para Técnico Administrativo.

Sobre as aulas, fizemos alusão às do Pestana e às do Fabiano Sales.

No primeiro caso, quem se refere, se refere A (preposição) + A (pronome demonstrativo). No segundo caso, quem faz alusão, faz alusão A + AS (pronome demonstrativo). A (preposição) + Aquele(a/s), Aquilo (pronomes demonstrativos)

= Àquele(a/s), Àquilo

A bebida é sempre nociva àqueles que se embriagam. O que é nocivo, é nocivo A (preposição) + Aqueles (pronome demonstrativo).

A (preposição) + A QUAL (pronome relativo) = À QUAL Espero que você se lembre agora de que, se um verbo ou um nome exigindo preposição vier depois do pronome relativo, a preposição ficará antes do pronome relativo. Lembrou? Todas as professoras de Língua Portuguesa às quais me dirigi são boas.

A explicação à qual tenho direito finalmente me foi dada.

No primeiro caso, o verbo pronominal dirigir-se exige a preposição A, que se aglutina no A QUAL (pronome relativo). No segundo caso, o

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nome direito também exige a preposição A, que se aglutina no A QUAL (pronome relativo), formando À QUAL. Não há só esses casos acima, há também mais quatro casos: obrigatórios, proibidos, especiais e facultativos. Veja:

Casos Obrigatórios

• Locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e prepositivas com núcleo feminino iniciadas pela preposição ‘a’

Ex.: Aquela briga à toa não serviu a nada. (locução adjetiva) Comprei um barco à vela. (locução adjetiva) Cheguei às cinco horas da tarde. (locução adverbial) Às pressas tive de sair de casa. (locução adverbial)

À medida que/À proporção que estudo, fico melhor. (locução conjuntiva)

Einstein estava à frente de seu tempo. (locução prepositiva)

Obs.: 1- A locução adjetiva a distância não recebe acento indicativo de crase. Por exemplo: Fiz um curso à distância (errado). Fiz um curso a distância (certo). Se ela vier especificada, ocorre acento indicativo de crase: Fiz um curso à distância de cem metros da minha casa. 2- Há muitas outras expressões adverbiais que recebem acento grave. Mas algumas expressões adverbiais (de meio e de instrumento) recebem acento grave facultativo. Digo isso, pois a visão gramatical é polêmica. Alguns dizem que sim, outros dizem que não. Infelizmente não há unidade de pensamento. Use sempre seu bom senso na prova. Exemplo: Eu costumo escrever a (à) caneta (instrumento). Não gosto de comprar a (à) prestação (meio). 3- Alguns casos, por motivo de clareza e para evitar a ambiguidade, a presença do acento grave é muito importante. Veja um caso: “Matou a cobra à onça” (ou seja, a cobra matou a onça). Veja outro: “Eu lavei a mão (sem acento grave, significa higienizar a mão) / Eu lavei à mão (com acento grave, significa usar a mão para lavar)”. 4- A/em domicílio (no lugar de residência): a expressão a domicílio é usada quando o verbo pede a preposição a: “Leva-se pizzas a domicílio” (Leva-se algo a algum lugar). Já em domicílio é usada se o verbo pede a preposição em: Pizzas? Entregamos em domicílio. (Entrega-se algo em algum lugar). Nunca à domicílio!!! Se a pizza for boa, pode pedir. ☺

• Com as locuções prepositivas implícitas “à moda de, à maneira de”

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Ex.: Comi uma caça à espanhola ontem. Hoje comerei um filé à

Osvaldo Aranha. Quem sabe amanhã um tutu à mineira... Sua poesia à Drummond chamou a atenção dos críticos.

Obs.: Quando você vai a um restaurante, lá vem o cardápio... Procure da próxima vez estes pratos: Frango a passarinho e Bife a cavalo. Já viu, não é? Estavam escritos assim: Frango à passarinho e Bife à cavalo. “Por que o homem do cardápio faz isso, Pestana?” Sei lá, meu nobre! Acho que é porque ele não teve aula comigo ainda... rs... Bem, o fato é que não se pode comer um frango à maneira do passarinho, porque passarinho não come frango de maneira alguma. O mesmo vale para o cavalo, meu amigo.

Casos Proibidos

• Antes de substantivos masculinos Ex.: Andou a cavalo pela cidadezinha. • Antes de substantivos usados em sentido geral e indeterminado, ou

pluralizados Ex.: Não vou a festas. Eu fiz menção a homem, não a criança, tampouco a mulher. • Antes de artigo definido ‘uma’ Ex.: Fui a uma reunião muito importante domingo. Obs.: Diante do numeral, crase: Chegarei à uma (hora). • Antes de pronomes pessoais, pronomes interrogativos, pronomes

indefinidos, pronomes demonstrativos e pronomes relativos Ex.: Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. (pessoal) A quem vocês se dirigiram no Plenário? (interrogativo) Assisti a toda peça de teatro no RJ. (indefinido) Levei o documento a esta advogada aqui. (demonstrativo) A atriz a cuja peça aludi já ganhou um prêmio. (relativo)

Obs.: Pode haver crase antes dos pronomes pessoais de tratamento “senhora e senhorita” (e das formas de tratamento dama, madame, doutora, etc.), antes dos

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pronomes indefinidos “demais, mesma(s), outras, tal e várias”, antes dos pronomes demonstrativos “aquele(a/s), aquilo” e antes do pronome relativo “a qual”.

• Antes de numerais não determinados por artigo. Ex.: O político iniciou visita a duas nações europeias.

(se as nações forem determinadas, aí haverá crase: O político iniciou visita às duas nações europeias.)

• Antes de verbos no infinitivo Ex.: A partir de hoje serei uma pessoa melhor. Voltei a estudar.

• Depois de outra preposição (para, normalmente) Ex.: Fui para a Itália. • Entre palavras repetidas Ex.: Quero que você fique cara a cara e diga a verdade.

Casos Especiais

• Não há crase antes da palavra casa, exceto se vier especificada Ex.: Fui a casa resolver um problema. Fui à casa dela resolver um problema. • Não há crase antes da palavra terra (em oposição a bordo, no

contexto frasal); se estiver especificada, há crase; afora isso, pode haver crase na boa

Ex.: Os marinheiros retornaram a terra. Os marinheiros retornaram à terra natal. O amor à Terra deve imperar, pois é nosso lar. Viemos da terra e à terra voltaremos. • Em paralelismos sintáticos (repetição de termos sintáticos) — se

houver determinante antes de um termo, haverá artigo no termo seguinte, resultando na crase

Ex.: A loja funciona de segunda a quinta, de 8h as 18h. Mas,

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A loja funciona da segunda à quinta, das 8h às 18h. Ela se molhou dos pés à cabeça. Trabalho deste domingo à sexta; depois, férias! • Antes de topônimos (nomes de lugar) que aceitam artigo Ex.: Fui à Bahia (criando uma frase hipotética como esta,

percebemos que o topônimo aceita artigo: Eu gosto da Bahia) Fui a Ipanema (Eu gosto da Ipanema??? Não, eu gosto de

Ipanema, sem artigo, logo não há crase) Agora, se o topônimo que não aceita artigo estiver especificado, crase! Fui à linda Ipanema da canção de Vinícius.

Obs.: Antes de alguns topônimos, a crase é facultativa: Europa, Ásia, África, Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Escócia e Flandres.

Casos Facultativos

• Antes de pronomes possessivos adjetivos femininos Ex.: Enviamos cartas a (à) nossa filha que está em Paris.

Obs.: Se o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo), crase obrigatória! Exemplo: Enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

• Antes da locução prepositiva ‘até a’ Ex.: Dirija-se até a (à) porta. • Antes de nomes próprios femininos Ex.: Sou fiel a (à) Juliana.

Obs.: Se houver intimidade com a pessoa, a crase é obrigatória. Antes de nomes célebres, famosos, ilustres não há crase.

Bem, acho que agora dá, não é? Chega de enrolação e vamos ao que interessa. Boa resolução para todos!

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CESPE/UnB – BRB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011 Fragmento de texto

1- No trecho “essa propensão tenderá à aceleração” (L.25), o uso do sinal indicativo de crase não é obrigatório, haja vista que o verbo tender, com o sentido empregado no texto, pode ter complementação direta ou indireta, isto é, com ou sem preposição. CESPE/UnB – TJ/ES - ANALISTA JUDICIÁRIO (LETRAS) – 2011

2- Em “à natureza” (L.9-10), o emprego do sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” (L.9) está sendo utilizado com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de crase: com a natureza. CESPE/ UnB – CORREIOS – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Fragmento de texto

3- O emprego do sinal indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” (L.14-15) manteria a correção gramatical do texto.

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CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO (TAQUIGRAFIA) – 2011 Fragmento de texto

4- Seriam desrespeitadas as regras gramaticais caso se substituísse, na expressão “à custa de” (L.4), o vocábulo “custa” por custas. Fragmento de texto

5- O emprego do sinal indicativo de crase em “à livre consciência individual” (L. 19) justifica-se pela regência do termo “adesão” (L. 18) e pela presença de artigo feminino. 6- A omissão do sinal indicativo de crase no trecho “à razão crítica” (L.16) não prejudicaria a correção gramatical do período, mas tornaria o trecho ambíguo. CESPE/UnB – FUB – MÉDICO – 2011 Fragmento de texto

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CESPE/UnB – CNPQ – ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA JÚNIOR – 2011 Fragmento de texto

8- O emprego do sinal indicativo de crase em “à vida social” (L.25-26) e “à vida coletiva” (L.27) é exigido por “atribuíveis” (L.25), no primeiro caso, e por “adequadas” (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que, nos dois casos, restringe o substantivo “vida”. CESPE/UnB – TJ/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 9- Nos trechos “chegou à sala de aula” (L.7) e “uma referência à xepa” (L.8), o emprego do sinal indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo “referência”. CESPE/UnB – PC/ES – PERITO CRIMINAL ESPECIAL – 2011 Fragmento de texto

10- O uso do acento grave no pronome “àquela” (L.23) é obrigatório. Fragmento de texto

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11- Na linha 3, a substituição da forma verbal "põem" por oferecem não acarretaria erro ao texto, desde que também se substituísse a expressão "risco a vida de" por risco à vida a. CESPE/UnB – EBC – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 12- Em “Kant inicia a exposição da ética, que ele chama metafísica dos costumes” (L.1-2), o trecho em itálico, que exerce, na oração, a função de complemento verbal, deveria estar precedido da preposição de. CESPE/UnB – FUB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011 13- A retirada da preposição “de” em “A indicação inicial é a de que, sim, a rede está alterando (...)” (L.11-12) não implicaria alteração do texto, quer do ponto de vista semântico, quer sintático. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2011 14- Os vocábulos “decorrência” (É a decorrência natural da sua constituição...), “condizente” (... procurou a forma condizente com sua mensagem...) e “irreprimível” (... a voz irreprimível dos fantasmas... ) regem termos que lhes complementam, necessariamente, o sentido. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 Fragmento de texto

15- A expressão “como objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da forma verbal “teve” (L.5). CESPE/UnB – CNPQ – ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA JÚNIOR – 2011 Fragmento de texto

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16- O emprego da preposição em antes de “reelaboração” (L.11) e “novas formas” (L.11) deve-se à relação de regência do verbo consistir, do qual esses termos são, no texto, complementos. CESPE/UnB – PC/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Fragmento de texto

17- As formas verbais "incorporaram" (L.29) e "envolvem" (L.31) apresentam, respectivamente, complementação direta e complementação indireta. CESPE/UnB – IFB – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – 2011 18- O complemento da forma verbal “considera” (Dondonim considera que o assistencialismo oficial prejudicou os índios) consiste em uma oração. Fragmento de texto

19- É possível a substituição de “aos” (l.3) por a sem prejuízo para a correção gramatical do trecho em questão. CESPE/UnB – EBC – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – 2011 20- Na linha 17, o emprego do sinal indicativo de crase em “atividade comercial direcionada à obtenção de lucro” justifica-se porque a palavra “direcionada” exige complemento regido por preposição a e a palavra “obtenção” está precedida por artigo definido feminino.

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CESPE/UnB – PREVIC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2011 21- Na linha 21, a supressão do termo ‘essas’, em ‘suscetíveis a essas intervenções externas’, provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase em ‘a’. CESPE/ UnB – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2010 22- Na linha 31 (... são instrumentos legais de que dispõe o Estado...), a preposição “de” empregada antes de “que” é exigência sintática da forma verbal “dispõe”; portanto, sua retirada implicaria prejuízo à correção gramatical do período. 23- Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição a antes de “toda a população” (L.6) — a toda a população — visto que a forma verbal “afetam” (L.5) apresenta dupla regência. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 24- Em “resultam da” (L.17), o vocábulo “da”, resultante da junção da preposição de com o artigo definido a, pode ser substituído por na sem que se altere o sentido original do texto. CESPE/UnB - MPU – ANALISTA DE INFORMÁTICA – 2010 Fragmento de texto

25- A repetição da preposição de em "do acréscimo" (L.3), "de bens materiais" (L.3) e "de coisas" (L.4) indica que esses termos são empregados, no texto, como complementos de "cultura" (L.2), vocábulo que tem como primeiro complemento "do excesso" (L.2-3). CESPE/UnB – MPU – ANALISTA (ARQUIVOLOGIA) – 2010 Fragmento de texto

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26- O uso da preposição "em", na linha 16, é obrigatório para marcar a relação estabelecida com a forma verbal "vivencia" (l.15); por isso, a omissão dessa preposição provocaria erro gramatical e impossibilitaria a retomada do referente do pronome "que" (L.16). CESPE/UnB – BASA – TÉCNICO CIENTÍFICO – 2010 27- No trecho "às forças cegas do processo social" (l.23), caso se substitua "forças cegas" por mecanismos cegos, será necessário trocar "às" por aos para se manter a correção gramatical. CESPE/UnB – TRE/BA – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 Fragmento de texto

28- Na linha 28, o emprego da preposição a na combinação “ao” é exigência sintática do verbo “integrar”. 29- A preposição presente em “na” no trecho “cuja tecla deveria constar na máquina utilizada para votação” (L.8-9) poderia ser alterada para de, respeitando-se as normas de regência e mantendo-se a acepção do verbo. CESPE/UnB – MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA – 2010 30- Na linha 7 (... obriga crianças e adolescentes a participarem...), o emprego de preposição em "a participarem" é exigido pela regência da forma verbal "obriga". CESPE/UnB – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO (ARQUIVOLOGIA) – 2010

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31- A supressão da preposição antes dos vocábulos "antecipação" e "voluntarismo" (A palavra "projeto" remete-se à antecipação e, em boa parte, ao voluntarismo), com a manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao texto. CESPE/UnB – PF – PAPILOSCOPISTA – 2012 32- Na linha 24 (... daqueles que não se impõem as mesmas renúncias...), considerando-se a dupla regência do verbo impor e a presença do pronome “mesmas”, seria facultado o emprego do acento indicativo de crase na palavra “as” da expressão “as mesmas renúncias”. CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - 2012 33- No trecho “Exceção a essa regra”, é opcional o emprego do sinal indicativo de crase no “a”. CESPE/UnB – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012 34- No trecho “somado aos que vinham sendo realizados nos últimos anos”, o elemento “aos” poderia ser corretamente substituído por àqueles.

Gabarito Comentado CESPE/UnB – BRB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011 Fragmento de texto

1- No trecho “essa propensão tenderá à aceleração” (L.25), o uso do sinal indicativo de crase não é obrigatório, haja vista que o verbo tender, com o sentido empregado no texto, pode ter complementação direta ou indireta, isto é, com ou sem preposição.

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O verbo tender, quando utilizado no sentido de ‘ter tendência, inclinação, propensão’, é transitivo indireto e exige preposição A. Logo... tender A + A (aceleração) = À aceleração. GABARITO: E. CESPE/UnB – TJ/ES - ANALISTA JUDICIÁRIO (LETRAS) – 2011

2- Em “à natureza” (L.9-10), o emprego do sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” (L.9) está sendo utilizado com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de crase: com a natureza. O verbo conectar, quando VTDI, exige um complemento sem preposição e outro complemento com preposição (A ou COM). Tanto faz. No entanto, para que haja crase, é preciso haver a fusão de duas vogais idênticas (A+A=À), o que não ocorre com a preposição Com antecedendo o artigo A. Sendo assim, não ocorre crase. Procede o comentário da banca. GABARITO: C. CESPE/ UnB – CORREIOS – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Fragmento de texto

3- O emprego do sinal indicativo de crase em “Sujeitado a residência forçada” (L.14-15) manteria a correção gramatical do texto. Há casos em que a crase pode ocorrer ou não, dependendo da intenção do autor. Se eu digo: “Este produto é destinado a mulher” (a mulher em

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geral) ou “Este produto é destinado à mulher” (uma mulher específica). Logo, quando a banca colocou “manteria a correção gramatical”, isso significa que a ausência do acento indicativo de crase não incorre em erro gramatical, pois, apesar de a forma verbal “sujeitado” exigir a preposição A, a palavra residência foi tomada pelo autor com sentido genérico, significando que foi obrigado a morar/residir em algum lugar contra a sua vontade; neste caso, não ocorre crase. Colocando o acento indicativo de crase, haveria mudança de sentido, ou seja, ele foi sujeitado a uma específica residência forçada, mas com isso não há incorreção gramatical. Esta é a pegadinha da banca, sacou? Então, vamos lá (para fechar o caixão): “Sujeitado A + A residência forçada > Sujeitado À residência forçada”. GABARITO: C. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO (TAQUIGRAFIA) – 2011 Fragmento de texto

4- Seriam desrespeitadas as regras gramaticais caso se substituísse, na expressão “à custa de” (L.4), o vocábulo “custa” por custas. Não há crase diante de palavras pluralizadas a não ser que haja artigo no plural antes delas. Exemplo: “... mas às custas de...”. Agora sim! GABARITO: C. Fragmento de texto

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5- O emprego do sinal indicativo de crase em “à livre consciência individual” (L. 19) justifica-se pela regência do termo “adesão” (L. 18) e pela presença de artigo feminino. O verbo confiar é interessante. Sua regência é múltipla. E uma delas é assim: Quem confia (no sentido de entregar algo sob a responsabilidade de outra pessoa), confia ALGO A ALGUÉM. Portanto, “à livre consciência individual” é objeto indireto do verbo confiar. Veja mais: “... confiando a adesão a ela (objeto direto) à livre consciência individual (objeto indireto). Neste caso, há uma personificação de ‘consciência individual’, como se ela fosse alguém. Foi? O substantivo “adesão” até exige a preposição A, mas seu complemento nominal é “a ela”, e não “à livre consciência individual”. GABARITO: E. 6- A omissão do sinal indicativo de crase no trecho “à razão crítica” (L.16) não prejudicaria a correção gramatical do período, mas tornaria o trecho ambíguo. O verbo confiar neste trecho tem o mesmo sentido que já dei acima. Portanto, “à razão crítica” é um objeto indireto deste verbo e, como tal, exige a preposição A + A razão crítica = À razão crítica. Sem o acento indicativo de crase, certamente haveria incorreção gramatical. Safo? GABARITO: E. CESPE/UnB – FUB – MÉDICO – 2011 Fragmento de texto

7- O uso do sinal indicativo de crase em ‘à imediata erosão’ (L.16-17) é obrigatório. Sim. É obrigatório! O vocábulo ‘sujeito’ exige a preposição A. Quem está sujeito, está sujeito A + A imediata erosão = À imediata erosão. GABARITO: C.

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CESPE/UnB – CNPQ – ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA JÚNIOR – 2011 Fragmento de texto

8- O emprego do sinal indicativo de crase em “à vida social” (L.25-26) e “à vida coletiva” (L.27) é exigido por “atribuíveis” (L.25), no primeiro caso, e por “adequadas” (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que, nos dois casos, restringe o substantivo “vida”. Questão autoexplicativa. "Atribuíveis" e "adequadas" exigem a preposição A + A vida social/coletiva = À vida social/coletiva. O artigo definido A sempre tem valor restritivo. GABARITO: C. CESPE/UnB – TJ/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 9- Nos trechos “chegou à sala de aula” (L.7) e “uma referência à xepa” (L.8), o emprego do sinal indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo “referência”. O verbo chegar e o nome referência exigem a preposição A, que se contraem com o artigo A, rolando a crase (À). Os casos facultativos de crase são só estes três (de acordo com a vasta maioria dos gramáticos):

Casos Facultativos

• Antes de pronomes possessivos adjetivos femininos Ex.: Enviamos cartas a (à) nossa filha que está em Paris.

Obs.: Se o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo), crase obrigatória! Exemplo: Enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

• Antes da locução prepositiva ‘até a’

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Ex.: Dirija-se até a (à) porta. • Antes de nomes próprios femininos Ex.: Sou fiel a (à) Juliana.

Obs.: Se houver intimidade com a pessoa, a crase é obrigatória. Antes de nomes célebres, famosos, ilustres não há crase. GABARITO: E. CESPE/UnB – PC/ES – PERITO CRIMINAL ESPECIAL – 2011 Fragmento de texto

10- O uso do acento grave no pronome “àquela” (L.23) é obrigatório. O adjetivo semelhante exige a preposição A + AQUELA = ÀQUELA. GABARITO: C. Fragmento de texto

11- Na linha 3, a substituição da forma verbal "põem" por oferecem não acarretaria erro ao texto, desde que também se substituísse a expressão "risco a vida de" por risco à vida a. Se substituíssemos o verbo pôr pelo verbo oferecer (VTDI), o trecho seria reescrito assim: “Tais episódios oferecem risco (OD) à vida de clientes. (OI)..”. Logo, a afirmação da banca não procede. GABARITO: E. CESPE/UnB – EBC – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011

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12- Em “Kant inicia a exposição da ética, que ele chama metafísica dos costumes” (L.1-2), o trecho em itálico, que exerce, na oração, a função de complemento verbal, deveria estar precedido da preposição de. O verbo chamar no sentido de classificar, cognominar ú um verbo transobjetivo, ou seja, exige um objeto direto seguido de um predicativo do objeto. Substituindo o pronome relativo ‘que’ por seu antecedente, teremos a seguinte possível reescritura: “Ele chama a ética (OD) de metafísica dos costumes (POD). Quanto à preposição de, saiba que ela é facultativa neste contexto. Sendo assim, o trecho em itálico não é complemento verbal nem a preposição deve ser colocada obrigatoriamente. GABARITO: E. Saiba mais: Chamar

• Convocar, convidar (VTD) Ex.: Mano Menezes chamou Kaká para a seleção. • Invocar para auxílio ou proteção, normalmente apelando (VTI (por)) Ex.: Chamaram por Jeová quando em extrema dificuldade.

• Classificar, qualificar, nomear (é transobjetivo VTD ou VTI (a)) Ex.: Chamei o professor (de) inteligente (Chamei-o...) Chamei ao professor (de) inteligente (Chamei-lhe...)

Obs.: A preposição ‘de’ é facultativa em ‘de inteligente’, que é um predicativo do objeto. Relembrando: o verbo transobjetivo é aquele que exige um complemento (OD ou OI) + um predicativo do objeto. CESPE/UnB – FUB – ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2011 13- A retirada da preposição “de” em “A indicação inicial é a de que, sim, a rede está alterando (...)” (L.11-12) não implicaria alteração do texto, quer do ponto de vista semântico, quer sintático. O nome indicação exige a preposição DE. Mera questão de regência. Logo, lê-se o trecho assim: “A indicação inicial é (a = a indicação) de que,

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sim, a rede está alterando...”. Segundo a maioria dos gramáticos, a oração com função de complemento nominal é iniciada por preposição obrigatória (outros gramáticos dizem que ela pode ficar implícita). GABARITO: E. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2011 14- Os vocábulos “decorrência” (É a decorrência natural da sua constituição...), “condizente” (... procurou a forma condizente com sua mensagem...) e “irreprimível” (... a voz irreprimível dos fantasmas... ) regem termos que lhes complementam, necessariamente, o sentido. Os dois primeiros nomes (decorrência (DE) e condizente (COM)), de fato, exigem complementos preposicionados, mas irreprimível não exige complemento preposicionado algum. GABARITO: E. Saiba mais sobre regência nominal: Regência é a maneira como o nome ou o verbo se relacionam com seus complementos. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exige um complemento preposicionado, dizemos que este nome é um termo regente (pois rege) e que seu complemento é um termo regido. O fato é que há uma relação de dependência entre o nome e seu complemento. Enquanto o nome exige um complemento para ter seu sentido completo, o complemento só existe porque é projetado pelo nome. Lembre-se: o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) exige um complemento sempre iniciado por preposição, exceto se o complemento vier em forma de pronome oblíquo átono. Veja a relação entre alguns nomes (substantivo, adjetivo e advérbio) e seus complementos: Sempre senti ojeriza a qualquer atitude desonesta. (ojeriza é um substantivo; quem sente ojeriza, sente ojeriza a, contra, por algo ou alguém; ‘a qualquer atitude desonesta’ é um complemento nominal de ‘ojeriza’) Meus filhos sempre me foram leais. (leal é um adjetivo; quem é leal, é leal a algo ou a alguém; neste exemplo, o complemento nominal veio em forma de pronome oblíquo átono, que, se passado a oblíquo tônico, ficaria assim, no contexto: leais a mim)

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Paralelamente ao que foi dito, todos cochicharam. (paralelamente é um advérbio que exige a preposição ‘a’, que, no contexto, se combinou ao demonstrativo ‘o’ (=aquilo), formando ‘ao’, complemento nominal do nome paralelamente)

CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 Fragmento de texto

15- A expressão “como objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da forma verbal “teve” (L.5). O complemento direto (ou objeto direto) da forma verbal ‘teve’ é ‘permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção’. Substitua o OD por ISSO e coloque na ordem direta; ficará assim: “... teve ISSO como objetivo exclusivo”. A expressão ‘como objetivo exclusivo’ exerce função sintática de predicativo do objeto direto. GABARITO: E. CESPE/UnB – CNPQ – ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA JÚNIOR – 2011 Fragmento de texto

16- O emprego da preposição em antes de “reelaboração” (L.11) e “novas formas” (L.11) deve-se à relação de regência do verbo consistir, do qual esses termos são, no texto, complementos. Sim. O verbo consistir exige a preposição EM. Tanto ‘na reelaboração’ quanto ‘em novas formas’ são complementos indiretos (objetos indiretos) do verbo. Simples assim. GABARITO: C.

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CESPE/UnB – PC/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Fragmento de texto

17- As formas verbais "incorporaram" (L.29) e "envolvem" (L.31) apresentam, respectivamente, complementação direta e complementação indireta. Ambos os verbos são transitivos diretos, logo exigem objetos diretos (complementos sem preposição). Quem incorpora, incorpora alguma coisa ou alguém. Quem envolve, envolve alguma coisa ou alguém. Moleza! GABARITO: E. CESPE/UnB – IFB – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – 2011 18- O complemento da forma verbal “considera” (Dondonim considera que o assistencialismo oficial prejudicou os índios) consiste em uma oração. Sim. O verbo considerar exige um objeto direto, que vem em forma de oração (que o assistencialismo oficial prejudicou os índios). Substitua a oração iniciada pela conjunção integrante por ISSO. Fica mais fácil de ver! GABARITO: C. Fragmento de texto

19- É possível a substituição de “aos” (l.3) por a sem prejuízo para a correção gramatical do trecho em questão. Não! Até poderia a preposição A ser colocada no lugar de AOS se a intenção do autor fosse de abrangência do termo "vírus". Só que, pelo princípio da simetria ou paralelismo das formas, a continuação do texto

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deveria ser modificada também, ou seja, deveria ser retirado também o artigo A anterior ao termo bactérias. Assim estaria correta a frase: "... vão além de ataque mais agressivo a vírus e a bactérias" GABARITO: E. CESPE/UnB – EBC – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – 2011 20- Na linha 17, o emprego do sinal indicativo de crase em “atividade comercial direcionada à obtenção de lucro” justifica-se porque a palavra “direcionada” exige complemento regido por preposição a e a palavra “obtenção” está precedida por artigo definido feminino. Certíssimo! Questão autoexplicativa. De fato, a palavra direcionada exige preposição A + A (obtenção) = À obtenção. GABARITO: C. CESPE/UnB – PREVIC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2011 21- Na linha 21, a supressão do termo ‘essas’, em ‘suscetíveis a essas intervenções externas’, provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase em ‘a’. Com a retirada de ‘essas’, o A (preposição) fica antes de uma palavra pluralizada — caso de crase proibida. Só rolaria a crase se houvesse artigo feminino plural claro, isto é: “... suscetíveis ÀS (A + AS) intervenções externas’. Só que isso não ocorre, pois não há artigo antes da palavra pluralizada. Logo não há crase! GABARITO: E. CESPE/ UnB – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2010 22- Na linha 31 (... são instrumentos legais de que dispõe o Estado...), a preposição “de” empregada antes de “que” é exigência sintática da forma verbal “dispõe”; portanto, sua retirada implicaria prejuízo à correção gramatical do período. Sim! A preposição deve vir explícita antes de oração subordinada adjetiva quando um verbo ou um nome depois do pronome relativo a exigir. Exemplo: O jornal que eu gosto é o Nacional (errado) / O jornal de que eu gosto é o Nacional (certo). Safo? GABARITO: C.

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23- Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição a antes de “toda a população” (L.6) — a toda a população — visto que a forma verbal “afetam” (L.5) apresenta dupla regência. O verbo afetar não exige complementação indireta, apenas direta, logo tal afirmação não procede. Quem afeta, afeta alguma coisa ou alguém. Ponto. GABARITO: E. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 24- Em “resultam da” (L.17), o vocábulo “da”, resultante da junção da preposição de com o artigo definido a, pode ser substituído por na sem que se altere o sentido original do texto. Nem precisaríamos de contexto para resolver esta questão, se soubéssemos que RESULTAR DE indica causa e RESULTAR EM indica consequência, ou seja, “A mais doce embriaguez é a que resulta da mistura dos vinhos (causa)” e “Aquela discussão resultou numa briga feia (consequência)” GABARITO: E. CESPE/UnB - MPU – ANALISTA DE INFORMÁTICA – 2010 Fragmento de texto

25- A repetição da preposição de em "do acréscimo" (L.3), "de bens materiais" (L.3) e "de coisas" (L.4) indica que esses termos são empregados, no texto, como complementos de "cultura" (L.2), vocábulo que tem como primeiro complemento "do excesso" (L.2-3). Questão perigosa! Todos os termos preposicionados são complementos do substantivo ‘cultura’, menos ‘de bens materiais’, que é complemento de ‘acréscimo’. GABARITO: E.

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CESPE/UnB – MPU – ANALISTA (ARQUIVOLOGIA) – 2010 Fragmento de texto

26- O uso da preposição "em", na linha 16, é obrigatório para marcar a relação estabelecida com a forma verbal "vivencia" (l.15); por isso, a omissão dessa preposição provocaria erro gramatical e impossibilitaria a retomada do referente do pronome "que" (L.16). Certamente, a omissão da preposição ‘em’ incorreria em erro. Todavia, o uso da preposição ‘em’ não mantém relação com o verbo vivenciar, mas sim com o fato de que o pronome relativo ‘que’ vem após ela retomando uma ideia de tempo. No lugar de ‘em que’, poderíamos colocar ‘quando’ para retomar a ideia de tempo anterior. GABARITO: E. CESPE/UnB – BASA – TÉCNICO CIENTÍFICO – 2010 27- No trecho "às forças cegas do processo social" (l.23), caso se substitua "forças cegas" por mecanismos cegos, será necessário trocar "às" por aos para se manter a correção gramatical. Uma vez que A + AS = ÀS, podemos dizer que A + OS = AOS. Logo, a substituição estaria adequada. GABARITO: C. CESPE/UnB – TRE/BA – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 Fragmento de texto

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28- Na linha 28, o emprego da preposição a na combinação “ao” é exigência sintática do verbo “integrar”. Sim. O verbo ‘integrar’ é VTI, isto é, rege complemento iniciado por preposição (ao sistema). GABARITO: C. 29- A preposição presente em “na” no trecho “cuja tecla deveria constar na máquina utilizada para votação” (L.8-9) poderia ser alterada para de, respeitando-se as normas de regência e mantendo-se a acepção do verbo. O verbo constar exige tanto a preposição de, quanto a preposição em, sem alteração de sentido, logo temos que ‘cuja tecla deveria constar na (ou da) máquina utilizada para votação’ é forma correta. GABARITO: C. CESPE/UnB – MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA – 2010 30- Na linha 7 (... obriga crianças e adolescentes a participarem...), o emprego de preposição em "a participarem" é exigido pela regência da forma verbal "obriga". Quem obriga, obriga alguém A fazer alguma coisa. Logo, a afirmação da banca procede. GABARITO: C. CESPE/UnB – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO (ARQUIVOLOGIA) – 2010 31- A supressão da preposição antes dos vocábulos "antecipação" e "voluntarismo" (A palavra "projeto" remete-se à antecipação e, em boa parte, ao voluntarismo), com a manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao texto. A forma verbal ‘remete-se’ (VTI) exige a preposição A, logo ela não pode ser retirada antes dos objetos indiretos. GABARITO: E. Saiba mais sobre regência verbal:

Verbos que mudam de sentido, mudando de regência

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Para facilitar sua vida, em ordem alfabética, apresentarei os verbos mais corriqueiros que podem gerar dúvidas. É óbvio que existem outros não tão populares assim em seu concurso... e de fácil percepção de sua regência. Caso você queira mais, recomendo consultar o dicionário de regência, de Celso Pedro Luft. Usarei VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo direto), VTI (verbo transitivo indireto) e VTDI (verbo transitivo direto e indireto, ou bitransitivo); suas respectivas preposições virão junto. Veja!

A Agradar

• Acariciar, fazer carinho (VTD) Ex.: A mãe agradou seu filho no colo. • Satisfazer, alegrar, contentar (VTI (a)) Ex.: Este espetáculo sempre agrada ao público.

Obs.: Não ortodoxamente, Luft diz que neste último caso, o verbo pode ser VTD: Este espetáculo agradou-o. Na hora da prova, analise todas as opções possíveis; caso haja confronto entre visões (tradicional/moderna), fique sempre com a visão tradicional. Se só houver a visão moderna, marque-a. Apelar

• Interpor recurso judicial à instância superior, recorrer (VTI (de)) Ex.: O advogado apelou da decisão.

• Pedir socorro/ajuda (VTI (a, para)) Ex.: Aquela mulher feia teve de apelar para o santo casamenteiro.

Obs.: O gramático e professor da UERJ Manoel Pinto Ribeiro diz que o verbo apelar, apesar de transitivo indireto, aceita voz passiva analítica. Por que eu falo isso? Segundo você deve se lembrar, só há passagem de voz ativa para a passiva analítica quando o verbo é um VTD. Lembrou? Pois bem, alguns gramáticos com a mente mais aberta já aceitam alguns VTIs, como apelar, obedecer, pagar/perdoar, responder, etc. na voz passiva analítica. Exemplo: Apelaram da sentença (voz ativa) – A sentença foi apelada (voz passiva analítica). Como você deve proceder na prova? Pela última vez, hein!: Na hora da prova, analise todas as opções possíveis; caso haja confronto entre visões (tradicional/moderna), fique sempre com a visão tradicional. Se só houver a visão moderna, marque-a.

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Aspirar

• Respirar, inspirar, sugar (VTD) Ex.: Em regiões muito altas, é difícil aspirar o ar. • Almejar, pretender alcançar (VTI (a)) Ex.: Nunca mais aspirarei a amores impossíveis.

Obs.: Nunca é demais dizer que o ‘lhe’, que pode ser substituído por ‘a ele(a)’, só substitui ser animado e pessoa (física ou jurídica). Portanto, não poderíamos dizer: Eu aspiro a uma vaga de Auditor Fiscal (Eu aspiro-lhe (errado!)). O certo seria, de acordo com a norma culta: Eu aspiro a ela, ou seja, a uma vaga de... Foi? O que eu acabei de dizer vale para todos os verbos que seguem. Fique esperto nisso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Assistir

• Morar, residir, habitar (VI (em)) Ex.: Assisto em Copacabana há 15 anos.

Obs.: Lembre-se de que ‘em Copacabana’ não é um complemento para os gramáticos tradicionais, em outras palavras, não é um objeto indireto, mas sim um adjunto adverbial de lugar! Lembrando que este é um dos verbos que indicam moradia/estaticidade/permanência.

• Ajudar, auxiliar, apoiar, prestar assistência (VTD (preferentemente) ou VTI (a))

Ex.: O professor assistia frequentemente a aluna com dificuldade. O professor assistia-lhe (a ela) frequentemente.

• Ver (e ouvir), presenciar, observar (VTI (a)) Ex.: Assistíamos a vários shows quando namorávamos.

Obs.: Os gramáticos mais consagrados, inclusive modernos, justificam que é coloquial o uso do verbo assistir, no sentido de ‘ver’, na voz passiva analítica: A luta do Anderson Silva foi assistida pelo vultoso público (de acordo com a norma culta, é um erro, mas as bancas com a mente aberta podem ‘brincar’ com isso). “Como eu devo proceder, Pestana?” Você já sabe. Outra coisa: ‘Assistíamos-lhe quando namorávamos’ está certo o uso do ‘lhe’? Já sabemos que não, pois o lhe só substitui ser animado ou pessoa (física ou jurídica). Olhos abertos!!!

• Ser da competência de, caber, competir (VTI (a)) Ex.: Não lhe assiste dizer se isto é certo ou errado. (Não assiste a

ele...)

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Atender

• Independente do sentido, pode ser VTD ou VTI (a) Ex.: Pode atender o telefone/ao telefone, por favor? Nunca deixou de atender os amigos/aos amigos no sufoco.

Obs.: Há uma preferência entre alguns gramáticos a encarar este verbo como VTD quando o complemento é pessoa; quando o complemento é coisa, a preferência é encarar o verbo como VTI. Quando se usa um pronome oblíquo como complemento, nunca pode ser o lhe! É uma regra arbitrada pela norma. Ou seja: Nunca deixou de atendê-los no sufoco. Usam-se os átonos o, a, os, as (lo, la, los, las/no, na, nos, nas). Não deixe de ver o comentário da questão 6 sobre tal verbo. Bem esclarecedor!

C Chamar

• Convocar, convidar (VTD) Ex.: Mano Menezes chamou Kaká para a seleção. • Invocar para auxílio ou proteção, normalmente apelando (VTI (por)) Ex.: Chamaram por Jeová quando em extrema dificuldade.

• Classificar, qualificar, nomear (é transobjetivo VTD ou VTI (a)) Ex.: Chamei o professor (de) inteligente (Chamei-o...) Chamei ao professor (de) inteligente (Chamei-lhe...)

Obs.: A preposição ‘de’ é facultativa em ‘de inteligente’, que é um predicativo do objeto. Relembrando: o verbo transobjetivo é aquele que exige um complemento (OD ou OI) + um predicativo do objeto. Chegar

• VI que indica deslocamento e precisa de um adjunto adverbial de lugar, iniciado sempre pela preposição a, nunca em.

Ex.: Nosso time nunca chegou a uma posição decente na tabela.

Conferir

• Examinar (VTD)

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Ex.: Conferimos a redação do candidato, e ela estava excelente. • Atribuir, imprimir certa característica (VTDI (a)) Ex.: O júri conferiu prêmios aos melhores concorrentes. Os pormenores conferiam verossimilhança à história. • Estar de acordo (VI ou VTI (com)) Ex.: O laudo confere.

A descrição do suspeito não confere com o depoimento da testemunha.

Constar

• Ser composto de, consistir em, conter; estar incluído (VTI (de/em)) Ex.: Este poema consta de dez cantos. Este consta da/na antologia do poeta Drummond.

• Ser sabido (VTI (a)) – o sujeito da frase é normalmente uma oração Ex.: Não me (a mim) constava que ela passou na prova.

Custar

• Indicando preço, valor (VI) Ex.: Nosso carro custou duzentos mil reais. • Demorar (VI) Ex.: Custaram, mas chegaram, enfim. • Causar, provocar, acarretar, resultar (VTDI (a)) Ex.: A arrogância pode custar-lhe (a ele) o emprego. • Ser custoso, difícil (VTI (a)) Ex.: Nós custamos a aprender Português (construção coloquial) Custou-nos aprender Português (construção culta)

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Obs.: Lê-se a última frase assim: “Aprender Português (sujeito) custou (foi custoso, difícil) a nós (objeto indireto)”.

E Apesar de não mudar de sentido, faço questão de ensinar a regência do verbo ‘ensinar’. Ensinar

• VTDI (quem ensina, ensina algo a alguém ou alguém a algo (verbo no infinitivo)

Ex.: Estou ensinando regência a você. Estou ensinando-o a entender regência.

Os dois verbos abaixo seguem a mesma regência, por isso eu os coloco juntos. Eles admitem três construções. Esquecer (Lembrar) Ex.: O aluno esqueceu a informação da aula anterior. (VTD) O aluno lembrou a informação da aula anterior. (VTD)

(No sentido de ‘ser semelhante’ também é VTD: O filho lembra muito o pai)

O aluno esqueceu-se/lembrou-se da informação anterior. (quem se esquece/se lembra, se esquece/se lembra de alguém ou de alguma coisa; são verbos pronominais neste caso, pois vêm acompanhados da parte integrante do verbo (se); são VTIs regendo a preposição de; é bom dizer também que, quando o complemento for uma oração subordinada substantiva objetiva indireta, a preposição pode ficar implícita: O aluno se esqueceu/se lembrou (de) que tinha de estudar mais) Esqueceu-me/Lembrou-me a informação anterior. (neste caso, ‘a informação anterior’ é a coisa esquecida ou lembrada (sujeito), o verbo é transitivo indireto regendo a preposição a (a mim), o ‘me’ é o objeto indireto; ou seja, a frase é entendida assim: A informação anterior foi esquecida/lembrada por mim ou caiu no esquecimento (ou veio à lembrança))

Obs.: Este último caso é raro em prova. O verbo lembrar também pode ser VTDI (com duas regências), ou seja: O professor lembrou o aluno da informação ou O professor lembrou a informação ao aluno.

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F Fugir

• Distanciar-se (VTI (a)) Ex.: O aluno fugiu ao tema. • Escapar (VTI (de))

Ex.: O presidiário fugiu dos guardas e da penitenciária.

I

Implicar

• Zombar, troçar, provocar rixa, amolar, hostilizar (VTI (com)) Ex.: O pai vive implicando com o filho. • Envolver (alguém ou a si mesmo), comprometer (VTDI (em)) Ex.: O policial se implicou na conspiração. (este ‘se’ é reflexivo) • Acarretar, produzir como consequência (VTD) Ex.: Segundo uma das leis de Newton, toda ação implica uma

reação de igual ou maior intensidade, mesma direção e em sentido contrário

Obs.: No entanto, por analogia com três verbos de significação semelhante, mas de regência indireta (resultar em, redundar em, importar em) o verbo implicar passou a ser usado com a preposição em. No Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft, está registrado assim: "TI: implicar em algo", com a observação de que essa regência é um brasileirismo já consagrado e "admitido até pela gramática normativa". Nestes verbos abaixo, não há mudança de sentido, mas a regência é dupla. Informar (Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, noticiar, notificar, prevenir são VTDI, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo) Ex.: Advertimos aos usuários (OI) que não nos responsabilizamos por

furtos ou roubos (ISSO (OD)).

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Advertimos os usuários (OD) de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos (DISSO (OI).

Obs.: No caso de cientificar (tornar alguém ciente de) — avisar e certificar também —, Luft diz que a regência culta, formal é a seguinte: Cientifiquei o aluno (alguém) da importância da aula (de alguma coisa).

N Namorar (VTD) Ex.: Namoro com Maria há cinco anos (registro coloquial) Namoro Maria há cinco anos. (registro culto)

O Não há mudança de sentido, mas vale a pena comentar a regência destes verbos. E, como já dito, a voz passiva é liberada pela maioria dos gramáticos modernos. Obedecer (Desobedecer) – VTI (a) Ex.: Como filhos, devemos obedecer a nossos pais. Meu pai, ao qual desobedeci, era um homem superamoroso. Obs.: Não me custa relembrar-lhe que a preposição exigida pelo verbo após o pronome relativo ficará antes deste, certo? Isso costuma cair em prova!

P Estes primeiros verbos não mudam de sentido, mas apresentam peculiaridades iguais. Pagar/Perdoar (Agradecer)

• VTD quando o complemento é coisa; VTI (a) quando o complemento é pessoa (física ou jurídica); VTDI quando um complemento é coisa (OD) e o outro é pessoa (OI).

Ex.: Perdoei o erro. / Paguei a dívida. / Agradeci a explicação.

Perdoei a meu pai. / Paguei ao banco. / Agradeci aos alunos.

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Perdoei/Paguei-lhe (a ele) a dívida. / Agradeci aos alunos os elogios.

Preferir

• Muitos constroem erradamente a regência deste verbo assim: Prefiro muito mais Português do que Matemática. A pessoa que fala assim, só prefere, mas não entende muita coisa de Português, não (kkkkk...).

Ex.: Prefiro Língua Portuguesa a Matemática. (Agora sim! Quem

prefere, prefere alguém ou alguma coisa A alguém ou alguma coisa)

Bem, este verbo é VTDI. Mas poderia ser só VTD: Prefiro Português.

Obs.: Por causa de um princípio (estilístico, inclusive) da língua culta chamado paralelismo sintático, não ocorre crase no exemplo acima. “Por quê?” Porque se não há determinante (artigo, pronome...) antes do objeto direto, não haverá igualmente antes do objeto indireto (por isso não há crase antes de Matemática). No entanto, se houver determinante antes do OD, haverá crase no OI. Exemplo: Prefiro a Língua Portuguesa à Matemática. O paralelismo sintático é, portanto, a repetição de estrutura sintática igual; percebe que há dois objetos um ao lado do outro? Então, o que tiver do lado de cá, terá do lado de lá. Há crase no OI, porque há a contração de preposição + artigo; este artigo só existe no OI, pois vem antes no OD. Pescou? Fique atento a isso! Proceder

• Ter fundamento, cabimento; portar-se, comportar-se; originar-se (de) (VI)

Ex.: Seus argumentos não procedem agora. Meu professor procede com elegância em sala de aula. Os brinquedos da Uruguaiana procedem da China ou Taiwan.

Obs.: As expressões ‘com elegância’ e ‘da China ou Taiwan’ são adjuntos adverbiais de modo e lugar, respectivamente; isso é praxe quando o verbo proceder tem essas acepções!

• Suceder, realizar, executar, iniciar (VTI (a)) Ex.: O juiz deseja proceder ao julgamento.

Q

Querer

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• Desejar possuir (VTD) Ex.: O Brasil quer o status de um país de primeiro mundo. • Estimar, querer o bem ou o mal (VTI (a)) Ex.: Eu quero-lhe (a ela) como a uma irmã.

R Responder

• Falar, declarar (VTD) Ex.: Ele sempre responde que vai passar na prova. • Dar resposta a uma pergunta (VTI (a)) Ex.: Fique tranquila, pois ele vai responder aos e-mails enviados. • Dar uma resposta a alguém (VTDI (a)) Ex.: Respondeu-lhe (a ela) todas as indagações.

Obs.: Como já disse, a voz passiva analítica tem sido aceita com este verbo: Os e-mails foram respondidos prontamente pelo professor.

S Servir

• De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou com o Novo Dicionário Aurélio, o verbo servir, nas acepções “trabalhar como servo”, “fazer de criado” ou “prestar serviços ou trabalhar como empregado”, pode ser intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto (a)

Ex.: O militar estava ali para servir.

O militar servia a Pátria com todo o carinho.

O militar servia à Pátria há anos.

• Levar, ministrando, algo a alguém (VTDI (a)) Ex.: O garçom serviu lagosta ao cliente.

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• Não ser útil, não prestar (VTI (a)) Ex.: Esta roupa não me (a mim) serve mais.

Simpatizar (antipatizar) – VTI (com) Ex.: Simpatizo/Antipatizo com o atual governador do Rio de Janeiro. Suceder

• Acontecer (VI) – normalmente o sujeito vem em forma de oração Ex.: Sucede que o professor Celso Pedro Luft é extraordinário. • Substituir (VTI (a)) Ex.: Estou prestes a suceder ao presidente da empresa.

V Visar

• Mirar, fitar, apontar; pôr visto (VTD) Ex.: O soldado visou o peito do inimigo. O inspetor federal visou todos os diplomas. • Almejar, pretender, objetivar, ter como fim (VTI (a)) Ex.: Este trabalho visa ao bem-estar geral.

Obs.: Manoel Pinto Ribeiro atesta que muitos, como Cegalla, Francisco Fernandes, Celso Pedro Luft, já aceitam este último caso com VTD: Este trabalho visa o bem-estar geral. Como VTI, a omissão da preposição ocorre principalmente em locuções verbais: Este trabalho visa (a) resolver muitas dúvidas dos alunos.

Se eu fosse você, eu daria muita atenção ao que vou dizer agora! É muito frequente questão de regência verbal envolvendo pronomes oblíquos átonos e pronomes relativos. Exemplos hipotéticos de questão deste tipo: A substituição dos complementos verbais abaixo está correta?

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Avisei aos alunos (OI) aquela notícia tão esperada (OD).

Avisei-lhes aquela notícia tão esperada (quem avisa, avisa algo a alguém) ou Avisei-a aos alunos (quem avisa, avisa algo a alguém).

Sim! A regência abaixo está adequada?

Os assuntos gramaticais que venho tratando aqui são muito importantes. Não! Pois quem vem tratando, vem tratando DE alguma coisa. Logo, a frase deveria estar escrita assim:

Os assuntos gramaticais de que venho tratando aqui são muito importantes.

CESPE/UnB – PF – PAPILOSCOPISTA – 2012 32- Na linha 24 (... daqueles que não se impõem as mesmas renúncias...), considerando-se a dupla regência do verbo impor e a presença do pronome “mesmas”, seria facultado o emprego do acento indicativo de crase na palavra “as” da expressão “as mesmas renúncias”. Quem impõe, impõe algo a alguém. Como se vê, o verbo impor, bitransitivo, tem apenas uma regência. O acento indicativo de crase não se justifica de modo algum, pois “as mesmas renúncias” é um objeto direto, logo não pode vir craseado. GABARITO: E. CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - 2012 33- No trecho “Exceção a essa regra”, é opcional o emprego do sinal indicativo de crase no “a”. Não há crase diante de pronome demonstrativo, exceto aquele(a/s), aquilo. Simples assim. GABARITO: E. CESPE/UnB – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012 34- No trecho “somado aos que vinham sendo realizados nos últimos anos”, o elemento “aos” poderia ser corretamente substituído por àqueles.

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Esta afirmação da banca procede, pois o adjetivo “somado” exige preposição “a” + “os”, que equivale a “aqueles”, logo o elemento “aos” poderia ser corretamente substituído por àqueles (... somado a + aqueles = àqueles... ). GABARITO: C. ---------------------------------------------------------------------------------- Semana que vem: última aula! Reescritura de Frases. Aguarde e confie. ☺ Grande abraço! Pestana [email protected] ou [email protected]