Questões de vestibular - África e tráfico de escravos

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Questões de Vestibular: África e Tráfico de Escravos História/ º Bimestre – Professor José Knust

Estudante: _________________________________________ Turma:______

1. (G1 - ifsc 2015) Seiscentas peças barganhei

– Que pechincha – no Senegal

A carne é rija, os músculos de aço,

Boa liga do melhor metal.

Em troca dei só aguardente,

Contas, latão – um peso morto!

Eu ganho oitocentos por cento

Se a metade chegar ao porto.

Fonte: Heinrich Heine, apud Alfredo Bosi. Dialética da colonização: São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Assinale a alternativa CORRETA. a) Com o verso “Boa liga do melhor metal”, o autor está elogiando a qualidade dos metais preciosos encontrados no

Senegal, colônia que Portugal estava explorando. b) Os versos do poeta referem-se a uma atividade do tempo do Brasil colônia, relacionada à origem da mão de obra

utilizada na produção de açúcar nos engenhos ali instalados. c) Do trecho do poema se conclui que o tráfico negreiro era uma atividade que não recompensava economicamente

aos traficantes, pois só a metade da carga chegava em condições ao porto de destino. d) O poema não se refere à colonização portuguesa no Brasil, porque a mão de obra escravizada foi só do índio,

portanto, não havia transporte de longa distância em navios. e) O Estado português e a Igreja Católica foram radicalmente contra a escravização dos africanos, combatendo o

tráfico de pessoas em qualquer parte do mundo. 2. (G1 - cps 2014) Quando as pessoas passam a viver em outro lugar, por livre escolha ou imposição, levam na

bagagem parte de seus usos e costumes, entre eles a língua materna. Sobre esse tema, leia o texto a seguir.

África resiste

O Quilombo de Cafundó não poderia ter nome mais oportuno. “Cafundó”, afinal, significa “distante” ou “de

difícil acesso” em banto, nome dado a uma das diversas famílias de línguas africanas disseminadas no Brasil no tempo

dos escravos.

Embrenhada no intricado relevo de Salto de Pirapora, a 140 quilômetros da capital paulista, a comunidade

rural de afrodescendentes está cada vez mais próxima de ver o seu vocabulário típico, a “cupópia”, simplesmente

sumir por falta de falantes.

Para Silvio Vieira de Andrade Filho, doutor em linguística pela USP, cupópia significa “conversa” e surgiu da

necessidade de os escravos travarem diálogos que permanecessem incompreensíveis a seus senhores.

Vindos de diferentes regiões da África e falando línguas diferentes entre si, esses escravos precisaram

desenvolver um tipo de comunicação para se protegerem dos abusos dos senhores e estabelecerem vínculos, avalia

Andrade Filho.

(Julio Lamas, Revista Língua Portuguesa, nº 92, julho de 2013. Adaptado)

Pela leitura do texto, conclui-se corretamente que a) os escravos que vieram ao Brasil falavam o mesmo idioma, e desse único idioma o português incorporou palavras

africanas. b) a permanência de uma língua falada, como a dos afrodescendentes de Cafundó, independe da existência de

interlocutores. c) o Quilombo de Cafundó está embrenhado em Salto de Pirapora, o que facilita sua comunicação com várias

comunidades rurais. d) o termo cafundó, em vocabulário cupópia, significa conversa incompreensível e nomeia um quilombo no interior do

estado de São Paulo. e) o domínio dos recursos linguísticos pode servir de estratégia para que uma comunidade permaneça unida e possa

garantir sua defesa.

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3. (G1 - ifsp 2014) A utilização de trabalhadores escravos foi constante durante a colonização da América Portuguesa.

A partir do século XVI, observa-se a diminuição da utilização de mão de obra indígena escravizada e um aumento

significativo no tráfico de escravos trazidos do continente africano. Com o passar do tempo, a escravidão indígena

declinou e a escravidão de africanos e seus descendentes foi predominante.

Entre os fatores que explicam a predominância da mão de obra escrava africana, é correto apontar a) os prejuízos obtidos pela Igreja com a catequização dos índios nas regiões missioneiras. b) a dificuldade de acesso aos índios já que estes viviam afastados das regiões litorâneas. c) a baixa produtividade dos índios nas tarefas industriais para as quais eram enviados. d) a proibição da escravidão indígena que contou com o apoio dos bandeirantes paulistas. e) a alta lucratividade que o tráfico internacional de africanos trazia para a Metrópole. 4. (G1 - ifsp 2012) Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho

compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os

escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um território desconhecido onde eram implantados à força, os

índios se encontravam em sua própria casa.

(Fausto Boris. História do Brasil)

De acordo com o texto, é correto afirmar que, ao longo do período colonial brasileiro, a) apenas os índios foram vitimados pela escravização imposta pelos portugueses, o que explica a sua rápida

dizimação. b) somente os africanos foram submetidos à escravização, pois os indígenas eram totalmente protegidos pelas leis

portuguesas. c) a escravidão fracassou e rapidamente foi substituída pelo trabalho livre e assalariado dos imigrantes europeus. d) os africanos resistiram mais do que os índios à escravidão, pois eram bem mais fortes e, por isso, obtiveram maior

êxito nas guerras e nas fugas. e) tanto os índios quanto os africanos foram vítimas da escravidão portuguesa, contudo os índios conseguiram resistir

melhor a tal processo. 5. (Fgv 2012) Leia o texto.

Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar

de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a

confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da

África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de

Tombuctu e ao mansa do Mali.

Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse

país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho

do mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).

Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV: África do

século XII ao XVI.

No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois a) encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial. b) descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo. c) reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas. d) identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente. e) percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas ritualísticas. 6. (Fgv 2009) "Durante a Antiguidade e a Idade Média, a África permaneceu relativamente isolada do resto do

mundo. Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, no norte do continente, dando início à exploração de sua costa

ocidental".

(José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, "Toda a História")

Acerca da África, na época da chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que:

a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração de

escravos, mas não existia uma sociedade escravista.

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b) assim como em parte da Europa, praticava-se a exploração do trabalho servil que, com a presença europeia,

transformou-se em trabalho escravo. c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização política,

daí a denominação de povos primitivos. d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encontravam-se no Norte e economicamente viviam da exploração

dos escravos muçulmanos. e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compulsório eram desconhecidas na África e foram introduzidas

apenas no século XVI, pelos portugueses e espanhóis. 7. (Enem 2012) Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios

africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a

outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e

transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.

SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n.º 12, dez./jan./fev. 1991-92

(adaptado).

Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no

Brasil tornou possível a a) formação de uma identidade cultural afro-brasileira. b) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias. c) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos. d) manutenção das características culturais específicas de cada etnia. e) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas. 8. (Enem 2007) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou

de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo

processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos

navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico

negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos.

K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: "Diversidade na

educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.

Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente. b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente. c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna. e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa. 9. (Uem-pas 2014) Sobre a história da escravidão africana, assinale o que for correto.

01) O tráfico de seres humanos foi uma das mais rentáveis atividades do mundo pré-industrial. Na África, a

escravidão e o comércio de escravos existiam desde tempos imemoriais. Até o século XV, os escravos

eram exportados por rotas estabelecidas no deserto do Saara, no Mar Vermelho e no oceano Índico.

Durante a Idade Média, os árabes controlaram a maior parte desse comércio. A partir do século XVI, abriu-

se a rota atlântica do tráfico negreiro, para abastecer de mão de obra escrava as plantations estabelecidas

pelos europeus em suas colônias americanas. 02) O tráfico intercontinental de escravos representou para a África perda significativa de população,

contribuindo para a estagnação demográfica daquele continente no período moderno. Demógrafos estimam

que a população africana de 1850 era praticamente a mesma de 1650. 04) Com o aumento da demanda por escravos nas colônias europeias da América, o tráfico de escravos se

transformou em importante fonte de renda para reinos africanos como o de Oyo (atual Benin), o de Ashanti

(na Gana atual) e o de Daomé (na atual Nigéria). Ao provocar guerras entre reinos e chefes africanos para a

captura e para o controle das rotas de exportação de escravos, o tráfico gerou uma crônica instabilidade que

prejudicou seriamente o desenvolvimento das sociedades africanas envolvidas nesse comércio. 08) No Brasil colonial, a escravidão era hereditária, transmitindo-se a condição escrava pela linha paterna.

Além disso, a legislação colonial proibia a alforria de escravos. A conjugação desses fatores explica o

insignificante número de negros e de mulatos livres no Brasil às vésperas da independência.

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16) O tráfico de escravos da África para o Brasil cessou em 1815, em atendimento a uma das cláusulas do

Tratado de Viena, do qual Portugal era um dos signatários.

10. (FGV-SP 2011) Quando o tráfico atlântico de escravos começou a dizimar o Kongo, reinava nesta nação um

ManiKongo chamado Nzinga Mbemba Affonso, que subira ao trono em 1506 e nele se manteve, com o nome de

Affonso I, durante cerca de quarenta anos. A vida de Affonso abarcou um período crucial. Quando ele nasceu,

ninguém ali sabia da existência dos europeus. Quando ele morreu, todo o seu reino perigava, ameaçado pela febre da

venda de escravos que eles haviam provocado. Adam Hochschild. O fantasma do rei Leopoldo, 1999. (Adaptado)

No reino do Kongo, assim como na África Atlântica em geral, antes da chegada dos portugueses:

a) havia numerosas comunidades agrícolas, baseadas no igualitarismo de tradição islâmica e dos povos do

deserto.

b) preponderava, essencialmente, a agroexportação, baseada nas relações servis de produção e direcionada para o

norte do continente.

c) predominava o trabalho livre no campo e na cidade, excetuando-se os trabalhadores estrangeiros, sempre

escravos.

d) existia a escravidão, como a de linhagem, parentesco ou outras formas, mas não fazia parte de um sistema

mercantil.

e) praticava-se principalmente a servidão voluntária, na qual os homens buscavam proteção junto aos senhores

de terra.

11. (Unesp 2012) Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam

como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua,

tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um

grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele

inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração

econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco,

café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África

com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. (Adaptado).

Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o

texto:

a) reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a diferenciação entre homens

livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos.

b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comércio

escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.

c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da

constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam.

d) afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos

nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração interna.

e) considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos, que aproveitaram

as disputas tribais para obter ganhos financeiros.

12. (Fuvest) Ao longo do século 17, vegetais americanos como a batata-doce, o milho, a mandioca, o ananás e o caju

penetraram no continente africano.

Isso deve ser entendido como:

a) parte do aumento do tráfico negreiro, que estreitou as relações entre a América Portuguesa e a África e fez do

sistema sul-atlântico o mais importante do Império Português.

b) indício do alinhamento crescente de Portugal com a Inglaterra, que pressupunha a consolidação da penetração

comercial no interior da África.

c) fruto de uma política sistemática de Portugal no sentido de anular a influência asiática e consolidar a americana

no interior de seu império.

d) imposição da diplomacia adotada pela dinastia dos Braganças, que desejava ampliar a influência portuguesa no

interior da África, região controlada por comerciantes espanhóis.

e) alternativa encontrada pelo comércio português, já que os franceses controlavam as antigas possessões

portuguesas no Oriente e no estuário do Prata.

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13. (Unicamp 2005) Um dos maiores problemas nos estudos históricos no Brasil acerca da escravidão é seu relativo

desconhecimento da história e da cultura africanas. Aí, a história do Congo tem muitas lições a dar, quer para os

interessados no estudo da África, quer para os estudiosos da escravidão e da cultura negra na diáspora colonial. Afinal,

a região do Congo-Angola foi daquelas que mais forneceram africanos para o Brasil, especialmente para o Sudeste,

posição assumida no século XVII e consolidada na virada do século XVIII para o XIX.(Adaptado de Ronaldo Vainfas

e Marina de Mello e Sousa, "Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao

movimento Antoniano, séculos XV-XVIII", Tempo. n. 6, 1998, p. 95-6).

a) O que foi a diáspora colonial citada no texto acima?

b) Identifique duas influências africanas no Brasil atual.

c) Nomeie e explique, no Brasil atual, uma decorrência da prática da escravidão negra.

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Gabarito: Resposta da questão 1:

[B]

Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao tráfico de Africanos que foram vendidos como escravos

na América no contexto colonial. O tráfico de africanos durante a colonização da América e mesmo no século XIX

gerou muito lucro para a Europa contribuindo para a acumulação de capital. Não foi a escravidão que gerou o tráfico,

mas o tráfico e seu exorbitante lucro que gerou a escravidão colonial. Os traficantes europeus levavam tabaco e

aguardente para trocar por africanos. Mesmo morrendo boa parte durante a viagem, ainda assim o lucro era muito

grande conforme aponta a poesia, “Eu ganho oitocentos por cento / Se a metade chegar ao porto”. Resposta da questão 2:

[E]

Somente a proposição [E] está correta. O texto é bem claro quanto à estratégia utilizada pelos escravos negros para se

defender e se manter unido. Os escravos africanos vindos de diferentes regiões da África e falando línguas diversas

precisaram construir alguma identidade, algum tipo de comunicação entre eles para se protegerem da truculência dos

senhores de engenho. Trata-se de diálogos que seriam incompreensíveis aos seus senhores. Resposta da questão 3:

[E]

Além das dificuldades encontradas para escravizar indígenas, o tráfico de negros africanos configurava grande lucro

para os portugueses, estabelecendo trocas comerciais com as tribos africanas e elevada movimentação monetária

envolvendo as tribos, os traficantes e os compradores. Resposta da questão 4:

[E]

Interpretação de texto. Na história do Brasil colonial o trabalho escravo foi determinante para a produção na terra e

tanto os africanos como os nativos da terra (índios) foram escravizados pelo colonizador. O autor destaca que ambos

resistiram à escravidão, porém os índios possuíam uma condição melhor de resistência por conheceram a terra. Resposta da questão 5:

[C]

“Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a

mudar de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em

ganhar a confiança dos soberanos locais”. Resposta da questão 6:

[A]

Resposta da questão 7:

[A]

O texto nos remete a uma situação muitas vezes ignorada, que os africanos provinham de nações diferentes, que

possuíam hábitos e língua diferentes. O senso comum do brasileiro parte de uma ideia geral de africano, baseada

principalmente na cor da pele. Destaca também que as condições de cativeiro, que para todos os escravos eram iguais,

acabou por criar um elo entre os escravos, visto que na mesma senzala estavam pessoas de regiões diferentes que, aos

olhos de proprietários e capatazes, eram todos iguais, seres inferiores, objetos de trabalho. Resposta da questão 8:

[D]

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O texto retrata os primórdios da exploração europeia da África, realizada pelos portugueses à época das grandes

navegações e da colonização do Brasil. A exploração através de feitorias não se caracterizou como um processo de

colonização, apesar de garantir grandes lucros à Portugal responsável pelo tráfico negreiro. A colonização africana

pelos europeus ocorreu durante a segunda metade do século XIX e estendeu-se até o período subsequente à Segunda

Guerra Mundial. Resposta da questão 9:

01 + 02 + 04 = 07.

[01] Verdadeiro. Sem dúvida durante a Idade Moderna, séculos XV ao XVIII, no contexto do capitalismo comercial e

mercantil, o tráfico de escravos foi fundamental para o acúmulo da capital para a Europa e foi vital para a

Revolução Industrial que começou na Inglaterra no final do século XVIII.

[02] Verdadeiro. O fluxo de africanos arrancados de sua pátria e trazidos para a América na condição de escravo

contribuiu para uma estagnação demográfica na África.

[04] Verdadeiro. A escravidão negra na América gerou muitos recursos para a Europa, mas também para alguns

reinos africanos.

[08] Falso. Havia a carta de manumissão ou de alforria que possibilitava a liberdade dos negros e não era

insignificante a quantidade de mestiços no início do século XIX.

[16] Falso. O tráfico de escravos para o Brasil cessou em 1850 devido à lei Eusébio de Queirós. Resposta da questão 10:

[D]

Resposta da questão 11:

[C]

Resposta da questão 12:

[A]

Resposta da questão 13:

a) A dispersão, de diversas culturas africanas nos domínios coloniais europeus.

b) Entre outras manifestações culturais, podemos identificar as influências africanas na música, expressa

particularmente no samba e na religião com a umbanda e o candomblé.

c) O preconceito racial direcionado aos afro-descendentes, decorrendo daí, a discriminação contra os negros nas mais

variadas situações.