Questões Do Trabalho Individual

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 1 Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental Questões da avaliação individual Responder em casa 1. Comente brevemente os 5 elementos psico-sociais do princípio da precaução apresentados pelo Prof. Paulo Affonso Leme Machado no artigo de referência O princípio da precaução e a avaliação de riscos . Dentre eles qual você destacaria? Por que? (justifique) 2. Como você relacionaria o princípio da precaução e a avaliação de riscos ambientais? Contextualize sua resposta utilizando o acidente na barragem do Fundão – Samarco (Mariana-MG)* como estudo de caso. 3. Dentre as técnicas de avaliação de riscos discutidas em sala qual você julga a mais interessante? Descreva-a sucintamente, ressaltando suas principais características e aplicações. *Entenda o acidente de Mariana e suas consequências para o meio ambiente (Fonte: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/12/entenda-o-acidente-de- mariana-e-suas-consequencias-para- o-meio-ambiente) Na tarde do dia 5 de novembro, o rompimento da barragem do Fundão, localizada na cidade histórica de Mariana (MG), foi responsável pelo lançamento no meio ambiente de 34 milhões

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8/19/2019 Questões Do Trabalho Individual

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8/19/2019 Questões Do Trabalho Individual

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Curso de Pós-Graduação Lato Sensu

MBA em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental

de m³ de lama, resultantes da produção de minério de ferro pela mineradora Samarco -

empresa controlada pela Vale e pela britânica BHP Billiton.

Seiscentos e sessenta e três quilômetros de rios e córregos foram atingidos; 1.469 hectares devegetação, comprometidos; 207 de 251 edificações acabaram soterradas apenas no distrito de

Bento Rodrigues. Esses são apenas alguns números do impacto, ainda por ser calculado, do

desastre, já considerado a maior catástrofe ambiental da história do país.

A enxurrada de rejeitos rapidamente se espalhou pela região, deixou mais de 600 famílias

desabrigadas e chegou até os córregos próximos. Até o momento, foram confirmadas as

mortes de 17 pessoas.

Em questão de horas, a lama chegou ao rio Doce, cuja bacia é a maior da região Sudeste do

País - a área total de 82.646 quilômetros quadrados é equivalente a duas vezes o Estado do

Rio de Janeiro.

O aumento da turbidez da água, e não uma suposta contaminação, provocou a morte de

milhares de peixes e outros animais. De acordo com o Ibama, das mais de 80 espécies de

peixes apontadas como nativas antes da tragédia, 11 são classificadas como ameaçadas de

extinção e 12 existiam apenas lá.

O fornecimento de água para os moradores de cidades abastecidas pelos rios da região, como

Governador Valadares, em Minas Gerais, teve que ser temporariamente interrompido, sendo

retomado dias depois, quando laudos de órgãos técnicos do governo descartaram a

contaminação da água por materiais tóxicos.

A lama avançou pelo rio com grande velocidade, chegando ao Espírito Santo em menos de

cinco dias. No dia 21, alcançou o mar em Linhares –blocos de contenção foram posicionados

na foz do rio para controlar o impacto ambiental da chegada da lama ao mar.

Um laudo técnico parcial, divulgado pelo Ibama no início de dezembro, aponta para a

gravidade sem precedentes do desastre. “O nível de impacto foi tão profundo e perverso, ao

longo de diversos estratos ecológicos, que é impossível estimar um prazo de retorno da fauna

ao local, visando o reequilíbrio das espécies na bacia”, diz o documento.

O trabalho de ajuda às vítimas começou logo após o acidente, assim como as ações

emergenciais de preservação da fauna e da flora locais. O desafio agora é reconstruir o que foi

danificado, garantir alternativas de subsistência a quem perdeu seus meios de

trabalho, responsabilizar os culpados pelo desastre e recuperar o rio Doce. “Importa para nós

transformar novamente o rio Doce naquilo que ele foi outrora. Um local com margens

reflorestadas, com nascentes preservadas, recuperando inteiramente o rio. Esse é um projeto

que não se esgota no curto prazo, mas que se estende até que o rio seja, de fato, aquele rioque nós herdamos dos nossos ancestrais”, disse a presidenta Dilma Rousseff.