Questões que se deve colocar ao se tornar master franchise

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DRAFT – DIRECÇÃO DE MARKETING Inês Loureiro 19-03-201021-02-2013 1/6 QUESTÕES QUE SE DEVE COLOCAR AO SE TORNAR MASTER FRANCHISE INTRODUÇÃO MASTER FRANCHISE O franchisador concede a um sub-franchisador, denominado Master Franchise, o direito exclusivo sobre a marca de franchise num determinado país e a responsabilidade de a expandir directamente nesse mercado celebrando contratos de franchise com terceiros (franchisados). Aqui, o master franchise além da abertura da sua unidade própria, assume-se como o verdadeiro franchisador no seu próprio país, pois cabe-lhe normalmente a responsabilidade de suporte e controlo da rede que são típicas da acção do franchisador. Este é o método mais adequado para desenvolver um sistema de franchise internacional, dado que apenas com um parceiro local a marca terá o pleno conhecimento das diversas exigências do desempenho da actividade no seu país, podendo adaptar mais eficazmente as ferramentas e metodologias à sua realidade e organizar a rede da melhor forma, controlá-la e prestar-lhe o suporte necessário. No processo de internacionalização via master, existem vários factores externos e internos, que devem ser tomados em linha de conta na escolha dos países alvo e na forma do franchise. Nomeadamente: 1. ANÁLISE DO PAÍS 2. ANÁLISE DO FRANCHISING 3. ANÁLISE DO MERCADO IMOBILIÁRIO 4. ANÁLISE DE QUESTÕES JURÍDICAS E LEGAIS 5. ANÁLISE DO FRANCHISADOR 6. ANÁLISE INTERNA DO MASTER FRANCHISE

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DRAFT – DIRECÇÃO DE MARKETING

Inês Loureiro 19-03-201021-02-2013 1/6

QUESTÕES QUE SE DEVE COLOCAR AO SE TORNAR MASTER FRANCHISE

INTRODUÇÃO MASTER FRANCHISE O franchisador concede a um sub-franchisador, denominado Master Franchise, o direito exclusivo sobre a marca de franchise num determinado país e a responsabilidade de a expandir directamente nesse mercado celebrando contratos de franchise com terceiros (franchisados). Aqui, o master franchise além da abertura da sua unidade própria, assume-se como o verdadeiro franchisador no seu próprio país, pois cabe-lhe normalmente a responsabilidade de suporte e controlo da rede que são típicas da acção do franchisador. Este é o método mais adequado para desenvolver um sistema de franchise internacional, dado que apenas com um parceiro local a marca terá o pleno conhecimento das diversas exigências do desempenho da actividade no seu país, podendo adaptar mais eficazmente as ferramentas e metodologias à sua realidade e organizar a rede da melhor forma, controlá-la e prestar-lhe o suporte necessário. No processo de internacionalização via master, existem vários factores externos e internos, que devem ser tomados em linha de conta na escolha dos países alvo e na forma do franchise. Nomeadamente:

1. ANÁLISE DO PAÍS 2. ANÁLISE DO FRANCHISING 3. ANÁLISE DO MERCADO IMOBILIÁRIO 4. ANÁLISE DE QUESTÕES JURÍDICAS E LEGAIS 5. ANÁLISE DO FRANCHISADOR 6. ANÁLISE INTERNA DO MASTER FRANCHISE

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1. ANÁLISE DO PAÍS Antes de um master franchise proceder à expansão de uma marca deverá fazer uma análise do país em que pretende entrar e verificar qual o potencial de aceitação do negócio no mercado em causa.

• Área geográfica • População • Densidade populacional • Principais Partidos Políticos • Língua • Unidade monetária: • Organização Política e Administrativa • Situação Económica • Relações Económicas com Portugal • Comercio Internacional • Relações Internacionais • Condições legais de acesso ao mercado • Entidades Oficiais Portuguesas no país de expansão (ICEO,

embaixadas, Consulados, representação da AEP ou AIP) • Normas Comerciais

2. ANÁLISE DO FRANCHISING O Master franchise deve ter um conhecimento profundo do mercado onde irá actuar.

• Breve caracterização do sector • Aceitação do franchising no país • Evolução do franchising no país • Associações sectoriais • Feiras sectoriais • Revistas sectoriais • Quais as redes de franchising a operar? • Redes Internacionais ou Nacionais?

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3. ANÁLISE DO MERCADO IMOBILIÁRIO • Panorama Nacional • Existência de associações de Mediação Imobiliária • Caracterização do Território • População Residente por região • Número e Dimensão média de família por região • Número médio de habitantes por fogos • Forma de ocupação dos alojamentos (habitual, sazonal) • Tipo de negócio (venda/arrendamento/trespasse/…) e pesos

relativos • Transacção de Imóveis por região • Volume de negócios por região • Evolução da compra e venda • Procura de Imóveis por tipo (habitação/escritório/industrial/…) e

pesos relativos • Empresas de Mediação Imobiliária • Valores de Avaliação bancária • Nº de Mediadores a nível nacional e sua distribuição geográfica • Quais as redes multinacionais a operar no país

4. ANÁLISE DE QUESTÕES JURIDICAS E LEGAIS • Normas Comerciais • Sistema Legal • Legislação que regula a Mediação Imobiliária • Legislação que regula o Franchising • Questões contratuais (contrato de franchising) • Fiscalidade: que impostos incidem sobre o imobiliário e sobre as

transacções imobiliárias

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5. ANÁLISE DO FRANCHISADOR

• Quais os objectivos do franchisador naquele país? • Quais os reais benefícios que adquire com os direitos de utilização

da marca? • Qual a experiência do franchisador em expansão internacional? • Qual o desempenho do franchisador noutros países? • Que tipo de apoio concreto é prestado pelo franchisador? • Como se irá gerir a partilha de resultados? • A marca tem potencial para crescer no estrangeiro? • É inovadora? • Que tipo de direitos de franchising concede o franchisador? • O franchisador disponibiliza dossier de franchising, estudo de

viabilidade económica e contrato de franchising, materiais de normas e procedimento da marca e do conceito, materiais de marketing e software?

Recursos Humanos Para que a marca tenha um bom desempenho internacional e apoie o Master de forma eficiente e eficaz, a estratégia de recursos humanos é fundamental. É necessário que os colaboradores do franchisador dominem o Inglês e o Espanhol e que tenham flexibilidade para deslocações e visitas ao exterior. Branding e Packaging Uma empresa que pretenda internacionalizar os seus serviços, não pode pensar em entrar num mercado internacional por exemplo com a marca “Manuel Rodrigues,Lda” e com serviços não adaptados à língua e necessidades desse mercado. Desde logo a marca dos seus serviços tem que ter uma fonética aceite universalmente, a linguagem dos folhetos promocionais deve estar na língua desse mercado, sendo quase obrigatório o Inglês e o Espanhol como línguas mais comuns. A empresa deve ter um site ou portal, multilingue ou portais diferentes por países. Caso a empresa participe em feiras internacionais ou em directórios de negócios tem obrigatoriamente que adaptar o seu “packaging” de informação, stand, publicidade e comunicação ao mercado em causa. Uma deficiente estratégia de marketing e comunicação impedirá a empresa de alcançar os seus objectivos e os erros cometidos podem colocar em causa o objectivo de internacionalizar.

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Desta forma, tem que se definir como será gerido o marketing nacional (quem é responsável pela estratégia e pelo investimento que acarreta: o Master ou o Franchisador?) Software

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6. MASTER FRANCHISE

• Qual o investimento necessário? • O master tem capital ou necessita de financiamento/

investidores? Verificar se possui ou pode comportar uma estrutura adequada ao crescimento expectável da rede.

Quanto às limitações internas, elas prendem-se sobretudo com a questão dos recursos financeiros e humanos disponíveis para fazer face ao investimento no projecto de internacionalização, nomeadamente no que respeita à promoção e publicidade da marca e presença em feiras nacionais. CONCLUSÃO Em suma, independentemente da forma e da sua estruturação, o sistema de franchise é uma excelente oportunidade de crescimento de empresas cujo modelo de negócio assente na inovação ou em competências organizacionais, ou seja know-how e metodologias, que possam ser replicadas e geradoras de vantagens competitivas noutros mercados. Para as empresas portuguesas que cumpram estes requisitos, e existem muitas, Portugal não basta. O sistema de franchise é por excelência dada a conjuntura económica actual, uma das formas mais eficazes de expansão de negócios, em contraposição com as formas clássicas de joint-venture ou investimento directo em lojas próprias.