Questões(Vinicius Oliveira)

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL - CEG DEPARTAMENTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - GCI CURSO DE GRADUAÇÃO: ARQUIVOLOGIA DISCIPLINA: REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO PROFESSORA: MARIA LUIZA DE ALMEIDA CAMPOS ALUNO: VINICIUS RODRIGUES DE OLIVEIRA Questões Aula Representação da Informação e do Conhecimento Livro Derek Landridge 1. Segundo Landridge, explique o que pode ser definido como a relatividade da classificação e como, no caso das bibliotecas, ela pode ser considerada (relação com o propósito). Landridge apresenta a relatividade na classificação afirmando a existência de diversas formas de fazê-la. Sendo assim, não existe, portanto nenhuma razão em julgar qualquer classificação como sendo certa ou errada. Ela pode ser apenas mais ou menos adequada para o seu propósito, embora algumas classificações possam servir a mais propósitos do que outras. Com relação à classificação em bibliotecas pode-se afirmar que o seu propósito é organizar o conhecimento contido em livros e outros meios, sendo assim seus os mecanismos de classificação são voltados não só a identificação e recuperação eficiente de itens de informação específicos e definidos de forma precisa, mas também demonstrar a completa gama de assuntos disponíveis e suas relações entre si. Classificações de bibliotecas são relativas, pois são pensadas de acordo com o acervo (mais geral, ou mais específico) e ao seu tipo de usuário alvo. 2. Explique a afirmativa: “A classificação está sempre relacionada a um propósito”. A classificação tem muito a ver com a informação que se deseja extrair dos objetos, há uma intenção e conceituação prévia, subjetiva e atendendo a objetivos distintos, como por exemplo, em relação à qual tipo de usuário a classificação é direcionada e para qual fim. Dessa forma não existe um processo de descoberta das classificações e sim uma elaboração destas. 3. Explique, segundo Landridge, a diferença entre palavra e conceito. Landridge acredita que conceito é o termo mais fundamental em todos os estudos relacionados com a classificação. Ele afirma que os conceitos são expressos em palavras, mas não são idênticos como palavras. Sendo assim podem existir diversas palavras para um

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL - CEG

DEPARTAMENTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - GCI

CURSO DE GRADUAÇÃO: ARQUIVOLOGIA

DISCIPLINA: REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO

PROFESSORA: MARIA LUIZA DE ALMEIDA CAMPOS

ALUNO: VINICIUS RODRIGUES DE OLIVEIRA

Questões – Aula Representação da Informação e do Conhecimento

Livro Derek Landridge

1. Segundo Landridge, explique o que pode ser definido como a relatividade da

classificação e como, no caso das bibliotecas, ela pode ser considerada (relação com o

propósito).

Landridge apresenta a relatividade na classificação afirmando a existência de diversas

formas de fazê-la. Sendo assim, não existe, portanto nenhuma razão em julgar qualquer

classificação como sendo certa ou errada. Ela pode ser apenas mais ou menos adequada para o

seu propósito, embora algumas classificações possam servir a mais propósitos do que outras.

Com relação à classificação em bibliotecas pode-se afirmar que o seu propósito é

organizar o conhecimento contido em livros e outros meios, sendo assim seus os mecanismos

de classificação são voltados não só a identificação e recuperação eficiente de itens de

informação específicos e definidos de forma precisa, mas também demonstrar a completa

gama de assuntos disponíveis e suas relações entre si. Classificações de bibliotecas são

relativas, pois são pensadas de acordo com o acervo (mais geral, ou mais específico) e ao seu

tipo de usuário alvo.

2. Explique a afirmativa: “A classificação está sempre relacionada a um propósito”.

A classificação tem muito a ver com a informação que se deseja extrair dos objetos, há

uma intenção e conceituação prévia, subjetiva e atendendo a objetivos distintos, como por

exemplo, em relação à qual tipo de usuário a classificação é direcionada e para qual fim.

Dessa forma não existe um processo de descoberta das classificações e sim uma elaboração

destas.

3. Explique, segundo Landridge, a diferença entre palavra e conceito.

Landridge acredita que conceito é o termo mais fundamental em todos os estudos

relacionados com a classificação. Ele afirma que os conceitos são expressos em palavras, mas

não são idênticos como palavras. Sendo assim podem existir diversas palavras para um

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mesmo conceito. É possível também haver um conceito (de alguma coisa) para o qual não

haja palavra para expressá-lo ou para o qual não conheçamos a palavra. Muitos conceitos,

embora não todos são classe-conceitos, isto quer dizer que eles são a nossa idéia de um

determinado grupo de objetos.

Livro Shellenberg

1. Comente este trecho de Schellenberg: “O método de classificação proporciona as

bases para a preservação e destruição, seletivamente, dos documentos depois que hajam

servido aos objetivos das atividades correntes” (p. 83)

O método de classificação é imprescindível desde a gênese do documento,

acompanhando ao longo de toda sua fase corrente. Uma classificação adequada dá eficiência

administrativa ao manejo dos documentos em sua fase corrente acelerando a recuperação de

suas informações e facilitando posteriormente uma avaliação correta de sua temporalidade e

conseqüente a destinação final. Um arquivo corrente mal classificado gera conseqüentemente

um arquivo intermediário sobrecarregado, e possivelmente massas documentais acumuladas.

2. Estabeleça a diferença, segundo Schellenberg, da Classificação Funcional,

Organizacional e por Assunto.

A Classificação funcional tem como critério as funções e as atividades do órgão

produtor do documento enquanto que a Classificação Organizacional agrupa os documentos a

partir da estrutura organizacional da instituição. Na Classificação por Assunto faz-se

necessária uma análise prévia do conteúdo dos documentos para só assim agrupá-los.

3. Comente os aspectos que identificam, segundo Schellenberg, a Classificação

Funcional, Organizacional e por Assunto e quanto, no caso da Administração Pública,

os tipos acima são recomendáveis.

Levando em consideração a Administração Pública, Schellenberg afirma que a o

método de classificação mais adequado é o funcional já que possui uma maior flexibilidade

no que se refere à criação de novas classes, acompanhando assim de maneira mais satisfatória

a dinâmica governamental, que possui em seu desenvolvimento o surgimento e extinção de

diversas funções e atividades. Sua complexidade reside na necessidade de um estudo prévio e

profundo das funções e atividades dos órgãos produtores.

A Classificação Organizacional, comumente utilizada na Administração, apresenta

problemas e não é aconselhável, pois não acompanha a dinâmica administrativa, tornando-se

obsoleta e sendo inutilizada diante de alterações na estrutura organizacional, sendo pertinente

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somente a poucos casos, como por exemplo, órgãos governamentais muito estáveis e de

atribuições muito claras.

Schelemberg afirma que a classificação por assunto não é recomendada a documentos

arquivísticos, pois o que é imprescindível para a classificação arquivística é a ação, é o reflexo

das atividades dos órgãos e suas funções e não o conteúdo dos documentos. Tal classificação

pode ser utilizada de maneira responsável somente em materiais de pesquisa ou referência.

Artigo Organização da Informação e Conhecimento (Marisa Brascher e Lígia Café)

1. Segundo o artigo “Organização da Informação ou Organização do Conhecimento”

estabeleça a diferença entre os termos: Organização da Informação, Representação da

Informação, Organização do Conhecimento, Representação do Conhecimento.

De acordo com Brascher & Café a Organização da Informação é um processo que

envolve a descrição física e de conteúdo dos objetos informacionais, visando arranjá-los

sistematicamente em coleções enquanto que a Representação da Informação é produto desse

processo descritivo, entendida como um conjunto de elementos descritivos que representam

os atributos de um objeto informacional específico.

A Organização do Conhecimento e a Representação do Conhecimento se diferem

destes outros dois processos, pois se referem às unidades de pensamento, ao mundo dos

conceitos e não dos registros de informação.

A Organização do Conhecimento se difere da Organização da Informação, pois visa à

construção de modelos de mundo que se constituem em abstrações da realidade, forjando

representações do conhecimento. A Representação do Conhecimento se constitui numa

estrutura conceitual que representa modelos de mundo, permitindo descrever e fornecer

explicações sobre os fenômenos que observamos.

2. Nas páginas 1, 2, 3 e 4 do artigo “Organização da Informação ou Organização do

Conhecimento”, as autoras apresentam diversas questões sobre o conceito de Dado,

Informação e Conhecimento. Comente o que podem ser considerados pontos

semelhantes ou diferentes com o artigo de Urdaneta.

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Urdaneta diferencia-se de Brascher & Café subdividindo o processo em quatro partes,

acrescentando o conceito de Inteligência; tal ampliação é resultado de sua visão distinta em

relação à definição de Dados, considerado pelo autor como “informação como matéria”

enquanto que para Brascher & Café são considerados “informação em potencial”. A

compreensão distinta do conceito de Dados por parte de Urdaneta causa um deslocamento e

conseqüente sobreposição nessa “hierarquia” de conceitos se comparada à Brascher & Café.

A definição de Dados apresentada por Brascher & Café, por exemplo, se aproxima muito

mais da definição de Informação feita por Urdaneta como “dados ou matéria informacional

potencialmente significativa”. Essa assimetria ocorre também nos conceitos seguintes: o que é

Informação pra Brascher & Café se aproxima muito mais do que é Conhecimento para

Urdaneta assim como o que é Conhecimento pra Brascher & Café se aproxima muito mais do

que é Inteligência para Urdaneta.

3. Quais são as definições apresentadas pelas autoras sobre os conceitos: dados,

informação e conhecimento?

As autoras citam a definição de Fernandez-Molina:

[...] dados, informação e conhecimento: os dados são informação potencial, que

somente são percebidos por um receptor se forem convertidos em informação e esta

passa a converter-se em conhecimento no momento em que produz uma

modificação na estrutura do conhecimento do receptor (FERNANDEZ-MOLINA,

1994, p.328)

Artigo Urdaneta

1. Defina, segundo o autor, o que entende por dado, informação, conhecimento e

inteligência.

Urdaneta entende dados por “informação como matéria (information as matter), isto é,

de registros icônicos, simbólicos (fonéticos ou numéricos) ou sígnicos (lingüísticos ou

matemáticos) por meio dos quais representam-se fatos, conceitos ou instruções (i.e., estados

que caracterizam uma entidade ou processo em um determinado ponto do tempo)” (p. 01)

Informação ele conceitua como “informação como significado (information as

meaning), isto é, de dados ou matéria informacional estruturada de maneira efetiva ou

potencialmente significativa.” (pp. 01-02)

Conhecimento ele considera uma “informação como compreensão (information as

understanding), isto é, de estruturas informacionais que, ao internalizarem-se, se integram a

sistemas de relacionamento simbólico de mais alto nível e permanência.” (p. 02)

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Inteligência ele compreende como “informação como oportunidade (information as

opportunity), isto é, de estruturas de conhecimento que, sendo contextualmente relevantes,

permitem a intervenção vantajosa na realidade (i.e., dos estados e processos que se modelam

sobre a mesma).” (p. 03)