Química Geral II - Caracterização dos sais e teoria ácido-base(1)
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Caracterização dos sais e teoria ácido-base.
Professor: Leonardo
Disciplina: Química Geral II
Turma 223
Breno Buswell Braga. Nº 3
Isaque da Silva Gonçalves. Nº 12
Raquel Chaves da Silva. Nº 25
Ray-anna Sant’Anna da Silva. Nº 26
Referente à aula prática do dia 11/01/2012.
Objetivos.
Verificar experimentalmente algumas propriedades dos sais.
Caracterizar as reações de hidrólise, através da determinação do pH de algumas soluções
salinas.
Caracterizar o comportamento ácido-base segundo as teorias de Brönsted-Lowry e Lewis.
Materiais e reagentes.
Magnésio metálico;
Erlenmeyer de 250 mL;
Solução 3 mol/L de H2SO4;
Álcool etílico (CH3CH2OH);
Água destilada (H2O);
Espátula;
Bicarbonato de sódio (NaHCO3);
Nitrato de sódio (NaNO3);
Cloreto de amônio (NH4Cℓ);
Fenolftaleína;
Tubos de ensaio;
Estante para tubos de ensaio;
Azul de bromotimol;
Solução 0,1 mol/L de hidróxido de amônio (NH4OH);
Solução 0,1 mol/L de ácido acético (CH3COOH);
Solução 0,1 mol/L de acetato de sódio (CH3COONa);
Solução 0,1 mol/L de bicarbonato de sódio (NaHCO3);
Solução 0,1 mol/L de cloreto férrico (FeCℓ3);
Solução de tiocianato de potássio a 5% (KSCN);
Solução 0,1 mol/L de sulfato cúprico (CuSO4);
Solução 6 mol/L de hidróxido de amônio (NH4OH);
Solução 0,1 mol/L de nitrato de prata (AgNO3);
Solução 0,1 mol/L de cloreto de sódio (NaCℓ);
Procedimento experimental.
1- Algumas propriedades dos sais.
Procedimento 1.1
Pegou-se 1 g de magnésio em aparas e o colocou em um Erlenmeyer de 250 mL.
Em seguida, somou-se aos poucos 15 mL de solução 3 mol/L de H2SO4.
A reação deve suceder normalmente, porém caso necessário, deve-se aquecê-la
brandamente; esta termina quando todo o magnésio é consumido.
A solução concentrada, que se obteve com a reação, se esfriou e, então, foi
adicionado álcool etílico à mesma.
Procedimento 1.2
Numeraram-se três tubos de ensaio e se adicionou a cada um deles cerca de 5
mL de água destilada.
Após a verificação do pH da água, se acrescentou aos tubos, respectivamente,
uma pitada (ponta da espátula) destes sais: bicarbonato de sódio (NaHCO3), nitrato de sódio
(NaNO3) e cloreto de amônio (NH4Cℓ).
Procedimento 1.3
Em um tubo contendo cloreto de amônio, inseriu-se uma pequena tira de
magnésio previamente decapada, a fim de se observar a ocorrência de um fenômeno químico.
2- Identificação de ácidos e bases de Brönsted-Lowry.
Procedimento 2.1
Utilizando o papel indicador universal, mediu-se o pH das soluções 0,1 mol/L de
hidróxido de amônio (NH4OH), ácido acético (CH3COOH) e acetato de sódio (CH3COONa). Ao
fim deste processo, observou-se o comportamento dessas substâncias em meio aquoso.
Procedimento 2.2
Para três diferentes tubos de ensaio, transpassaram-se, respectivamente, 2 mL de
solução 0,1 mol/L de CH3COOH e 2 mL de solução de NaHCO3. Verificou-se o pH apenas das
solução de NaHCO3, já que o pH da solução de CH3COOH já foi medido no procedimento
anterior.
Juntaram-se as duas soluções e o pH de tal mistura foi verificado.
3- Observação dos ácidos e bases de Lewis.
Procedimento 3 .1
Para um tubo de ensaio, transferiram-se 4 mL de solução 0,1 mol/L de cloreto
férrico (FeCℓ3), 1 mL de água destilada e duas gotas de solução de tiocianato de potássio
(KSCN) a 5%. Agitou-se o tubo, com a finalidade de se promover o desenvolvimento da reação.
Procedimento 3 .2
Pôs-se em um tubo de ensaio 5 mL de solução 0,1 mol/L de sulfato cúprico
(CuSO4) e 1 mL de solução 0,1 mol/L de hidróxido de amônio (NH4OH). Logo após,
acrescentou-se lentamente 2 mL de solução 6 mol/L de NH4OH e agitou-se o sistema.
Procedimento 3 .3
Em outros dois tubos de ensaio, respectivamente, transferiram-se 3 mL de solução
0,1 mol/L de nitrato de prata (AgNO3) e 3 mL de solução 0,1mol/L de NaCℓ.
Verteu-se o conteúdo de um tubo no outro. Depois disso, acrescentou-se solução
6 mol/L de NH4OH, gota a gota ao sistema e movimentando com frequência, até a dissolução
total do precipitado formado.
Resultados e discussão.
1- Algumas propriedades dos sais.
Procedimento 1.1
Procedimento 1.2
Procedimento 1.3
2- Identificação de ácidos e bases de Brönsted-Lowry.
Procedimento 2.1
Procedimento 2.2
pH da solução resultante (0,1): 7 – 8
X Partindo do princípio de que o pH é uma escala relacionada a concentração de
cátions H+ de um composto e de que tal escala normalmente apresenta valores de 0 a 14,
pode-se dizer que o valor 7 ou algum próximo a ele denunciam, respectivamente, um total
equilíbrio ou um quase equilíbrio entre íons H+ e OH-.
Equação iônica essencial e justificativa do comportamento do bicarbonato em relação ao
ácido acético (1,2):
XI Sabe-se que o pH da solução 0,1 mol/L de ácido acético, que foi constatado no
procedimento 2.1, é 3 e também se sabe que o pH da solução 0,1 mol/L de bicarbonato de
sódio, que foi constatado no procedimento 1.2, é 9. Assim, pode-se justificar do pH da mistura
das soluções dessas duas substâncias ter como valor, um número entre 7 e 8.
Conciliando o fato do ácido acético se ionizar em presença de água com o fato do
bicarbonato de sódio produzir uma solução básica quando dissolvido em água, estabelece-se
uma reação que pode ser construída pela análise do comportamento dos reagentes em água.
NaHCO3(aq) + H2O(ℓ) Na+(aq) + OH-
(aq) + H2CO3(aq)
CH3COOH(aq) + H2O(ℓ) CH3COO-(aq) + H+
(aq)
Notando-se que o Na+ não reage com a água por ser proveniente de uma base
forte e que o ácido carbônico produzido na hidrólise do bicarbonato de sódio se decompõe em
dióxido de carbono e água, pode-se transcrever a reação química ocorrida.
Na+(aq) + OH-
(aq) + H2CO3(aq) + CH3COO-(aq) + H+
(aq) Na+(aq) + CH3COO-
(aq) + CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
Percebe-se a tendência da reação de formar acetato de sódio, entretanto, como a
reação ocorreu em meio aquoso, é importante ressaltar que esse sal sofre hidrólise, como se
vê na equação a seguir:
CH3COONa(aq) + H2O(ℓ) CH3COOH(aq) + Na+(aq) + OH-
(aq)
Porém, como foi dito, o ácido acético se ioniza em presença de água, formando
indiretamente mais moléculas de água, já que os íons H+ formados reagirão com as hidroxilas
produzidas durante a hidrólise:
CH3COOH(aq) + H2O(ℓ) + Na+(aq) + OH-
(aq) CH3COO-(aq) + Na+
(aq) + 2 H2O(aq)
Dessa forma, pode-se dizer que o acetato de sódio a ser formado sofre um ciclo
de reações químicas, já que a partir desta última, o sal formado sofre hidrólise, formando um
ácido que se ioniza produzindo íons que se encontram com outros a fim de se formar,
novamente, o CH3COONa.
Com tais reações, se confirma o pH em torno de 7 que foi obtido, já que o dióxido
de carbono liberado como gás, o ciclo de reações químicas do acetato de sódio e a água
formada não influenciaram no pH, já que não provocaram desequilíbrio entre a quantidade de
H+ e a de OH-.
Se baseando em tal equação e em tais idéias, a reação química essencial
correspondente é:
H+(aq) + OH-
(aq) + H2CO3(aq) CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
3- Observação dos ácidos e bases de Lewis.
Procedimento 3.1
Cor observada (0,1):
Quando se pingou a solução de tiocianato de potássio a 5%,
que se apresentava incolor, nos 4 mL de solução aquosa 0,1 mol/L de
cloreto férrico, de coloração amarelo avermelhada, que ainda foram
misturados a 1 mL de água destilada; observou-se a formação de um
precipitado de coloração vermelho escura.
Nome do íon complexo formado (0,2):
XII O nome íon complexo faz referência a um tipo de espécie química, no caso um
cátion de um metal de transição, que tende a realizar ligações covalentes com outros
compostos chamados de ligantes. O que dita a quantidade de ligações que o cátion metálico
faz, é um valor chamado de número de coordenação.
Ao se pingar a solução de tiocianato de potássio na solução de cloreto férrico,
promoveu-se uma reação que pode ser representada pela seguinte equação:
6 KSCN(aq) + FeCℓ3(aq) K3[Fe(SCN)6](aq) + 3 KCℓ(aq)
Analisando-se tal equação, pode-se escrever a equação iônica essencial
correspondente:
6 SCN-(aq) + Fe3+
(aq) [Fe(SCN)6]3-(aq)
Dessa forma, pode-se afirmar que o íon complexo formado se chama
hexatiocianatoferrato (3-) que possui a coloração vermelho escura.
Ácido de Lewis (0,2):
Analisando-se a equação iônica essencial, nota-se que o ácido de Lewis é o cátion
Fe3+ por receber elétrons.
Base de Lewis (0,2):
Já a base de Lewis da reação é o ânion tiocianato pelo fato de doar elétrons.
Procedimento 3 .2
Procedimento 3 .3
Nome do sal complexo formado (0,2):
Ao se adicionar a solução nitrato de prata (AgNO3) em uma solução de cloreto de
sódio (NaCl), observou-se a formação de um sal, denominado nitrato de sódio, e de um
precipitado, denominado cloreto de prata, de coloração esbranquiçada que se depositou no
fundo do tubo de ensaio.
Isso se deve a uma reação de dupla troca, como representado abaixo pela
equação:
AgNO3(aq) + NaCℓ(aq) AgCℓ(s) + NaNO3(aq)
A Quando se acrescentou a solução de hidróxido de amônio ao sistema, foi
possível ser observado a dissolução do precipitado, tornando o mesmo homogêneo, já que
ambos são solúveis em água. Tal fato é decorrente da reação entre o NH4OH e o AgCℓ, em que
houve como produto a formação de um sal complexo denominado cloreto de diamin-prata.
A reação ocorrida é representada pela equação abaixo:
AgCℓ(s) + 2 NH4OH(aq) [Ag(NH3)2]Cℓ(aq) + 2 H2O(ℓ)
Esquema 1 – Formação e dissolução parcial do cloreto de prata (AgCl).
Equação iônica global essencial (0,6):
Nota-se que, mesmo depois da ocorrência da reação, os íons Na+ e NO3- se
conservaram em solução aquosa. Com isso, se pode observar que os mesmos não
participaram da reação. A asserção anterior é descrita pela seguinte equação iônica global
essencial:
Ag+(aq) + Cℓ-
(aq) AgCℓ(s)
AgCℓ(s) + 2 NH4OH(aq) [Ag(NH3)2]Cℓ(aq) + 2 H2O(ℓ)
Ag+(aq) + Cℓ-
(aq) + 2 NH4OH(aq) [Ag(NH3)2]Cℓ(aq) + 2 H2O(ℓ)
Pergunta 03: Ácido e base de Lewis (0,4):
B Desta forma, observa-se que esta reação obtém como produto um sal e uma
molécula de água. Logo, nota-se que ocorreu uma reação de neutralização e, para isso
acontecer, seria necessário a presença de um ácido e uma base. De acordo com a teoria de
Lewis, base é quem pode fornecer elétrons e ácido que os recebe, assim:
Ácido de Lewis: Ag+ Base de Lewis: Cℓ-
Conclusão.
Bibliografia.
X. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química - volume único. 8ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2010. p. 484;
XI. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química - volume único. 8ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2010. p. 495 - 497;
XII. VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. 1ª edição. São Paulo: Mestre Jou,
1981;
A. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química - volume único. 5ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2002. p. 198;
B. LAVORENTI, Arquimedes. Professor Associado do Depto. de Ciências Exata -
Publicação Destinada ao Ensino de Ciências – Química, 2002. p. 05 e 06. Arquivo
PDF. – Disponível em: <http://www.lce.esalq.usp.br/arquimedes/Atividade04.pdf> -
Acesso em 13 de janeiro de 2011 às 20 horas e 12 minutos.
Referência bibliográfica dos esquemas.
Esquema 1
Imagens esquerda e centro (modificadas) – PAHANG, Dunia. Print Screen. 2,25 MB. -
Disponíveis em: <http://www.youtube.com/watch?v=WkHtiXeBuQM> - Acesso em 14 de
dezembro de 2011 às 22 horas e 47 minutos.
Imagem direita – Fotografia tirada durante o experimento.