R3 - Reologia, Reômetro Capilar
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7/24/2019 R3 - Reologia, Remetro Capilar
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1. Introduo
1.1 Equaes bsicas
O fuxo que ocorre no interior de um capilar um fuxo
de presso atravs de um tubo longo. A gura 1 mostra o
esquema de um remetro capilar. O polmero, que est em
repouso no reservat!rio ou barril, empurrado por um
pisto atravs de um tubo capilar de raio "c e comprimento
#c. $esse capilar pode%se considerar que o fuxo est em
regime permanente de cisal&amento quando #c '' "c. #ogo,
o valor absoluto da tenso de cisal&amento na parede est
relacionado ( presso ), ao longo do comprimento do
capilar, pela seguinte rela*o+
w=P .Rc
2. Lc
qua*o 1
-ada velocidade de descida do pisto /p0 correspondea uma taxa de cisal&amento no capilar, pois a vao
calculada no pisto 2p igual ( vao no capilar 2c0, ou
se3a+
Qp=Qc
Ou aindaVp.Ap=Vc. Ac
qua*o 4
Onde /c a velocidade do polmero no capilar, Ap e
Ac so as reas da se*o transversal do pisto e do capilar,
respectivamente. #embrando que a taxa de cisal&amento +
=dVcdr
1
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qua*o 5
A tenso de cisal&amento no capilar c calculada atravs da 6or*a 7 que o polmero 6a contra o
pisto, a qual medida atravs de um transdutor de
presso, sendo que
c= F
Ac
qua*o 8
7inalmente, a viscosidade do material pode ser
calculada, pois
=c
c
qua*o 9
A queda de presso P representada pela
seguinte expresso+
P=P (z=0 )P (z=Lc )=PbPlc
qua*o :
m que )b a presso no barril ou reservat!rio e )lc
a presso na sada do capilar.
4
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7igura 1+ squema de um remetro capilar
)ara fuidos no $e;tonianos, que o caso do fuidoda prtica de &o3e propileno0, se 6or con&ecida uma
expresso matemtica especca para a 6un*o viscosidade
possvel obter equa*ncias, ento a taxa de
cisal&amento na parede ser expressa por+
= 4Q
R c3
3n+1
4n
qua*o ?
Assim, a equa*o reol!gica de estado de um polmero
que segue a #ei das )ot>ncias ser expressa por+
5
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PRc
2Lc =m.
4Q
R c3
n3n+1
4 n
n
qua*o @
Assim, tra*ando%se os grcos dos dados experimentais log
PRc
2Lcversus log
4Q
R c3 0 podemos obter uma lin&a reta,
cu3a intersec*o dessa lin&a com o eixo ser m e sua
inclina*o ser n.
1.4 Correo de Rabinowitsch
=e uma equa*o que relacione a viscosidade ( taxa de
cisal&amento de um determinado polmero no estiver
disponvel, ento no possvel obter a equa*o para o
perl de velocidades e para a taxa de cisal&amento na
parede. -ontudo, existe uma 6orma de calcular a
viscosidade desde que se ten&a um grande nBmero de
dados. )rimeiro, pode ser mostrado que, para um fuido
especco a uma temperatura xa, existe uma rela*o Bnica
entre a tenso de cisal&amento na parede e a taxa de
cisal&amento na parede, tal rela*o Bnica a viscosidade.
Csso signica que, se dados experimentais de presso em
6un*o da vao, comprimento de capilar e raio de capilar
so obtidos, todos esses dados devem estar na mesma
curva do grco log4Q
R c3 versus log
PRc
2Lc . )ara
experimentos envolvendo remetros capilares e fuidos
ne;tonianos, a taxa de cisal&amento na parede pode ser
expressa por+
= 4Q
R c3
3+b
4
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qua*o D
Onde b +
b=
d 4 Q
R c3
dPRc
2Lc
qua*o 1E
sta equa*o con&ecida como equa*o de
"abino;itsc& ou corre*o de "abino;itsc&. Fal equa*o
representa o desvio do comportamento $e;toniano do
fuido. =e o fuido 6or ne;toniano, b G 1Hn. O termo3+b
4
representa a corre*o de "abino;itsc&.
Assim, podemos concluir para um grco de log w
versus log , tambm con&ecido como curva de fuxo,
pode 6ornecer uma indica*o da naturea do fuido. =e os
dados podem ser a3ustados por uma lin&a reta com
inclina*o igual a 1, o fuido apresenta um comportamento
$e;tonianoI se os dados se a3ustam em uma lin&a reta com
inclina*o di6erente de um, ento o fuido segue a #ei das
)ot>ncias e a inclina*o da reta igual a n. Jma curva com
comportamento no%linear indica que o comportamento do
fuido no $e;toniano e no segue a #ei das )ot>ncias.
9
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7igura 4+ Krco de tenso na parede versus taxa de
cisal&amento aparente na parede curvas de fuxo0 para a0
7luido $e;tonianoI b0 7luido $o%$e;toniano que segue a
#ei das )ot>ncias c0 7luido no%ne;toniano que no segue
a lei das )ot>ncias.
1.5 Correo de Bagley
A queda de presso te!rica P atravs de um
capilar pode ser expressa pela equa*o :. ste valor
correto quando o fuido $e;toniano, de baixo peso
molecular e o fuxo est plenamente desenvolvido, no
apresentando v!rtices na entrada, elasticidade, tempos de
relaxa*o elevados, etc. )orm, na prtica, quando as
propriedades reol!gicas de polmeros 6undidos so medidas,
observa%se uma queda na presso da entrada, como ilustra
a gura 5.
:
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7igura 5+ )resso atravs de um capilar
A presso na entrada do capilar, isto m em G E,
menor que )b para o caso de fuidos no%$e;tonianos ou
polmeros 6undidosI ou se3a, ocorre redu*o na presso de
entrada do capilar por causa dos e6eitos $o%$e;tonianos
mencionados anteriormente. Assim, torna%se necessrio
corrigir essa di6eren*a na presso de entrada, 3 que seu
valor infuir diretamente no valor de w e
consequentemente no valor da viscosidade.
Jm procedimento utiliado para a corre*o dessa
di6eren*a de presso consiste em calcular o comprimento
do capilar necessrio para se obter um fuxo
completamente desenvolvido. La gura anterior pode%se
observar que, se o capilar tivesse um comprimento #c M
e"c, a presso na entrada desse capilar seria )b. Assim,
w seria expressa como+
2 (Lc+eRc )
w=PRc
?
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qua*o 11
O produto e"c representa o comprimento do tubo
capilar necessrio para obter%se um fuxo plenamentedesenvolvido, com uma queda de presso igual ( queda de
presso extra resultante dos e6eitos de entrada deo capilar.
O procedimento de corre*o dos e6eitos de entrada no
capilar con&ecido como correo de Bagley.
7igura 8+ Krco para a determina*o da -orre*o de
Nagle
)ara determinar o valor de e, utiliam%se diversos
capilares de dimetros 4"c similares, mas com
comprimentos #c di6erentesI grcos de P em 6un*o
de #c sobre "c, a uma mesma taxa de cisal&amento, so
ento obtidos.-omo a vao 2 e o dimetro do capilar 4"c
so os mesmos para todos os capilares, ento as taxas de
cisal&amento sero as mesmas.A intersec*o da reta com
o eixo &oriontal corresponde ao valor de e. =ubstituindo na
equa*o 11, possvel calcular a taxa de cisal&amento
corrigida.
@
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2. ateriais e !"todos
#. Resultados e discusses
Femos, para um capilar com 4E mm de comprimento e
dimetro de 1mm, a temperatura de 1D9o -, os dados da
tabela 1+
$abela 1% $a&as de cisalha!ento a'licadas e suas
res'ecti(as (elocidades
$a&a de cisalha!ento )s*+1, -elocidade )!!s,1D,1 E,E1E:1
1DD,: E,11E@D?D4,: E,88E9E1D@8,D 1,1E4?49D94,E 5,5E::?
Assim, temos que o raio do capilar E,9 mm e como sua rea
circular, vem+
A c= r2= . (0,5mm )2=0,7853 mm2
#.1 Clculo da ta&as de cisalha!ento
As taxas de cisal&amento so dadas pela equa*o 5+
=dVc
dr
como, pela equa*o 4+
Q=Vp . A p=Vc.Ac
Femos
R c3
=dVc
dr =
dQ
dAc
dRc=
Q
Ac . Rc=
4 Q
=
4Q
R c3=
4.Vp.Ap
R c3 =
4.Vp. R p2
R c3
D
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Onde o raio do pisto ?,9 mm e o raio do capilar E,9mm.
Assim, temos+
$abela 2% Clculo das ta&as de cisalha!ento
-elocidade -c
)!!s,
$a&a de
cisalha!ento
)1s,E,E1E:1 1D,ED@
E,11E@D 1DD,:E4E,88E9E ?D4,D
1,1E4?4E 1D@8,D5,5E::? 9D94,EE
#.2 Clculo da tenses de cisalha!ento
Femos, pela equa*o 1+
c= F
AcG P .
Rc
2. Lc
Onde Ac a rea do capilar em questo, 3 calculada, P
a varia*o de presso, "c o raio do capilar E,9 mm0 e #c o
comprimento do capilar 4E mm0. Assim, de acordo com a
tabela 6ornecida no excel, possvel clcular a tenso de
cisal&amento para as 9 medidas+
$abela #% $enses de cisalha!ento calculadas
/resso P )/a, $enso de cisalha!ento
c )/a,
14,65.105 1@514,9
43,96.105 98D9E,E
80,35.105 1EE85?,9
106,63.105 1554@?,9
155,14.105 1D5D49,E
1E
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#.# Clculo da Correo de Rabinowitsch 'ara a ta&a de
cisalha!ento
Femos, pela equa*o 1E, o clculo do coeciente b para
calcular a -orre*o de "abino;itsc&+
b=
d 4 Q
R c3
dPRc
2Lc
Ou se3a, b a rela*o entre a derivada da taxa decisal&amento pela derivada da tenso de cisal&amento. Ou se3a,
devemos tra*ar o grco logartmico lnd 0 versus ln d c 0, ou
se3a, o grco de taxa de cisal&amento versus tenso de
cisal&amento e seu coeciente angular ser b. Assim, temos+
$abela 0% Clculo do coeciente b
$enso de
cisalha!entoc )/a,
$a&a de
cisalha!ento )1s,
n ) c
3 &
n )
3y
Coecie
nte b
1@514,9 1D,ED@ D,@1955D1
::
4,D8D9 4,8E14
98D9E,E 1DD,:E4 1E,D181?@
D:
9,4D:5 4,8E14
1EE85?,9 ?D4,D 11,91?4DE
D4
:,:?9: 4,8E14
1554@?,9 1D@8,D 11,@EE4:5
?5
?,9D55 4,8E14
1D5D49,E 9D94,EE 14,1?944:
??
@,:D18
@
4,8E14
4rco 1% n )d , (ersus ln )d c ,5 onde a !elhor reta 6oi
traada.
11
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6x0 G 4.8x % 4E.?:
"P G E.DD
$enso de cisalha!ento (ersus ta&a
#inear 0
Femos, de acordo com a equa*o D+
= 4Q
R c3
3+b
4
Assim, possvel atualiar a tabela 4 para novos valores da
taxa de cisal&amento corrigida atravs da corre*o "abino;itsc&,
que sero multiplicadas por 1,59E5.
$abela 7% $a&as de cisalha!ento corrigidas 'or Rabinowitsch
$a&a de cisalha!ento
se! a correo )1s,
$a&a de cisalha!ento
corrigida 'or Rabinowitsch
)1s,1D,ED@ 49,?@
1DD,:E4 4:D,94?D4,D 1E?E,:91D@8,D 4:@E,41
9D94,EE @E5:,D@
#.0 Clculo da Correo de Bagley 'ara ca'ilar 8 9 1:
#.7 Clculo do ;ndice de 'ot
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Krco 4+ "ela*o do logartmo da tenso de cisal&amento com o
logartimo da taxa de cisal&amento
6x0 G E.81x M @.::
"P G E.DD
2og da ta&a de cisalha!ento (ersus o log da tenso de cisalha!ento
#inear 0
$abela =% $a&a de cisalha!ento e $enso de cisalha!ento
> 3 n )
c
? 3 n )
D,@1955D1::
4,D8D9
1E,D181?@D
:
9,4D:5
11,91?4DED
4
:,:?9:
11,@EE4:5?
5
?,9D55
14,1?944:?
?
@,:D18@
7oi tra*ado o grco dos dados experimentais log
PRc
2Lcversus log
4Q
R c3 0 para as 9 medidas avaliadas.
Os valores plotados esto contidos na tabela :. A
intersec*o da reta com o eixo ser m e sua inclina*o
ser n. A equa*o da reta, 6ornecida pelo xcel, 6oi+
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y (x )=0,4135x+8,6634
Ou se3a, m @,::58 e n a inclina*o da reta.)ortanto, temos que n +
n=0,4135
Assim, n vale E,8159 e di6erente de um. Femos, de
acordo com a teoria, que o propileno , de 6ato, um fuido
no%ne;toniano, mas como sua inclina*o di6erente de
um, ele obedece a #ei das )ot>ncias, de acordo com a gura
4. Assim, o propileno um fuido $o%$e;toniano que
obedece a lei das )ot>ncias.
#.= Esboo das cur(as de (iscosidade (ersus ta&a de
cisalha!ento
3.6.1 Curva viscosidade versus taxa de cisalhamento para as
primeiras taxas e tenses de cisalhamento calculadas
3.6.2 Curva viscosidade versus taxa de cisalhamento para a
Correo de Rabinowitsch
3.6.3 Curva viscosidade versus taxa de cisalhamento para a
Correo de Bale!
3.6." Curva viscosidade versus taxa de cisalhamento
considerando o #uido como sendo $o%$ewtoniano seuindo a
lei das &ot'ncias
#.@ Cur(as 'resso (ersus te!'o obtidas
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