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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Caxias do Sul, RS – 2 a 6 de setembro de 2010 1 Elementos de comunicação visual marcantes em uma metalinguagem do design gráfico: lançamento de Adobe Creative Suite 4 por Adobe Artists. 1 Emylianny Brasil da SILVA 2 Francisco Norton Falcão CHAVES 3 Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE. Resumo: A comunicação visual em design gráfico compõe uma área de conhecimento relativamente nova que vem sendo aprimorada para estar em adequação com as novas ferramentas e exigências do mercado, sem perder suas possibilidades de expressão e criatividade. O objetivo desde artigo é analisar os principais elementos visuais empregados na “definição” do design gráfico contemporâneo, empreendida pela Adobe System Incorporated no lançamento de um pacote de aplicativos através da criação do web-site Adobe Artists. Palavras- Chave : comunicação visual; design gráfico;publicidade; Adobe CS4. As mudanças que surgem no interior de cada uma das áreas de atuação geram controvérsias, variedades distintas de impressões, foi assim com a introdução dos valores artísticos na produção de massa. O surgimento das primeiras peças de design causou efervescência de opiniões acerca de uma novidade que se apresentava como uma dualidade instigante e ameaçadora como o design e as demais vertentes de “arte” aplicada. Não foi naturalmente que artistas e críticos da chamada arte pura aceitaram essa variedade distinta de aplicação estética, alguns ainda não aceitam permanecem defensores da “velha” arte inteiramente contrários às novas aplicações. Um artista que se defende através da subjetividade de suas obras não se vê em situação confortável quando percebe seu espaço, já tão escasso, tendo de ser partilhado com novos profissionais que se intitulam designers e utilizam técnicas de 1 Trabalho apresentado na Divisão Temática, da Intercom Júnior – Jornada de Iniciação Científica em Comunicação, evento componente do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Graduanda do 4º semestre do Curso de Comunicação Social – habilitação em Publicidade e Propaganda da UFC e bolsista do Programa de Educação Tutorial – PETCom , e-mail: [email protected]. 3 Orientador do trabalho. Professor do Curso de Comunicação Social da UFC, email: [email protected].

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Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 1Elementos de comunicao visual marcantes em uma metalinguagem do design grfico: lanamento de Adobe Creative Suite 4 por Adobe Artists. 1 Emylianny Brasil da SILVA2 Francisco Norton Falco CHAVES3 Universidade Federal do Cear, Fortaleza, CE. Resumo:Acomunicaovisualemdesigngrficocompeumareadeconhecimentorelativamente nova que vem sendo aprimorada para estar em adequao com as novas ferramentas e exigncias do mercado,semperdersuaspossibilidadesdeexpressoecriatividade.Oobjetivodesdeartigo analisarosprincipaiselementosvisuaisempregadosnadefiniododesigngrfico contemporneo,empreendidapelaAdobeSystemIncorporatednolanamentodeumpacotede aplicativos atravs da criao do web-site Adobe Artists. Palavras- Chave : comunicao visual; design grfico;publicidade; Adobe CS4. As mudanas que surgem no interior de cada uma das reas de atuao geram controvrsias, variedades distintas de impresses, foi assim com a introduo dos valores artsticos na produo de massa. O surgimento das primeiras peas de design causou efervescncia de opinies acerca de uma novidadequeseapresentavacomoumadualidadeinstiganteeameaadoracomoodesigneas demais vertentes de arte aplicada.Nofoinaturalmentequeartistasecrticosdachamadaartepuraaceitaramessavariedade distintadeaplicaoesttica,algunsaindanoaceitampermanecemdefensoresdavelhaarte inteiramente contrrios s novas aplicaes. Um artista que se defendeatravs da subjetividade de suasobrasnosevemsituaoconfortvelquandopercebeseuespao,jtoescasso,tendode serpartilhadocomnovosprofissionaisqueseintitulamdesignerseutilizamtcnicasde 1TrabalhoapresentadonaDivisoTemtica,daIntercomJniorJornadadeIniciaoCientficaemComunicao,evento componente do XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao. 2Graduanda do 4 semestre doCurso de Comunicao Social habilitao em Publicidade e Propaganda da UFC e bolsista do Programa de Educao Tutorial PETCom , e-mail: [email protected]. 3Orientador do trabalho. Professor do Curso de Comunicao Social da UFC, email: [email protected]. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 2comunicaovisualcomvariedadesexpressivassemelhantes,pormembasadasedirecionadas para um fim claro e objetivo. Como bem diferencia Bruno Munari O artista um autor de peas raras, nicas, feitas pelas suas prprias mos. [...] trabalha para si prprio e para uma elite que o possa entender (MUNARI, 1979,p.25)eoDesignernotemumavisopessoaldomundonosentidoartstico,masum mtodo para abordar os vrios problemas quando se trata de projectar. (MUNARI, 1979, p.33). Inseridos nesses dilogos entre arte e design, incessante e sempre pontuado de discordncias, queaAdobeSystemIncorporatedenglobaessesconceitoscomoformadepublicizarumadas ferramentasresponsveisporrevolucionaraproduodeimagensgrficassua:AdobeCreative Suite 4.AcampanhaAdobeArtiststrouxeumportaldirecionadoaopblicodedesign,emque desafiarenomadosartistasvisuaisdediferentessegmentoseorientaesconstruremsuaspeas comasferramentasdeumdeseuspacotesdeaplicativoseaindatornapblicotodooprocesso criativoedeusodessasferramentas,atravsdevdeosdebastidoreseentrevistas.Falandouma linguagemqueseusreceptorescompreendemeutilizando-sedeumareleituradeummecanismo recente de publicidade, que versa acerca de aes virtuais, a gigante dos softwares trouxe a tona no primeirosemestrede2009umamaneirainteressantedelanarseusprodutoscomumaestratgia atualizada e prxima do pblico-alvo. A Adobe fez questo de usar o seu poder de influncia e uma boa dose de auto-afirmao no que se refere comunicao visual. 2.Comunicao Visual Todo estmulo visual capaz de comunicar e por esse motivo tudo aquilo que capaz de nos atingirvisualmentepodeserconsideradocomunicaovisual.Aapreensodestaespciede comunicaoestentreasaptidesfisiolgicasdemenoresforoporpartedoserhumanoAs pessoas esto to habituadas ao apelo visual expresso em todos os ambientes que j no h interesse imediato por tudo o que visto. A comunicao visual pode ser casual ou intencional. Unacomuniccinvisualcasualpuedeserinterpretadaporelquelarecibe,ya como mensaje cientfico o esttico, o como otra cosa. En cambio una comunicacion visual intencional deberia ser recibida en pleno significado querido en la intencion del emitente. (MUNARI, 1974, p.75)4 4 Uma comunicao visual casual pode ser interpretada por quem a recebe como uma mensagem cientfica ou esttica, ou como outra coisa. Por outro lado a comunicao visual intencional deveria ser recebida no total significado desejado pelo emissor. (MUNARI, 1974, p.75, traduo nossa) Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 3 Sendo assim na comunicao visual intencional, que o instrumento e o objeto de estudo de tododesigner,faz-senecessriodescobrirnuanceseperspectivasquegarantamaatenodo pretenso receptor e a eficaz transmisso da mensagem visual. La comuniccin visual se produce por mdio de mensajes visuales, queforman parte de lagranfamiliadetodoslosmensajesqueactamsobrenuestrossentidos,sonoros,trmicos, dinmicos,etc.(MUNARI,1974,P.78)5.Partindodessapremissabsicainiciam-seprocessosde transmisso da mensagem e os fatores que influenciam a eficincia de compreenso daquilo que o emissor deseja fazer chegar conforme seu objetivo ao receptor.Oautorassinalaograudefalibilidadedadifusodamensagemvisual,subdividindoessas possibilidadesdecorrosodointuitodamensagememfiltros:osensorial(refere-secapacidade perceptiva,afetadadeformamaisrepresentativaporfatoresfsicoscomopelodaltonismo),o operativo (ligado experincia do receptor, caractersticas de sua formao ou idade, por exemplo.) e o cultural (relacionado ao repertrio cultural de cada receptor). Alm da influncia e possibilidade deentravedecompreensogeradoporessesfiltros,aindahqueconsiderarqueamensagem compreendida nem sempre gera a resposta almejada pelo emissor . Para compreender a comunicao visual h que compreender os elementos integrantes dessa categoriademensagenseparaissoamaioriadosautorespropesubdivises.Munari(1974)opta por dividir a mensagem em duas partes: a informao emessncia que traz a mensagem e o suporte visual, este por sua vez responsvel por transformar a informao em estmulo visual compondo-sedaspartesanalisveisdacomunicao(Textura,Forma,ModuloeMovimento),apartirdessas divisesesubclassificaespossvelcaptarmaisprofundamenteointuitodepeasque comuniquem visualmente, que usem tais conceitos para amparar suas criaes e faz-las acessveis ao grande pblico e em graus mais apurados at conferir valores universais. 3.Algumas nuances de Design Grfico O design grfico uma rea de atuao e conhecimento relativamente recente que se mostra flexvel e conectada as novidades capazes de aperfeio-la ou atualiz-la, aproximando-a sempre do aqui e agora, do pblico de hoje, de seus gostos e capacidades de apreenso e identificao evitando tornar-seobsoleta.Essarenovaoconstantedodesignfaz-seespecialmenteatravsdenovas mdiasenovossuportes,queampliamoshorizontescriativosesubvertemaantigalgicada acessibilidadelimitadaporfronteirasfsicaseculturais.provvelquesejaesseomotivodeo designgrficosertoaceitoeaclamadonaatualidade.Cursoseferramentasdealcancemassivo 5 A comunicao visual faz-se por meio de mensagens visuais , que compemparte da grande famlia de todas as mensagens que atuam em nossos sentidos, sonoros, trmicos, dinmicos, etc. (MUNARI, 1974, P.78, traduonossa) Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 4acumulam-seeincentivamnovosinteressadosnaatividade,galeriasrenomadasocupam-sede exposiescompeasquenadamaissoquefrutosdainventividadededesignersgrficos.Uma contradio se levarmos em conta o modo como a atividade era tida no passado: Oprecursordodesigngrficoeraumtrabalhadorespecializado,aquemse costumavachamarartistacomercial,denominaoquecontmumacertacarga pejorativa.Quandotalentoso,esse tipodeprofissionalfoimais tarde resgatado da cidadaniadesegundaclasseaquetinhasidocondenadopelospintoresecrticos. (DONDIS, 2007, p.206) Oprogressodeprofissionalizaodaatividade,quesegundoRichardHollis(2005) processou-senasprimeirasdcadasdosculoXX,foigradual.Essesprofissionais(artistasde layout)tinhamdepossuirinmerashabilidades,fazertodotipodeilustrao,criaodetipos, configuraesdepginasemqualquerconhecimentodecartermaisespecifico;tudodemaneira intuitiva e artesanal com possibilidades tcnicas bastante limitadas. Desdeessasprimeirasmanifestaesataquiincidiraminmerasmodificaesnos processosdeimpressoeproduodepeasgrficas,odesigndesenvolveudiversasestticas, passouporavanosemrelaoaocontedo,aceitao,usosetcnicas.Importantesinflunciase modificaesparaodesigngrficodehoje,principalmentenoqueserefereaosnovosmeiosde disseminao do design, foram trazidas pelo Estilo Internacional, pelo design ps-moderno e pelos usos das novas tecnologias durante a chamada revoluo digital. Como Koop (2004) ressalta que embora essa espcie de sistematizao que se constituiu o EstiloInternacionalsejaatribudoaodesigngrficosuofoialgopresenteemvriospases simultaneamente. O autor explica que as caractersticas do Estilo Internacional eram de certa forma normativas,comaadoodediretrizescomo:diagramaoassimtrica,proporesmatemticas, divisogeomtricadoespao,fotografiasobjetivas,alinhamentodetextospelamargemesquerda, destaquedepargrafosporlinhasembranco.Ointuitodessasistematizaoerauma universalizao de layout uma vez fixado por normas que firmassem ordem e clareza seria uniforme eatadquiririaumcertostatuscientfico.Operododosurgimentoepopularizaodesseestilo correspondepssegundaguerramundial,emqueasempresasinternacionalizavam-seebuscavam umaidentificaouniversal.Dessaformaumestiloquesurgiucomintuitodeacabarcomas desigualdadesgrficasestabelecendo padres visuais acabou por aprofund-lasainda mais quando acabousendoadotadoporgrandescorporaesparaaconsolidaoeuniversalizaodas identidades visuais .O design, atravs de seus novos mtodos e padronizaes, deu formas a cultura corporativaAcomunicaovisualatravsdodesignacabavadeentranhar-senacultura organizacional figurando como carto de visita das corporaes. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 5J o uso de tecnologia veio para aprimorar e inserido no contexto de mltiplas influncias do designps-modernoacabouporsubverteraordenaoeigualdadedoEstiloInternacional.Veio para reler o velho atravs das novas tcnicas e olhares. Odesignps-modernistacomodescreveKoop(2004)traziaentresuasmuitas caractersticas,divididasemalgumasescolasaoredordomundo,orompimentocoma previsibilidade, a descontrao no uso dageometria, fragmentao de imagens, o uso de mltiplas camadas, disposio aleatria da tipografia mistura de pesos e tamanhos dentro da mesma palavra, incluso de rudo como elemento, pouca preocupao com a clareza e a ordem das informaes. O ps-modernismoveioparadesconstruiroqueoEstiloInternacional,comseusmtodose manuais,haviaconstrudo.Nodesigngrficodehojepode-seobservarclaramentequeasduas escolasnoseopem,completam-seapsanosdeevoluoemquehouvesucessivasdiluies, intersees e releituras. Em meados dos anos 1980, uma nova prtica comea a se instalar no meio grfico. [...]Apartirde1984ocomputadorpessoaldaApple,oMacintosh,ofereceas primeiraspossibilidadesdehardwareadesignersparasetornarumaferramenta efetivanasartesgrficas.ComodesenvolvimentodalinguagemPostScript (Adobe Systems) e do software de paginao Page Maker (Aldus) em 1985 estavam criadas as condies para os primeiros experimentos em design grfico envolvendo a informtica. (KOOP, 2004, p.83) A partir do trecho percebe-se o quanto o avano tcnico tem peso sobre os profissionais na escolhadeferramentas,Koop(2004)prossegueatentandoparaoarcasmodessanovalinguagem grfica,queaindacarentedeaperfeioamento,rapidamenteganhouadeptosecausouuma modificaonaposturadosprofissionaisgrficos.Surgemassimvariantesdeartistasgrficos semelhantesseuspredecessores,oschamadosartistascomerciaisquederamosprimeirospassos nasatividadesdedesigndemonstrandomltiplashabilidades,conhecimentoeparticipaoem diferentes etapas do processo.Aevoluodasferramentasdedesignfoisurpreendente,vimossurgirnadcadade1990 softwares com mltiplas capacidades de manipulao de imagens que so aperfeioados ano a ano e possibilitamaoprofissionalmltiplaspossibilidadesefacilidades.Jnoobrigatriocriartipos artesanalmente,sujar-sedetinta,passarhorasoperandocolagensembuscadasobreposiode camadasperfeitasqueatribuaotomouacoresperada,oupercebernomomentodaimpressode ummaterialqueestepoucoparececomoresultadoesperadotudoissomudou.Hojeodesigner grficopodeedeveconhecertodasaspossibilidadesdasferramentasdisponveisaoseuprocesso criativo. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 64.A Forma e Cor: conceito e percepo. Aformanoovalordeconfiguraovisualmaissimplesdeidentificarpodeassumir mltiplassignificaes,reinventar-seecombinar-setocompletamenteapontodeimpossibilitar sua identificao imediata apesar de toda sua aparente simplicidade. No estudo de Munari (1974) o autor toma como conceito de forma as geomtricas, todas elas variaesdastrsformasbsicas(quadrado,circuloetringulo)easformasorgnicasaquelas provenientesdanatureza.Apartirdessadefinioprimariaquevisalimitarminimamenteo entendimentodaforma,osdesdobramentossoinfinitosAformapodeconferirpersonalidade obradeumdeterminadoartista,gerarprojeesnamentedoreceptorconformesuaidentificao com a expressividade de determinado uso e tcnicas de sobreposio e acumulao de formas. Aformadeterminadanoapenaspelaspropriedadesfsicasdomaterial,mas tambmpeloestiloderepresentaodeumaculturaoudeumartistaindividual. Umamanchaplanacoloridapodeserumacabeahumananomundo essencialmente bidimensional de Matisse; mas a mesma mancha pareceria plana ao invsdearredondada,numadaspinturasacentuadamentetridimensionalde Cavaggio. (ARNHEIM, 2008, p.130). Emboraoautorrefira-seaartistasenoadesignersnotrioopontode intersecoentre designeartenesteaspecto.Aformaumavezquesejaempregadacomunica.Comoenuncia DONDIS (2007) a forma a evoluo da linha que por sua vez, j uma acumulao de pontos que serve de premissa para os demais elementos. A forma esta no inicio no meio e no fim do processo de comunicao visual. AcorumimportantediferencialnapercepovisualOefeitodacordemasiadamente diretoeespontneoparaserapenasoprodutodeumainterpretaoligadaaoquesepercebepelo conhecimento. (ARNHEIM, 2008, p.358), apesar da coerncia nas declaraes do autor no foram poucasastentativasdeexplicaropotencialexpressivodascoreseasinteraespossveisapartir delas.Newton,GoetheeSchopenhauerforamosprimeirosatentarexplicarcomoascores acontecem.Nosposterioresestudosdacorrelacionadossarteseaproduogrficaagrande influnciasefazpelaDoutrinadasCoresdeJohannWolfangVonGoethe.Ainvestigaode Goetheabriunovasportasparaoconhecimentodascores,sugerindoumespectromultidisciplinar paradiversasabordagensdofenmeno.(BARROS,2007,p.269).OtrabalhodeGoethetraz ensaios sobre a cor entre luz e sombra e estabelece os conceitos de gradao e polaridade, dando a idiadadualidadepresentenascores.Oqueculminounoprimeiromodelodocirculocromtico ondefiguramasseiscoresprismticas:vermelho,laranja,amarelo,verde,azuleroxocomo Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 7descreveBarros(2007).Esseestudoeosposterioressobreacorpermitiramoconhecimentode propriedades,combinaesesimbologiasquesoindispensveisaobomtrabalhoemdesign grfico,nosobaformademanualouverdadeabsoluta,mascomoauxlionoaprimoramento esttico e expressivo do design transmitindo idias e emoes. Acorest,defato,impregnadadeinformao,eumadasmaispenetrantes experincias visuais que temos todos em comum. Constitui, portanto, uma fonte de valor inestimvel para os comunicadores visuais. (DONDIS,2007,p.64). Aformaeacorsoelementosvisuaisdegrandeforaparaapotencialidadecomunicativa visualeestodiretamenterelacionados.Umestsempreligadoaooutroparadarsignificados mensagens e chamar a ateno do interlocutor. Wassily Kandinsky e Johannes Itten, professores da emblemticaescoladearteedesignBauhaus6jpropunhaemseusestudosdosprincpiosde composio o dilogo entre cor e forma consideradas na escola como elementos bsicos da criao. Comodesenvolvimentodeverdadeirasteoriasdacriao,surgeumaespciede gramticadasformasedascores,associandoaesseselementosbsicosda composiosmbolosuniversaisdecomunicaodasimagens(BARROS,2007, p.35). Aevoluodosmeiostcnicosnaproduodaimagemestparacomprovaressarelao intrnseca entre cor e forma. Os programas de manipulao de imagem como os da Adobe Creative Sute 4 representam umainfinidadedeutilizaesrepresentandoumavanoextraordinrionosusosdaformaedas cores, certamente a possibilidade de fornecer uma forma perceptivamente tridimensional atravs de planos bidimensionais, como o papel e as telas de computador, faz o design grfico evoluir um nvel a mais, traz aos trabalho uma veracidade nunca antes alcanada, torna palpvel as ilustraes sejam elas verossmeis ou no. O produtor grfico j no mais refm da capacidade de projeo de seu receptor uma vez que o signo j est projetado, necessitando puramente ser visto.O que inicialmente podeparecerumretrocessonosentidodaparticipaodoreceptornoprocessodeinterpretao amplia as capacidades criativas, uma vez que o profissional de designer agora pode enriquecer seu contedo j que suas formas e cores so perfeitamente identificveis. 5. Conceito transmitido a partir da tipografia e da ilustrao.A evoluo leva a assimilao de novos valores ao surgimento de novas necessidades, com a comunicao visual no foi diferente. 6 A Bauhaus famosa escola alem cujo objetivo era democratizao da obra de arte com a produo industrial, realizou uma verdadeira modernizao no ensino artstico (BARROS, 2007, p.18). Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 8[...]opblicopraticamentebombardeadoporumainfinidadedeimagens impressasouprojetadas[...]Essacargadeimagensvisuaispassaaexigirdo designermaioresconhecimentoseumenvolvimentomaisprofundocomo planejamento e com a soluo dos problemas de comunicao. [...] o diretor de arte deve estar familiarizado com o pensamento editorial, os objetivos da propaganda, a estratgiademercado,areaohumana,aresponsabilidadesocialsepretender queoseulayoutescapedosegocntricoslimitesdesuapranchetaparaatingiro excitante mundo da pgina impressa. (HURLBURT, 1980, p.91) Oautoratentaparaasmodificaesnaconcepodosprofissionaisdedesign,jno suficienteorganizarainformaonapgina,queatualmentenoprecisanecessariamenteser impressa,necessriocoloc-lademaneirainteligenteecriativa,fazeropblicocompreendere gostardoquev.Apginanoprecisadeumaacumulaodepalavraseimagenscomsentido fragmentadoepoucocoerente.Hurlburt(1980)chamaatenoparaanecessidadedeconceitona construo das peas de design, como na publicidade o produto final tem de ser sempre o fruto de uma compreenso geral da inteno comunicativa, foi essa tomada de conscincia que deu origem a influnciamarcanteentredesignepublicidade,emdesignpassouasermaisimportanteconstruir idias compreensveis e vendveis do que o uso de tcnicas visuais elaboradas. O conceito por girar em torno da comunicao geral da pea estar centrado, principalmente, na tipografia e na imagem . A tipografia sempre foi meio chave na transmisso precisa de informaes, porm o design conservou a funo bsica e trouxe novos usos para os tipos. Tipografiacompreendeodesenhoeaproduodeletraseasuaadequada distribuioeespacejamentosobreumasuperfcie(sobretudoopapeleagorao monitor ou tela) para transmitir informao e facilitar a compreenso. A tipografia deve colaborar, em outro aspecto a transmisso da mensagem em linguagem verbal ou escrita. [...] o de suprir, com os recursos que lhe so prprios, a expressividade, anfasenecessriascomunicao,semelhanadoqueocorrenacomunicao interpessoal,comosrecursosdalinguagemgestual(postura,expresso fisionmica, movimentos etc.) e da oral (variaes de altura, ritmo e tom davoz). (NIEMEYER, 2006, p.14) Ostiposganhamcadavezmaisimportnciafazempartedaidentidadevisualdaproduo grfica, percebe-se pela simples observao que cada marca, cada publicao, ou nomeao possui suas caractersticas tipogrficas individuais No fim dos anos 80, o Adobe PostScript gradualmente emergiu como um padro de fatoparaacomposiotipogrficadigital.[...]Acomposiodigitalest generalizadaeafotocomposioagoniza,casojnoestejamorta.Otipodigital deixou de ser uma ferramenta onerosa, restrita e especializada, tornando-se mais uma facilidade disponvel na elaborao do design grfico (NIEMEYER, 2006, p.27). A tipografia digital traz renovao e praticidade em seu uso levando as fontes para o centro da programao visual, retirando-a da periferia a qual foi relegada em algumas composies visuais A ilustrao: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 9 Trata-se, basicamente, de levar uma informao visual a um determinado pblico, informaoqueemgeralsignificaexpansodeumamensagemverbal.Assima variedadedeilustraesabrangedesdedesenhosdetalhadosdemquinas desenvolvidos para explicar seu funcionamento at desenhos expressivos feitos por artistastalentososeconsumadosqueacompanhamumromanceouumpoema. (DONDIS,2007,p.205) A atividade j foi dada como morta durante a dcada de 60 em decorrncia da disseminao dousodafotografia.Hurlburt(1980)jressaltavaorenascimentodailustrao,umailustrao comunicativamunidadeconceitosecommenosabstraesqueatradiodeescolascomoa Bauhaus,ealertavaparaaspossibilidadespromissorasqueaapresentaogrficaforneciaaessa rea de atividades. A ilustrao apresenta-se como o elemento visual mais prximo da arte uma vez queoilustradortemcertaliberdadeeumaaproximaotcnicaconsidervelcomoartista.No campo da percepo: [...]queamelhorilustraoaquelaqueomitedetalhesdesnecessrioseescolhe caractersticasreveladoras,mastambmqueosfatosrelevantesdevemser comunicadosaosolhossemambigidade.Istorealizadopormeiodefatores perceptivos[...]:simplicidadedeconfigurao,agrupamentoordenado, sobreposioclara,distinodefiguraefundo,usodeiluminaoeperspectiva parainterpretarvaloresespaciais.necessrioprecisodeformaparacomunicar as caractersticas visuais de um objeto. (ARNHEIM, 2008, p.146) Ailustraoeatipografiaseunememumnovoambienteprodutivocapitaneadopela psicologiapararesgataraidentidadeeoriginalidadedasmarcas,produtosedodesigngrficoem geral. 6.Adobe Artists e sua metalinguagem da manipulao visual AAdobeSystemIncorporatedumaempresaamericanafundadaem1982queganhou notoriedadecomacriaodatecnologiaAdobePostScript7,apartirdesseiniciopromissora corporaosvemcrescendolanandonovassoluesdedesktopacadanovaproblemtica, identificandonichosemseumercadodeatuao,oferecendoprodutosdequalidadeparao preenchimentodessesnichosquerapidamentetornam-selideresdemercado,comferramentas difundidas e em alguns casos quase indispensveis aps sua incorporao ao cotidiano.A companhia iniciou sua empreitada em softwares de edio de imagens com o lanamento do Adobe Photoshop, segundo a empresa o primeiro software com padro profissional em edio de imagens,em1990apartirdeentoosprodutosdestinadosaodesigngrficoacumulam-see atualizam-seperiodicamente.Ousodestesaplicativospraticamenteunanimidadeentreos 7 Uma ferramenta lanada em 1984, tratava-se de uma linguagem de descrio de pginas livre de outros dispositivos para impressoras e prensas profissionais. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 10profissionais da rea e at usurios domsticos j demonstram interesse em possuir os aplicativos disposio em seus desktops e as perspectivas da revoluo digital em design grfico iniciada nas ultimas dcadas do sculo XX reafirmam-se constantemente.Noiniciode2009aAdobeempreendeuolanamentodeumanovasutedeaplicativos AdobeCreativeSute4(CS4),umlanamentodesseportetevevriasaesdemarketinge divulgao, como eventos em vrios pases para o lanamento dos produtos, porm a iniciativa quenos chama ateno a criao do site Adobe Artists. Aprincipionadadenovoumaempresadesoftwarescriarumespaoexclusivonainternet pra divulgar e vender seus produtos, o diferencial da iniciativa da Adobe est no seu conceito. Aconvitedaempresaquatroprofissionaisespecializadosnoexercciodaproduovisual emdiferentesreascompemosite.Cadaumpossuiumaespciedeperfilondeseencontrauma brevebiografiaeostrabalhosdeidentidadevisualfeitosparaoAdobeCS4.Todosproduzidosa partirdautilizaodossoftwaresofertados,almdosquatrobannersdapginainicialnos respectivosprofileshinsgnias,pequenasanimaes,exemplosdeimpressosparadivulgao elaborados de acordo com o conceito proposto por cada design e ,o que mais chama ateno, vdeos mostrando o processo de produo e entrevistas com os designers a respeito da sua experincia com o uso dos aplicativos lanados. Um exerccio demetalinguagem do design grfico, o site expressa em muitos aspectos uma espcie de auto - definio que certamente chama ateno de todos aqueles que visitem o portal , seja pelo contedo, pelo magnetismo visual das peas ou pelo apelo criativo direto a aspirantes e profissionais da rea. Figura 1: Pgina inicial do site Adobe Artists Fonte: Adobe Artists Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 11A pgina de apresentao traz espcies de banners contendo o badge proposto e uma viso geral do conceito dos trabalhos.NandoCostaumdesigngrficoediretordeartebrasileirocomumaslidacarreirano exterioreemsuapeadeaberturadositeapresentaumaconjunodetraosfluidosquese confundemecompletam-seatravsdosusosdaluzedacorcomomeioexpressivo,seuconceito parecebasear-senacontemporaneidadeenaluz.Osegundotrabalhoumaparceriaentrea designergrficoediretoradearteGeneviveGaucklereointeractiondesignerErikNatzkeo conceito da pea em virtude dos signos utilizados parece consistir em uma mescla do antigo com o tecnolgico uma espcie de anttese de cores e smbolos. O design grfico americano Johnny Kelly traz em suas pea o conceito da naturalidade da vida. Cisma, tambm brasileiro, um diretor de arte edeanimaesmostraoconceitodesuaspeasbemfixadonouniversodossonhosambientados temporalmente na infncia atravs de seus signos relacionados. Osquatroartistaspropuseram-seacomporumaespciedeassinatura,umainsgniaparao produto,conferindoidentidadeamarca,cristalizandoseusconceitosatravsdelase simultaneamenteexpressandoaspectosindividualizantesrelativossuaproduoanterioresuas influncias enquanto designers. Fig. 2: Badges propostos: esquerda superior de Nando Costa em seu lado de Genevive Gauckler e Erik Natzke, esquerda inferior Johnny Kelly e direita inferior Cisma. Fonte: Adobe Artists. Os badges no constituem logomarcas, embora contenham alguns pontos semelhantes como por exemplo a originalidade tipogrfica e a busca pela unicidade. O propsito dessas composies claramenteassinarostrabalhosdosartistaspublicadosnahomepage,alogoserveascorporaes comoumaespciedecomposioindividualizante,essasinsgniaspropem-searubricaros trabalhos publicados. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 12ObadgedeNandoCostatrabalhacomumfundosombreadoqueservedesuporteparaos grafismosapresentados,apeaclaramentetrazinflunciadasvanguardaseuropiasdoiniciodo sculoXXporseutracejadoirregular,ousodeformasgeomtricasaliadoaoutrastcnicasde trao. As formas so protagonistas nessa pea, conferindo expressividade atravs de sua miscelnea de formas e sua aparente tridimensionalidade. A tipografia embora digital tem um efeito visual que remeteapintura,comosefosseumtrabalhomanual.Ascombinaodecoresoutroponto marcanteem que cores quentes e frias sobrepem-se na imagem como o vermelho everde que so corescomplementares(demaneirasimplificadacorescomplementaressoaquelasqueopem-se nocirculocromtico)umavezqueoazuldialogacomopretoservenestaimagemcomouma espcie de sombra para o vermelho, ponto de cromaticidade dominante na imagem. No todo a pea transmiteidiasdeespontaneidade,atravsdesuacombinaodecoresousada,sobaperspectiva docirculocromticoeprincipalmenteporseupadrodeilustraoqueseconstituideumtodo cheiodeelementosaplicadosaparentementedemaneiraaleatria,maspperceptvelquefoi cuidadosamenteplanejadoparaexpressarseuobjetivodedialogarcomostrabalhosdeCostaque focamnessamisturaentreocaoseaordemnumaespciedecontemporaneidadeabstratasem signos claros, porm com conceito apreensvel. AassinaturadeGeneviveGlauckereErikNatzketrazafocoafusodetipografiae ilustraoquandoconfereasletraspropriedadeseelementosdedesenhoeassocia-osaelementos reais de nosso tempo como a caixa de som e os plugues, trazem uma idia de musicalidade e fluidez emanandodapea.Ascoressocomplementares,eoqueaprincipiopoderiageraruma combinaoberranteficaharmoniosaquandoquebradapelavivacidadedoamareloeocarter sombreadodascoresprincipaisoverdeeolaranja.Asformassorefernciasaostrabalhosde Geneviveemquecomumentecrianovascriaturasirreais,comtraostribaisesurrealistas, imaginativas e diferentes, embora os tipos no se convertam em criaturas possuem certos elementos comoessasespciesdevazamentonoCenoSdacomposioquefornecemmovimentoe vivacidade a pea. Johnny Kelly utiliza-se de uma colagem para fazer a sua badge, simples como o conceito de seu perfil na pgina que tem como carto de visitas uma animao chamada seed, e um conceito que gira em torno da fluidez da vida e signos da natureza. Ele utiliza como foco principal a cor. A corquecompeaformaeaformaquecompeatipografiaumdialogodeelementosdedesign grficoprodigiosoecomumresultadoadequadoaopropsito.Utilizandocoresanlogase complementares em contraste com um fundo branco simples e direto como toda a abordagem de seu conceito nos vdeos disponveis no site. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 13Cisma traz em seu profile basicamente material udio visual, vdeos com uso de ilustrao e imagem ou somente ilustrao o que oferece de mais prximo da linguagem impressa ou esttica sua badge que se adequa perfeitamente com o seu conceito de sonho. Os dilogos cor /forma/tipo eilustrao/tipografiamaisumavezpresentescompletam-seemumainteraocompletaparaa formaodainscrioCS4.Pormoqueconferemaiorprofundidadeeexpressividadeapeao contrastedoselementoscomofundo,atexturacompadrestendendoparaopretoconfereuma auraintensaemelanclicacomoumcunubladoondebrancasnuvensdealgodocomtodasua sutileza parecem flutuar. Transmitindo com clareza a delicadeza de seu conceito. Consideraes Finais A criao desse site representa bem o avano dos mecanismos de comunicao visual. O que seria inimaginvel h quinze anos atrs em termos de design grfico e de sua divulgao hoje se faz possvel.Quandoumtipodeatividadetorna-secapazdedefinir-se,comofezodesigngrficoem Adobe Artists, porque j ganhou prestgio e legitimidade perante a sociedade. Ossoftwaresaprimoradosaliadoscriatividadederamaodesigngrficoumnovostatus, um novo patamar de liberdade, que no tem muito a ver com o status artstico, diferente, conferido pela habilidade de utilizar mltiplos recursos de interao visual para fins prticos com uma esttica apurada e um sensoclaro de limites e apropriaes. Os meios digitais oferecem possibilidades ao designerumavezqueemtelaasvariedadesdeexibioecromatizaosomaisamplasquena impresso em papel, embora este ainda seja o principal suporte utilizado, hoje o cenrio multimdia estabastanteavanadoeosrecursostendemasetornarcadadiamaiseficazeseacessveis.O cenrio do design grfico promissor e ultrapassa em muito o que poderia supor o mais sonhador e idealista artista comercial do inicio do sculo XX. Espera-se que continue a evoluir e comunicar com criatividade, foram,cor ,beleza e contedo. Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010 14Referncias: ARNHEIM,Rudolf.Arteepercepovisual:Umapsicologiadavisocriadora:novaverso.1.ed.So Paulo: Cengage Learning, 2008. 503 p. BARROS, Lilian Ried Miller. A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe. 2.ed. So Paulo, SP: Senac So Paulo, 2007. 336p. KOPP, Rudinei. Design Grfico Cambiante.2 Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2004. HOLLIS, Richard. Design grfico: uma histria concisa.So Paulo: Martins Fontes,2005.336p. HURLBURT, Allen. Layout: o design da pgina impressa. So Paulo: Mosaico, 1980. 159p. DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. 3. ed. So Paulo: Martins Fontes, 2007. 236 p.: (Coleo A) MUNARI, Bruno. Artista e designer. Lisboa: Ed. Presenca, 1979. 132 p. MUNARI, Bruno. Diseno y comunicacion visual: contribucion a una metodologia didactica . Barcelona: G. Gili, 1974. 359p. 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