Radar - 4E Consultoria · Caso do governador do AM pode reforçar tese ... 2006 2007 2008 2009 2010...

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|Consultoria Radar Junho/2017

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Radar

Junho/2017

Cenário Internacional

Atividade econômica dá sinais

positivos na maior parte dos países do bloco, e risco de contágio do

sistema financeiro vem se

reduzindo gradualmente

Mercado financeiro tem aos poucos

reduzido entusiasmo quanto aos

resultados ou o sucesso na

implementação dos planos de Trump

Mudança nos fluxos de capital tem vem

depreciando o dólar nas últimas semanas

apesar do atual ciclo de aperto

monetário

Cenário Político

Imagem: Amarildo.com.br

Um maio catastrófico para o governo, em seu “melhor momento”

• Poderio explosivo da JBS se confirmou e mais de dois mil nomes teriam envolvimento com a maior doadora de campanhas de 2014

• Michel Temer teve áudio gravado por dono da empresa onde, a despeito das

suspeitas acerca de edições, o presidente se complica criminalmente

• As divulgações vieram à tona em 17 de maio e envolveram de forma ainda mais

comprometedora o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves – afastado

• Os fatos abalaram o país. Temer afirmou que seu governo vivia o melhor momento, e

mergulhou no pior instante. Falou-se em renúncia, impeachment e elevação da

probabilidade de condenação no TSE – a instabilidade jurídica aumenta expressivamente. O presidente nega que deixará o poder e busca manter-se no

cargo

• Com o governo fustigado o ritmo das

reformas estruturais foi reduzido. Parlamentares alegam que não há clima.

A tentativa de pautar as reformas podem

fragilizar ainda mais o governo se as

maiorias não forem atingidas

• Assume-se que a reforma trabalhista

caminhe, apesar de a primeira votação

adiada no Senado. A previdenciária deve

se atenuar, sendo deixada para 2019 em sentido mais agudo

Cenário PolíticoSaída de Michel Temer e eleições

Alguns setores da sociedade dão como certa a saída de Michel Temer, ainda que este não seja, em nossa visão, o mais provável. Questão é entender por qual via e o que ocorreria a partir de então. O desfecho tem relação com a forma de uma possível saída. Sinais mais claros terão que ser dados pelo universo político e jurídico para que isso de fato ocorra. Judiciário tem papel central

As formas mais esperadas de uma possível saída de Michel Temer são:• Processo no Tribunal Superior Eleitoral – Apesar da pressão pública, Tribunal votou contra a

impugnação da candidatura Dilma-Temer• Processo de impeachment – teria que ser aceito por Rodrigo Maia (DEM) e tramitaria ao longo de

aproximadamente seis meses no Congresso Nacional• Processo via STF – precisa de aprovação de dois terços da Câmara dos Deputados, algo

improvável hoje. Incerteza e longa trajetória a enfraquece• Renúncia – o presidente descarta, mas caso o TSE indique que a substituição se dê por eleições

diretas, seu grupo político pode forçá-lo a pedir a renúncia para elevar as chances de as eleições ocorrerem indiretamente

• Eleições diretas – desejada pela oposição e por 90% dos brasileiros segundo Paraná Pesquisas. Duas PECs que tramitam em fase de comissões nas casas do Congresso geram incertezas quanto à realização e prazo para ocorrência. Mini-reforma eleitoral de 2015 sugere que possa ocorrer por crime eleitoral. Ação de Inconstitucionalidade questiona a lei, e interpretações sobre sua validade geram incertezas. Caso do governador do AM pode reforçar tese

• Eleições indiretas – preferida do grupo que está no poder em caso de vacância. Para muitos a única alternativa constitucional para uma saída de Temer. Falta regulação clara, mas entende-se que todos os parlamentares teriam o mesmo peso, o que reforça a ideia de que a Câmara dos Deputados apoiaria um deputado federal. Dúvidas sobre prazo de filiação partidária, desincompatibilização do Executivo e Judiciário, e demais regras geram incertezas

• PIB do 1º trimestre trouxe bom

resultado (+1,0%) contra o

trimestre anterior, mas foi

puxado quase que

exclusivamente por agro

(+14,5%)

• Diante do agravamento da

crise política, mantivemos a

projeção para este ano de -

0,1%, tendo em conta que o PIB

deve voltar a se retrair no já no

2º trimestre

• Crise política dificulta

recuperação dos investimentos,

principalmente, que por isso

tende a postergar retomada

• Para 2018, projetamos

crescimento de (apenas) 1,2%,

consistente com uma taxa de

crescimento trimestral média

em torno de 0,5%

PIB

Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)

84,4

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Índices de Confiança(ICC e ICI - com ajuste sazonal)

ICC

ICI

4,0

%

6,1

%

5,1

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-0,1

%

7,5

%

4,0

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%

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PIB (%YoY)

Fonte: 4E

PIB Regional

Maiores detalhes do cenário regional, com projeções e análises aprofundadas, podem ser encontrados no Relatório Regional 4E

• A tendência de

crescimento do PIB regional

até março ainda é negativaem quase a totalidade das

unidades federativas

• Destacamos os resultados

negativos para MA (-8,4%), ES

(-8,3%) e AM (-8,2%)

• BA sofreu com um forte

recuo dos serviços; MA com a retração de sua produção

agropecuária e dos serviços;

e ES com o declínio industrial proveniente do desastre de

Mariana-MG

• Destacamos os resultados

positivos de AP (+5,4%) e PA

(+1,1%). A economia do APvêm sendo impulsionada pelo

bom resultado do setor de

serviços, já a economia do PApelo bom desempenho de

agro e da cadeia minero-

metalúrgica

• No trimestre encerrado em

abril, a PNAD apontou taxa de

desocupação de 13,5%, mesmo

patamar projetado para a

média anual em 2017

• Para 2018, não esperamos

recuperação do mercado de

trabalho, com o desemprego

ficando em 13,4% na média

anual

• A despeito do elevado

desemprego, no ano contra

ano, temos expansão de 2,7%

da renda habitual

• Em grande medida, o

movimento é resultado da forte

queda da inflação nos últimos

meses, tendendo a ser um dos

prováveis vetores da

recuperação da atividade

Mercado de Trabalho

Fonte: IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)

9,2

%

8,9

%

7,8

%

9,1

%

8,2

%

7,3

%

6,7

%

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%

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,5%

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Taxa de desemprego - PNAD

-200

-150

-100

-50

0

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200

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Milh

are

s

Caged - criação de vagas(dessaz.)

• O IGP-M de maio apontou

variação de -0,93%, após já ter

apresentado queda acentuada

em abril (-1,10%)

• Com esta queda, a variação

acumulada em 12 meses recuou

para 1,57%. Para o final do ano,

projetamos inflação de 2,40%

Inflação

• IPCA segue em retração,

projeção para 2017 é de 3,9%

• Desenha-se um cenário bastante

favorável para a inflação do

segundo semestre, tendo em

vista: núcleos ainda bem

comportados, perspectivas

favoráveis para preços de

alimentos e continuidade da

desinflação de serviços

Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)

3,1

%

4,5

%

5,9

%

4,3

%

5,9

%

6,5

%

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%

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IPCA

3,8

%

7,8

%

9,8

%

-1,7%

11,3

%

5,1

%

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%

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%

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IGP-M

• Em virtude do agravamento da

crise política, o Copom reduziu o

ritmo no último corte de juros, dia

31 de maio, levando a Selic aos

10,25% a.a.

• O comunicado da decisão

motivou revisão de nosso cenário

ao sinalizar uma redução mais

intensa no ritmo de corte para

próxima decisão, em função,

segundo o Banco Central, do

aumento das incertezas e do

risco de não aprovação das

reformas que permitiram a

queda do juro estrutural

• Com isso, acreditamos que o

Banco Central reduzirá a Selic

em 75 pontos-base em julho e

setembro. O ciclo deve se

encerrar em outubro, com corte

de 50 pontos, com a Selic

atingindo 8,25%Fonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)

Política Monetária13,2

5%

11,2

5%

13,7

5%

8,7

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10,7

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Taxa de Juros (fim de período)

11,8

%

7,2

%

6,1

%

5,5

%

3,7

% 4,8

%

2,5

%

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Taxa de juros reais (deflacionado pelo IPCA)

Política Fiscal

Fonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)

3,2

%

3,2

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3,3

%

1,9

% 2,6

%

2,9

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Resultado primário (%PIB)

55,5

%

56,7

%

56,0

% 59,2

%

51,8

%

51,3

%

53,7

%

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% 69,9

% 74,6

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Dívida Bruta (%PIB)

• Tendo em conta as

oportunidades de ajuste

perdidas em 2016, o desenho de

2017, até aqui, reforça a

imagem de um governo ainda

indeciso e parcialmente

condescendente com as

ineficiências que persistem nas

despesas, devendo levar a um

resultado primário suficiente

apenas para cumprir a meta

• Crise política reduz drasticamente chance de

resultados melhores que a meta

• Quadro para 2018 é mais

grave. Anúncio de meta de R$

129 bilhões de déficit primário

sinaliza esforço praticamente

nulo em virtude do calendário

eleitoral. Mídia deu pouca

importância, mas trata-se de

péssima notícia

Taxa de câmbio• Em virtude dos eventos políticos

recentes e da mudança da

responsividade da taxa de câmbio

ao risco no contexto internacional,

revisamos nossas projeções para a

taxa de câmbio ao fim deste ano e

do próximo

• Apesar do enfraquecimento

político por que passa o atual

governo, o mercado continua

comedido na reação ao novo

cenário, com variações modestas de prêmios de risco e do câmbio

• Nota-se, além disso, que os

mercados financeiros tem se

mostrado menos sensíveis ao risco

em países emergentes, o que em

parte explica a trajetória

“comportada” da moeda

doméstica nos últimos meses frente

aos riscos políticos a que chamamos

atenção Fonte: Banco Central e Bloomberg (Projeções: 4E Consultoria)

2,1

4

1,7

7 2

,34

1,7

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Taxa de câmbio - R$/US$(fim de período)

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Taxa de câmbio real (R$/US$)

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