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RADIOATIVIDADE NA CONCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE ANGRA DOS REIS: UM ESTUDO INVESTIGATIVO
Thiago Rodrigues de Sá Alves
Jônatas Vicente Milato
Jeosafá de Paula Lima
Jorge Cardoso Messeder
Resumo
Um dos grandes desafios enfrentados pelos professores é
conseguir associar os conteúdos ministrados em aula ao
cotidiano dos alunos. Desse ponto de vista foi realizada
uma pesquisa com estudantes da rede pública e privada
de Angra do Reis (RJ), município que detêm as únicas
usinas nucleares do Brasil, para saber como está a
compreensão destes alunos acerca do tema
Radioatividade. Os resultados mostraram que o tema é
limitado chegando a ser de difícil acesso para os
interessados, por mais que a escola seja a fonte de
informação mais procurada pelos estudantes. A partir do
momento de intervenção realizado pelo grupo de
pesquisa, os alunos se interessaram mais em pesquisar e
saber sobre a definição, obtenção e utilização da
radioatividade.
Palavras-chave: radioatividade; usinas nucleares;
ensino de química;
INTRODUÇÃO
O conteúdo de química abordado na educação básica
muitas vezes vem sendo ensinado sem nenhuma relação ao
cotidiano do aluno, não havendo, portanto, uma interação entre
o assunto lecionado e o conhecimento já adquirido pelo
estudante em suas experiências de vida e escolar, fazendo com
que a disciplina seja vista como de difícil compreensão e relação
(MEDEIROS e LOBATO, 2010). Dessa maneira compreendemos
que a contextualização do ensino deve correlacionar-se as
experiência vividas e relações estabelecidas pelo aluno em seu
cotidiano. Seguindo assim, o que preconiza as Orientações
Curriculares para o Ensino Médio:
“a extrema complexidade do mundo atual não mais permite que o ensino médio seja apenas
preparatório para um exame de seleção, em que o estudante é perito, treinado em resolver questões que exigem sempre a mesma resposta padrão. O mundo atual exige que o estudante se posicione, julgue e tome decisões, e seja responsabilizado por
isso” (BRASIL, 2006, p.106).
Tais orientações sugerem um aprendizado de química no
ensino médio que possibilite ao aluno, não só uma compreensão
dos processos químicos, mas também favoreça a construção de
um conhecimento científico no qual se estabeleça uma relação
com as aplicações tecnológicas, ambientais, sociais, políticas e
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econômicas. Encarar as disciplinas das Ciências da Natureza e
da Terra como fundamentais ao cotidiano de cada indivíduo
facilita a assimilação e aceitação por parte da maioria dos
estudantes. Possibilitar essa proximidade da realidade vivida
com o mundo científico é fundamental para estabelecer o
crescimento do intelecto, facilitando o desenvolvimento de
questões mais contextualizadas, elevando assim as expectativas
esperadas para alcançar metas nestas disciplinas.
“A química deve contribuir para que o cidadão interaja melhor com o seu mundo ensinando-o a pensar e lhe proporcionando formação científica. A maneira como a química deve ser ensinada é também uma questão
importantíssima. Em primeiro lugar, ao estudante deve ser esclarecido porque é tão difícil visualizar a importância desta disciplina e sua incrível microscopia em seu cotidiano. Uma química contextualizada e útil para o aluno [...] deve ser uma química do cotidiano,
que pode ser caracterizada como uma aplicação do conhecimento químico estruturado na busca de explicações para a facilitação da leitura dos fenômenos químicos presentes em diversas situações na vida diária (DEL PINO, 1993, p.48)”.
Uma das maneiras mais sucintas de se trabalhar os
conteúdos pode ser enfatizando a sua história - desde quando
começou a ser “descoberta” até hoje em dia - o que despertaria
a curiosidade dos alunos para os fatos que contribuíram para se
chegar as teorias atuais que explicam fenômenos do cotidiano
deles. A utilização de uma abordagem histórica proporciona um
conteúdo em que o aluno possa encará-lo não como uma
coletânea de verdades, mas sim uma ciência questionável, que
desperte a sua criatividade, permitindo ao indivíduo formular
suas próprias teorias (BLAUTH e OLIVEIRA, 1982). Estes
assuntos relacionados a fortes pontos históricos podem render
muitas discussões e debates, despertando ainda mais a
curiosidade e participação destes.
Conforme o Planejamento Curricular: um novo formato,
do Estado do Rio de Janeiro (2010), o ensino de radioatividade é
conteúdo mínimo que deve estar contido nos planos de curso e
nas aulas, sendo item que não pode faltar no processo de ensino-
aprendizagem. Através dessas reflexões o presente trabalho teve
como objetivo principal, saber como está o entendimento dos
alunos a respeito do tema Radioatividade, visto que com o
decorrer dos anos observa-se que nas salas de aulas os
conteúdos se tornam mais ausentes, seja por falta de tempo,
condições de trabalho ou até mesmo despreparo dos professores.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho foi realizado em quatro escolas, sendo três
públicas e uma particular na modalidade Ensino Médio Regular nas
turmas do 3º ano, no município de Angra do Reis (RJ), onde estão
situadas as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3, estando
esta última em fase de construção. Pela localização e situação
regional as escolas de Angra dos Reis possuem um grande papel
para a conscientização do tema escolhido na pesquisa.
Inicialmente, foi entregue aos alunos um questionário
(Apêndice) contendo oito perguntas (Tabela 1), com a finalidade
de averiguar como estava o entendimento destes com o tema
Radioatividade. O uso de questionários é um bom instrumento
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de coleta de dados tendo grande importância na pesquisa
científica (PARASURAMAN, 1991 apud CHAGAS, 2010).
TABELA 1 – Questões utilizadas na pesquisa com os alunos
QUESTÕES CLASSIFICAÇÃO
1) Você sempre estudou em Angra? FECHADA
2)Você já realizou visitas às usinas nucleares?
FECHADA
3)Qual a sua visão para o tema Radioatividade?
ABERTA
4)Assinale abaixo os assuntos que você correlacionaria com a Radioatividade:
FECHADA
5)Você têm conhecimento de algum (uns)
acidente(s) nuclear(es)? Qual(is)?
ABERTA
6)Como você descreveria a Radioatividade através de um desenho?
ABERTA
7)Radiação causa benefícios ou malefícios? Quais?
ABERTA
8)Em qual série do Ensino Médio/Funda-mental você se deparou com o tema Radioatividade?
ABERTA
Após a aplicação do questionário, foi realizada uma
apresentação através de slides e vídeos (tabela 2) selecionados
do site YouTube e editados através do programa VirtualDub
versão 1.9.11 Build 32842, onde o download foi realizado
através do site Baixaki (http://www.baixaki.com.br/download/
virtualdub.htm). O uso de vídeo é um importante recurso
audiovisual que pode auxiliar na demonstração e serve como
ferramenta para promover a aprendizagem. De forma
facilitadora, o uso deste recurso é habilitado para substituir
atividades que exijam tempo e recurso em sala de aula
(ARROIO e GIORDAN, 2006).
Estes vídeos e slides retratam um breve histórico da
radioatividade: sua descoberta, a sua definição, contribuições,
sendo elas positivas e negativas, assim como também os
acidentes causados no mundo, em especial o de Goiânia por ser
um caso nacional (Brasil) e Fukushima (Japão), sendo este
último devido à atualidade do acontecimento. Durante a
apresentação realizou-se um diálogo aberto (sobre os tópicos
abordados) com os alunos.
TABELA 2 – Vídeos do site YouTube
VÍDEOS UTILIZADOS NA APRESENTAÇÃO
DURAÇÃO (Vídeo Editado)
Césio 137 – Documentário Filme <http://www.youtube.com/watch?v=DxW2CHQ88iM>
3’ 09”
Energia Nuclear – Como funciona <http://www.youtube.com/watch?v=nCmxLRUaR4w&feature=fvsr>
3’ 33”
Saiba como funciona uma usina nuclear por dentro <http://www.youtube.com/watch?v=65Nr8A_xt98>
5’ 53”
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DESENVOLVIMENTO
O questionário alcançou um quantitativo de 143 alunos
(sendo 117 da rede pública estadual e 26 da rede particular)
regularmente matriculados no 3° ano do Ensino Médio nas
escolas em Angra dos Reis. No início houve resistência por parte
destes e alguns hesitaram em responder as questões. Chagas
(2010) nos diz que o indivíduo participante da pesquisa pode
não estar com disposição no momento da mesma, pois um
estado de fadiga, saúde, distração e outros fatores influenciam
a coleta de dados. Mesmo diante desse pequeno obstáculo, os
próprios notaram a importância de saber algo sobre
radioatividade e a importância que o conhecimento sobre tal
tem na vida de cada um, pelo menos nessa região. Notou-se
que os alunos não demonstram domínio sobre o assunto,
embora convivam em uma área onde se localizam as únicas
usinas nucleares do país.
Em todas as turmas, alguns pequenos grupos se
destacavam mediante outros, e questionavam a todo o
instante sobre o tema e contribuíam com suas experiências,
algumas pequenas e outras bem interessantes adquiridas em
casa, séries escolares anteriores e até mesmo por veículos de
comunicação. O diálogo estabelecido serviu para orientar e
desenvolver o senso crítico sobre o assunto tratado e fez com
que os alunos compreendessem, de certo modo, o que foi
abordado, estabelecendo uma relação do tema com a realidade
vivida no local, trazendo uma análise crítica e interdisciplinar
da ciência num contexto social e facilitando a compreensão
dos aspectos científicos e tecnológicos.
ANÁLISE DE DADOS
Cerca de 66% dos alunos sempre estudaram tanto o
Ensino Fundamental assim como o Ensino Médio no município
de Angra dos Reis, já 34% relataram estudar em outras escolas
não pertencentes à cidade.
Através deste questionário foi investigado se os alunos já
realizaram visitas as usinas nucleares no qual se observou que
48% visitaram e 52% nunca chegaram a entrar nas usinas.
Alguns alunos citaram que professores de química e física
sugeriram em levá-los as estações nucleares, a própria empresa
ELETRONUCLEAR realiza visitas programadas, no entanto as
visitas não tinham acontecido.
De acordo com a pesquisa realizada e com os dados
coletados da questão de número 03 (Qual a sua visão para o
tema Radioatividade?), o gráfico 01 sintetiza as respostas
mais utilizadas pelos estudantes. Verifica-se que, 37% dos
alunos associaram o tema à perigo, talvez pelo medo de
uma possível explosão nuclear como fora citado nos debates
e 29% dos entrevistados não souberam comentar. Com
relação à obtenção de energia, apenas 5% dos alunos
citaram, demonstrando que poucos têm conhecimento de
onde vem a energia utilizada para até mesmo acender a
lâmpada de sua casa.
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Gráfico 01 – Visão dos alunos para o tema radioatividade
Na questão seguinte os alunos foram sugestionados a
assinalar quais assuntos estariam correlacionados com
radioatividade. O gráfico 02 traduz que mais de 83% dos
estudantes marcaram a opção Raios-X, 71% marcaram a opção
telefone celular e 35% assinalaram a opção sol. Isso demonstra
que alguma correlação entre a ciência e o meio social foi feita.
Porém quanto às opções: meia-vida, fusão, fissão, íons, átomos
e isótopos, os números não favoreceram, talvez pela falta de
conhecimento específico do assunto ou até mesmo por nunca
terem contato com o conteúdo.
Gráfico 02 – Correlação entre radioatividade e assuntos gerais
Mesmo sem deter conhecimento mais aprofundado,
muitos alunos marcaram as opções césio e chumbo. Contudo, a
opção urânio teve um número significativo de estudantes que a
assinalaram; este alto índice pode estar relacionado à grande
repercussão da mídia sobre o acidente ocorrido no Japão, dois
meses antes da aplicação do questionário. A opção micro-ondas
foi marcada por mais de 50% dos alunos, porém, muitos não
sabiam como a radioatividade atuava nos alimentos e também,
que é um risco à vida, se o aparelho não estiver em perfeitas
condições de funcionamento aprisionando as ondas magnéticas
no seu interior.
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Com a proposta de verificar se os alunos tinham conhecimento
sobre algum acidente nuclear obtiveram-se dados significativos onde
59% destes estudantes relataram o ocorrido na cidade de Fukushima, no
Japão (Gráfico 03). Este alto índice deve-se a atualidade e a alta
veiculação sobre o caso nos meios de comunicação. O acidente de
Chernobyl foi registrado com 22%. Este valor é significativo devido ao
período em que o acidente ocorreu e por ser o primeiro acidente nuclear
correlacionado a usinas. Uma minoria de 5% citou o acidente de Goiânia,
o que pode ser resultado da diferença de tempo e até mesmo um
conteúdo mínimo encontrado nos meios de comunicação. Para muitos,
acidentes nucleares são ações momentâneas e nenhuma referência
sobre contaminações em longo prazo e suas consequências foram
comentadas em relação aos casos.
Gráfico 03 – Conhecimento sobre algum acidente nuclear
A descrição da radioatividade através de um desenho foi
solicitada e muitas respostas se repetiam, onde foram
separadas em grandes grupos (Gráfico 04).
Conforme Costa et al (2006) o desenho é um
instrumento que revela um mundo através do olhar de um
estudante sendo capaz de traduzir uma visão, um pensamento
e até mesmo revelar um conceito. “[...] o desenho traduz uma
visão porque traduz um pensamento, revela um conceito”
(DERDYK, 2003, p.112 apud BAPTISTA, 2009, p.2)
Gráfico 04 – Descrição do desenho sobre a radioatividade
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No grupo símbolos, 28% dos estudantes desenharam o
símbolo da radioatividade (Trifólio), que está representado na
sua forma correta conforme a figura 01. Situação intrigante é que
grande maioria desenhava este símbolo de maneira incorreta (Fig. 02),
faltando partes ou com algumas partes a mais. Por mais que a
representação tenha ocorrido de maneira errônea os mesmos
relacionaram o símbolo ao tema.
Figura 01 – Trifólio Fonte: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/
uploads/4/normal_908radioativ_simb.jpg
Figura 02 – Trifólio desenhado por alunos
Outro grupo de destaque foi o usinas (Fig. 03). Cerca de
18% dos alunos representaram através do desenho das usinas
da região a radioatividade. Isso demonstra uma compreensão
mais concreta da radioatividade em Angra dos Reis onde uma
relação do assunto com as construções fundamentais para o
processo de energia nuclear foi estabelecida entre os
estudantes.
Figura 03 – Usinas desenhadas por alunos
O grupo relacionado a tecnologias foi registrado por 13%
dos estudantes. Para este encontrou-se desenhos de celulares,
micro-ondas, rádio, pilha/bateria, TV e outras diversidades de
equipamentos eletrônicos. Cerca de 8% descreveram a
radioatividade relacionada com energia e mais de 5%
associaram o desenho à perigo/medo/morte. Uma minoria de
1% desenhou barris de lixo nuclear registrando a preocupação
com o meio ambiente.
A presença do grupo outros foi identificada por 18%.
Neste grupo de respostas diversos desenhos foram
encontrados. Muitos relacionados a radioatividade (Fig. 04)
assim como outros sem nenhuma relação com o tema. De
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forma interessante durante a análise dos dados foi verificado a
presença de imagens de personagens de desenhos animados
(Fig. 05), constatando que os alunos estabelecem uma analogia
da radioatividade com o conteúdo deparado em revistas em
quadrinhos, séries, desenhos e filmes. Explosões e efeitos da
radiação (Fig. 06) também foram citados e 9% dos alunos não
desenharam.
Figura 04 – Desenho pertencente ao grupo “OUTROS”
Figura 05 – Personagens de desenhos animados
Figura 06 – Efeitos da radiação no meio ambiente
Na questão: “Radiação causa benefícios ou malefícios? E
Quais?” (Gráfico 05), 6% afirmaram que a radiação causa apenas
benefícios. Por outro lado, 39% dos estudantes disseram que ela
causa apenas malefícios, citando o prejuízo em gestantes,
doenças degenerativas e formação de câncer. Cinquenta e dois
por cento discutiu que a radiação causa malefícios e benefícios, o
que mostra um quantitativo razoável em comparação com os
outros números. Alguns estudantes lembraram que o meio
ambiente está ameaçado por essa problemática, caso ocorra uma
emissão ou vazamento da usina nuclear de Angra dos Reis.
Gráfico 05 – Radiação: benefício ou malefício?
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Muitos alunos comentaram durante a discussão que a
usina nuclear produz energia limpa, ou seja, não há emissão de
gases poluentes na atmosfera. Porém os mesmos não tinham
conhecimento que para obtenção do urânio, que é um processo
desgastante para o meio ambiente, é necessário explorar o solo
com maquinários pesados que consomem incontáveis litros de
combustíveis fósseis e que emitem toneladas de gases
poluentes na atmosfera, sem contar o desequilíbrio da fauna e
da flora da região que se agrava cada vez mais com a
exploração (LIMA, 2008).
Já os benefícios de adotar uma usina nuclear, para esse
grupo, seriam os seguintes: obtenção de energia elétrica limpa,
geração de empregos, benefícios na área da saúde,
possibilitando avanço para diagnosticar e tratar doenças. Em
contrapartida, esses estudantes relataram que as mutações
estariam presentes na vida dessas pessoas ao entrarem em
contato direto com esse tipo de energia.
Na última questão, os alunos foram arguidos em qual
série ou em qual período da vida escolar, eles se depararam
com o tema radioatividade. Como é demonstrado (Gráfico 06),
44% dos alunos aprenderam ou ouviram falar sobre o assunto,
primeiramente no ensino fundamental; 30% tiveram contato
durante o decorrer do ensino médio e 3% dos estudantes
possuem o conhecimento sobre o assunto através da mídia, ou
por conversas informais, internet, etc, ou seja, outros meios
diferentes do ambiente escolar. Por outro lado, 10% dos alunos
nunca ouviram sobre o tema.
Gráfico 06 – Primeiro contato com o tema radioatividade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A imagem transmitida é que muitos alunos sabem sobre
radioatividade de maneira superficial e não estabelecem uma
relação do conteúdo com o seu cotidiano. Essa situação é
refletida na comunidade onde há uma carência do conhecimento
sobre o meio em que vivem. Por outro lado, muitos alunos só
tiveram noção da complexidade do assunto a partir dos vídeos
exibidos e do espaço que foi aberto para perguntas e discussões,
no qual experiências foram trocadas ocorrendo, assim, uma
reflexão sobre o tema. A partir do momento de intervenção, os
alunos despertaram interesse em pesquisar e saber sobre a
definição, obtenção e utilização da radiatividade. O trabalho
realizado despertou o interesse e atenção dos futuros professores
ao binômio Química e Sociedade, além de contribuir para que
esses graduandos possam realmente inserir e praticar situações
do cotidiano em suas atividades como educador.
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AGRADECIMENTOS
Às escolas envolvidas no projeto, pelo espaço aberto e a
todos os estudantes pela grande participação e pelos
questionamentos feitos aos licenciandos em Química do
IFRJ/Campus Nilópolis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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organização do Ensino. Revista Química Nova na Escola, n.
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instrumento para investigação dos conhecimentos
prévios no ensino de ciências: um estudo de caso.
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Ciencias. Vol. 5, Nº 1, 2006
DEL PINO, J. C., CHASSOT, A. I. , SCHROEDER, E. O. ,
SALGADO, T. D. M. Química do Cotidiano: Pressupostos
Teóricos para a Elaboração de Material Didático
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LIMA, Cintia Monteiro. Estudo da Solubilidade de compostos
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2008. Disponível em: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/
tesesabertas/0412200_08_cap_03.pdf. Acesso em 26 de Maio
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MEDEIROS, Miguel De Araújo E LOBATO, Anderson César.
Contextualizando a abordagem de radiações no ensino de
química. Revista Ensaio. Belo Horizonte. V. 12. 2010 p. 65-84.
Saiba como funciona uma usina nuclear por dentro.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=65Nr8A_xt98
Acesso em 22 de maio de 2011.
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SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO-RJ. Proposta
Curricular: um novo formato. Ciência, Biologia, Física e
Química. 2010. Disponível em:
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/downloads/CIENCIAS_Bi
ologia_Fisica_Quimica.pdf Acesso em 26 de março de 2011.
Sobre os autores
Thiago Rodrigues de Sá Alves - Graduando em Licenciatura
em Química (IFRJ/Nilópolis), bolsista do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) e aluno do
Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica e
Tecnológica (PIVICT), no qual desenvolve pesquisa sobre a
utilização de resíduos de origem orgânica e mineral no processo
de adsorção de íons metálicos em soluções aquosas.
E-mail: [email protected]
Jônatas Vicente Milato - Mestrando em Química de Produtos
Naturais (NPPN/UFRJ) possui graduação em Licenciatura em
Química (IFRJ/Nilópolis – 2012) e atua como Técnico em
Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
E-mail: [email protected]
Jeosafá de Paula Lima - Graduando em Licenciatura em
Química (IFRJ/Nilópolis) e bolsista CNPQ, no qual desenvolve
pesquisa ligada a retenção de metais pesados em cursos
hídricos, fazendo uso de biomassa.
E-mail: [email protected]
Jorge Cardoso Messeder - Possui graduação em Química
Industrial pela Universidade Federal Fluminense, mestrado e
doutorado em Ciências (Química Orgânica) pelo Instituto Militar
de Engenharia. Atualmente é professor Adjunto do Instituto
Federal do Rio de Janeiro (Nilópolis/RJ), onde desenvolve
trabalhos específicos na formação de educadores em Química e
estudos em Ensino de Ciências nos seus múltiplos aspectos,
abordando as práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de
aula e a produção de material didático, junto aos cursos de
Licenciatura em Química e Mestrado Profissional em Ensino de
Ciências.
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RADIOACTIVITY IN THE COMPRESSION OF STUDENTS OF ANGRA DOS REIS: AN INVESTIGATIVE STUDY
Abstract
One of the major challenges faced by the teachers is how
to associate the content discussed in class to the students'
everyday. From this point of view a research was done
including students from public and private schools of
Angra dos Reis (RJ), a city that holds the only nuclear
manufacturing centers in Brazil, in order to learn how is
the understanding of those students about radioactivity.
Results have shown that the approach to this subject is
limited and moreover it can be difficult to access for those
who are interested in it, even though the school is the
most popular source of information for students. From the
moment of intervention performed by the group of
researchers, the students became more interested in
researching and learning about the definition, acquisition
and use of radioactivity.
Keywords: radioactivity; nuclear plants; chemistry
educatio