Radiologia Ortópédica Pediátrica
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hercules-kozorosky -
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Health & Medicine
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Ortopedia Pediátrica
Patologias Congênitas Hereditárias
Ac: Ana Maria Dresch Góis

Patologias Congênitas Hereditárias
• Osteogênese Imperfeita
• Acondroplasia
• Displasia Espôndiloepifisária

Osteogênese Imperfeita

Osteogênese Imperfeita
• Transtorno hereditário congênito, não ligado ao sexo.
• Defeito primário na matriz ossea -> quantidade ou qualidade alterada de colágeno tipo 1
• Autossômica dominante, recessiva, ou dominante com nova mutação

Osteogênese Imperfeita
• Características clínicas:
• 1)osteoporose com fragilidade óssea
• 2)escleróticas azuladas
• 3)dentição defeituosa (dentinogêneseimperfeita)
• 4)inicio precoce (pré-senil) de comprometimento auditivo

Osteogênese Imperfeita
Ainda: frouxidão ligamentar, hipermobilidadedas articulações, baixa estatura, facilidade para se contundir, cicatrizes hiperplásicas e regulação alterada da temperatura

Osteogênese Imperfeita
• Classificação (Sillence e colegas - 1979)
• Características fenotípicas e tipo de herança
Tipos de I a IV

Osteogênese Imperfeita
Tipo 1- Mais comum, relativamente leve- Autossômica dominante- Osteoporose sempre presente- Escleróticas distintamente azuis- Comprometimento auditivo é comum- Ossos WormianosSubtipo 1A:dentes normaisSubtipo 1B:dentinogênese imperfeita

Osteogênese Imperfeita
Tipo 2- Forma fetal/perinatal letal- Autossômica dominante com nova mutação- Osteoporose grave e retardo importante do crescimento IU- 80 - 90% dos nascidos vivos morrem na quarta semana de vida- Todos com características radiológicas típicas- Escleróticas azuis, face triangular, nariz adunco- Calvaria grande em relação a face- Acentuada ausência de mineralização óssea do crânio - Ossos Wormianos- Membros curtos, largos e angulados

Osteogênese Imperfeita

Osteogênese Imperfeita
Subtipos - diferença na forma das costelas e dos ossos longos
SubtiposTipo 2A: ossos longos largos e enrugados
costelas largas (contas contínuas)Tipo 2B: ossos longos largos e enrugados
costelas em contas descontínuas ou ausência de contasTipo 2C: ossos longos finos e fraturados
costelas finas e em contas

Osteogênese Imperfeita
Tipo 3- Forma grave e progressiva- Autossômica dominante rara com nova mutação- Fragilidade óssea e osteopenia consideráveis- Fraturas múltiplas e deformidade grave e progressiva (ossos longos e coluna)- Gravidade intermediária (Menos que o tipo II e mais que os tipos I e IV)- Escleróticas normais no adolescente ou adulto (azul pálido ou cinza no RN)- Calvária grande, fina e mal ossificada (ossos wormianos)

Osteogênese Imperfeita

Osteogênese Imperfeita
Tipo 4
- Raro
- Autossomico dominante
- Osteoporose, fragilidade ossea e deformidades muito leves
- Escleróticas normais
- Incidência baixa de comprometimento auditivo

Osteogênese Imperfeita
Avaliação Radiológica:
- Características facilmente identificadas nas radiografias convencionais
- Osteoporose grave, deformidades dos ossos e adelgaçamento dos córtices.
- Ossos rarefeitos e gráceis, forma de trompete na metáfise
- Ossos wormianos no crânio

Osteogênese Imperfeita
- Cifoescoliose grave (osteoporose, frouxidão ligamentar e deformidades pós-traumáticas)
- Metáfises e epífises de ossos longos com áreas radiotransparentes festonadas com margens escleróticas (calcificações em forma de pipoca -fragmentação traumática da placa de crescimento)
- Pelve invariavelmente deformada
- Protusão acetabular

Osteogênese Imperfeita

Osteogênese Imperfeita
Diagnóstico diferencial- Abuso infantilChaves:1)presença/ausência de escleróticas azuladas2)história familiar é invariavelmente positiva na O.I.3)exame físico4) exame radiológico:
Osteoporose e ossos wormianos na O.IFraturas do ângulo metafisário e em alça de balde no A.I.

Osteogênese Imperfeita
Outras características de abuso:- Fraturas de múltiplas costelas- Fraturas posteriores de costelas na junção costovertebral ou próximas a ela.- Diversos estágios de cicatrização em osso normal- Fraturas escapulares (principalmente do acrômio) e esternais-Fraturas transversas, obliquas ou espirais de osso longo com mineralização normal (principalmente se não deambula).

Osteogênese Imperfeita
Tratamento
- Tende a melhorar na puberdade
- Técnica de Sofield (espetinho de carne)
- Complicações: quebra de bastão, fratura na extremidade do dispositivo e pseudo-artrose.

Osteogênese Imperfeita

Acondroplasia

Acondroplasia
Anomalia hereditária autossômica dominante, inicia na vida uterina
Falha na formação do osso endocondral, afeta o crescimento e desenvolvimento de cartilagem.

Acondroplasia
Características clinicas
-Nanismo rizomélico (desproporcional)
-Membros curtos, mãos e pés atarracados
-Tronco relativamente longo

Acondroplasia
-Achatamento do tórax A-P
-MMII arqueados, marcha característica
-Cabeça grande, bossa frontal proeminente, depressão da ponte nasal
-Aparência facial escavada

Acondroplasia
Características Radiográficas
Típico de nanismo rizomélico:
- Ossos tubulares encurtados, segmentos proximais mais afetados
- Placas de crescimento em forma de V
- Mãos com dedos curtos e atarracados
- Dedo médio separado dos outros (mão em tridente)

Acondroplasia

Acondroplasia

Acondroplasia
- Coluna: estreitamento da distância interpedicular e pedículos encurtados (estenose espinhal)
- Festonamento do aspecto posterior dos corpos vertebrais
- Pelve: curta e larga, ilíacos arredondados, perda do alargamento normal
- Tetos acetabulares orientados horizontalmente, incisuras ciáticas pequenas
- Hemipelve em raquete de ping pong
- Contorno interno da pelve em "taça de champanhe"

Acondroplasia

Acondroplasia

Acondroplasia
Complicação mais séria: estenose espinhal, herniação do núcleo pulposo (TC e RM)
Diagnóstico Diferencial:
Nanismo tanatotrófico
Hipocondroplasia (condrodistrofia leve, crânio normal)

Displasia Espôndiloepifisária

Displasia Espôndiloepifisária
Nanismo desproporcional de tronco curto, envolve vertebras.
Duas formas principais:
1) Congênita
2) Tardia

Displasia Espôndiloepifisária
DEE congênita:-baixa estatura- vertebras achatadas-epífises anormais- lordose lombar aumentada- contraturas de flexão do quadril-encurtamento proximal e distal de membros no RN-coxa vara e artrose precoce de quadril

Displasia Espôndiloepifisária
• -tórax em formato de barril- rosto achatado- olhos bem afastados e pescoço curto- mãos e pés poupados- miopia, deslocamento de retina, catarata e surdez- processo odontóide hipoplásico -> instabilidade atlanto-axial -> mielopatiacervical com retardo motor, alterações respiratórias.

Displasia Espôndiloepifisária
DEE tardia
- perda de crescimento durante a adolescência- vertebras achatadas- epífises anormais das articulações proximais maiores

Displasia Espôndiloepifisária
Exame radiologico
Radiografia convencionalColuna: platispondilia com projeções semelhantes a línguas da parte anterior dos corpos vertebrais (torácico e lombar)Cervical: flexão-extensão lateral para observar instabilidade atlanto-axial

Displasia Espôndiloepifisária
Pelve: com sustentação de peso em rotação medial. Coxa vara, retardo das epífises da cabeça dos fêmures, cristas ilíacas pequenas e curtas, artrose prematura e tetos acetabulares horizontalizados.
Membros inferiores: AP com sustentação de peso, vai evidenciar retardo da epífises dos joelhos, abaulamento de metáfises e desalinhamento coronal (joelho valgo)

Displasia Espôndiloepifisária
Se houver presença de sinais neurológico, RM de encéfalo e coluna estão indicados, para avaliar estenose de forame magno.

Displasia Espôndiloepifisária

Fontes
• Novelline A., Robert. – Fundamentos de Radiologia
• Johnson & Steinbach – O essencial em imagens músculo esqueléticas (Academias Americanas de Ortopedia e Pediatria )
• Radiologia Ortopédica.