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SEMANÁRIO DA DIOCESE DE COIMBRA | DIRECTOR: A. JESUS RAMOS ANO XCIX | N.º 4797 | 30 DE JULHO DE 2020 | 0,75 € visite-nos em: facebook.com/correiodecoimbra | youtube.com/correiodecoimbra | correiodecoimbra.pt N a atual situação de pandemia, impõe-se, sem dúvida alguma, salvar vidas, sendo necessá- rio tomar as medidas adequadas para controlar a Covid-19. O que me preocupa são algumas situações que podem derivar para “totalitarismos” absurdos. Se algumas medidas são impostas pelo Governo a fim de manipular as pessoas deixa de fazer sentido. Em plena pandemia temos assistido a manifestações culturais, nomeadamente, concertos um pouco por todo o país. Quem não se recorda das imagens do concerto no Co- liseu do Campo Pequeno? Bem diferente foram as ima- gens do dia 13 de Maio em Fátima com o recinto vazio. Valeu o bom senso do bispo D. António Marto que mesmo apesar da autorização das autoridades de saúde optou pela não presença de peregrinos no Santuário de Fátima. C hega-me ao conhecimento através de alguns pá- rocos que muitos dos seus paroquianos não re- gressaram à prática dominical com algum receio de apanhar a doença. Pior que a crise económica e social provocada pela pandemia é a crise da ausência de Deus. É continuarmos confinados em nós mesmos como se não existisse o amanhã. “Porque pior do que esta crise é o drama de desaproveitá-la, enclausurando-nos den- tro de nós próprios”, alertava há dias o Papa Francisco na Praça de São Pedro. É urgente também desconfinar de todos os dogmas estéreis, clericalismos enraizados, tradições do passado que cheiram a mofo, rituais sem significado e sem vida. O Papa explica-nos que há um só caminho possível que é fazer uma experiência pessoal de encontro com Jesus Cristo. D urante a pandemia foram muitas as críticas fei- tas à Igreja. São tantas as expectativas em rela- ção a ela, que são mais as vozes que a criticam do que a defendem. A comunicação social amplifica tudo que é mau, os seus erros, os seus crimes, os seus escân- dalos mas esquece-se de tudo aquilo que faz de bem. E são tantas as iniciativas de caridade dirigida aos pobres, idosos, doentes, desempregados... Nesta edição trazemos à luz o trabalho, muito dele voluntário, pelas Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel na Baixa de Coimbra. Em tempo de confinamento, quando tudo esteve fecha- do, muitos encontraram aqui uma resposta para o seu problema. Os idosos ficaram ainda mais isolados mas tiveram ao seu lado uns “anjos da guarda” para que nada lhes faltasse, sobretudo alimentação e medicação. |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ENFOQUE MIGUEL COTRIM É urgente desconfinar Com 87 anos completados no dia 4 de julho, a Cozinha Económica é uma instituição ligada à história da Baixa e da cidade de Coimbra. O edifício situado no número 7 do Terreiro do Mendonça é reconhecido por ser um espaço onde se pode recorrer em período de carência económica e alimentar. A Dr.ª Ana Maria Cristóvão, diretora técnica, fala-nos de coração cheio deste serviço aos pobres e aos idosos. > centrais S. AGOSTINHO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA IGREJA DIOCESANA VAI CELEBRAR SOLENEMENTE O SEU PADROEIRO Do programa, consta missa às 18h30, na igreja de Santa Cruz, presidida pelo Bispo de Coimbra, e um concerto no mesmo espaço às 21h15. > 28 de agosto DIOCESE EM MOVIMENTO D. VIRGÍLIO ANTUNES TORNOU PÚBLICAS NOVAS NOMEAÇÕES Como habitualmente nesta altura, o Bispo de Coimbra tornou públicas as novas nomeações para serviços pastorais diocesanos e paroquiais > Página 2 COZINHAS ECONÓMICAS RAINHA SANTA ISABEL 200 novos casos de apoio em refeitório social TEMPO DE DESCANSO Como nos anos anteriores, o Correio de Coimbra interrompe a sua edição nas próximas três semanas, para descanso dos seus colaboradores. > Boas férias aos nossos leitores e colaboradores

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SEMANÁRIO DA DIOCESE DE COIMBRA | DIRECTOR: A. JESUS RAMOSANO XCIX | N.º 4797 | 30 DE JULHO DE 2020 | 0,75 €

visite-nos em: facebook.com/correiodecoimbra | youtube.com/correiodecoimbra | correiodecoimbra.pt

N a atual situação de pandemia, impõe-se, sem dúvida alguma, salvar vidas, sendo necessá-rio tomar as medidas adequadas para controlar

a Covid-19. O que me preocupa são algumas situações que podem derivar para “totalitarismos” absurdos. Se algumas medidas são impostas pelo Governo a fim de manipular as pessoas deixa de fazer sentido. Em plena pandemia temos assistido a manifestações culturais, nomeadamente, concertos um pouco por todo o país. Quem não se recorda das imagens do concerto no Co-liseu do Campo Pequeno? Bem diferente foram as ima-gens do dia 13 de Maio em Fátima com o recinto vazio. Valeu o bom senso do bispo D. António Marto que mesmo apesar da autorização das autoridades de saúde optou pela não presença de peregrinos no Santuário de Fátima.

Chega-me ao conhecimento através de alguns pá-rocos que muitos dos seus paroquianos não re-gressaram à prática dominical com algum receio

de apanhar a doença. Pior que a crise económica e social provocada pela pandemia é a crise da ausência de Deus. É continuarmos confinados em nós mesmos como se não existisse o amanhã. “Porque pior do que esta crise é o drama de desaproveitá-la, enclausurando-nos den-tro de nós próprios”, alertava há dias o Papa Francisco na Praça de São Pedro. É urgente também desconfinar de todos os dogmas estéreis, clericalismos enraizados, tradições do passado que cheiram a mofo, rituais sem significado e sem vida. O Papa explica-nos que há um só caminho possível que é fazer uma experiência pessoal de encontro com Jesus Cristo.

Durante a pandemia foram muitas as críticas fei-tas à Igreja. São tantas as expectativas em rela-ção a ela, que são mais as vozes que a criticam

do que a defendem. A comunicação social amplifica tudo que é mau, os seus erros, os seus crimes, os seus escân-dalos mas esquece-se de tudo aquilo que faz de bem. E são tantas as iniciativas de caridade dirigida aos pobres, idosos, doentes, desempregados... Nesta edição trazemos à luz o trabalho, muito dele voluntário, pelas Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel na Baixa de Coimbra. Em tempo de confinamento, quando tudo esteve fecha-do, muitos encontraram aqui uma resposta para o seu problema. Os idosos ficaram ainda mais isolados mas tiveram ao seu lado uns “anjos da guarda” para que nada lhes faltasse, sobretudo alimentação e medicação.

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ENFOQUE MIGUEL COTRIM

É urgente desconfinar

Com 87 anos completados no dia 4 de julho, a Cozinha Económica é uma instituição ligada à história da Baixa e da cidade de Coimbra. O edifício situado no número 7 do Terreiro do Mendonça é reconhecido por ser um espaço onde se pode recorrer em período de carência económica e alimentar. A Dr.ª Ana Maria Cristóvão, diretora técnica, fala-nos de coração cheio deste serviço aos pobres e aos idosos. > centrais

S. AGOSTINHO, BISPO E DOUTOR DA IGREJAIGREJA DIOCESANA VAI CELEBRAR SOLENEMENTE O SEU PADROEIRO Do programa, consta missa às 18h30, na igreja de Santa Cruz, presidida pelo Bispo de Coimbra, e um concerto no mesmo espaço às 21h15. > 28 de agosto

DIOCESE EM MOVIMENTOD. VIRGÍLIO ANTUNES TORNOU PÚBLICAS NOVAS NOMEAÇÕESComo habitualmente nesta altura, o Bispo de Coimbra tornou públicas as novas nomeações para serviços pastorais diocesanos e paroquiais > Página 2

COZINHAS ECONÓMICAS RAINHA SANTA ISABEL

200 novos casos de apoio em

refeitório social

TEMPO DE DESCANSO Como nos anos anteriores,

o Correio de Coimbra interrompe a sua edição nas próximas três semanas, para descanso dos seus colaboradores.

> Boas férias aos nossos leitores e colaboradores

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CORREIO DE COIMBRA

2DioceseSecretariado Diocesano de Evangelização e CatequeseOrientações para catequistas em tempo de pandemiaO Secretariado Diocesano de Evangelização e Catequese (SDEC) da Diocese de Coimbra acaba de enviar aos párocos e responsáveis paroquiais da catequese as orientações para este setor em tempo de pandemia. Este documento, que foi elaborado pelo Departa-mento Nacional da Educação Cristã (SNEC) em conjunto com os Secretariados Diocesanos, procura ajudar as comunidades cris-tãs a pensar e reorganizar a catequese a nível local, tendo em conta, as regras de segurança e de saúde pública. O ideal é que cada paróquia faça as adaptações necessárias, tendo em conta a evolução da pandemia. Grupos mais pequenos, adaptados às instalações existentes (que nem sempre é fácil), recurso a outros locais ou às novas tecnologias como a catequese em b-learning, maior acompanhamento dos pais são algumas sugestões apre-sentadas pelo Padre Manuel Ferrão, responsável pelo Secreta-riado Diocesano. Também é sugerido que as festas da catequese sejam feitas em pequenos grupos. O Secretariado informa da publicação de um novo Diretório para a Catequese por parte do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização que deverá ser lançado em outubro deste ano. O SDEC lembra ainda a necessidade de precaver a aquisição dos catecismos junto da Livraria Cultura e Fé. O documento, que pode ser lido em www.sdec-coimbra.com, possui algumas indicações gerais para catequese, indicações para a celebração dos sacramentos e outras celebrações e indi-cações fundamentais de logística muito úteis às nossas comu-nidades cristãs.

Jornadas Mundiais da JuventudeSay Yes e outros materiais de preparaçãoO Secretariado Diocesano da Educação Cristã recorda também a importância de incentivar os catequizandos para as Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa no ano de 2023. O Say Yes tem uma programação própria e é uma alternativa à catequese do 7 ao 10.º ano. Além disso, em breve, o SDEC e o Secretariado Dioce-sano da Pastoral Juvenil (SDPJ) publicarão as catequeses para os jovens após o 10.º ano de catequese, rumo às JMJ 2023.

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Nomeação de Presbíteros

+ P. André Filipe Sequeira da Silva - diretor diocesano do Apostolado da Oração. + P. António Jesus de Melo Lou-

reiro - pároco in solidum e mo-derador de São Paio de Gramaços, continuando pároco in solidum e moderador de Bobadela, Ervedal da Beira, Lageosa, Lagares da Bei-ra, Lagos da Beira, Meruje, Olivei-ra do Hospital, Seixo da Beira e Travanca de Lagos. + P. António Nogueira Torres - vi-

gário paroquial de Bolho, Sepins, Cordinhã, Murtede e Ourentã. + P. Carlos Alberto da Graça Go-

dinho - pároco de Abrunheira, Carapinheira, Ereira (reitoria), Montemor-o-Velho, Reveles, Verride e Vila Nova da Barca. + P. Carlos Augusto Noronha Lo-

pes - pároco da Figueira da Foz e Tavarede, continuando pároco de Buarcos. + P. Ernesto Hamuiela (da Dioce-

se de Benguela, Angola) - vigário paroquial de Ançã, Antuzede, São Facundo (Curato), São João do Campo e Vil de Matos. + P. Fernando Simões Pascoal -

coordenador das capelanias hos-pitalares da Diocese de Coimbra. + P. Francisco Elói Martinho Prior

Claro - pároco da reitoria (quase--paróquia) de Coselhas e da reito-ria (quase-paróquia) do Coração Imaculado de Maria, a criar no dia 13 de setembro de 2020, desa-nexando para isso a zona norte da paróquia de Santa Cruz de Coim-bra, continuando pároco da reito-ria (quase-paróquia) da Pedrulha e vigário paroquial de Santa Cruz. + P. Geraldo Kanjala Mário (da

Diocese de Benguela, Angola) - pároco de Arega, Figueiró dos Vi-nhos, Graça e Pedrógão Grande, de que até agora era adminis-trador paroquial; assistente dos Agrupamentos do Corpo Nacional de Escutas 1193 de Pedrógão Gran-de e 148 de Figueiró dos Vinhos. + P. Idalino Simões - capelão da

Comunidade das Irmãs Francis-canas de Nossa Senhora das Vitó-rias da Cruz de Morouços. + P. João Baptista Somboti (dos

Missionários de Nossa Senhora de La Salette, Província de Angola) - pároco in solidum de Carvalho, Figueira de Lorvão, Friúmes, Lor-vão, Oliveira do Mondego, Paradela da Cortiça, Penacova, São Paio do Mondego, São Pedro de Alva e Sazes de Lorvão e Travanca do Mondego. + P. João Kakweya (dos Missioná-

rios de Nossa Senhora de La Salet-te, Província de Angola) - pároco in solidum de Carvalho, Figueira de Lorvão, Friúmes, Lorvão, Oliveira do Mondego, Paradela da Cortiça, Penacova, São Paio do Mondego, São Pedro de Alva e Sazes de Lor-vão e Travanca do Mondego. + P. João Nuno Frade Marques

Castelhano - vigário paroquial

de Buarcos, Figueira da Foz e Tavarede. + P. João Paulo dos Santos Fer-

nandes - enviado para conclusão de estudos bíblicos em Roma. + P. Jorge Germano Dias de Brito

- pároco de Mira, Praia de Mira e Seixo de Mira. + P. José António Afonso Pais - vi-

gário paroquial de Anobra, Belide, Bendafé, Condeixa-a-Nova, Con-deixa-a-Velha, Ega, Furadouro, Sebal, Vila Seca e Zambujal. + P. Luís Miguel Batista Costa -

pároco de Anobra, Belide, Benda-fé, Condeixa a Nova, Condeixa a Velha, Ega, Furadouro, Sebal, Vila Seca e Zambujal. + P. Manuel de Oliveira Simões

- pároco de Cabril, Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Portela do Fojo, Unhais-o-Velho e Vidual de Cima. + P. Nuno Filipe Martins Fachada

Fileno - pároco de Quiaios, conti-nuando pároco de Alhadas, Bom Sucesso, Brenha, Ferreira a Nova, Maiorca, e Vila Verde. + P. Orlando José Guerra Hen-

riques - pároco de Cadafaz, Col-meal, Góis e Vila Nova do Ceira; e de Santa Maria da Arrifana, Santo André de Poiares, São Miguel de Poiares e São José das Lavegadas. + P. Paulo Fernando Silvestre Fi-

lipe - pároco de Alqueidão, Lavos, Marinha das Ondas e Paião. + P. Pedro Jorge Silva Simões -

pároco in solidum de Bobadela, Ervedal da Beira, Lageosa, Lagares da Beira, Lagos da Beira, Meruje, Oliveira do Hospital, São Paio de Gramaços, Seixo da Beira e Tra-vanca de Lagos. + P. Pedro Manuel Quintas Fran-

co Nunes Pedro - vigário paro-quial de Nossa Senhora de Lurdes, Santa Cruz, Sé Nova e Sé Velha. + P. Rodolfo Miguel Fernandes

Costa Albuquerque - pároco de Santa Ovaia, continuando pároco de Aldeia das Dez, Alvoco de Vár-zeas, Avô, Lourosa, Nogueira do Cravo, Penalva de Alva, São Sebas-tião da Feira e Vila Pouca da Beira. + P. Rodolfo Santos Oliveira Lei-

te - pároco do Luso e Pampilhosa, continuando pároco de Barcouço, Casal Comba, Mealhada, Vacariça e Ventosa do Bairro. + Cón. Sertório Baptista Martins

- pároco de Nossa Senhora de Lur-des, continuando pároco de Santa Cruz, Sé Nova e Sé Velha. + P. Virgílio de Miranda Neves -

vigário paroquial de Alhadas, Bom Sucesso, Brenha, Ferreira a Nova, Maiorca, Quiaios e Vila Verde.

Nomeação de Diáconos Permanentes

+ Diác. António Agostinho Fer-nandes de Sá - colaborador do P. Luís Miguel Batista Costa, nas paróquias de Anobra, Belide, Bendafé, Condeixa-a-Nova, Con-deixa-a-Velha, Ega, Furadouro, Sebal, Vila Seca e Zambujal.

+ Diác. Augusto Lusitano Si-mões Rainho - colaborador do P. Carlos Alberto da Graça Godinho, nas paróquias de Abrunheira, Carapinheira, Ereira (reitoria), Montemor-o-Velho, Reveles, Verride e Vila Nova da Barca. + Diác. Joaquim Carlos Mendes

Gonçalves - colaborador do P. Luís Miguel Batista Costa, nas paróquias de Anobra, Belide, Bendafé, Condeixa-a-Nova, Con-deixa-a-Velha, Ega, Furadouro, Sebal, Vila Seca e Zambujal. + Diác. José Manuel Esteves - co-

laborador do P. António Jesus Melo Loureiro (moderador) e P. Pedro Jorge Silva Simões - párocos in solidum de Bobadela, Ervedal da Beira, Lageosa, Lagares da Beira, Lagos da Beira, Meruje, Oliveira do Hospital, São Paio de Gramaços, Seixo da Beira e Travanca de Lagos. + Diác. José Simões Laranjeira

- colaborador do P. Rodolfo San-tos Oliveira Leite, nas paróquias de Barcouço, Casal Comba, Luso, Mealhada, Pampilhosa, Vacari-ça e Ventosa do Bairro. + Diác. Manuel Cabral Henri-

ques Lopes - colaborador do P. Orlando José Guerra Henriques, nas paróquias de Cadafaz, Col-meal, Góis e Vila Nova do Ceira; e Santa Maria da Arrifana, Santo André de Poiares, São Miguel de Poiares e São José das Lavegadas. + Diác. Manuel da Costa Mar-

ques Castelhano - colaborador do P. Jorge Germano Dias de Bri-to, nas paróquias de Mira, Praia de Mira e Seixo de Mira.

Outras nomeações

+ Dr. José Aníbal Herdade Bar-reiros - membro da Comissão Diocesana Justiça e Paz. + Dr. Paulo Jorge Barradas de

Oliveira Rebelo - membro da Co-missão Diocesana Justiça e Paz. + António José Jesus Sebastião

(seminarista estagiário) - cola-borador do P. Paulo Fernando Silvestre Filipe, nas paróquias de Alqueidão, Lavos, Marinha das Ondas e Paião.

Dispensa de ofício

+ P. Afonso Makiadi dos Santos (da Diocese do Uíge, Angola) - dispensado do ofício de vigário paroquial de Ançã, Antuzede, São Facundo (Curato), São João do Campo e Vil de Matos. + P. António Borges de Carvalho

- dispensado do ofício de páro-co de Santa Ovaia e São Paio de Gramaços. + P. Feliz Vieira Pires (dos Sacer-

dotes do Sagrado Coração de Jesus - Dehonianos) - dispensado do ofi-cio de pároco de Coselhas (reitoria) e de Nossa Senhora de Lurdes. + Cón. João Coutinho Veríssimo

- dispensado do ofício de pároco da Figueira da Foz e Tavarede. + Cón. Jerónimo de Jesus Cor-

reia - dispensado do ofício de pároco de Mira e Seixo de Mira. + P. Manuel Pinto Caetano - dis-

pensado do ofício de pároco de Friúmes, Oliveira do Mondego, Paradela da Cortiça, São Paio do Mondego, São Pedro de Alva, e Travanca do Mondego.

DIOCESE EM RENOVAÇÃO

Bispo de Coimbra publica novas nomeações pastorais

PROPRIEDADESeminário Maior de CoimbraContr. n.º 500792291 | Registo n.º 101917Depósito Legal n.º 2015/83

DIRETORA. Jesus Ramos (T.E. 94)

DIRETOR ADJUNTOCarlos Neves (T.E. 1163)

ADMINISTRAÇÃO Communis Missio - Instituto Diocesano de ComunicaçãoCentro Pastoral Diocesano CoimbraRua Domingos Vandelli, nº 23004-547 Coimbra

REDAÇÃOMiguel Cotrim (C.P. 5533)

PAGINAÇÃOFrederico Martins

IMPRESSÃO E EXPEDIÇÃOFIG - Industrias Gráficas, S.A.Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:Correio de Coimbra - Seminário Maior de CoimbraRua Vandelli, 2 | 3004-547 [email protected]. 239 792 344

[email protected]

[email protected]

PREÇO DAS ASSINATURASAnual | 30 € Amigo | 35 €Benfeitor | 40 € Paróquia | 20 €

TIRAGEM5000 exemplares

COLABORADORESOs artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

ESTATUTO EDITORIALwww.correiodecoimbra.pt

PAGAMENTO ASSINATURA JORNAL NIB: 0018.0003.4059.0291.0201.3Ao fazer transferência bancária pedimos o favor de nos enviar o comprovativo da mesma para o email, [email protected], identificando com o nome, localidade e número de assinante.

30 DE JULHO DE 2020

ENCONTRO NACIONAL PARA JURISTASCanonistas portugueses refletem

sobre desafios antropológicos e a ideologia do género

2 a 5 de setembro, em Fátima (Casa de Nossa Senhora do Carmo)

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CORREIO DE COIMBRA

33Igreja a caminho

A Equipa dinamizadora da Catequese de Adulos apre-sentou três objetivos para

o próximo ano pastora1:1.º Dialogar com os grupos que

já terminaram o itinerário de 4 anos (Ceira, Pombal, Nossa Se-nhora de Lurdes, Santo António dos Olivais e Unidade Pastoral de Conímbriga), a fim de se encon-trarem formas de aprofunda-mento missionário da fé cristã;

2.º Consolidar a caminhada nas paróquias de Alvares, Ca-dima, Eiras, Lorvão, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pombal, Santiago da Guarda, S. João Baptista e S. José, Unidade Pastoral de Conímbriga, Unida-de Pastoral Figueira Rio, Unida-de Pastoral de Soure e Unidade Pastoral de Entre Campos e Rios.

3.º Lançar a Catequese de Adul-tos nas Paróquias de Aguda, Ave-lar, Chão de Couce e Pousaflores servidas pelo Pe. Jorge Arcanjo.

A Equipa pretende ainda en-contrar em cada grupo dois coordenadores-representantes, que serão o elo de ligação com aquele serviço diocesano.

CATEQUESE DE ADULTOS

Objetivospara 2020-21

Quiseram as circunstân-cias que este ano a bên-ção das pastas tivesse

um modelo diferente do habi-tual por causa da pandemia que a todos nos afeta, e neste caso,

com tristeza para muitos fina-listas da Universidade de Coim-bra e do Ensino Superior desta cidade que não puderam come-morar com os seus familiares e amigos.

Também por isso, a celebração deste ano, no passado domingo, ocorreu na Capela de São Miguel da Universidade de Coimbra, em cerimónia presidida por D. Vir-gílio Antunes, e com a presença

de apenas dois alunos por facul-dade ou escola superior, em vez de ser, como tradicionalmente, na Sé Nova, em dois dias conse-cutivos, com a habitual multi-dão, presença de familiares e de amigos, almoços em restauran-tes ou piqueniques na Mata do Choupal... Mas o Serviço Pastoral do Ensino Superior não quis dei-xar de assinalar esta etapa tão importante para os alunos que terminam o curso e se despe-dem desta cidade, zelando pela realização da Missa da Bênção das Pastas e pela sua transmis-são pela TVI.

Na homilia, o Bispo de Coim-bra deixou aos estudantes, aos presentes e àqueles que acom-panharam a celebração a partir de suas casas, palavras de fu-turo e de esperança alicerçada em Deus: “Deus é, sem dúvida, a maior decisão que se impõe, pois concentra em Si as respos-tas a todas as perguntas que nunca nos abandonam acerca do que somos e das linhas chave que nos orientam”, afirmou na homilia, que publicamos abaixo.

BÊNÇÃO DAS PASTAS 2020 NA CAPELA DE SÃO MIGUEL

Este é um tempo de “compromisso adulto e responsável em ordem ao futuro”, lembrou Bispo de Coimbra

Quiseram as circunstân-cias que este ano a bên-ção das pastas tivesse

um modelo diferente do habi-tual, com tristeza para muitos finalistas da Universidade de Coimbra e do Ensino Superior desta cidade.

Viram-se igualmente os vos-sos pais e outros familiares privados de um dia de festa e altamente significativo para a história do seu cuidado em re-lação aos filhos, a quem ampa-ram em tudo e também no seu percurso académico, prepara-ção para uma vida, que desejam seja cheia de bênçãos e feliz. (...)

Também nós, aqui reunidos na capela de S. Miguel, docentes e alunos, autoridades académi-cas e familiares, representando todos os outros que gostariam de aqui estar e em comunhão com eles, pedimos a Deus que vos abençoe e à Imaculada Con-ceição, a Virgem Santa Maria, que vos proteja em todos os vos-sos caminhos. (...)

Tendes a graça de frequentar boas escolas, que vos oferecem a possibilidade de desenvolver os vossos dotes naturais e de progre-dir intelectualmente, realizando assim os sonhos de uma vida.

Umas vezes de forma responsá-vel e séria, como tantas vezes vos pediram em casa e na academia, outras vezes, porventura, desper-diçando oportunidades e capaci-dades, podereis ter cedido ao faci-litismo de deixar correr o tempo e de permitir verdadeiros hiatos num percurso de vida em que to-dos os momentos e todas as fases são essenciais para a construção do grande edifício, da mais im-portante obra, que sois vós.

Hoje, é também o dia de reconhecer grandezas e debilidades, é também o

dia de um compromisso adulto e responsável em ordem ao futuro. A história de cada pessoa con-templa aspetos muito diversos, altos e baixos, mas deve com-portar também a capacidade de corrigir objetivos, metas e erros, o desejo de se ancorar mais pro-fundamente no sentido de cons-truir personalidades mais com-pletas, bem enquadradas pessoal e socialmente, decididas a ser um contributo feliz para toda a comunidade humana.(...)

Pedimos a Deus e pedimos-vos também a vós que o desfazer-se da juventude e o embrenhar-se nas atividades futuras e na du-

reza da vida não venham a tor-nar-vos insensíveis e desprovi-dos de um coração inteligente, tornando-vos incapazes de dis-tinguir o bem do mal e fazen-do de vós autênticos reféns da cultura do “vale tudo”. Pedimos que com o passar dos anos não deixeis definhar por inanição e envelhecimento as sementes de bondade e verdadeira sabedoria que Deus pôs dentro de vós, que a vossa família vos comunicou e que o conhecimento adquirido na escola ajudou a esclarecer.

Quando o Evangelho de Jesus nos fala do tesouro escondido no campo pelo qual está dispos-to a vender tudo quanto possuía, está a ensinar-nos que nada há de maior e melhor do que uma vida edificada no amor e na jus-tiça. Ela exige escolhas em tudo: em primeiro lugar a escolha pela vida pessoal e dos outros; em segundo lugar o modo como a sonhamos e os valores que a preenchem.

Deus, é sem dúvida a maior decisão que se nos impõe, pois concentra em

si as respostas a todas as pergun-tas que nunca nos abandonam acerca do que somos e das linhas

chave que nos orientam. Tanto a pessoa mais simples e iletrada como aquela que progrediu nos caminhos da razão e da ciência, transportam em si esse tesouro, que importa conhecer, descobrir e trazer para a vida.

Quando fazemos a experiên-cia de conhecimento e encon-tro pessoal com Ele por meio de Jesus Cristo, compreende-mos o que dizia a Epístola aos Romanos: “Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam”. Mesmo no meio de todas as debilidades e turbu-lências que nos podem afetar profundamente e transtornar o curso da humanidade, fica-nos a certeza de que Deus é o te-souro que nos leva a reorientar tudo para permanecermos n’Ele e na busca do Seu Reino.

Numa perspetiva mais concreta e no confronto com a realidade quoti-

diana, uma pessoa bem formada nos valores do Reino, confronta--se com a necessidade de decidir onde e como gastar a vida. Há campos em que as fronteiras são muito ténues, pois o confronto entre os objetivos a alcançar e os meios a utilizar fazem a di-

ferença: a economia pode matar ou ser serviço ao bem de todos; a política pode ser lugar de po-der ou ato de doação em favor da comunidade; o trabalho pode ser lugar de realização ou de confronto e luta feroz pelo domí-nio dos bens materiais; a escola pode ser espaço de crescimento na autonomia e nos valores ou laboratório de autómatos; a fa-mília pode ser lugar de partilha de vida ou campo de batalha de disputa de direitos; até a religião pode ser caminho de alienação ou de libertação.

Fica-nos a certeza de que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O

amam. Este pode ser o lema fun-damental da vida de cada jovem que agora entra no mundo após a sua formação académica: con-correr em tudo para o bem dos que Deus ama, isto é para o bem de todos, sabendo que é preciso começar pelos que estão ao nos-so lado. Este pode ser o tesouro escondido que nunca deixareis de procurar, sem desistências e com humildade. A sociedade espera isso de vós e a bênção de Deus, que, hoje invocais será a vossa força e consolação.

MISSA DA BÊNÇÃO DAS PASTAS 2020

Nada há de maior e melhor que uma vida edificada no amor e na justiçaVirgílio do Nascimento Antunes, extrato da homilia

30 DE JULHO DE 2020

ABERTURA DO ANO PASTORALOs jovens, a fé e o discernimento vocacionalNa tarde de 4 de outubro, na Sé Nova

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CORREIO DE COIMBRA

4 Grande Plano

CORREIO DE COIMBRAA Associação de Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel é uma IPSS?

ANA MARIA CRISTÓVÃOSim, é uma IPSS. É uma institui-ção canonicamente ereta. Esta Instituição nasceu com o mesmo propósito com que nós ainda hoje trabalhamos. É um serviço digno para quem menos tem, para quem precisa de se alimentar. Nasceu em 1933 por um grupo de senhoras que via filas de pessoas, muitas vezes à porta de quartéis, para que lhes dessem o resto da comida dos militares para alimentar as suas famílias. Este grupo de senho-ras pediu ao bispo da altura para ajudar a estruturar e a por de pé o projeto delas. Em 1955, tivemos a aprovação dos nossos primeiros estatutos. Em 1978 nasce o apoio a idosos através do Centro de Dia e depois o apoio domiciliário, dos idosos que estão em casa. Nós es-tamos numa zona muito antiga em que as casas dos nossos idosos não são adequadas à saúde física deles. São muitas escadas, agora já vão existindo casas de banho, mas antigamente elas não existiam...

A vossa área de abrangência é a Baixa?Sim e privilegiamos a Baixa.

Como é que apareceram as Criaditas dos Pobres? Em 1933, rapidamente estas se-nhoras perceberam que con-fecionar refeições, dar almoço e jantar, tinha que se começar muito cedo e que se passava aqui o dia inteiro. E na altura cozi-nhava-se a lenha. Os excedentes das quintas delas também não eram suficientes. Começaram, então, a constatar que não con-seguiam dar resposta a todas as solicitações. Pelo que, por indi-cação do senhor Bispo, vieram para cá umas irmãs espanho-las que decidiram ir embora em 1936. Nesse mesmo ano, vieram as Criaditas dos Pobres, uma Congregação nova que estava a dar os seus primeiros passos, nasceu aqui na Baixa de Coim-bra e cujo o primeiro objetivo era o serviço aos pobres. E onde nós podemos encontrar pobres mais pobres do que aqueles que precisam de comer? As Criaditas marcaram esta Casa também com o seu traço, o seu carisma.

E é este o perfil da Casa. Traba-lharmos com alguma descrição porque as pessoas que recorrem a nós já são pessoas muito fragi-lizadas. E aquilo que não pode-mos fazer é expô-las. E as Criadi-tas mantiveram-se até 2014 .

Possuem mais que uma Cozinha? Verifiquei que utilizam o plural...A ideia na altura seria fazer di-versas cozinhas na cidade de Coimbra. Este é um projeto que não é fácil gerir em termos de logística, sobretudo, como pode imaginar, na altura cozinhava--se a lenha. Ficámos por esta. Mas é este o nome da institui-ção. É este que usamos.

Quais são as outras respostas sociais desta associação?Como respostas sociais temos o Centro de Dia e o Apoio Domici-liário à população idosa.

Que tipo de pessoas recorrem à associação?É uma população frágil, com múltiplas carências sócio-eco-nómicas, afetivas, e de saúde mental. As pessoas que aqui re-

correm têm de responder a dois critérios: necessidades econó-micas e necessidades alimenta-res. Para o refeitório social isso é indispensável. A maior parte das pessoas que aqui recorrem vêm com a situação já estudada por serviços de atendimento.

Serviços da Segurança Social?Principalmente pela Seguran-ça Social. Quer pelos serviços de emergência social quer pelo ser-viços de atendimento local. Rece-bemos de tudo. Recebemos situa-ções que são encaminhadas pelas técnicas de acompanhamento psicossocial. É comum também nos casos dos refugiados enquan-to não estabilizam a situação se-rem encaminhados para aqui e nós darmos-lhes apoio alimentar.

Acompanham muitos refugiados?Não são muitos. No que diz res-peito ao apoio alimentar (almo-ço e jantar), somos o serviço da cidade de Coimbra, a que estes recorrem, por encaminhamento do CDSSC, numa primeira fase de integração na sociedade de acolhimento.

Que tipo de pobreza é que falamos?No refeitório social são essen-cialmente de pessoas com falta de recursos económicos. Obvia-mente que sabemos que depois a pobreza se reveste de imensas caras e factores...

Recorrem também estudantes da Universidade?Estamos, também, a apoiar es-tudantes da Universidade de Coimbra. Aquando a visita do Senhor Presidente da Repúbli-ca, houve um momento em que o Senhor Presidente se cruzou e conversou com dois destes estu-dantes. Ao longo da história da nossa instituição temos dado sempre apoio a estudantes uni-versitários sem rede de apoio familiar.

A situação piorou com a pandemia? Estamos agora todos muito cen-trados na pandemia, na pro-blemática de saúde, mas não podemos esquecer que as de-terminantes sociais continuam a existir para além de todas as já que existiam. Nós acompa-

A pandemia provocada pela Covid-19 tem agravado a situação de muitas pessoas, famílias, idosos e estudantes. A Associação das Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel teve que se reinventar e criar novas regras no serviço das refeições, que são neste momento em regime de take away, e dar um maior apoio de proximidade aos idosos. Ana Maria Cristóvão, diretora técnica da instituição explica-nos em entrevista a forma como ultrapassa todos estes obstáculos.

ANA MARIA CRISTÓVÃO

Não podemos deixar ninguém

sem apoio

30 DE JULHO DE 2020

“São os mais velhos as principais vítimas da COVID 19 e esse facto veio trazer ao de cima um problema existente... nomeadamente aqueles que estão ”confinados” em lares”

(Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz, 27 de julho 2020)

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CORREIO DE COIMBRA

5Entrevistanhamos muitos cidadãos com problemas de saúde, quer física, quer mental. Essas condicionan-tes determinantes continuam a existir todas. A Covid traz-nos como almofada todos os proble-mas que nós já trabalhávamos. Acrescidos da situação sanitá-ria que, por si, nos vai trazer e multiplicar os problemas. Antes de começarmos a entrevista fa-lávamos das aulas à distância. Esta situação coloca os pais em situação de iminente perda de emprego. Vejamos o caso das famílias monoparentais, em que as suas crianças têm de as-sistir às aulas em casa, o seu progenitor(a) acaba por ter de fi-car em casa para prestar apoio e acompanhar no dia-a– dia, não se deixa uma criança sozinha. Nestes casos, o pai ou a mãe fica mais exposto(a) ao desempre-go. O que se agrava nos casos em que não existe uma relação contratual que os salvaguarde e dê acesso à proteção social, na forma de subsídios. Para além de todos os problemas que já os acompanhavam e que conti-nuarão a acompanhá-los vem sobrepor-se um outro proble-ma que é o problema sanitário a que todos nos vimos obriga-dos que os deixaram completa-mente sem chão. Há problemas que não foram logo detectáveis quando apareceu a Covid-19. O facto de as pessoas testarem po-sitivo ou serem de grupos de ris-co e terem que ficar confinados, quando residem numa pensão sem condições, e sem rede de suporte, nem familiar, nem so-cial, vizinhança, nenhuma rede de proximidade. Estas situações necessitam de acompanhamen-to de grande proximidade. E nós tivemos situações dessas. Tive-mos e temos! Logicamente ar-ranjamos redes de voluntariado, redes de suporte, de outros que moravam perto a quem pedimos apoio na entrega das refeições e, simultaneamente, acompa-nhamos por telefone. Como é que podemos propor arejamento e limpeza quando o quarto não tem uma janela ou se tem uma janela que não abre, e se tem uma casa de banho partilhada por mais 8 ou 9 pessoas... São estas pessoas que foram o nosso foco. Foram até aqui e continua-rão a ser. Depois tivemos situa-ções de famílias que nos foram sinalizadas. Alguma assinala-das por juntas de freguesia, por famílias, por vizinhança, acom-panhamento de serviço social, de serviço de emergência. Quan-to ao refeitório social tivemos

200 novos encaminhamentos, de pessoas que até aqui se man-tinham autónomos.

Esse número é desde que começou a pandemia...Sim, 204 casos. Idosos temos 35 em Centro de Dia e 20 em Apoio Domiciliário. E foram sinaliza-dos 28 novas situações de idosos isolados. Isolados e sem redes de suporte. Também porque com os idosos, alguns tinham apoio de grupos de voluntários, mais ou mesmos estruturados, mais ou menos formais, que lhes le-vavam as compras, que os le-vavam ao médico, que lhes tra-tavam dos pagamentos, só que esses grupos de voluntários no dia 16 de março desapareceram.

Também ficaram confinados?Sim, a partir de 16/03, as pes-soas idosas que frequentavam o Centro de Dia, passaram a ter o nosso apoio no domicílio, as-sim como os novos casos que começámos a apoiar. Num pri-meiro momento foi necessário reorganizar a Casa em termos de espaço físico e de serviços. O nosso plano tem vindo a cres-cer com normas para todos os serviços, com diversos procedi-mentos. Numa primeira fase, tivemos que definir, de acordo com as normas que estavam consecutivamente a sair sobre-tudo da Saúde. No Refeitório Social, começámos por fazer o serviço de refeitório com um utente por mesa, com a obriga-toriedade de lavar mãos, na al-tura contatamos a delegada de saúde para nos orientar com os procedimentos que estávamos a tomar porque na altura era tudo novidade. Ao fim de algum tem-po percebemos que tínhamos de passar ao regime de take away. Foi surpreendente a reação das pessoas e de alguns que vêm re-gularmente a esta Casa. A rea-ção de agradecimento. Houve dias que não passava um só que não dissesse “obrigado(a) por estarem abertos”. O que expres-sar verbalmente uma atitude de gratidão, para algumas es-tas pessoas, não é propriamen-te o sentimento comum. Ao fim de alguns dias percebemos que eles não tinham água para be-ber porque estava tudo fechado e quem está na rua ou vive num quarto não tem acesso a ela. Começaram a perguntar-nos se sabíamos onde é que havia fontes...e isso levou-nos a mais uma despesa porque nada disto estava orçamentado. Economi-camente esta é uma instituição

que vive ao cêntimo. Estamos, agora, a entrar numa fase de avaliação diária do trabalho.

Onde é que vão buscar o financiamento para a compra da confecção das refeições?Nós temos um acordo com a Segurança Social que nos com-participa o custo até 400 uten-tes. Temos também acordo para Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário a Idosos. Na altura da pandemia, para nós foi claro que não podíamos deixar nin-

guém sem apoio. Em termos de Refeitório Social não podemos negar alimentação. As pessoas comem à nossa frente. Muitos deles recebem o seu saco de ali-mentos e sentam-se no primei-ro patamar a fazer a sua refei-ção, outros vão para jardins, becos para não serem tão vistos. Tratando-se de uma primei-ra necessidade absolutamente básica do ser humano, estando tudo fechado, era nossa missão estarmos abertos. Houve altera-ções que tivemos de fazer. Por exemplo, crianças, para nós foi logo claro que não poderiam es-tar na fila. Demos autorização a pessoas que possam levar comi-da para outras. Sendo família, autorizamos que venha só um elemento da família. Nos casos em que estão obrigados a esta-rem confinados em casa, permi-timos que um vizinho ou algum voluntário lhes leve a comida.

Por falar em voluntários... É fácil arranjá-los? Quantos é que têm neste momento?Nós temos uma rede de vo-luntários, gente de meia idade porque o trabalho é muito mais

em tempos de pandemia. São sobretudo pessoas reformadas a colaborarem. Temos uma jovem voluntária com 29 anos que vem cá duas vezes por se-mana, durante três horas, e que continuou a vir. De resto, são pessoas reformadas que dão o seu contributo. Neste caso te-mos 5 voluntários que vêm dia-riamente colaborar connosco. Depois temos, a rede de psicó-logos (8) que continuam a fun-cionar. Muitos deles têm con-sultórios e outros estão ligados

à Universidade. Temos duas en-fermeiras e uma farmacêutica que vêm preparar, por tomas, a medicação dos utentes mais idosos e de outros utentes com problemas de saúde. É comum aparecerem alguns utentes com um saco cheio de medica-mentos e que não sabem como é que se deve tomar. Na receita vem lá mas eles não sabem. E quando compram porque mui-tos não têm como comprar a medicação. Dos 22 idosos que

apareceram de novo, estamos a avaliar toda a situação e a decidir como vamos começar a desconfinar. Tanto em ido-sos como em Refeitório Social estudamos a forma de os au-tonomizar, arranjando redes de ajuda. Este período é difícil porque vamos ter de viver com este vírus, sem medo, mas com alguma preocupação e, tam-bém, com alguma esperança. E a partir daqui vamos ter de começar a abrir respostas para as pessoas poderem continuar a fazer a sua vida normal.

Então vê o futuro com alguma esperança?Não podemos deixar de viver com alguma esperança. Resta--nos avaliar o que se está a pas-sar. Ver formas de ultrapassar problemas e não tornarmos o medo da doença como um medo terrífico e que nos vai esmagar a todos. As determinantes sociais e as determinantes de saúde nós já convivíamos com elas. Ago-ra temos de conviver com mais esta que infelizmente interfere e tem uns tentáculos maiores so-bre aspetos que nos deixam eco-nomicamente mais debilitados. Temos que partir da realidade e construir alternativas. Algumas serão alternativas novas, algu-mas serão alternativas de estru-turas que já existiam e vão ser fundamentais.

Falou há pouco da vinda do senhor Presidente da República. Foi uma visita inesperada?Em maio, fomos surpreendidos com um telefonema da asses-soria da Presidência da Repú-blica que me disse que o senhor Presidente tinha estado nessa semana a ouvir os grandes or-ganismos em Lisboa, a Cáritas Nacional, o Banco Alimentar, e que queria muito ouvir quem estivesse a trabalhar no local. Falei com a direção desta Casa que me autorizou a ir com a As-sistente Social Maria Lúcia. Le-vei números, problemas, tudo aquilo que podia interessar ao senhor Presidente. De facto, o senhor Presidente estava inte-ressado em saber que tipo de problemas tinham aparecido. Queria saber como é que tínha-mos lidado com a pandemia e queria mostrar enquanto Presi-dente da República gratidão pe-los serviços de primeira linha e que tiveram a sua porta aberta. O senhor Presidente fez questão de vir ver com os seus próprios olhos o nosso trabalho.

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“Não podemos deixar de viver com alguma esperança. Resta-nos avaliar o que se está a passar e não ver a doença como um mal terrífico que nos vai esmagar a todos...

30 DE JULHO DE 2020

“São cidadãos de parte inteira como nós. Têm o direito a ter voz e a dizer-nos como querem viver os últimos anos da sua vida. A eles devemos quem somos hoje.”(Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz, 27 de julho 2020)

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CORREIO DE COIMBRA

6 Liturgia

Em tempo de verão, mes-mo envolvidos pela pan-demia, muitos estão, es-

tiveram, estarão de férias. Este é um período muito oportuno para que cada um se coloque à escuta do Espírito.

Não têm o mesmo efeito umas férias programadas, segundo o Espírito ou umas férias vividas ao acaso, segundo aquilo que me apetece!...

Neste momento que nos é dado viver, em todo o peregrinar de um ser humano à face da terra, aí se concretiza o “HOJE” em que Deus se revela... todo o instante, por mais breve que seja, é dom de Deus para me deixar construir, crescer, para que aconteça a Sua criação: «Deus criou o ser huma-no à sua imagem, criou-o à ima-gem de Deus» (Gen 1, 27). Para não estagnar e não frustrar o plano inicial do Criador, tudo o que rea-lizo (‘o que realizo’: é muito diver-so mesmo que não se manifeste em ações concretas) necessita de estar animado, pelo Espírito Santo, como diz Jesus a Nicode-mos: «Não te admires por Eu te

ter dito: Vós tendes de nascer do Alto. O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. As-sim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.» (Jo 3, 7-8)

Esta é a única maneira corre-ta de existir deixar-se CONDUZIR pelo Espírito!... estando convicto que Ele sempre conduz para que Cristo se forme em nós.

Que lugar dou ao Espírito na minha vida?

Estas férias têm uma mar-ca que não vemos o ‘VI-RUS’... estou de verdade

consciente que o Espírito sempre me acompanha e que ao contrá-rio do ‘vírus’ não destrói mas me torna, se eu quiser colaborar com Ele, na pessoa que desde toda a eternidade o Pai criou no Seu eterno amor: «Ele nos esco-lheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor.» (Ef 1, 4) Este é o verda-deiro destino de cada ser huma-

no. Estou consciente desta reali-dade?!... É um privilégio imenso, dom da fé, saber-me animado desta graça!... Será que me paro para agradecer a Deus Uno e Tri-no por poder penetrar cada vez mais neste mistério? Será que quero penetrar neste mistério ou prefiro viver na ignorância, para não me responsabilizar pelo dom recebido?... Por vezes é mais cómodo?!...

Convido que, neste verão, reze-mos uns pelos outros em Igreja e com a Igreja: O Espírito ven-ce A espessura da noite E uma língua de fogo inumerável Pu-rifica, renova, acende, alegra O mistério criado. Eis a força Que convoca a Igreja Nos tem-plos e nas praças E suscita en-tre o povo testemunhas Com palavras ousadas de verdade Em frente dos juízes. Profunda chama, Que secreta iluminas O coração do homem: Com a boa notícia restabelece A vacilante fé, acende o amor Na esperança que é semente Da salvação do mundo. (Liturgia das Horas, Hino II, Hora Intermédia de Domingo)

Depois da multiplicação dos Pães e de serem distri-buídos pela multidão, Je-

sus envia os seus discípulos pelo mar até à outra margem.

Como é bela esta pedagogia de Jesus em dar responsabilidade e autonomia aos seus discípulos. Uma vez alimentados pela sua Palavra e pelo Pão da Vida que é a Eucaristia, a Igreja é envia-da ao mundo para Evangelizar e lutar contra as forças do mal. O barco no meio do mar simboliza a Igreja que atravessa a história da humanidade levando o Amor Redentor de Jesus. Acoitado pelas ondas, pois o vento era contrário, o Barco dos Discípulos avança cumprindo a sua missão. As on-das, o vento contrário em tem-pestade e a escuridão da noite, representam todas as forças do mal que se opõem a Jesus, e ao Seu Reino, com as quais a Igreja terá de se confrontar.

Jesus quer preparar e fortale-cer os seus discípulos para eles exercerem a sua Missão. A Igre-ja é Sacramento de Salvação, e por Ela Jesus Cristo Ressuscitado continuará a ser Todo-poderoso

na sua vitória contra o mal, o pecado e a morte.

Somos convidados a ter esta fortaleza e esta fé enraizada na presença amorosa de Jesus. Pe-rante a turbulência da vida e a incerteza dos tempos actuais, temos Jesus connosco em cada Sacramento e em cada oração rezada individualmente, em fa-mília e na comunidade reunida. Não estamos sozinhos a enfren-tar as tempestades da vida e do mundo, somos alimentados por Cristo que se faz alimento de Vida Eterna e temos a Força poderosa do seu Espírito Santo. Na tempes-tade e na escuridão da noite sobre as águas, Jesus vem ao nosso en-contro como foi ao encontro dos seus Discípulos no meio do mar.

É muito interessante verifi-carmos que Jesus, depois de des-pedir a multidão, tinha ido ao monte para orar a sós. Aqui está o grande ensinamento e o exem-plo maravilhoso de Jesus: a Sua comunhão de Amor com o Pai. Uma comunhão permanente, in-tensa e vital que O faz vitorioso em relação às forças do mal.

Jesus vai ter com os Discípu-

los caminhando sobre as águas e acalmando a tempestade. Na espiritualidade de Israel, só Deus podia caminhar sobre as águas. Jesus quer mostrar claramente que é o Messias Deus. Os discí-pulos disseram-lhe: “Tu És ver-dadeiramente o Filho de Deus”. Pedro afunda-se nas águas por-que a sua fé é imperfeita e tem medo. “Jesus estendeu-lhe logo a mão.” “O vento amainou”, veio a bonança. No barco (na Igreja) há segurança, a tempestade per-de sua força e o seu poder porque nela está Jesus.

Também na primeira leitura Elias reconhece a presença de Deus na brisa suave. Numa pers-pectiva escatológica (no final dos tempos que é a Salvação de Deus) intuímos, na certeza da fé, que Jesus ressuscitado é vencedor do nosso pecado e da nossa mor-te. Também O encontraremos na suavidade, e na plenitude da Paz quando Ele nos chamar deste mundo de tempestade e nos fazer participantes da Sua Vida Divina.

Tenhamos fé, dissipemos o medo e fortaleçamos a nossa esperança.

ESPIRITUALIDADE

Deixar-se conduzir pelo EspíritoFernando Pascoal

NEM SÓ DE PÃO | COMENTÁRIO À LITURGIA DOMINICAL

Jesus Todo PoderosoFernando Carvalho

LEITURA DO PRIMEIRO LIVRO DOS REIS 1 Reis 19, 9a. 11-13aNaqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb, e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra, di-zendo: «Sai e permanece no monte à espera do Senhor». Então, o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não esta-va no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Se-nhor não estava no terramoto. Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu--se uma ligeira brisa. Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 84Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor e dai-nos a vossa salvação.

LEITURA DA EPÍSTOLA AOS ROMANOS Rom 9, 1-5Irmãos: Em Cristo digo a verdade, não minto, e disso me dá tes-temunho a consciência no Espírito Santo: Sinto uma grande tris-teza e uma dor contínua no meu coração. Quisera eu próprio ser anátema, separado de Cristo para bem dos meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, que são israelitas, a quem pertencem a adopção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas, a quem pertencem os Patriarcas e de quem procede Cristo segundo a carne, Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos. Amen.

ALELUIA Sl 129, 5Eu confio no Senhor,a minha alma espera na sua palavra.

EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS Mt 14, 22-33Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípu-los a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram--se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confian-ça. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, por-que duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».

ENTRADALembrai-vos, Senhor | CEC II 96

Eu venho, Senhor | CEC II 75, 76, 77Louvai, louvai o Senhor | CEC II 60

Dai a paz, Senhor | CEC II 111

APRESENTAÇÃO DOS DONSCrenos em Vós, ó Deus | NCT 692

Um novo coração, me dá | XVII ENPLComo Jesus nos revela | CEC II 222

COMUNHÃOLouva, Jerusalém, o Senhor | CEC II 97

O Pão que o Teu amor nos dá | CEC II 99O Senhor deu-lhes o Pão do Céu | CEC II 91

PÓS-COMUNHÃOSaciastes o Vosso Povo | CEC II 90Jesus Cristo amou-nos | CEC II 135

Minha Luz e salvação | NCT 421 SUGE

STÃO

DE

CÂN

TICO

SDOMINGO XIX DO TEMPO COMUM

9 de agosto de 2020

30 DE JULHO DE 2020

EXPOSIÇÃO NO SANTUÁRIO DE FÁTIMASingularidades das representações

da Virgem Maria nas diferentes épocas históricas

Visita guiada com Marco Daniel Duarte, 5 de agosto, 21h15

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CORREIO DE COIMBRA

7Opinião

Nos últimos meses, o Papa Francisco, na Audiência Geral de quarta-feira,

tem abordado o tema da oração. Na última de Junho, o Pontífice abordou “A oração de David”, o “predileto de Deus desde meni-no, escolhido para uma missão única, que assumirá um papel central na história do povo de Deus e da nossa fé”.

O Santo Padre, depois de apro-fundar um dos seus traços ca-racterísticos, o ter sido pastor, centrou-se num outro aspec-to presente na vocação de Da-vid: o seu espírito de poeta. O Papa Francisco relembra que o rei David “é uma pessoa sensí-vel, que gosta da música e do canto. A cítara acompanhá-lo--á sempre: para elevar um hino de alegria a Deus (cf. 2 Sm 6, 16), para expressar um lamen-

to, ou para confessar o próprio pecado (cf. Sl 51, 3). O mundo que se apresenta aos seus olhos não é uma cena silenciosa: o seu olhar capta, por detrás do desenrolar dos acontecimen-tos, um mistério maior. A ora-ção nasce precisamente dali: da convicção de que a vida não é algo que passa por nós, mas um mistério surpreendente, que em nós suscita a poesia, a mú-sica, a gratidão, o louvor, ou a lamentação e a súplica. Quando a uma pessoa falta essa dimen-são poética, digamos, quando lhe falta a poesia, a sua alma coxeia.” Nesta linha, com na-turalidade, vemos a tradição judaico-cristã a atribuir a com-posição dos Salmos a David.

Os Salmos, seguramente o Li-vro Sapiencial mais conheci-do, são testemunha da grande

proximidade de Deus na nossa vida, Ele que escuta todo aquele que, em qualquer situação, ele-va o seu grito, tantas vezes em situações deveras drásticas.

Ao olhar para o Saltério, e na sua variedade de géneros literários (salmos de súplica ou lamentação, de louvor ou hinos, salmos reais, salmos didácticos...), é comum obser-var a divisão em cinco livros, conforme estudo de São Jeróni-mo, como cinco são os livros do Pentateuco. Na verdade, o pró-prio Saltério se apresenta como uma meditação do Pentateuco, conforme o Salmo primeiro.

Dos Comentários de S. Am-brósio (séc. IV) sobre os Salmos, lemos: “Ainda que toda a Escri-tura divina respire a graça de Deus, é-nos particularmente agradável o Livro dos Salmos. (...) A história ensina, a lei ins-trui, a profecia anuncia, a ad-vertência corrige, a moralidade persuade; mas o Livro dos Sal-mos, como síntese de tudo isto, é medicina geral da salvação humana. Quem os lê encontra sempre um remédio especial para curar as suas feridas.” Por fim, depois de observar as suas várias dimensões, apresenta--nos a sua dimensão profética:

“O que outros anunciaram por meio de enigmas, parece que só ao Salmista foi prometido cla-ra e abertamente: que o Senhor Jesus havia de nascer da sua descendência, como lhe disse o Senhor: Colocarei no teu trono um descendente da tua família. Nos salmos não só se anuncia que Jesus nasce para nós, mas também que aceita a paixão re-dentora do seu corpo, morre e é sepultado, ressuscita, sobe ao Céu e senta-Se à direita do Pai. O que nenhum homem ousaria dizer, só o Salmista o anunciou e depois o pregou o próprio Se-nhor no Evangelho.”

Nesta tribulação em que nos vemos, ainda-pandemia, peça-mos a David que nos ensine a levar tudo para o nosso diálo-go com Deus, tanto as tristezas como as alegrias, tantos as in-certezas como as esperanças: de tudo podemos falar com Deus, que sempre nos escuta. Rezando os Salmos, nunca es-tamos sós, há Alguém que nos faz companhia, Deus que está connosco.

“Nesta tribulação em que nos vemos, ainda-pandemia, peçamos a David que nos ensine a levar tudo para o nosso diálogo com Deus, tanto as tristezas como as alegrias...

A PALAVRA EM PALAVRAS

A oração que nos fortaleceJoão Paulo Fernandes

1Com a torrente de dinhei-ros que aí vem da Europa (57,9 mil milhões de euros

de fundos comunitários ao lon-go dos próximos dez anos), o PS – que entretanto já anunciou outra vez querer governar, pois claro, no arco da geringonça, em “novo entendimento sólido e duradoiro” – está como almeja: pensar à ‘esquerda’, viver à direi-ta’, sempre com o objetivo maior de, sobretudo distribuindo o que o país não produz, se perpetuar no poder. Precavamo-nos, po-rém. É que, olhando o nosso histórico, gastar à tripa-forra e atentar sobretudo nos provei-tos meramente individuais ou ‘empresariais’ do costume (não privilegiando os verdadeiros in-teresses comuns e estruturan-tes) levou, sempre, às arreigadas dificuldades que coletivamente arrostamos, ao endividamento que, limitador, nos cerceia. Por favor, travestidos agora de mo-dernidades ‘metropolitanas’, ou-tros conventos de Mafra...não!

2Santos Silva, apesar, en-tão, dos veementes pro-testos da CIP, dizia, tempo

atrás, não sem razão, que, gene-ralizadamente, o problema prin-cipal das empresas portuguesas “está na sua descapitalização” e, também, na “fraquíssima qua-lidade da sua gestão”. Agora, que vai haver dinheiro europeu para a recuperação económica, pergunto-me como irá o país ul-trapassar as, sejamos realistas, lamentavelmente comprovadas

incapacidades dos nossos ‘em-preendedores’. Será que é desta feita, nas inusitadas novas cir-cunstâncias, que o atual tecido industrial português vai ser ca-paz de perceber a vantagem em trazer renovação para o seu seio, ainda o proveito enorme que resultará da contratação de pós graduados e doutorados?

3Depois de a Assembleia da República ter invia-bilizado reiteradamente

a recandidatura de Correia de Campos, eis que Francisco de As-sis – à terceira foi de vez, assim se solucionando um imbróglio que persistia – seria eleito para o Conselho Económico e Social. Entretanto, os parlamentares, aprovaram, ainda, dois candi-datos a juiz do Tribunal Consti-tucional, e dez novos vogais do Conselho Superior da Magistra-tura. Enquanto, sem surpresa, inviabilizavam (nem sempre o bloco central funciona) a eleição de Luís Patrão para o Serviço de Informações da República Por-tuguesa, cuja principal incum-bência passa, nem menos, pelo fiscalizar das secretas.

4Finalmente, seis anos após o início do processo, o Ministério Público cons-

tituiu 25 arguidos – 18 pessoas, entre as quais Ricardo Salgado, e sete empresas – a quem dedu-ziu acusações pelos crimes de associação criminosa, corrup-ção, falsificação de documen-tos, manipulação de mercado,

infidelidade, branqueamento e burla qualificada. Ficamos a aguardar que a justiça, de forma indispensavelmente mais lesta, se cumpra!

5O povo português pode ter – tem com certeza – imensos defeitos, mas é

possuidor de uma fina sensibi-lidade para o antecipar das difi-culdades que, malogradamente, sempre caracterizaram as suas formas de vida ao longo dos sé-culos. Por isso não me surpreen-deu, em nada, a perceção de que os próximos tempos lhe vão trazer novas e acrescidas difi-culdades, para além das que já vem sentindo de maneira muito efetiva, na angariação e manu-tenção de um trabalho digno, quer, sobretudo – por muito que o primeiro ministro insista, ape-nas discursivamente, no contrá-rio – em outras formas de aus-teridade. Como o comprovam, à evidência, os resultados de uma recente sondagem através da qual ficámos a saber que 66% dos portugueses acreditam em que haverá mais restringimen-tos, 71% sustentam que teremos menos emprego, e 67% dizem que a economia vai piorar. Sem-pre mais pobres, com maior de-sigualdade social...

6Não são tranquilizantes as dificuldades imensas por que passou a União Euro-

peia – com cortes orçamentais e substantivas cedências da maio-ria dos 27 países membros à meia

dúzia dos ‘frugais’ –, até ser con-seguido, após quase cinco difíceis dias de trabalho, um entendi-mento suficiente sobre o plano de relançamento económico. E nem o alegadamente “bom acordo alcançado”, sublinhado por An-tónio Costa, nem as declarações tão otimistas de Charles Michel, para quem a “Europa está forte e unida”, de Ursula von der Leyen, ao considerar o “passo histórico que nos orgulha”, de Emmanuel Macron, que enfatiza o “acor-do histórico”, de Angela Merkel, ao sublinhar o “bom sinal”, me sossegam o espírito quanto ao futuro no projeto coletivo euro-peu. Poderemos, politicamente, agora, tudo afirmar. Mas a ver-dade é que solidariedade face ao problema comum provocado pela pandemia não foi mais do que...residual. Afinal, o que sobra e im-porta são os milhões que aí vêm para reerguer a Europa em difi-culdades, também aqueles, cho-rudos, que os resilientes nórdicos embolsam através da redução das suas contribuições.

7Quando quase todos dáva-mos por adquirida a elei-ção da espanhola Nádia

Calviño, vice presidente do go-verno de Sanchéz, como suces-sora de Mário Centeno na lide-rança do Eurogrupo, o ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, viria a ser o gran-de vencedor da segunda volta eleitoral em que, mais do que o apoio dos pesos pesados euro-peus, designadamente do eixo franco-alemão, contaram os votos do PPE, a que se somaram os dos Liberais. E assim, a par de nova derrota socialista, não se fez história com a esperada escolha, para o elevado cargo, pela primeira vez, de uma mu-

lher. Em dissonância com o que acontece com as presidências da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.

8O presidente turco, líder de um partido islâmico, promoveu a abertura da

antiga catedral Hagia Sophia, em Istambul, às orações muçulma-nas, assim revertendo o estatu-to de museu daquele magnífico bem patrimonial da humanida-de à sua condição de mesquita. Construída no séc. VI, a museali-zação da basílica tinha sido ado-tada pelo fundador da Turquia secular, Mustafá Ataturik, e a presente reconversão, que pro-vocou uma onda de indignação política e cultural em todo mun-do ocidental, constitui-se, não mais do que isso, numa despre-zível vitória pessoal do novo qua-se sultão, Recep Erdogan. Que, em favor do seu nacionalismo exacerbado, a tudo recorre para atenuar as dificuldades políticas concretizadas nas derrotas nas últimas municipais, para disfar-çar a evidente crise política que se abate sobre o país.

9A Espanha renovou a li-cença de exploração da obsoleta central nuclear

de Almaraz (que ainda recente-mente voltou a registar dois in-cidentes em apenas cinco dias), prolongando-a até novembro de 2027, quando já deveria ter sido encerrada há dez anos. Conve-nientemente, para os nossos vizi-nhos, situada a cem quilómetros da fronteira portuguesa, junto ao rio Tejo, só falta o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, vir a afirmar publica-mente a sua compreensão para com a decisão do ministério da Transição Ecológica de Madrid!

Aqui e AlémCabral de Oliveira

30 DE JULHO DE 2020

JORNADAS DE PASTORALSeminário acolhe mais uma formação dirigida a padres, diáconos e leigos.Salão de S. Tomás, 3 de outubro

Page 8: RAINHA SANTA ISABEL 200 novos casos de apoio em refeitório … · 2020. 7. 29. · +Rua Vandelli, 2 Cón. Sertório Baptista Martins - pároco de Nossa Senhora de Lur - des, continuando

CORREIO DE COIMBRA

Última

Em tempos que já lá vão, na década de noventa do outro século (!), tinha

eu na Diocese, além de várias missões, ser um dos responsá-veis da imprensa de inspiração cristã. Isso proporcionava-me a constante presença na Gráfi-ca de Coimbra, a uma légua da cidade, onde tive o privilégio de encontros frequentes com o es-critor Miguel Torga. Ele cuidava ali da confeção dos seus livros e eu na do “Amigo do Povo” e, eventualmente, do “Correio de Coimbra”.

Miguel Torga era para mim um senhor, uma fi-gura singular, austera, sem deixar de ser cortês e deli-cado na nossa relação. Vá-rias vezes lhe dei boleia no retorno à cidade, ocasião em que ele se abria em sensatas considerações sobre a vida e até sobre o problema da fé. Um dia, sem mais, atira-me com esta: - “Olhe que o se-nhor não faça como certos colegas seus: trate bem o povo porque o povo é bom e merece respeito!” Tranquili-zei-o porque essa era a mi-nha maneira de sentir e de estar e referi-lhe que o im-portante era, segundo San-to Agostinho, “combater os erros e amar homens” e que ler por outra cartilha seria lamentável.

Miguel Torga, pseudónimo de seu nome Adolfo Correio Ro-cha, nasceu de família modes-ta em São Martinho de Anta (Sabrosa) em 1907. Frequentou um ano o Seminário de Lamego após o que aos treze anos emi-grou para o Brasil, trabalhando numa fazenda de um tio em Minas Gerais. Cinco anos depois este familiar rendido à sua in-teligência ofereceu-se para lhe pagar os estudos em Portugal. Adolfo Rocha frequentou então a Faculdade de Medicina de Coim-bra e aí iniciou a sua atividade literária. Como médico começou o seu trabalho na terra natal e, depois, em Vila Nova de Miran-

da, Leiria, Coimbra e Arganil. Entretanto os seus livros foram--se sucedendo: “Segundo Dia da Criação do Mundo”, “O Livro de Job”, os “Bichos”, “Novos Contos da Montanha”, “Diários” (15), etc. Algumas destas obras foram tra-duzidas em várias línguas.

Este escritor teve dois padres com quem se relacionou de modo particular: um foi o padre Avelino, pároco de São Martinho de Anta, e o outro padre Valen-tim Marques, gerente da Gráfica de Coimbra, natural do Bofinho (Serra de Alvaiázere).

O padre Avelino era um sacer-dote de superior porte e cultura. Ele diz: “nós convivíamos como vizinhos, sempre com muito respeito; eu era o senhor padre e ele era o senhor doutor. Fazía-mos serões frequentes para con-versar e éramos companheiros nas caçadas”. O padre Avelino chegava a vir propositadamente a Coimbra a visitá-lo no seu con-sultório de otorrino na Portagem e dizia: “nós falávamos de reli-gião, mas nunca discutíamos”.

O padre Valentim, que está se-pultado no cemitério de Pelmá, conviveu com Miguel Torga du-rante mais de trinta anos. A sua relação era de grande intimida-de não só pela sua continua pre-

sença na Gráfica mas também como companheiro em várias atividades e em várias viagens ao estrangeiro – Angola, Moçam-bique, México… - e nas suas idas frequentes às Termas de Chaves. Aí eles almoçavam no Aprígio e Torga confiante dava a cartei-ra ao padre Valentim para este pagar a conta… Companheiros inseparáveis até dormiam no mesmo quarto na residencial.

O problema religioso inquie-tou sempre Miguel Torga, que vinha muito ao de cima nas suas conversas. Ele tinha o

drama de Deus e da morte e dizia mesmo que falava com Deus para… protestar! A propósito, o padre Valen-tim diz que “Torga gostava de falar do tema e de coisas religiosas e afirmava-lhe frequentemente: o senhor nunca perca a sua fé; nunca! Porque é a fé que nos ajuda e quem me dera a mim tê--la”. Este sacerdote conclui: “ele tinha-a, não duvido!” É interessante que Miguel Torga fala no “Diário” de modo muito lisonjeiro du-mas freiras, irmãs de São José, que eram auxiliares no Hospital de Arganil. Retrata--as assim: “bondosas, pres-táveis, pacientes, injetam, fazem curativos, despejam, limpam. Mas sente-se que

atuam fora do jogo da vida. Don-de lhe vem a paz que trazem estampada no rosto? Deus, fé, vocação… santas irmãs! Mal imaginam, tão brancas de cor-po e alma, o bem e o mal que me fazem. O bem por serem como são e o mal por não poder entendê-las…”. Curiosamente estas religiosas ao deixarem Ar-ganil regressando ao seu país a França foram propositadamente a Coimbra despedir-se de Mi-guel Torga, gesto que este refere como muito significativo.

Miguel Torga – um homem muito homem, um génio nas letras, um inquieto sincero em busca da verdade, em séria ca-minhada da vida.

APONTAMENTOS SOBRE MIGUEL TORGA

“A Fé...quem me dera tê-la!” Adriano santo

No âmbito das comemo-rações dos 750 anos do aniversário natalício

de Santa Isabel de Portugal, a Mesa Administrativa da Con-fraria da Rainha Santa acolheu no dia 23 de julho, pelas 21h, nos Claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, um concerto pela Orquestra Clássica do Centro, dirigido pelo maestro José Eduardo Gomes e que teve como soprano Carla Caramujo,

O Concerto contou a abertura “II duca Di foix” de Marcos de

Portugal (1762-1830); da Sinfonia n.º 2 de Ludwig van Beethoven (1770-1827) e de Vida e Milagres de Dona Isabel de Alexandre Del-gado (n. 1965), encomenda feita em 2019 ao compositor pela Or-questra Clássica do Centro.

Os claustros do Mosteiro ofe-receram, além da sua beleza arquitetónica, a segurança para 200 lugares disponíveis.

A Confraria prevê a realização de outros concertos no mesmo espaço em datas a anunciar posteriormente.

NOS 750 ANOS DE NASCIMENTO DE SANTA ISABEL

Concerto pela Orquestra Clássica do Centro

Aos 91 anos, o Pe. Francisco Proença Serra, fundador de uma obra abrangen-

te de apoio a crianças e jovens desprovidos de meio familiar normal, e com larga história na diocese de Coimbra, foi a figura homenageada pela Junta de Fre-guesia de São Martinho do Bispo, por ocasião dos 916 anos desta Freguesia, comemorados no dia 27 de julho, no Largo do Chafa-riz, um espaço ao ar livre recen-temente requalificado e mesmo em frente do Lar de São Marti-nho, construído precisamente por esforço e dedicação do Padre Serra e onde ainda hoje reside.

Nas palavras de homenagem, da autarquia, de amigos e de responsáveis da Casa, foram

sublinhadas as dimensões de trabalho, riqueza humana e ca-ridade do Pe. Serra, a par de uma sensibilidade cultural e técnica para a educação de crianças e jovens, a partir do carisma da sua congregação, os salesianos. Isso significou não só acolher e alimentar, como sobretudo educar, crianças em risco, ten-do chegado a ter quatro casas distintas, com 200 internos no total. E, noutro passo, a afirma-ção de que o Padre Serra foi “um homem à frente do seu tempo, exemplo de liderança servido-ra”, com todos os motivos para se sentir um homem feliz, que ainda hoje recebe muitas feli-citações de antigos utentes da Obra no “dia do Pai”!

A Associação Portuguesa de Canonistas organiza, no próximo mês de se-

tembro, o XII Encontro Nacional para Juristas.

O programa do Encontro, que decorrerá entre os dias 2 e 5 de setembro, na Casa de Nossa Se-nhora do Carmo, no Santuário de Fátima, abarca um conjunto de temas atuais que vão desde

a reflexão sobre a ideologia do género e as suas possíveis con-sequências na reflexão cristã e jurídica até outros aspetos mais estritamente jurídicos, como o Acordo entre a Santa Sé e a Re-pública Popular de Angola.

Para ajudar a reflexão estarão presentes D. António Couto, Bis-po de Lamego; Pe. Doutor Frei Adão Maximinao; Doutora Mar-

garida Neto; Dr.ª Isilda Pegado; Doutor Pedro Vaz Patto; Pe. Dou-tor Juan Ignacio Bañares (Uni-versidade de Navarra).

As inscrições devem ser enviadas para: Pe. Dr. Daniel Jorge da Silva Rodrigues. Email: [email protected] Telefone: 258 732 670Telemóvel: 96 036 4332

ENCONTRO NACIONAL PARA JURISTAS

Ideologia de género no centro da reflexão dos canonistas portugueses

HOMENAGEM AO PADRE FRANCISCO SERRA

“Exemplo de liderança servidora”

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30 DE JULHO DE 2020

AMO A IGREJA, LEIO O SEU JORNAL98 anos de presença semanal de informação, formação e reflexão crítica - um contributo inestimável para a edificação da Igreja de Coimbra.Procure o Correio de Coimbra na sua paróquia, ou faça-se assinante.

Miguel Torga e Pe. Valentim

na Gorongosa (Moçambique)