Raio-x aoIVA T€¦ · as dúvidas sobre as mexidas no IVA, que entram em vigor no primeiro dia de...
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Raio-xTA T .
aoIVA
leite achocolatado vai pagar mais IVA?
Não! E o atum em lata? Também não.
De certeza? Absoluta! E as batatas
fritas congeladas? Essas sim vão ficar
mais caras por causa do Imposto sobre
o Valor Acrescentado.
Por esta pequena amostra já deve
estar a pensar que anda com umas
ideias erradas sobre que produtosvão pagar mais IVA. Se se revê neste diálogo de equívocos vai
ter que ler este texto até ao fim. Este mês vamos tirar-lhe todas
as dúvidas sobre as mexidas no IVA, que entram em vigor no
primeiro dia de 2012.
Ao contrário do que chegou a acontecer em anteriores alterações
ao imposto que está incluído no preço de todos os produtos que
compramos, desta vez não conte com os super e hipermercados
para absorverem o aumento do IVA. Já lá vai o tempo em que ao
anúncio das taxas de IVA se seguiam declarações de responsáveisde cadeias de distribuição a prometerem não refletir essa subida
no preço do cabaz familiar.
Desta vez, o Governo não decidiu aumentar as taxas em vigor,
estas vão continuar a ser de seis, 13 e 23%, percentagens que en-
traram em vigor no início do ano. A partir de janeiro vai é haver
diversas alterações nos produtos que pertencem a cada escalão. Na
verdade, o objetivo é o mesmo: aumentar as receitas que o Estado
arrecada com o IVA. Com uma vantagem: se souber que produtos
vão pagar mais imposto e substituí-los por alternativas mais em
conta. Pelo menos, nos casos em que a mudança compensar.Pela lista de artigos que vão ter uma taxa de IVA mais elevada
é possível concluir que os alimentos com tratamento prévio são
os mais afetados. Tudo o que seja comida pré-cozinhada ou con-
gelada passa a pagar 23%, mais dez pontos percentuais do queatualmente. O mesmo acontece com os legumes e as frutas em
conserva. Quase que nem será preciso sugerir que passe a comprar
legumes e frutas frescos. Mas tenha atenção às quantidades. Afinal,
os produtos frescos estragam-se mais facilmente.
Quanto à comida congelada, ou até mesmo em relação àquele
pronto-a-comer onde gosta de comprar o jantar de sexta-feira,
procurar alternativas mais em conta pode não ser fácil. Para co-
zinhar o mesmo prato gastará mais energia c tempo, o que podetransformar uma aparente boa solução num problema.
O mesmo não se pode dizer das alternativas à água engarrafada
ou às bebidas lácteas. No primeiro caso, o ideal é passar a beber
água da torneira - esta é também a melhor e mais saudável solução
para substituir os refrigerantes. Por quase todo o país, a qualidadeé garantida e o preço muito mais em conta. Além de que não vai
ter IVA mais caro. Com as bebidas lácteas - atenção que muitas
delas têm aparência de leite, mas não o são -, a solução é voltar ao
básico: leite. Até pode ser leite achocolatado, porque ao contrário
do que chegou a ser noticiado a bebida preferida dos seus filhos
vai continuar a pagar seis por cento de imposto.A lista de produtos de supermercado com alterações a nível
do IVA é grande. Para poder fintar o aumento do imposto não há
como levar uma cábula quando for às compras. Mas não se esqueça
que as mudanças também afetam outros produtos.Os bilhetes de cinema e teatro ou as entradas para eventos
desportivos vão aumentar 17%, uma vez que a taxa de IVA dos
espetáculos e eventos desportivos passa de seis para 23%. Se não
Consumo
mudar de hábitos, quando quiser ir com os miúdos ao cinema vai
sentir uma grande diferença na conta. Mas também neste caso
pode haver alternativas. Em vez de cortar com as idas ao cinema,
procure horários com bilhetes mais baratos ou opte por salas onde
há cartões de espectador.
As idas ao restaurante também prometem ficar mais caras.
A não ser que passe a comer sempre em casa. Ou que escolha
restaurantes mais em conta. É preciso é encontrar formas de dar
a volta às subidas do IVA, sem mudar radicalmente o estilo de
vida da sua família.
IVAVários produtos que até ao final do ano pagam taxas de IVA
reduzidas, de seis ou 13%, vão passar a pagar 13% ou 23% de
Imposto sobre o Valor Acrescentado. À partida, esta alteraçãodeverá implicar uma subida do preço que costuma pagar por estes
produtos. Os bens que passam de 6% para 13% de IVA, caso das
águas engarrafadas, deverão ter um aumento de 7%, enquantoos que passam da taxa mínima para 13% podem subir 17%. Será
este o caso das bebidas lácteas ou dos refrigerantes. Os restantes,
como os produtos alimentares congelados ou as compotas de
fruta para bebé, registarão uma subida de 10%. Conheça a lista
completa das alterações.
De 6% para 13%
Todas as águas engarrafadas, com ou sem gás.
De 6% para 23%
Bebidas e sobremesas lácteas.
logurtes de soja.
É preciso encontrar formas de
dar a volta às subidas do IVA, semmudar radicalmente o estilo de
vida da família, como procurarrestaurantes mais baratos.
Nem só de IVA se faz o aumento de impostosInfelizmente, não é só o IVAde alguns produtos que vaiaumentar a partir de janeiro.Também o Imposto Municipalsobre Imóveis e a tributaçãoautomóvel vão ser agravados.Nestes casos, não haverá volta a
dar. O mesmo não se pode dizer
em relação à subida do impostosobre o tabaco. Basta deixar de
fumar para evitar este aumentoe ainda conseguir poupar,
IMI: Os impostos sobre o pa-trimónio vão aumentar. NoImposto Municipal sobre Imó-veis (IMI), as taxas, em vigorem 2012 para o IMI a pagar em201 3, sobem 0,1 pontos percen-tuais cm todos os escalões. Por
outro lado, nas casas adquiridasa partir de janeiro, as isenções
passam a ter um limite máximo
de três anos, só podendo benefi-
ciar as casa com valor tributárioabaixo de 125 mil euros, se o
rendimento anual da família não
exceder 153,3 mil euros.
Como é agora
Isenções: imóveis com um va-lor fiscal máximo de 236,5 mileuros podem beneficiar de isen-
ções entre seis e oito anos.
Taxas: imóveis que nao saoreavaliados desde 2004 pagamde IMI um valor resultante da
aplicação de uma taxa de entre
0,4% e 0,7% sobre o valor fiscal
da casa; para os imóveis ava-liados depois de 2004 as taxasvariam entre 0,2% e 0,4%.
Como será a partir de janeiro
Isenções: para as casas adquiri-das até final de 2011, mantêm-se as isenções atualmente em
vigor (seis a oito anos). As casas
adquiridas a partir de janeirosó podem ficar isentas de IMIpor um máximo de três anos e
apenas se o seu valor tributárionão exceder os 125 mil euros.Além disso, para beneficiar da
isenção, o agregado familiar não
pode ter um rendimento anual
superior a 153,3 mil euros.
Taxas: Os imóveis avaliados até
ao final de 2003 passam a estar
sujeitos a uma taxa de IMI de
entre 0,5% e 0,8%; casas ava-liadas depois de 2004 pagarãoentre 0,3% e 0,5% sobre o valorfiscal.
Avaliações: nos próximos me-
ses, o Fisco vai enviar aos pro-prietários de casas que não são
avaliadas desde 2004, cartas ou
emails com novas avaliações. Se
estiver nesta situação, terá 30
dias para solicitar nova avalia-
ção. Se o resultado for igual ou
superior ao do primeiro valor,
o proprietário terá de pagaros custos deste processo, quenão deverá ser inferior a 200euros.