Rasea na revista Tema

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O QUÊ? O Rasea é um sistema de controle de acesso, mas não um qualquer. Seu nome é um acrônimo para cRoss- plAtform accesS control for Enterprise Applications, o que já nos revela bastante coisa: uma solução de con- trole de acesso multiplataforma para aplicações corpo- rativas. Seu grande diferencial é a simplicidade, alcançada através de experiências adquiridas em pesqui- sas, implementações e uso. Buscando equalizar teoria e prática, o projeto foi aprovado como dissertação de mestrado em 2009 e bem aceito pelas empresas privadas e órgãos públicos que utilizam o Rasea em ambiente de produção. O Ra- sea esteve entre os três trabalhos premiados no tema Engenharia de Software do ConSerpro 2010, congresso que estimula pesquisa, criatividade e inovação tecnoló- gica. Resumidamente, o Rasea é uma solução orientada a serviços que permite o controle unificado de permissões com base no padrão RBAC, utilizando conceitos e tec- nologias existentes para garantir a interoperabilidade em ambientes heterogêneos. Ainda não entendeu? Vamos adiante, tudo ficará mais claro a partir daqui. PARA QUÊ? Durante o dia-a-dia no trabalho acessamos diversos sistemas diferentes: correio, rede, controle de ponto, chamado técnico, contra-cheque, dados cadastrais e por aí vai. Quando precisa modificar suas senhas de acesso, o que você faz? É obrigado a alterá-las em cada sistema, seguindo diferentes regras: tamanho, combinação de le- tras e números, expiração, dentre outras. Só que o pro- blema não acaba por aí. JAN/FEV 2011| |5

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Artigo sobre o Rasea (http://rasea.org) na sessão técnica da revista Tema, a Tematec.

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O QUÊ?

O Rasea é um sistema de controle de acesso, mas

não um qualquer. Seu nome é um acrônimo para cRoss-

plAtform accesS control for Enterprise Applications, o

que já nos revela bastante coisa: uma solução de con-

trole de acesso multiplataforma para aplicações corpo-

rativas. Seu grande diferencial é a simplicidade,

alcançada através de experiências adquiridas em pesqui-

sas, implementações e uso.

Buscando equalizar teoria e prática, o projeto foi

aprovado como dissertação de mestrado em 2009 e

bem aceito pelas empresas privadas e órgãos públicos

que utilizam o Rasea em ambiente de produção. O Ra-

sea esteve entre os três trabalhos premiados no tema

Engenharia de Software do ConSerpro 2010, congresso

que estimula pesquisa, criatividade e inovação tecnoló-

gica.

Resumidamente, o Rasea é uma solução orientada a

serviços que permite o controle unificado de permissões

com base no padrão RBAC, utilizando conceitos e tec-

nologias existentes para garantir a interoperabilidade em

ambientes heterogêneos. Ainda não entendeu? Vamos

adiante, tudo ficará mais claro a partir daqui.

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PARA QUÊ?

Durante o dia-a-dia no trabalho acessamos diversos

sistemas diferentes: correio, rede, controle de ponto,

chamado técnico, contra-cheque, dados cadastrais e por

aí vai. Quando precisa modificar suas senhas de acesso,

o que você faz? É obrigado a alterá-las em cada sistema,

seguindo diferentes regras: tamanho, combinação de le-

tras e números, expiração, dentre outras. Só que o pro-

blema não acaba por aí.

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públicos. Pode ser utilizado por profissionais autônomos

e por qualquer organização que pretende facilitar o ge-

renciamento do controle de acesso de suas aplicações.

O Serpro pode ser altamente beneficiado, minimi-

zando eventuais esforços redundantes gastos no geren-

ciamento de diferentes módulos de controle de acesso,

criados por necessidades diversas: tecnologia, área de

negócio, unidade organizacional ou polo de desenvolvi-

mento. O Rasea também poderia fazer parte da linha de

negócios de empresa prestadoras de serviços de infor-

mática, com potencial de customização para atender as

diferentes políticas de gerenciamento de permissões

praticadas nos clientes.

COMO?

Antes de mais nada, é preciso deixar claro alguns ter-

mos importantes. Um deles é autenticação, que identifi-

ca alguém no sistema e garante que ele é de fato quem

diz ser. Já a autorização define quem pode fazer o que.

A função do controle de acesso é permitir ou negar o

acesso aos recursos do sistema.

O Rasea não reinventa a roda. Utilizamos o padrão

RBAC (ANSI INCITS 359-2004), que significa Role Based

Access Control ou controle de acesso baseado em pa-

péis. Com o RBAC é possível conceder permissões ao

papel, e não diretamente ao usuário. Veja: os funcioná-

rios (usuários) do setor financeiro (papel) possuem auto-

rização para emitir (ação) nota fiscal (recurso). Agora,

mãos à obra!

A arquitetura do Rasea se fundamenta em dois ele-

mentos principais tratados sob duas perspectivas. O ser-

vidor preocupa-se com a disponibilidade dos serviços, o

agente aborda aspectos específicos das plataformas das

aplicações. As perspectivas independência de platafor-

ma e integração promovem a comunicação entre o Ra-

sea e as informações da organização, tudo de uma

forma independente de tecnologia ou linguagem de

programação.

Você está dentro do sistema! Agora é necessário ga-

rantir que você terá acesso apenas às funcionalidades

compatíveis com seu cargo, função ou papel que de-

sempenha. Na maioria das vezes, cada aplicação cria

seu próprio módulo de gerenciamento de permissões,

gerando retrabalho, falta de padronização e desperdício

de tempo. Os analistas e programadores não deveriam

se preocupar apenas com o negócio? Não seria mais

apropriado delegar para “alguém” as questões relacio-

nadas ao controle de acesso?

O Rasea vai auxiliar em três pontos-chave. O primei-

ro é contribuir para a unificação da base de usuários. O

segundo é proporcionar o reuso e a padronização do

mecanismo de controle de acesso das aplicações. O ter-

ceiro quem agradece são os administradores de segu-

rança, que serão beneficados com a simplificação no

gerenciamento de permissões.

ONDE?

Atualmente o Rasea é utilizado na linha de produção

de uma Fábrica de Software como componente reusá-

vel, aumentando a produtividade no desenvolvimento

de aplicações. É utilizado também para controlar o aces-

so aos sistemas internos de algumas empresas e órgãos

TEMATEC

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O servidor disponibiliza um módulo administrativo,

para o gerenciamento das permissões dos sistemas, e

um módulo de serviços acessíveis pelos agentes (compo-

nentes conectáveis às aplicações corporativas). Fornece

também um módulo de extensão, possibilitando a busca

de informações dos usuários onde mais você quiser

(XML, arquivo de texto, outros sistemas), e não somente

nos meios já providos nativamente pelo Rasea (LDAP ou

SGBD).

Todas as tentativas de acesso às aplicações são inter-

ceptadas pelos agentes, que buscam as instruções de co-

mo responder àquela solicitação: permitir ou negar? Só o

servidor saberá responder, mas só o agente poderá atuar.

O agente tem a grande responsabilidade de se especializar

na tecnologia da aplicação. Por exemplo, uma aplicação

Java necessita de um agente Java.

O módulo administrativo roda na Web, é simples e intuitivo. Com ele é possível ge-

renciar usuários, aplicações, recursos, ações, permissões e autorizações. Destaque para

a matriz de concessão de autorizações, resultado das sugestões de diversos administra-

dores durante o desenvolvimento e evolução do projeto.

QUANDO?

Já! A versão atual do Rasea está pronta para uso em aplicações Java que utilizem o

framework JBoss Seam, pois este é hoje o único agente disponível. Temos notícias de

um agente criado para uso em aplicações PHP. Está em andamento a criação de um

agente para o Demoiselle, que logo permitirá a integração do Rasea com qualquer apli-

cação que utiliza o framework.

Num futuro muito breve, sistemas unificados de controle de acesso poderão ser

oferecidos como serviços em nuvem. Pode-se imaginar um cenário onde, em poucos

minutos, o cliente teria à sua disposição uma instância confiável e segura do Rasea com

o Demoiselle, permitindo o imediato controle de acesso das suas aplicações. Pensar em

Cloud Computing amplia as possibilidades e favorece a incorporação de tecnologias

como REST e NoSQL, podendo aumentar ainda mais a escalabilidade e perfomance da

solução atual.

QUANTO?

Nada, zero! Não há custo com licenciamento. Acreditamos, praticamos e disseminamos

a cultura do software livre, por isso o Rasea está disponível no SourceForge, o maior reposi-

tório de projetos open source do mundo, sob a licença LGPLv3.

Existe sim um investimento de tempo em aprendizado, capacitação. Temos buscado dis-

ponibilizar informações úteis para isso, mas sempre existe espaço para melhorar. Toda con-

tribuição é muito bem-vinda.

E?

A falta de padrão para controle de acesso não é

nenhuma novidade, sabemos disso. Grande parte

das organizações sofre deste problema, nem todas

conseguem resolver. Algumas gastam muito dinheiro

para isso.

A idéia e a implementação do Rasea são basea-

dos em simplicidade, facilidade de instalação e uso,

padrões e interoperabilidade. Para saber mais infor-

mações indicamos aqui algumas referencias. Bom

proveito!

Site do projeto: http://www.rasea.org

SourceForge: http://sourceforge.net/projects/rasea/

Twitter: http://twitter.rasea.org

Vídeo com os primeiros passos: http://www.you-

tube.com/watch?v=DV53pW14kso

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CLEVERSON SACRAMENTO

(ou ZyC) é desenvolvedor, arquiteto, administrador e

fundador do projeto Rasea. Mestre em Sistemas e

Computação e MBA em Sistemas de Informação,

trabalha no Serpro (CETEC/Salvador) na equipe

Demoiselle e é entusiasta da versão 2.0. Gosta de

pedalar, correr, fazer um som, escrever bobagens e

coisas sérias no blog

http://cleversonsacramento.wordpress.com.

SERGE REHEM

é analista do Serpro e atualmente lidera a excelente

equipe técnica do Framework Demoiselle, na

projeção da Coordenação Estratégica de Tecnologia

(CETEC) - regional Salvador. É entusiasta e praticante

do software livre e das metodologias ágeis de

desenvolvimento. Escreve sobre colaboração em seu

blog http://bazedral.blogspot.com.

VOCÊ

Isso mesmo! Você que se identificou com o projeto e

está com vontade de usar e contribuir com sugestões,

críticas, ideias ou até mesmo fazendo parte da equipe

de desenvolvedores. De “brinde”, você aprende muito

participando de projetos Open Source.

Todo mundo ganha!

QUEM?

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