Razão
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Nomes: Andrey, Rodrigo e ViníciusNomes: Andrey, Rodrigo e ViníciusDisciplina: SociologiaDisciplina: Sociologia
Professor: Rodrigo BelinasoProfessor: Rodrigo BelinasoData:06/05/2013Data:06/05/2013
Eu Robô - RazõesEu Robô - Razões
ResumoNeste conto Powell e
Donovan encontran-se na Estação Solar n' 5 e
procuram resolver um suposto problema de
crenças de um novo robô (QT-1),o qual foi criado
com intúito de substituir os humanos nas Estações Solares, então deveria
funcionar perfeitamente.
Trechos e Citações“Parece-me improvável que vocês tenham feito a mim!
O homem riu repentinamente.
– Bolas! Por que motivo?
– Pode chamar de intuição. É tudo, pelo menos até o momento.
Todavia, pretendo raciocinar e resolver o problema. Uma cadeia
de raciocínio válido só pode levar ao estabelecimento da verdade
e insistirei até chegar a ela.”
“Powell ergueu-se da cadeira e sentou-se na beira da mesa, perto
do robô. Subitamente, sentia simpatia por aquela estranha
máquina. Não era absolutamente igual a um robô comum, que se
entregasse à sua tarefa especializada
na Estação Solar com a intensidade provocada por um circuito
positrônico profundamente imbuído.”
“A velha e boa Terra. Lá existem três bilhões de seres humanos como nós, Cutie.
E dentro de duas semanas, mais ou menos, lá estaremos de volta.
Então, de modo bastante surpreendente, Cutie começou a zumbir distraìdamente. Não era propriamente uma melodia, mas um som curioso, como de cordas tangidas.
Cessou tão bruscamente quanto havia começado.– Mas de onde venho eu, Powell? Você não explicou a minha
existência.”
“– Espera que eu acredite numa hipótese tão complicada e
implausível como a que acaba de expor? – indagou Cutie
vagarosamente. – O que pensa que eu sou?”
“[...] – Ele é um céptico – foi a amarga resposta. – Não acredita que
nós o fabricamos; não acredita na existência da Terra, do espaço e
das estrelas.
– Com os diabos! Temos de lidar com um robô lunático!
– Ele diz que raciocinará e descobrirá sozinho a resposta.
– Bem – disse Donovan, suavemente. – Nesse caso, espero que
tenha a condescendência de explicar-me tudo, depois de
raciocinar bastante.”
“Comecei pela única suposição que me
senti autorizado a fazer: existo porque penso, logo...[...]
Cutie continuou, imperturbável: – E a questão que logo surgiu foi:
qual é a causa da minha existência?”
“Sou feito de metal forte e resistente, permaneço
continuamente consciente e posso suportar com facilidade
extremas alterações de ambiente. Estes são os fatos que, apoiados
pela óbvia proposição de que nenhum ser é capaz de criar outro
ser superior a si próprio, arrasam totalmente a sua tola hipótese.”
“– Muito bem, “seu” filho de um pedaço de minério de ferro, se
não fomos nós que o fabricamos, quem o fez?!
Cutie meneou a cabeça com ar grave.
– Muito bem, Donovan. Essa era exatamente a questão seguinte.
Evidentemente, meu criador tem de ser mais poderoso que eu;
portanto, só existe uma única possibilidade.”
“– Estou falando no Mestre – foi a resposta áspera e fria”
“– Em primeiro lugar, o Mestre criou os seres humanos, como o
tipo mais primitivo e mais fácil de fazer.
Gradativamente, substituiu-os por robôs, que foi o
passo seguinte. Finalmente, criou a mim, para tomar o lugar
dos últimos seres humanos. De agora em diante, eu sirvo
ao Mestre.”
“Donovan empurrou com força o robô mais próximo.
– Levante-se! – berrou.
Vagarosamente, o robô obedeceu. Seus olhos fotolétricos fitaram
o homem com ar de reprovação.
– O único senhor é o Mestre e QT-1 é o seu único profeta –
declarou ele.”
“Os robôs precisam obedecer-nos. É a
Segunda Lei.”
“– Ouça, Cutie. Não podemos permitir isto. Somos os patrões!
Esta Estação foi criada por seres humanos como nós; seres
humanos que vivem na Terra e em outros planetas. A Estação éapenas um posto distribuidor de energia. E você é apenas um...”
“– Bolas! – exclamou Donovan, rindo de repente. – Por que
argumentar? Vamos dar-lhe uma lição! Vamos construir um robô diante de seus olhos. Então, ele será obrigado a engolir tudo o
que disse.”
“– Bem – disse Powell, sorrindo. – Agora, acredita que nós o
fizemos?
A resposta de Cutie foi lacônica e definitiva: – Não! – declarou
ele.
O sorriso de Powell petrificou-se e logo desapareceu totalmente.
O queixo de Donovan caiu.
– Vejam – prosseguiu Cutie, com naturalidade. – Vocês se
limitaram a montar peças pré-fabricadas. Trabalharamnotavelmente bem, por instinto, creio, mas não criaram realmente
um robô. “
“Powell soltou um grunhido e passou mecânicarnente de uma
folha para outra, até que seus olhos se focalizaram numa fina
linha vermelha que traçava uma trajetória irregular no papel
milimetrado.
Olhou com atenção e esbugalhou os olhos. Agarrou o papel com
força, com ambas as mãos, e se ergueu da poltrona, com os olhos
ainda muito abertos.
– Mike! Mike! – gritou, sacudindo violentamente o companheiro.
– Ele manteve o raio firme!”
“Donovan murmurou, quando ele saiu: – Bem,
macacos me mordam!Virou-se para Powell, indagando: – Que faremos, agora?
Powell sentia-se cansado, mas animado.
– Nada. Ele acaba de mostrar que é capaz de administrar
perfeitamente a Estação. Nunca vi uma tempestade de elétrons
tão bem controlada.”
“Ouça, Mike: ele segue as instruções do Mestre por meio de
mostradores, instrumentos e gráficos. É exatamente o que nós
sempre fizemos. Na realidade, o fato explica por que motivo ele
se recusou a obedecer-nos. Obediência é a Segunda Lei. A
primeira refere-se a não causar mal aos seres humanos. Como
pode ele evitar que osseres humanos sofram algo, quer esteja ou
não consciente disso? Ora, mantendo o raio de energia em foco
estável.”
“Como podemos confiar-lhe a Estação Solar, se ele não acredita
na existência da Terra?
– Ele é capaz de controlar a Estação?
– É. Mas...
– Então, que diferença faz a sua crença?”