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    Cad. Htra, Uberlda, 2 (): 13-17 janero 99

    A INFLUNCA DOS MEOS DE COMUNCAO D MASSAEM SALA DE AULA

    Ange/a M r Alves*Gisvane Gueds Antes

    Quando nos preocupamos com a relao profssor-aluno em salae aula, enquanto uma relao permeada pela cultura de ambos e pela cultua em gera, representada especiamente pelos conecimentos e informaes transmtidas pelos meios de comunicao de massa, preocupamonostambm em retirar essas ifrmaes o que de meor elas possuem, derma a preparar o aluno para poder relacionarse com o que delas avm(consumsmo, avalias ieolgicas, etc) e rma mas crtica, possibilitandoles apeioamento e crescimento.

    essenci paa isto tenta entender a maneira de se relaciona dosgrupos humaos e procurar compreender os caminos que conduziram estesgrupos s suas relaes presentes e suas perspecvas do futuro Ento, se acultura, os valores, as normas, os smbolos, ou seja, tuo o que est relacionado com a vida do omem temse que levar em considerao a granein1ncia dos meios de comunicao de massa, na vida do omem contemporaneo, acabamos por encontrar a noo de cultura diviida em cultura emassa e cultua popular

    A cultura de massa no valoriza o saber do inivduo, como se esteno tivesse razes; pensa os eventos como algo superado, programado sema participao da populao em sua elaborao la visa a omogeneizaoe a massiicao no considerado a especificidade de cada gpo Almsso, o que passado aavs dos meios de comunicao de massa e quefa pare deste "tipo de cultua a noo de que tudo ocorre distncia,aleio vontade e ao dos omens, colocando o indivduo como um seralienado, incapaz e fazer algo para mudar

    A fmlia, a escola e a igrea que fram urante muito tempo as

    vas tansmissoras da cultua ocialmente falando, atualmente esto sendosubstitudas pela indstia cultural, que so os meios de comunicao demassa, ou sea, o rio, a imprensa, a televiso, o cinema, etc estesmeios exercem enorme inuncia na vida das pessoas, ciando comportamentos, como bitos de consumo, valores morais, padres estticos, prprios os grandes centros urbanos e de acoro com a ideologiaburguesa,objeivando que as onas-decasa usem o mesmo detergente, os ovensusem o mesmo tipo de cala, ouama mesma msica, beb o mesmo reigerante

    Ao prossor que desaa a si mesmo procurando enconar meiose recupera a cutura popula que o seu aluno maista, ou para aqueleprossor que procura intoduzir o elemento crtico no que o seu aluno ab

    * Profssor d hisia dos gus d endia

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    sorve dos meios de comucao de massa, a que se desina este abao.Ele prra dar uma colaborao em termos de sugestes de como ldarcom os meios de comuncao de massa em sala de aua, uilzando-os parao aperioamento individual e coevo das turmas.

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    V rias vezes em sala de aula, ao disutrmos um ou outro item doprograma ou mesmo uando explanamos agum contedo, encontramos manestaes e comentrios por pre dos aunos ue reveam rte inunciados meios de comunicao de massa. Se muitas vezes o que colocadolos alunos nciona apenas como "iusrao devido ao tempo escassoou mesmo indisposio de sair do ugar comum, em ouos momentos,

    a nuncia dos meios de comunicao de massa toa-se objeto de reexs prondas Ms, como zer dessas maniesas insrumentos de reexs e crtca, se o modo ou o mtodo para rabahar denro da saa deaula ulizando a comunicao de massa aparece-nos eqentemente cooemcho?

    Uma vez que no h receitas bvias para se ldar com inrmaesvariadas e supreendentes ue nos so sempre colocadas, necessio antesde mais nada tr cratvidade; manter em uncionamento permanente a capacidade crica ente aos mecansmos produtores de normas no ser

    apstolo da rigidez dos programas, ou seja, toar-se exvel de acordocom as crcunstcias surgidas em saa de aula, e manter-se bem-inormado, sendo possvel assim fzer uma reao dos tpicos do programa com 0que passado peos meios de comunicao

    Se h go ue desaia a capacidade do prossor ue acredita noprocesso ensnoaprendizagem como uma vida de mo-dupla para o aperioamento tanto do auno quano do proessor, esse dsao se traduz namaneira adequada de pesr os prs e os contras das inuncias dos meiosde comunicao de mssa, inoduzndo sua crcassoa e esimulando 0

    auno a produzr a sua prpra cica preciso portanto acreditar no alunoenquanto gum capaz de produz e no anas de repruz.Se hoe o auno sabe (ou deveria saber) que s redes de rdio, T,jos, disribuidoras e produtoras de vdeos e lmes etc so popriedadespartcuares, que muitas vezes obedecem oientao da dreo adis

    ava uanto veicuao de inormao (ue pode pereitamente ser manpuada ou tendenciosa), preciso saber ambm ue la poe ou no ex;presr o rea ou a, o corte do ue a empresa consdera npotnte. precso ue o uno saiba ue es inormaes podem tr duas es, ou mes

    mo serem mufacetadas. preciso que ele estaea pra s1 qual noao acreditve e ual a nomaoAdesconve, _ndo com Pareos ouas inormas, tenndo obte-as avs de ivos, JOnas, ocando idias com vs ssoas, tendo vercar uem est masquacado pra discorrer sob o assunto, vecando e es endo arsentao s um nto de visa, saendo dstg en 1Ipresss suJevas e vaor objeivo drant as dscusss. ue impo tnr mu4

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    sado, o dia-adia.A tma concuiu que a uta da popuao brasieira constante,

    tanto na cabanagem como nos quebra-quebra de nibus, como tambm emmovimentos mais eitizados como a Farrouplha e as manestaes daUDR, atravs dos podutores

    oi apresentada no na da unidade, uma redao peos aunos emque o objetivo proposto, o de anaisar os movimentos sociais passados presentes, i acanado com bastante xito.

    Assim como as experincias descritas acima, muitas outras podeser criadas, agiizadas e apicadas preciso eva em conta as condiesmateiais da escoa em que se atua, mas preciso tambm que o prossoreste as esciicidades do espao a ser tabalado e que estea preparadpara conviver com outras maniestaes cutuais Em todas as experinciao possor idar com a uncia dos meios de comuncao de assa, hoje em dia seria ingenuidade tentr ug de t infuncia. Pode-se, po

    rm, utiiar os quados de joais, teeviso, as repotagens, as msicaspra com ees intoduzir o eemento crico. Se os meios de comuncao dmassa so naturamente "aienantes podem ser tambm um veuo pode

    roso de transrmao, se bem utiado. Seria iuso imagina que todos os

    aunos podem e querem retrar de suas experincias com os meios de comunicao aguma crca, mas tabalha utiizando estes meios pode resuta, muitas vezes, m supresas inespeadas. ecebemos que os alunos tsus rstris ao que passado peos meios de comunicao quando, poexempo, hes damos a opotunidade de eabora, reescrever e reaprsentaum quaro da teeviso, trechos de um me ou uma notcia quaquer. oauno capta o tique do ator, o manejo da faa, e utiiza a opotunidade quhe dada para ar do que ocoe sua vota, especiamente do que nhe sais, e que normamente ee fria de oua manea.

    H sempre questes a serem frmuadas e h contuamente uprocesso de interao prossorauno a ser estabeecido e conservado. Pans esse processo no se desenvove baseado no monogo do prossor,mas no diogo professor-auno, auno-prossor ndamenta que o auno perceba o prossor como agum que tambm se preocupa em aprender,e que, C_mo um prossiona, no necessiamente dono de todas as resposas. preciso que o auno erceba que, se h muito conecimento por aponto e acabado, ainda h muito a se faer, e que ee parte integrantee pensante deste processo do conhecimento, tendo, portato, responsabiidadenestaconsruo.

    omo na atua conjuntua no podemos ug da infuncia dosmeios de comunicao de massa, podemos promover discusses e comparaes, para fciit o entendimento do auno, pois, no podemos controa aquaidade das programaes das emissoras, os atigos da imprensa, mas podemos tentar mosta que compete a cada um de ns a atitude de escoher,uando e quanto devemos assistir teeviso, o que vamos er e ouvir. Por

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    cao e com isto, sado do adicional, fecer aos aunos novos ele-mentos para a aprendizagem e taez uma melho pticipao na socieda-de.

    BIBLIOGRFIA

    BOSI, Ecla. Culturad Mass e Culura Popur,Petplis, Vozes

    1986.

    CHAU Maiena. Conforimo e Resistnc. So Pauo, Brasilense,

    1987.

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    ACONSTRUODOP_ASSADOEONACIONALISMONA

    HISTORIADOBRASIL

    NewtonDngelo*

    . As refexesapresentdasneste tabalhorarmuladasa partdopro3etode pesquisaque venhodesenvolvendo: "AEducao e oRdionoEstdo Novo (1937/1945)". Abusca de informaesedocumentos tem-me proporcionado interessantes descoberas, sendo que olvrode Robeto

    aceo, , Htr do Basil em Cino Lies, ediado em 1943, i umaasprmerasfntesque chegousnhasmos.

    Procurrei esabelecer um dilogo crico com est obra e ao mes-m? tmpo recuperar o contexto hstrco em que i produzida, revelandopcipalmente o seu contedo nacionalist e a fra de construo daHistriadoBrasil detectadanassuas CncoLis"

    O livo fi gravado em disco peloautor, aconvite de Edgard Ro-

    uette Pto, nteltual braslero reconhecido pelos sus projetos_dgidseducaao, especalmente na rma do cinema educativo e na radodiusao

    colar.

    8. A par de toda a viso que Roberto Macedo descotna sobre a

    isa do Brasil, no se pode isola suas interpreaes de todo umcontextomarcado pelo discursomodernzante e pelas niciativas racionai-zans doEstadoGetulistasobre asociedade naquele momento histrico. 2_sent_do donovo, incooradoereproduzidopor muitos intelectuais da po-c, ligava-se ao idea da marcha nacionalrumo ao desenvolvmentoharmmcodasociedade. Ao EstadoNovocabera opapelde locomoivadopro-cesso, baseando-se numaracionaldade sustenada pelacincia pelatcnicaepeloprogresso

    Com ogolpque nstaurou o EsadoNovo, em 1937, mais_do'ue

    nuncaamema ofcial consrudaatravs de instumentosde doaao,

    batizavaanovarealidad comoOtrundaRe

    volu

    de

    30,ansfrmadaem revoluo acabada a partir do Estado Novo. . A legitmaodevasprtcasexercidas por orga?esdaso-

    ciedade e instituies doEsadosustentava-se na consuaode magensesmbolos nacionais, nas propagandas do Estado pelordio ejoais, noconole sobre asorganizassindicais e tambm no conrole exercido sobre a educao escolar atravs docivismo e dos livrosdrgdossrian-as

    * Pofssordehsta, de5 8sedo 1GaudaEcoladeEducaoBicUn . ddFederaldeUbeldia.vem a

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