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REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA Elaboração e Organização Andréia Medinilha Pancher CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA

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REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA

Elaboração e Organização Andréia Medinilha Pancher

CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA

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Séculos XV, XVI, XVII – cartógrafos representavam os objetos do seu meio ambiente de forma natural Séculos XVII e XVIII – Topografia Científica (Cassini) Convenções Cartográficas – símbolos que representam os vários acidentes do terreno, de forma proporcional à sua relevância, especialmente no que se refere às aplicações da carta Símbolo: indispensável em qualquer tipo de representação cartográfica e sua variedade e quantidade estão relacionados à escala. Em escalas grandes, a simbologia é mínima e simples, já em escalas pequenas aumentam os símbolos. Um dos objetivos do mapa é representar informações tridimensionais (x,y,z) em duas dimensões, no plano (x,y), com informações da altitude de objetos (z ou h) expressas por linhas e/ou pontos. Todos os símbolos e cores convencionais são de duas ordens: planimétricos e altimétricos.

Histórico

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Carta Topográfica Representação plana, ortogonal, em escala de uma porção da superfície terrestre, elaboradas por meio de levantamento original ou compilação cartográfica que abrange informações planimétricas e altimétricas dos aspectos geográficos naturais.

Plana = duas dimensões Ortogonal = a posição de qualquer ponto definida por coordenadas cartesianas Em escala = grau de redução homogêneo Levantamento original = restituição aerofotogramétrica e controle de campo Compilação cartográfica = redução de cartas pré-existentes em escalas maiores Planimetria = hidrografia, vegetação, cidades, obras de engenharia (redes viárias e de comunicações), uso da terra e toponímia Altimetria = relevo (curvas de nível, pontos cotados e relevo sombreado)

Escala das cartas topográficas: Escalas grandes e médias (1:25.000, 1:50.000, 1:100.000 e 1:250.000)

precisão vincula-se ao Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) - Normas Técnicas da Cartografia Nacional

Constituem a Cartografia Oficial do Brasil Diretoria do Serviço Geográfico do Ministério do Exército (DSG) e IBGE

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Ler a carta – conhecer o significado das convenções (símbolos e cores) utilizadas na representação cartográfica. Visualizar e reconhecer os diversos elementos planimétricos e altimétricos para construir uma imagem mental do território Interpretar a carta – perceber a terceira dimensão do relevo e os vários arranjos territoriais dos sistemas natural e social, de modo que a compreensão das partes leve a uma interpretação global da paisagem O que é paisagem?

representação sincrônica de um longo processo no qual as condições físico-ecológicas foram modificadas pela ação dos homens devido às suas práticas culturais, ao seu grau de organização social e dos meios técnicos disponíveis

Três princípios básicos: generalização, seleção e abstração

Carta Topográfica

Toponímia: nomes de lugares ou onomástica geográficas. Disciplina da onomástica ou etimologia dos nomes de um lugar. Deriva etimologicamente do grego τόπος ( topos , "lugar") e ὄνομα ( onoma , "nome").

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PLANIMETRIA

Sobre um fundo de base da carta (grade de coordenadas geográfica ou plana), encontra-se um conjunto de vários detalhes e de rigorosas posições, representando elementos naturais (ou físicos) e artificiais (ou culturais).

Hidrografia cor: azul traço cheio: rio perene traço interrompido: rio não-perene alagados, mangues, etc.: símbolos da natureza

Solo cor: castanho pontilhado irregular: areais (castanho); afloramentos: preto, imitando a rocha

Vegetação cor: verde mapas temáticos fitogeográficos: aspectos florísticos muito variados, demandando diferentes combinações de cores e simbolos

Elementos Naturais ou Físicos

Elementos de Hidrografia e Vegetação (Carta Topográfica, 1:100.000)

Fonte: IBGE, 2007

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Elementos Artificiais ou Culturais

Unidades políticas ou administrativas – diversas cores, em escalas pequenas

Grandes regiões do Brasil Fonte: IBGE, 2007

Localidades (Carta Topográfica, 1: 250.000) Fonte: IBGE, 2007

Localidades Habitantes: ex.: cidade com mais de 100.000 Centro urbano: quarteirões; escola, fábrica, hospital, etc.: símbolo próprio Povoado: círculo Propriedade rural: símbolos de casas Barragem, ponte, aeroporto, etc.: símbolo especial

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Mesma localidade representada em

várias escalas Fonte: IBGE, 2007

Elementos Artificiais ou Culturais

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Elementos Artificiais ou Culturais

Sistemas viários e de comunicação

Rodovias: representadas por traços e/ou cores e são classificadas conforme o tráfego e pavimentação ferrovias Telefonia Energia elétrica: de alta ou baixa tensão

Linhas de limites

Linhas de Limites (Carta Topográfica, 1:250.000) Fonte: IBGE, 2007

Linhas de Comunicação e outros elementos planimétricos (Carta Topográfica, 1:100.000)

Fonte: IBGE, 2007

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PLANIMETRIA: outros objetos da carta PONTOS DE CONTROLE

pontos planimétricos, pontos de controle vertical e horizontal (triângulo e cota, em preto

LETREIROS negro; manter a estética. O letreiro não deve sobrecarregar uma carta.

TIPOS DE LETRAS a) localidades – vertical fácil e leve; cidades (as sedes de municípios), maiúsculas; vila

(as sedes de distritos), minúsculas; povoados, lugarejos e propriedades rurais. A disposição dos nomes é horizontal (distribuição dos nomes em relação aos símbolos)

b) países, regiões, estados – maiúsculas c) hidrografia – itálico, hierarquia (somente para Oceanos, maiúscula);

toponímia hidrográfica (azul). d) relevo – maiúsculas ou minúsculas, dependendo da extensão ou da

importância do acidente. Os picos, minúsculas. As ilhas mais importantes, maiúsculas. Os cabos, minúsculas.

HIDROGRAFIA E RELEVO: nomes acompanham a sinuosidade do rio ou do acidente geográfico. Para ilhas, cabos e áreas especiais: nomes na horizontal

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Outras construções, destacando-se barragem, ponte, aeroporto, farol, etc. – símbolos especiais, geralmente associativos Abreviaturas: os topônimos não devem ser abreviados, em contrapartida, os nomes genéricos, sim, especialmente em mapas de escala pequena. À seguir, são apresentadas as possíveis abreviaturas:

Aç. – açude Ig. – Igarapé B. – Baía La. – Lagoa Ca. – Canal Mo. – Morro Cach. – Cachoeira R. – Rio Corr. – Corredeira Rch. – Riacho Córr. – Córrego Rib. – Ribeirão F. – Furo Sa. – Serra Fa. – Fazenda Us. – Usina I. - Ilha

PLANIMETRIA

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Elementos Planimétricos

Fonte: Carta Topográfica, Folha SF-22-D-IV-4, IBGE, 1979

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CURVAS DE NÍVEL São isolinhas de altitude, ou seja linhas que representam todos os pontos de igual altitude (ou cota) Valor aproximado da altitude, método matemático, só pode ser traçado após a obtenção de muitos pontos de altitude determinados geodesicamente.

Fotogrametria – traçado mecânico mais exato e rápido. Hoje modernos instrumentos traçam as curvas automaticamente É uma isoipsa: linha imaginária do terreno, em que todos os pontos da referida linha têm a mesma (iso) altitude (hipso) Superfície de referência: o nível médio dos mares (NMM) Curvas mestras: representa as altitudes principais, com valores inteiros (traço mais grosso) Curvas intermediárias: representam altitudes intermediárias (traço fino) Cor: castanho (terreno) azul (gelo ou neve) Curvas batimétricas –abaixo do nível do mar; cor: preto, já que, geralmente, a tonalidade da àgua é impressa em azul

ALTIMETRIA - RELEVO

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Fonte: IBGE, 1999

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EQUIDISTÂNCIA

Equidistância vertical: separação vertical entre curvas de nível consecutivas. Está associada à escala da carta.

Escala Eqüidistância Curvas Mestras

1:25.000 10m 50m

1:50.000 20m 100m

1:100.000 50m 250m

1:250.000 100m 500m

1:1.000.000 100m ou 200m 500m

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Curvas auxiliares: usadas quando uma área é muito plana, é preciso ressaltar pequenas altitudes Omissão de curvas e de valores: quando o detalhe é muito escarpado, para não sobrecarregar a carta e dificultar a leitura Interpolação: determinação de valores médios entre os fixos; entre duas curvas se interpola (estima-se aproximadamente uma cota e traça-se outras curvas); a presença de pontos cotados auxilia a operação Cores hipsométricas: CIM – 0 a > 6.000m (do verde claro até o branco); Cores batimétricas: 0 a < 6.000m (azul claro até um azul bem forte)

ALTIMETRIA

0 nível do mar

Acima de 6000m

6000

5000

4000

3000

2500

2000

1500

1000

500

200

100

0 nível do mar

200

500

1000

3000

6000

Fonte: IBGE, 1999

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Principais características das curvas de nível

Tendem a ser quase paralelas entre si Todos os pontos se encontram na mesma elevação Cada uma fecha-se sempre em si mesma

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Principais características das curvas de nível

Fonte: IBGE, 2007

Nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d´água ou despenhadeiros Geralmente, cruzam os cursos d´água em forma de “V”, com o vértice apontando para a nascente Nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d´água ou despenhadeiros Formam um “M” acima das confluências fluviais De modo geral, formam um “U” nas elevações, cuja base aponta para o pé da elevação

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Elementos Altimétricos

Fonte: Carta Topográfica, Folha SF-22-D-IV-4, IBGE, 1979

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TOPOLOGIA A Topologia consiste no estudo das formas do terreno e leis

que regem o modelado, ou seja, a parte descritiva. A seguir, destaca-se algumas definições geográficas do terreno:

Vertentes esquerda e direita de um vale – as que ficam à esquerda e direita do observador colocado com a frente para a foz do curso d’água. Bacia – é a área limitada pelo divisor de águas que as separe para um e outro vale; na figura 04, está hachureada a zona de uma bacia e de um thalweg secundário. Quebrada – thalweg apertado entre duas vertentes íngremes. Cabeceiras ou mananciais – são alargamentos dos vales, nos quais nascem em geral os cursos d’água; são zonas pantanosas.

Fonte: Espartel, p.436, 1978

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TOPOLOGIA

Contrafortes – saliências do terreno que se destacam da serra principal, formando os vales secundários ou laterais e espigões as ramificações ou saliências destes contrafortes; aos espigões correspondem os vales terciários. Flancos ou vertentes de um acidente orográfico (relevo altimétrico) toda a superfície entre a linha do vértice e a da base. Dorso é a linha de intersecção de dois flancos de um contraforte ou espigão; é a linha onde as águas se dividem para uma ou outra vertente, denominada de divisor de águas ou cumiada.

(ESPARTEL, 1978).

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Curvas de Nível – indicam se o terreno é plano, ondulado, montanhoso ou liso, íngreme ou de declive suave Rede de Drenagem

No geral, controla a forma da topografia do terreno e é subsídio para o traçado das curvas de nível. Assim, antes de se traçar as curvas, deve-se desenhar todo o sistema de drenagem da região, a fim de se representá-las

Talvegue: elemento topográfico de um vale, diz respeito à linha que une os pontos mais profundos do vale.

Nas cartas, os talvegues são coincidentes com os canais fluviais, da nascente até a foz. Próximo das margens opostas dos canais fluviais, a mesma curva de nível indica que as altitudes de ambas as margens são iguais.

Quando uma curva de nível intercepta o talvegue, denota uma mudança de direção da curva, cuja convexidade aponta sempre para montante do canal fluvial

Interflúvio: formada pelo conjunto de vertentes, situadas em ambos os lados de um divisor de águas que separa dois canais fluviais contíguos.

Nas cartas: identifica-se por conjuntos de curvas de nível que definem vertentes divergentes do divisor de águas

FORMAS TOPOGRÁFICAS

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Vale: formado por duas vertentes com sistemas de declives convergentes num mesmo talvegue. Nas cartas o vale é definido pelo divisor de águas, pelo talvegue e pelos conjuntos de curvas de nível das vertentes

Declive: formado pela inclinação do terreno em relação ao horizonte, considerada de cima para baixo. Nas cartas quanto maior é a inclinação do terreno mais próximas aparecem as curvas de nível, em contrapartida, quanto menor é a inclinação mais espaçadas as curvas.

Divisor de Águas: linha que separa bacias hidrográficas contíguas indicando a divergência dos fluxos hídricos superficiais. Nas cartas traçando-se uma linha dividir ao meio a área compreendida dentro das curvas de nível fechadas que denotam os topos dos morros e unir todos os pontos cotados incluídos dentro delas.

Planalto ou Chapada: superfície elevada (acima de 200m), pouco acidentada ou plana delimitada nas suas bordas por escarpas. Formado por rochas sedimentares

Cuesta: forma topográfica dessimétrica formada por reverso ou superfície suavemente inclinada e frente ou abrupto com cornija e tálus. Nas cartas: reverso é identificado por curvas de nível regularmente espaçadas, grosseiramente paralelas e com altitudes crescentes em direção à frente de cuesta. A frente da cuesta é identificada por curvas muito próximas ou sobrepostas (cornija) que vão se afastando em direção à base da frente (tálus)

FORMAS TOPOGRÁFICAS

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Montanha: grande elevação natural do terreno (altitude acima de 300m), geralmente constituída por um agrupamento de elevações com altitudes diversas. Nas cartas: representadas por agrupamentos complexos de curvas de nível, próximas entre si, que definem vertentes fortemente inclinadas e enquadram vales com diferentes orientações

Morro: elevação natural e individualizada do terreno (altitude inferior a 300m). Nas cartas: identificadas por curvas de nível fechadas, grosseiramente concêntricas e com altitudes crescentes para o interior, onde sempre aparece um ponto cotado que indica a altitude culminante do morro

Morro-testemunho: morro de topo plano ou quase, localizado na frente de uma escarpa de planalto ou cuesta, mantido por uma camada rochosa superior mais resistente que as inferiores. Tal morro indica o recuo erosivo da escarpa do planalto ou da cuesta dos quais o morro fazia parte antes de ficar individualizado.

Colina: pequena elevação do terreno com altitude de até 50m e declives suaves. No geral, é uma forma oriunda de erosão ou de acumulação

FORMAS TOPOGRÁFICAS

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Vertente ou Encosta: formada por um plano ou conjunto de planos inclinados que divergem da linha de cumeada enquadrando um vale.

Escarpa: faz parte de uma vertente formada por uma rampa íngreme, situada na borda do planalto, de um morro testemunho, de uma frente de cuesta (cornija) ou interrompendo a continuidade do declive numa vertente. Nas cartas identifica-se por curvas de nível muito próximas ou sobrepostas

Patamar: também faz parte de uma vertente formado por uma superfície horizontal ou quase horizontal que interrompe a continuidade do declive da vertente. Nas cartas identificados por curvas de nível muito espaçadas e posicionadas entre duas rupturas de declive

Pico, cume, ponto culminante: ponto mais alto de um maciço, uma serra, um morro etc. Na carta Topográfica, são identificados por curvas de nível de configuração arredondada e fechada, que se aproximam em direção a um topo pontiagudo, cuja altitude geralmente é indicada por um ponto cotado

Colo, garganta, desfiladeiro: depressão acentuada, estreita ou larga e posicionada transversalmente a uma linha de crista, permitindo a comunicação entre vertentes montanhosas opostas. São identificadas por dois conjuntos de curvas de nível divergentes entre si e transversais à linha de crista

FORMAS TOPOGRÁFICAS

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Fonte: GRANELL-PÉREZ, p. 124, 2004

F O R M A S

T O P O G R Á F I C A S

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Vale

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Vale encaixado próximo a cachoeira do Imbui, no município de Teresópolis/RJ. Fonte: Guerra, p. 431, 1993