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  • 8/3/2019 Re Lac He

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    RELACHE

    Relache, rosa de folha - folha de rosa: vespa tamanha - tamanho de vespa, cu delampada, etc...

    Relache uma passagem de nivel, uma passagem de nivaca: Relache lamentvel -

    ou o amante-cadeira!

    E alem disso Relache a vida, a vida como me agrada: a vida sem amanh, a vida

    de agora, tudo para o agora, nada para para ontem, nada para amanh.

    Os farois dos automveis, os colares de prolas, as formas redondas e finas das

    mulheres, a publicidade, a musica, o automvel, alguns homens em fatos pretos, o

    movimento, o rudo, o jogo, a gua transparente e clara, o prazer do riso, eis

    Relache.

    Relache foi feito como se corta dezassete vezes de seguida sem maquilhagem as

    cartas.

    Relache tem as mais belas pernas do mundo, os suas partes de baixo so de

    champanhe, as suas ligas pretas e brancas.

    Relache o movimento sem propsito, nem para a frente nem para trs, nem para a

    direita nem para a esquerda.

    Relache no se volta e no vai sempre a direito: Relache passeia-se na vida com uma

    forte gargalhada: ERICK SATIE, BORLIN, ROLF DE MAR, REN CLAIR,

    PRIEUR e eu criamos Relache um bocado como Deus criou a vida. No h

    cenrios, no h roupas, no h nu, s h o espao, o espao que a nossa

    imaginao gosta de percorrer.

    Relache a felicidade dos instantes sem reflexo: porqu reflectir, porqu ter umaconveno de beleza ou de alegria?

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Temos que arriscar as indigestes se temos vontade de comer!

    Portque no arruinar-se? Porque no trabalhar quarenta e oioto horas de seguida senos aprover? Porque no ter quinze mulheres e porque que uma mulher no h-de

    ter cinquenta e dois homens se isso lhe der prazer?

    Relache aconselha-vos a ser dos que vivem, porque a vida ser sempre mais longa na

    escola do prazer do que na escola da moral, na escola da arte, na escola religiosa, na

    escola das convenes mundanas.

    FRANCIS PICABIA

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    DADA FILOSFICO

    para Andr Breton

    Capitulo I

    DADA tem olhos azuis, cara plida, cabelo encaracolado, tem o ar ingls de um

    jovem desportista.

    DADA tem dedos melanclicos, e um ar espanhol

    DADA tem nariz pequeno, e um ar russo

    DADA tem cu de porcelana e um ar francs

    DADA devaneia sobre Byron e a Grcia.

    DADA devaneia sobre Shakespeare e Charlot.

    DADA devaneia sobre Nietzsche e Jesus Cristo.

    DADA devaneia sobre Barrs e crepusculos.

    DADA tem um crebro como um lirio de gua.

    DADA tem um crebro como um crebro.

    DADA tem uma vasta e delgada face e a sua voz arqueada como o timbre

    das sereias.DADA uma lanterna mgica.

    DADA tem uma pila enroscada num bico de uma guia.

    A filosofia DADA triste e acolhedora, indulgente e vasta. Cristalaria

    veneziana, joalharia, vlvulas, biblifilos, jornadas, novelas poticas, bares,

    doenas mentais, Luis XIII, diletantismo, a opereta final, a estrela radiante, o

    patgo, um copo de cerveja escorrendo devagarinho, um novo gnero de

    orvalho: assim a fisionomia de DADA!Descomplicaes e incertezas.

    Inconstante e nervoso, DADA a cama de rede que balana gentilmente.

    Capitulo II

    Uma estrela despenha-se sobre o rio, deixando um rasto de copias. Felicidade etristeza tm vozes socegadas e suspiram nas nossas orelhas.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Sol tenebroso ou brilhante.

    No fundo de um pequeno barco, no sabemos qual o caminho a seguir.

    Um tunel e o retorno.

    O extase torna-se angustia no idilio do lar.As camas so mais plidas que os mortos, apesar do grito desesperado do

    homem.

    DADA beija na fonte e os seus beijos devem ser o contacto da gua com o

    fogo.

    DADA Tristan Tzara.

    DADA Francis Picabia.

    DADA tudo uma vez que ama os puros espiritos, a noite que cai, a

    folhagem que suspira, e os amantes estreitando-se nos braos um do outro,

    bebnendo apaixonadamente na dupla e divina fonte do Amor e da Beleza.

    Caitulo III

    DADA sempre teve vinte e dois anos toda a sua vida, creceu um bocadinho mais

    magro nos ltimos vinte e dois anos. Dada casou-se com uma mulher do campo que

    gosta de passarinhos.

    Capitulo IV

    DADA vive numa almofada de um peplo, est cercado por crisanrtemos que usam

    mscaras parisiences.

    Capitulo V

    V as paixes humanas ao longo das margens do optimismo, despedaadas pela

    poesia antiquada de Baudelaire.

    Capitulo VI

    "Mas estoun a tornar-me um idiota!", exclamou DADA.O desejo de adormecer.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Ter um servo.

    O servo idiota, na outra extremidade do quarto.

    Capitulo VII

    O mesmo servo abriu a porta e, como sempre, recusou-se a deixar-nos entrar. Na

    distncia ouvimos a voz de DADA.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    manifesto DADA

    Os cubistas querem cobrir DADA de neve. Isso espanta-vos, mas assim, eles

    querem esvaziar a neve do seu cachimbo para tapar DADA.Tens a certeza?

    Totalmente. Os factos so revelados por bocas grotescas.

    Eles pensam que DADA os pode impedir de praticar esse comrcio odioso: Vender a

    arte muito cara.

    A arte custa mais do que os salpices, mais cara que as mulheres, mais cara que

    tudo.

    A arte visvel como Deus! (veja-se Saint-Suplice)

    A arte um produto farmaceutico para imbecis.

    As mesas rodam graas ao esprito: os quadros e as obras de arte so como as

    caixas-fortes, o esprito est l dentro e torna-se cada vez mais genial seguindo os

    preos dos locais de venda.

    Comdia, comdia, comdia, comdia, comdia, meus caros amigos.

    Os galeristas no gostam da pintura, pois conhecem o mistrio do espirito................

    Comprai reprodues de autografos.

    E no sejam snobs, pois no sereis menos intiligentes s porque o vizinho tem umacoisa semelhante vossa.

    Chega de cagadelas de mosca nas paredes!

    Continuaram a faz-las, pois claro, mas um bocadinho menos.

    DADA com certeza que vai ser cada vez mais detestado, as suas credenciais vo

    permitir-lhe de estragar as procisses cantando "eu tenho dois amores", que

    sacrilgio!!!

    O cubismo representa a escassez de ideias.Eles cubizaram os quadros dos primitivos, cubizaram as esculturas negras, cubisaram

    os violinos, cubisaram as guitarras, os jornais ilustrados, cubisaram a merda e os

    perfis das jovenzinhas, e agora h que cubisar o dinheiro!!!

    DADA, no que lhe diz respeito, no quer nada, nada, nada, e faz qualquer coisa

    para que o pblico diga: "ns no percebemos nada, nada, nada". "Os Dadastas no

    so nada, nada, nada, e de certeza absoluta que no chegaro a nada, nada, nada."

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    FESTIVAL MANIFESTO -presbiopia-

    Orador. - No meu ltimo manifesto canibal, eu disse que o cu, o cu representa avida tal como as batatas fritas e que se vende como a honra? Pois bem, esta noite

    isso est dado como se fosse nada, e veja como esta pequena sala se encheu?

    Espectador. - Ento vai comear de de novo, sempre com ordinarices e obscenidades?

    Em vez de se expressar em francs!

    Orador. - A obscenidade existe na sua pobre imaginao, no h obscenidade. A

    vida uma obscenidade? Fazer filhos uma obscenidade?

    Espectador. - A vida o que belo.

    Orador. - Oh! um bom casamento ou um dote legal, o que d no mesmo, ou uma

    vitria que se obtem com custa de funerais.

    Espectador. - No possvel compreendermo-nos, voc leva tudo para a

    materialidade.

    Orador. - Eu entendo o que voc ama, a oficial glria! Voc quer que eu lhe diga

    o que lhe desagrada em Dada? que Dada no gosta de vendas, de arremessos, de

    lavagens ai crebro; voc sente que Dada se est cagar para si.

    Espectador. - E pode-me dizer porque que se est nas tintas para mim?Orador. - Porque voc srio, logo idiota.

    Espectador. - Eu no vejo muito bem porqu...

    Orador. - O artista ou esse burgus, um gigantesco inconsciente , ele toma a sua

    timidez por honestidade! As suas caridades e as suas admiraes, meu caro senhor,

    so mais desprezveis do que a sfilis ou gonorreia que voc distribui ao seu vizinho,

    sob o pretexto do temperamento ou do amor.

    Espectador. - Eu no posso continuar a comprometer-me com algum como voc, eeu convido a todos vs, meus colegas espectadores a sair desta sala, ao mesmo

    tempo que eu, pois no podemos mantermo-nos contacto com esta pessoa.

    Orador. - Claro, voc tem medo que o vento levante a sua saia e vejamos que o

    seu sexo falso, seu cabelo tambm falso, seus dentes so falsos, que voc tem um

    olho de vidro e que o nico que me olha com franqueza, o outro um camaleo

    de Asneiras, a 20.000 francos. o Carate, para os parvos.

    Espectador. - Senhor, eu andando, alm de que no tenho nenhuma saia, eu sou umhomem!

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Orador. - Oh! calas ou saias, vai dar ao mesmo, s muda sexo, mas tanto em si

    como nos seus semelhantes o sexo no pode mudar, porque falso.

    Espectador. - Mas no h nada errado, pelo menos uma das teorias que voc

    papagueou.Orador. - Voc est certo, no h nada de errado.

    Espectador. - A imitao, parece-me .....

    Orador. - A imitao verdade, um jardim em celulide verdade, um papagaio de

    cristal de rocha verdade, uma ovelha em ruoltz verdade.

    Espectador. - Voc no me vai dizer que DADA verdade?

    Orador. - DADA que lhe fala, ele tudo, ele entende tudo, de todas as

    religies, ele no pode ser nem vitria nem derrota, ele vive no espao e no no

    tempo. - Mas perdo Sr. Espectador de nacionalidade pretende ser?

    Espectador. - Eu sou francs de Paris

    Orador. - De Paris

    Espectador. - Sim, de Paris

    Orador. - Sim, existem os franceses de Marselha, de Bordeaux, de Besanon, de

    Paris, voc como algumas pessoas na Terra, que se julgam russas, americanas,

    alems ou inglasas, verdadade, verdade que voc gosta de viajar em diligncia.

    Espectador. - Miseravel (e d um tiro de revlver no orador)

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    MANIFESTO CANIBAL DADA

    Vocs so todos acusados, levantem-se. O orador no vos pode falar se no

    estiverem de p.De p como para a Marselhesa,

    De p como para o hino russo,

    De p como para o God Save the King,

    De p como em frente da bandeira.

    Finalmente, de p em frente de DADA, que representa a vida e acusa-vos de amar

    qualquer coisa por puro snobismo, desde que seja cara.

    Vocs so todos ressequidos? Tanto melhor, porque assim vo escutar-me com mais

    ateno.

    O que que fazem aqui, estacionados como ostras srias - porque vocs so srios,

    no ?

    Srios, srios, srios at a morte.

    A morte uma coisa sria, h?

    Ns morremos como heris, ou como idiotas, o que d no mesmo. A nica palavra

    que no efmera a palavra morte. Vocs gostam da morte para os outros.Morra! Morra! Morra! S o dinheiro que no morre, ele apenas vai de viagem.

    o deus, aquele que respeitamos, o personagem srio - dinheiro respeito da famlia.

    Honra, honra ao dinheiro: o homem que tem dinheiro um homem honrado.

    A honra comprada e vendida como o cu. O cu, o cu representa a vida como as

    batatas fritas, e todos vs que sois srios, vocs sentem-se pior do que a merda de

    vaca.

    Quanto a DADA, no sente nada, nada, nada, nada. como as vossas esperanas: nada.

    como o vosso paraso: nada

    como os vossos dolos: nada

    como os vossos polticos: nada

    como os vossos heris: nada

    como os seus artistas: nada

    como as vossas religies: nada

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Assobiem, gritem, partam-me a cara a seguir, e depois? Eu vou dizervos mais uma

    vez que so todos uns bananas. Dentro de trs meses, vamos vender-vos, eu e meus

    amigos, os nossas quadros, por alguns francos.

    Francis Picabia.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    UM VMITO MSICAL

    Embora educado na galanteria

    signor jocundo, esempre delle donne... perfecto amicho

    savio e cortese pi che bella dama,

    ainda no consigo reter os soluos da mais imperiosa nausea sempre que me

    encontro num tu-c tu-l com Euterpe. O meu estomago ainda recalcitrante

    companhia dessa representao figurativa da arte dos sons cuja mera presena

    provoca nas minhas visceras os mesmos efeitos e consequncias que o arfano mais

    chalupa da vacilao-vertigem da nossa infncia.

    Frequentemente camos em engano no que diz respeito pintura e poesia: mas

    quanto msica enganamo-nos sempre.

    O seu desenvolvimento tardio deu-se posteriormente ao de ambos os outros. Apesar

    desse generoso handicapela ultrapassou os parceiros dianteiros e chegou, como numa

    poltrona, ao mastro da estupidez total e do vasto malentendido.

    Entre os praticantes-de-musica nunca se destacou uma mente clarividente.

    Senza il menomo madore daffetazioneeu confesso uma natural averso no que diz

    respeito ao mundo cromtico.

    Graas a um treino intenso, consigo resistir, no entanto, a toda a tilintao que

    tenha por origem um acorde ou uma melodia.

    Tudo o que trate dessa arte decrpita e malfeitora me mergulha na mais mesquinha

    das tristezas.

    Agradam-me todo o gnero de leituras, mas uma Histria da Musica obriga-me a

    um penoso esforo. Eu coro ao ver-me colocado no vesgo tableau-vivant dos

    fazedores de bemol.

    Num entardecer, antes de me deitar, ao ter imprudentemente aberto um livro de

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    musica insinuou-se-me um tipo de humor sereno que me indispensvel nessa hora

    solitria e preciosa entre todas, o que proporcionou, durante o sono que lhe sucedeu,

    uma srie de sonhos obscenos e de uma misria angustiante. E assim retive a

    experincia, e desde ento, se tenho que me ocupar de sustenidos, sacrifico as horasmedianas da jornada: fico assim com o tempo de me rebocar, atravs de alguma

    ocupao distrante e de pensamentos reparadores.

    Tal qual , a musica uma arte insensata e imoral: exemplo de perversidade

    burguesa: arte disposio de todos os vcios.

    Mais odiosa e mais pegajosa que a piedade, ela acolhe nos seus braos no s a viuva

    e o orfo, mas multides inteiras de renegados e de amaldioados.

    Consolao nauseante para uso de tarados, de todos aqueles que levam um peso

    sobre a conscincia, que tm um cancro na alma, de todos os submissos e

    condenados de nascena.

    Arte que d graxa e encoraja os piores instintos da multido: espelho impudico de

    toda a obscenidade de um mundo sem leis nem moral.

    Sublinharia dois episdios da minha vida que me provocaram o mais intenso e

    inexprimivel desgosto: o primeiro prende-se minha infncia, ao dia em que sob a

    instigao de um ajudante de cozinha sanguinrio e brincalho serrei o pescoo a um

    pato; o segundo diz respeito minha adolescncia, numa tarde em que sob o

    empurro de um alemo melomano assistia a uma espcie de orgia teatral onde as

    torpezas sonoras do Sr. Richard Strauss tinham espao de deboche.

    No ponto em que ela est de sobremaneira presente, a musica um insulto

    dignidade de todo o tipo de cidado, aristocrata, burgs ou proletrio, seja ele pouco

    honesto e asseado nos seus lenois, assim quanto nos seus afazeres.

    O charme da harmonia o mais grave atentado honra do homem livre. Entre as

    principais causas da criminalidade pela degenerescncia devemos colocar em primeirolugar a msica; bem antes do alcoolismo.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    As populaes densas de idiotas, ignorantes, nojentos, doentes, degenerados, entram

    no Templo da Msica como em casa. Eles encontram-se de facto completamente em

    casa, uma vez que a se celebra um culto mo de semear de todas as maisrepugnantes misrias do esprito: a Assistncia Social para todas as rejeies da

    humanidade.

    No tempo em que, desprevenido, me entregava imprudentemente aos enlaces dessa

    luxuria popularucha caramba, pouquissimos so os anos que me separem dessa

    tristissima poca! experimentava infalivelmente penosas reaces. Era molestado por

    remorsos e nem sequer tinha dormido com Aspasia! Repreendia-me, sentia-me

    culpado, agachava-me sob o peso do meu pecado. Com o rictus de bestialidade

    libidinosa apagado da minha face abismava-me na tristeza, curvava a cabea e

    dobrava os rins, como a besta que acabou de foder.

    Post coitum animal triste est!

    ALBERTO SAVINIO

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    O DRAMA E A MSICA

    Eu proponho libertar estas duas artes: o drama e a msica. Proponho consolid-las

    em dominios vastos e firmes.

    A minha finalidade, para ser sincero, seria de falar essencialmente de msica, mas

    considero-a uma "arte incompleta" (darei adiante seguimento a esta assero) e tenho

    por opinio que modernamente no saberemos construir uma obra "smente" musical

    que fique bem slida, poderosa, completa, sem recorrer, para o conseguir, s

    formulas protocolares que vingaram at agora no campo da msica, e que ao

    construirem volta do "sentido musical" todo um suporte de formas artificiais e

    heterogneas, tornaram essa mesma musica "antimusical". No saberemos ento

    contruir uma "obra" musical tendo uma fora de existncia pessoal sem ter que

    "corrigir o elemento musical" da sua falta de "totalidade". Mas, por outro lado,

    corrigindo-a diminuimo-la. A contradio parece evidente.

    Que fique bem entendido que a minha rpida concluso no encerra nenhuma

    ameaa de regresso a essa coisa horripilante chamada at hoje "musica dramtica".

    A questo completamente nova, e tenho a concepo de uma obra constituda ao

    mesmo tempo de elementos dramricos e musicais, mas onde esses elementos -

    contrriamente aos mtodos usados - no se sustentariam por qualquer dependncia

    mutua.

    Fica assim por establecer; para comear a razo "moral" que motivaria a unio desses

    dois elementos; de seguida, a maneira como esses elementos seriam empregues; efinalmente - sobretudo! - a qualidade e o valor desses elementos.

    Antes de empreender essa anlise, parece-me til oferecer um quadro comparativo

    das artes modernas relativamente poca; porque se torna indispensvel tornar

    preciso, antes de tudo, o espirito desta poca.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    A idade moderna aparece, primeira vista, governada no pela influncia de um

    caracter preponderante, mas por uma multido de caractres preponderantes,

    dspares, opostos, mas todos exuberantes.

    Esse"caos" no passa de uma iluso e todo superfcial; ele deve-se por outro lado a

    razes muito normais, pois o apangio de uma libertao completa nos dominios

    artsticos, e da sua democratizao. Esta noma "tomada da Bastilha", em tudo como

    a verdadeira, deu frutos muito belos atravs do seu gesto libertador, mas ao mesmo

    tempo desatou as mos de imensos gatunos.

    Um exame mais seguro revela-nos todavia um caminho que ressalta com evidncia, e

    que, pela sua importncia e o seu valor, me parece destinado a predominar na hora

    actual e a sobreviver no futuro; - tal a sua fatalidade. - Este caminho caracteriza-se

    sobretudo pela sua fora austera e sombria e pela aparncia rgida e bem

    materializada da sua metafsica. Ele podia ser apelidado : "segundo romantismo", ou

    ainda "romantismo completo".

    A alguns isto pode parecer ainda muito vago e impreciso. Mas eu considero a poca

    suficientmente madura para uma libertao espiritual completa. Eu considero-a aptapara a ecloso de uma nova e poderosa fora cerebral - pois tem vindo a ser bem

    preparada de longa data atravs de exerccios de uma sensualidade sbia. - De tal

    modo que seriamos levados a pensar no apenas na sequncia de um esforo mental,

    mas tambm por uma necessidade corporal. "Sentir-se-ia" o seu pensamento (longe

    dessas idades em que a abstraco reinava completa, a nossa poca seria levada a

    fazer jorrar das prprias matrias (das coisas) os seus elementos metafsicos

    inerentes.A "ideia metafsica" passaria, do estado de abstraco aquele do sentir. Issoseria, assim, a valorizao total dos elementos que informam o tipo de homem

    pensante e sensvel).

    Esse caracter bastaqnte particular da poca presente parece ter comeado a

    manifestar a sua influncia nalguns casos raros em poesia em pintur. No sucede o

    mesmo nem na musica nem no drama. So ainda spaos imaculados; mundos sem

    deuses.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Tudo o que se pode encontrar de mais moderno em musica - ou, melhor dizendo, de

    mais recente - no deixa de ser ou "impressionista" ou "descritivo".

    Eis os factos: a certo musico da escola britanica agrada-lhe ilustrar atravs dearabescos sonoros os episdios emprestados pelo "Livro da Selva" de Rudyard Kipling,

    e ele tem um cuidado meticuloso no descrever-nos o combate de uma lagosta contra

    uma serpente, ou ento uma luta de paquidermes; certos musicos de diferentes

    escolas, vienensas, russas, checas, hungaras, ainda andam a traduzir em musica

    impresses; e no que respeita a jovem e ilustre escola francesa, o seu caracter

    essencialmente impressionista j demasiado conhecido para que se me incumba

    assinal-lo.

    Nenhum musico moderno - com os dramaturgos passa-se o mesmo -

    consequentemente vtima do seu tempo. Estando de facto presentes, eles pertencem

    toddos na verdade a pocas irremivelmente passadas.

    A musica moderna, apesar da oposio aparente das suas multiplas orientaes,

    encarada no seu todo, constitui apenas uma amlgama de exerccios sensuais e pouco

    mais. Da que parea que essa msica divirja ntidamente do carcter da sua poca.

    Uma musica que tivesse que ocupar actualmente um papel efectivo deveria ser

    totalmente oposta ao que esses compositores contemporneos nos habituaram a

    escutar. Ela no deveria ser formada exclusivamente por elementos sensuais, mas

    seria chamada a "revelar" e a fazer brilhar tudo o que a metafsica moderna contem

    de dramtico, de terrvel, de desconhecido e de apaixonado.

    No se trata de ser apenas uma questo de revestir a msica de uma forma mas

    nouva, nem mais original (como se diz), porque isso, longe de constituir uma

    novidade, faltar-lhe-ia ainda qualquer meio para nos conduzir revelao de uma

    coisa nova. E esta "revelao", distante da "aparncia artstica" (ou o que quer que

    seja), no saberia de nenhum modo sublinhar qualquer uma dessas formas bizarras da

    arte moderna que, de facto, no so mais do que ligeiras tapessarias atiradas sobre

    um buraco bocejando de vazio.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Esta metafsica moderna que frequentemente menciono, merece de facto algumas

    palavras de explicao. Eu no quero dar a entender por essas palavras, esse tal

    sentido romantico que poderia fluir dos novos elementos e das novas formas nascidas

    das exigncias que constituem "o pitoresco" da "vida moderna" - como o sonhamcertos poetas fogosos e certos artistas impetuosos mas estreis. - Eu no tomo em

    considerao, quanto a mim, seno o resultado dessa fora espiritual que o artista

    moderno

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    PROGRAMA DE CONCERTO

    Deux amours dans las nuit e Perse so duas obras que, ainda que concebidas

    recentemente, podem j ser consideradas como antigas, no tendo ainda nelas sidoadoptadas nenhumas das renovaes dramticas assinaladas pelo Sr. Savinio no seu

    artigo "o Drama e a Msica" no nmero de abril das "Soire".

    Em Niob, pelo contrrio, essas renovaes so quase totalmente postas em destaque.

    Em variados stios desta obra recente, a musica no intervem no drama seno como

    um elemento perfeitamente independente. Ns sublinhamos isto, ainda que o valor

    duplo dessas renovaes s possa surgir verdadeiramente no momento das

    representaes cnicas desse drama em musica.

    No que diz respeito concepo puramente musical do Sr. Savinio, devemos

    sublinhar o modo como a sua obra (sobretudo em Niobe), h uma completa

    ausncia de qualquer polifonia, assim como a maior despreocupao quanto a

    qualquer tentativa de harmonia. A musica de Savinio em nada harmoniosa, nem

    mesmo harmonisada, ela , por assim dizer, uma musica desarmonisada.

    A estrutura baseia-se essencialmente no desenho. Cada um desses desenhos - na

    maioria todos muito correctos - repete-se duas, trs, e at quatro vezes, segundo a

    necessidade natural da orelha; e, aps uma pausa de apenas um tempo, um desenho

    musical diferente intervem de seguida.

    deste modo uma musica nada formal e desprovida de polimentos, mas desenhada e

    horizontal.

    Esses desenhos musicais so quase todos muito rpidos e dansantes; e pertencem a

    estilos muito dispares - segundo a considerao do compositor que cr que uma obra

    musical sincera e verdadeira deve compreender as musicas mais variadas - tudo o que

    se escuta - ou tudo o que a orelha imagina ou relembra - (melodias evocando

    canticos conhecidos, ritmos repetindo outros ritmos familiares ao ponto de se

    tornarem obcessivos, temas folclricos, musica burlesca, hino de Garibaldi, rufar detambor, etc.)

  • 8/3/2019 Re Lac He

    19/37

    O tema folclrico tem at uma parte importante na musica do Sr. Savinio.

    Assinalamos isto em oposio a maneira dita elegante, procurada por outros

    compositores contemporneos, e em relao ao que foi realizado em pintura e empoesia pewlos grandes iniciadores da sinceridade.

    A melodia aparece por vezes na sua forma mais trivial

    A partitura compreende, alm do mais, cantos (vozes agrupadas ou isoladas), gritos,

    chamas, choradeiras, barulhos, e sobretudo - danas, danas, danas.

  • 8/3/2019 Re Lac He

    20/37

    DAI-ME A ANTEMA, COISA LASCIVA

    (publicado em 291, n. 4, New York 1915)

    Musica Nova

    O artista criador homem politico. Ele goza da lei de inviolabilidade que preserva a

    pessoa de um rei constitucional.

    A poesia formidvel e arquitectural que gera a obra deixou de ser a inclinao

    potica: ela no nada mais do que a poesia potica.

    O sem-sentido aguenta-se em prodigioso equilibrio. Ele a expresso do sentimento

    natural e superior - verdeiro em tudo - que tem razes na terra e que se subreleva

    para l do stimo cu.

    a que a msica flutua.

    Toda uma nova criao se pe em movimento ou, tudo cantante.

    Nada de dvidas charmosas, mas a realidade terrivel e fremente.

    Mors stupebit et natura

    Chega de doces mensagens, de banhos de vapor rosados, de estufas de esquecimento,de neblinas azuis, chega de sonhos, de venenos aucarados, de aquateffana.

    A cortina dos ballets russos cau definitivamente diante das grades multicoloridas, e

    tapou esse obsceno bric-a-brac.

    No se falar mais. Requiescat in pace, amen.

  • 8/3/2019 Re Lac He

    21/37

    As mquinas enormes e negras - rodas e pistons - prodigiosas e fatais, cantam na

    continuidade o eterno retorno;

    "eles so pobres! eles so pibres! eles so pobres!"

    (lamentaes despedaantes)

    Dionisio, meus senhores, pediu emprestada a sirene de um barco a vapor. Ele bem

    mais terrvel.

    Mete mesmo d ao esoerar o ranger doloroso dessas pobres pequenas cadeiras da

    Avenidas dos Campos Elisios que saltitam sobre as suas pernas demasiado finas e

    nervosas.

    Um enterro de sexta classe passa ao fundo da rua.

    Em musica o canto belo porque . Belo e atroz.

    Num artigo anterior eu bania o canto da minha musica. Eu visava o canto na

    maneira em que ele foi sempre tratado pelos compositores; as palavras cantadas.

    O canto sem pensamento, o canto estranho, o canto verdadeiro, puro e flamejante

    como uma bandeira escarlate

    Escutaram o canto na execuo do General Ramorino? (Chants de mi-mort, cenas

    dramticas do Risorgimento)... Tudop era doce de luz na citadela de Turim - 22 de

    Maio de 1849 - o cu de seda cinzento-prola. A bandeira do Hotel Lutcia estremecia

    como uma lingua que saboreia s Benedictina. Ah, meus amigos, terrvel! terrvel! terrvel!

    Safa! longe de mim o agradvel diletantismo no qual sobrenada a artede hoje. Porque

    ser necessrio que a arte seja considerada - sobretudo em Frana - como uma coisa

    amvel e no como um sofrimento atroz - navalha de seis polegadas espetada nos

    rins, ou rosa de pequenos chumbos descarregada em plena figura?

  • 8/3/2019 Re Lac He

    22/37

    Eis que os artistas modernos de Paris, tendo abandalhado a sua lgica atvica, se

    abocanham ao sem-sentido das coisas. Daqui para a frente o sem-sentido ser um

    dominio aberto a todo o atradado-mental. Eu consolo-me: ainda sobram recintos

    onde certas pessoas nunca ho-de entrar.

    Giuseppe Verdi: forma doce e terrivel de bilboquet ponteagudo forrado de tiras

    policromas. Animal de estranha fidelidade. Os seus pulmes de papel vermelho vivo

    quase que se descolavam-se do torax da mesma maneira que as barbatanas do peixe-

    voador - eles esto expostos numa montra do Boulevard Saint-Germain. - Corao e

    entranhas eram multiflores.

    Orgo semelhantes cantaram emoes atrozes; relampagos que acariciam.

    ....il baln del tu sorriso

    Trovador, aventureiro nostalgico, tinido de armas brancas, parada de sexto, heroismo

    e liberdade, enigma de um homem:

    ...deserto su la terra

    e d'ogni re maggior.

    Para quando o aniquilamento do antropocentrismo? Matai o monstro. Emprestai a

    corda ao animismo para que se enforque. Deixai o gnio da gua que corre para os

    Zulus. Mulheres, aprendei a desfalecer com o grito espasmodico de uma sirene a

    vapor. Homens, aprendei a flagelar-vos vista dos homens-alvos dos campos de tiro,

    dansando a gibiana.

    A musica uma filha submissa: ela sofreu o nivelamento atravs da moral, domesmo modo que o do espirito humano devido influncia do cristianismo. Ela

    deixou de agir segundo a sua fora. A musica moralisada! Tudo o que encerra de

    terrvel e de problemtico, a camada espessa de idealismo que lhe sufucou. E sobre

    isso fica uma bela temporada. De resto, eu creio que nunca, em tempo algum, a

    musica existiu segundo ela prpria, segundo o seu prprio valor. A musica uma

    arte subdita, e em pura perda que procuraramos uma musica sem moral.

    Eu bem vos dizia que ela uma filha submissa!

  • 8/3/2019 Re Lac He

    23/37

    A raa dos musicos: eles tm os olhos escamosos, os dedos plidos e molhados, as

    unhas geralmente em luto; os seus amores so dos mais simples; quanto carne das

    suas faces ela horrivel vista - os seus rostos so feitos com as carnes dos ps.

    A minha msica corre sem parar, e com uma velocidade vertiginosa.

    A tranquilidade uma armadilha. Tudo mistrio, ou tudo movimento. Assim, a

    morte no ser doravante considerada como sendo inrte j que um pequeno

    mistrio, e o mnimo mistrio exige o movimento prestssimo.

    A msica contempornea apenas um vago zumbido.

    Uma verdadeira musica atinge o brilho de uma detonao espiritual. Pela

    intermitencia dar-se- musica toda a sua vivacidade; libertando-a da formula de

    equalizao onde ela repousa, retida pelo efeito da sua moralizao.

    Vejam: por si, a musica um meio expressivo incompleto; juntemo-la ao drama, mas

    de uma maneira acidental.

    O modo do velho melodrama italiano - magnifico e desacreditado, grosseiro e sincero

    - parece-me bem melhor que o mtodo de continuidade que de que sofre a musica

    contempornea. Os diferentes pezzi distinguem-se deles prprios, isolando-se no

    conjunto, pois os recitativos s a figuram como traos de unio sem importncia

    musical.

    Ao reduzi-la sua homogeneidade actual, os compositores responsveis rebaixaram amusica ao nvel de uma arte inferior, seguidista, sensorial e de convenincia.

    A musica a emanao de uma metafsica real.

    Eu disse: o artista criador um poltico.

  • 8/3/2019 Re Lac He

    24/37

    A arte penetra em vastos dominios: politica, finana, industria, cincia; entre os

    mdicos, os dentistas, as pdicures; entre os engenheiros de caminhos-de-ferro e

    aqueles de pontes e caladas, entre ks militares, os tacticos, os estrategas, etc. etc...

  • 8/3/2019 Re Lac He

    25/37

    EVOLA

    Arte Abstracta

    Reparei nas suas obras, e de como tm

    fama de vivo, mas est morto.

    Joo Ap. 3.1.

    Ns vislumbramos o fulgor na luz que se reflecte sobre cenrios de carto colorido, e

    no concebemos que o fulgor possa existir de outro modo, sendo para si, fora e

    diferentemente dessa luz, no puro infinito cu: a corrente eltrica , para ns, o

    eltrico que caminha, a lampada eltrica que ilumina. E ainda se fala de conscincia

    e de profundidade.

    Aquilo que encontrei de fundamentalmente puro no individuo no se conhece, no se

    tem; e na conscincia e na f/na vontade/da forma prtica resolve-se invarivelmente

    cada real do esprito.

    Vinda do alto, a viva corrente inverte-se na superfcie: a encontra uma srie detransformadores e de utilizadores, atravs da qual uma parte dela vai mover turbinas,

    outra a irrigar terrenos, otra a dar de beber cidade; outra, por fim, a imobilizar

    contra os imanes de obscuros diques. Para a superfcie, corrente significa gua

    potvel, energia hidraulica, eletricidade...

    Porque em mim o Eu no o Eu, mas eu-prtica, eu-sentimento, eu-filosofia. A

    doena construiu os transformadores, e fez que se deixasse de haver traos do sentir,de posse do Eu, com o Eu fora das categorias, o Eu sensao da intima liberdade

    egostica, o Eu infinita riqueza para o qual a vida de cada dia surge estranha e irreal

    faixa, incompreensvel tumefaco e corrupo das minhas esferas nocturnas.

    Je est un autre.

  • 8/3/2019 Re Lac He

    26/37

    Virtualmente existe a cada instante a corrente vital. Mas dado que os movimentos de

    todos os dias se determinam entre simbolos, esquemas prticos, convenes cnodas

    de orientao, essa no possuda, no pensada, como se no existisse.

    Assim toda a vida da humanidade se coloca na terra, sobre um invlocro resfriado

    de um enorme oceano de fogo do qual no se utiliza o calor distante e plido; os

    fogos que clareiam a "humanidade" e dos quais ela smente tem necessidade, so

    pequenos, domesticados, artificiais. Para a sua no-vida, o homem do mercado no

    sabe o que fazer com o seu fogo interno: tudo aquilo que construiu e com o qual

    vive, indolncia, velhacaria, corrupo, elemento simblicamente esttico em vez

    do elemento vital, e a chama interior que jaz abandonada a seus ps, se possuda,

  • 8/3/2019 Re Lac He

    27/37

    Dada Manifesto 1918

    o encantamento da palavra DADA

    que ps os jornalistas em polvorosadiante das portas do imprevisto

    para ns apenas mais uma treta

    Para lanar um manifesto tu deves querer: ABC, bombardear contra 1, 2, 3.

    Frustrao e aguar suas asas para conquistar e disseminao de grandes epequenos a, b, c, sinal, gritar, xingar, organizar a forma de prosa de

    evidncia absoluta, irrefutvel provar sua no-plus-ultra e apoio que a

    novidade se parece com a vida como a ltima apario de uma caarola de

    prova a essncia de Deus. Sua existncia foi j provado pelo acordeo, da

    paisagem e palavras suaves Exigir que o ABC uma coisa natural -. To

    lamentvel. Todo mundo uma forma de cristalbluffmadone, sistema

    monetrio, perna, farmacutica nua na primavera convidando ardente eestril. O amor da novidade a cruz simptica demonstrada sinal

    jem'enfoutisme ingnuo sem justa causa, de passageiros, positivo. Mas essa

    necessidade tambm antiga. Ao dar o impulso da arte suprema

    simplicidade: novidade, humano e verdadeiro para a diverso, impulsivo,

    vibrante para crucificar o tdio. Na juno das luzes, alerta, atento,

    observando h anos, na floresta.

    Eu escrevo um manifesto e no quero nada, mas eu dizer certas coisas e eusou em princpio contra o manifestos, como eu tambm sou contra os

    princpios (decilitros para o valor moral de cada frase - muito conveniente, a

    aproximao foi inventado pelos impressionistas). estou escrevendo este

    manifesto para mostrar que voc pode fazer as aes opostas juntos em um

    hlito fresco, eu sou contra a ao, pois contradio contnua, de afirmao

    tambm, no sou nem a favor nem contra e Eu no explico porque eu odeio

    o senso comum.

  • 8/3/2019 Re Lac He

    28/37

    DADA - esta uma palavra que carrega idias na caa, cada cidado um

    dramaturgo pouco, inventou cerca de diferente, em vez de colocar os

    caracteres apropriados para o nvel de inteligncia, crislidas em cadeiras,

    olhando para as causas ou efeitos ( de acordo com o mtodo psicanaltico elepratica) para cimentar seu enredo a histria, sobre e definida. Cada

    espectador um intrigante, se ele tenta explicar uma palavra (connatre!).

    Refgio acolchoada de complicaes serpentina, ele deve lidar com seus

    instintos. Da as misrias da vida conjugal.

    Explico: ventrerouges diverses dos moinhos de crnios vazios.

    DADA sem sentido

    Se houver ftil e se perde o seu tempo para uma palavra que no significanada ... O primeiro pensamento que corre na cabea est no bacteriolgica

    encontrar a sua etimologia, histrico e psicolgico, pelo menos.

    Aprendemos nos jornais que o Kroo negros chamar o rabo de uma vaca

    sagrada: DADA. O cubo ea me em uma determinada regio da Itlia:

    DADA. Um cavalo de madeira, a enfermeira, a afirmao de casal em russo e

    romeno: DADA. Jornalistas estudiosos v-lo como uma arte para os bebs,

    santos jsusapellantlespetitsenfants outras do dia, um retorno a primitivismoseco e barulhento, ruidoso e montono. Voc no constri em qualquer

    sensibilidade palavra, qualquer construo que converge perfeitamente

    chato idia, estagnadas de um pntano de ouro, produto humano relativo. A

    obra de arte no deve ser a beleza em si, desde que ela morreu, nem gay

    nem triste, nem clara nem escura, regozijai-vos maltratam ou

    individualidades, servindo bolos aurolas dos santos ou suores um curso de

    curvas atravs da atmosfera. Uma obra de arte nunca bonito, por decreto,de forma objetiva, para todos. A crtica intil, ela s existe subjetivamente,

    para cada um, e sem qualquer carter geral. Acreditava ter encontrado a

    base psquica comum a toda a humanidade? O julgamento de Jesus ea tampa

    Bblia debaixo das suas asas largas e benevolente: merda, animais, dias.

    Como voc quer que a ordem o caos que constitui aquela infinita variao

    informa: o homem? O princpio "amor teu prximo" uma hipocrisia.

    "Conhece a ti mesmo" utpico, mas mais aceitvel porque contm a

  • 8/3/2019 Re Lac He

    29/37

    maldade nele. Sem piedade. Ainda temos esperana depois da carnificina de

    uma humanidade purificada. Eu sempre falo para mim desde que eu no

    quero convencer, eu no tenho direito de levar os outros em meu rio, no

    estou forando ningum a seguir e todo mundo faz a sua arte sua maneira,se sabe a alegria subindo para os estratos astral, ou o que desce das minas

    para as flores de cadveres e espasmos frtil. Estalactites: procur-los em

    toda parte, no berrio ampliado pela dor, olhos brancos como lebres anjos.

    Assim nasceu DADA de uma necessidade de independncia, a desconfiana

    da comunidade. Aqueles que pertencem a ns manter a sua liberdade. Ns

    no reconhecemos nenhuma teoria. Ns temos o suficiente do cubista e

    futurista academias: laboratrios de ideias formais. H arte para ganhardinheiro e pet o burgus agradvel? Assonncia moeda slida rimas e slides

    de inflexo ao longo da linha do ventre no seu perfil. Todos os grupos de

    artistas levaram ao banco, montado em vrios cometas. A porta aberta a

    oportunidades de chafurdar nas almofadas e alimentos.

    Aqui ns damas ncora no barro.

    Aqui ns temos o direito de proclamar, como vivemos a emoo e excitao.

    Fantasmas de energia bbados que mergulhar a lana na carne descuidado.Maldies ns escoamento abundante vegetao tropical tonturas goma, ea

    chuva o nosso suor, ns sangramos e queimar a sede, o nosso sangue a

    fora.

    Cubismo nasceu da maneira simples de olhar para o objeto: Czanne pintou

    um copo de 20 centmetros abaixo dos olhos, os cubistas olhar para ela de

    cima, outros complicar aparncia por uma perpendicular seo organizar

    sabiamente seguinte. (No estou a esquecer os criadores, nem as razesprincipais foram na final.) O futurista v o mesmo copo em movimento, uma

    sucesso de um objeto ao lado do outro maliciosamente embelezado alguns

    linhas de fora. Isso evita que a tela uma pintura boa ou ruim para o

    investimento de capital intelectual. O pintor cria um mundo novo, cujos

    elementos so os meios, uma. Sbria e definido, sem argumento Os

    protestos novo artista: ele j no pinta (reproduo simblica e ilusionista),

    mas cria diretamente na pedra, madeira, ferro, estanho, pedras, corpos de

  • 8/3/2019 Re Lac He

    30/37

    locomotivas que pode ser girado em todas as direes pelo vento lmpido de

    sensao momentnea.

    Cada pictrica ou plstica intil, um monstro que assusta mentes servis,

    no doce para enfeitar a refeitrios de animais em roupas humanas,ilustraes da fbula triste da humanidade. - A pintura a arte de juntar

    duas linhas paralelas geometricamente observado, em uma tela, diante dos

    nossos olhos a realidade de um mundo depois de transposta a novas

    condies e oportunidades. Este mundo no especificado ou definido no

    trabalho, em suas muitas variaes para o telespectador. Para seu criador,

    sem justa causa ou teoria. Ordem = = distrbio no me-me = declarao

    negao: as radiaes supremo de uma arte absoluta. Pureza absoluta docaos csmico e ordenou, eterna, nos glbulos segundo sem durao, sem

    respirar, sem luz, sem controle. Eu gosto de um trabalho antigo de sua

    novidade. H o contraste que nos liga ao passado. Os escritores que ensinar

    e discutir moral ou melhorar a base psicolgica tm, alm de um desejo

    escondido para ganhar, um conhecimento ridculo da vida, eles tm

    classificados, compartilhada, canalizado, eles persistem em ver nas

    categorias quando os combates da medida. Seus leitores rir e continuar:para qu?

    H uma literatura que no atingir a massa voraz. Trabalho criativo, deixando

    uma necessidade real para o autor, e para ele. Conhecimento de um egosmo

    supremo, onde a madeira murchar. Cada pgina deve explodir, seja pela

    seriedade profunda e pesada, o turbilho, tonturas, novamente, o eterno, a

    piada de britagem, o entusiasmo dos princpios ou a forma de ser impresso.

    Este um mundo cambaleando vazamento noivo a sinos infernal dointervalo, que o outro lado: novos homens. Bouncy, dura, soluos Rider.

    Este um mundo mutilado e charlates literria em busca de melhoria.

    Digo-vos no h comeo e no trememos, no somos sentimentais. Ns

    rasgamos, vento furioso linho, de nuvens e de oraes, preparando o grande

    espetculo do desastre, o fogo, a decomposio. Prepare a remoo de luto e

    substituir as lgrimas por sirenes esticadas de um continente para outro.

    Pavilhes de intensa alegria e vivos com a tristeza do veneno. &x2a50;

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    DADA o sinal de abstrao, publicidade e negcios tambm so elementos

    poticos.

    Eu destruo as gavetas do crebro e da organizao social desmoralizado em

    toda parte e lanando mo do cu ao inferno, os olhos do inferno ao cu,restabelecer a roda fecunda de uma pessoa do circo.

    Filosofia a questo: de que lado comear a olhar para a vida, deus, idia,

    ou qualquer outra coisa. Todos ns olhamos errado. Eu no acho que o

    resultado relativo mais importante do que a escolha entre bolo e cerejas

    depois do jantar. Como olhar rapidamente o outro lado de uma coisa, impor

    sua opinio indiretamente chamado dialtica, em outras palavras, o

    esprito de barganha, enquanto mtodo de dana em torno dela. Se eugritar:

    Perfeito, perfeito, perfeito

    Conhecimento, compreenso, conhecimento,

    Bumbum, Bumbum, Bumbum,

    Eu gravei com bastante preciso o Progresso, a Lei moral, e todas as outrasqualidades bem que vrias pessoas muito inteligentes tm discutido ao longo

    do livro para chegar ao final, dizer que todos ainda danaram ao depois o

    pessoal Bumbum, e ele est certo para o seu Bumbum, a satisfao da

    curiosidade doentia; Anel privado precisa inexplicvel; dificuldades

    pecunirias banho; estmago com repercusses na vida; autoridade do wand

    mstica formulada condutor bouquet fantasma para arcos mute, lubrificado

    poes de base de amnia animal. Com o monculo azul de um anjo quemoated dentro de vinte centavos de dlar por reconhecimento unnime.

    Se todos esto corretos e se todas as plulas so apenas-de-rosa, vamos

    tentar mais uma vez no estar certo. Acredita-se para explicar

    racionalmente, pelo pensamento, o que ele escreve. Mas muito relativo. A

    psicanlise uma doena perigosa, entorpece as inclinaes anti-real de

    homens e sistematiza a burguesia. No h verdade final. A dialtica uma

    mquina divertida que nos leva / de uma forma ordinria / pareceres que

  • 8/3/2019 Re Lac He

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  • 8/3/2019 Re Lac He

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    proclamado nica base de entendimento: a arte. No a importncia que

    ns, soldados da mente, prdiga ele por sculos. Art aflige as pessoas e

    quem sabe se interessar, vai receber carcias e oportunidade de povoar o

    pas de sua conversa. A arte uma coisa privada, o artista faz isso por ele,um produto de trabalho entendida como um jornalista, e porque eu gosto

    de misturar cores neste ponto que o leo monstro: tubo de papel imitando

    imprensa e de metal que paga automaticamente odeio covardia, vilania. O

    artista, o poeta sada o veneno da massa condensada em um gerente de

    departamento na indstria, ele feliz sendo insultado: evidncia da sua

    imutabilidade. O autor, o artista elogiado pelos jornais, o entendimento

    constante do seu trabalho: forro de um casaco de miserveis ao pblico;panos cobrindo brutalidade, mijar trabalhando no calor de um animal

    incubando a instintos mais bsicos. Carne flcida e inspida multiplicando-

    se com os micrbios tipogrficos.

    Ns empurramos a tendncia se lamentar em ns. Qualquer filtro desta

    natureza cristalizadas diarria. Para incentivar esta arte significa digeri-lo.

    Precisamos de obras fortes, retas, precisa e sempre incompreendida. A

    lgica uma complicao. A lgica sempre falso. Ele desenha o filho deconceitos, palavras, em seu exterior formal, at aos confins ilusria centros,.

    Suas cadeias matar, independncia centopia enorme sufocante. Casado

    com a lgica, a arte estaria vivendo em incesto, engolindo, engolindo a

    prpria cauda sempre o seu corpo, fornicando em si mesmo e temperamento

    se tornaria um pesadelo tarred protestantismo, um monumento, um monte

    de cinza e intestinos pesado.

    Mas a flexibilidade, entusiasmo e at mesmo o rosto da injustia, que averdade pouco que praticamos inocente e que nos faz bonito: ns somos

    muito bem e nossos dedos so maleveis e deslizar como os galhos desta

    planta insinuante e quase lquida; Ela diz que a nossa alma, dizem os

    cnicos. tambm um ponto de vista, mas todas as flores no so santos, por

    sorte, eo que divino em ns o despertar do anti-humano. Esta uma flor

    de papel na lapela de cavalheiros que freqentam o baile da vida mascarada,

    cozinha graa, brancas ou moles primos gordura. Eles lidam com o que ns

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    selecionamos. Contradio e unidade de um nico jato polar, pode ser

    verdade. Se levarmos em qualquer caso, para decidir essa banalidade

    apndice, um carter libidinoso, o mal cheiro. A atrofia moral como todo

    produto do mal de inteligncia. Controle da moralidade e da lgica queinfligimos impassvel perante a polcia - por causa da escravido - ratos

    podres cujos cidados tm a barriga cheia, e infectaram os corredores s de

    vidro transparente e limpo que permaneceu aberta aos artistas.

    Que cada homem chora h um grande trabalho destrutivo, negativo, a ser

    feito. Varrer, limpar. A limpeza do indivduo se afirma a partir do estado de

    loucura, loucura agressiva, completa, d, um mundo deixado nas mos de

    bandidos que rasgam e destroem os sculos. Sem propsito ou design, semorganizao: a loucura indomvel, de decomposio. Fortes por palavra ou

    por fora de sobreviver, porque eles esto vivos na defesa, agilidade e

    sentimentos dos membros em seus lados chamas facetada.

    Moralidade determinou caridade e piedade, duas bolas de sebo que

    cresceram como os elefantes, os planetas, e chamado de bom. Eles no tm

    nada de bondade. A bondade lcida, clara e decisiva, o cruel para o

    compromisso ea poltica. A moralidade a infuso de chocolate nas veias detodos os homens. Esta tarefa no ordenado por uma fora sobrenatural,

    mas a confiana dos comerciantes de idias e monopolistas acadmico.

    Sentimentalismo: vendo um grupo de homens discutindo entediado e eles

    inventaram o calendrio ea sabedoria da medicina. Colando etiquetas, a

    batalha se desenrolava filsofos (mercantilismo, equilbrio, medidas

    cuidadosas e mdia) e percebemos mais uma vez que a piedade um

    sentimento, como a diarreia relacionada com a averso que estraga a sade,o trabalho sujo carnia de comprometer o sol.

    Eu proclamo a oposio de todas as faculdades csmica para que

    blennhorragie um sol podre fora das fbricas do pensamento filosfico, a

    luta com todos os meios de

    Dadasta NOJO

    Cada produto de desgosto capaz de se tornar uma negao da famlia dad;

    punhos em protesto de todo o seu ser em ao destrutiva: Dada;

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    conhecimento de todos os meios at ento rejeitadas pelo sexo do

    compromisso pblico de convenincia e polidez : DADA; abolio da lgica,

    da dana da criao impotente: DADA; qualquer equao hierarquia e social

    estabelecida para os valores por nossos manobristas: DADA; cada objeto,todos os objetos, sentimentos e obscuridades, aparies e precisa de choque

    de linhas paralelas, so meios para a luta: Dada; abolio da memria:

    DADA; abolio da arqueologia: DADA; abolio dos profetas: DADA;

    abolio do futuro: DADA; crena absoluta indiscutvel em cada deus

    produto imediato de espontaneidade: DADA; salto elegante e menos que

    uma harmonia a outra esfera; trajetria de um som da fala jogado como um

    grito difcil respeitar todas as individualidades, em sua loucura do momento:grave, medroso, tmido, ardente , vigoroso, determinado, entusiasmado,

    cascas de igreja cuspir acessrio intil e pesado, como uma cascata luminosa

    de amor ou depreciativos pensamento, ou mimo - com grande satisfao que

    muito igual - com a mesma intensidade em o mato, puro sangue de insetos

    para bem-nascidos, e os rgos dourada dos arcanjos, de sua alma.

    Liberdade: DADA DADA DADA, uivando tensa dor, entrelaamento dos

    contrrios e todas as contradies, grotescos, inconsistncias: LIFE.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    FESTIVAL MANIFESTO-presbiopia-

    Orador. - No meu ltimo manifesto canibal, eu disse que o cu, o cu representa a

    vida tal como as batatas fritas e que se vende como a honra? Pois bem, esta noite

    isso est dado como se fosse nada, e veja como esta pequena sala se encheu?

    Espectador. - Ento vai comear de de novo, sempre com ordinarices e obscenidades?

    Em vez de se expressar em francs!

    Orador. - A obscenidade existe na sua pobre imaginao, no h obscenidade. A

    vida uma obscenidade? Fazer filhos uma obscenidade?

    Espectador. - A vida o que belo.

    Orador. - Oh! um bom casamento ou um dote legal, o que d no mesmo, ou uma

    vitria que se obtem com custa de funerais.

    Espectador. - No possvel compreendermo-nos, voc leva tudo para a

    materialidade.

    Orador. - Eu entendo o que voc ama, a oficial glria! Voc quer que eu lhe diga

    o que lhe desagrada em Dada? que Dada no gosta de vendas, de arremessos, de

    lavagens ai crebro; voc sente que Dada se est cagar para si.Espectador. - E pode-me dizer porque que se est nas tintas para mim?

    Orador. - Porque voc srio, logo idiota.

    Espectador. - Eu no vejo muito bem porqu...

    Orador. - O artista ou esse burgus, um gigantesco inconsciente , ele toma a sua

    timidez por honestidade! As suas caridades e as suas admiraes, meu caro senhor,

    so mais desprezveis do que a sfilis ou gonorreia que voc distribui ao seu vizinho,

    sob o pretexto do temperamento ou do amor.Espectador. - Eu no posso continuar a comprometer-me com algum como voc, e

    eu convido a todos vs, meus colegas espectadores a sair desta sala, ao mesmo

    tempo que eu, pois no podemos mantermo-nos contacto com esta pessoa.

    Orador. - Claro, voc tem medo que o vento levante a sua saia e vejamos que o

    seu sexo falso, seu cabelo tambm falso, seus dentes so falsos, que voc tem um

    olho de vidro e que o nico que me olha com franqueza, o outro um camaleo

    de Asneiras, a 20.000 francos. o Carate, para os parvos.

  • 8/3/2019 Re Lac He

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    Espectador. - Senhor, eu andando, alm de que no tenho nenhuma saia, eu sou um

    homem!

    Orador. - Oh! calas ou saias, vai dar ao mesmo, s muda sexo, mas tanto em si

    como nos seus semelhantes o sexo no pode mudar, porque falso.Espectador. - Mas no h nada errado, pelo menos uma das teorias que voc

    papagueou.

    Orador. - Voc est certo, no h nada de errado.

    Espectador. - A imitao, parece-me .....

    Orador. - A imitao verdade, um jardim em celulide verdade, um papagaio de

    cristal de rocha verdade, uma ovelha em ruoltz verdade.

    Espectador. - Voc no me vai dizer que DADA verdade?

    Orador. - DADA que lhe fala, ele tudo, ele entende tudo, de todas as

    religies, ele no pode ser nem vitria nem derrota, ele vive no espao e no no

    tempo. - Mas perdo Sr. Espectador de nacionalidade pretende ser?

    Espectador. - Eu sou francs de Paris

    Orador. - De Paris

    Espectador. - Sim, de Paris

    Orador. - Sim, existem os franceses de Marselha, de Bordeaux, de Besanon, de

    Paris, voc como algumas pessoas na Terra, que se julgam russas, americanas,alems ou inglasas, verdadade, verdade que voc gosta de viajar em diligncia.

    Espectador. - Miseravel (e d um tiro de revlver no orador)