REABILITAÇÃO ESTÉTICA COM FACETAS DIRETAS DE RESINA ... · devolver a estética a paciente....
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¹ Acadêmica do Curso de Odontologia, 10ª fase, Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Centro Universitário UNIFACVEST. ² Orientador, Cirurgião-Dentista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora, Professor no Centro Universitário UNIFACVEST.
REABILITAÇÃO ESTÉTICA COM FACETAS DIRETAS DE RESINA COMPOSTA
EM DENTES ACOMETIDOS PELA AMELOGENÊSE IMPERFEITA: UM RELATO
DE CASO
Steilla Fernandes Batista¹
Renan de Ré Silveira ²
RESUMO
Resumo: O esmalte dental é um tecido incomum, pois uma vez formado não passa por
reformas como outros tecidos. A formação de esmalte dentário pode ser dividida em três
etapas, esses processos ocorrem através da influência genética e mudanças ambientais, o
desenvolvimento de defeitos no esmalte pode resultar de quaisquer danos ocorridos nesses
estágios. A Amelogênese Imperfeita é um dos defeitos que ocorrem durante a formação do
esmalte, associado a malformações hereditárias. A reabilitação do paciente acometido pela
Amelogênese Imperfeita consiste em reestabelecer uma proteção para a dentina exposta e
devolver a estética a paciente. Metodologia: Relato de um caso clínico, mostrando a
reabilitação de um paciente diagnosticada pela Amelogênese Imperfeita, onde o tratamento de
escolha foram facetas diretas de resinas composta, por ser um tratamento conservador,
estético e funcional realizado normalmente em sessão única, minimizando a quantidade de
tecido dental para ser removido em um dente já comprometido pela deficiência de esmalte.
Conclusão: Tratamento restaurador com facetas diretas de resina composta apresentou
grandes vantagens, por no seu processo restaurador conservador, fácil execução, reduz a
sensibilidade do paciente e melhorou significantemente a estética da paciente.
Palavras Chaves: Amelogênese Imperfeita, Faceta resina composta, Folheados compostos.
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¹ Acadêmica do Curso de Odontologia, 10ª fase, Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Centro Universitário UNIFACVEST. ² Orientador, Cirurgião-Dentista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora, Professor no Centro Universitário UNIFACVEST.
ABSTRACT:
Abstract: Dental enamel is an entered tissue because once formed it does not undergo
renovations like other tissues. The formation of a dental enamel can be divided into three
steps, these processes cause chemical and environmental changes, or the development of
defects in enamel can result in damage caused by such damage. Amelogenesis imperfecta is
one of the defects that occur during enamel formation, associated with hereditary inheritance.
The rehabilitation of the patient affected by Amelogenesis Imperfecta consists in restoring
protection to the exposed dentin and returning the aesthetics to the patient. Methodology:
Case-related, showing a rehabilitation of a patient diagnosed with Amelogenesis Imperfecta,
where the treatment of choice of which facets are directed to composite resins, being a
conservative, aesthetic and functional treatment usually performed in one piece, minimizing
an amount of dental tissue to remove a tooth already compromised by enamel deficiency.
Conclusion: Restorative treatment with direct composite resin veneers has great advantages,
because no conservative restorative process, easy execution, reduces patient sensitivity and
significantly improves patient aesthetics.
Key Words: Amelogenesis Imperfecta, Composite resin veneer, Composite veneers.
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1 INTRODUÇÃO
A odontologia estética envolve a integração harmoniosa do design do sorriso,
concepção e seleção de materiais. Isso é realizado por um conhecimento abrangente de
estética facial, morfologia dentária e técnicas de restauração disponíveis. Uma compreensão
dos componentes do sorriso, dentes, tecidos gengival, e lábios, é crucial. Os incisivos centrais
superiores são o ponto focal visual para o sorriso, e devem ser dominantes e simétricos
(WAHBI M.A. et al., 2013)
A coroa do dente é formada pela dentina e o esmalte. O esmalte promove proteção e
revestimento para o elemento dental. Ele é o tecido mais duro e mineralizado do corpo
humano, porém extremamente sensível a variações do ambiente em sua formação, o que pode
resultar em defeitos (BARZOTTO, I.; RIGO L. 2018).
O esmalte maduro, é composto por 95% por cristais de hidroxiapatita de cálcio. Sua
estrutura é altamente organizada, na forma de prismas entrelaçados e material inter-
prismático dos cristais de hidroxiapatita. Essa organização estrutural e composição química
fornecem a resistência mecânica para suportar o uso a longo prazo. Na formação do esmalte,
os ameloblastos são perdidos após a erupção do dente. Consequentemente, o esmalte carece
de capacidade para reparo celular e uma vez formado, deve funcionar por toda a vida
(SMITH, C. et al. 2017).
O esmalte dental é um tecido incomum, pois uma vez formado não passa por reformas
como outros tecidos. A sua formação é complexa e controlada por células diferenciadas, os
ameloblastos. O ciclo de vida dessas células é composto de 5 estágios: pré-secretório,
secretório, transição, maturação e pós-maturação. Geralmente, defeitos que ocorrem durante a
fase secretora resultam em menor secreção da matriz e, consequentemente, na produção de
esmalte frágil e defeituoso (COELHO, A. S. E. C. et al.; 2019).
A formação de esmalte dentário pode ser dividida em três etapas, a primeira etapa é a
formação da matriz, nesse estágio as proteínas envolvidas na amelogênese são produzidas. Na
segunda etapa, de calcificação, o mineral é depositado, e a maioria das proteínas originais são
removidas. No último estágio de maturação, o esmalte passa pelo processo final de
calcificação, e as proteínas restantes são removidas. Esses processos ocorrem através da
influência genética e mudanças ambientais, o desenvolvimento de defeitos no esmalte pode
resultar de quaisquer danos ocorridos nesses estágios (BARZOTTO, I.; RIGO L. 2018).
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Defeitos de mineralização de tecidos duros dentais podem afetar dentina e / ou
esmalte. Os tipos de alterações podem chegar de leve hipomineralização com descoloração
moderada causada por defeitos de mineralização que alteram as características ópticas a
alterações hipoplásicas com perda excessiva de tecidos dentários duros, especialmente
esmalte (SABANDAL, M. M. I.; SCHAFER, E.; 2016).
A amelogênese imperfeita AI é causada por um gene determinado, uma condição
hereditária que afeta o esmalte dentário. Essa condição se refere a um grupo de anomalias de
desenvolvimento dos dentes, que afetam o genoma do indivíduo e está relacionado a pelo
menos uma das etapas da formação do esmalte, que afeta tanto a dentição decídua quanto a
permanente (SABANDAL, M. M. I.; SCHAFER, E.; 2016).
Há diferentes categorias de AI, a hipoplásica (esmalte fino e corado, mas geralmente
calcificado), hipomaturada (esmalte de espessura normal, mas com dureza reduzida e sua cor
varia de marrom amarelado a marrom avermelhado), hipocalcificada (esmalte macio, que
pode ser removido sem dificuldade) e hipocalcificada/hipomaturada combinado com
taurodontismo (BARZOTTO, I.; RIGO L. 2018).
A prevalência estimada de AI é relatada pode variar entre aproximadamente 1: 16.000
e 1: 700 de indivíduos, dependendo na população estudada e nos critérios de diagnóstico
utilizados. Distúrbios extrínsecos, cronológicos e distúrbios localizados da formação dentária
e distúrbios metabólicos que afetam a formação de esmalte devem ser considerados no
diagnóstico diferencial para Amelogênese Imperfeita (LEEVAILOJ, C.;
LAWANRATTANAKUL, S.; MAHATUMARAT, K. 2017).
A reabilitação de dentes com AI é complexa e requer uma abordagem multidisciplinar.
Os objetivos do tratamento são reduzir a sensibilidade e a suscetibilidade à cárie, proteger a
estrutura dentária do desgaste, estabelecer bons hábitos de higiene e restaurar a estética e a
função melhorar a qualidade de vida do paciente. As fases do tratamento são longas, portanto,
a colaboração do paciente é essencial. Existem várias opções de tratamento para os dentes
afetados pela Amelogênese Imperfeita, incluindo microabrasão, facetas cerâmicas,
restaurações adesivas diretas de resina composta, até coroas totais (DURSUN, E. et al.2016).
O objetivo deste artigo é apresentar um protocolo de reabilitação estética com facetas
diretas de resina composta em dentes acometidos pela Amelogenêse Imperfeita, devolvendo a
estética e função dos dentes. Relatando a avaliação do paciente, considerações estéticas pré-
operatórias, seleção das resinas compostas restauradoras e o procedimento clínico.
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2 RELATO DO CASO
Paciente do sexo feminino, 24 anos de idade, procurou atendimento na clínica
odontológica do Centro Universitário Unifacvest com a queixa principal de estar insatisfeita
com a aparência de seu sorriso, devido a presença de manchas escuras nos dentes. Foram
realizados exames clínico e radiográfico, além de fotografias intra e extra-orais (Figura 1, 2).
As manchas acometiam todos os dentes, de ambos arcos superior e inferior, eram de
coloração branco opaco e acastanhadas. Os dentes acometidos pelas manchas apresentavam
textura rugosa e foi também observado a presença de pequenas cavidades em esmalte (não
cariosas). O dente 11 possuía cor mais escura em relação aos dentes adjacentes e na imagem
radiográfica, verificou-se a presença de tratamento endodôntico.
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Uma vez que havia presença evidente de biofilme e inflamação gengival, a primeira
abordagem consistiu de medidas de prevenção de saúde e orientação de higiene oral. Desse
modo, a paciente foi encaminhada para realizar tratamento periodontal a fim de possibilitar o
tratamento restaurador.
Os arcos dentais superior e inferior foram moldados e encaminhado para o técnico em
prótese dental os modelos em gesso especial para executar o enceramento diagnóstico do
caso .
A partir da análise do contorno gengival, a posição dos zênites gengivais dos
elementos 11, 12, 21 e 22 encontravam-se na mesma altura. Buscando melhorar a harmonia
do sorriso, foi proposto para a paciente a realização de gengivoplastia.
A gengivoplastia foi realizada com uma lâmina de bisturi 15C (Swann-Morton) sob
anestesia local com Artcaina com epinefrina 4%, com objetivo de aumentar a coroa clínica,
para um contorno mais harmônico do contorno gengival. Foi removido 1mm do tecido
gengival dos elementos 13,12,11,21, 22 e 23, não sendo necessário intervir no tecido ósseo,
finalizando com sutura interpapilar com fio de seda 4.0.
Após a cicatrização do tecido gengival, aproximadamente após 90 dias, foi iniciado o
procedimento de clareamento dental. Optou-se pela técnica caseira, com peróxido de
carbamina 10 % (Opalescence, Ultradent). A recomendação foi de utilizar a moldeira por 2
horas, duas vezes ao dia.
A partir do enceramento de diagnóstico foi realizado um mock-up, a partir de guia
confeccionada em material de moldagem baseado em polivinilsiloxano (President, Coltène).
A guia então foi preenchida com resina bisacrílica cor A1 (Structur, Voco) e levada em,
reproduzindo tamanho, volume e forma das futuras facetas diretas. Com isso foi possível
realizar as restaurações de forma previsível, ao mesmo tempo que a paciente pode ter uma
perspectiva do resultado do tratamento (Figura).
Na sessão seguinte, o preparo foi realizado sobre um novo mock-up, servindo como
guia. Com uma ponta diamantada #4141 (KG Sorensen) foi feito o desgaste e as regiões
reduzidas foram demarcadas com grafite. Em seguida removido o mock-up, para visualização
de regiões que necessitavam de preparo foram reduzidas com pontas diamantadas #2135 de
granulação fina e extrafina (KG Sorense). Desse modo o preparo foi realizado de forma
minimamente invasiva. Por fim, com guia obtida a partir do enceramento foi confirmada a
espessura do preparo de aproximadamente 1mm. No incisivo central superior direito, pelo
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fato de apresentar coloração mais escurecido, o preparo foi mais acentuado a fim de
possibilitar a utilização de uma espessura maior de material restaurador. Além disso, isso foi
realizado devido ao fato de o dente estar numa posição mais vestibularizada em relação ao
incisvivo centra superior esquerdo.
Posteriormente foi realizado o isolamento absoluto do campo operatório, de forma
modificada (Figura). Foi inserido fio retrator gengicval #000 (Ultrapack, Ultradent) e
realizado condicionamento ácido total no esmalte com ácido fosfórico 37% (UltraEtch,
Ultradent) e aplicado adesivo (Tetric N-Bond Universal, Ivoclar Vivadent).
Iniciou-se a aplicação dos incrementos de resina composta pela face palatina, com
resina composta de alta translucidez (Trans N, Vittra, FGM). A resina foi inserida na guia
realizada a partir do enceramento. A guia foi levada em boca, e realizada a polimerização do
incremento com unidade fotopolimerizadora LED (Valo, Ultradent). Em seguida foi aplicada
uma resina composta de baixa translucidez (XWB, Filtek Z350 Body, 3M ESPE), com o
objetivo de mascarar a cor escura do substrato. Apesar do clareamento dental realizado ter
amenizado a coloração desfavorável dos substratos, o mesmo não foi suficiente para que esses
apresentassem cor favorável, dispensando a utilização de resina composta de alto valor
(luminosidade) mais elevado.
Para reproduzir os efeitos ópticos dos dentes naturais, foi inserida no bordo incisal
uma resina composta opalescente (Trans Opal, Vittra, FGM). O último incremento consistiu
de uma resina composta de maior translucidez (IPS Empress Direct, Ivoclar Vivadent, cor B1
Enamel).
Por fim, um gel bloqueador de oxigênio (Power Block, BM4) foi aplicado sobre a
restauração, após a fotopolimerização final e realizada uma fotopolimerização adicional. Tal
procedimento é realizado pois a presença de oxigênio inibe a polimerização da resina
composta.
Finalizada a restauração, o fio retrator foi removido e os excessos grosseiros
removidos. O acabamento inicial foi realizado com discos abrasivos, em abrasividade
decrescente (Sof-Lex, 3M ESPE), borrachas de silicone (AstroPol, Ivoclar Vivadent) e tiras
de lixa para a região proximal (Epitex, GC). 48 h após o acabamento final, o polimento das
restaurações foi realizado com broca multilaminada (Besser), discos de lixa, borrachas
abrasivas, disco diamantado espiral (Sof-Lex, 3M ESPE) e escova de pelo de cabra (American
Burs).
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3 DISCUSSÃO
O tratamento dentário de pacientes com Amelogênese Imperfeita é um desafio,
exigindo uma abordagem detalhada do tratamento interdisciplinar com base no diagnóstico
correto. (SABANDAL, M. M. I.; SCHAFER, E.; 2016).
Os defeitos que afetam a superfície do esmalte estão presentes com características
muito semelhantes a outras anomalias dentarias, implicando em um diagnóstico mais
complexo. Conhecimento dos defeitos existentes do esmalte dental pelo cirurgião-dentista é
essencial para determinar diagnóstico diferencial e estabelecer o tratamento (BARZOTTO, I.;
RIGO L. 2018).
Para diferenciar as múltiplas formas de malformação dos tecidos dentários duros, é
obrigatório investigar se algum membro da família apresenta alterações iguais para avaliar
evidências das malformações hereditárias nos dentes. (SABANDAL, M. M. I.; SCHAFER,
E.; 2016). A insatisfação estética dos dentes da paciente, foi diagnosticada como
Amelogênese Imperfeita, devido as características clínicas dos dentes e o histórico familiar.
É importante considerar que a Amelogênese Imperfeita é uma anomalia hereditária do
esmalte, que afeta ambas as dentições (İZGI AD, KALE E, NIĞIZ R. 2015). Pode causar
muitas alterações como sensibilidade dentária, perda da dimensão vertical, deficiências de
esmalte, falha na erupção dentária, impactação dos dentes permanentes, comprometimento
estético e mordida aberta anterior (MOREIRA, R. F. et al.; 2016).
As características anatômicas e histológicas dos vários tipos de AI incluem a espessura
reduzida do esmalte (hipoplasia) ou a mineralização diminuída (hipomineralização) que inclui
subtipos da hipomaturação e da hipocalização (WITKOP CJ., JR. 1988)
A paciente relata queixa principal a insatisfeita com a aparência de seu sorriso, devido
a presença de manchas escuras nos dentes. Segundo Leevailoj et al (2017) a apresentação
clínica comum dos pacientes afetados pela Amelogênese Imperfeita é a cor marrom-
amarelado e descoloração generalizada dos dentes, que resulta do esmalte defeituoso. Quando
um diagnóstico suspeito de Amelogênese Imperfeito é confirmado, o tratamento deve ser
considerado para evitar mais destruições, devido a fragilidade do esmalte (SABANDAL, M.
M. I.; SCHAFER, E.; 2016).
A paciente apresentava um grande acúmulo de biofilme e inflamação gengival, por
isso iniciou- se primeiramente tratamento periodontal e orientações de higiene. Segundo
Sabandal et al. (2016) é necessário antes de iniciar o tratamento reabilitador avaliar o estado
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gengival e periodontal para estabelecer uma boa saúde periodontal e melhorar a higiene bucal
individual para evitar a destruição dos dentes irrompidos em ambas as dentições por lesões
cariosas e doença periodontal. İzgi et al (2015) relatam que os pacientes com AI devem fazer
um esforço extra para manter a via oral higiene e suas visitas ao dentista devem ser feitas mais
frequentemente.
O tratamento para a AI está relacionado a muitos fatores, incluindo idade, gravidade
dos danos, estética, status socioeconômico, aspectos psicossociais e demandas funcionais e
estética (MOREIRA, R. F. et al.; 2016)
Reabilitação funcional para AI é um desafio devido à variedade de opções de
tratamento ((İzgi AD, Kale E, Niğiz R. 2015). Em relação ao tratamento dessa anomalia, uma
das opções é a restauração direta com resina composta, principalmente em indivíduo jovem,
por apresentar capacidade de suprir as necessidades restauradoras com excelente estética e
função (BARZOTTO, I.; RIGO L. 2018). Foi apresentado a paciente o tratamento reabilitador
de facetas indiretas de porcelana, porém devido as condições financeiras da paciente, ela
optou pelas facetas diretas de resina composta.
Técnicas restauradoras diretas proporcionam um tratamento conservador, estético e
funcional. Normalmente é realizado em sessão única, minimizando a quantidade de tecido
dental para ser removido em um dente já comprometido pela deficiência de esmalte
(LEEVAILOJ, C.; LAWANRATTANAKUL, S.; MAHATUMARAT, K. 2017).
O uso de facetas com resina composta pode ser uma boa alternativa de custo e
economia de tempo quando comparado com as facetas de porcelana (Fahl, 2007). A
desvantagem é alteração de cor a longo prazo, aproximadamente cinco anos, além de
necessitar periodicamente de polimento (ZORBA, Y.O., BAYINDIR, Y. Z., BARUTCUGIL,
C., 2010).
O tratamento com restaurações adesivas diretas para a AI apresenta como vantagens, o
baixo tempo tratamento, facilidade de execução, estética satisfatória baixo custo, porque,
usando materiais dentários resinosos, é possível restaurar a anatomia dentária e criar um
ambiente natural aparência dos dentes, restaurando características como cor, translucidez,
matriz, croma e valor (OLIVEIRA et el., 2015). Após a reabilitação, foi possível mascarar
consideravelmente a pigmentação escurecida, devolvendo uma estética favorável a paciente.
A literatura apresenta diferentes tratamentos que utilizam todos os tipos de cimentos
de ionômero de vidro, facetas de resina composta, coroas de aço inoxidável, restaurações de
amálgama, restaurações adesivas, metal-cerâmica coroas, facetas de resina pré-fabricado e
várias extrações exigindo uma overdentura (SREEDEVI S, SANJEEV R, EFRAIM R,
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JOSEPH M. 2014). No tratamento o principal objetivo é preservar a estrutura máxima dos
dentes, restaurar funções mastigatórias e estéticas e eliminar a sensibilidade dental (İZGI AD,
KALE E, NIĞIZ R. 2015).
4 CONCLUSÃO
O tratamento de um paciente com AI é uma questão de encontrar um aceitável equilíbrio
risco-benefício para o profissional e o paciente. Essa abordagem ultraconservadora
possibilitou que os desfechos estéticos e biomecânicos desejados fossem alcançados com
sucesso.
REFERÊNCIAS
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