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Revista Pelo décimo quinto ano consecutivo, a ABLA está apurando os números do setor de locação a serem divulgados em março, com o aval da LAFIS Informação de Valor. Dinheiro: Julio Blandy e Rodrigo Paulino, do Bradesco Financiamentos, falam sobre crédito para veículos Boa Vista SCPC substitui Serasa Experian para consultas de crédito das associadas Orientações para avaliar e acompanhar de perto os contratos de terceirização Rondônia, Santa Catarina e dicas para viajar de carro pela América do Sul Realidade em Números #64 2016 JANEIRO/FEVEREIRO

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Revista

Pelo décimo quinto ano consecutivo, a ABLA está apurando os números do setor de locação a serem

divulgados em março, com o aval da LAFIS Informação de Valor.

Dinheiro: Julio Blandy e Rodrigo Paulino, do Bradesco Financiamentos, falam sobre crédito para veículos

Boa Vista SCPC substitui Serasa Experian para consultas de crédito das associadas

Orientações para avaliar e acompanhar de perto os contratos de terceirização

Rondônia, Santa Catarina e dicas para viajar de carro pela América do Sul

Realidade em Números

#642016

JANEIRO/FEVEREIRO

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Carta do Presidente

Reeleição e reconhecimento

A REELEIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL da

ABLA nos faz ver que, embora o trabalho tenha sido árduo, embora nossa jornada tenha sido longa, nós trilhamos o caminho certo. Esse novo voto de confiança dos associados nos faz sentir, no nosso íntimo, que para o setor de lo-cação de veículos o melhor ainda está por vir.

A tarefa de aperfeiçoar a união do setor avançará. Avançará porque os associados da ABLA reafirmaram o espírito da esperança, da crença de que, embora cada um venha a per-seguir conquistas individuais para suas empre-sas, somos um setor que se levanta junto.

A reeleição também é resultado da austeri-dade e da seriedade com que foram tratadas as finanças da ABLA. Desde o início dessa gestão, em janeiro de 2014, já sentíamos os claros si-nais de agravamento da crise política e econô-mica do País. De imediato implantamos medi-das de contingenciamento e de corte de gastos, dedicando a máxima atenção para a economia de recursos da associação.

Cortamos na carne. Renegociamos todos os contratos com os fornecedores, um a um, vi-sando reduzir os custos praticados. E trocamos aqueles que demonstraram rigidez e inflexibili-dade para oferecer maiores descontos em be-nefício da ABLA e de todos os associados.

O mesmo rigor e a mesma responsabilidade fiscal foram empregados para a realização dos principais eventos do setor. Em 2014, fizemos o Salão da ABLA dentro do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em parceria com a Reed Exhibitions, gerando uma economia significativa de recursos. E assim foi possível fazer o XII Fórum em 2015, a partir de um novo modelo, com rodadas de negócios no lugar de estandes e com painéis voltados diretamente aos temas que interessam ao setor.

Em relação às equipes de profissionais da ABLA em São Paulo e em Brasília, o Conse-lho Gestor também promoveu mudanças com foco em elevar a eficiência, a produtividade e o espírito de equipe. Levando em consideração as competências das pessoas e as necessida-des dos associados, os ajustes resultaram em

um time coeso e estimulado para prestar servi-ços e atender com ainda mais qualidade.

Diante desses resultados, quero aqui, mais uma vez, agradecer ao Vice-Presidente Carlos César Rigolino Jr., um grande parceiro de todas as horas. E agradecer também nominalmente todos os pares que fizeram parte do Conselho Gestor nos últimos dois anos: Alberto Faria, Adriano Donzelli, Emanuel Trigueiro, Marcelo Fernandes, Nildo Pedrosa, Paulo Gaba Jr., Pau-lo Miguel Jr., Raimundo Teixeira (in memorian), Saulo Froes e Simone Pino.

Aproveito ainda esse espaço para saudar e receber com braços abertos os novos con-selheiros gestores Carlos Faustino, Célio Fon-seca, Flávio Nabhan, Marconi Dutra e Paulo Sorge, que agora se juntam oficialmente ao time do Conselho Gestor para esse biênio que está começando.

Queremos e vamos passar adiante um setor que seja respeitado e admirado, que caminha com confiança para além desses tempos de cri-se. Será uma batalha dura, mas se conseguir-mos superar as grandes dificuldades, eu acre-dito que o segredo será a genuína paixão que temos por esse setor e por nos importarmos imensamente com seu futuro.

O vínculo que a ABLA representa é funda-mental. Podemos discordar, às vezes, sobre como chegar lá. O progresso nem sempre é uma linha reta. Nem sempre é um caminho sua- ve. Mas fiquem certos de que retornamos para mais um mandato com mais determinação e inspiração do que nunca com o trabalho que tem para ser feito e com o futuro à nossa frente.

Esse é o legado que honraremos novamente até o final de 2017, com uma gestão que conti-nuará aberta para ouvir e trabalhar com os as-sociados. Acredito que podemos agarrar esse futuro juntos. Com o voto de confiança dado pelos associados, seguiremos nossa jornada honrando a locação de veículos brasileira, que é e sempre será a maior e mais pujante de toda a América Latina.

Ótimo ano novo e boa leitura a todos.

Paulo NemerPresidente do Conselho Nacional da ABLA

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Ano XII • Nº 64 • janeiro/fevereiro 2016

18Capa

08Na FrenteABLA encerra gestão 2014/2015 com contas aprovadas

10ParceriaBoa Vista Serviços, administradora da SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito, atenderá às locadoras associadas

12 Ao VolanteAs novidades do mercado automotivo

17ServiçosPlataforma B2B é opção para negócios com usados

A ABLA apresentará em março o Anuário 2016 com dados atualizados da indústria de aluguel de automóveis no país. Este ano, o já consolidado processo de apuração dos números terá também o aval da LAFIS Informação de Valor

23Rent a CarEntrega da chave do veículo: momento de impressionar positivamente o cliente

24CréditoExecutivos do Bradesco falam sobre financiamentos

27ABLA JovemBruno Mazzei escreve sobre a origem do projeto

2828Por DentroRenault ingressa em novo segmentoe Cobalt é a aposta da GM

32TecnologiaConheça produto para auxiliar na gestão de frotas e negócios

33OpiniãoPresidentes da Fenabrave e da Fenauto escrevem nesta edição

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Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA.

50DiálogosO consumidor está ficando sofisticado

52Estudo de CasoRegulamentação de lei por atos normativos de hierarquia inferior

57TrânsitoLocação com motoristanão é “carona paga”

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3036EntrevistaEdmar Bull, da Abracorp, fala sobre o mercado de turismo corporativo

38Jurídico Responsabilidade Civil das Locadoras de Veículos

40TerceirizaçãoNegociações provocadas por revisões no contrato

42CapacitaçãoCurso de gestão de frotas é oportunidade de aperfeiçoamento

43 Brasil ViagemRondônia e Santa Catarina, com carro alugado

48Fique de olhoDicas para viajar de carro atravessando fronteiras

58Fim de PapoCarlos Faustino é escolhido o Diretor Regional do ano

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Expediente

CONSELHO GESTORPaulo Nemer (Presidente do Conselho Nacional), Carlos César Rigolino Jr.(Vice-Presidente do Conselho Nacional), Carlos Faustino, Célio Fonseca, Flavio Nabhan, Marcelo Fernandes, Marconi Dutra, Nildo Pedrosa, Paulo Eduardo Sorge, Paulo Miguel Jr., Saulo Fróes e Simone Pino.

CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)Amadeu Oliveira, Bernard da Costa Teixeira, Cleide Brandão Alvarenga, Gustavo do Carmo Azevedo, Leonardo Soares, Luís Olavo Nezello, Luiz Carlos Lang, Lusirlei Albertini, Márcio Castelo Branco Gonçalves, Nilson Oliveira Filho, Otávio Meira Lins e Tércio Gritsch.

CONSELHO FISCAL:Alberto Faria, Alvani Laurindo, Eduardo Correa, Jacqueline Moraes de Mello, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim Espírito Santo.

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)Aleksander Rangel, Eládio Paniágua Jr., Márcio Campos Palmerston, Marco Antonio de Almeida Lemos, Miguel Ferreira Júnior e Rodrigo Selbach.

CONSELHO CONSULTIVOAdriano Donzelli, José Zuquim Militerno e Paulo Gaba Jr.

COORDENAÇÃO GERALAlberto Faria e Olivo Pucci.

PUBLICIDADEJorge Pontual e Francine Evelyn(11) 5087-4100.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLASite: www.abla.com.brE-mail: [email protected] São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar – CEP 04011-904 – (11) 5087.4100. Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728.

COORDENAÇÃO EDITORIAL: Em Foco ComunicaçãoE-mail: [email protected](11) 3816.0433 Editor: Nelson LourençoTextos: Nelson Lourenço, Ana Cândida Pena, Aurea Figueira, Priscilla Oliveira, Kaiqui Macaulay Arte: Yvonne SaruêTiragem: 3.500 exemplaresImpressão: Gráfica Mundo

A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.

Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.

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Novidades ao longo de 2016 CAROS LEITORES,

Publicação mais importante sobre o setor de locação de veí-culos no Brasil, o Anuário da ABLA será lançado ainda neste primeiro trimestre pelo décimo quinto ano consecutivo.O Anuário 2016 já está sendo muito aguardado pelo merca-do, como a Revista Locação adianta na reportagem principal desta edição, a partir da página 18.A qualidade dos números publicados no Anuário ABLA tem sido reconhecida pelo mercado ao longo dos anos, a partir do trabalho de coleta, análise e cruzamento de dados reali-zado pela associação, que resultam em estatísticas apropria-das para auxiliar as locadoras e os parceiros de negócios em seus planejamentos de atuação.Esse ano, o Censo ABLA ganhará mais um reforço: o aval da LAFIS Informação de Valor, instituto de pesquisa que chega para somar sua experiência e credibilidade ao processo de levantamento de números que vem sendo executado com sucesso pela ABLA ao longo dos anos. Nada mais justo que a publicação anual da ABLA, referên-cia no setor, siga sendo alimentada por meio de todos os cuidados que uma pesquisa em profundidade exige, a fim de que continuemos a ter resultados fidedignos e alinhados aos propósitos de uma radiografia da indústria do aluguel de veículos no país. Afinal, essa atividade é uma “ciência”, como diz um de nossos entrevistados nesta edição. A revista também está recheada de matérias que buscam prestar serviços aos associados, nos mais variados assun-tos: terceirização, aluguel diário, manutenção e tecnologia, entre muitos outras.Ampliamos também a seção Brasil Viagem, que passará a ter sob os holofotes dois roteiros diferentes a serem indica-dos para os clientes do rent a car, sempre com dicas de em-presários que atuam nos destinos abordados. Rondônia, ao Norte, e Santa Catarina, ao Sul, foram os estados escolhidos para inaugurar essa nova fase.Por fim, e não menos importante, é com prazer que pas-samos a contar com a colaboração de entidades parceiras do setor automotivo, que trarão suas visões a respeito dos negócios e das perspectivas que podem vir a afetar as loca-doras. Começamos com as valiosas contribuições da Fena-brave e da Fenauto, e pretendemos ter neste espaço a par-ticipação de mais associações representativas do mercado automobilístico.Foi dada a largada para 2016. Desde já, podemos garantir que será mais um ano de muita informação e de prestação de serviço aos leitores.

Os Editores

Editorial

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Na Frente

EM ASSEMBLEIA GERAL das Associadas rea- lizada no dia 26 de novembro de 2015, em São Paulo (SP), foram eleitos os integrantes do Conselho Nacional para os anos de 2016 e 2017. Paulo Nemer, da Rede Brasil, foi reeleito para a Presidência do Conselho Nacional, com Carlos César Rigolino Júnior, da Transvepar, na Vice-Presidência. A eleição teve chapa única. Confira abaixo a relação completa dos nomes que compõem o Conselho Gestor e o Conselho Fiscal para o biênio.

CONSELHO GESTOR – TITULARES DAS REDES

Paulo Roberto do Val Nemer – Rede Brasil (Presidente) Carlos Roberto Pinto Faustino – Thrifty Célio Fonseca – Yes Marcelo Ribeiro Fernandes – Localiza Paulo Eduardo Sorge – JSL/Movida Simone de Oliveira Pino – LM

CONSELHO GESTOR – TITULARES DAS INDEPENDENTES

Carlos César Rigolino Jr. – Transvepar (Vice-Presidente) Flávio Nabhan – Auto Ricci S/AMarconi José de Medeiros Dutra – ScalaNildo da Silva Machado Pedrosa – Locavel Paulo Miguel Jr. – Paluana Loc. e TurismoSaulo Tomaz Froes – Lokamig Rent a Car

CONSELHO GESTOR – SUPLENTES DAS REDES

1 – Nilson Oliveira Filho – Yes 2 – Cleide Brandão Alvarenga – Localiza 3 – Gustavo do Carmo Azevedo – Rede Brasil 4 – Leonardo Soares Nogueira – Yes 5 – Otavio Meira Lins – Unidas 6 – Amadeu Oliveira – Rede Brasil

CONSELHO GESTOR – SUPLENTES DAS INDEPENDENTES

1 – Luiz Carlos Lang – Caiena Logística 2 – Tércio Bergel Gritsch – Transportes Gritsch 3 – Márcio Castelo Branco Gonçalves – King4 – Lusirlei Albertini – Equilíbrio Serviços 5 – Luis Olavo Nesello – Tempo Rent a Car 6 – Bernard da Costa Teixeira – Norauto Rent a Car

CONSELHO FISCAL – TITULARES DAS REDES Alvani Manoel Laurindo – Yes Jacqueline Moraes de Mello – Rede Brasil Marco Aurélio Gonçalves Nazaré – Localiza

CONSELHO FISCAL – TITULARES DAS INDEPENDENTES

Alberto Faria da Silva – Lupa Eduardo Correa da Silva – Ranking Locação Ricardo Gondim Espírito Santo – Niu Serviços

CONSELHO FISCAL – SUPLENTES DAS REDES

1 – Eládio Paniagua Jr. – Yes 2 – Miguel Ferreira Jr. – Rede Brasil 3 – Marco Antonio de Almeida Lemos – Yes

CONSELHO FISCAL – SUPLENTES DAS INDEPENDENTES

1 – Márcio Campos Palmerston – Ita Transportes2 – Aleksander Rodrigues Rangel – LSA 3 – Rodrigo Selbach da Silva – RS4

Conselho Nacional eleito para 2016 e 2017

CONTAS APROVADAS

O conselheiro fiscal da ABLA, Eduardo Correa, conduziu a apresentação das contas referentes ao exercício de 2014 durante a Assembleia Geral das Asso-ciadas, realizada em 25 de novembro de 2015, em São Paulo (SP). Eduardo Correa informou que as con-tas obtiveram o parecer de aprovação do Conselho Fiscal, assim como da empresa KSI Brasil Auditores Indepen-dentes, para quem as demonstrações financeiras representaram, adequada-mente, em todos os aspectos relevan-tes, a posição patrimonial e financeira da associação em 31 de dezembro de 2014. O parecer da auditoria também indicou que os resultados das opera-ções e as mutações do patrimônio lí-quido estavam rigorosamente de acor-do com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Os empresários presentes e/ou repre-sentados por procurações ratificaram por unanimidade a aprovação das con-tas. A ABLA parabeniza todos os asso-ciados por mais essa importante etapa da história da associação e do setor de locação de veículos no Brasil.

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PARA REDUZIR o atual custo das consultas de crédito feitas pelas locadoras associadas, a ABLA concluiu nesse início de ano as negocia-ções com a Boa Vista Serviços, administradora da SCPC – Serviço Central de Proteção ao Cré-dito. A nova plataforma vai oferecer para as lo-cadoras associadas uma economia real de mais de 50% nas consultas de crédito em relação aos valores cobrados pela Serasa Experian.

Esse novo benefício poderá ser usufruído a partir de 8 de março de 2016, mas a documen-tação necessária já pode ser enviada desde já pelas locadoras associadas. A ABLA já encami-nhou comunicado a todo o quadro associativo com as orientações, inclusive anexando links para a impressão dos seguintes documentos para aderir à nova plataforma: o termo de ade-são (com descrição dos produtos com tabela de preços), ficha cadastral e o passo a passo para a utilização das consultas.

O início da prestação de serviços da Boa Vis-ta se dará em 8 de março porque a ABLA res-cindiu o contrato de distribuição com a Serasa Experian, obedecendo rigorosamente todas as condições da carência vigente, que vai até o dia 7 de março desse ano. “Importante notar que a ABLA não deixará as locadoras associadas, sequer por um dia, sem opção para consultas de crédito”, acrescenta Jorge Machado, gerente administrativo da associação.

A transição está sendo feita no prazo correto, obedecendo rigorosamente às regras estabele-cidas em contrato, sem dificuldades operacio-nais e sem qualquer interrupção das consultas.

Especialmente formatada para oferecer agi-lidade, praticidade, segurança e condições para consultas muito mais completas, objetivas e personalizadas, a plataforma da Boa Vista Ser-viços também vai ao encontro das necessida-des de gerar economia para as locadoras, prin-cipalmente diante do atual momento de crise pelo qual passa o País.

Nova plataforma vai oferecer para as locadoras associadas economia real de mais de 50% nas consultas de crédito

Parceria

Boa Vista SCPC substitui Serasa Experian

Saiba maisA Boa Vista SCPC (Serviço Central de Pro-teção ao Crédito) é uma empresa que atua em rede nacional e oferece soluções inte-ligentes para decisões de crédito e gestão de negócios. Sua base de dados contém mais de 350 milhões de informações co-merciais e registra 42 milhões de transa-ções de negócios por dia. A Boa Vista SCPC fornece atualmente mais de 200 milhões de consultas por mês, atendendo cerca de 1,2 milhão de clientes diretos e indiretos em todos os segmentos da economia.

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Ao Volante

O NOVO FOX TRACK surge como uma opção mais em conta ao CrossFox, seguindo a mesma linha do Gol Track, com alterações em detalhes como o rack de teto, as molduras infe-riores e as caixas de rodas, ma-çanetas e retrovisores. A grade dianteira vem com friso pinta-do de branco e para-choques com faróis de neblina. O modelo

PRODUZIDO EM PIRACICABA (SP), o HB20S 2016 in-corpora novidades concentradas no conjunto frontal e na traseira, além de receber atualizações na cabi-ne. O modelo adota nova grade trapezoidal, os fa-róis mantêm o formato (embora ganhem projetor e feixe de LED nas versões mais caras), ao passo que o para-choque segue os moldes mais esportivos do conceito R-Spec. Atrás, as lanternas ganham ilumi-nação “clear type” nos catálogos de topo, enquanto o para-choque estreia novos refletores. Por dentro, uma nova central multimídia compatível com os aplicativos Car Link e Apple CarPlay; ar-condicio-nado automático digital na versão Premium; nova padronagem de tecido dos bancos e opção de re-vestimento de couro marrom. Há também chave do tipo canivete com função para abertura automática do porta-malas, dispositivo que vem junto com o co-mando interno de abertura do porta-malas.

A MONTADORA DE LUXO quer entrar no segmento dos carros elétricos com estilo, lançando as primeiras imagens do conceito RapidE, primeiro veículo “verde” desenvol-vido em parceria com a Williams Advanced Engineering. Apesar de terem sido divulgadas inúmeras imagens, a montadora ainda não divulgou nenhuma especificação técnica do veículo. Espera-se que o modelo desenvolva entre 800 e 1.000 cavalos de potência. Com produção prevista para daqui a dois anos no Reino Unido, a marca espera pelo aval de um grupo de investimento chinês chamado Chi-naEquity para produzir 400 modelos por ano.

Nas lojas, o novo VW Fox Track

Sedã Hyundai HB20S 2016 chega ao mercado

Aston Martin mostra imagens de carro elétrico

já vem equipado com os mes-mos itens da configuração Trendline, como ar-condiciona-do, volante com ajuste de altura e profundidade, chave canivete e as rodas de liga leve aro 15. O interior adota o mesmo estilo da versão Confortline, poden-do ser equipado opcionalmen-te com revestimentos escuros nos tetos e nas colunas.

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Sedã Hyundai HB20S 2016 chega ao mercado

Ao Volante

ALÉM DOS MODELOS Punto e Bravo, agora o Fiat Linea também tem uma versão Blackmotion. A nova versão aposta numa pegada esportiva e no pacote de equipamentos. O motor é o 1.8 com 16 válvulas e 132 cavalos de potência, com opções de câmbio manual ou automatizado Dualogic. As rodas são de liga leve, com acabamento escuro, frisos e moldura da grade dianteira na cor preta. As maçanetas e friso traseiro são da cor do veí-culo, com o logotipo Blackmotion nas laterais. A versão conta com central multimídia Uconnect Touch NAV 5” com navegador GPS, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, bancos com revestimento parcial de couro, saída do ar- condicionado para o banco traseiro e apoio de braço dianteiro com porta-objetos.

Fiat Linea ganha versão Blackmotion

LANÇADO NO SALÃO de Buenos Aires, o novo Peu-geot 408 começa a ser vendido no Brasil e será im-portado da Argentina. As versões Allure 2.0 e Griffe 1.6 THP têm câmbio automático de seis marchas. O sedã chega com alterações de estilo e novos equi-pamentos, como faróis mais afilados, nova grade e para-choque, além de luzes diurnas de LED e rodas aro 17”. Internamente, a Peugeot diz que adotou um novo volante e melhores materiais para o acaba-mento. O quadro de instrumentos também recebeu fundo branco e um novo grafismo.

Peugeot lança 408 no Brasil

A FORD JÁ MOSTROU o Edge no Brasil como prévia dos 16 modelos que serão lançados este ano entre utilitários, pica-pes, esportivos e caminhões. Exibido pela primeira vez ao público do Salão Interna-cional do Automóvel de São Paulo em 2014 como carro conceito, a versão final come-çou a ser vendida nos Estados Unidos no início de 2015. Lá, usam os novos motores 2.0 e V6 de 2.7 litros, ambos da família Eco-Boost, além do motor V6 3.5 de 289 cava-los, o mesmo que será mantido nas unida-des da nova geração importadas.

Ford Edge, primeiro lançamento de 2016

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O UTILITÁRIO ESPORTIVO Tracker irá ga-nhar uma versão mais barata, chamada de LT. A Tracker LT deve aproveitar alguns itens do modelo topo de linha LTZ e re-distribuí-los em novos pacotes. As rodas de liga-leve de 18” serão substituídas por outras de 16”. Equipamentos de que acompanhavam a versão de topo, devem passar a ser opcionais, tais como: compu-tador de bordo, faróis de neblina, sistema multimídia MyLink, volante com regula-gem de altura e profundidade, retroviso-res externos pintados na cor da carroceria e maçanetas externas cromadas.

Chevrolet Tracker ganha versão LT

ENTRE OS RECURSOS eletrônicos do Audi RS3 estão as suspensões adaptativas, tração inte-gral com distribuição eletrônica de torque (que pode variar de 50% a 100% no eixo traseiro) e controles de arrancada, estabilidade e tração. O interior se destaca pelo uso da borracha, couro, veludo e até plástico emulando fibra de car-bono. A direção elétrica progressiva tem com-portamento integrado aos modos de condução COMFORT, Auto, Dynamic e Individual. A Audi garante que o motor 2.5 TFSI é montado quase artesanalmente por “uma pequena equipe de engenheiros” na Hungria.

Audi RS3 chega ao Brasil no primeiro semestre

Ao Volante

A EDIÇÃO ESPECIAL e limitada a 4.600 uni-dades já existia na geração anterior do hatch compacto. O Sandero Rip Curl tem capas dos retrovisores, rodas e barras do teto na cor pre-ta. Além disso, há o nome da grife de acessó-rios de surf na porta e nas soleiras. Por dentro os acentos são cobertos por um tecido inspi-rado no Neoprene (que é utilizado em roupas de surfe) e tem logo da marca de acessórios e detalhes em vermelho, assim como as saídas de ar e em volta do velocímetro. Da série conti-nua com ar-condicionado automático, controle e limitador de velocidade de cruzeiro, sensor de estacionamento, direção hidráulica e a cen-tral multimídia com navegador GPS integrado que permite acesso às redes sociais.

Edição especial do Renault Sandero

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A NISSAN LANÇOU uma nova central multimídia para os modelos March e Versa, que também acabam de ganhar novas opções de acabamen-to e personalização. O pacote “Colors” é o novo opcional do March e está disponível em quatro combinações (branco com vermelho, vermelho com branco, preto com branco e branco com azul). As cores são aplicadas no aerofólio, maça-netas, capa dos retrovisores, costura dos tapetes e nos frisos das portas. Já o Versa ganha o pacote “Pack Plus”, que adiciona novos itens de série ao modelo. No Versa SV, por exemplo, a novidade oferece rodas de liga aro 15, vidros traseiros elé-tricos, banco traseiro rebatível, acabamento dos bancos em camurça, acabamento em prata na manopla, moldura cromada nas janelas, revesti-mento das portas em tecido e cintos de seguran-ça traseiros laterais e central retráteis.

March e Versa com novas opções de acabamento

ELEITO O CARRO do ano na Europa, a Volkswagen apre-senta no Brasil a oitava gera-ção do Passat. Mais sofistica-do e tecnológico, o modelo chega em duas versões: Com-fortline e Highline. É equipado com a versão atualizada do motor 2.0 TSI, que gera 220 ca-valos e torque de 35,7 kgfm. O destaque vai para a nova dian-teira, que utiliza o cromado de forma abundante e com a gra-de se integrando aos faróis. O conjunto óptico de LED tam-

Novo Passat desembarca no Brasil

Ao Volante

Citroën lança versões do Aircross

bém é novo, mas vem de sé-rie apenas na versão Highline, enquanto a traseira exibe lan-ternas também em LED. O Passat Comfortline chega com bancos dianteiros com aque-cimento e regulagem elétrica do encosto do motorista, seis airbags, ar-condicionado com três zonas de resfriamento, iluminação em LED na região dos pés, relógio analógico no painel, sistema de abertura por aproximação e ignição do motor feita por botão.

OS NOVOS MODELOS do Aircross com motor 1.5 serão para versões sem o estepe na traseira do carro e também não terão faróis de neblina. Outra novidade é que usarão pneus urbanos no lugar dos de uso misto. Os modelos sem estepe terão duas versões com o motor menor e o câmbio manual de cinco marchas. E ainda uma terceira versão, com o atual 1.6 de 16 válvulas e 122 cavalos, combinado com a caixa automática de quatro marchas. Já o Aircross com estepe virá em três versões: todas 1.6 com 16 válvulas e câmbio manual de cinco marchas, ou automático de quatro marchas.

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A VERSÃO DE ENTRADA do JAC T5 será equipada com o motor 1.5 com 16 válvu-las, que desenvolve até 127 cavalos de potência (com etanol). O propulsor será combinado a um câmbio manual de seis marchas e chegará às lojas com a opção de câmbio automático CVT. Será o primei-ro modelo da marca chinesa a dispensar o pedal de embreagem no mercado brasilei-ro. O T5 poderá ter faróis diurnos, lanter-nas em LED, ar-condicionado digital, ban-cos em couro, sistema multimídia, câmera de ré e sensor de estacionamento.

JAC T5 é novidade chinesa

ÚNICA REESTILIZADA da turma, a Ranger estreará aqui ainda neste primeiro trimestre de 2016. Mesmo pequenas, as mudanças deverão ser suficientes para manter a picape entre as três mais vendidas do seg-mento. A principal novidade está na dianteira, que re-cebeu traços inspirados no SUV Everest. Já a Frontier ficou com visual mais parrudo, graças ao capô mais alto nas laterais e aos vincos na base das portas. A tampa traseira repete o “U” típico da grade dos veí-culos da Nissan, enquanto os cromados espalhados pela carroceria garantem o ar de sofisticação da Fron-tier. A L200 Triton também chegará renovada (e im-portada) ao Brasil. Será posicionada como uma ver-são top da linha L200, convivendo durante um tempo com a atual geração vendida por aqui.

Novas picapes a caminho

Ao Volante

O MODELO DA AUDI mais vendido no Brasil acaba de ganhar a versão topo de linha do A3, o Ambition 2.0. O design geral do sedã permanece, mas a ver-são topo conta com exclusividades com rodas de 17 polegadas, frisos prateados na base das janelas, a dupla saída de escape nas extremidades do para-choque e a inscrição TFSI na traseira, em substituição ao “1.4T” das configurações mais em conta. A lista de equipamentos de série inclui ar-condicionado di-gital dual zone, teto solar elétrico, sistema de áudio MMI com dez alto-falantes, faróis bixenônio com led e ajuste automático do facho, Audi Drive Select (com os modos Auto, Dynamic, Efficiency, Comfort e Indi-vidual) e freio de estacionamento elétrico. O interior, diferentemente do 1.4, tem opção de ser inteiro preto ou em dois tons: preto e cinza claro.

Audi A3 ganha versão Ambition 2.0

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Plataforma permite reunir informações completas sobre veículos à venda e

elimina intermediários

Serviços

Auxílio na hora de negociar um usado

IMAGINE PODER nego-ciar um veículo direta-mente com milhares de compradores em todo o Brasil, sem passar por intermediários.

O site AutoAvaliar é um portal que permite realizar negociação di-reta e on-line entre lo-jistas, sem intermedia-ção de terceiros. Criada em 2013 pela empresa MegaDealer, a ferramen-ta passou a oferecer uma solução que atenda con-cessionárias e locadoras na venda e gestão de veí-culos usados, resultando em uma negociação B2B (Business to Business).

Para facilitar o proces-so, toda a transação é fei-ta por meio de um leilão on-line, em que os lo-jistas podem visualizar informações relevantes e detalhadas sobre os veículos. O sistema tam-bém permite dar lances ou adquirir o veículo por meio do “compre já”, que mostra um valor pré-determinado, além de oferecer a opção de envio de ofertas.

O sistema é composto por duas ferramentas digitais: o USBI - sistema de avaliação e gestão de seminovos - e o B2B, para repasse on-line de veículos às lojas de usados.

O USBI possui um aplicativo que funciona em Android e IOS para facilitar o cadastro e a visu-alização dos detalhes de um veículo. Para tanto, basta inserir o número da placa no aplicativo do celular ou tablet e o sistema preenche automa-ticamente o modelo e ano de fabricação, assim como seu valor na tabela Fipe, tabela Auto Ava-liar e a média de preços de anúncios de portais.

Antes de serem anunciados, cada um dos veí-culos à venda passa por uma inspeção minuciosa, onde peritos conferem todos os detalhes sobre o estado do carro. Esse serviço prestado é a garan-tia de que as informações publicadas no portal são verídicas para a melhor decisão de compra

do lojista. O cliente pode acompanhar todo o processo e, posteriormente, as informações são publicadas no anúncio, onde serão apontadas as vantagens e desvantagens de cada produto.

O acesso ao sistema é gratuito e qualquer loja que possua CNPJ com autorização para re-venda de veículos pode se cadastrar.

“Como é uma negociação B2B, não há re-lação de consumo, então, o sistema é liberado apenas para empresas do ramo de veículos”, completa Daniel Nino, da MegaDealer.

Segundo ele, após pouco mais de dois anos de atuação no mercado, o Auto Avaliar atingiu uma base de clientes equivalente a 15% da rede de concessionárias do país e 20% das lojas de usados, localizadas em 15 estados. “A projeção é terminar 2016 com seis mil carros negociados por mês pelo B2B entre concessionárias/loca-doras e revendas, mais que o dobro do volume atual, além de elevar em 100% o número de avaliações mensais feitas via USBI, para algo em torno de 120 mil”, antecipa Daniel.

No ritmo de expansão atual, o empresário estima fechar 2016 com 12 mil a 14 mil lojas usuárias do sistema.

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PELO DÉCIMO quinto ano consecutivo, a ABLA está produzindo o Censo da Indústria do Aluguel de Automóveis, cujos resultados serão divulga-dos ao mercado em março, no Anuário ABLA 2016. Da mesma forma que já vinha sendo feito pela associação, este ano os números e estatísticas vol-tarão a ser levantados por meio do cruzamento de uma série de informações rele-vantes obtidas junto a diver-sas fontes oficiais.

Este ano, o já consolida-do processo de apuração dos números que a ABLA realiza terá também o aval da LAFIS In-formação de Valor (veja mais na página 20). Trata-se de um instituto especializado em pes-quisas, que chega para somar sua experiência e credibilidade a todo o processo já utilizado pela ABLA e aprovado pelo mercado.

Assim como ocorreu no ano passado, em 2016 as informações serão novamente apuradas e filtradas junto ao Denatran, SEST-SENAT, Re-ceita Federal, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), diretorias regionais

e sindicatos de locadoras (SINDLOCS). Também estão sendo consultados dados referentes ao setor junto às Secretarias Estaduais de Fazen-da, Confederação Nacional do Transporte (CNT), Juntas Comerciais, FENABRAVE e ANFAVEA.

Dessa forma, mais uma vez a ABLA divulgará com precisão o faturamento do setor, a frota total, o número de locadoras e de pontos de locação em cada estado, as-sim como os empregos dire-tos e indiretos que o aluguel

de veículos ajuda a criar e a manter. O total de impostos recolhidos, a idade média da frota e o número de usuários também seguem fazendo parte do Censo ABLA.

Os resultados deste amplo trabalho de apuração também continuarão a permitir o cruzamento do total de licenciamentos com os números das montadoras. Dessa forma, o Market Share entre as marcas dentro do se-tor de locação seguirá sendo divulgado com precisão, assim como o número de locadoras ativas e contribuintes.

Credibilidade, entendida como confiabilidade, é o conceito que norteia há 15 anos o Censo ABLA

da Indústria do Aluguel de Automóveis

Leitura obrigatóriapara entender a locação

O já consolidado processo de apuração dos números da

ABLA ganha o aval da LAFIS Informação de Valor

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AO LONGO DOS últimos 15 anos, o Censo ABLA da Indústria do Aluguel de Automó-veis tem sido muito importante não apenas para as locadoras de veículos, mas também para as montadoras, instituições financeiras, parceiros de negócios e imprensa. “A maior parte do empresariado já percebeu a impor-tância da realização de pesquisas, o que é um acerto de avaliação”, explica o conselheiro gestor da ABLA, Nildo Pedrosa, responsável pela Área de Novos Produtos, dentro do Pla-nejamento Estratégico de Governança Corpo-rativa da ABLA.

Segundo ele, as pesquisas que a ABLA realiza todos os anos permitem identificar fatores que irão impactar diretamente no ne-gócio. Historicamente, esses levantamentos anuais sempre trouxeram à tona dados reais e confiáveis, que municiaram os empresários com informações decisivas para a tomada de decisões. “Entender bem o segmento onde se está inserido deve ser parte integrante do processo de estruturação das empresas”, acrescenta Nildo Pedrosa. “É a partir daí que

se desenvolvem planos e estratégias que per-mitem a continuidade da locação de veículos no médio e longo prazo”.

Os resultados do Censo ABLA também têm orientado as montadoras, os bancos e todas as empresas interessadas em se aproximar do setor de locação de veículos, na medida em que apresentam, com alto grau de clareza, o cenário em que esses parceiros de negócios podem atuar. “Sempre que a ABLA divulga os números do setor, empresários de diversos setores relacionados ao nosso negócio conse-guem ter uma visão mais ampla sobre quais caminhos podem trilhar”, diz Nildo.

Vale lembrar que os Estados Unidos, por exemplo, fazem cerca de milhares de pes-quisas de mercado ao ano, enquanto o Bra-sil ainda engatinha nesse tipo de iniciativa. “E não são apenas os norte-americanos que servem como exemplo. Em qualquer país de mercado competitivo, as posições estratégi-cas das empresas de um setor são formula-das a partir de números”, completa o conse-lheiro gestor.

Vencendo obstáculos

Há 15 anos, números apurados e divulgados pela ABLA têm orientado as empresas interessadas em se aproximar do setor de locação

Nildo Pedrosa: “É a partir do Censo ABLA que se desenvolvem planos e estratégias que

permitem a continuidade da locação de veículos”

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O CONSOLIDADO PROCESSO de apuração dos números que a ABLA realiza anualmen-te ganhará, em 2016, também o aval da LA-FIS Informação de Valor. O renomado ins-tituto chega para somar sua experiência e credibilidade a todo o processo já utilizado pela ABLA e reconhecido pelo mercado.

A garantia de integridade e confidenciali-dade no manuseio dos dados é baseada no que existe de mais avançado em tecnologia de pesquisas. Para assegurar a integridade dos dados, a LAFIS usa uma plataforma de renome internacional – a Survey Monkey. “Essa plataforma é uma solução da princi-pal fornecedora mundial de questionários, que recorre à criptografia SSL e backup multimáquinas para manter seus dados se-guros”, explica Osmar Sanches, diretor do instituto de pesquisas.

Segundo ele, o trabalho realizado ao lon-go dos anos pela ABLA tem proporcionado

análises apuradas dos dados de mercado – seja a parte do desempenho financeiro ou informações específicas do setor de lo-cação. “A metodologia aplicada auxilia os empresários com números relevantes para o planejamento estratégico e para a melhor tomada de decisão, no momento oportuno, com rapidez e eficácia”, ratifica Osmar.

Jouji Kawassaki, um dos mais respei-tados analistas de empresas do país, foi o criador desse instituto de pesquisas. De acordo com a jornalista Mara Luquet, espe-cialista em cobertura de temas da econo-mia, Jouji conseguiu transferir para a LAFIS a competência e credibilidade que conquis-tou ao longo dos anos.

A empresa atua há mais de 20 anos, com expertise no fornecimento de dados ao mer-cado financeiro e empresas de análises ma-croeconômicas, entre outros projetos espe-cíficos para diversos setores da economia.

Tecnologia garante segurança dos dados

Osmar Sanches, diretor da LAFIS: “O trabalho realizado pela ABLA tem proporcionado

análises apuradas dos dados de mercado”

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PARALELAMENTE AO levantamento quanti-tativo de todos os números do setor de lo-cação, a ABLA também está realizando uma segunda pesquisa, essa por amostragem, com as locadoras associadas. O objetivo é apurar o perfil qualitativo de atuação do se-tor no país.

Em conjunto com a LAFIS Informação de Valor, para esse trabalho de levantamento do perfil do setor foi definido um questionário com 10 perguntas, já enviado a todo o qua-dro de associadas da ABLA. “As questões fo-ram criadas e debatidas em várias reuniões do Conselho Gestor até chegarmos ao nú-mero ideal de perguntas”, acrescenta Nildo Pedrosa, conselheiro gestor da ABLA. “Nos-sa intenção foi evitar um questionário mui-to longo, no sentido de não desestimular os empresários que não têm muito tempo para se dedicarem a pesquisas”.

Além disso, o questionário foi aplicado como projeto piloto junto a diretores e con-selheiros da ABLA como teste de avaliação sobre a eficácia das perguntas. “Pudemos checar a pesquisa qualitativa na prática e fa-

zer ajustes a ela”, conta Osmar Sanches, dire-tor da LAFIS. “Somente depois de cumprida essa etapa, disparamos online o questionário para todo o mailing da ABLA e agora faremos contatos telefônicos com os associados para completar a amostra definida em contrato”.

Nildo Pedrosa concorda com a importân-cia da fase de testes do projeto, que mostrou o grande cuidado com que também essa pesquisa de perfil está sendo trabalhada. “Por exemplo, na fase de testes identifica-mos que as locações de ônibus e caminhões ainda não possuem números significativos para o relatório final e, assim, não deveriam constar em perguntas específicas”.

Quanto às despesas das locadoras de-cidiu-se manter os gastos com a folha de pagamento junto com as demais despesas fixas, também no sentido de não estender demais o questionário. “O trabalho de defi-nição das perguntas, de forma que ficassem simples e eficientes, foi fundamental para que a LAFIS possa cumprir os prazos e en-tregar o relatório final o mais breve possí-vel”, conclui Nildo Pedrosa.

Questionário é simples e eficiente

Plataforma Survey Monkey garante a confidencialidade dos dados

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Participação do Associado é fundamental

SOBRE O PERFIL do setor, é fundamental dei-xar claro que a ABLA não está realizando uma enquete e sim uma pesquisa de cunho cientí-fico, baseada em método de amostragem – o mesmo utilizado nas pesquisas eleitorais.

A partir dessa pesquisa, as locadoras as-sociadas terão possibilidade de se referen-ciar dentro do setor, avaliando desempenhos, acompanhando a evolução do mercado, tra-çando novos comparativos e tomando deci-sões baseadas em dados sólidos.

Para isso, as informações obtidas pela LA-FIS Informação de Valor junto às locadoras es-tão sendo tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a identidade das participantes. Ou seja, as res-

postas das empresas do setor não serão pu-blicadas e/ou informadas individualmente para quaisquer outras locadoras e/ou para a própria ABLA, que receberá da LAFIS apenas o relató-rio final consolidado com os números tabula-dos e sem identificação dos respondentes.

Caso sua locadora ainda não tenha respon-dido o questionário enviado por e-mail, entre em contato com [email protected] ou [email protected]. Sua participa-ção é extremamente importante para o suces-so de mais esse trabalho voltado para a am-pliação da credibilidade do setor de locação de veículos no Brasil.

Colabore com a pesquisa! Os resultados fi-dedignos do levantamento dependem de você!

AGENDE-SEAté o final de março, o novo “Anuário ABLA – 2016” estará nas mãos dos associados, montadoras, ban-cos e todos os players do setor de locação. Aguarde.

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Rent a Car

Um minuto de sua atenção

Melhorias no

atendimento podem

ser implementadas

em qualquer etapa da

locação para pessoa

física, inclusive na

entrega do veículo

O MOMENTO DA ENTREGA do veículo no rent a car pode ser decisivo na conquista do clien-te para novas locações. É preciso deixar uma primeira impressão positiva em quem poderá utilizar novamente os serviços de aluguel de au-tomóveis em uma futura oportunidade. Isso não significa abrir mão da agilidade: quanto menos tempo a entrega do carro demorar, melhor para o cliente, que não deseja ficar plantado à espera dos trâmites finais exigidos pela operação.

“A locação de automóveis no rent a car não é um ato impulsivo. Portanto, o espaço para ideias mirabolantes de marketing, promoções e ações de fidelização é reduzido, mas existem algumas formas de se destacar aos olhos do cliente”, lembra Jorge Machado, gerente admi-nistrativo da ABLA.

Então, o que fazer? Investir em treinamen-to de pessoal para tornar o atendimento mais gentil e atencioso, com certeza. Afinal, é a turma da linha de frente que será percebida como a “cara” da locadora e poderá garantir que o clien-te retorne em outra ocasião.

Na verdade, a fidelização começa na entre-ga das chaves, que envolve, por si só, cuidados específicos. Rapidez é novamente um requisito fundamental. Pesquisas indicam que o ideal em aeroportos, por exemplo, é liberar o veículo para o cliente em até no máximo cinco minutos após a confirmação da reserva no balcão, onde são

feitas a checagem do cartão de crédito, CPF e CNH do condutor.

Também nessa fase de efetivação da reser-va é recomendável o máximo de agilidade, sem deixar de dedicar à operação os cuidados que ela exige. “Tudo deve funcionar como um relógio, preciso e eficiente”, recomenda o ge-rente administrativo da ABLA.

Além do carro limpo e lavado e das orien-tações básicas ao cliente, inclusive sobre o abastecimento de combustível, pode-se ado-tar pequenas atitudes que, somadas, ajudam a conquistar o locatário. Ofertar um guia da cidade e indicar onde estão os comandos do veículo são alguns gestos simpáticos.

Outras medidas merecem ser melhor exa-minadas como parte desse esforço de fideli-zação. A palavra upgrade, por exemplo, pode soar como música para muitos, mas é uma prática que possui seus limites. Em linhas gerais, o upgrade é a oferta sem custo de um veículo pertencente a um grupo superior ao requisitado pelo cliente. Avaliar o quanto vale a pena adotar esse benefício esporadi-camente é algo que compete ao gestor da locadora, de acordo com o planejamento e a oportunidade.

“Locação é uma ciência, em que cada deta-lhe é muito importante para o resultado final”, completa Jorge Machado.

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Crédito

Cada vez mais próximo das locadoras

Paulino (à esquerda) e Julio: as locadoras souberam se manter competitivas

Bradesco estreita relacionamento com a ABLA para garantir presença expressiva no financiamento à indústria do aluguel de automóveis

QUANDO O ASSUNTO é crédito, é sempre bom ouvir um especialista.

Líder em financiamento para veículos zero quilômetro entre os bancos de varejo, o Bradesco pos-sui uma carteira ampla, que vai dos pesados até implementos agrícolas. Entre todos esses nichos, a finan-ceira destaca a parceria antiga que mantém com as locadoras de au-tomóveis, uma relação que vem se aprofundando nos últimos anos.

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Crédito

À frente do relacionamento da instituição com a ABLA, Julio Bland e Rodrigo Paulino, respectivamente superintendente executivo e supe-rintendente de produto da Brades-co Financiamentos, receberam a revista Locação para um papo so-bre o crédito ao setor.

Os executivos reconhecem que o crédito para a aquisição de veí-culos novos sofreu uma queda em 2015, acompanhando a redução dos números de unidades vendi-das. “O ano passado teve por volta de 2,35 milhões de veículos novos emplacados, o mais baixo nível dos últimos tempos”, lembra Ju-lio. “Mas as locadoras de automó-veis conseguem se destacar nesse cenário. Elas estão mantendo em grande parte os investimentos na renovação da frota, o que faz com que nós do Bradesco tenhamos um olhar especial para as empresas do setor, no intuito de atendê-las de forma mais personalizada, de acor-do com as necessidades de cada empreendimento”, completa.

Julio acredita que essa perfor-mance mais sólida por parte das locadoras está baseada no fato de que elas souberam diversificar sua atuação no mercado de terceiriza-ção, o que significa não depender em excesso de um único setor. “As locadoras trabalham com um leque amplo de clientes em diversos se-tores, seja na mineração, nas tele-comunicações, em serviços. Se um desses segmentos vai mal, o outro acaba compensando eventuais per-das e permitindo maior equilíbrio de caixa para a empresa”, avalia.

Outro aspecto em que as locado-ras evoluíram, na opinião do supe-rintendente do Bradesco, foram os relatórios de demonstrações finan-ceiras, documentos que são de gran-de valia para a tomada de crédito. São esses números compilados nos

relatórios que orientam o banco no momento de atender a uma requisi-ção de crédito. No caso de a empre-sa ainda não ter adotado o balanço anual formalizado, Julio recomenda que ela adote outros princípios que sirvam para demonstrar a solidez e o potencial da locadora.

Paulino acrescenta que a ABLA já se tornou um indutor para que as locadoras – inclusive as de médio e pequeno portes – possam usufruir de melhores condições de crédito. Ele e Julio realizam encontros perió- dicos com a diretoria comercial da ABLA para consolidar uma oferta contínua das melhores soluções de crédito ao setor, de forma ágil e segura, e ainda com taxas altamen-te competitivas. “Nós estivemos ao lado da entidade ao longo de 2015 e percebemos que existe essa busca incessante da ABLA de estar próxima de seus associados para oferecer vantagens e benefícios que lhes permitam evoluir nos ne-gócios. Para nós, é essencial acom-panharmos essa orientação e ser a financeira preferencialmente esco-lhida pelo associado ABLA”, afirma Paulino.

Nessa oferta direcionada para as locadoras, o Bradesco acena com algumas facilidades que podem ser negociadas, caso a caso. Um exem-plo é a data do vencimento da pri-meira fatura do financiamento, que pode ser alongada, a fim de que a locadora tenha fôlego para mobili-zar sua nova frota e obter recursos que serão importantes na amortiza-ção da dívida. Até mesmo o auxílio na venda de seminovos pode ser considerado.

Hoje, o CDC (Crédito Direto) é a modalidade mais contratada, mas o leasing ainda persiste como op-ção. A rede conveniada do Brades-co Financiamentos inclui mais de 10 mil parceiros em todo o país.

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O AUMENTO DA IDADE média da frota da ca-deia produtiva do setor de locação significa, na prática, uma quantidade menor de carros ven-didos pelas montadoras. E isso impacta direta-mente nos números da indústria automobilís-tica, que tem no setor de aluguel de veículos o seu principal cliente no Brasil.

O ideal, para as locadoras, para as montado-ras, para as concessionárias e para os clientes do setor é a diminuição da atual idade média da frota das locadoras, o que implicaria diretamen-te em um aumento substancial da quantidade de veículos novos comprados pelo setor.

Conforme Paulo Gaba Jr., presidente da Fe-naloc (Federação Nacional das Locadoras de Veículos), é preciso que se dê um novo impul-so para a retomada do ritmo ideal para a reno-vação da frota do setor de locação. “O segredo está aí”, diz ele. “E um dos fatores fundamen-tais para que isso aconteça é a ampliação do crédito para o mercado de veículos usados”.

De que adiantam feirões de fábrica para vender carros novos se os revendedores de usados têm mais de 80% dos financiamentos negados? Pois bem, essa realidade está inter-ligada nesse filme ainda sem final feliz da difi-culdade de crédito.

Financiamento para fazer a roda girar

Crédito

Para Paulo Gaba, é ilusão achar que há consu-mo, “pois a retração é clara e temos um círculo que só será virtuoso se a roda começar a girar”. Para isso, o presidente da Fenaloc enfatiza que também é preciso dar atenção ao início da ca-deia de consumo da indústria automotiva, que é aquela formada exatamente pelas pessoas que compram os veículos usados. “É necessário ga-rantir financiamento para quem compõem esse início da cadeia de consumo de automóveis”.

Uma medida muito interessante nesse sen-tido seria, por exemplo, o governo subsidiar e incentivar o crédito para a compra de usa-dos pela simples desoneração do compulsório bancário. “É um exemplo, mas temos certeza que se houvesse vontade política em financiar com mais ênfase os usados outras possibili-dades certamente seriam encontradas”, ex-plica Paulo Gaba. “Tento dizer aqui que, tão importante quanto financiar carros Zero Km, também é importante estimular a venda de usados, pois são estas vendas que começam a fazer a roda girar”.

É verdade que o ICMS recolhido pelos veí-culos Zero Km é muitas vezes maior que o dos usados, não só pela base de cálculo, mas tam-bém pelo valor do carro novo. Porém, sem a venda do usado, não existe consumo em mas-sa dos novos. A relação entre a falta de finan-ciamento para os interessados em comprar os usados das locadoras já vem sendo sentida pelo setor principalmente desde 2014, com au-mento da idade média das frotas das locadoras para 18 meses, conforme o Anuário ABLA 2015.

O potencial de compra do setor de locação é tão grande que uma simples renovação de fro-ta em tempo menor, entre 12 e 14 meses, por exemplo, já geraria uma arrecadação gigantes-ca em impostos para o poder público.

Muito importante, também, é deixar claro que as locadoras de veículos não são revendedoras. “Nosso negócio é alugar automóveis, mas tam-bém não somos colecionadores de carros”, diz Gaba. “As locadoras, maiores compradoras de veículos Zero Km do Brasil estão prontas para comprar ainda mais, mas sem conseguirmos vender nossos ativos usados, esse potencial de consumo fica estancado”, afirma Paulo Gaba.

Dessa forma, o Governo segue desperdiçan-do uma boa oportunidade para gerar mais ar-recadação de impostos e também importantes empregos diretos e indiretos dentro da cadeia produtiva da indústria automotiva brasileira.

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ABLA Jovem

FOI DURANTE o lançamento de um veículo da Volkswagen, em fevereiro de 2015, que pela primeira vez surgiu a ideia da criação da ABLA JOVEM, numa conversa informal com o atual Presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Nemer. De imediato, o presidente com-prou a ideia e não mediu esforços para que ela virasse realidade o quanto antes.

Nesse encontro, lembro que também esta-va presente o conselheiro gestor Saulo Froes, assim como o conselheiro fiscal Eduardo Cor-rea e os diretores regionais do Espírito Santo e de Minas Gerais, respectivamente Márcio Gonçalves e Leonardo Soares. Todos eles, sem dúvida, grandes incentivadores do projeto que nascia para trazer para a ABLA os sucessores e as sucessoras das locadoras associadas.

Não poderia mesmo ser diferente. A ideia vingou. E vingou fundamentalmente pelo apoio de líderes de sucesso, que estão no mercado de locação de veículos brasileiro há tempos. Gen-te que construiu empresas prósperas, éticas e que ajudam a fortalecer o setor e a estimular a cultura do aluguel de automóveis entre pessoas físicas e também entre as pessoas jurídicas.

Creio que boa parte do sucesso desses empresários está relacionada à consciência que todos têm a respeito de nos unirmos em benefício do setor em que atuamos. Eles não apenas nos dão bons exemplos nesse senti-do, como vão além: possuem a clara e nítida visão do quão essencial também é preparar sucessores para que a entidade se renove e perdure por tempo indeterminado.

As pessoas passam, mas instituições per-manecem. Para que isso também se torne uma realidade na ABLA, os atuais líderes do setor inteligentemente colocaram entre seus objetivos gerar oportunidades de capacitação e de desenvolvimento para a preparação de futuras lideranças associativas.

Por outro lado, também precisávamos de jo-vens bem intencionados, comprometidos e de-terminados a começar a trabalhar e a fazer mais pelo setor. Ou seja, gente extremamente dispos-ta para doar seu tempo, seu esforço, seus co-nhecimentos e sua vontade em prol do coletivo.

Por isso, nesse artigo em que busco resga-tar um pouco da origem desse novo “braço da ABLA”, é importante mencionar e agradecer o

Pessoas passam, instituições permanecem

Por Bruno Mazzei

grupo fundador e que atualmente compõe a Comissão da ABLA JOVEM: Caio Uchoa, Cláu-dio Schincariol, Jaqueline Denadai, Rafael Ma-ciel, Rodrigo Reda e Saulo Froes Junior. Trata-se de uma equipe coesa, que nas reuniões, encon-tros e eventos já realizados têm demonstrado grande potencial e excelente entrosamento.

Estamos abertos para receber a ajuda e o apoio de todos os associados da ABLA. Tenho plena convicção que, num futuro muito pró-ximo, essa equipe de jovens já poderá come-morar os primeiros resultados de um trabalho que desde o início tem sido árduo, desenvol-vido em grupo e que certamente será funda-mental para auxiliar a ABLA em busca de sua perenidade como a principal entidade do setor de locação de veículos da América Latina.

Sabemos que, porém, nem tudo são flo-res. No Brasil de hoje vivemos um momen-to político e econômico bastante desafiador e, sendo assim, entendo que precisamos de ainda mais união. Por isso também aproveito esse espaço para convidar os jovens do setor interessados em participar da ABLA JOVEM a se juntarem rapidamente a nós.

Caso você, empresário associado da ABLA, já tenha um futuro sucessor no seu negócio, seja filho, filha ou um gestor profis-sional na faixa entre 21e 35 anos, nos procure ([email protected]). Não temos tempo a perder. A hora é essa!

Bruno Mazzei é um dos fundadores e integrante da Comissão ABLA JOVEM

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Por Dentro

ESTE ANO, A RENAULT trouxe para o merca-do um dos lançamentos mais esperados para 2016, o Duster Oroch. Inspirado no SUV Dus-ter, o veículo inaugura um novo segmento de picapes médias no Brasil, já que se posiciona como intermediário, estando acima das cate-gorias mais leves, como a Strada e Saveiro, e abaixo das grandes como a S-10, Amarok e outros da categoria.

Ao entrar na cabine, a diferença em relação às concorrentes é chocante. Além de a Oroch ter quatro portas “de verdade”, o que facilita o acesso ao banco traseiro, quem senta ali encontra muito mais espaço (parecido com o Duster), cintos de segurança de três pontos para todos e janelas que se abrem por inteiro, como em qualquer carro “normal”.

No Brasil, o veículo chega ao mercado em três versões: Expression 1.6 e Dynamique, com motor 1.6 e 2.0.

Com direção hidráulica, a versão 1.6 é su-ficiente para a maior parte das situações do cotidiano. A caçamba, possui capacidade para

683 litros (equivalente a 650 kg), mas se o motorista costuma levar muito peso com fre-quência, é melhor optar pelo motor 2.0. Já a transmissão de cinco marchas tem relações longas e engates razoáveis. O consumo é bom – 9,6 km/l na cidade e 10,9 na estrada com ga-solina, segundo o Inmetro.

A central multimídia apresenta recursos interessantes, que variam de informação de trânsito a eco-scoring (pontuação de direção ecológica), passando pelo alerta de radares, função GPS, conexão bluetooth, comando sa-télite no volante, computador de bordo com 10 funcionalidades e piloto automático (os dois últimos, disponíveis apenas nas versões mais completas do veículo).

O Duster Oroch é um carro que oferece muitas vantagens, entre elas a posição para dirigir, que é mais alta que as picapes leves tradicionais, e a robustez do veículo, que pos-sui excelente filtragem de irregularidades (é possível encarar buracos, lombadas e valetas das cidades).

Renault inaugura segmento de picapes médias com Duster Oroch

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Por Dentro

Ficha TécnicaRenault Duster Oroch versão 1.6nMotorização: 4 cilindros em linha, 16VnCilindro/cilindrada: 1598 cm3nCombustível: flexnPotência: 110 cv a 5.750 rpm (g) / 115 cv a 5.750 rpm (e)nTorque: 15,1 kgfm a 3.750 rpm (g) / 15,9 kgfm a 3.750 rpm (e)nCâmbio: manual, cinco marchasnTração: dianteiranDireção: hidráulicanDimensões: 4,693 m (c), 1,821 m (l), 1,695 (a)nEntre-eixos: 2,829 mnPneus: 215/65 R16nCaçamba: 683 litros ou 650 kgnCapacidade do tanque de combustível: 50 litrosnPeso: 1.292 kgnAceleração 0-100 km/h: 14s3 (g) e

13s2 (e)nVelocidade máxima: 160 km/h (g) / 164

km/h (e)

Ficha técnica Renault Duster Oroch versão 2.0n Motor: Dianteiro, transversal, quatro ci-

lindros em linha, 16 válvulas, comando duplo, flex

n Cilindro/cilindrada: 1.998 cm³n Potência: 143/ 148 cv a 5.750 rpmn Torque: 20,2/20,9 kgfm a 4.000 rpmn Transmissão/tração: Manual de seis

velocidades, tração dianteira (4X2)n Direção: Hidráulican Suspensão: Independente, McPherson

na dianteira e multi-link na traseiran Freios: Sistema ABS com discos venti-

lados de 269 mm de diâmetro na dian-teira e freios traseiros com tambores de 229 mm de diâmetro.

n Pneus: 215/65 R16n Dimensões: Comprimento 4,693 m;

Largura 1,821 m; Altura 1,695 m; Entre-eixos 2,829 m

n Capacidades: Tanque 50 ln Peso: 1.346 kgn Caçamba: 683 litros; 650 kg

Itens de SegurançanFreios ABSnAlarme perimétriconAirbag duplonCintos de segurança de três pontos

para todos os passageiros

Tecnologia e conveniêncianFunção GPSnVisualização da hora e da temperaturanEco Scoring e Eco CoachingnRádio AM/FMnConexão Bluetooth, USB e ABXnTelefonenComando Satélite no volantenConexão com o SIRI (Apple)nInformações de tráfego TMCnConectividade com redes sociais com

app “Aha”nComputador de bordo com 10 funcio-

nalidades**

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Por Dentro

A CHEVROLET ESTÁ elevando o Cobalt a um novo patamar no mercado brasileiro. O sedã passa a agregar sofisticação e tecnologia inédi-tas com a chegada da linha 2016. “A impressão é a de que o carro mudou de geração, tamanha a evolução estética em relação ao modelo anterior”, atesta Carlos Barba, Diretor de Design da GM.

O primeiro grande salto está no visual. A carroceria foi praticamente toda redesenhada e traz agora linhas mais dinâmicas. O Cobalt tam-bém evoluiu por dentro, com o uso de materiais e acabamentos mais nobres, assim como os elementos que compões os painéis das portas.

Já a segunda geração do MyLink (que faz sua estreia nacional no sedã) dá um toque especial ao painel do veículo. “Pesquisas in-ternacionais mostram que os consumidores já consideram os itens tecnológicos mais re-levantes do que a potência do motor”, comen-ta William Bertagni, vice-presidente de enge-nharia da GM América do Sul.

O My Link proporciona maior integração com smartphones, permitindo ao usuário, por exem-

plo, ler e ditar mensagens de texto por comando de voz e acessar aplicativos de navegação, in-cluindo o Google Maps, que informa as condi-ções de trânsito e sugere rotas alternativas.

Há itens adicionais de conforto e de conve-niência tanto nas configurações com o motor 1.4 como nas com o motor 1.8, cujo torque che-ga a 17 kgfm. Esse propulsor pode vir acopla-do ao câmbio automático de seis velocidades.

Outra novidade é a versão Elite. Topo de linha, ela chega para ser a mais tecnológica e exclusiva do segmento. Oferece bancos com revestimento premium Brownstone; sen-sores de chuva, crepuscular e de estaciona-mento; câmera de ré e o exclusivo e inovador sistema OnStar da Chevrolet, que oferece di-versos serviços, entre eles de emergência e de segurança.

Lançado no Brasil em novembro de 2011, o Cobalt passa agora por sua primeira remode-lação. Foi o modelo escolhido pela Chevrolet para inaugurar a nova linguagem global de design da marca no país.

Cobalt 2016 chega com novo design, sofisticação e mais conectividade

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Por Dentro

OnStar põe modelo empatamar inéditoO OnStar é um sistema de telemática que oferece ao motorista mais de 20 serviços de emergência, segurança, navegação, concierge e conectividade. Disponível para as versões mais sofisticadas, no Cobalt 2016 a Chevrolet oferece o serviço como cortesia por 12 meses.

Pressionando um botão no retrovisor inter-no, o motorista é conectado a uma central com atendimento humano que oferece serviços como pesquisas na internet, reservas e infor-mações sobre o tráfego. Pode-se acionar o bo-tão OnStar para solicitar assistência mecânica, elétrica ou médica em caso de emergência.

O sistema também avisa quando o auto-móvel está sendo furtado ou envolveu-se em acidente. Isso acontece porque os sensores são capazes de detectar situações de anor-malidade e alertam o Centro de Atendimen-to. Profissionais capacitados então fazem a análise da situação e, se necessário, solicitam auxílio das autoridades.

Ficha técnica Chevrolet Cobalt versão 1.4 n Motor: .4 Econo.Flex MPFin Disposição: Transversaln Número de cilindros: 4 em linhan Cilindrada: 1.389 cm3n Diâmetro e Curso: 77,6 x 73,4 mmn Válvulas: 8n Taxa de compressão: 12,4:1n Potência máxima líquida: Etanol: 102 cv a

6.200 rpm; Gasolina: 97 cv a 6.200 rpmn Torque máximo líquido: Etanol: 13 mkgf a

3.200 rpm; Gasolina: 12,5 mkgf a 3.200 rpmn Rotação máxima do motor: 6.300 rpmn Transmissão: Manual, de 5 velocidadesn Freios: dianteiro, disco ventilado; traseiro,

tamborn Disco diâmetro x espessura: dianteiro: 256

mm x 24 mm; traseiro: 200 mm x 38,6 mmn Rodas: 15 polegadasn Pneus: 195/65 R15n Comprimento total: 4.481 mmn Distância entre eixos: 2.620 mm n Largura carroceria: 1.735 mmn Largura total: 2.005 mmn Altura: 1.523 mmn Altura mínima do solo: 134,9 mmn Peso em ordem de marcha: 1.090 kg (LT);

1.100 kg (LTZ)

n Porta-malas: 563 litrosn Tanque de combustível: 54 litrosn Velocidade máxima: Etanol: 170 km/h;

Gasolina: 170 km/hn Aceleração 0 a 100 km/h: Etanol: 10s6;

Gasolina: 11s7

Ficha TécnicaChevrolet Cobalt versão 1.8 n Motor: 1.8 Econo.Flexn Disposição: Transversaln Número de cilindros: 4 em linhan Cilindrada: 1.796 cm3n Diâmetro e Curso: 80,5 x 88,2 mmn Válvulas: 8n Taxa de compressão: 10,5:1n Potência máxima líquida: Etanol: 108 cv a

5.400 rpm; Gasolina: 106 cv a 5.600 rpmn Torque máximo líquido: Etanol: 17,1 mkgf a

3.200 rpm; Gasolina: 16,4 mkgf a 3.200 rpmn Rotação máxima do motor: 6.300 rpmn Transmissão: Manual, de 5 velocidadesn Freios: Discos ventilados dianteiros,

tambor traseiro n Disco diâmetro x espessura: dianteiro,

256 mm x 24 mm; traseiro, tambor 200 mm x 38,6 mm

n Rodas: 15 polegadasn Pneus: 195/65 R15n Comprimento total: 4.481 mmn Distância entre eixos: 2.620 mmn Largura carroceria: 1.735 mmn Largura total: 2.005 mmn Altura: 1.523 mmn Altura mínima do solo: 134,9 mmn Peso em ordem de marcha: 1.110 kg

(MT); 1.135 kg (AT)n Porta-malas: 563 litrosn Tanque de combustível: 54 litrosn Velocidade máxima: Etanol: 170 km/h

(MT); 170 km/h (AT); Gasolina: 170 km/h (MT); 170 km/h (AT)

n Aceleração 0 a 100 km/h: Etanol: 10s (MT); 10s9 (AT); Gasolina: 10s2 (MT); 11s2 (AT)

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Tecnologia

Conheça a tecnologia que pode ajudar no gerenciamento de frotas e negócios em sua empresa

Solução de gestão estratégica

PARA MUITO ALÉM do conhecimento técnico e especializado do setor, uma boa gestão de negó-cios é cada vez mais fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento. Ao lado do empre-sário existem diversas ferramentas para auxiliar nessa reorganização, sendo a tecnologia uma ex-celente aliada no processo de informatização de dados, controle e fiscalização mais apurados.

O Locavias é um software desenvolvido pela InfoSistemas especialmente para auxiliar na gestão de locadoras de veículos, organizando contratos com fornecedores, a movimentação de entrada e saída de veículos e, até mesmo, a checagem dos documentos de um cliente junto ao Detran. Com uma interface simples e aces-sível a qualquer funcionário, se tornando facil-mente parte do cotidiano da empresa.

O sistema tem diversas outras funções prá-ticas para controle de frotas, como destacar os veículos a serem entregues e recebidos no dia, ou aqueles que estão em período de manuten-ção preventiva. Com um cadastro completo é possível visualizar despesas e receitas, veículo a veículo, a partir dos contratos de locação e das Ordens de Serviços lançadas. Pelo modelo de “aluguel de sistema” o Locavia pode ser uti-lizado em frotas de todos os portes, se adaptan-do às necessidades de cada caso.

O controle de multas, de abastecimento e documentação permitem economia de tempo e dinheiro para a empresa, além de oferecer mais segurança ao locatário. O Serviço de SAC (Sis-tema de Atendimento ao Cliente) apresenta to-das as informações do veículo e contrato e ofe-rece campos para se registrar uma ocorrência

ou atendimento, com data e localização atual do veículo, entre outras informações. No caso de ocorrência policial, o sistema armazena as informações do sinistro, incluindo os terceiros envolvidos e testemunhas.

Em uma grande frota é possível separar fa-turas e relatórios de diferentes filiais da empre-sa, enquanto a Central de Reservas ajuda o em-presário no controle e relacionamento com os clientes. Com um funcionamento semelhante a uma agenda eletrônica, indica as reservas não atendidas e apresenta um relatório de locações perdidas em determinado período.

Para a administração interna e contabilidade, o sistema oferece ferramentas de gestão finan-ceira integrada e automática. O software importa dados de diferentes sistemas diretamente, evi-tando erros de digitação, por exemplo. Todo esse conteúdo pode ser transformado em gráficos comparativos de performance da frota, permi-tindo ao gestor analisar dinamicamente diversos aspectos do negócio, como rentabilidade da lo-cação por cliente e por veículo, avaliação de pa-trimônio e progressão de desenvolvimento.

Já no caso de infrações de trânsito, a fer-ramenta InfoMultas permite importar dados das unidades estaduais do Detran e automati-camente alimenta o banco de dados da loca-dora, para depois gerar as cartas de cobrança personalizadas aos clientes. A intenção é cercar o empresário de ferramentas que diminuam a burocracia do trabalho e aumentem a produ-tividade, sendo fundamental que os funcioná-rios conheçam em detalhe o sistema operado e o integrem no dia-a-dia da empresa.

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Opinião

A REVISTA LOCAÇÃO inaugura nesta edição um espaço aberto para as principais entidades do setor automotivo.

Alarico Assumpção Júnior, pre-sidente da Fenabrave, escreve so-bre as perspectivas para este ano, após um 2015 difícil.

Segundo a associação das con-cessionárias, a estimativa é que o mercado de automóveis e co-merciais leves sofra em 2016 uma nova queda, em torno de 5,2%, o que seria um resultado melhor do que a retração do ano passa-do, que bateu os 25% e fez com que o Brasil regredisse aos níveis de vendas de 2007, quando o país registrou o emplacamento de 2,4 milhões de veículos.

Se for considerado todo o setor, o que inclui, além de automóveis e veículos comerciais leves, os cami-nhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, a queda no ano passado ainda assim, foi acentuada.

Outra colaboração importan-te é o artigo de Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, que relata algumas iniciativas da entidade para a retomada do crescimento no setor automotivo.

Avaliações do mercado apontam para o desejo de mudanças favoráveis

Alarico Assumpção Jr., da Fenabrave: componente político afeta os negócios e dificulta projeções

Alarico Assumpção Jr., da Fenabrave

Ilídio dos Santos, da Fenauto

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O ANO DE 2015 foi encerrado com talvez um dos piores resul-tados da história des-te país, em relação ao setor da distribuição de veículos. Obvia-mente, esse resulta-do, que aponta para uma retração global de quase 24% para os emplacamentos de todos os segmentos automotivos, reflete a retração econômica e a instabilidade do quadro político na-cional, que abalam os índices de confiança dos consumidores e investidores, num dos piores níveis já experimentados pelo Brasil.

Como reflexo, os emplacamentos retroce-deram quase uma década em termos de volu-me, e a situação preocupa concessionários de todos os segmentos automotivos, que estão tendo dificuldade em manter os resultados de suas empresas, o que impacta, negativamen-te, nos empregos. Até novembro, contabili-zamos 943 concessionárias inoperantes, ou seja, que não emplacaram nenhum veículo no acumulado do ano. Isso significa a perda de mais de 30 mil empregos.

Como costumo dizer, não há qualquer dig-nidade nessa morte de empresas nacionais e cujo capital humano vem sendo comprometi-do, tanto por parte de empresários como de seus colaboradores e familiares.

Diante desse quadro, a Fenabrave reviu as previsões para o encerramento de 2015, e os dados apontam para uma queda global de 23,98% para todos os segmentos somados. Para automóveis e comerciais leves, a Fena-brave projeta redução de 26,5%, para cami-nhões e ônibus, a queda deve chegar a 45,1% e em 46,6% para implementos. O segmento de motocicletas deve apresentar retração de 14,1% e o setor de tratores e máquinas agrí-colas deve cair 38,3% em 2015.

Ainda sem um cená-rio político e econômico bem definido, mas com um PIB que deve ser negativo em cerca de 3,5%, não conseguimos realizar projeções asser-tivas para 2016. Até o momento, as perspecti-vas apontam uma que-da de 4,2% para todo o setor neste ano. Para os automóveis e comer-ciais leves, a retração pode chegar a 5,2%, al-cançando 4,2% para ca-minhões e ônibus, 2,3% para motocicletas e 5% de queda para tratores e máquinas agrícolas.

A previsão, no entan-to, não contempla uma possível implantação do Programa de Renovação da Frota, agora denomi-nado Programa de Sustentabilidade Veicular, que, se aprovado pelo governo, poderá melhorar os resultados de todos os segmentos automotivos em 2016, além de trazer mais segurança no trân-sito, redução de acidentes e de custos ao país.

Esperamos que mudanças favoráveis mo-vimentem a economia em 2016, talvez com base em fatos políticos que possam recupe-rar os níveis de confiança de quem investe, consome e vive nesse imenso Brasil.

Como empresários do setor da distribuição de veículos, pretendemos continuar investin-do e acreditando na recuperação do Brasil, na certeza de que os R$ 50 milhões investidos anualmente pelas concessionárias, apenas em treinamentos para suas equipes, resultem na melhora de resultados e na recuperação de ren-tabilidade e dos níveis de empregos no setor.

Atualmente, somos 7,6 mil concessionários que, juntos, geram mais de 380 mil empregos diretos e respondem por 5,2% do PIB. Não é pouco, mas podemos ser e fazer mais, se es-tivermos investindo em terrenos mais firmes.

Que assim seja!Que 2016 faça o Brasil e os negócios auto-

motivos acelerarem!

Instabilidade econômica e política afeta o setor automotivoPor Alarico Assumpção Júnior

Alarico Assumpção Júnior é presidente da Fenabrave- Federação Nacional da Distribuição

de Veículos Automotores

Opinião

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Soluções para superar a crisePor Ilídio dos Santos

O SETOR AUTOMOTIVO vem sofrendo as conse-quências da retração dos negócios neste ano. A di-minuição do volume de crédito para financiamen-tos também vem agravan-do a situação, deixando um horizonte mais restrito para esse segmento.

Embora o setor de ve-ículos novos esteja so-frendo mais intensamente com essas incertezas, os seminovos e usados ainda vêm mantendo um fôlego razoável nas vendas. Mas mesmo assim, ainda não temos um horizonte defini-do para a economia brasi-leira, e é necessário termos cautela para avaliar os re-sultados futuros de nosso segmento.

Nesses momentos, alguns lembram que o ideograma chinês para a palavra “Crise” pode ser lido com dois significados diferentes. Ao mesmo tempo em que traz o sentido de “peri-go”, traduz também o de “oportunidade”. E é com esse entendimento que a Fenauto acredita que, em momentos críticos como esse, é que a cria-tividade, a união e os esforços para superação afloram com mais frequência.

Com esse espírito, e buscando soluções para enfrentar a nova realidade, a entidade articulou a realização do mais importante evento do setor automotivo das últimas décadas, congregando 33 representantes de todos os elos da cadeia automotiva brasileira, além de dois ministros, autoridades e convidados diversos. Aconteceu, então, o 1º Encontro Estratégico das Lideranças do Setor Automotivo.

A ideia proposta pela Fenauto rapidamente ganhou a adesão da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabra-ve) e o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), mostrando a força de um setor que representa mais de 25% do PIB Industrial, gera

riqueza e emprega milha-res de pessoas.

O entendimento propos-to pela Fenauto, amplamen-te discutido durante o en-contro, foi o de que, como elos de uma corrente única que precisa colaborar para que o Brasil vença os desa-fios atuais de sua economia, o evento deveria ser o palco para consolidar a união de propósitos das entidades, além de buscar soluções e propostas proativas para a retomada do crescimento desse segmento.

Nosso alinhamento com as demais entidades do setor automotivo reforça a necessidade de pensarmos em soluções integradas para que a engrenagem que move esse segmento

funcione perfeitamente, traduzindo em bene-fícios para toda a cadeia produtiva, as ações conjuntas que realizarmos. Temos que mostrar a nossa disposição para criar soluções que façam a economia do país crescer novamente.

Um passo importante para incentivar a mo-vimentação do mercado foi dado com a presen-ça do Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e o Ministro-Chefe da Secretaria da Micro e Pe-quena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que anunciaram aos empresários presentes, a cria-ção do Registro Nacional de Veículos em Esto-que (Renave). O Renave é um sistema que vai integrar a nota fiscal eletrônica do automóvel ao seu registro no Detran estadual, colocando um fim ao comprovante físico de transferência da propriedade do veículo, durante a sua perma-nência como estoque na loja/revenda.

Não basta ficar sentado, lamentando a situ-ação do mercado. Assim como um marinheiro tem o direito de amaldiçoar o mau tempo em sua viagem, sem, contudo, poder mudá-lo, cabe a nós enfrentar a séria situação atual com a úni-ca possibilidade que nos resta de reagirmos: a proatividade e o trabalho duro. Esse é o cami-nho que escolhemos trilhar para enfrentar os desafios que se avizinham no horizonte. A tra-vessia desse período turbulento é inevitável, e enfrentá-la é preciso.

Ilídio dos Santos é presidente da Fenauto - Federação Nacional das Associações de

Revendedoras de Veículos Automotores

Opinião

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Entrevista

De olho no mercado de viagens corporativas

Edmar Bull: segmento deve evoluir em 2016

Líder em viagens corporativas na Amé-rica Latina, o Brasil cresce cada vez mais no ranking dessa atividade, o que faz com que as locadoras enxer-guem boas oportunidades no aluguel de veículos para o chamado turismo de negócios e eventos. De acordo com o estudo anual “Via-gens e Turismo: Impacto Econômico”, divulgado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), com dados coletados em 184 países, o Brasil aparece em 6º lu-gar nesse ranking, levando em conta indicadores como a importância do turismo para o PIB, a geração de em-pregos, as divisas geradas por turistas

internacionais e os investimentos pú-blicos e privados.O último ano, porém, foi de recupera-ção, uma vez que o segmento não fi-cou imune à crise e enfrentou períodos atípicos para a contratação de eventos, como a Copa do Mundo de 2014. Edmar Bull, presidente do Conselho de Administração da Abracorp (Asso-ciação Brasileira de Agências de Via-gens Corporativas), avalia que este mercado dará mostras de seu vigor em 2016 e prosseguirá em ritmo de crescimento. Confira a seguir a entrevista conce-dida pelo presidente da Abracorp à revista Locação.

Edmar Bull: segmento deve evoluir em 2016

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REVISTA LOCAÇÃO: Como se comportou a in-dústria de viagens corporativas neste ano em que a maior parte dos setores lamenta a crise política e econômica?

Edmar Bull: O cenário de crise política e eco-nômica tem um aspecto positivo. Ele motiva as corporações no país, dos mais variados portes e ramos de atividade, a demandarem cada vez mais os serviços de consultoria das agências de viagem especializadas no mercado corporativo. Isso resulta num crescimento, apesar da crise. Dados relativos ao quarto trimestre de 2015 ain-da estão sendo apurados, mas as pesquisas de vendas disponíveis trazem como resultado uma variação positiva, de 16,54%, na movimentação de negócios das associadas Abracorp no tercei-ro trimestre, comparado a igual período de 2014.

REVISTA LOCAÇÃO: Em 2014, com a Copa, o comportamento do mercado foi atípico. No ano passado, houve o impacto da redução de investi-mentos em função da falta de confiança na eco-nomia. E para 2016, qual a perspectiva?

Edmar Bull: De fato, em razão da Copa e das eleições, ambas realizadas no segundo se-mestre de 2014, o mercado de viagens corpo-rativas no país sofreu retração, uma vez que

Entrevista

O EntrevistadoEdmar Augusto Bull é administra-

dor de empresas e atua há 38 anos no segmento de viagens de negócios. Com destacada participação associati-va no setor, Edmar Bull foi co-funda-dor do FAVECC, compondo a diretoria da entidade ao longo dos seus 15 anos de existência. Também foi dirigente da ABAV-SP, pelo período de 12 anos, onde foi eleito presidente da entida-de para o exercício de dois mandatos consecutivos, de 2008 a 2012.Em 2009 foi conselheiro do Projeto Harmonia, que resultou na criação da Abracorp no ano seguinte. Desde 2012 exerce o mandato de presidente do Conse-lho de Administração da Abracorp e a vice-presidência da ABAV Nacional, entidade que passa a presidir para o biênio 2016/2017.

a oferta turística doméstica disponível foi de-dicada às empresas sediadas nos mercados emissivos internacionais. Para 2016, a busca pela eficácia tende a fomentar o aumento da base de clientes atendidos pelas agências de viagens mais qualificadas.

REVISTA LOCAÇÃO: O mercado cresceu em 2015?

Edmar Bull: Para 2015, as projeções iniciais (IEVC) previam que o mercado de viagens cor-porativas no Brasil registraria crescimento de apenas um dígito (8,17%).

REVISTA LOCAÇÃO: Qual a importância do mercado de viagens corporativas para a econo-mia mundial? Edmar Bull: Em 2014, o setor como um todo representou 3,1% do PIB mundial, superando a indústria química (2,1%) e automobilística (1,2%).

REVISTA LOCAÇÃO: Alguns empresários do setor de locação foram ouvidos e avaliaram que o mercado de viagens corporativas pode vir a se adaptar rapidamente a uma retomada do nível de negócios. O senhor concorda com essa avaliação?

Edmar Bull: Sim. Tomando por referência a re-trospectiva dos dados setoriais, fica evidente a vigorosa capacidade de recuperação da indús-tria de viagens e turismo.

REVISTA LOCAÇÃO: Segundo o último balan-ço da entidade, as vendas de locadoras para o mercado corporativo diminuíram -14%, com aumento no valor da diária em 21,1% (no ter-ceiro trimestre de 2015, em relação ao mes-mo período em 2014). Podemos dizer que este nicho está proporcionando maior rentabilidade para as locadoras?

Edmar Bull: A avaliação de rentabilidade das lo-cadoras responde a um conjunto mais comple-xo de variáveis, mas não restam dúvidas sobre a existência de excelentes oportunidades para o desenvolvimento de parcerias com as asso-ciadas Abracorp.

REVISTA LOCAÇÃO: E como podem se dar es-sas parcerias?

Edmar Bull: Além da integração tecnológica, ações de capacitação profissional e gestão de processos compõem o trinômio sob o qual são estabelecidas e ampliadas as alianças comer-ciais no mercado de viagens corporativas.

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TEMA DE DESTAQUE do II Fórum Jurídico da Indústria do Aluguel de Automóveis, as implica-ções jurídicas decorrentes da responsabilização objetiva das locadoras de veículos em razão do uso do bem locado é questão que há muito suscita grandes debates entre os profissionais dos departamentos jurídicos das empresas, as quais têm neste tema um dos seus principais custos operacionais.

São comuns as decisões judiciais que ense-jam condenações substanciosas em razão de acidentes de trânsito envolvendo veículos lo-cados, especialmente quando as indenizações se referem a danos morais, estéticos, lucros cessantes e pensões vitalícias aos envolvidos e seus familiares.

Como sabemos, a justificativa “técnica” para deixar de averiguar se a locadora de algum modo agiu ou se omitiu em relação às suas obri-gações, concorrendo, assim, para a ocorrência do fato, é a aplicação da Súmula 492 do STF.

Os fundamentos suscitados contra a apli-cação da referida súmula seguem caminhos semelhantes, mas reiteradamente param na barreira criada pelo excesso de trabalho dos magistrados brasileiros, quem têm na indistinta aplicação da matéria pacificada pelo Supremo Tribunal Federal em 1969 o meio mais singelo e célere de rejeitar a defesa das locadoras e ex-cluir de sua pauta mais um processo.

Diante de um cenário processual tão desfa-vorável, as esperanças acabam se voltando às pretensas reformas legislativas, como ocorreu em relação ao PL-4457/2012, que acrescia pará-grafo único ao artigo 566 do Código Civil para o fim de limitar a solidariedade do locador às hipóteses de dolo ou culpa. Contudo, a iniciati-va acabou recentemente vetada pela Presidente da República.

No entanto, nos últimos meses, dois julga-mentos deram novo ânimo e argumentos ao setor, pois revelam que alguns magistrados começam a apreciar com mais cautela os recla-mos quanto à necessidade de se provar a parti-cipação das locadoras no ato ilícito.

O primeiro deles, do Tribunal Regional Fe-deral da 01ª Região, reverteu uma pena admi-nistrativa de perdimento do veículo locado, apreendido em decorrência de sua utilização

Jurídico

João Paulo C. Barbosa Lima

Avanços Jurisprudenciais quanto à Responsabilidade Civil

das Locadoras de Veículos

para transporte de mercadorias provenientes do Paraguai desacompanhadas da respectiva documentação fiscal, sob o fundamento de que a empresa apenas “locou o veículo em questão, como parte de suas atividades comerciais, não podendo ser responsabilizada pelo ilícito come-tido pelo locatário ou seus prepostos. Não de-monstrado o envolvimento da autora, proprie-tária, no ilícito praticado, mostra-se descabida a aplicação da pena de perdimento do veículo.”

No segundo caso, ao apreciar a responsabi-lidade da locadora por um acidente de trânsito, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná reco-nheceu que os fundamentos que levaram o STF à redação da Súmula 492 previam análise da culpa da empresa, o que revela que o entendi-mento pacificado se refere à responsabilidade subjetiva e não a objetiva, exigindo, portanto, que seja demonstrada a ação ou omissão da proprietária do veículo que tenha redundado no sinistro a ser reparado.

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Jurídico

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.

ACIDENTE DE TRÂNSITO. COLISÃO ENTRE VEÍCULO LOCA-

DO PELO ESTADO, A SERVIÇO DA POLÍCIA CIVIL, E BICICLE-

TA EM CRUZAMENTO NÃO SINALIZADO. SÚMULA 492 DO

STF. INAPLICABILIDADE. ENUNCIADO SUMULAR QUE TO-

MOU COMO BASE JULGAMENTOS EM QUE HOUVE ANÁLISE

DA CULPA, OU SEJA, ALUSÃO À RESPONSABILIDADE CIVIL

SUBJETIVA E NÃO OBJETIVA (ART. 186 DO CC). EMPRESA

LOCADORA DE VEÍCULOS QUE FIRMOU CONTRATO VÁLIDO

COM O ESTADO DO PARANÁ, LOCANDO VEÍCULO QUE NO

MOMENTO DO ACIDENTE NÃO APRESENTAVA QUALQUER

VÍCIO QUE CONCORREU PARA O ACIDENTE QUE VITIMOU O

CICLISTA. ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE CIVIL QUE DEVE

FOCAR A CONDUTA DO CONDUTOR DE VEÍCULO E DO CICLIS-

TA. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE O FATO DANOSO E

A LOCADORA DE VEÍCULOS. ENUNCIADO SUMULAR QUE NÃO

TEM EFEITO VINCULANTE. ADEQUAÇÃO DA CULPA NA FOR-

MA DO ART. 945 DO CÓDIGO CIVIL. (...) AGRAVO RETIDO CO-

NHECIDO E PROVIDO, PARA DECLARAÇÃO DE ILEGITIMIDADE

PASSIVA DA EMPRESA LOCADORA DE VEÍCULOS, RESTANDO

PREJUDICADAS AS DEMAIS MATÉRIAS POR ELA DEDUZIDAS

NO APELAÇÃO. (...)

A Súmula 492 do STF, para efeito de respon-sabilização solidária da empresa locadora de veículos, somente pode ser aplicada quando se tratar de responsabilidade civil subjetiva (art. 186 do CC), em que se analisa culpa, que tem como fundamento a negligência, imperícia ou imprudência, ou seja, cabe a locadora a prova do nexo causal entre o erro de conduta da lo-catária e o dano sofrido pela vítima, sobretudo porque não há previsão em lei acerca da res-ponsabilidade civil objetiva no que pertine aos contratos de locação (art. 927 e ss. do CC).

(TJPR - 1ª C.Cível - AC - 1367716-6 - Rel.: Fer-nando César Zeni - Unânime - J. 30.06.2015)

Se vê, portanto, que algum progresso quanto à interpretação da questão começa a aparecer, o que enche as empresas de esperança e ser-ve de incentivo aos seus advogados continua- rem na incansável batalha contra a indistinta (e equivocada) aplicação da Súmula 492 do STF.

João Paulo C. Barbosa Lima é advogado da Barbosa Lima Sociedade de

Advogados e do SINDLOC/PR

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ENFRENTAR PERÍODOS de crise econômica não é novidade para o brasileiro. Porém, uma vez que o país passou a maior parte deste sé-culo protegido das dificuldades financeiras que essas crises provocam, é possível que muitos estejam “enferrujados” para lidar com o aperto provocado por este cenário.

Empresários ouvidos durante o Fórum ABLA alertaram para a possibilidade de o mercado de terceirização sofrer ajustes, tendo como conse-quência, entre outras medidas, uma maior de-manda por revisões de contratos. Nesse caso, quais seriam as dicas para que a locadora pos-sa tomar as devidas precauções, seja do ponto de vista do desempenho de negócios, seja do ponto de vista jurídico?

Peça fundamental nesse tipo de análise, re-visões de contratos são comuns em tempos de crise.Contratos bem afinados e detalhados favorecem esse acompanhamento.

“A locadora precisa conhecer a necessida-de de seu cliente. Saber qual o perfil do uso da frota, quem dirige os veículos, onde eles são utilizados e com qual finalidade, se carre-gam apenas passageiros ou são destinados ao transporte de cargas”, explica Jorge Machado, gerente administrativo da ABLA.

Com base nesse perfil, é possível realizar um monitoramento da utilização da frota, ob-servando a gestão dos veículos. Os relatórios de manutenção são documentos importantes para avaliar se o uso da frota está de acordo

com o esperado, ou se essa utilização extrapo-la os riscos assumidos pelo contrato.

Em resumo: qualquer alteração drástica nos indicadores de uso da frota pode ser a “pista” para que a locadora passe a observar com interesse redobrado o contrato, a fim de evitar, no futuro, possíveis prejuízos.

Uma alternativa é reduzir ou ajustar a fro-ta de acordo com a nova realidade econômi-ca, fazendo um aditivo do contrato. Acordos bem amarrados incluem multa em caso de revisão, o que funciona como uma garantia para a locadora. Outro item fundamental são os reajustes, que precisam ser rigorosamente observados.

Qualquer alteração no contrato passa por uma negociação, na qual a locadora deve não apenas ouvir quais são as necessidades do cliente, mas também deixar claro, de forma transparente, que o rearranjo do modelo da prestação de serviços provocará grandes es-forços do outro lado do balcão. Ou seja, é preciso ponderar com o cliente que a redu-ção do contrato significará para a locadora a revisão de seu investimento, uma equação que na maioria das vezes é desfavorável para o planejamento traçado para a mobilização e desmobilização da frota.

As locadoras possuem compromissos fir-mados com as instituições financeiras e de-pendem dos recursos advindos de seus con-tratos para saldarem esses financiamentos.

A importância de acompanharos contratos de pertoLocadoras devem estar preparadas para uma eventual solicitação de novos termos para o contrato de prestação de serviços

Terceirização

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Evitar rompimento é o objetivo da negociação

QUANDO UM CONTRATO é objeto de re-visão, é necessário estar preparado para sentar à mesa e negociar com o cliente. Ninguém deseja um rompimento, que pode levar à adoção de medidas judiciais.

Cuidados com a lei devem ser encarados pelo viés positivo, ou seja, como alicerce para que o contrato seja mantido, em bases renegociadas. Conta muito nessa negocia-ção o perfil do cliente: se ele possui um re-lacionamento antigo com a locadora, se não há ocorrências de atrasos nos pagamentos e se a frota destinada à prestação de ser-viço apresenta um histórico adequado ao uso discriminado no contrato original.

Caso haja a necessidade do aditivo, a orientação é tomar todas as precauções de ordem jurídica ao assinar o novo acor-do, para que este seja duradouro e satis-fatório para ambas as partes.

Os bons termos da lei são o anteparo necessário para que locadora e cliente possam continuar compartilhando dos benefícios proporcionados pela parceria nos casos de terceirização.

“Solicitações de revisão de contratos são comuns em tempo de crise”, avalia Machado. “Mas o bom gestor estará mais preparado para lidar com esse tipo de si-tuação”, completa.

Terceirização

Qual o potencial de crescimento do serviço de terceirização de frotas no Brasil?

O potencial de crescimento da terceirização de frotas no Brasil é de aproximadamente 20 vezes o tamanho atual do mercado. Ou seja, conforme o mais recente Censo da ABLA, 57% dos 773 mil veículos das locadoras (aproxima-damente 440 mil) estão a serviço de pessoas jurídicas, dentro do modelo de negocio da terceiriza-ção de frotas. Levando em con-sideração que a frota própria de pessoas jurídicas é aproximada-mente 20 vezes maior que isso, esse seria o potencial de cresci-mento para essa modalidade de negócio no Brasil.

Um negócio de grande potencial

Entra crise, sai crise, e a tercei-rização permanece. Isso porque é uma modalidade de negócios que ainda está longe de atingir seu po-tencial no Brasil. Confira alguns dados importantes:

Quantos % das empresas em geral têm hoje frotas terceirizadas e quantas têm veículos próprios?

Conforme estimativas da ABLA, a proporção é de aproximadamen-te 90% de empresas com veículos próprios e aproximadamente 10% de empresas com veículos tercei-rizados.

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Capacitação

Planejar é fundamentalCurso de Gestão de Frotas auxilia

associados a alavancarem negócios

ESTE ANO, a ABLA inaugurou oficialmente a parceria com o Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Trânsito (SENAT). Os cursos de “Gestão de Veículos Leves”, ministrados entre os meses de outubro e novembro, fizeram sucesso e conso-lidaram a parceria para 2016.

Oferecidos gratuitamente para os associa-dos, a ideia é criar oportunidades de qualifica-ção para empresários e profissionais do setor. “Trata-se de explicar as estratégias, os recursos disponíveis e a importância das ferramentas gerenciais que existem para tornar a gestão de frotas mais eficiente”, explica Carlos Faustino, conselheiro gestor da ABLA responsável pela área de capacitação dos associados.

Saber fazer uma gestão de frota eficaz faz toda a diferença para o negócio e os benefí-cios são inúmeros. Segundo Waldemar Frei-tas, instrutor do Curso de Gestão de Frotas em Vitória (ES), um gerenciamento de negócios eficaz auxilia na redução dos custos e aumen-ta a produtividade.

“É comum os gestores acharem que basta baixar o preço para ter lucro. Existem inúme-ras estratégias que as locadoras devem pres-tar atenção na hora de gerir sua frota. Antes

de mais nada, é preciso fazer um diagnóstico completo dos veículos, seguido de um plane-jamento detalhado e um plano de ação”, pon-dera Waldemar.

Após elaborar o plano de ação, ainda é preciso colocá-lo em prática, além de criar re-latórios e indicadores que permitam um me-lhor gerenciamento dos resultados e da frota como um todo.

“Investir em tecnologias e equipamentos destinados ao controle gerencial e monitora-mento dos veículos, assim como qualificação dos colaboradores é essencial para o sucesso do negócio”, explica Waldemar.

Para o instrutor, cuidados com o meio am-biente, como o descarte de resíduos das lava-gens dos automóveis, além de óleos e pneus usados são informações importantes, aborda-das ao longo dos cursos, e ajudam a reduzir custos de operação, prolongar a vida útil do ve-ículo e garantir disponibilidade de frota.

“Mais importante do que conhecer e saber que existem políticas, estratégias e ferramen-tas de gestão da frota, é implementá-las, levan-do em consideração as especificidades de cada locadora de veículos, seja ela pequena, média ou grande”, conclui Waldemar Freitas.

Waldemar Freitas, instrutor do SEST-SENAT:gerenciamento de negócios eficaz auxilia na redução dos custos

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COM A CHEGADA das férias, um dos desti-nos com grandes atrações que merecem ser exploradas é Rondônia. Ainda pouco conhe-cida pelos brasileiros, a capital, Porto Velho, esconde verdadeiros tesouros para quem pre-tende descansar e fugir dos destinos mais ba-dalados no verão.

Porto Velho surgiu no começo do século XX, durante a histórica construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, via de escoamento da borracha produzida na região. Esta foi uma das construções mais difíceis da engenharia mun-dial, comparada apenas ao Canal do Panamá.

A rota foi desativada, mas as memórias da estrada estão preservadas no Museu Ferro-viário, considerado uma das principais atra-ções históricas de Rondônia. Instalado em um galpão às margens do rio Madeira, no acervo encontram-se tornos, máquinas, móveis, fo-tografias, livros e documentos, além de uma locomotiva de 1878.

O principal atrativo de Porto Velho é o passeio de barco pelo rio Madeira. O tour dura cerca de 45 minutos e leva à corredeira de Santo Antônio, um dos cartões-postais da cidade. Vale a pena fazer os passeios ao final da tarde para curtir o

Brasil Viagem

Estado reserva tranquilidade para quem busca paz e

sossego, mas também pode se transformar

em uma grande aventura para quem pretende visitar

as Ruínas do Império Inca, no Peru

Descubra Rondônia, um destino surpreendente

Rio Madeira, uma das muitas atrações naturais do estado

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Brasil Viagem

pôr do sol e, quem sabe, ganhar a companhia dos botos cor-de-rosa que vivem na região. Para aqueles que gostam de badalar, a vida no-turna também é famosa, concentrando-se na “Calçada da Fama”, repleta de bares e boates.

Cacoal, no interior de Rondônia, é conside-rado um dos melhores destinos para a tempo-rada, a demanda cresce a cada ano e é preciso meses de antecedência para reservar um hotel.

Saindo de Porto Velho, a distância até a ci-dade é de 480 quilômetros e o ideal é utilizar veículos com motores mais potentes. Devido à estrada e algumas subidas, carros com motor acima de 1.6 são ideais.

Uma opção econômica é alugar um carro. De acordo com Miguel Ferreira Jr., Diretor Re-gional da ABLA em Rondônia, os táxis são insu-ficientes para atender toda a demanda e ainda geram alto custo para o consumidor final.

“Além disso, ao alugar um carro, o consu-midor tem liberdade para conhecer a cidade e seus arredores que guardam uma beleza na-tural incrível. Essa é uma experiência única”, acrescenta Miguel Júnior.

As opções não param por aí. Para os turis-tas mais aventureiros, 1.500 quilômetros se-param a capital rondoniense de Cuzco, cidade que foi o principal centro cultural e adminis-trativo do Império Inca, localizada no Peru.

As belas paisagens compensam o cansaço dos dois dias de viagem.

É importante não tentar vencer a distância em apenas um dia. Apesar das estradas peru-anas serem muito boas, os 500 quilômetros finais obrigam o condutor a reduzir a marcha para subir a Cordilheira dos Andes. Em deter-minados trechos da rodovia, a altitude se apro-xima dos 5.000 metros e diversos fatores con-tribuem para desacelerar a viagem: a altitude interfere no desempenho do veículo, o relevo confere inclinações extraordinárias à rodovia, além da significativa acentuação da maioria das curvas. Outros fatores ambientais podem ainda interferir, como as chuvas tropicais na base da cordilheira, serração e até neve, nos trechos mais altos.

Saindo de Porto Velho, o objetivo do primei-ro dia é chegar à cidade de Puerto Maldonado, já no Peru. O deslocamento tem início pela BR-364, sentido Rio Branco. No quilômetro 230, a rodovia vai de encontro ao Rio Madeira e como não existe ponte, a travessia é feita de balsa. Daí em diante é possível seguir para Assis Brasil, ci-dade brasileira que faz fronteira com a peruana Iñapari. Pouco antes de Rio Branco, ainda em solo brasileiro, pega-se a Estrada do Pacífico ou “Carretera Interoceanica”, como é chamada no lado peruano. Tal rodovia é binacional e funcio-

A linha Madeira-Mamoré é visita obrigatória

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na como eixo de integração entre o Brasil e o Peru - a BR-317 representa o trecho brasileiro, enquanto, no Peru, passa a ser identificada por PE-30. Do entroncamento da BR-364 com a BR-317 até a fronteira são cerca de 320 quilômetros.

De Porto Velho a Assis Brasil, o motorista terá pela frente rodovias de pista simples, precaria-mente sinalizadas, com trânsito moderado, pa-vimentação irregular e pouca fiscalização.

Todo procedimento burocrático necessário à entrada no país vizinho é feito na própria fron-teira. O viajante brasileiro é dispensado de visto e de passaporte, basta o documento de identi-dade e o Certificado Internacional de Vacinação contra febre amarela. De acordo com normas estabelecidas pelo Ministério do Comércio Ex-terior e do Turismo do Peru, todo veículo auto-motor que circule pelo território peruano deve contar com uma apólice de Seguro Obrigatório de Acidentes de Trânsito – SOAT. Portanto, se for entrar no Peru com um veículo, adquira este ser-viço nas principais cidades e postos fronteiriços. A carteira de habilitação brasileira é válida no Peru, mas é possível solicitar junto ao DETRAN de seu estado, a emissão da Permissão Interna-

cional para Dirigir (PID). Chegando em Iñapa-ri, o viajante deve aproveitar a parada e tomar uma “Inca Kola” para ir entrando no clima. Para quem não conhece, trata-se de um refrigerante à base de erva cidreira, criado no Peru no início do século passado. Apenas 220 quilômetros se-param Iñapari de Puerto Maldonado.

Puerto Maldonado tem aproximadamente 40 mil habitantes e é considerada a principal cida-de da região. Não desperdice a oportunidade de observar e desfrutar um pouco do cotidiano das pessoas que ali vivem.

O trecho de Puerto Maldonado a Cuzco é um dos pontos altos da viagem, pois são 500 qui-lômetros de cenários incríveis. A sinuosa subi-da da cordilheira guarda surpresas a cada cur-va, montanhas surgem na paisagem elevando as frondosas florestas tropicais; a altitude vai raleando a vegetação, até que as luxuriantes florestas dão lugar às pastagens do altipla-no. Quase chegando ao destino, uma curiosa construção dá as boas-vindas aos viajantes: as ruínas de Qaranqayniyuj. O preservado portal é uma pequena amostra do que está por vir: as ruínas do Império Inca.

Real Forte Príncipe da Beira

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SANTA CATARINA é um dos destinos mais pro-curados por brasileiros e estrangeiros na época das férias. Conhecida por suas belezas natu-rais permeadas por muita badalação, a capi-tal, Florianópolis, oferece inúmeras atrações e infraestrutura para os turistas mais exigentes.

Com cerca de 560 quilômetros de extensão, o litoral catarinense possui belíssimas praias, que atendem a todos os gostos. Para os adep-tos do turismo de natureza, há possibilidade de passear por dunas, cachoeiras, rios e até florestas preservadas de Mata Atlântica.

A cada ano, Florianópolis tem se tornado um destino desejado tanto para passear, quanto para viver. A cidade é repleta de autoestradas, túneis e viadutos, construídos para acomodar o crescimento rápido. No entanto, as grandes transformações não afetaram a diversidade da ilha, que conserva os vilarejos açorianos, colô-nias de pescadores, praias selvagens e matas preservadas, a poucos minutos do centro.

Como o estado conta com boas estradas, é possível alugar um carro para se locomover por

Férias dos sonhos em Santa Catarina

lá e tornar a experiência ainda mais inesquecível. “Devido às pequenas distâncias entre as

localidades, é fácil e rápido chegar a qualquer lugar do estado” diz Ricardo Zamuner, Diretor Regional da ABLA em Santa Catarina.

Zamuner explica que as locadoras são uma boa opção para aqueles que querem conhecer os diversos lugares em Santa Catarina.

“As locadoras oferecem um excelente mix de veículos, então o cliente pode escolher o tipo que atende mais às suas necessidades e cair na estrada”, diz Zamuner.

Apenas 80 quilômetros separam Florianó-polis de Balneário Camboriú considerado o principal destino da região. O acesso é feito pela rodovia BR-101, que passa à margem da cidade. Camboriú possui ótima infraestrutu-ra hoteleira e de serviços, cercada por belas praias e parques. A grande atração da região é o teleférico que percorre a encosta que divide as praias Central e Laranjeiras – ambas com estações onde é possível iniciar o passeio. Lá no alto, entre uma e outra, fica a estação Mata

No verão, o litoral catarinense tem atrações para todos os gostos

Surfe na praia do Santinho, em Florianópolis

Brasil Viagem

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Saulo Froes, conselheiro gestor da ABLA: “É melhor alugar um carro com lucro na operação, do que alugar 10 sem lucro algum”

Atlântica, com vegetação nativa, trilhas com mirantes, circuito de arvorismo e até um trenó de montanha, que desce 600 metros e pode atingir até 60 km/h.

A gastronomia em Santa Catarina é rica e diversificada, graças à influência dos vários povos europeus que se estabeleceram em dife-rentes regiões do estado. Destacam-se os sabo-res da cozinha portuguesa, germânica e italia-na, enriquecidos por ingredientes e temperos emprestados dos indígenas e africanos.

Para os baladeiros de plantão, a noite em Balneário Camboriú é uma das mais agitadas do litoral catarinense. Durante o verão, bares e casas noturnas concentradas na Avenida Atlân-tica e Barra Sul reúnem jovens de diversos estados brasileiros. Além disso, DJ’s de várias partes do mundo costumam se reunir para as famosas festas embaladas por música eletrôni-ca, que se estendem até o amanhecer.

Ainda em Camboriú, os turistas mais ousa-dos podem visitar a Praia do Pinho. Considera-do o primeiro reduto naturista do Brasil, o local

é muito badalado e prega a liberdade acima de tudo. A nudez é obrigatória, assim como o res-peito a todos os visitantes.

Distante 50 quilômetros ao Sul de Florianó-polis, existe um paraíso quase intocado, co-nhecido como Guarda do Embaú. A praia está entre as 10 mais belas do Brasil e o estilo alter-nativo continua preservado por lá. Distrito do município de Palhoça, Embaú surpreende os visitantes desde o início: para chegar à praia que dá nome à vila é preciso atravessar o rio da Madre. Tal tarefa pode ser cumprida a nado - a maneira preferida dos surfistas - ou com o auxílio de um barquinho (sempre tem um aguardando os visitantes e pronto para fazer a travessia).

Turistas de diversos lugares procuram a praia no verão, em busca de cenários paradisíacos como a Prainha e a Pedra do Urubu, ambos aces-síveis por trilhas fáceis. A beleza da área e seus arredores permanece intocada graças ao Parque da Serra do Tabuleiro, que abrange parte do vila-rejo e abriga cachoeiras, rios e animais silvestres.

O famoso teleférico da praia de Laranjeiras, em Camboriú

Brasil Viagem

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Fique de Olho

NOSSOS VIZINHOS latinos oferecem incríveis destinos para os brasileiros, da Patagônia argen-tina ao caribe venezuelano, passando pelo mu-seu a céu aberto de Machu Picchu. E em tempos de crise, conhecer esses países de carro pode ser uma solução acessível e divertida para o turista.

Os mais aventureiros podem optar pela BR 174, e pelo Norte do país seguir da capital Ma-naus até a Venezuela. A tríplice fronteira que guarda o Monte Roraima é parada obrigatória para quem gosta de trilhas e esportes de aven-tura, com caminhadas de até uma semana.

Já para rodar pela Argentina, a saída por Foz do Iguaçu permite conhecer as belas Cataratas nos lados brasileiro e argentino, onde é possí-vel comer e se hospedar com muita qualidade e preços módicos. Outra vantagem é que Ar-

gentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela compartilham uma sequência de acordos que facilitaram muito a burocracia para veículos estrangeiros, uma facilidade que pode fazer a diferença na hora de alugar um carro.

Algumas precauções devem ser tomadas quanto à documentação exigida em cada país visitado, mas a locadora pode auxiliar o con-dutor com a documentação básica para saída do Brasil. Para os países integrantes do Mer-cosul é necessário apenas que o veículo pos-sua um seguro válido fora do território brasi-leiro, chamado Carta Verde, regra incorporada pelo Chile recentemente.

No caso da locação de veículos, a empresa deve fornecer uma autorização para circula-ção fora do território nacional, além do docu-

Viajar pelas maravilhas do nosso continente é uma opção acessível. Saiba quais as exigências para o motorista e para o veículo alugado

Conhecendo a América do Sul de carro

Machu Picchu: tesouro da Humanidade, bem pertinho do Brasil

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mento do veículo. Já para o motorista, basta portar a CNH dentro do prazo de validade e do-cumento de identidade (RG) emitido há menos de 10 anos, ou passaporte.

Para os demais passageiros com mais de 18 anos basta o documento de identidade, en-quanto para os menores de idade é necessária a autorização do pai ou da mãe, em duas vias, com firma reconhecida e data de validade, além de uma foto 3x4 ou 5x7 e cópia do RG do me-nor, ou do termo de guarda.

Juntamente com os integrantes do Merco-sul, Bolívia, Chile e Peru assinaram o Acordo sobre Regulamentação Básica Unificada de Trânsito, que estabelece regras únicas para a circulação de veículos em qualquer desses pa-íses, que incluem limites de velocidade, regras de trânsito e itens como chave de roda.

Para os demais países da América Latina as regras são variáveis e recomenda-se entrar em contato com o Consulado antes de viajar para checar atualizações e mudanças na legislação, mas para todos eles é primordial portar o pas-saporte pessoal a todo momento, além do Car-tão de Migração, recebido na entrada do país.

Esse documento valida a situação do viajante como turista e permite sua circulação legal.

Atualmente Uruguai e Bolívia exigem ainda a vacina de febre amarela para brasileiros, visto que nosso país está na lista de risco de trans-missão da doença. A vacina tem de ser aplica-da até 10 dias antes da viagem e tem validade de 10 anos. No Brasil é oferecida gratuitamente em postos de saúde.

O Chile exige ainda a Permissão Internacio-nal para Dirigir (PID), emitida em nosso país pelo Denatran, enquanto na Colômbia é permi-tido dirigir portando apenas a CNH brasileira e o documento do motorista. A Argentina exige ainda um kit de primeiros socorros no veículo.

É importante que o turista pesquise sobre seu destino, pois nem sempre a locadora é capaz de fornecer informações importantes, como as condições atuais das estradas, con-dições climáticas e orientações sobre direção na neve, por exemplo. Além da preocupação com a segurança, as multas internacionais cos-tumam ter valores muito elevados, razão pela qual é fundamental fazer uso de um seguro in-ternacional e respeitar as leis locais.

Casa Pueblo, antiga residência do artista plástico Carlos Vilaró, em Punta del Este, Uruguai

Fique de Olho

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Diálogos

Sofisticação revolucionáriana compra e locação de veículos

*Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA

da população como um todo, independentemente de classe social.

O que deveria chamar a atenção (principalmen-te das empresas) não é a mera inserção de mais gente no mercado. Além de milhares de pessoas que foram trazidas ao con-sumo e que melhoraram suas condições sociais e econômicas neste século, já se passaram mais de 25 anos desde que conquis-

tamos direitos efetivos sobre tudo o que con-tratamos e compramos, através do Código de Defesa do Consumidor. E esta mudança nos tornou muito mais cientes e exigentes de nos-sos direitos.

Vivemos uma mudança de patamar jamais vista. Tenho ciência da grave crise que asso-la o Brasil e que as vendas de quase todos os produtos e serviços vêm caindo mês após mês. Mais do que nunca, as pessoas não estão dispostas a rasgar dinheiro. Portanto, se o con-sumidor encontra um produto com a mesma percepção de qualidade, por um preço mais acessível, claro que esta será sua opção.

Mais do que o poder aquisitivo, mais do que a renda para consumir, o brasileiro começou a dar-se o direito a produtos e serviços cujos dife-

AO FINAL DE 2014, foi possível observar a dis-ponibilidade de veículos de luxo da marca Audi nas locadoras do Brasil. Mais recentemente ainda, além dos automóveis desta mar-ca, também havia opções de Mercedes Benz e Volvo, o que aumentou minha curio-sidade sobre esta mudança no perfil da oferta das lo-cadoras. Busquei entender melhor a situação e cheguei a algumas conclusões.

Primeira conclusão: a maciça propaganda governamental, que insistiu em vender a ideia de que a “grande novidade” pela qual o Bra-sil passou na última década foi a inserção de milhões de brasileiros no mercado consumi-dor, não se sustenta por muito tempo. Foi uma vitória? Sem dúvida. Mas a verdade é que, no mundo real, é bastante passageira a satisfação das pessoas por terem sido meramente inseri-das no mercado de consumo.

Seres humanos se habituam rapidamente ao que é bom e, a partir das oportunidades de consumo de alguns produtos, sentem o sabor de fazerem parte de um mundo melhor e mais digno. E querem mais. A revolução em relação ao mercado de consumo no Brasil está funda-mentada na enorme mudança comportamental

Mais do que o poder aquisitivo, mais do que a renda

para consumir, o brasileiro começou a dar-se o direito a produtos e serviços cujos diferenciais são qualidade,

sofisticação e requinte

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Diálogos

renciais são qualidade, sofisticação e requinte. Seletividade é a palavra de ordem. E isso é vá-lido desde a compra de uma cerveja, passando por passeios, viagens, idas a restaurantes, até para automóveis.

A realidade é que dentre os produtos e ser-viços que estão sentindo menos as consequ-ências da crise, estão aqueles com maior valor agregado. O consumidor está de olhos abertos para o desejo. Brasileiros na faixa de renda entre R$ 1 mil e R$ 5 mil mensais estão apri-morando suas escolhas em eletroeletrônicos, eletrodomésticos e perfumes. Aqueles que ga-nham entre R$ 10 mil e R$ 15 mil optam por itens mais sofisticados em categorias como vi-nho, café e lazer. Acima disso, o fenômeno se verifica em viagens e veículos.

No caso de automóveis, o requinte do consu-midor ganha ainda mais holofotes. Os ‘modelos básicos’ deixaram de ser a maioria dos automó-veis vendidos no Brasil. A evolução percentual por subsegmentos, entre 2010 e 2014, mostra que os veículos de “entrada” (sem opcionais), encolheram de 33,9% em 2010 para 24,9% em 2014. Ao mesmo tempo, os chamados hatchs saíram de 16,3% em 2010 para 24,7%. E os se-dans médios, ainda mais equipados, subiram de 6,46% em 2010 para 8,31% em 2014.

Se essa é a realidade em relação à compra, seria possível dizer que também a locação de automóveis venha a ser cada vez mais impacta-da pela mudança de comportamento do consu-midor. Basta lembrar que o aluguel diário de veí- culos sem ar-condicionado e direção hidráulica

praticamente deixou de existir no Brasil, exata-mente pela queda de demanda dos clientes em relação a esse tipo de produto.

Para que o mercado de locação diária con-siga manter sua constante evolução, é impor-tante que o setor não abra mão do sucesso dos modelos Premium, mais espaçosos, sofistica-dos e luxuosos. Trata-se de investir em clientes que não buscam apenas uma commodity para o seu dia a dia, mas sim viver uma experiên-cia exclusiva e diferenciada, extraindo daí as sensações positivas e de pertencimento a um mundo mais sofisticado.

O recado para a iniciativa privada é exata-mente que o consumidor está mesmo mais cri-terioso. Essa tendência é irreversível: a partir do momento em que mais pessoas sentem-se merecedoras e dispostas a gastar um pouco mais em experiências de compras diferencia-das, ficam claras as oportunidades que as em-presas que atuam no Brasil têm diante de si.

A qualificação dos produtos e serviços é a grande oportunidade de expansão de vendas no Brasil, inclusive nesse momento de crise econômica. Talvez esteja aqui o antídoto: ga-nhar menos com vendas volumosas e mais com melhores margens de lucro dos produtos e serviços sofisticados.

O consumidor brasileiro parece não estar mais disposto a somente reproduzir compor-tamentos do passado, e entende que tem os mesmos direitos e possibilidades de consumo que aqueles de outros países. Não é pior do que ninguém.

Audi A3 Sedan: exemplo de busca pela sofisticação

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O RIO DE JANEIRO continua lindo, contudo, fechado à realidade e, pior, a verdade jurídica. A criatividade do Executivo para burlar os direitos dos Administrados alcança contornos dignos de Kafka.

Com efeito, vigia até recentemen-te no Estado do Rio de Janeiro a Lei Estadual 2.877 de 22.12.1997 que dis-punha sobre o IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTO-MOTORES (IPVA).

Na norma em destaque, estabele-cia direitos e obrigações em relação os veículos utilizados em contratos de locação, mais precisamente o artigo 10 inciso VIII (“... VIII – 0,5% (meio por cen-to) para veículos destinados exclusi-vamente à locação, de propriedade de pessoa jurídica com atividade de loca-ção devidamente comprovada nos ter-mos da legislação aplicável, ou na sua posse em virtude de contrato formal de arrendamento mercantil ou pro-

Estudo de Caso

Apontamentos sobre regulamentação de lei por atos normativos de hierarquia inferior

Por Luiz Carlos Alves Carneiro

Um caso verdadeiro no Rio de Janeiro

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priedade fiduciária ...” ) e o artigo 11 ( “... O imposto é devido anualmente e recolhido nos prazos e forma pre-vistos em resolução do Secretário de Estado de Fazenda, podendo ser par-celado para pagamento em até três cotas, iguais e mensais, a critério do contribuinte ...”).

Objetivando regulamentar a Lei, o Executivo criou a Resolução 827 de 23/12/2014 que, efetivamente, supri-miu diversos diretos açambarcados pela Lei Estadual concedidos às em-presas de locação de veículos, ino-vando o texto da lei ao invés de expli-cá-lo ou complementá-lo.

A crise de legalidade pelo abuso no poder regulamentar é patente.

No artigo 3º, inciso IX da famigera-da Resolução, ao tratar da alíquota do imposto, afirmou-se que: “... de 0,5% (meio por cento) para veículos des-tinados exclusivamente à locação, de propriedade de pessoa jurídica, sob a forma de sociedade empresa-rial, com atividade de locação nos CNAE´s de locação sem condutor (7711-0/00 e 7719-5/99) devidamente comprovada nos termos da legislação aplicável, ou na sua posse em virtude de contrato formal de arrendamento mercantil ou propriedade fiduciária ...”.

Ou seja: com uma “canetada”, ex-cluiu-se do tratamento tributário di-ferenciado (pagamento de 0,5% de alíquota), os veículos das empresas regularmente constituídas que se de-dicam ao ramo de locação de veículos com condutor (motorista).

A justificativa dessa “nova norma” tem uma explicação lúdica: fazer va-ler o entendimento da Procuradoria do Estado que não admite a existên-cia de contrato de locação com moto-rista, enquadrando-o como contrato de fretamento ou de transporte.

Uma heresia, considerando que o contrato de locação com motoris-ta é mera variante do contrato de lo-cação de bem móvel, não perdendo sua natureza jurídica.

De fato, na locação (com ou sem motorista) a empresa locadora dis-ponibiliza veículos para a locatária, para uso exclusivo de seus funcio-nários e prepostos. Os veículos fi-cam na posse e na guarda da locatá-ria, podendo deles usar na medida de sua conveniência e necessidade, indicando destino, sem itinerário fixo ou trajeto regular (ver arts. 565 e 566 I Código Civil/2002).

Já no contrato de fretamento ou transporte, o Veículo não é entregue ao usuário, existindo fixação de tra-jeto e horários específicos, permitin-do entrada e saída de “passageiros” ao longo do itinerário, tendo como contratante pessoa jurídica, agre-miações estudantis ou condomínios e usuários seus funcionários, as-sociados ou moradores (no Rio de Janeiro, recomendamos a leitura do Decreto Estadual 22.490/1996 que altera os artigos 98 e seguintes que altera o REGULAMENTO DE TRANS-PORTE COLETIVO INTERMUNICIPAL e Lei Estadual 4.291/2004).

O fato de o veículo ter disponibi-lidade de motorista não desvirtua a locação porque o veículo é entregue ao locatário para seu uso e gozo ao sabor de suas conveniências e inte-resses. O motorista é um “aperfei-çoamento” à locação.

A referida Resolução, pelo que se verifica, distingue coisas iguais atra-vés de interpretação sobejamente errada, inibindo o exercício de uma atividade legal que, ao final, enseja-rá em um aumento considerável aos valores dos contratos firmados com terceiros (inclusive Poder Público), pois, além do IPVA majorado, as em-presas terão de cindir-se para apro-veitamento da redução do IPVA por conta das características do contrato de locação que se propõe celebrar (sem e com motorista).

Seguindo, temos o § 1º da Resolu-ção que estabelece, à guisa de regular a lei (e o absurdo inciso XI que diz:

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“... A aplicação da alíquota prevista nos incisos I e IX do caput deste ar-tigo, no que concerne a veículos de transporte de passageiros a taxíme-tro pertencentes a pessoas jurídicas ou veículos destinados exclusiva-mente à locação de propriedade de pessoa jurídica, fica condicionada ao cadastramento da pessoa jurí-dica junto à Inspetoria de Fiscaliza-ção Especializada de IPVA -IFE 09, comprovando que atende as condi-ções legais, cabendo ao seu titular decidir quanto ao pedido ...”.

Ora, criou-se um modelo que res-tringe as atividades empresariais, em franca testilha com o artigo 5º II e XIII da Carta Constitucional, além de submissão de julgamento com fundamento em critérios subjetivos pela Administração.

De fato, a lei não fala em qual-quer cadastramento ou algo que o valha para ter garantido o pagamen-to de alíquota de 0,5% do IPVA. A Resolução cria essa obrigação ad-ministrativa sem qualquer funda-mento na lei.

Parece óbvio que uma empresa que se dedique a locação de veícu-los com ou sem condutor como esta-belecido nos seus atos constitutivos, está fadada a não ter seu cadastra-mento deferido na referida Inspeto-ria e, assim, não poder exercer seu direito de pagamento de alíquota de 0,5% do IPVA.

E se ainda assim for permitido, a empresa terá que ter duas frotas distintas, uma para locação com condutor (pagando 4% de IPVA) e outra para locação sem condutor (pagando 0,5% de IPVA), um con-trassenso, pois o mesmo veículo pode ser utilizado em ambos os ti-pos de contrato de locação!

De outra banda, a Resolução per-mite que a Administração conceda ou não conceda o cadastramen-to através de julgamento subjetivo como se retira do referido dispositivo

em exame, ou seja, independente do cumprimento de todos os requisitos exigidos pela empresa locadora de veículos.

Lembre-se que a Lei nº 9.784 de 29/01/1999, em seu art. 50, dispõe que os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos e que a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo con-sistir em declaração de concordân-cia com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

Aqui, a Resolução como redigida afasta tais preceitos, submetendo-se o Administrado à vontade do Admi-nistrador, sem que o mesmo esteja subordinado aos critérios objetivos da norma para apreciar o pedido de cadastramento que, pelo que consta da Resolução, não tem prazo para ser decidido.

Ora, a dinâmica e celeridade que o mercado impõe na consecução dos negócios que d.v. não permite que as partes para dar cumprimento ao contrato celebrado aguardem an-siosas que a Administração “aprove o negócio”. Isso depois de um pro-cesso administrativo específico cujo prazo de duração não se tem notícia.

Há mais. A referida Resolução res-tringe o direito que a lei concedeu para quem se dedica à atividade de locação de veículos quando estabe-lece em seu §º 12 o seguinte: “... Para efeito de aplicação da alíquota a que se refere o inciso IX do caput deste artigo, além das demais imposições previstas nesta resolução, deverá a locadora de veículos encontrar-se na propriedade ou na posse, em razão de contrato formal de arren-damento mercantil ou alienação fiduciária, de 20 (vinte) ou mais veículos automotores terrestres comprovadamente utilizados na atividade de locação ...”.

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E as pequenas empresas que atu-am na área que possuem 6, 7, 14 ou 10 veículos? Por que estariam fora do regime diferenciado de alíquotas do IPVA? O pequeno empresário, já achatado com encargos e tributos de toda a sorte, terá que competir com os grandes do ramo, sem qualquer chance de sucesso em política de preços ante o disparate de tratamen-to diferenciado criado pela Resolu-ção em ataque.

A Lei Estadual não fez qualquer restrição, como se retira da leitura do artigo 3º alhures transcrito. Con-cedeu às empresas de locação, in-dependente do tamanho e da frota, o direito de efetuar o pagamento do IPVA com alíquota reduzida.

A resolução não poderia restrin-gir esse direito, seja pela exclusão de especiosidades negociais conti-das nos contratos de locação (com

ou sem condutor), seja pela criação de um cadastro administrativo de cunho subjetivo, seja pelo afasta-mento de empresas de pequeno por-te com frotas inferiores a 20 veículos (art. 3º, §12).

O que a Administração Pública parece não saber é que a atividade de locação de veículos é um negócio jurídico que merece toda a atenção e respeito, pois atua em uma área estratégica no setor de serviços e turismo.

Há como definir a Resolução como um desatino, uma excrescên-cia que nem a Ditadura Militar (cujo cipoal de arbitrariedades é de triste lembrança) ousou lançar mão.

No Brasil, de acordo com o sis-tema de hierarquia das normas (art. 59 da CF/88), sempre se entendeu que os regulamentos estão condi-cionados pela lei. Como observa

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Estudo de Caso

ALMIRO DO COUTO E SILVA (in Im-portação de Bens Usados – Proibi-ção – Regulamento Autônomo, Re-vista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, 205, pg. 66 e ss), desde a Constituição do Império não se modificou, substancialmen-te, no quadro da hierarquia das nor-mas e dos vínculos de supremacia e subordinação entre elas estabele-cidos, as posições ocupadas pelas leis e pelos atos normativos infrale-gais, dentre os quais se destacam os regulamentos.

Lembre-se que existe pela norma constitucional em vigor uma hierar-quia das normas1 que, como é sabi-do, tem três graus: (a) constituição; (b) leis; e (c) regulamento. Nessa gradação, a generalidade acompa-nha a obrigatoriedade. A Constitui-ção é mais genérica do que a lei e prima sobre ela; a lei é mais genérica do que o regulamento, que, contudo, está em plano superior e que deve ser observada, sob pena de usurpa-ção do poder de legislar.

Sabe-se da existência de regula-mentos autônomos praeter legem que visam suprir omissão do legis-lador (lacuna legal), a respeito de matérias de reserva da Administra-ção. Contudo, tais atos administra-tivos não podem invadir a reserva da lei, o que o legislador estabele-ceu como núcleo funcional da lei sem que possa a Administração ul-trapassar seu domínio ou criar inge-rências que acabem por desvirtuar alcance e o entendimento da norma.

A Resolução se subordina à lei e não o contrário. A Resolução é ato da Administração (Poder Executivo), não sendo “Lei” no sentido formal capaz de criar, extinguir ou inovar obriga-ções e direitos dos administrados.

Evidente que a locação se alberga na legislação civil em vigor e não se confunde com qualquer outra ativida-de relacionada ao transporte público.

Só por isso a Resolução já se revela ilícita, pois ao qualificar juridicamente negócios distintos, “revoga do CCB”, também macula diretamente um dos mais básicos direitos constitucio-nais das empresas afiliadas da im-petrante, qual seja, o livre exercício de atividade profissional: “... É LIVRE O EXERCÍCIO DE QUALQUER TRABA-LHO, OFÍCIO OU PROFISSÃO, ATEN-DIDAS AS QUALIFICAÇÕES PROFIS-SIONAIS QUE A LEI ESTABELECER ...” (art. 5º XIII da CF/88) e sem esquecer o direito estabelecido no inciso II: “II - NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA COI-SA SENÃO EM VIRTUDE DE LEI”.

E essa mácula não é “em tese”, porquanto há severa restrição ao di-reito de livre exercício de atividade profissional como já demonstrado, pois exige cadastramento de veícu-los adquiridos para locação com ou sem condutor, impedindo que assim venham ser utilizados.

Dito isso, há de se perguntar: o que foi feito, concretamente, para sa-nar esse absurdo? Impetrou-se um mandado de segurança, obteve-se a liminar para suspender os efeitos da Resolução.

Vitória? Não exatamente. Além de as Autoridades não cumprirem a li-minar, a toque de caixa o Executivo enviou proposta de lei ao Legislati-vo que, em não mais de 5 dias pro-mulgou a Lei Estadual nº 7068 de 01/10/2015, que dispõe sobre o IM-POSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA).

Coincidentemente, a nova norma açambarca todos os dispositivos le-gais contidos na Resolução atacada.

Como digerir isso? Nova luta se

avizinha.

Luiz Carlos Alves Carneiro é advogado da Alves Carneiro

Advogados e do SINDLOC/RJ.

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Trânsito

Locação com motorista não é “carona paga”

A REGULAMENTAÇÃO DO transporte indivi-dual de passageiros que se utilizam de aplicati-vos do tipo “carona paga” tem gerado, injusta e incorretamente, problemas para quem não tem nada a ver com esse tipo de serviço: as locado-ras de veículos. As empresas do setor, principal-mente aquelas que trabalham com locação com motorista, têm sido alvo de fiscalização e até de multas por terem a atuação confundida com transporte individual remunerado clandestino.

Adriano Castro, assessor jurídico da ABLA e membro da Câmara Temática de Legislação de Trânsito do CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, explica que a atividade de locação de veículos, com ou sem motorista, não é regula-mentada por lei específica. “Desse modo, não há norma autorizando expressamente o exercício da atividade de locação com motorista e, pelo princípio da livre iniciativa, se a lei não proíbe, a atividade pode ser realizada livremente”, afirma.

O trabalho da assessoria jurídica da ABLA busca defender os direitos do setor, demons-trando que a locação com motorista não fere nenhum dos princípios legais vigentes no Bra-sil. Segundo Adriano Castro, a confusão entre locação com motorista e transporte individual remunerado de passageiro se dá porque am-bos atendem à mesma demanda por mobilida-de. “Porém, a atividade de transporte é regula-mentada e possui regime específico, inclusive com várias penalidades em caso de transporte irregular”, acrescenta.

O fato é que a fiscalização e as penalidades injustamente impostas às locadoras em função dessa confusão têm gerado casos nos quais as empresas acabam tendo de buscar apoio jurídi-co. “Nos últimos meses, impugnamos multas aplicadas por autoridades municipais e esta-duais no combate ao ‘transporte clandestino’, ‘transporte irregular’, ‘piratas’ e ‘piolhos’, entre outras denominações regionais ao mesmo fe-nômeno”, confirma Adriano Castro.

Essas vitórias judiciais são frequentes por-que a norma aplicável a esses casos é o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas os estados e municípios muitas vezes aplicam leis próprias que indiretamente alteram o CTB. “Por conse-quência, configuram violação à competência privativa da União para legislar sobre transpor-te e trânsito”, complementa o advogado.

Clientes têm perfis diferenciadosAo longo dos anos e principalmente em

momentos de crise, nos quais as empresas lo-cadoras se desdobram e buscam alternativas para manter e conquistar clientes, oferecer a locação com motorista é uma opção que não pode ser automaticamente descartada.

Esse tipo de locação se dá a partir da solici-tação dos clientes. Aqueles que não possuem carteira de motorista, ou mesmo pessoas com alguma deficiência física que as impeça de di-rigir, estão no nicho dos principais usuários da locação com motorista.

Além deles, esse tipo de locação também costuma atrair executivos em viagens de negó-cios e até mesmo clientes em turismo de lazer, que buscam minimizar possíveis dificuldades em dirigir em grandes centros ou destinos que visitam pela primeira vez.

A locação com motorista atende perfeita-mente, ainda, clientes que preferem evitar o cansaço que implica em dirigir por longas dis-tâncias ou por seguidas horas. Ou mesmo os que, diante da lei seca, simplesmente prefe-rem alugar o veículo com motorista para terem mais liberdade durante seus passeios

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Fim de PapoFim de Papo

COM BASE NAS AÇÕES desenvolvidas em cada estado do Brasil nos últimos 12 meses, o Conselho Gestor da ABLA elegeu Carlos Faus-tino, que vinha atuando como Diretor Regional para o Interior de São Paulo, para receber o prê-mio de Diretor Regional do Ano 2015.

Faustino, que na recente eleição realizada para o Conselho Nacional, biênio 2016-2017, agora passou a integrar o Conselho Gestor, tra-balhou incansavelmente para a realização dos cursos de capacitação para associados em pra-ticamente todos os estados do Brasil.

Conforme as pesquisas de satisfação realiza-das em cada etapa, os cursos da ABLA obtive-ram média superior a 90% de avaliação positiva, qualificando mais de 500 profissionais em 2015.

Durante a entrega da placa comemorativa re-ferente ao prêmio de Diretor Regional do Ano de 2015, Carlos Faustino demonstrou seu agradeci-mento às equipes internas da ABLA em São Pau-lo e em Brasília, pelo envolvimento e apoio para a realização de todas as etapas, assim como ao instrutor e economista Jorge Miguel dos Santos. “Seria impossível termos realizado tantas etapas com sucesso de público, não fossem os esforços do trabalho da equipe interna da ABLA, a quem agradeço a todos em nome do gerente adminis-trativo Jorge Machado”, disse Faustino.

Além disso, o diretor regional do ano tam-bém esteve diretamente envolvido com as ne-gociações junto ao SEST – SENAT, para ampliar a grade de cursos oferecidos gratuitamente às

locadoras associadas. A inauguração dessa parceria se deu em Vitória (ES), que teve como tema o curso de “Gestão de Frotas”. “Tivemos 76,87% de avaliação ótima e boa entre os par-ticipantes, o que é ótimo para um curso reali-zado pela primeira vez e que, assim, ainda tem muito a ser aperfeiçoado”, avaliou Faustino.

Paralelamente, também já foram postos em prática os projetos pilotos dos cursos de “Gestão de Pessoas” e “Atendimento Eficaz ao Cliente”, respectivamente em Santa Catarina e em Brasília, também em parceira com o SEST--SENAT. “Para este ano, o objetivo é multiplicar os cursos em mais de 20 cidades”, adiantou o premiado.

Carlos Faustino, como Conselheiro Gestor, assumiu a liderança da Área de Capacitação do Planejamento Estratégico de Governança Cor-porativa da ABLA e já tem reuniões agendadas também com o SEBRAE, para efeito de aproxi-mação e conhecimento do portfólio de cursos daquela instituição para avaliação sobre futura parceria com a ABLA.

Estatutariamente, a ABLA possui diretores regionais para cada estado da Federação e no Distrito Federal, responsáveis por representar e propagar a associação e acompanhar de perto a ação das locadoras em cada região.

Dessa forma, a ABLA mantém sua capilari-dade em abrangência nacional, o que favorece diretamente o desenvolvimento do setor em todo o País.

Carlos Faustino, eleito o Diretor Regional do Ano em 2015

O Diretor Regional do Ano

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