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RECICLAGEM DE ÓLEO DE COZINHA NA TRANSFORMAÇÃO DE SABÃO

LÍQUIDO E EM PEDRA

ALVES, Ilton Wagner1

ARAÚJO, Luiz Eduardo de2

RESUMO

O presente estudo destacou a importância da reciclagem de óleo de cozinha na fabricação de

sabão líquido e em pedra, abrindo espaço para que alunos do Ensino Médio do Centro

Estadual de Educação Profissional Agrícola Fernando Costa, localizado na cidade de Santa

Mariana/PR pudessem entender as questões ambientais, a sustentabilidade e a viabilidade

econômica advindos da produção de sabão. Encontrar alternativas para o controle do volume

de dejetos de óleo que são lançados ao solo de maneira desordenada, cujas consequências

têm sido a morte dos seres vivos que dependem da saúde do Planeta para sobreviverem é

essencial. Pensando nisso, este estudo lançou a seguinte indagação: como desenvolver

técnicas operacionais de transformação de matéria prima em produtos consumíveis, a partir

de princípios da sustentabilidade e viabilidade econômica? O objetivo geral foi conhecer as

técnicas de processamento dos resíduos de óleo de cozinha para beneficiamento e produção

de sabão líquido e em pedra. A metodologia desta pesquisa foi bibliográfica, do tipo

exploratório e com abordagem qualitativa, para apoio de estudo de caso. A pesquisa

envolveu alunos da escola em questão. O instrumento utilizado foi um roteiro de entrevistas

semiestruturadas versando sobre a importância da reciclagem de óleo de cozinha utilizado e

descartado, para a fabricação de sabão. Reciclar óleo de fritura é uma ação que resolve

problemas, como, por exemplo, a contaminação do meio ambiente. Além disso, segue uma

tendência crescente evidenciada através de algumas iniciativas que comprovam o potencial

econômico-sustentável que é a reutilização de resíduos de óleo. Uma proposta de

sensibilização e produção do sabão pode ser alcançada, mas ainda falta interesse por parte da

população e incentivo em todas as esferas, incluindo as escolas. A fabricação de sabão a

partir do óleo de cozinha surge como importante fator para a preservação do meio ambiente.

Palavras-chave: Descarte de óleo; Reciclagem; Sustentabilidade Econômica.

1 Professor do Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola Fernando Costa - Ensino Médio

Integrado à Educação Profissional no município de Santa Mariana, PR. 2 Docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio, Cornélio

Procópio, PR.

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INTRODUÇÃO

A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 instituiu a Polícia Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS) e em seu art. 30, XVI, define resíduos sólidos como “todo material,

substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja

destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados

sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos

d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor

tecnologia disponível”.

O óleo de cozinha usado, quando descartado de forma inadequada, acarreta prejuízos

ambientais e econômicos. Na busca de soluções, o presente trabalho dá ênfase aos processos

de reciclagem e reutilização desse subproduto, que, além de propiciar alternativas de geração

de renda e inclusão social, o óleo de cozinha pós-consumo pode receber uma destinação mais

nobre por meio do reaproveitamento e da reciclagem, de maneira a produzir bens de valor,

gerar renda e minimizar os impactos adversos ao meio ambiente.

É grande a preocupação com as questões ambientais e alternativas para o controle do

volume de dejetos que são lançados ao solo de maneira desordenada, cujas consequências têm

sido a morte dos seres vivos que dependem da saúde do Planeta para sobreviverem. O óleo de

cozinha após descartado pode ser utilizado na produção de sabão e detergentes, de ração

animal, de biodiesel, de resina para colas e tintas industriais, de amaciante de couro, de

cosméticos, dentre outros produtos à base de óleo vegetal, além de lubrificante para as formas

de fabricação de tijolos de plástico (VELOSO et al., 2012).

O óleo é um produto não perecível utilizado em casa, nos bares, restaurantes, nas

escolas, cujos resíduos, se não forem reaproveitados, seja à moda caseira ou em laboratórios

específicos para esse fim, continuará sendo responsável pelos entupimentos de bueiros e,

consequentemente, pelas enchentes, principalmente nas grandes metrópoles. Isso porque,

normalmente, após a fritura, o resíduo de óleo é diretamente descartado na pia da cozinha,

descendo até a rede de esgoto, provocando o entupimento da mesma e o mau funcionamento

das estações de tratamento, pois a água contaminada pelo óleo entrará em contato com os

lençóis subterrâneos, comprometendo a qualidade da água que se consome.

Por outro lado, quando é descartado de forma inadequada e jogado nos ralos, o óleo,

associado a outros resíduos, forma uma barreira rígida de sujeira, provocando entupimento

nas instalações internas e na rede de esgoto, além de contaminar rios e lençóis freáticos,

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colocando em risco a vida aquática e comprometendo a alimentação humana. Apenas um litro

de óleo é capaz de contaminar em torno de 25 mil litros de água (ECÓLEO, 2013).

Segundo Ecóleo (2013) o Brasil produz 3 bilhões de litros de óleo comestível por ano,

tem consumo per capita em torno de 20 litros/ano, e descarta de forma inadequada cerca de

200 milhões de litros de óleo usado mensalmente. A reciclagem contempla aspectos técnicos

e tecnológicos, bem como critérios econômico-financeiros e questões sociais, comportando-se

os participantes ora como agentes econômicos, ora como atores sociais.

Pensando nisso, este estudo lançou-se a seguinte indagação: como desenvolver

técnicas operacionais de transformação de matéria prima em produtos consumíveis, a partir de

princípios da sustentabilidade e viabilidade econômica?

O objetivo geral foi conhecer as técnicas de processamento dos resíduos de óleo de

cozinha para beneficiamento e produção de sabão ecológico.

Buscou-se nos objetivos específicos as condições necessárias para se atingir o objetivo

geral: destacar os problemas socioambientais a partir do descarte incorreto dos resíduos do

óleo de cozinha; discutir com os alunos formas de atuação no meio social, com o intuito de

colaborar para com o desenvolvimento sustentável.

A metodologia desta pesquisa foi bibliográfica, do tipo exploratório e com abordagem

qualitativa, para apoio a um estudo de caso. A pesquisa envolveu 31 alunos, cujo instrumento

utilizado foi um roteiro de entrevistas semiestruturadas versando sobre a importância da

reciclagem de óleo de cozinha descartado para a fabricação de sabão.

PANORAMA BRASILEIRO DO RESÍDUO ÓLEO

No Brasil, poucas legislações englobam o assunto específico sobre “resíduo óleo”. A

Lei número 12.305 de 2 de agosto de 2010 instituiu a Polícia Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) em seu art. 30, XVI define resíduos sólidos como sendo:

Todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades

humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe

proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,

bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades

tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos

d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis

em face da melhor tecnologia disponível (NETO, 2011, p. 32).

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Os governos municipais tiveram prazo de dois anos para elaborar um plano de

gerenciamento com diagnóstico de geração de lixo e metas para diminuição e reciclagem

e eliminar os lixões, “procurando soluções em conjunto com outros municípios após a lei,

que determinou que até agosto de 2012 todas as prefeituras do país deveriam expor um

plano de gerenciamento de resíduos sólidos, devendo colocá-lo em prática até 2014”

(BRASIL, 2010, p. 11).

Ainda de acordo com a PNRS, segundo Brasil (2010, p. 16) “teriam que identificar

os principais geradores de resíduos, avaliar os custos e criar indicadores para aferir o

desempenho do serviço público nessa área”. A tarefa das prefeituras ganhou alicerce mais

consistente com princípios e diretrizes, dentro de um conjunto de responsabilidades cujo

potencial é de mudar o panorama do problema ambiental no Brasil.

Contudo, Gouvêa (2012, p. 43) diz que “a eficácia plena da legislação depende de

uma cadeia de atores, planejamento técnico e recursos humanos e ambientais para a sua

concretização”. Aponta ainda a existência de sérias limitações para a materialização de

alguns dispositivos da PNRS, que, além do caso do óleo de cozinha, há falta de espaços

físicos adequados para a implantação de atividades de coleta, e, assim, há exaustão dos

serviços ecossistêmicos relacionados à biodegradação do grande volume de resíduos

gerados.

Os produtores e até os consumidores, segundo Silva et al., (2010, p. 12):

São responsáveis pela destinação e tratamento correto do material causador

de impacto ambiental através do processo de logística reversa,

potencializando assim uma responsabilidade compartilhada entre governo,

indústria, comércio e consumidor final no gerenciamento e na gestão dos

resíduos. Entretanto, reconhece-se que muito ainda precisa ser feito para um

adequado gerenciamento integrado de resíduos, o qual depende, dentre

outros fatores, da vontade política dos municípios, do aporte de recursos

humanos e financeiros, da construção de instalações e aplicação de técnicas

inovadoras e, sobretudo, da participação cidadã e solidária e do controle

social.

A PNRS traz, assim, segundo Silva et al. (2010, p. 22) “o compartilhamento das

responsabilidades sobre o ciclo de vida dos produtos, definindo um conjunto de atribuições

individualizadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos

consumidores” a fim de diminuir o volume de resíduos de óleo comestível, bem como para

reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do prejuízo

ao ambiente, nos termos da lei.

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Já o impacto ambiental no Brasil tem sua definição legal por meio da Resolução

CONAMA n° 1/86, de 23 de janeiro de 1986, em que se destaca no Artigo 1°, de acordo com

CONAMA, (2008):

Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer

alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,

causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades

humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem

estar da população; as atividades sociais e econômicas; as condições

estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos

ambientais.

Para Ethos (2012, p. 14) “a coleta seletiva é o mecanismo de funcionamento que

garante o retorno do produto à cadeia de produção”. No entanto, para o autor, “a falta de

educação ambiental da população, a oneração da indústria de reciclagem, a capacidade

reduzida do parque reciclador, e a falta de qualificação dos gestores locais” (p.15) são os

gargalos que impedem o funcionamento amplo da logística reversa no Brasil.

É por meio da educação ambiental que se constrói um valor relacionado à natureza, o

qual se denomina ética ambiental. Segundo a Lei Federal nº. 9.795, de 27 de abril de 1999,

através de seu artigo 2° diz: A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente

da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e

modalidades do processo educativo.

PRÁTICAS SOCIOAMBIENTAIS A PARTIR DO DESCARTE DO ÓLEO DE

COZINHA NAS ESCOLAS

Para Deperon (2004, p. 79) “a prática pedagógica na escola ainda se mantém

conservadora e resistente a mudanças, predominando o conhecimento científico de maneira

fragmentada”. A escola ainda se mantém resistente a tratar de temas como os que envolvem

questões ecológicas, com análises que permitam o cruzamento das relações socioeconômicas,

políticas e culturais, ou seja, ainda não se desenvolve um trabalho pedagógico que trate do

conhecimento nas suas diversas dimensões.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais a educação ambiental não deve

se constituir numa disciplina e por ambiente entende-se não apenas o entorno físico, mas

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também os aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos inter-relacionados (BRASIL,

1998).

Para Brito (2004, p. 99), “a observação e compreensão da realidade são fatos que o

educador pode e deve desenvolver em seus alunos” isso considerando o que veem, sentem,

pensam e agem uma vez que estão inseridos em realidades diferentes.

E, numa abordagem sistêmica, segundo Brito (2004, p. 100) “os assuntos abordados

durante a sensibilização precisam ser tratados transdisciplinarmente”, ou seja, todas as

disciplinas caminhando juntas, dialogando com o conteúdo. A questão da

interdisciplinaridade vem sido debatida no espaço escolar nos mais diversos momentos, já faz

parte das discussões diárias da escola, pois o entendimento é que abordar o conhecimento

científico nos seus mais diversos contextos ou dimensões é a ferramenta que viabiliza e, de

fato, sistematiza o processo de ensino aprendizagem.

Gasparin (2005) em sua obra “Uma didática para a pedagogia histórico crítica”

apresenta planos de trabalho docentes que se encaixam nessa concepção de ensino,

abordando, ainda, os cinco passos que compõem o processo de ensino e aprendizagem, a

saber: prática social inicial; problematização; instrumentalização; catarse; prática social final.

Com isso, ao trabalhar na escola utilizando o conteúdo “reciclagem”, pode-se atuar nas

dimensões sociais, políticas, econômicas, históricas, etc.

Peres (2004, p. 65) ao tratar da interdisciplinaridade, considera que esta “se efetiva em

um “diálogo” entre as disciplinas cujas contribuições mútuas regem as ações com finalidade

única: transformar indivíduos e sociedade”. Nas escolas, deve-se levar o aluno a ter interesse,

o ensino deve ter um significado social, que permita que os mesmos questionem suas ações a

fim de provocar a consciência de suas responsabilidades como sujeitos atuantes e

transformadores da sociedade em que se integram.

Para isso, atrelar teoria e prática para atividades ambientais mediante uma prática

transformadora possibilita que os alunos se insiram no conhecimento de reciclagem de óleo de

cozinha, sendo capazes de perceber problemáticas ambientais que estão ao seu redor.

Hammes (2004, p. 33) destaca que o desenvolvimento sustentável se relaciona à salvaguarda

das gerações futuras, a fim de garantir-lhes a perpetuação de recursos e das condições

favoráveis de sobrevivência, segundo medidas ecologicamente corretas, economicamente

viáveis e socialmente justas.

Segundo Mello (2017, p. 119):

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A essência da prática do professor é o ensino-aprendizagem, ou seja, garantir

que a aprendizagem ocorra como consequência da atividade de ensinar. A

prática educativa envolve o conhecimento do objeto e o estabelecimento de

finalidades, requerendo intervenção no objeto para que a realidade social

seja transformada. Assim, a educação é um processo dialético de conhe-

cimento do homem historicamente situado. Como atividade humana

partícipe da totalidade da organização social, implica também na

conceitualização da práxis, conforme entendida por Marx e como atitude

humana teórico-prática de transformação da natureza e da sociedade.

Partindo desse pressuposto, destaca-se a importância da mudança de hábitos da

sociedade, a partir de atividades escolares, de forma a promover a transformação das relações

sociais entre os seres humanos e suas relações com o meio, promovendo-se a sustentabilidade

como fator de autonomia e de garantia de continuidade da vida na Terra.

Hammes (2004, p. 38) registra que a partir de 1994, ocasião em que a Unesco lança a

iniciativa internacional “educação para o futuro sustentável”, tornou-se imprescindível que

toda a comunidade escolar compreenda o significado do estilo sustentável de vida alicerçado

pela “ética, cultura e equidade”.

Segundo Cavalcante (2002) as diferentes técnicas de ensino que podem ser utilizadas

em sala de aula culminam para uma prática pedagógica, cujo ensino e aprendizagem deem

condições para que os alunos compreendam a realidade a sua volta e as necessidades

ambientais que se atrelam as atitudes da sociedade como um todo, pois esses fazem parte da

sociedade. Cabe ao professor na sua busca diária aperfeiçoar sua prática, o trabalho de

pesquisa, sendo essa atividade (p. 22) “fundamental para o processo de apropriação e

produção do conhecimento socialmente elaborado”.

A Educação Ambiental, que vem a cada dia sendo inserida no contexto escolar de

maneira significativa, segundo Klauck (2010, p. 31) “o processo deve ocorrer por meio da

construção e desenvolvimento de valores sociais, tais como os conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências, e devem ser voltadas para a conservação e preservação do meio

ambiente, que é um bem de uso comum”.

Conforme relata Rua et al (2010) deve-se empregar as situações de impactos

ambientais (como os resíduos de óleo) no processo de ensino e aprendizagem doa alunos de

forma dinâmica, com práticas inovadoras, e fazer com que os professores utilizem em sua

prática pedagógica conteúdos que despertem a consciência da importância da reciclagem,

“fator que contribuirá num processo de construção de conceitos significativos e melhoria de

vida, independente da situação socioeconômica” (p. 24).

Consequências do descarte inadequado do óleo de cozinha:

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Fonte: Biocoleta

De acordo com Lopes (2009, p. 56):

O óleo de cozinha quando é jogado diretamente na pia pode causar sérios

prejuízos ao meio ambiente, se o produto for descartado nas redes de esgoto

poderá encarecer o tratamento dos resíduos em até 45% e o que permanece

nos rios poderá provocar a impermeabilização dos leitos e do solo, isso

contribui para que ocorram as enchentes.

Uma das soluções importantes para este problema é a reutilização do óleo, que poderá

acontecer de várias maneiras, como por exemplo, a fabricação de sabão líquido e em pedra,

bem como a conscientização a respeito dos danos que causa o descarte inadequado deste

resíduo, sendo que esse produto poderá ser reaproveitado sem dar prejuízos à natureza.

IMPACTOS SUSTENTÁVEIS E VIABILIDADE ECONÔMICA DO

APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DE ÓLEO PARA FABRICAÇÃO DE SABÃO

De acordo com Erbe, Peres (2004) “cerca de 1.000 a 2.000 novos produtos químicos,

orgânicos e inorgânicos são adicionados anualmente aos 100.000 produtos já produzidos

comercialmente no mundo”. Afirmam, ainda, que todo produto químico é tóxico, causam,

portanto, malefícios à saúde humana e ao meio ambiente. Nos seres vivos são detectadas

algumas doenças como as de natureza neurológica, genéticas e câncer.

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Para se identificar se um resíduo é perigoso ou não, de acordo com Erbe, Peres (2004)

tem que se tomar “por base uma norma técnica, que orienta sua classificação para fins de

acondicionamento, identificação, transporte, tratamento e disposição ou destino final”. (p.

151) Ainda, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio

da NBR 10004: “resíduos sólidos/classificação, determina que um resíduo representa um

perigo quando, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas.

Segundo Erbe, Peres (2004, p. 151):

Risco à saúde pública, provocando ou acentuando, de forma significativa, um

aumento de mortalidade ou incidência de doenças; e/ou risco ao meio ambiente,

quando o resíduo é manuseado ou destinado de forma inadequada.

Os óleos usados são classificados como resíduos perigosos por se enquadrarem com

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade e

por apresentar em sua composição alguns dos elementos como sais de cianeto, antimônio,

clorofórmio, cádmio, cromo hexavalente, níquel, chumbo, tetracloroetileno, tetra, penta e

hexaclorodibenzo-p-dioxinas, tetra, penta e hexaclorodizenzofuranos. (ERBE, PERES, 2004).

Ferraz (2004, p. 82) comunga com essa ideia, ao asseverar que “o azeite usado na

cozinha é um poluente danoso ao meio ambiente, principalmente quando lançado na água.

Young, Ferraz (2004) atribuem a sociedade de consumo o acúmulo de lixo que invade

o meio ambiente, por falta, muitas vezes, de local próprio para seu descarte. (p.136)

Geralmente, tais materiais são descartados a céu aberto e, no caso do resíduo de óleo de

cozinha são descartados nas pias ou atirados ao solo, atingindo, principalmente os lençóis de

água potáveis, tanto superficiais quanto subterrâneas.

Pode-se entender que descartar o óleo de cozinha na pia pode ser tanto uma prática

cultural quanto uma atividade urbano-rural, e que avaliados os impactos ou danos que tal

prática resulta na natureza, é possível detectar indicadores de má qualidade da água e, por

conseguinte, na saúde humana e animal. O processamento de óleo residual na escola é

considerado inovador, pois apesar de a Educação Ambiental estar presente, de forma

interdisciplinar na proposta pedagógica do curso, ainda não consta das atividades realizadas o

desenvolvimento de tal projeto (YOUNG, FERRAZ, 2004).

De acordo com Souza e Morais (2017) pesquisas revelam dados alarmantes sobre o

descarte indevido de óleo na natureza. O que se tem, mais precisamente, é que 01 litro de óleo

descartado indevidamente por pias e ralos, é capaz de contaminar 1.000.000 de litros de água

tratadas ou não, contribuindo não só para degradação ambiental, como também para o

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desperdício financeiro e, ainda, para demonstrar a falta de nível de conscientização e de

conhecimento da população.

Além disso, há outros prejuízos causados por esse hábito inadequado como: entope de

encanamentos; problemas de higiene e mau cheiro; dificulta entrada de luz e oxigenação no

esgoto comprometendo a cadeia alimentar aquática; causa a impermeabilização do solo e

contribui para a formação de acúmulo de águas ou enchentes.

Para Souza e Morais (2017) esse é um projeto que permite às comunidades em

situação de vulnerabilidade social:

Viabilidade empreendedora: por meio da fabricação autônoma do produto pelas

famílias, gerando renda, trabalho e inclusão social.

Sustentabilidade ambiental: para além da reciclagem caseira por meio da coleta

solidária e cooperada junto à restaurantes, hotéis, lanchonetes num processo de troca

permanente e de ação solidária, consciente e participativa.

Sustentabilidade Ambiental: evitando o agravamento de lixões a céu aberto e dos

malefícios à saúde humana bem como de toda a natureza.

Para se concluir essa seção, acrescenta-se que, segundo Lima (2017) a fabricação de

sabão remonta a um período anterior ao século XXV a.C. São mais de 4500 anos de

existência, portanto, sendo que a indústria saboeira evoluiu, graças a muitas experiências

práticas e a estudos teóricos da natureza química das matérias primas, desenvolvidas por

incansáveis pesquisadores.

Em se tratando da agricultura familiar, a qual, segundo Souza e Morais (2017, p. 1128)

“desempenha um importante papel sócio econômico na sociedade, proporcionando a

permanência do homem no campo”, ou seja, evita-se o êxodo rural que tanto tem

comprometido o trabalho no campo e, também, a vida urbana que não tem espaço físico,

econômico e social para atender toda essa demanda.

Souza e Morais (2017, p.1128) acrescentam que “o aumento da escala de produção

agrícola e o crescimento das exportações tem aumentado às exigências da qualidade dos

produtos agrícolas”, o que vem colocando os pequenos agricultores em dificuldades de

competitividade, ameaçando a sua sobrevivência.

O fato é que essa movimentação de mercado está muito distante da realidade das

pequenas famílias rurais, as quais, em decorrência disso, buscam outras alternativas a fim de

conquistar algum espaço no contexto econômico. Souza e Morais (2017) asseveram que “as

pequenas famílias rurais estão apostando nas agroindústrias familiares como formas de

melhor agregar valor aos seus produtos” (p. 1128).

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Essas práticas de trabalho adotadas pelas famílias rurais vêm se expandindo

gradativamente, motivando os agricultores a investirem cada vez mais nesse tipo de formato

organizacional. Como consequência, eles têm procurado também outras formas mais

eficientes de inserção, objetivando uma maior competividade, para permanecerem nos

mercados, daí a opção de algumas associações de diversificarem e investirem através das suas

mulheres e filhos, no processamento do sabão ecológico e dos saneantes domésticos (SOUZA

e MORAIS, 2017).

Como opção de associações, os autores tratam do sistema cooperativo como proposta

de desenvolvimento rural sustentável. O argumento é que tal dinâmica, na relação com os

mercados, é vista como estratégia coletiva de inserção econômica e produtiva, o que, segundo

Souza e Morais (2017) viabiliza melhores preços à medida que, no coletivo, há maior volume

de produtos a serem comercializados.

Esse entendimento perpassa a noção de sustentabilidade, desenvolvimento local,

inclusão social, geração de trabalho e renda, além de incentivar as famílias de pequenas

propriedades rurais, as quais ao longo da história têm sido excluídas do processo de produção

e, por consequência, de inserção social, política e econômica.

Conforme Godoy et al (2010) o desperdício do óleo de cozinha pode e deve voltar em

forma de benefícios trazendo vantagens competitivas e econômicas, evitando grandes

problemas ambientais e servindo de matéria prima na fabricação de diversos produtos, tais

como sabões líquido e em barra, detergentes, tintas, óleos para engrenagens e etc.

Segundo Costa Neto et al., (1999) é promissora a viabilidade econômica de sabão

ecológico, que pode apresentar baixo custo na produção, fator que contribui para a redução do

preço de revenda, e, por conseguinte, um aumento de popularidade e consumo. A viabilidade

econômica se dá também por ser atividade que procura reduzir a utilização de matérias-primas

virgens por meio do reaproveitamento e reprocessamento de materiais obtidos de vários

lugares e que apresenta um baixo custo.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa envolveu alunos do Ensino Médio do Centro Estadual de Educação

Profissional Agrícola Fernando Costa, localizados na cidade de Santa Mariana/PR.

Referenciais bibliográficos, estudo qualitativo e abordagem descritiva apoiaram um estudo

de caso. Os instrumentos utilizados foram observações e um roteiro de entrevistas

semiestruturadas, versando sobre o conhecimento das técnicas de processamento dos

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resíduos de óleo de cozinha para beneficiamento e produção de sabão líquido e em pedra.

A pesquisa bibliográfica, segundo Minayo (2000) se caracteriza pela análise da

literatura em web sites, livros, artigos, revistas, etc., escrita por autores renomados sobre o

conteúdo. A abordagem qualitativa apresentou como cаrаcterísticа básicа a pesquisa

descritiva e um enfoque dedutivo na análise de dаdos, já que tem no ambiente nаturаl fonte

direta desses dаdos (MARCONI; LAKATOS, 2010).

A pesquisa descritiva, segundo Minayo (2000) tem como finalidade a descrição de

determinаdo fenômeno. O estudo de caso tem grande potencial na contribuição dos problemаs

da prática educаcional, principalmente por fornecer informаções importantes que permitem se

tomar decisões políticаs de um evento específico no interior das escolas (GIL, 2008).

Resultados e discussões

Por meio da implementação do projeto, durante as oficinas, já foi possível observar a

mudança de conduta dos alunos sobre trabalhos com práticas pedagógicas diferenciadas no

espaço escolar. A reflexão, os debates sobre os conteúdos dos vídeos e as leituras sobre a

reutilização do óleo de cozinha, levou os alunos a aprenderem que a fabricação de sabão

líquido e em pedra minimiza os prejuízos que os resíduos de óleo causam no ambiente. E ao

dar-lhes um outro direcionamento, além de evitar danos ao meio ambiente, contribui para o

desenvolvimento sustentável e a viabilidade econômica, com a comercialização do sabão.

Nas oficinas, os alunos ficaram bem a vontade para estudar, já que se tornaram os

protagonistas das atividades, com debates e discussões acerca do resíduo do óleo de cozinha,

que pode ser gerado nos lares, nas indústrias, nas escolas, em restaurantes e acaba indo para

os rios, além de entupir pias de cozinha, sistemas de esgoto e encarecer os processos das

estações de tratamento de água. O óleo de cozinha usado, pode servir como matéria-prima na

fabricação de diversos produtos, além de sabão: biodiesel, tintas, óleos para engrenagens,

detergentes. Isso traz inúmeras vantagens econômicas e ambientais, podendo trazer renda para

as famílias.

Muitos consumidores descartam o óleo em pias de cozinha, ocasionando entupimento

das canalizações e contribuindo com o aumento dos impactos ambientais, pois esta situação

danifica o meio ambiente e prejudica os lençóis de água, interferindo na qualidade de vida do

ser humano no planeta. Mediante a análise de conteúdos relativos as respostas dos alunos, deu

para reconhecer que se sentiram sensibilizados sobre a reciclagem de óleos usados. Houve

grande participação no estudo, na leitura e nas discussões levantadas sobre a receita de sabão.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resíduos sólidos de óleo tornaram-se um problema que ultrapassa a questão local,

passando a ser um problema nacional. Os efeitos imediatos dos resíduos sólidos de óleo são

sentidos no meio ambiente, mas seus impactos socioambientais são multiplicados e sentidos

em âmbito de maior abrangência, chegando a se tornar um problema mundial. Para a solução

destes impactos necessita-se de envolvimento mais abrangente de alunos, professores e

sociedade em geral.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos é o amparo legal que obriga a existência

deste envolvimento, mas é importante frisar, contudo, que a eficácia plena da legislação

depende de uma cadeia de atores, planejamento técnico e recursos humanos e ambientais para

a sua concretização. A fabricação de sabão líquido e em pedra a partir do óleo de cozinha

surge como importante fator para a preservação do meio ambiente, mas não se limita a apenas

isso, podendo contribuir, também, para aspectos socioeconômicos, pois o mesmo poderá gerar

economias para as famílias que se utilizarem deste, além de influenciar diretamente na melhor

qualidade de vida da população.

Acredita-se que a melhor maneira de lidar com o problema do resíduo de óleo é

sensibilizando os alunos, a comunidade escolar, as pessoas, as famílias. Se todos entendessem

que o óleo é um grande agente na degradação ambiental e soubessem como lidar com ele da

melhor forma se obtém resultados bem melhores, os quais produziriam impactos maiores na

diminuição da degradação ambiental.

Diante disso, vê-se que a solução para o problema de despejo inadequado de óleo e de

maneira mais geral para preservação do meio ambiente, provavelmente será alcançada através

de uma somatória de fatores, tanto de investimento público, no melhor ensino desse assunto

nas escolas para alunos do ensino médio da Educação Básica, especialmente em sua parte

prática, investimento dos meios de comunicação para tentar em todas as suas faces

demonstrar o problema e, sobretudo sensibilizar a todos de que esse problema precisa ser ao

menos amenizado.

É provável que a maioria dos alunos, por meio das oficinas, estejam dispostos a mudar

práticas que, de alguma forma, não conheciam, ajudando a evitar a degradação ambiental.

Contudo, talvez falte incentivos, pois foi perceptível que há um déficit nos principais meios

de se passar essas informações, especialmente no que diz respeito a produção de sabão líquido

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e pedra, que pode gerar renda para as famílias dos alunos, melhorando sua qualidade de vida e

de sua família.

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