Recomendação CDS na AF N. Sra. Fátima

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RECOMENDAÇÃO Alterações de Trânsito nas Avenidas Novas No seguimento dos planos de mobilidade aprovados anteriormente pela CML para a Av. Duque de Ávila e arruamentos envolventes, a Rua de Dona Filipa de Vilhena, situada junto ao Bairro Arco do Cego e pertencente às freguesias de São João de Deus e de Nossa Senhora de Fátima viu recentemente e sem qualquer aviso por parte da CML, uma série de alterações em curso que terão consequências directas na vivência de bairro, para os seus moradores e comerciantes. Estas obras, iniciadas no mês de Julho e que aparentavam inicialmente encurtar os passeios para aumentar a faixa de rodagem, rapidamente deram indícios quanto ao seu objectivo primordial de alterar a logística deste arruamento, actualmente de sentido único, para uma via com dois sentidos, derivado de significativas alterações nas vias de rodagem das suas proximidades, bem como a como a construção de dois novos parques de estacionamento subterrâneos, um na Rua Alves Redol e outro no ex-Terminal de Camionagem, na Av. Defensores de Chaves. A alteração no esquema de circulação é entendido e explicado pelo Senhor Vereador Fernando Nunes da Silva, através de um comunicado recente, sobre o planeamento de ligações entre Campolide e a Alameda D. Afonso Henriques, que pretende canalizar o tráfego de atravessamento pela Av. Duque de Ávila e Av. Rovisco Pais, no sentido poente/nascente, e pela Av. António José de Almeida e Av. Miguel Bombarda, no sentido nascente/poente, sempre com sentido único, indicando que “(...) as ligações entre estes dois eixos de atravessamento serão asseguradas pela R. do Marquês de Sá Bandeira (a poente) e pela Rua Alves Redol (a poente), ambas com dois sentidos de circulação e possibilidade de inversão de marcha na nova rotunda a implantar na Praça António José de Almeida. O sistema de vias principais de distribuição local é composto pela Av. João Crisóstomo (que passará a ter dois sentidos de circulação), na direcção nascente/poente, e por um conjunto de perpendiculares formado pela Av. 5 de Outubro, Av. dos Defensores de Chaves e o eixo formado pelas ruas D. Estefânia/D. Filipa de Vilhena/Arco do Cego, as quais assegurarão sempre os dois sentidos de circulação e, sempre que possível, todas as viragens em cada cruzamento. (...)”. O CDS-PP considera que tendo em conta a falta de projecto para a ligação com os restantes arruamentos envolventes, nomeadamente para áreas de proximidade como o Bairro Arco do Cego e Campo Pequeno, estas modificações poderão ser incoerentes, essencialmente tendo em conta que o cruzamento existente da Rua de Dona Filipa de Vilhena com a Avenida Visconde de Valmor, o qual não prevê qualquer viabilidade aparente para a aceitação de duas vias de rodagem, uma para cada sentido, como anunciado pelo projecto da CML. Esta junção de artérias, sem projecto de ligação, é pautada por uma via de circulação estreita entre a esquina do edifício Valmor e um parque de estacionamento. A acrescer a este facto, a Rua do Arco do Cego é utilizada diariamente por milhares de automobilistas, tendo-se agravado o nível de tráfego após a construção do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos. O CDS-PP entende que é manifestamente inviável para além de indesejável a introdução de dois sentidos de trânsito reservados principalmente a autocarros na Av. João Crisóstomo a qual não possui nem dimensões nem características adequadas a tais efeitos e cujas árvores estarão, assim, em perigo de abate.

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Recomendação do CDS-PP apresentada na Assembleia de Freguesia de São João de Deus em 29.09.2011

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RECOMENDAÇÃO

Alterações de Trânsito nas Avenidas Novas

No seguimento dos planos de mobilidade aprovados anteriormente pela CML para a Av. Duque de Ávila e arruamentos envolventes, a Rua de Dona Filipa de Vilhena, situada junto ao Bairro Arco do Cego e pertencente às freguesias de São João de Deus e de Nossa Senhora de Fátima viu recentemente e sem qualquer aviso por parte da CML, uma série de alterações em curso que terão consequências directas na vivência de bairro, para os seus moradores e comerciantes. Estas obras, iniciadas no mês de Julho e que aparentavam inicialmente encurtar os passeios para aumentar a faixa de rodagem, rapidamente deram indícios quanto ao seu objectivo primordial de alterar a logística deste arruamento, actualmente de sentido único, para uma via com dois sentidos, derivado de significativas alterações nas vias de rodagem das suas proximidades, bem como a como a construção de dois novos parques de estacionamento subterrâneos, um na Rua Alves Redol e outro no ex-Terminal de Camionagem, na Av. Defensores de Chaves. A alteração no esquema de circulação é entendido e explicado pelo Senhor Vereador Fernando Nunes da Silva, através de um comunicado recente, sobre o planeamento de ligações entre Campolide e a Alameda D. Afonso Henriques, que pretende canalizar o tráfego de atravessamento pela Av. Duque de Ávila e Av. Rovisco Pais, no sentido poente/nascente, e pela Av. António José de Almeida e Av. Miguel Bombarda, no sentido nascente/poente, sempre com sentido único, indicando que “(...) as ligações entre estes dois eixos de atravessamento serão asseguradas pela R. do Marquês de Sá Bandeira (a poente) e pela Rua Alves Redol (a poente), ambas com dois sentidos de circulação e possibilidade de inversão de marcha na nova rotunda a implantar na Praça António José de Almeida. O sistema de vias principais de distribuição local é composto pela Av. João Crisóstomo (que passará a ter dois sentidos de circulação), na direcção nascente/poente, e por um conjunto de perpendiculares formado pela Av. 5 de Outubro, Av. dos Defensores de Chaves e o eixo formado pelas ruas D. Estefânia/D. Filipa de Vilhena/Arco do Cego, as quais assegurarão sempre os dois sentidos de circulação e, sempre que possível, todas as viragens em cada cruzamento. (...)”. O CDS-PP considera que tendo em conta a falta de projecto para a ligação com os restantes arruamentos envolventes, nomeadamente para áreas de proximidade como o Bairro Arco do Cego e Campo Pequeno, estas modificações poderão ser incoerentes, essencialmente tendo em conta que o cruzamento existente da Rua de Dona Filipa de Vilhena com a Avenida Visconde de Valmor, o qual não prevê qualquer viabilidade aparente para a aceitação de duas vias de rodagem, uma para cada sentido, como anunciado pelo projecto da CML. Esta junção de artérias, sem projecto de ligação, é pautada por uma via de circulação estreita entre a esquina do edifício Valmor e um parque de estacionamento. A acrescer a este facto, a Rua do Arco do Cego é utilizada diariamente por milhares de automobilistas, tendo-se agravado o nível de tráfego após a construção do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos. O CDS-PP entende que é manifestamente inviável para além de indesejável a introdução de dois sentidos de trânsito reservados principalmente a autocarros na Av. João Crisóstomo a qual não possui nem dimensões nem características adequadas a tais efeitos e cujas árvores estarão, assim, em perigo de abate.

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Alertamos, também, para a incapacidade estrutural da Av. João Crisóstomo e da Rua de Dona Filipa de Vilhena suportarem em todos os seus quarteirões dois sentidos de trânsito, uma vez que tal aumentará o tráfego de transportes públicos e dificultará o estacionamento de residentes e as cargas e descargas. Desta forma, o CDS/PP propõe à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima que solicite à Câmara Municipal de Lisboa que:

a) Informe, com carácter de urgência, os estudos de tráfego e mobilidade que viabilizaram a intervenção camarária para esta zona;

b) As alterações do esquema de circulação na Rua de Dona Filipa de Vilhena e da

Av. João Crisóstomo se efectuem após a apresentação de uma solução viável e consensual.

Lisboa, 29 de Setembro de 2011

O eleito do CDS/PP,

(Maria Luísa Ribeiro)