Recomposição de matas ciliares no PR

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    Recomposiode

    MatasCiliaresnoEstadodoParan

    Sueli SatoMartins

    2Edio

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    Copyright2005paraSueli SatoMartinsTodososdireitoscedidospelaautoraao SESCOOP - PR,

    paratiragemde2000exemplares.

    DadosInternacionais deCatalogao-na-Publicao (CIP)

    (BibliotecaCentral - UEM, Maring- PR., Brasil)

    1. Mataciliar - Recuperao. 2. Mataciliar - Implantao 3. Mataciliar - Recomposio.

    Martins, Sueli SatoRecomposiodematasciliaresno EstadodoParan/ Sueli

    Sato Martins. 2. ed. rev. eatual. Maring: Clichetec, 2005.32p. :il. ; color.

    M386r

    CDD 21.ed. 634.9565

    FICHA TCN ICA

    RevisodelnguaportuguesaArmandoLuizdeSRavagnani

    Capa, Diagramao eEditorao EletrnicaGrficaeEditoraClichetec

    FotodaCapaJ.Carneiro

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    As cooperativas paranaenses tm participado, ao longo dos anos,das principais aes em prol dapreservao do meio ambiente. Foi assimnaintroduo doplantio direto,naimplantao doreceiturio agronmico,na sistematizao das microbacias, e mais recentemente, na recomposiodas matas ciliares. Somente em 2004, os investimentos das cooperativasforam de aproximadamente R$ 15 milhes em programas ambientais.

    Para apoiar as aes desenvolvidas pelas cooperativas, debater commaior profundidadeas questes queenvolvem nosso meio ambiente, almde buscar maior interao com os programas governamentais, a Diretoriada OC EPAR, em parceria com o SESCO OP/PR criou o Frum

    Permanente do Meio Ambiente dos profissionais das cooperativas.U ma das iniciativas recentes deste Frum foi apoiar a iniciativa doGoverno do Paran no programa de plantio de 5 milhes de mudas deessncias florestais que ocorrer por ocasio da Semana da rvore, queser muito importantepara a recuperao dematas ciliares e conseqenteproteo ao solo e s fontes naturais de gua.

    A republicao do manual RecuperaodeMatasCiliares objetivadar sustentao tcnica quanto ao plantio e desenvolvimento das mudasimplantadas nas respectivas matas ciliares.

    N ossos agradecimentos especiais autora dapublicao, ProfessoraSueli Sato M artins, que graciosamente cedeu os direitos autorais paraestaedio de2.000 exemplares; SEMA Secretaria deEstado do Meio

    Ambiente do Estado do Paran; ao IAP Instituto Ambiental deParane COCAMAR Cooperativa Agroindustrial, deMaring/PR pelo apoio presente publicao.

    APRESENTAO

    JO O PAULO KOSLOVSKIPresidentedaOCEPAR edoSESCOOP/PR

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    SU ELI SATO M ARTIN S Engenheira Florestal formada pelaU niversidade Federal do Paran, mestre em Gentica e M elhoramentoFlorestal, Doutoura em Cincia Florestal pela U niversidade Federal deViosa, Minas Gerais.

    Trabalha desde de 1982 na U niversidade Estadual de M aring, noDepartamento de Agronomia, na rea de Silvicultura e recuperao dereas degradadas.

    BIOGRAFIA

    SUELI SATO MARTINSU niversidade Estadual de Maring

    [email protected]

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    1 IN TRODU O ................................................................................. 07

    2 DEFIN IO ....................................................................................... 08

    3 IM PORT NCI A DASM ATASCILIARES...................................... 08

    4 RECOMPOSIO DE MATASCILIARES.................................... 10

    5 TCN ICAS DE PLAN TIO ............................................................... 135.1. TcnicadaRegeneraoN atural .................................................. 135.2.Enriquecimento............................................................................. 14

    5.3.Implantao.................................................................................... 14

    6 ESPAAM EN TO E PLAN TIO ......................................................... 166.1. Plantio ............................................................................................ 17

    7 TRATOSCU LTU RAIS ...................................................................... 18

    8 MODELOSDE RECOMPOSIO ................................................ 18

    9 ESPCIESRECOMEN DADAS ....................................................... 19

    10 COLH EITA DE SEMEN TES............................................................ 27

    11 PRODU O DE MU DAS ............................................................... 28

    REFERN CIAS.......................................................................................... 29

    SUMRIO

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    1 INT RODUO

    A obrigatoriedade de manuteno de matas ao redor de nascentes,rios e outras formas de gua prevista pela Lei n 4771/65, do Cdigo

    Florestal. As reas de preservao permanente considera as florestas edemais formas devegetao natural, situadas, dentreoutroslocais, ao longo dosriosou dequalquer curso dgua, desdeo seu nvel mais alto. A larguradafaixamarginal devegetao delimitadadeacordo com aextenso do corpo dagua.

    A Lei n 7803, de julho de 1989, prev como de preservaopermanente, as florestas e demais formas de vegetao natural, situadas:

    a. ao longo dos rios ou dequalquer curso dguadesdeo seu nvel maisalto em faixamarginal cuja larguramnima seja:

    1. de 30 (trinta) metros para os cursos dgua de menos de 10 (dez)metros de largura;

    2. de 50 (cinquenta) metros para os cursos dgua que tenham de 10(dez) a50 (cinquenta) metros de largura;

    3. de 100 (cem) metros para os cursos dgua que tenham de 50(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

    4. de200 (duzentos) metrosparaos cursos dguaque tenham de200(duzentos) a 600 (seiscentos) metros;

    5. de500(quinhentos) metrosparaoscursosdguaquetenham acimade 600 (seiscentos) metros;

    b. ao redor delagoas, lagos ou reservatrios dguanaturais ou artificiais;

    c. nas nascentes, ainda queintermitentes e nos chamadosolhos dgua,qualquer que seja a sua situao topogrfica, num raio mnimo de 50

    (cinquenta) metros de largura;d. no topo de morros, montes e serras;

    e. nas encostas ou partedestas com declividadesuperior a45, equivalentea100% nalinhademaior declive;

    f. nas restingas, como fixadoras dedunas ou estabilizadoras de mangues;

    g. nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir dalinha deruptura dorelevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeeshorizontais;

    h. em altitude superior a 1800 (mil e oitocentos) metros, qualquer queseja a vegetao.

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    N o Estado do Paran, essas matas foram destrudas em quase todaasuaextenso.Dosoriginais201203km2, emmeadosde1890,ouseja, 83,14%de cobertura florestal de seu territrio, restavam 17,21% em 1980 eatualmente menos de 10%.

    O Paranpossui dezesseis bacias geogrficas, asaber: Cinzas, Itarar,Iguau, Iva, Litornea, Paran I, Paran II, Paran III, Paranapanema I,Paranapanema II, Paranapanema III, Paranapanema IV, Pirap, Piquiri,Ribeira e Tibagi (Figura1).

    A tarefa de recompor essas reas devastadas cabe aos governosmunicipais e estaduais, mediante elaborao de programas derepovoamento florestal, principalmente para as matas ciliares, devido aosinmeros problemas ocasionadospelaausnciadeproteo dosmananciaisde gua.

    2 DEFINIO

    As matasciliaresso aquelasqueocorrem ao longo doscursosdgua,incluindo tanto aribanceira de um rio ou crrego, de um lago ou represa,banhados ou veredas, como tambm as superfcies de inundao e quesofrem influncia do lenol fretico. Alguns tipos de matas esto maisassociadas com a posio topogrfica da rea do que com a presenadecursos dgua. Considera-se aindaa faixadevegetao sob a interfernciadireta dapresena de gua em algum perodo do ano, que se apresentamem funo disso sobre solo aluvional tpico, com caractersticas florsticase estruturais prprias, em que a vegetao do entorno tambm florestal.

    3 IMPORTN CIA DAS MATAS CILI ARESA importncia das matas ciliares visvel, podendo-se observarsua atuao como reguladora do regime hdrico por causa da reteno dagua da chuva e infiltrao no lenol fretico. Atua como reguladora dosfluxos deguasuperficiais e subsuperficiais, bem como namanuteno dasua qualidade, pela filtrao dagua.

    sabido que ocorre maior estabilidade das reas marginais, pelaconteno de escorregamento e de assoreamento, uma vez que acondutividadehidrulicadeum solo coberto com floresta maior que umsolo desprovido de vegetao ou mesmo com gramneas, apresentandoassim menor escoamento superficial (REIC H ARD T, 1989). O

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    Figura1- BaciasHidrogrficasdoEstadodo

    T B a D ta D v a a t a ta o o o b t R o o B a D ta B a a o a D R t a R o o R C R T R C T D T D

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    assoreamento leva a uma reduo do nvel de gua dos rios, fazendo comqueavelocidadedaguaaumente, e, em conseqncia, acelere o processode eroso, reduzindo, assim, a capacidade de armazenamento desses rios.

    As matasciliares ocupam, namaioriadasvezes, reasmais sensveis

    da bacia hidrogrfica, como as margens ao redor das nascentes e reassaturadas. Por conseguinte, amanuteno das duas concorre paradiminuira ocorrncia de escoamento superficial, que pode causar eroso e arrastedesedimentosedenutrientes paraos cursosdgua, alm dedesempenharum efeito defiltragem superficial esubsuperficial dos fluxos deguaparaos canais.

    Outro fator extremamente benfico exercido pelas matas ciliares a proteo fauna, proporcionando abrigo e alimentao a um grandenmero de aves e mamferos silvestres, bem como a manuteno dadiversidade da ictiofauna.

    4 RECOMPOSIO DE M ATAS CIL IARES

    O processo de recuperao da floresta bastante dinmico, sendoresultante de uma srie de fatores biticos e abiticos do meio, em quedeve-se observar as exigncias complementares de cada espcie. Aregenerao deflorestas mistas passapelo conceito desucesso secundria,entendendo-se como a substituio ordenada de espcies por meio dotempo, em um dado local, at a formao de uma comunidadede plantasgeralmente estvel.

    A luminosidade darea de extrema importncia, umavez que oprocesso de recuperao ou de ocupao depender da quantidade de luz

    nas camadas inferiores dafloresta. As espcies podem ser divididas em pioneira,secundriainicial, secundriatardiaeclmax.Aspioneirasesecundriasiniciais soaquelas que crescem rapidamenteem plenaluz, enquanto que as secundriastardiaseclimcicas,normalmentesoasdecrescimentomaislento,desenvolvendo-semelhorsombra.AcaracterizaodasespciesapresentadanaTabela1,segundoclassificao deBudowski, 1965.

    Paraareposio dasmatasciliaresdeve-serealizar um levantamentoprvio das condies ambientais, mediante a caracterizao dos fatoresabiticos e biticos do meio. A seleo do mtodo a ser empregadodepender do grau de degradao do meio, que pode ser avaliado pelaestado da vegetao.

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    Tabela1- Caractersticasdoscomponentesarbreosdosestgiossucessionais

    Pioneira Secundria inicial Secundria tardia Clmax

    Distribuio naturaldas dominantes

    bem espa lhada bem espa lhada espalhada, inclue asreas mais secas

    normalmenterestrita

    Idade da comunida-de observada (anos) 1-3 5-15 20-50 mais que 100

    Nmero de espciesmadeireiras

    5-8 12-20 20-30, com algumasalcanando 50

    30-45, algumascom mais de 60

    Nmero de est ratos 1, mui to denso 2, bem diferenciado3, dificultando a

    diferenciao com aidade

    4-5, comdificuldade dediferenciao

    Estrato inferior denso denso, com espciesherbceas freqentes

    relativamenteescassa

    escasso, com asespcies tolerantes

    Crescimento muito rpido muito rpido dominantes muito rpidoe as outras lento

    lento ou muitolento

    Ciclo da vidacurto, menos de

    10 anoscurto, 10 a 25 anos normalmente de 40 a

    100 anosmuito longo, 100

    a 1000

    Tolerncia sombra

    muito intolerante muito intolerantetolerante na fasejuvenil, aps

    intolerante

    tolerante, excetona fase adulta

    Disseminao dassementes dasdominantes

    pssaros,morcegos, vento

    vento, pssaros,morcegos principalmente vento

    gravidade,mamferos, roedores

    e pssaros

    Viabilidade dassementes

    longa e latente nosolo

    longa e latente nosolo

    curta a mdia curta

    Tamanho dassementes

    pequena pequena pequena a mdia grande

    Madeira e fuste dasdominantes

    muito leve,pequenosdimetros

    muito leve,dimetros inferiores

    a 60cm

    leve, mas j apresentandoaumento de densidade,

    algumas com fustes bemgrossos

    pesada e leve ,com fustes

    grossos

    FONTE:BUDOWSKI,1965

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    Dentre os fatores abiticos, as seguintes caractersticas devemser observadas: possibilidade de encharcamento da rea, topografia,tipo de solo e luminosidade da rea.

    Os fatores fsicos do solo, que dependem do comportamento

    hidrolgico local, so os principais determinantes da distribuio ecomposio de espcies em formaes ciliares, em contraste com osfatores qumicosdo sedimento, determinadosindiretamentepela dinmicado rio (Jacominee Klinger, 2000). Alm disso, avariabilidade de solos queocorrem em reas de matas muito alta, e, por vezes, a rea sofreuprocessos dedegradao e podeter perdido as suas propriedades anterioresou foram altamente alteradas, no suportando a implantao das mesmasespcies anteriormente existentes.

    Paraacaracterizao dosfatoresbiticos, deve-seobservar: aestruturaflorsticadarea, identificao deadaptao das espciesao encharcamentoe identificao de plntulas ou mudas existentes. U ma vez definidos os

    fatores biticos, pode-se partir para a recomposio da rea, que podeconsistir dosseguintes passos, definidos por Rodrigues e Gandolfi (1993):

    i) escolha do sistema de reflorestamento;

    ii) seleo das espcies a serem implantadas;iii) definio dasespciesemcombinao dentro dasunidadesdeplantio;

    iv) distribuio das espcies no campo (definindo-se quantidade, formae local); e

    v) plantio e manuteno darea(Figura2).

    Figura2- Plantioemumareademataciliar

    Foto:S. Martins

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    5TCNICAS DE PLANTIO

    A recomposio das matas ciliares pode ser efetuada, utilizando-se

    trs tcnicas, deacordo com o estado em queseencontrao local. A decisosobre o mtodo aser utilizado depender do grau dedegradao das reas,que pode ser medido por meio dos estudos florsticos e fitossociolgicos,ou ainda pela avaliao fisionmicada vegetao na reaa ser recomposta(RODRIGU ES; GAN DOLFI, 1993).

    5.1 RegeneraoNatural

    Para o emprego desta tcnica a rea deve estar pouco degradada,mantendo as caractersticas biticas e abiticas originais do meio. A readeve ser isolada para no sofrer mais perturbaes externas e conseguirpromover os processos naturais de recuperao, pela prpria produo de

    sementes e condies para desenvolvimento das plntulas e mudas dasespcies darea (Figura 3).

    Parao sucesso daregenerao necessrio queo banco desementes,que abriga basicamente sementes das espcies pioneiras, seja rico em

    Figura3- Tcnicadaregeneraonatural,emreacomaltadensidadedevegetao.Foto:J. Carneiro

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    espcies, para que ocorra a regenerao da primeira fase de ocupao(WHITMORE, 1988). Alm disso, a rea no deveter sofrido degradaescontnuas, paraqueno tenhaocorrido o esgotamento do banco desementes.

    O banco desementes no solo em florestas tropicais que no tenham

    sofridoperturbaes, apresentaumpotencial emtornode500plntulaspor metroquadrado, ouseja, umaaltadensidadedesementes(KAGEYAMA eGAN DARAet al., 1986). Dessaforma, se o banco no estiver depauperado, areapodeserrecobertarapidamentecom as plntulas regeneradas das espcies pioneiras,caso no haja outro fenmeno deperturbao narea. Como estas espciesapresentam crescimento rpido em altura, o recobrimento da rea acelerado, criando-se assim condies dedesenvolvimento para as espciesde outros estgios da sucesso secundria.

    Pela utilizao desta tcnica, espera-se que a floresta tenhacapacidade de retornar ao equil brio ou prximo do equil brio,desenvolvendo-se por meio da sucesso vegetal. Assim, a regenerao

    envolveo recrutamento, asobrevivnciaeo crescimento degrandenmerodeespcies quediferem no comportamento e no papel quedesempenhamno processo de regenerao da floresta (BAZZAZ, 1991).

    5.2 Enriquecimento

    Em reas pouco degradadas e perturbadas e que conservam ascaractersticas biticas e abiticas das matas ciliares, procede-se o plantiodas espcies dos estgios mais avanados da sucesso, quais sejam, assecundriastardiaseasclimcicas,sobacopadaspioneirasesecundriasiniciais.

    Os critrios aserem adotados, independentedatcnicaselecionada, podeser adistribuioaleatriadasmudasdasdiferentesespcies,adistribuioindicada

    por estudos fitossociolgicos realizadas em matas naturais adjacentes ou adistribuio baseada na combinao de grupos de espcies carectersticasde diferentes estdios da sucesso secundria.

    5.3. Implantao

    Estatcnica empregada em reas degradadas e que no conservamas caractersticas biticas das formaes florestais ciliares. Essa situaopode ser observadana Figura 4, com um local muito degradado.

    A funo primordial desta tcnica estimular e acelerar o processodasucesso natural. As espcies devem ser introduzidas em umaseqncia

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    Figura4- readegradada.

    Figura5- Mataciliar recuperadaem1997, Maring- PR

    quanto sua exigncia lumnica, ou seja: pioneiras, secundrias iniciais,secundrias tardias e climcicas. A implantao normalmente efetuadapelo plantio demudas, podendo-se considerar asemeaduraem locais maispropcios, principalmente das espcies do estgio das pioneiras (Figura 5).

    Foto:O. Danhoni

    Foto:S.Martins

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    6.1 Plantio

    O plantio deve adotar as prticas normais utilizadas noreflorestamento, com um coveamento bem feito e umidadesuficienteparagarantir asobrevivnciadas mudas. Deve-se utilizar somentemudas aclimatadas

    evigorosas parao plantio, garantindo-seasobrevivnciadelas no campo.O tamanho das mudas deve seguir o padro estabelecido para a

    comercializao das mesmas. O plantio demudas desenvolvidas (1,50-2,0m)no recomendado, uma vez que torna os custos operacionais e deimplantao mais onerosos.

    Dessa forma, a implantao dever obedecer a seguinte seqnciaoperacional:

    1. AberturadecovasSe a declividade do terreno permitir, pode-se efetuar o sulcamentomecnico na rea, ou mesmo a abertura manual das covas.

    2. AdubaonascovasA adubao poder ser aplicada, dependendo dafertilidade do solo, paraacelerar o desenvolvimento inicial das mudas e reduzir a competiocom as plantas daninhas. Os diferentes grupos ecolgicos apresentamdiferentes respostas quanto ao requerimento nutricional. As espciespioneiras apresentam maior capacidade de absoro de nutrientes queaquelas dos estdios sucessionais posteriores. Assim, os plantiosrealizados com espcies pioneiras devem receber adubao correta emqualidade e quantidade (SIQU EIRA, 1995).

    Os estudos acerca da aplicao de adubao devem ser efetuadospara cada local, observando-se a resposta das espcies adubao.

    Em caso de apli cao de adubos, deve-se atentar para que noocorra escorrimento superficial na rea em questo, preferindo-se sempre a adubao na cova.

    3. PlantioO espaamento de plantio varia de 4 a 6 m2/planta, podendo-se utilizarespaamento de 2x2m; 3x2m; 3x1,5m. Em reas de maior declividade,sugere-se reduzir o espaamento para um fechamento mais rpido darea.

    4. IrrigaoN ormalmente, o plantio efetuado napocadas chuvas, quando o soloapresenta umidade suficiente para garantir a sobrevivncia das mudas.

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    7 TRATOS CULTURAIS

    Os tratos culturais devero ser efetuados pelo menos nos primeiros18mesesiniciais, oudependendododesenvolvimentodasmudasnocampo.

    As capinas de limpeza devem ser realizadas nas linhas de plantio e ocoroamento das mudas essencial para reduzir a competio com asespciesinvasoras, umavez quepodehaver reduo nataxadecrescimentodas espcies plantadas. O espaamento muito largo aumentao nmero demanutenes na rea. Portanto, se a mo-de-obra for o inconveniente,deve-se racionalizar ao mximo essas operaes, reduzindo-se oespaamento entre plantas.

    Todos os cuidados devem ser rigorosamente considerados, umavez queocustoaumentasehouver necessidadedemaisoperaes, devendo-se garantir a sobrevivncia das mudas plantadas.

    8 MODELOS DE RECOMPOSIO

    Deve-se considerar a situao em que a rea se encontra, ou seja, asituao dareacultivadacomlavoura,pastagemnatural, pastagemplantada,rea degradada, regenerao natural em estdio inicial e fragmentos demata ciliar. Portanto, cada uma dessas reas em questo dever serestabelecida com prticas diferenciadas.

    Em reas contguas s pastagens, recomenda-se cercar, evitando-se que o gado entre e danifique o plantio ou a regenerao natural que

    estiver se estabelecendo.O modelo ideal de 50% de espcies pioneiras, 30% de espcies

    secundrias de rpido crescimento e 20% de secundrias de crescimentolento e climcicas, devendo o plantio obedecer a esses critrios deimplantao.

    Alguns plantiosexperimentaisdesenvolvidos tem demonstrado quea melhor combinao, tanto para implantao de matas ciliares como narecomposio dereas degradadas tem sido com50%deespciespioneiras,20%desecundriasexigentesemluz, 20%desecundriastolerantessombrae 10% declimcicas.

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    PIONEIRAS

    MaricMutamboPau-gaiolaPau-tucanoPata-de-vacaPau-cigarra/aleluiaPau-jacarMandiocoQuaresmeiraSaboneteiroSangra-dguaSapuvaSobrasilTapiVacumVassouro-branco

    Mimosa bimucronataGuazuma ulmifoliaAegiphila sellowianaVochysia tucanorumBauhinia forficataSenna multijugaPiptadenia gonoacanthaDidymopanax morototoniiTibouchina sellowianaQuillaja brasiliensisCroton urucuranaMachaerium stipitatumColubrina glandulosaAlchornea triplinerviaAllophyllus edulisPiptocarpha angustifolia

    SECUNDRIAS

    ESPCIEAoita-cavaloAguaAlecrimAngico-brancoAngico-vermelhoAngico-pretoArarib-rosaAraruva/ararib-brancoBico-de-patoBicubaBranquilhoCabrevaCaf-de-bugreCambarCamboat

    Camboat-vermelhoCambuiCanafstulaCandeiaCanela-amarelaCanela-brancaCanela-guaicCanela-imbuiaCaneloCanelinhaCanjaranaCanudo-de-pitoCapororocaCssia-rseaCedroCopaba

    NOME CIENTFICOLuehea divaricataChrysophyllum virideHolocalyx balansaeAnadenanthera colubrinaAnadenanthera macrocarpaAnadenanthera spCentrolobium robustumCentrolobium tomentosumMachaerium aculeatumVirola oleiferaSebastiania commersonianaMyrocrarpus frondosusCordia ecalyculataGochnatia polymorphaCupania vernalis

    Matayba guianensisMyrciaria tenellaPeltophorum dubiumGochnatia polymorphaNectandra leucothyrsusNectandra lanceolataOcotea puberulaNectandra megapotamicaOcotea sp.Nectandra salignaCabralea canjeranaMabea fistuliferaRapanea ferrugineaCassia grandisCedrela fissilisCopaifera langsdorffii

    GRUPO SUCESSIONALSecundria inicialSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria tardia

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    SECUNDRIAS

    CorticeiraDedaleiroErva-de-lagartoEstopeira/jequitib

    Farinha-secaFeijo-cruFigueiraFigueira-de-folha-midaFigueira-goiabaFruta-de-jacuGoiabaGro-de-galoGrumixamaGuabijuGuamirim-araGuapuvuruGuaritGuaruvaGurucaiaIng-au

    Ing-cipIng-feijoIng-ferraduraIng-midoIp-amareloIp-felpudo/ip-tabacoIp-rosaIp-roxoJaboticabeiraJequitib-rosaLouro-pardoMaria-pretaMarinheiroMonjoleiroMurtaMiguel-pintadoOrelha-de-negro

    PaineiraPalmeira-jerivPau-dalhoPau-ferroPau-formigaPau-leoPau-violaPessegueiro-bravoPindabaPitangaPrimavera-arbreaSabo-de-soldadoSete-capoteSucarTamboril

    Erythrina falcataLafoensia pacariCasearia sylvestrisCariniana estrellensis

    Albizia hassleriiLonchocarpus guilleminianusFicus sppFicus organensisFicus gomelleiraAllophylus edulisPsidium guajavaCeltis spp.Eugenia brasiliensisMyrcianthes pungensMyrcia glabraSchizolobium parahybaAstronium graveolensCinnamomum glazioviiParapiptadenia rigidaInga uruguensis

    Inga strictaInga marginataInga sessilisInga fagifoliaTabebuia albaZeyheria tuberculosaTabebuia impetiginosaTabebuia heptaphyllaMyrciaria truncifoliaCariniana legalisCordia trichotomaDiatenopteryx sorbifoliaGuarea guidoniaAcacia polyphyllaMurraya paniculataMatayba elaeagnoidesEnterolobium contorsiliquum

    Chorisia speciosaArecastrum romanzoffianumGallesia goraremaCaesalpinia leiostachyaTriplaris brasilianaCopaifera trapezifoliaCytharexyllum myrianthumPrunus brasiliensisCalophyllum brasiliensisEugenia unifloraBoungainvillea glabaSapindus saponariaBritoa guazumaefoliaGledistsia amorphoidesEnterolobium contortisiliquum

    Secundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicial

    Secundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundriaSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicial

    Secundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundriaSecundria inicialSecundriaSecundria tardiaSecundriaSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicial

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    CLMAX

    AbioCabrevaCaj-mirimCanela-pretaEspeteiroGuabirobaGuajuviraGuanandiGuarapaJaracatiJatobMulateiroleo-de-copabaPalmiteiroPau-marfimPeito-de-pomboPeroba-rosaPinaTarum

    Pouteria tortaMyrocarpus frondosusSpondia luteaOcotea catharinensisCasearia gossypiospermaCampomanesia spPatagonula americanaCalophyllum brasilienseApuleia leiocarpaJaracatia spinosaHymenaea stilbocarpaCalycophyllum spruceanumCopaifera langsdorffiiEuterpe edulisBalfourodendron riedelianumTapirira guianensisAspidosperma polyneuronMyrcianthes pungesVitex montividensis

    As espcies recomendadas para o bioma Floresta Ombrfila Mista,correspondentesregies1, 3epartedaregio 2(Figura6) so apresentadasno Quadro 2.

    O nmero de indivduos de cadaespcie a ser implantadapode serdefinido pelo levantamento fitossociolgico das formaes florestaisremanescentes, procurando-serepresentar avariabilidadegenticaexistentena populao original, segundo o conceito de tamanho efetivo de umapopulao.

    Observa-se uma grandeheterogeneidadeflorsticae estrutural entreasreas dematas ciliares deacordo com osfatores condicionantes do meio.Portanto, deve-se atentar para aseleo das espcies, procurando-seincluiraquelasespcies deocorrnciaregional paragarantir o sucesso do trabalhoe contribuir para a manuteno da biodiversidade.

    U mfator deextremaimportnciaobedecer adinmicadafloresta,observando-se as exigncias de cada espcie, principalmente quanto necessidade de luz, fenmeno conhecido como sucesso secundria(BU DOWSKI, 1965), alm da posio das espcies, ao longo dos cursosdgua.

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    Pode-se incluir algumas espcies nativas, mesmo que no estejampresentes narea, mas que faam parte daquele bioma, com o objetivo deacelerar o processo de recuperao da rea, como as frutferas, melferas,medicinais eas queservem paraaalimentao dafaunaterrestreeaqutica.

    Al gumas espcies desenvolvem mecanismos metablicos,fisiolgicos e anatmicos para suportar diferentes ambientes, da a altavariabilidade encontrada na vegetao de matas ciliares. Aquelas que sodiretamente influenciadas pela faixa marginal dos rios possuemcaractersticas prprias, como a resistncia ao alagamento ou s elevaesperidicasdagua. Algumas espciescomooamarelinho(Terminaliatriflora),canudo-de-pito(Mabeyafistulifera), catigu-de-folha-grande(Trichiliapallida),dedaleira(Lafoensiapacari),esporo-de-galo(Celtisspp), figueira-branca(Ficusenormis), guamirim(Calyptranthesconcinna), ing(Ingaspp), leiteiro (Sebastianiabrasiliensis),pitanga(Eugeniauniflora) esangradgua(Crotonurucurana),podemser adequadas para este ambiente.

    As espcies recomendadas para este ambiente, devem tercaractersticas tpicas da vegetao de mata ciliar, como, por exemplo:

    a. sistemaradicular superficial, com 10-20cmdeprofundidade, favorecendoa conteno eroso;

    b. emisso de razes adventcias, para aumentar o sistemade sustentao;

    c. capacidade de desenvolvimento de lenticelas, como por exemplo aAlchornea triplinerva;e

    d. presena de aernquima, que um tecido esponjoso que circunda araiz.

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    Figura6- MapadoEstadodoParan, delimitandoasregiesbioclimticaspara

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    Quadro 2- Espcies recomendadas para recomposio dematas ciliares, no biomaFlorestaO mbrfilaMista, deacordocomo estgio seral.

    ESPCIE

    AngicoAra-amareloAroeira-vermelhaBarbatimoBoleiraBracatingaBugreiro da vrsiaButi-da-serraCapixinguiCapororocaCaqueraCarobaCoronilhaFumo bravoGrandivaGrpiaGuaatungaJaborandiJacatavaLeiteiroLouro-brancoMamica-de-porcaManacManac-gradoMandiocoMaricPata-de-vacaPau cigarraPau-jacarRabo-de-bugioSalseiro

    SapuvaTapi-guauTimbavaTimbVacumVassouro-branco

    PIONEIRAS

    NOME CIENTFICO

    Piptadenia paniculataPsidium cattleianumSchinus terebinthifoliusStryphnodendron adstrubgensJohannesia princepsMimosa scabrellaQuillaja brasiliensisButia eriospathaCroton floribundusMyrsine ferrugineaCassia multijugaJacaranda micranthaScutia buxifoliaSolanum granuloso-leprosumTrema micranthaApuleia leiocarpaCasearia sylvestris sw.Pilocarpus pennatifoliusCitharexyllum myrianthumSapium glandulatumBastardiopsis densifloraZanthoxylum rhoifoliumBrunfelsia pauciflora var. calycinaBrunfelsia unifloraDidymopanax morototoniiMimosa bimucronataBauhinia forficataSenna multijugaPiptadenia gonoacanthaLonchocarpus muehlbergianusSalix humboldtiana

    Machaerium stipitatumAlchornea sidifoliaEnterolobium contortisiliquumAteleia glaziovianaAllophylus edulisPiptocarpha angustifolia

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    SECUNDRIAS

    ESPCIEAoita-cavaloAguaAngico-brancoAngico-gurucaiaAriticumAraucriaAroeirinhaBranquinho/branquilhoCabrevaCaf-de-bugreCambarCamboatCamboat-vermelhoCambuiCanela-amarelaCanela-brancaCanela-guaicCanela-preta

    CanelinhaCanjaranaCanjeranaCapororocaCaqui do matoCarvalho brasileiroCedro rosaCerejeira-bravaCorticeiraDedaleiroErva-de-lagartoFarinha-secaFeijo-cruFruta-de-jacuGoiaba

    Goiaba-do-campoGro-de-galoGrumixamaGuabijuGuaatungaGuamirim-araGuamirim-ferroGuamirim-ripaGurucaiaIp amareloIp roxoIp-rosaJaboticabeiraJacarandLeiteirinho

    NOME CIENTFICOLuehea divaricataChrysophyllum virideAnadenanthera colubrinaParapiptadenia rigidaAnnona cacansAraucaria angustifoliaSchinus terebentifoliusSebastiania commersonianaMyrocarpus frondosusCordia ecalyculataGochnatia polymorphaCupania vernalisMatayba guianensisMyrciaria tenellaNectandra leucothyrsusNectandra lanceolataOcotea puberulaNectandra megapotamica

    Nectandra salignaCabralea canjeranaCabralea glaberrimaRapanea ferrugineaDiospyros brasiliensisRoupala brasiliensisCedrela fissilisPrunus brasiliensisErythrina falcataLafoensia pacariCasearia sylvestrisAlbizia hassleriiLonchocarpus guilleminianusAllophylus edulisPsidium guajava

    Feijoa sellowianaCeltis spp.Eugenia brasiliensisMyrcianthes pungensCasearia decandraMyrcia glabraCalyptranthes lucidaMouriri chamissoanaParapiptadenia rigidaTabebuia chrysotrichaTabebuia avellanedaeTabebuia impetiginosaMyrciaria truncifoliaDalbergia brasiliensisSebastiania brasiliensis.

    GRUPO SUCESSIONALSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundriaSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicial

    Secundria inicialSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicial a tardiaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicial

    Secundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicial

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    SECUNDRIAS

    Louro-pardoMaria-pretaMarmeleiro-bravoMiguel pintadoMonjoleiroPaineiraPalmeira jerivPau cigarraPau-sanguePessegueiro-bravoPitangaPixiricoRabo de bugioSete-capoteTapiTarum-preto

    Cordia trichotomaDiatenopteryx sorbifoliaRuprechtia laxifloraMatayba elaeagnoidesAcacia polyphyllaChorisia speciosaShiagus romanzofianaSenna multijugaPterocarpus violaceusPrunus brasiliensisEugenia unifloraMiconia cinerascensDalbergia frutescensBritoa guazumaefoliaAlchornea triplinerviaVitex megapotamica

    Secundria inicialSecundria tardiaSecundria tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria tardiaSecundriaSecundria inicialSecundriaSecundria inicialSecundria tardiaSecundria inicial a tardiaSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicialSecundria inicial

    CLMAX

    ESPCIEAlecrimBicubaErva-mateGuajuviraImbuia

    NOME CIENTFICOHolocalyx balansaeVirola oleiferaIlex paraguariensisPatagonula americanaOcotea porosa.

    GRUPO SUCESSIONALSecundria tardia a clmaxSecundria tardia a clmaxClmaxSecundria tardia a clmaxSecundria tardia a clmax

    10 COLH EITA DE SEMENTES

    Sabe-se que a qualidade das mudas produzidas de fundamentalimportncia para o sucesso de implantao de umafloresta. Portanto, noprogramade recomposio de matas ciliares, deve-se atentar no somentepara a caracterizao das espcies segundo sua adaptao, como tambmpara o vigor das mudas produzidas.

    Outro ponto a ser considerado para o sucesso deste programa amanuteno de umaequipe treinada para coleta sistemtica de sementes,que dever acompanhar a fenologia das espcies selecionadas, bem comodeterminar os procedimentos para o beneficiamento e armazenamentodas sementes.

    A determinao do mtodo correto de armazenagem das sementesdeveser estudada, umavez que algumas espcies no produzem sementestodos os anos, ou seja, apresentam sazonalidade de frutificao. o casodeperoba-rosa (Aspidosperma polyneuron)e guajuvira (Patagonula americana),

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    que podem ficar anos sem produo, devendo-se, portanto, coletar omximo de sementes nos anos de boa produo e proceder o corretoarmazenamento delas (M ART IN Set al., 2004). Outras espcies alternamanos de farta produo com escassez de produo, mas frutificam

    anualmente, como o jatob (Hymenaea courbaril) e o guarit (Astroniumgraveolens).

    A alta diversidade gentica observada nas florestas tropicais determinada por um grande nmero de estratgias especficas, cominteraes muito complexas entre as plantas e seus polinizadores, compadres diferentes de sincronia no florescimento, devendo determinardiferentes padres de fluxo gnico e conseqentemente na estrutura daspopulaes (KAGEYAMA e GAN DARA, 2001).

    U m fator que deve ser observado na recomposio das matasciliaresquantomanutenodadiversidadegenticanasreasdeinflunciados reservatrios, devendo-se atentar para a obteno de amostras

    representativas da variabil idade gentica das espcies utilizadas(KAGEYAM A, 1992).

    11 PRODUO DE M UDAS

    Para o sucesso do reflorestamento ou da recomposio, as mudasproduzidas devem ser bem vigorosas e competitivas e para tanto, devemestar bem sadias.

    A produo demudas para recomposio das matas ciliares pode serefetuadaviasexuadaou assexuada, sendo mais vivel aprimeiradevido aoscustos. N o caso de espcies de difcil produo de sementes, pode-serecorrer ao mtodo assexuado.

    Dentre os mtodos de produo via sexuada, tem-se a semeaduradireta nos recipientes e a repicagem. A semeadura direta apresentainmeras vantagens, entre as quais: dispensa a confeco de sementeiras esua desinfeco; diminui o tempo necessrio para produo da muda;produz muda de melhor qualidade por um custo menor; melhora aconformao do sistema radicular e aumenta a sobrevivncia das plantasno viveiro e no campo.

    N o processo da repicagem, a produo realizada em canteiros,com posterior repicagem das plntulas para recipientes individuais, ondecompletaro o crescimento at o tamanho ideal para o plantio definitivo.Estemtodo aplicadoparaespciesdedifcil germinao ou irregularidade

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    REFERNCIAS

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    CARVALHO,P.E.R.Espciesflorestaisbrasileiras:recomendaessilviculturais,potencialidadeseusodamadeira. Braslia, DF, EMBRAPA-CN PF; EMBRAPA- SPI,1994.640p.

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    KAGEYAMA,P.Y.;GAN DARA,F.B.Revegetaodereasciliares.In:RODRIGU ES,R.R.;LEITO FILHO,H. F.Matasciliares:conservao erecuperao.Edusp,Fapesp,SoPaulo,p.249-269,2001.

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    MAACK,R. Geografiafsicadoestado doParan. Curitiba. 1981. 450p.

    muita alta de germinao.

    Atualmente, com a produo de mudas em tubetes plsticos e comamodernizao dos viveiros setorizados, amaioria das mudas produzidaviasemeadura diretanos recipientes, em virtude dafacilidadedetrabalho,

    reduo de operaes e de doenas no viveiro (MARTIN S et al., 2004).

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    MARTINS,S.S.;SILVA,I.C.;BORTOLO,L.;NEPOMUCENO,A.N.Produode Mudas de Espcies Florestais nos Viveiros do Instituto Ambiental doParan; Maring, PR; Clichetec, 2004, 192p.: il.

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