Recuperação - Aula de 28.05.2015

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Escola Profissional do Sindicato de Escritório e Comércio da Região Autónoma dos Açores CURSO TÉCNICO DE RECURSOS FLORESTAIS E AMBIENTAIS MÓDULO VIII - Textos Narrativos / Descritivos e Textos Líricos RECUPERAÇÃO DE FALTAS INJUSTIFICADAS – 28.05.2015 1. Faça a análise da estrutura externa e interna do poema “Frígida”. Frígida I Balzac é meu rival, minha senhora inglesa! Eu quero-a porque odeio as carnações redondas! Mas ele eternizou-lhe a singular beleza E eu turbo-me ao deter seus olhos cor das ondas. II Admiro-a. A sua longa e plácida estatura Expõe a majestade austera dos invernos. Não cora no seu todo a tímida candura; Dançam a paz dos céus e o assombro dos infernos. III Eu vejo-a caminhar, fleumática, irritante, Numa das mãos franzindo um lençol de cambraia!... Ninguém me prende assim, fúnebre, extravagante, Quando arregaça e ondula a preguiçosa saia! IV Ouso esperar, talvez, que o seu amor me acoite, Mas nunca a fitarei duma maneira franca; Traz o esplendor do Dia e a palidez da Noite, É, como o Sol, dourada, e, como a Lua, branca! V Pudesse-me eu prostrar, num meditado impulso, Ó gélida mulher bizarramente estranha, E trémulo depor os lábios no seu pulso, Entre a macia luva e o punho de bretanha!... Formador: Paulo Pereira Ano letivo: 2014/2015 1

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Ficha de trabalho

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Escola Profssional do Sindicato de Escritrioe Comrcio da Regio Autnoma dos AoresCURSO TCNICO DE RECURSOS FLORESTAIS E AMBIENTAISMDULO VIII - Textos Narrativos / Descritivos e Textos LricosRECUERA!"O DE FALTAS IN#USTIFICADAS $ %&'()'%(*)1. Faa a anlise da estrutura externa e interna do poema Frgida.FrgidaI Balzac meu rival, minha senhora inglesa! Eu quero-a porque odeio as carnaes redondas! Mas ele eternizou-lhe a singular beleza E eu turbo-me ao deter seus olhos cor das ondas II !dmiro-a ! sua longa e pl"cida estatura E#pe a ma$estade austera dos invernos %&o cora no seu todo a t'mida candura( )anam a paz dos cus e o assombro dos in*ernos III Eu ve$o-a caminhar, *leum"tica, irritante, %uma das m&os *ranzindo um lenol de cambraia! %ingum me prende assim, *+nebre, e#travagante, ,uando arregaa e ondula a preguiosa saia! I- .uso esperar, talvez, que o seu amor me acoite, Mas nunca a *itarei duma maneira *ranca( /raz o esplendor do )ia e a palidez da %oite, 0, como o 1ol, dourada, e, como a 2ua, branca! - 3udesse-me eu prostrar, num meditado impulso, 4 glida mulher bizarramente estranha, E trmulo depor os l"bios no seu pulso, Entre a macia luva e o punho de bretanha! -I 5intila ao seu rosto a lucidez das $6ias !o encarar consigo a *antasia pasma( 3ausadamente lembra o silvo das $ib6ias E a marcha demorada e muda dum *antasma -II Met"lica vis&o que 5harles Baudelaire 1onhou e pressentiu nos seus del'rios mornos, 3ermita que eu lhe adule a distin&o que *ere, !s curvas da magreza e o lustre dos adornos! Formador: Paulo PereiraAno letivo: 2014/20151Escola Profssional do Sindicato de Escritrioe Comrcio da Regio Autnoma dos AoresCURSO TCNICO DE RECURSOS FLORESTAIS E AMBIENTAISMDULO VIII - Textos Narrativos / Descritivos e Textos Lricos-III )esliza como um astro, um astro que declina, /&o descansada e *irme que me desvaria, E tem a lentid&o duma corveta *ina ,ue nobremente v" num mar de calmaria I7 %&o me imagine um doido Eu vivo como um monge, %o bosque das *ices, 6 grande *lor do %orte! E, ao persegui-la, penso acompanhar de longe . sossegado espectro anglico da Morte! 7 . seu vagar oculta uma elasticidade ,ue deve dar um gosto amargo e deleitoso, E a sua glacial impassibilidade E#alta o meu dese$o e irrita o meu nervoso 7I 3orm, n&o arderei aos seus contactos *rios, E n&o me enroscar" nos serpentinos braos8 9eceio suportar *ebres e cala*rios( !doro no seu corpo os movimentos lassos 7II E se uma vez me abrisse o colo transparente, E me osculasse, en*im, *le#'vel e submissa, Eu $ulgara ouvir algum, agudamente, %as trevas, a cortar pedaos de cortia! Cesrio Verde, in 'O Livro de Cesrio Verde'BOM TRABALHO!Formador: Paulo PereiraAno letivo: 2014/20152