Recuperação de Áreas Degradadas usando mecanismos de créditos de carbono

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21/10/2011 1 Recuperação de Áreas Degradadas usando mecanismos de crédito de carbono Leonardo Veloso Vitória, 20 de outubro de 2011. Semana de Ciência e Tecnologia Alguns conceitos Matas Ciliares – Margens de rios (mata em beira de rio-zona de APP-Área de Preservação Permanente); Protocolo de Kyoto –Busca o desenvolvimento + sustentável do planeta - 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012; MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - Crédito de Carbono MDL Florestal – Primeira metodologia aprovada em outubro de 2007 CGEE- Brasília – CNI (O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) Apóia esses projetos pois existe um grande interesse estratégico brasileiro para projetos dessa natureza.

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Apresentação da Ápice Projetos Ambientais na Semana de Ciencia e Tecnologia em Vitória-ES

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Recuperação de Áreas Degradadas usando mecanismos de crédito de carbono

Leonardo VelosoVitória, 20 de outubro de 2011.

Semana de Ciência e Tecnologia

Alguns conceitos

• Matas Ciliares – Margens de rios (mata em beira de rio-zona de APP-Área de Preservação Permanente);

• Protocolo de Kyoto –Busca o desenvolvimento + sustentável do planeta -5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012;

• MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - Crédito de Carbono

• MDL Florestal – Primeira metodologia aprovada em outubro de 2007

• CGEE- Brasília – CNI (O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) Apóia esses projetos pois existe um grande interesse estratégico brasileiro para projetos dessa natureza.

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)É um dos mecanismos de flexibilização criados

pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou

de sequestro de carbono por parte dos países do Anexo I.

O propósito do MDL é prestar assistência às Partes Não Anexo I da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (a sigla em inglês UNFCCC) para viabilizar o desenvolvimento sustentável através da implementação da respectiva atividade de projeto que contribuam para o objetivo final de diminuição de GEE

Etapas dos projetos MDL

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Categorias de projetos MDL

O Conselho Executivo (CE) do MDL numerou os seguintes setores onde projetos MDL podem ser desenvolvidos. O CE-MDL baseou-se no Anexo A do Protocolo de Quioto para elaboração da mesma.

• Setor 1. Geração de energia (renovável e não-renovável)

• Setor 2. Distribuição de energia

• Setor 3. Demanda de energia (projetos de eficiência e conservação de energia)

• Setor 4. Indústrias de produção

• Setor 5. Indústrias químicas

• Setor 6. Construção

• Setor 7. Transporte

• Setor 8. Mineração e produção de minerais

• Setor 9. Produção de metais

• Setor 10. Emissões de gases fugitivos de combustíveis

• Setor 11. Emissões de gases fugitivos na produção e consumo de halocarbonos e hexafluorido de enxofre

• Setor 12. Uso de solventes

• Setor 13. Gestão e tratamento de resíduos

• Setor 14. Reflorestamento e florestamento

• Setor 15. Agricultura

Uma atividade de projeto MDL pode estar relacionada

a mais de uma categoria.

Reservatórios de biomassa em projetos de MDL florestal

São 5 os que podem ser mensurados para se estimar a absorção de GEE decorrentes das atividades do projeto. São eles:

• Biomassa acima do solo corresponde ao tronco, folhas, galhos, isto é, de modo grosseiro, à parte visível de uma árvore;

• Biomassa abaixo do solo corresponde às raízes da árvore, que associado ao da biomassa acima do solo, constitui o que é comumente chamado de reservatório de biomassa viva;

• Serrapilheira é a camada de folhas no solo, formada pelo desfolhamento das árvores.

• Madeira morta corresponde a galhos, árvores e arbustos mortos;• Carbono no solo corresponde ao teor de carbono que está

mineralizado na matéria orgânica do solo. Esse reservatório é mais significativo nas latitudes temperadas do globo.

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Estimativa dos Estoques de Carbono na Biosfera Terrestre

Fonte: Cerri et al, 2006.

Atividades de manejo do solo nos diversos biomas e seu potencial de

seqüestro de Carbono

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Reduções de emissões de GEE

O IPCC estima que entre 60 e 87 bi ton de carbono poderão ser estocadas em florestas, entre 1990 e 2050, equivalendo a 12-15% das emissões por combustíveis fósseis, no mesmo período.

Para que a biomassa possa, efetivamente, atender as expectativas de mitigar os impactos dos combustíveis fósseis no ambiente, algumas condições necessitam ser preenchidas, como:

a. Produção sustentável de matéria prima e uso dos recursos energéticos de forma a resultar em uma produção neutra de CO2;

b. Sequestro e fixação do carbono por longos períodos, inclusive após a vida útil do vegetal (ex. produção de móveis de madeira);

c. substituição direta de combustíveis fósseis, como é o caso do etanol e dos biocombustíveis derivados de óleos vegetais.

Os gases de efeito estufa (GEE), do qual o CO2 é apenas o paradigma do índice demedição de emissões, incluem outros gases, como o metano e o anidrido sulfurososão poluidores atmosféricos, constituindo-se em uma das vantagens do uso debiomassa a emissão baixa ou nula destes gases.

Área e Distribuição de Florestas Plantadas no Brasil (2005)

Fonte: AMS, 2007

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Emissões Mundiais cumulativas de CO2 devido à mudança histórica no uso da terra entre 1700–1990 (Mt CO2)

Fonte: Campos et al.,

2005

Taxa de desmatamento de áreas florestadas (1990-2005) e

Remanescentes de Florestas Primárias

Fonte: FAO, 2007

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Projeto Piloto de Crédito de Carbono

para Reflorestamento no ES

OBJETIVO GERAL:

Promover uma forma viável de reflorestamentono estado, uma vez que, os altos custos doreflorestamento acabam impedindo aimplementação de muitos projetos derecuperação de áreas degradadas. 500ha -35km de rios reflorestados.

Reflorestamento proposto com duas faixas de mata nativa e Plantação de eucalipto ao lado ao

longo dos rios do ES

RIO

Plantação de eucalipto

Plantação de eucalipto

MATA CILIAR

MATA CILIAR

25m

50m

25m

50m

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Objetivos do Projeto

1- Incentivar o reflorestamento no estado – Através de uma nova metodologia de reflorestamento de áreas – MDL, que será uma forma de incentivar a recuperação de áreas degradadas no estado.

2- Apoiar o plano ES-2025 do estado de reflorestar 16% do Espírito Santo - Criando subsídios para a recuperação da mata atlântica no estado através do projeto;

3- Fomentar uma nova comódite (crédito de carbono) florestal no estado;

4- Desenvolver mão-de-obra qualificada para trabalhar com o assunto no ES;

Objetivos do Projeto

5- Favorecer a preservação dos leitos dos rios no ES;6- Propor um sistema de reflorestamento gerador de

benefícios e renda;7- Geração de empregos diretos além dos benefícios

advindos do reflorestamento de matas ciliares, poderão ser incentivados com essa nova proposta de recuperação ambiental, utilizando dinheiro oriundo do crédito de carbono;

8- Contribuir com o Projeto Corredores Ecológicos do Estado – do IEMA, com a construção dessas florestas em matas ciliares no estado aumentado o fluxo gênico de espécies.

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Benefícios da recuperação de mata ciliarBenefícios da recuperação de mata ciliar• Diminuir processos de erosão em beiras

de rios;

• Aumento do volume de águas nos rios;

• Diminuir o assoreamento em rios;

• Aumento do fluxo gênico;

• Aumento da biodiversidade no Estado;

• Melhoria do micro-clima no local do projeto;

• Seqüestro de carbono;

• Melhor qualidade do ar no local do projeto;

• Atrativo de fauna;

• Melhor qualidade da água nos rios;

• Preservação dos aqüíferos;

• Incremento ao Ecoturismo.

Percentual do território do ES coberto com vegetação nativa, conservada ou em estágio de recuperação. Fonte Macroplan – (ES 2025)

Custo geral de um projeto de reflorestamento:

R$ 20.000,00/ha em média

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2025

Outras áreas do ES

Cobertura Vegetal

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Você já Você já

plantou uma plantou uma

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