Recuperação de Estruturas de Concreto Com Injeção de Resina de Poliuretano

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Monografia "RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COM INJEÇÃO DE RESINA DE POLIURETANO" Autor: Jerfran Januário Oliveira Orientador: Prof. Ayrton Vianna Costa Julho/2014 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Materiais e Construção Curso de Especialização em Construção Civil

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O concreto é o material construtivo mais utilizado em todo o mundo, istose deve pelo fato de duas grandes qualidades, sua moldabilidade quando emestado fresco, e sua resistência após a cura.A grande execução de estruturas em concreto é acompanhada pelodesenvolvimento de soluções para o combate de manifestações patológicas, estascausadas ainda no projeto, na execução ou vida útil da estrutura, devido aoexcesso de carga, subdimensionamento em projeto, desgaste pelo ambiente(ataques químicos, atmosfera ácida, entre outros), má execução ou ausência dejuntas de movimentação, fôrmas incompatíveis ou mal executadas, agregados eágua em excesso ou falta, entre outras causas.Desta forma, o presente trabalho visa apresentar um avanço recente natecnologia, a utilização de resina de poliuretano, como material para recuperaçãode estruturas em concreto identificadas com anomalia de fissuramento, de formasimples e prática, para auxiliar engenheiros e gestores com rapidez e qualidade

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Monografia "RECUPERAO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COM INJEO DE RESINA DE POLIURETANO" Autor: Jerfran Janurio Oliveira Orientador: Prof. Ayrton Vianna Costa Julho/2014Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Materiais e Construo Curso de Especializao em Construo Civil ii Jerfran Janurio Oliveira "RECUPERAO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COM INJEO DE RESINA DE POLIURETANO" Monografia apresentada ao Curso de Especializao em Construo Civil da Escola de Engenharia UFMG nfase: Recuperao de Estruturas de Concreto Orientador: Prof. Ayrton Vianna Costa Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG 2014 iii A minha famlia pelo apoio, carinho e dedicao. iv AGRADECIMENTOS Deuspelaoportunidadedeparticipardocursodeespecializaoque culminou neste trabalho. AoorientadorProfessorAyrtonViannaCostapelosensinamentospor ajudar a desvendar os caminhos deste rduo trabalho. Aoscolegaseamigosdeclasse,EngenheiroseArquitetos,peloapoioe amizade. minhacompanheiraDbora,pelosmomentosdecompreenso,e trabalho. v SUMRIO 1. INTRODUO ................................................................................................. 1 2.REVISO BIBLIOGRFICA ........................................................................... 2 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................... 3 3.1 Durabilidade Das Estruturas De Concreto .................................................. 3 3.1.1Requisitos .......................................................................................... 3 3.1.2Critrios .............................................................................................. 4 4. DEGRADAO DO CONCRETO ARMADO ................................................ 8 5. FISSURAO ................................................................................................ 10 5.1Causas Frequentes ................................................................................... 10 5.2Classificaes de Movimentao ............................................................... 11 5.2.1Fissura Ativa ...................................................................................... 11 5.2.2Fissura Inativa .................................................................................... 12 5.3Definio Do Tratamento ........................................................................... 12 5.3.1Grandeza da Abertura Instrumentos ................................................. 13 5.3.2Objetivo do Tratamento ..................................................................... 15 5.3.3Agentes corrosivos ............................................................................ 16 6. TIPOS DE TRATAMENTO COM USO DE INJEO .................................. 17 6.1Principais Produtos de Injeo .................................................................. 17 6.1.1Resina de Poliuretano ........................................................................ 17 6.1.2Resina de Epxi ................................................................................. 18 6.1.3Microcimento ...................................................................................... 19 6.1.4Gel Acrlico ......................................................................................... 21 6.2Perfurao e Bicos de Injeo de Resina de Poliuretano .......................... 21 6.3Bombas de Injeo de Resina de Poliuretano............................................ 24 7. CASOS DE INJEO DE RESINA DE POLIURETANO.............................. 26 7.1Caso Usina Jirau 1 .................................................................................... 26 7.2Caso Usina Jirau 2 .................................................................................... 32 8. CONCLUSO................................................................................................. 35 vi 9. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 36 10. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................ 37 vii LISTA DE FIGURAS Figura 4.1:Fluxograma de desempenho estrutural. ............................................. 8 Figura 5.1:Exemplos de selos rgidos e fissurmetro.......................................... 12 Figura 5.2:Instrumento calibrador de lmina ....................................................... 13 Figura 5.3:Medio de fissura com calibrador de lmina .................................... 14 Figura 5.4:Comparador de fissuras..................................................................... 14 Figura 5.5:Fissurmetro ...................................................................................... 15 Figura 6.1:Perfurao a 45 da superfcie do substrato ...................................... 23 Figura 6.2:Perfurao a 45 da superfcie do substrato ...................................... 23 Figura 6.3:Posicionamento dos bicos de adeso ................................................ 23 Figura 6.4:Posicionamento dos bicos de adeso ................................................ 23 Figura 7.1:Local a ser recuperado....................................................................... 26 Figura 7.2:Identificao das fissuras .................................................................. 27 Figura 7.1:Identificao das fissuras .................................................................. 27 Figura 7.4:Perfurao inclinada com broca longa ............................................... 27 Figura 7.5:Perfurao inclinada com broca longa ............................................... 28 Figura 7.6:Colocao dos bicos injetores nas laterais e ao longo da fissura....... 28 Figura 7.7:Colocao dos bicos injetores nas laterais e ao longo da fissura....... 29 Figura 7.8:Aplicao da resina ............................................................................ 29 Figura 7.9:Injeo de Resina com ressurgimento na fissura .............................. 30 Figura 7.10:Aspecto aps aplicao da resina .................................................... 30 Figura 7.11:Retirada dos bicos injetores por corte .............................................. 31 Figura 7.12:Aspecto aps execuo do servio .................................................. 31 Figura 7.13:Aspecto da estrutura com fluxo constante de gua ......................... 32 Figura 7.14:Injeo espuma de poliuretano para vedao da fissura .................. 33 Figura 7.15:Injeo espuma de poliuretano para vedao da fissura .................. 33 Figura 7.16:Aspecto aps aplicao e limpeza ................................................... 34 viii LISTA DE TABELAS Tabela3. 1: Vida til de Projeto VUP............................................................... 3 Tabela3. 2: Classes de agressividade ambiental ................................................ 4 Tabela3. 3: Correspondnciaentreclassedeagressividadeambientale cobrimento nominal para c = 10 mm................................................................... 5 Tabela3. 4: Correspondnciaentreclassedeagressividadeambientale qualidade do concreto ........................................................................................... 6 Tabela3. 5: Exignciasdedurabilidaderelacionadasfissuraoe proteo da armadura, em funo das classes de agressividade ambiental ......... 6 Tabela6. 1:Resinas versus aplicao ............................................................... 17 Tabela6. 2:Resinas de poliuretano ................................................................... 18 Tabela6. 3:Resinas de epxi ............................................................................ 19 Tabela6. 4:Microcimento .................................................................................. 20 Tabela6. 5:Equipamentos para aplicao do microcimento .............................. 20 Tabela6. 6:Gel Acrlico ..................................................................................... 21 Tabela6. 7: Bicos Injetores ................................................................................ 22 Tabela6. 8:Bomba Monocomponente e Bicomponente .................................... 24 ix LISTA DE NOTAES, ABREVIATURAS ABNT = ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS NBR = Norma Brasileira VUP = Vida til de Projeto ELS-W = Estado Limite de Abertura das Fissuras x RESUMO Oconcretoomaterialconstrutivomaisutilizadoemtodoomundo,isto sedevepelofatodeduasgrandesqualidades,suamoldabilidadequandoem estado fresco, e sua resistncia aps a cura. Agrandeexecuodeestruturasemconcretoacompanhadapelo desenvolvimento de solues para o combate de manifestaes patolgicas, estas causadasaindanoprojeto,naexecuoouvidatildaestrutura,devidoao excessodecarga,subdimensionamentoemprojeto,desgastepeloambiente (ataquesqumicos,atmosferacida,entreoutros),mexecuoouausnciade juntasdemovimentao,frmasincompatveisoumalexecutadas,agregadose gua em excesso ou falta, entre outras causas. Destaforma,opresentetrabalhovisaapresentarumavanorecentena tecnologia,autilizaoderesinadepoliuretano,comomaterialpararecuperao deestruturasemconcretoidentificadascomanomaliadefissuramento,deforma simples e prtica, para auxiliar engenheiros e gestores com rapidez e qualidade. 1 1.INTRODUO Este trabalho abordar sobre a recuperao de estruturas de concreto, onde serapresentadadeformaespecficaainjeoderesinadepoliuretano.Osistema deinjeorelativamenterecente(desde1970)enosltimosanostemsido difundido no mercado pela rapidez e facilidade de execuo, podendo ser empregado pararecomporamonoliticidadeoupermitirqueafissura,devidoaosesforos, trabalhe com funo de junta flexvel. Nos prximos captulos sero abordados assuntos relativos degradao do concreto,asmodalidadesdefissurasetipodeinjeorecomendada.Sero apresentadososequipamentosemtodoexecutivoadequadoparaamelhor durabilidade do sistema de injeo. 2 2.REVISO BIBLIOGRFICA ConformeNBR6118(2003,p.4),concretoestruturalumtermoquese refereaoespectrocompletodasaplicaesdoconcretocomomaterial estrutural, e como vemos atualmente a diversificao de seu emprego condizente com o avano tecnolgico para obter cada vez maior durabilidade e resistncia.Comoqualqueroutromaterialempregadonaconstruocivilpreciso conhecerpossveisanomaliasdoconcretoarmadoe como executar o tratamento de forma adequada e eficaz. Paraarecuperaodas estruturas de concreto, quanto s fissuras, deve-se realizaraidentificaodaorigemdasmanifestaespatolgicas,conformeSOUZA (1998,p.121),otratamentodepeasfissuradasestdiretamenteligadoperfeita identificaodacausadafissurao(...),eestaidentificaorelatadapor PIANCASTELLI(1997,p.19),nosreparosdefissuras,deveser,inicialmente, determinado se elas so ativas ou inativas.. AindaconformeNBR6118(2003,p.75)afissuraoemelementos estruturaisdeconcretoarmadoinevitvel,devidoagrandevariabilidadeeabaixa resistncia do concreto trao, desta forma o controle de fissuras deve ser exigido com maior rigor quanto maior for a agressividade do ambiente, devido a possibilidade de entrada de agentes corrosivos no interior do concreto atravs das fissuras. 3 3.ESTRUTURAS DE CONCRETO 3.1Durabilidade Das Estruturas De Concreto 3.1.1Requisitos ANBR6118(2003)preconizaquesitosquedevemseravaliadospor projeodurante50anosparadurabilidadedaestrutura,econformeaNBR15.575 (2013)queestabeleceaVidatildeProjetoVUP(tempoestimadode atendimentoaosrequisitosdedesempenho,considerandooatendimento as normas vigentes,comprogramaregulardemanutenes)sendoparaosistemaestrutura definida em maior ou igual a 50 anos, conforme tabela 3.1, abaixo: Tabela 3.1: Vida til de Projeto VUP. Fonte: NBR 15575 (2013, p. 27). ANBR6118(2003,p.13)aindarelatasobreosrequisitosmnimosde qualidade quanto capacidade resistente (segurana mecnica), ao desempenho em servio (funcionalidade da estrutura) e durabilidade (capacidade de resistir a fatores externos, devendo ser avaliados no perodo de elaborao do projeto). Paraadurabilidadedasestruturasdeconcretodeve-selevarem 4 considerao, segundo a NBR 6118 (2003, p. 15): VidatildeprojetoTempopeloqualsoatendidasascaractersticasdo pargrafo anterior; Mecanismos de envelhecimento e deteriorao Relativo ao concreto (reao lcalis-agregado,lixiviao,entreoutros),armadura(despassivao, alterandoopH),eaestruturaemsi(dilataotrmica,fluncia,impactos, entre outros); AgressividadedoambienteRelaoentreadeterioraodoconcretocom ao de fatores externos, conforme tabela 3.2 abaixo: Tabela 3.2: Classes de agressividade ambiental. Fonte: NBR 6118 (2003, p. 16). 3.1.2Critrios ANBR6118(2003,p.17)relevaquedevemseradotadoscritriospara 5 ampliar a durabilidade das estruturas de concreto, como: DrenagemCuidadosparaevitarainfiltraocomoautilizaoderufose impermeabilizaes; ProjetoPrevisodeestruturascomfacilitadoresdemanuteno,como adoo de shafts; Cobrimento mnimo Observar a execuo do concreto (relao gua-cimento erecobrimentomnimo)conformeaclasseambientaldefinidaemprojeto, conforme tabela 3.3 e 3.4 abaixo: Tabela 3.3: Correspondncia entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para c = 10 mm. Fonte: NBR 6118 (2003, p. 23). Obs.: Em elementos pr-fabricados, os cobrimentos devero obedecer ao item 9.2.1.1 da NBR 9062 (2006). 6 Tabela 3.4: Correspondncia entre classe de agressividade e qualidade do concreto. Fonte: NBR 6118 (2003, p. 18) Detalhamento das armaduras Visando facilitar a execuo (por exemplo, para utilizao de aparelho vibrador); Controle da fissurao Aberturas limites, visando integridade da estrutura de concreto, conforme abaixo. Tabela 3.5: Exigncias de durabilidade relacionadas fissurao e proteo da armadura, em funo das classes de agressividade ambiental. Fonte: NBR 6118 (2003, p. 72) OBS.: 1.Para elementos de armadura ativa (sistemas protendidos), conforme a NBR6118,esseslimitesdevem ser mais restritos pela possibilidade de corroso da armadura sob tenso. 2. Conforme a Norma 6118 (2003, p. 5) o estado limite de 7 aberturadasfissuras(ELS-W),oestadoemqueasfissurasseapresentamcom aberturas iguais aos mximos especificados na tabela acima. MedidasespeciaisAplicaoderevestimentos e materiais de proteo (por exemplo, aplicao de pinturas impermeabilizantes); InspeoemanutenopreventivaProjetooumanualcontendoorientao quantoaprocedimentoscorretosparaatingireampliaradurabilidadeda estrutura de concreto. 8 4.DEGRADAO DO CONCRETO ARMADO Aestruturadeconcretoapssuaexecuo,naqualsepreza, fundamentalmente,pelaseguranaedurabilidade,deveseravaliadaquantoao desempenho, conforme Souza e Ripper (1998): Figura 4.1: Fluxograma de desempenho estrutural, Souza e Ripper (1998). ConformeSouzaeRipper(1998)aconstruocivilpodeserabrangidapor trsetapasbsicas:concepo,execuoeutilizao.Emcadaetapapodehaver constituio de patologias, sendo que quanto mais prximo deteco for do incio da deteriorao maior a chance de correo sem grande onerao do empreendimento. Naetapadaelaboraodoprojetodoempreendimento,dispendidamuita atenoparaaconcepoeprojetobsicodearquitetura,eatrecentementea 9 especificaodemateriaiserarealizadaapenaspeloconstrutor,visandolucrona escolha de materiais de baixa qualidade, porm com o advento da NBR 15575:2013 - EdificaeshabitacionaisDesempenho,obrigatriaaespecificaoda durabilidade dos materiais utilizados, com padres bsicos para cada tipo. Naetapadeexecuodaestruturadevemserutilizadosmateriais compatibilizados com as especificaes em projeto, e deve se ressaltar nesta etapa o treinamentodamodeobra.Otreinamentoconsisteemadaptarofuncionrio situaorealdaobra,qualific-loparaaexecuodatarefacomseguranae qualidade.Eaindanestaetapaqueafiscalizaointernadeveserrotineirae rigorosa para evitar repetio de erros e para avaliar a qualidade da execuo. Enquanto na etapa de utilizao da estrutura, deve ser dada ateno especial emrelaosatividadesdemanutenespreventivas,quesegundoaNBR15575 (2013)estasdevemserrealizadasaolongodavidatotaldaedificaopara conservarourecuperarasuacapacidadefuncionalparaoatendimentodas necessidades e segurana dos seus usurios. 10 5.FISSURAO 5.1Causas Frequentes Segundo Souza e Ripper (1998) a fissurao uma manifestao patolgica, ou seja, um sintoma gerado por fatores inerentes estrutura (intrnsecos) ou causada pelo meio externo (extrnsecos), Souza e Ripper (1998) ressalta os seguintes pontos: DeficinciasdeProjetoEspecialmenteporfaltadeprevisodecargase reaes da estrutura. ContraoPlsticaDevidarpidaevaporaodagua,logoapso lanamento do concreto. AssentamentodoConcreto/PerdadeAdernciaQuandoafluidezdo concreto muito plstica a armadura pode estar sujeita ao descolamento com material ao seu entorno, e o lanamento de novas camadas de concreto sobre camadas em processo de pega avanado. MovimentaodeEscoramentose/ouFrmasDevidofrmasfeitascom material pouco resistente ou de maneira incorreta. RetraoAcontecimentocomum,masqueminimizadoporprocessode cura contnuo. DeficinciasdeExecuoExecuoemcanteironocompatvelcom descrio em projeto. Reaes Expansivas O produto de reaes como a reao lcalis-agregado que sofre expanso. 11 Corroso das Armaduras A corroso do ao pela diminuio do pH (quando menor que 9), causando dilatao da armadura. Recalques Diferenciais Sondagem do terreno com falhas ou m distribuio de cargas sobre as fundaes. VariaodeTemperaturaDevidodilataoecontraotrmica, especialmenteempeasplanashorizontais,pelaincidnciaamaiores coeficientes trmicos. AesAplicadasEnvolveacidentescomimpactodegrandescargas concentradas, como colises de veculos. 5.2Classificaes de Movimentao 5.2.1 Fissura Ativa DeacordocomPIANCASTELLI(AECweb,2014),fissurasativas(viva, instvel,emmovimento)soaquelasqueapresentamvariaodaabertura,esta variao pode ser checada atravs de selos rgidos em gesso ou vidro, e ainda pode ser medida atravs de fissurmetro, como mostrado na figura 5.1, abaixo: 12 Figura 5.1: Exemplos de selos rgidos e fissurmetro, AECweb. Tambmsedeveprocedercomaidentificaodoagentecausadorcomo atuante, pois assim a fissura considerada instvel. 5.2.2Fissura Inativa Nafissurainativa(morta,estvel,semmovimento), a confirmao para este tipo realizada pelo mesmo mtodo da fissura ativa. Neste caso o agente causador dado como no atuante, conforme PIANCASTELLI (AECweb, 2014), onde a fissura considerada como estvel. 5.3Definio do Tratamento Nomercadoatualmenteexistemdiversasalternativasdetratamentopara fissura ativas e inativas, como o microcimento, resina epxi ou epoxdica, o mastique poliuretanoentreoutrosprodutos.Umdostratamentosutilizadosmaisrecentea injeo de resina de poliuretano, tanto para fissuras ativas e inativas. Para a utilizao destetipodeproduto deve-se proceder com a identificao da grandeza da abertura 13 dafissura,definiroobjetivodotratamentoeverificarpresenadeguaouagente corrosivo. 5.3.1 Grandeza da Abertura - Instrumentos Instrumentocalibradordelmina: uma ferramenta trabalha com a tentativa deinseronointeriordafissuradediversaslminasdeaooualumnio,cada lmina com espessura calibrada diferente das demais. Figura 5.2: Instrumento calibrador de lmina, Google/Imagens. 14 Figura 5.3: Medio de fissura com calibrador de lmina, Google/Imagens. Comparador de fissuras: Carto plstico transparente assinalado com traos de diversos tamanhos para aferio e comparao direta com a fissura. Figura 5.4: Comparador de fissuras, Google/Imagens. 15 FissurmetroouExtensmetro:Instrumentocapazdemedircomorgua graduada atravs de dispositivo de abertura e/ou encolhimento. Figura 5.5: Fissurmetro, OZ. Haindainstrumentosemaperfeioamentocomoomtododo processamentodigital,segundoMartinseJnior(2011)pormeiodefotografia realizadonodomnioespacialdaimagem,atuandodiretamentenospixelsda imagem.,nesteprocessamentodeimagensrealizadaaleituradeaberturade fissura,sendoquea vantagem obter todas as nuances e variaes de abertura da fissura. 5.3.2 Objetivo do tratamento Deve-se definir na etapa de planejamento qual o objetivo do tratamento, este podendoserparaareconstituiodomonolitismodaestrutura,oucomfunode juntanatural,nestecasoaestruturacontinuarinstvelearegiodeencontroda fissura estar em movimento. 16 5.3.3 Agentes corrosivos Paradefiniodoprodutodeinjeo,deve-seprocedercomaidentificao domeioondeserrealizadooreparo.Emambientesagressivos,porexemplo, canalizaesdeesgoto,as resinas epoxdicas so mais recomendadas, pela melhor capacidade de suporte a ataques qumicos. 17 6.TIPOS DE TRATAMENTO COM USO DE INJEO 6.1Principais Produtos de Injeo Hnomercado,atualmente,quatrotiposprincipaisdeprodutosvisandoo tratamento de estruturas de concreto atravs da injeo destes. A tabela 6.1 relaciona otipodeprodutocomasituaodoambientedeaplicaoeseuobjetivono tratamento de estruturas de concreto: Tabela 6.1: Resinas versus aplicao, MC BAUCHEMIE. Cada tipo de produto ser caracterizado nos prximos itens. 6.1.1Resina de Poliuretano Asresinasdepoliuretanosodivididasemrgidaeflexvel.Aresinargida tem funo estrutural, ou seja, recompe a monoliticidade da estrutura, enquanto que a resina flexvel aplicada para que a fissura trabalhe com funo de junta. A escolha do produto, como j dito anteriormente, depende da grandeza da fissura e ainda se no ambiente de aplicao h presena de gua. A empresa MC-BAUCHEMIE tm 03 linhas principais de produtos a base de resina de poliuretano, conforme tabela 6.2, abaixo: 18 Tabela 6.2: Resinas de poliuretano, MC BAUCHEMIE. Conforme Takagi e Jnior (IBRACON, 2014), a injeo com uso de resina a basedepoliuretanofacilitadapelabaixaviscosidadedoproduto(tabela6.2), apresentandoboapenetrao,comindicaoparafissurascomaberturamaiorque 0,1mm. E ainda, segundo Takagi e Jnior (IBRACON, 2014), em casos que tenham fluxo de gua ou gua sobre presso hidrosttica deve ser utilizado primeiramente a resina de poliuretano hidrorreativa expansiva (MC-Injekt 2033) para estancar o fluxo degua(estaespumatemreaoem30a60segundosemcontatocomaguae possuicapacidadeparaexpandirde10a40vezesdovolumeoriginal),eapseste processopoderseraplicadoresinadepoliuretanoparaselamentooupara recuperar a monoliticidade da estrutura (conforme pode ser visualizado na tabela 6.1, em presena ou ausncia de umidade). 6.1.2Resina de Epxi Segundo Takagi e Jnior (IBRACON, 2014), a resina a base epxi bastante resistente a esforos de compresso e trao, com resistncia da ordem de 60 a 100 MPaede30a50MPa,respectivamente,sendoindicadopararecuperara monoliticidadedeelementoestrutural.Suabaixaviscosidadetambmuma qualidade que torna o produto eficiente na percolao pelo interior da fissura. 19 Paraautilizaodesteprodutohumaressalvaquandoumidadedo elementoemrecuperao,poisapresenadeguareduzconsideravelmentea resistncia do produto, ressalta Takagi e Jnior (IBRACON, 2014), Apresenadegua/umidadepodecausar oaparecimentodebolhasnamatrizdoproduto. Estasbolhasdiminuemconsideravelmenteasua resistnciabemcomoprejudicammuitoa aderncia,(...).Teoresdeumidademaioresque 15%podemreduziremat90%asresistncias destas resinas. A empresa MC-BAUCHEMIE tm 02 linhas de produtos a base de resina de epxi, conforme tabela 6.3, abaixo: Tabela 6.3: Resinas de epxi, MC BAUCHEMIE. O processo de injeo desta resina o mesmo que utilizado para injeo de resinas a base de poliuretano, que ser exposto mais a frente. 6.1.3Microcimento Esteprodutodeinjeoapresentaresistnciassimilaresaosconcretos 20 convencionais utilizado na construo civil, com cerca de 40 a 50 MPa de resistncia compreensoede5 a 7 MPa de resistncia trao, com objetivo de recuperar a monoliticidade da estrutura em tratamento. AempresaMC-BAUCHEMIEtm02linhasdeprodutodemicrocimento, conforme tabela 6.4, abaixo: Tabela 6.4: Microcimento, MC BAUCHEMIE. Segundo Takagi e Jnior (IBRACON, 2014), o microcimento indicado para fissurasdeaberturasmaioresque0,2mm,podendoserutilizadoemfissurassecas oumidas.Naaplicaodomicrocimentodevemserutilizadosbicosinjetores plsticos e bomba especfica, conforme tabela 6.5 abaixo: Tabela 6.5: Equipamentos para aplicao do microcimento, MC BAUCHEMIE. 21 6.1.4Gel Acrlico Esteprodutotemfunoimpermeabilizanteeselante,ouseja,aplicado paraaformaodeumamembranaimpermeveleparapreenchimentodefissuras ativas.Ogelacrlicoapresentabaixaviscosidade,sendoindicadoparaotratamento de fissuras a partir de 0,1 mm. AempresaMC-BAUCHEMIEtem01linhadeprodutodegelacrlico, conforme apresentado na tabela 6.6, abaixo: Tabela 6.6: Gel Acrlico, MC BAUCHEMIE. Aaplicaodogelacrlico,segundoaMCBAUCHEMIE,realizadacombomba bicomponente. 6.2Perfurao e Bicos de Injeo de Resina de Poliuretano Naprimeiraetapafeitaumalimpezanolocaldafissuraedosfurospara evitaragentesdecontaminao.Aperfuraodaestruturadeconcretorealizada pormeiodebrocadegrandecomprimento,comdimetrocompatvelaobicoinjetor utilizado.ConformeTakagieJnior(IBRACON,2014),soutilizadosbasicamente dois modelos de bico injetores, os perfurao e os de adeso, podendo ser metlicos ouplsticos(recomendadosparainjeodemicrocimento).Osbicosmetlicos suportammaiorespressesdeinjeo,at200bar(20MPa),podendoserde perfurao ou adeso, quanto aos bicos de plsticos, so utilizados os de perfurao que suportam presses de injeo de at 30 bar (3 MPa). 22 Quandoforutilizadaaformacruzada,ouseja,combicosinjetoresde perfurao,figuras6.1e6.2,(em45grauscomrelaosuperfciedaestrutura paraqueresinainjetadapenetrepelafissuranocentrodapeatratada),o espaamentodosfurosdeveserdaordemde50%daespessuradoelemento, quandoainjeoocorrerporsomenteumaface,enquantoquenocasodeinjeo pelas duas faces, o espaamento deve ser da ordem de 25%. Noprocessocomusodebicoinjetoresdeadeso,oespaamentoentre furosdeverteramesmaespessuradoelemento,quandoainjeoocorrerem apenas uma face, enquanto que se ocorrer pelas duas faces, a distncia entre furos ser da ordem de 50% da espessura do elemento. Apresenta-se,logoabaixo,figurasetabelaparaexemplificarosbicos injetores de perfurao e de adeso: Tabela 6.7: Bicos Injetores, MC BAUCHEMIE. 23

Figuras 6.1 e 6.2: Perfurao a 45 da superfcie do substrato, MC Bauchemie. Figura 6.3 e 6.4: Posicionamento dos bicos de adeso, MC Bauchemie. EconformeTakagieJnior(IBRACON,2014),paraosbicosinjetoresde adeso deve ser realizado selamento superficial ao longo de toda a fissura, deixando os ltimos 2 a 3 cm sem o selamento superficial para escape do ar aprisionado dentro dafissura.Aps24horasdoselamentodafissuraainjeopoderserrealizada, pois o adesivo j possui resistncia ao arranque. SegundoTakagieJnior(IBRACON,2014),quandohfluxodeguaou gua sob presso, os bicos de perfurao so mais indicados devido ao mecanismo defixaoquefeitoatravsdapressoqueapartedeborrachafazcontraas 24 paredes do furo quando esta comprimida. Quando o bico de perfurao solicitado emaltaspresses(acimade200bar)hummecanismodealvioqueliberaa presso para no causar danos estrutura em recuperao. 6.3Bombas de Injeo de Resina de Poliuretano H dois tipos de bombas no mercado, a Bomba Monocomponente e a Bomba Bicompononente.Aprimeirabombautilizadapararesinasmenosfluidas,poisno seuusoosmateriaisdaresina(ComponenteABaseeComponenteB Catalisador)deverosermisturados(comutilizaodepsmisturadorasembaixa rotaooumanualmentecomqualquerelementonocontaminante)emvasilhame nico,oquecausaperdadefluidez.Jasegundaclassedebombas,as Bicomponentes,permitequearesinainjetadatenhamaiorfluidez,poisosmateriais da resina podero ser misturados j no bico da injeo (aps a colocao destas em vasilhamesdistintosacopladosnabomba),oquemelhoraapenetraodaresina pelaaltafluidez.Atabela6.8,abaixo,apresentaascaractersticasdasbombasdo fornecedor MC BAUCHEMIE: Tabela 6.8: Bomba Monocomponente e Bicomponente, MC BAUCHEMIE. 25 Ainjeopropriamenteditadeveserefetuada, aps a ligao do mangote a maquinadearcomprimido,ecolocaodomaterialmisturado(bomba monocomponente) ou do material para mistura (bomba bicomponente) no reservatrio da bomba. Ajusta-se o manmetro com a presso desejada e conecta-se a pistola do mangote da bomba ao bico injetor. Apsoinciodobombeamentodeveserverificadaembicosinjetores prximosafugadematerial,poisindicaquehouveboapercolaodaresinana estrutura de concreto por meio da fissura. Com a injeo em todos os bicos injetores, oprocessoestfinalizado.Apsotempode1a2minutos,aresinainiciaseu processodeexpansoeendurecimento(polimerizao),cobrindomaiornmero possvel de vazios na fissura. Deveserobservadaaquestodaseguranadoaplicadordurantetodoo procedimento,comutilizaodeequipamentodeproteoindividual.Eapsacura do material, excessos podem ser retirados mecanicamente. 26 7.CASOS DE INJEO DE RESINA DE POLIURETANO 7.1Caso Usina Jirau 1 Serapresentadocasorealdeinjeoderesinadepoliuretanoemobrade concretoarmado.Arecuperaoocorreunalajedegaleriamecnicadacasade foran 3damargemdireitaUsinaHidreltricadeJirau a cerca de 100 quilmetros de Porto Velho - Rondnia.. Logoabaixoserexpostoopassoapassoatravsdefotosdoprocesso de execuo, pela empresa G-Maia: Figura 7.1: Local a ser recuperado, G-Maia. 27 Figura 7.2 e 7.3: Identificao das fissuras, G-Maia. Figura 7.4: Perfurao inclinada com broca longa, G-Maia. 28 Figura 7.5: Perfurao inclinada com broca longa, G-Maia. Figura 7.6: Colocao dos bicos injetores nas laterais e ao longo da fissura, G-Maia. 29 Figura 7.7: Colocao dos bicos injetores nas laterais e ao longo da fissura, G-Maia. Figura 7.8: Aplicao da resina, G-Maia. 30 Figura 7.9: Injeo de Resina com ressurgimento na fissura, G-Maia. Figura 7.10: Aspecto aps aplicao da resina, G-Maia. 31 Figura 7.11: Retirada dos bicos injetores por corte, G-Maia. Figura 7.12: Aspecto aps execuo do servio, G-Maia. 32 7.2Caso Usina Jirau 2 Serapresentadoosegundocasodeinjeoderesinadepoliuretanoem obradeconcreto armado. A recuperao ocorreu em parede da galeria mecnica da casadeforadamargemesquerdaUsinaHidreltricadeJirauacercade100 quilmetros de Porto Velho - Rondnia. Execuo pela empresa G-Maia. Figura 7.13: Aspecto da estrutura com fluxo constante de gua, G-Maia. 33 Figura 7.14: Injeo espuma de poliuretano para vedao da fissura, G-Maia. Figura 7.15: Injeo espuma de poliuretano para vedao da fissura, G-Maia. 34 Figura 7.16: Aspecto aps aplicao e limpeza. 35 8.CONCLUSO Oconcretoomaterialconstrutivomaisutilizadonomundo,comuma diversidadegigantescadeutilizaes,issoimplicaemgrandescustosdeproduo, transporte,armazenamentoeexecuoemobrasestruturaisderesponsabilidade como a construo de edifcios, pontes, reservatrios e demais obras. Emproporcionalidadeaoconsumocrescentedeconcreto,hogrande aparecimentodemanifestaespatolgicas,causadasporimpercia,imprudnciae falta de planejamento dos envolvidos no setor construtivo. Embuscadadurabilidadedasestruturasdeconcreto,apresenta-sea soluotecnolgicadainjeoderesinadepoliuretano,destinadaarealizaro selamentoourecomposiodamonoliticidade,deformanodestrutiva,com qualidade, desempenho e rapidez. Porm a avaliao das anomalias (causas e efeitos) deve ser realizada, para que a soluo tecnolgica no seja utilizada de forma provisria, mas sim permanente em conjunto com a manuteno da mesma. Deve-seprestaatenoquantoqualidadedosprodutosutilizados,e especializaodamodeobra,paraqueaeficinciadasoluosejasatisfatria atendendo a necessidade da estrutura tratada. 36 9.BIBLIOGRAFIA HELENE,P.Manualparareparo,reforoeproteodeestruturasdeconcreto.2 ed. So Paulo: Editora Pini, 1992. MARCELLI,M.Sinistrosnaconstruocivil:causasesoluesparadanose prejuzos em obras. 1 ed. So Paulo: Editora Pini, 2007. THOMAZ,E.Trincasemedifcios:causas,prevenoerecuperao.1ed.So Paulo. Editora Pini, 1989. 37 10.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS AECweb.Patologiasdoconcreto.Disponvelem: Acessoem:28 mar. 2014. ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR15.575:Edificaes Habitacionais Desempenho. Rio de Janeiro, 2013. ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR6118:Projetode estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003. CANOVAS, M. F. Patologia e terapia do concreto armado. 1 ed. So Paulo. Editora Falco Bauer. 1988. CONSTRUTORAG-MAIAFotoseNotcias.Disponvelem Acesso em 25 fev. 2014. DIRECIONAL CONDOMNIOS. Impermeabilizao nos condomnios, qual a melhor soluo? Engenheiros abordam tcnicas diversas, erros comuns e perodo ideal para os trabalhos. Disponvel em: Acesso em 27 mar. 2014. IBRACON. Concreto: material mais consumido no mundo. Disponvel em Acesso em 20 mai. 2014. 38 IBRACON. Recuperao Estrutural: diagnsticos e terapias para prolongar a vida til das obras. Disponvel em Acesso em 20 mai. 2014. JUNIOR,W. A. Utilizao de sistemas de injeo para a recomposio estrutural e tratamento de infiltraes das estruturas de concreto de usinas hidreltricas. 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