Recursos Hídricos 03

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TERRA - PLANETA GUA A camada lquida que recobre o planeta chamada de hidrosfera, e compreende toda forma lquida do planeta, ou seja, oceano, mares, rios, lagos, geleiras e a gua subterrnea.

A gua no planeta est em constante circulao, apresentando-se em trs estados fsicos: slido (geleiras), lquido (oceanos, mares, rios, lagos) e gasoso (nuvens e transpirao). Essa circulao contnua chamada de ciclo hidrolgico e essencial para a vida no planeta. As guas superficiais passam para a atmosfera atravs de um processo denominado evapotranspirao e devido as baixas temperaturas nas pores superiores da atmosfera, estas condensam-se e precipitam sobre a superfcie da Terra, na forma de chuva, neve ou granizo. No entanto, nem toda gua precipitada volta para a atmosfera novamente, pois escoam como rios, lagos sobre os continentes ou penetram no solo formando os chamados lenis freticos ou aqferos.

Apenas 0,6% da gua superficial do planeta podem ser considerada um recurso hdrico aproveitvel pelo homem, sendo que estes recursos esto concentrados em algumas regies da Terra, enquanto outras reas sofrem com a escassez deste recurso to importante para a vida. As regies mais secas ocupam cerca de 40% da superfcie dos continentes. Em compensao 60% do restante, esto concentrados principalmente em apenas nove pases no mundo (Brasil, Rssia, Noruega, Canad, China, Indonsia, EUA, Colmbia e Peru), sendo que o clima fundamental para explicar essas distores.

De acordo com dados do International Hydrological Programme da UNESCO sobre recursos hdricos, o volume total de gua no planeta calculado em torno de 1,4 bilhes km. Porm, 97,5% dessa gua salgada, e est basicamente nos mares e oceanos. A gua doce, que s representa 2,5% do total, est em sua maior parte nas calotas polares, estando apenas 0,3% desta disponvel e de fcil acesso em lagos, rios e lenis subterrneos pouco profundos. O restante dos 0,3% encontram-se em aqferos mais profundos.

O equilbrio entre a disponibilidade e o consumo de gua no planeta uma grande preocupao da humanidade, uma vez que a disponibilidade tem diminudo rapidamente e o consumo aumentado indiscriminadamente. O maior fator que tem levado a diminuio da gua no planeta justamente a ao humana, que vem destruindo as nascentes com desmatamentos, a poluio dos rios e lenis freticos com esgotos, agrotxicos, dejetos industriais, assoreamento, bem como, o desperdcio indiscriminado. Todo esse panorama tem levado as autoridades a se preocuparem no sentido de que a escassez de gua se tornou uma sria ameaa ao planeta, tornando o futuro do abastecimento para as novas geraes uma incgnita. Vamos assim estudar sobre as guas que recobrem o planeta, a hidrosfera, comeando pelas guas ocenicas. A rea da Terra de cerca de 510.100.000 km, sendo a maior parte coberta por gua, totalizando cerca de 360.650.000 km, distribudos entre oceanos e mares. Embora nenhum continente separe totalmente a enorme massa lquida existente no planeta, a disposio das terras emersas nos leva a reconhecer quatro oceanos Pacfico, Atlntico, ndico e Glacial rtico. Entretanto, alguns gegrafos consideram um quinto oceano que no atende aquele requisito da disposio das terras continentais, que o Oceano Glacial Antrtico.

A maior parte da superfcie ocenica est concentrada no hemisfrio sul, razo pelo qual esta parte do globo terrestre tambm conhecida como hemisfrio das guas, sendo assim o hemisfrio norte tambm chamado de hemisfrio das terras. Podemos, portanto definir oceano como uma grande poro de massa lquida e salgada, que banha um ou mais continentes. Ao contrrio dos oceanos que ocupam vastas reas da superfcie terrestre, os mares so pequenas pores de massas lquidas e salgadas em contato e prximas aos continentes, deles sofrendo ou exercendo influncia, no deixando de fazer parte dos oceanos. Com relao aos oceanos, podemos afirmar o seguinte: Oceano Pacfico o mais extenso dos oceanos estendendo-se por todos os hemisfrios da Terra. Banha toda a costa oeste da Amrica, a costa leste da sia e Oceania e a costa norte da Antrtida; Oceano Atlntico o mais importante economicamente, pois possui as maiores rotas martimas comerciais do mundo, ligando as maiores do economias do planeta. Se estende do hemisfrio norte ao hemisfrio sul, banhando toda a costa leste da Amrica, costas oeste da Europa e da frica e a costa norte da Antrtida; Oceano ndico o menor oceano do planeta, apresenta as guas mais aquecidas e banha a costa leste da frica, costa sul da sia, costa oeste da Oceania e a costa norte da Antrtida; Oceano Glacial rtico localizado totalmente no hemisfrio norte da Terra, o de menor importncia pois apresenta-se congelado grande parte do ano. Banha as costas norte da Amrica, Europa e sia, se estendendo por todo o plo norte do planeta. As guas dos oceanos so responsveis pelo equilbrio climtico do planeta, pois absorvem o calor do Sol e o liberam devagar para a atmosfera. Nas regies equatoriais, so mais intensas enquanto nos plos mais fracas, sendo que na regio do Equador as temperaturas dos oceanos so mais altas que nas regies longe dele. Tambm em relao a superfcie dos oceanos existem diferenas, sendo que superficialmente vamos encontrar guas mais aquecidas que nas reas mais profundas. Quando estas guas profundas e frias deslocam-se para a superfcie, surge o fenmeno denominado ressurgncia, que pode ser causado pela ao dos ventos que empurram as guas quentes ou por redemoinhos. Tambm em relao a salinidade, vamos encontrar grandes diferenas nos oceanos, no sentido de que quanto mais prximo ao Equador, maior concentrao de sal nas guas do oceano, devido a grande evaporao nesta regies. J em relao aos mares, temos diversos na Terra, onde podemos destacar alguns dos seguintes: Mar do Caribe, Mar del Plata, na Amrica; Mar Mediterrneo, Mar do Norte, Mar Negro, Mar Bltico, Mar Cspio, na Europa; Mar Arbico, Mar da China, Mar do Japo, Mar de Bering, Mar de Aral, Mar Morto, na sia;

Mar Vermelho na frica; Mar dos Corais na Oceania. Podemos dividir os mares em trs tipos que podem ser classificados em mares fechados ou continentais que se localizam dentro dos continentes e no possuem sada para nenhum oceano, os mares interiores que so aqueles que ficam presos entre os continentes e se comunicam com os oceanos atravs de uma pequena passagem, chamados de estreitos ou canal e os mares abertos que apresentam-se em contato com o continente e com o oceano de forma bastante larga. So exemplos de mares continentais: o Mar Cspio, Mar de Aral, Mar Morto entre outros menores. So exemplos de mares interiores o Mar Mediterrneo, o Mar Negro, o Mar Bltico, o Mar Vermelho e de mares abertos o Mar do Caribe (ou Antilhas), Mar Arbico, Mar da China, entre outros.

GUAS CORRENTES SUPERFICIAIS As guas superficiais compreendem os rios, lagos e geleiras, sendo, portanto, aquelas que no se infiltram no solo, geralmente escoando pela superfcie em carter permanente, intermitente ou espordico. Podemos definir rios como uma corrente de gua permanente, que leva os excessos das guas continentais superficiais at os oceanos, mares e lagos. Os rios se diferenciam pelo tamanho, tipo de relevo, regime hidrolgico e sua fonte de alimentao.

Em relao ao tamanho e volume de gua os rios podem ser chamados de riachos, crregos, ribeires, arroio se forem de curso, extenso ou volume pequenos ou simplesmente rios, quando apresentarem curso, extenso e volume maior. Com relao ao tipo de relevo, os rios podem ser: rios de planalto, rios de plancie ou rios mistos. Rios de planalto so aqueles que possuem acentuada declividade, apresentando-se encachoeirados, com corredeiras e curso acidentado, ideais para a produo de energia eltrica. J os rios de plancie so aqueles que possuem baixa declividade, curso com muitos meandros (curvas), guas calmas timo para a navegao. Os rios mistos so aqueles que apresentam os dois tipos, sendo no curso superior (prximo a nascente) rio de planalto e no seu curso mdio ou inferior (prximo a foz, geralmente no nvel do mar) apresenta-se como rio de plancie.

Rio de Plancie Rio Misto

Rio de Planalto

O destino final das guas fluviais geralmente so as guas dos oceanos e mares, com exceo dos rios que desembocam em lagos interiores, isto , regies mais baixas da superfcie terrestre. Quanto ao regime hidrolgico, o volume das guas de um rio no o mesmo em todo o seu curso e durante todo o ano. Quando o volume diminui muito ou mesmo chega a secar, esse perodo chamado de estiagem ou vazante e quando ocorre o contrrio, atingindo seu volume mximo, esse perodo denominado de cheias. Essas situaes geralmente se repetem anualmente, sendo que o ritmo da estiagem e das cheias dos rios denominado de regime fluvial, dependendo do clima da regio onde o rio est localizado. Os principais regimes fluviais so: Equatorial com chuvas abundantes e pouca variao no volume das guas; Tropical com uma estao chuvosa (perodo das cheias) e outra seca (perodo de estiagem) bem definidas; Nival ou Alpino quando as cheias so provocadas pelo derretimento das neves, geralmente ocorrendo na primavera e Polar quando os rios permanecem congelados a maior parte do ano (de quatro a seis meses no ano). Outro fator que ir influenciar o regime fluvial de um rio a fonte de sua alimentao, que pode ser: Pluvial quando so alimentados pelas guas das chuvas que se formam provenientes de nascentes que brotam de um lenol subterrneo; Nival so formados e alimentados pelo derretimento das geleiras e da neve, sendo caractersticos de regies frias ou prximas as cordilheiras. Pluvio-nival que so os rios alimentados tanto pelas guas das chuvas como pelo derretimento das geleiras e neves, como o caso do Rio Amazonas. Como j afirmamos, todas as guas fluviais correm para os oceanos ou mares (exceto as que desembocam em lagos ou mares fechados), locais denominados foz, que conforme o tipo do terreno, profundidade, volume de gua caracterizam-se em: Esturio que tem uma desembocadura larga e profunda, lanando suas guas sem obstculos, por exemplo o rio Amazonas; Barras onde devido ao acmulo de sedimentos trazidos pelas guas em regies pouco profundas, forma-se um obstculo para a sada do rio; Delta quando as quantidades de sedimentos formam pequenas ilhas na foz que dividem o curso em diversos canais, geralmente em forma triangular, como a do Rio Nilo no Egito.

Foz em Esturio Foz em Delta Os rios esto organizados hierarquicamente formando uma rede hidrogrfica o rio principal, afluentes e subafluentes, sendo esta regio conhecida como bacia hidrogrfica.

As partes mais elevadas do relevo de uma bacia (planaltos ou montanhas) que separam os rios da rede hidrogrfica delimitando suas respectivas reas so os divisores de gua ou interflvios. As laterais de um rio so as margens ou vrzeas, reas que costumam sofrer inundaes. Vertente a parte do vale que se estende desde as margens at os interflvios, talveque o ponto mais fundo de um rio e o leito a calha por onde o rio corre.

Os principais rios no mundo so: Na frica vamos encontrar o Rio Nilo que apesar de atravessar a regio desrtica do Saara, nunca seca em razo de sua nascente encontrar-se no centro do continente, regio de clima equatorial com chuvas abundantes o ano todo. Temos tambm o Rio Congo sendo um rio de planalto o que lhe confere um gigantesco potencial hidreltrico, no entanto pouco aproveitado. Temos ainda os rios Niger, Zambeze, Limpopo e Rio Orange.

Na Europa temos os rios Reno, Ruhr e Elba na Alemanha, rios Sena Loire e Rdano na Frana, rios Douro e Tejo em Portugal, rios P e Tibre na Itlia, Rio Danbio que nasce nos Alpes , regio central do continente e atravessa diversos pases desaguando no Mar Negro e o Rio Volga, o mais extenso da Europa, que apesar de congelado boa parte do ano, desemboca no Mar Cspio. Em sua maioria, os rios europeus so de plancie e bastante navegveis.

Na sia temos o rio Jordo em Israel, os rios Tigre e Eufrates que nascem na Turquia, atravessam a Sria e o Iraque desaguando no Golfo Prsico, importantes devido a aridez da regio do Oriente Mdio. Temos tambm os rios Huang-Ho (rio Amarelo) e Yang-Ts-Kiang (rio Azul) na China, os rios Indo e Ganges na ndia e o Rio Mekong no Vietn, todos importantes para as culturas de suas regies.

Na Amrica, temos os rios So Loureno e Mackenzie no Canad, os rios Hudson, Mississipi, Missouri, Colorado nos EUA, o rio Grande no Mxico, os rios Amazonas, So Francisco, Araguaia, Tocantins, Paran, Grande, Uruguai, Paraguai principalmente no Brasil, o rio Orinoco na Venezuela e o rio da Prata na Argentina.

Finalizando, na Oceania temos os rios Murray e Darling na Austrlia e o rio Clutha na Nova Zelndia.

Um lago uma depresso natural na superfcie da Terra que contm permanentemente uma quantidade varivel de gua. Essa gua pode ser proveniente da chuva, duma nascente local, ou de curso de gua, como rios e glaciares geleiras que desaguem nessa depresso. A quantidade de gua que um lago contm depende do clima regional. As dimenses dos lagos so muito variveis, desde alguns metros at vrias centenas de quilometros, como so os Grandes Lagos da Amrica do Norte ou os Grandes lagos Africanos. A sua profundidade tambm varia desde alguns centmetros at vrias centenas de metros - o Lago Baikal, na Sibria, o mais profundo do mundo, com 1680 metros. Os lagos so classificveis em funo da sua origem. Alguns tipos so: Lagos tectnicos - guas acumuladas nas deformaes da crosta terrestre; Lagos de origem vulcnica - guas que ocupam antigas crateras de vulces extintos; Lagos residuais - que correspondem a antigos mares (gua salgada); Lagos de depresso - guas acumuladas em depresses do relevo; Lagos de origem mista - resultante da combinao de diversos fatores capazes de represar certa quantidade de gua.

lago vulcnico (Oceania) lago de depresso (EUA) lago tectnico (frica) Quanto s geleiras podemos defini-las como grande massa de gelo que ocorre nas regies em que a queda de neve supera o degelo. Pode deslocar-se pelos vales (geleira de vale, de montanha ou de tipo alpino) ou ainda espalhar-se em forma de concha ou bacia (geleira de piemonte). Podem ser classificadas em:

As Geleiras Continentais so grandes e espessas camadas de gelo que cobrem vastas reas de terra prximas s regies polares. As geleiras continentais da Groenlndia e da Antrtica, por exemplo, encobrem montanhas e planalt os.

As Geleiras de Vale tambm chamadas de glaciares, so massas de gelo compridas e estreitas que cobrem os vales das altas montanhas. Nos Andes setentrionais, na Amrica do Sul, as geleiras de vale ocorrem em altitudes de 4.500 m ou mais.

As geleiras comeam a formar-se quando a quantidade de neve cada no inverno maior do que a quantidade que derreteu no vero. O excesso de neve deposita-se gradativamente em camadas. Seu aumento de peso faz com que os cristais de neve sob a superfcie se tornem bolas compactas. Em profundidades superiores a 15 m, as bolas so ainda mais comprimidas em densos cristais de gelo. O gelo, por fim, torna-se to espesso que comea a se deslocar sob a presso de seu enorme peso. Em reas distantes dos plos, o tamanho das geleiras diminui no vero porque as temperaturas que se elevam fazem que as partes mais baixas entrem em processo de fuso. Nas regies polares, as geleiras diminuem quando atingem o mar e imensos pedaos de gelo se desprendem. Essas massas compactas caem na gua e tornam-se icebergs. Muitas das mais famosas geleiras esto situadas na Europa. As mais conhecidas so as dos Alpes franceses e suos. A geleira Jostedal, na Noruega, a maior do continente europeu. Cobre cerca de 780 km2. No sul do Chile e da Argentina, na regio da Patagnia, existem grandes geleiras, como o Glaciar Perito Moreno e o Glaciar Uppsala. Grandes geleiras tambm cobrem regies do noroeste da Amrica do Norte. A maior e mais famosa a Malaspina, de cerca de 2.180 km2, na Baa de Yakutat, no Alasca. BACIAS HIDROGRFICAS BRASILEIRAS O Brasil possui uma das mais amplas, diversificadas e extensas redes fluviais de todo o mundo. Contamos com uma das maiores reservas mundial de gua doce e temos o terceiro maior potencial hdrico do planeta. A maior parte dos rios brasileiros de planalto, apresentando-se encachoeirados e permitindo assim o aproveitamento hidreltrico. As bacias hidrogrficas Amaznica e do Paraguai, ocupam grandes extenses de plancie e por no possurem cachoeiras e corredeiras, so considerados rios de plancie, bom para a navegao. Nossos rios apresentam em sua maioria, regime de alimentao pluvial, ou seja, so alimentados pelas guas das chuvas. Portanto bacia hidrogrfica uma rea constituda por um conjunto de terras banhadas por um rio principal e todos os seus afluentes e sub-afluentes. Ao conjunto desses rios d-se o nome de rede hidrogrfica. Pas mido, com muitos rios, o Brasil possui nove bacias hidrogrficas que so: 1. Bacia Amaznica 2. Bacia do TocantinsAraguaia 3. Bacia do Paran 4. Bacia do Paraguai 5. Bacia do Uruguai 6. Bacia do So Francisco 7. Bacia do Nordeste 8. Bacia do Leste 9. Bacia do SudesteSul

BACIA AMAZNICA

A Bacia Amaznica a maior bacia fluvial do mundo, ocupando mais da metade do territrio brasileiro e estende-se ainda pela Colmbia, Bolvia, Peru, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. O rio principal que forma a Bacia Amaznica o rio Amazonas e compreende os seus afluentes na margem esquerda os rios Ia, Japur, Negro e Trombetas e na margem direita os rios Juru, Purus, Madeira, Tapajs e Xingu. O rio Amazonas possui 6.868 km, dos quais 3.165 km situam-se em territrio brasileiro. Nasce na Cordilheira dos Andes no Peru, onde recebe o nome de Vilcanota, passando a Ucaiali e Maranon e quando entra no Brasil passa a ser chamar Solimes, nome que mantm at a foz do seu afluente rio Negro, prximo a Manaus, quando finalmente passa a se chamar rio Amazonas. um rio tipicamente de plancie, sendo bastante aproveitado para a navegao, sendo o nico rio brasileiro que apresenta regime fluvial equatorial e fonte de alimentao pluvio-nival. Dentre os diversos rios do mundo, o rio Amazonas o que possui maior dbito, ou seja, o que descarrega o maior volume de gua em sua foz. BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA a maior bacia hidrogrfica inteiramente brasileira. Alm de apresentar-se navegvel em muitos trechos, a terceira do pas em potencial hidreltrico, encontrando-se nela a Usina Hidreltrica de Tucuru. A bacia do Tocantins-Araguaia formada pelos rios Tocantins e Araguaia. O rio Tocantins, principal rio dessa bacia, nasce no norte de Gois e desgua junto foz do Rio Amazonas. Em seu percurso, recebe o rio Araguaia (tem sua nascente no Estado do Mato Grosso) que se divide em dois braos, formando a Ilha do Bananal, situada no estado do Tocantins e considerada a maior ilha fluvial do mundo.

BACIA DO PARAN

Abrange mais de 10% do territrio nacional. Possui o maior potencial hidreltrico instalado no Brasil, merecendo destaque a Usina Hidreltrica de Itaipu (maior do mundo) entre outras. formada principalmente pelo rio Paran, Tiet, Paranaba, Rio Grande e Paranapanema. A Bacia do Paran essencialmente planltica apresentando muitas cachoeiras, mas navegvel em alguns trechos graas ao sistema de eclusas. Esta bacia atravessa trs regies, banhando terras de Gois, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, So Paulo, Paran e Santa Catarina e faz limite natural com a Argentina e o Paraguai.

BACIA DO PARAGUAI

Corresponde um nico grande rio, o rio Paraguai. tipicamente um rio de plancie, bastante navegvel, destacando-se pelo seu aproveitamento como hidrovia interligado a outras bacias, especialmente a Bacia do Paran atravs do Rio Pardo e Coxim. A navegao nesta bacia internacional, pois o rio Paraguai banha terras do Brasil, Paraguai e Argentina.

BACIA DO URUGUAI

O rio Uruguai e sua bacia ocupam apenas 2% do territrio brasileiro, estendendo pelos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Formado pelos rios Canoas e Pelotas, o rio Uruguai serve de limite entre o Brasil, Argentina e Uruguai. A bacia do Uruguai tem um trecho planltico e outro de plancie. Com potencial hidreltrico limitado e pouco aproveitado, usada para a navegao em alguns trechos, desembocando no esturio da Prata.

BACIA DO SO FRANCISCO Formada pelo rio So Francisco e seus afluentes, essa bacia uma das mais important es do pas, estando inteirame nte localizada em terras brasileira s, ocupando cerca de 7,5% do territrio nacional. O rio So Francisco um rio de planalto que nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, atravessa os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, desaguando no Oceano Atlntico. Corre no sentido geral sul-norte, interligando as duas regies de mais antigo povoamento do Brasil: o Nordeste e o Sudeste. por isso denominado rio da integrao nacional. Possui acentuados declives em seu leito com grande potencial energtico e produo hidreltrica que abastece a regio Sudeste (Usina Hidreltrica de Trs Marias em Minas Gerais) como o Nordeste (Usinas hidreltricas de Paulo Afonso e Sobradinho na Bahia). Embora seja um rio de planalto e atravessa longo trecho no serto, de clima semi-rido, um rio perene (no seca nunca) e navegvel em um longo trecho de cerca de 2000km entre Pirapora e Juazeiro/Petrolina. Seus principais afluentes so os rios Paracatu, Carinhanha e Grande na margem esquerda, e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande na margem direita. BACIA DO NORDESTE

constituda por rios do serto nordestino, na sua grande maioria temporrios, pois secam em determinadas pocas do ano. Os rios dessa bacia so o Acara e o Jaguaribe no Cear; o rio Piranhas e o Potenji no Rio Grande do Norte; o rio Paraba na Paraba; o Capibaribe, o Una e o Paje em Pernambuco. Alm desses, fazem parte dessa bacia os rios maranhenses Turiau, Pindar, Graja, Itapecuru e Mearim, alm do rio Parnaba que separa o Maranho do Piau. BACIA DO LESTE Constituda por rios que descem do planalto Atlntico em direo ao oceano (direo oeste-leste), merecem destaque os rios Pardos, Jequitinhonha, e Micuri em Minas Gerais e Bahia; o rio Doce em Minas Gerais e Esprito Santo; Paraba do Sul em So Paulo e Rio de Janeiro; e Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguau na Bahia. BACIA DO SUDESTE-SUL constituda tambm por rios que correm na direo oeste-leste, ou seja, que vo das serras e planaltos em direo ao oceano. Destacam os rios Ribeira do Iguape em So Paulo e Paran; Itaja em Santa Catarina; Jacu, Taquari e Camacu no Rio Grande do Sul.