Recursos Tradicionais Complementares

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    EBRAMEC EscolaBrasileira deM edicinaChinesaCIEFATO - CentroInternacional deEstudos deF isioterapia,Acupuntura eTerapiasO rientais

    R. Tobias Barreto, 1243 / 1245 - Belm - (0xx11) 6605-4188 / 6607-5263 - site:www.ciefato.com.br

    Recursos Tradicionais eComplementares

    Prtica da Acupuntura

    Material desenovildo pelo corpo docente da Escola Brasileira de Medicina ChinesaMaterial para uso exclusivo em aulas e cursos da EBRAMEC

    Coordenador Geral- Reginaldo de Carvalho Silva Filho

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    Recursos Complementares Gua ShaMoxabustoVentosaSangriaAgulhas intradrmicas

    Apresentao

    Utilizao de Recursos Complementares

    A prtica da acupuntura por si s uma das mais potentes ferramentas teraputicas que esto sendoempregadas na atualidade, mesmo tendo sido desenvolvida h milhares de anos. No entanto alguns casos respondem melhor a outros recursos teraputicos que podem ser empregados

    isolada ou complementarmente com a acupuntura, recursos estes que tambm so empregados h muitosanos na China.

    Assim temos que alguns destes recursos que complementam a prtica da acupuntura (inserotradicional de agulha filiforme) podem ser desde instrumentos, acessrios empregados desde aantiguidade, alguns com uma utilizao mais estudada e pesquisada outros que recaem sobre uma prticamais popular, emprica, passada de gerao em gerao.

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    gu sh liof Raspagem

    Definio

    Apresentao

    Gua = Raspar ou extrairSha = Areia ou toxinas (elevaes miliares, forma de milho)Sndrome Sha: Patologia causada pela exposio ao Vento, Frio, Calor ou Umidade levando estagnao nos Canais e Colaterais (Jing Luo), manifestando-se como calafrios, febre, distenso e dor pelo corpo, ou vomito e diarria, ou rigidez e entorpecimento das extremidades.Dicionrio Mdico Chins-InglsZhang Xiu Qin e Hao Wan Shane na obra: Holographic Meridian Scraping Therapy apresentam aseguinte definio:O Gua Sha uma modalidade teraputica natural para o tratamento e preveno de doenas atravs daraspagem da superfcie da pele em partes especficas do corpo.O professor e autor Auteroche apresenta o Gua Sha da seguinte forma:A frico (Gua Sha) um meio teraputico seguro e eficaz. Na China, ela usada correntemente pelo

    povo, particularmente no campo. Ela apreciada por sua simplicidade e pela falta de efeitos colaterais.uma forma de acupuntura que no penetra a pele, uma terapia de sangria sem a retirada desangue e uma forma de massagem sem o uso direto das mosZhang Xiu Qin e Hao Wan Shane

    As Trs Geraes 1. Gua Sha como terapia popular2. Gua Sha nos Canais e Colaterais (Jing Luo) 3. Gua Sha nos Hologramas (microssistemas)

    Canais e Colaterais1- Zonas cutneas - Pi Bu2- Colaterais Luo superficiais - Fu LuoColaterais Luo pequenos ou neto - Sun LuoColaterais de Sangue - Xue Luo

    3- Canais Tendino-musculares - Jing Jin4- Colaterais Luo longitudinais - Luo Mai5- Canais Principais - Jing Mai

    6- Colaterais Luo transversais - Luo Mai7- Canais Extraordinrios - Qi Jing Mai8- Ramificaes internas9- Canais Distintos ou Divergentes - Jing Bie10- rgos e Vsceras - Zang Fu

    Pi Bu Zonas cutneas

    So em nmero de doze, esto relacionadas com os Canais Principais (Jing Mai) e esto dispostas na peleem regies que seguem superficialmente seus respectivos Canais, formando uma primeira barreira para ainvaso externa.

    Vale dizer que alguns autores descrevem ainda a Zona Cutnea do Vaso Governador (Du Mai) edo Vaso Concepo (Ren Mai).

    Principais caractersticas da prtica

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    Resolver as condies de Exterior; Ativar o Qi e o Sangue (Xue); Resolver condies de Estase de Sangue (Xue); Promover a Circulao e Melhorar a Micro-circulao;

    Recuperar e Aumentar as funes gerais de regulagem e controle dos Canais e Colaterais; Resolver as Sndromes Sha; Eliminar as toxinas do corpo; Estimular o Metabolismo; Fortalecer as funes Imunolgicas; Prevenir o envelhecimento.

    Aplicao Clnica Tratamento Mediante estmulo das reas diretas ou reflexas dos problemas; Diagnstico Mediante a verificao das reas que respondem mais ou menos rapidamente s

    raspagens; Preveno Mediante estmulos especficos com intensidade menor e em locais bem determinados.

    Etapas para bons resultados1. Escolha dos instrumentos a serem utilizados;2. Explicao ao paciente;3. Selecionar a melhor regio para o tratamento4. Escolha da melhor postura para o paciente;5. Aplicao do meio lubrificante adequado;6. Selecionar a melhor tcnica a ser empregada;7. Gua Sha;8. Recomendao para cuidados.

    Materiais para prticaPara a boa prtica do Gua Sha o praticante deve saber selecionar o material mais adequado para autilizao da tcnica selecionada de acordo com a necessidade de cada paciente e de cada situao.

    O praticante deve saber selecionar o formato mais adequado do instrumento a ser utilizado deacordo com cada caso em especfico.

    Dentre os materiais mais empregados para a prtica do Gua Sha destacam-se: Jade e Chifre(principalmente de bfalo).Instrumentos facilmente encontrados na China, tanto de Jade como de chifre.Diversos instrumentos feitos base de chifre

    Arya Nielsen em uma das poucas obras escritas sobre Gua Sha diretamente em idioma ocidental,apresenta os seguintes materiais como indicao para a prtica clnica.Incluindo um produto mundialmente conhecido como alternativo para o leo teraputico e at

    mesmo para a raspagem.Basicamente, qualquer instrumento, equipamento, pode ser empregado para a prtica do Gua Sha, desdeque possua uma borda ligeiramente arredondada, suave, como uma colher tradicional de porcelana.Alguns recomendam o uso de escovas de dentes (cerdas mdias/duras) para crianas.

    Outros povos, direta ou indiretamente sob a influncia da China, empregam materiais diferentes, principalmente moedas (o que tambm comum na prtica popular chinesa).Para a boa prtica, alm de um instrumento adequado, o praticante tambm necessidade de um leoteraputico de boa qualidade, com a finalidade de auxiliar na raspagem e potencializar os efeitos

    teraputicos.H no mercado desde 2006 uma linha de produtos modernos identificados pelo nome: GuaShaOrthopedic Soft Tissue Tools ou somente GOST1 (menor) e GOST2 (maior), um instrumento de materiasinttico rgido com bordas suavizadas e um apoio (suporte) para as mos do praticante.

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    Mtodos bsicosTcnicas:

    Raspagem com a borda; Raspagem com o canto;

    Presso localizada; Percusso; Amassamento; Raspagem forte em vai-vem; Raspagem para Drenar os Canais e Colaterais (Jing Luo);

    A raspagemVia de regra, recomenda-se que a raspagem feita com a borda do instrumento deva acontecer de modoque apenas 1/3 deste fique em contato com o corpo do paciente, formado um ngulo entre 30 e 60, emmdia 45, ngulo este que tambm normalmente empregado para a raspagem com os cantos doinstrumento.

    Variantes bsicasPara a aplicao clnica alm das tcnicas bsicas a serem empregadas h as variantes de acordo com asituao do paciente, seja em caso de uma Deficincia (que requer Tonificao), seja em um Excesso (querequer uma Disperso), seja apenas a necessidade de um estmulo de Harmonizao.

    Vale dizer que segundo especialistas chineses, os efeitos de tonificao e disperso atravs do GuaSha esto mais relacionados (porm no exclusivamente) com a presso e velocidade da raspagem que emrelao ao sentido desta nos Canais Principais (Jing Mai).Tonificao

    A raspagem deve ser realizada com presso leve e de maneira lenta, objetivando a ativao do Qie do Sangue (Xue), estimulando as funes regulares do corpo.Disperso

    A raspagem deve ser realizada com presso mais forte e com uma maior velocidade nosmovimentos, com objetivo de eliminar, limpar, dispersar possveis agentes patognicos e inibirhiperatividades funcionais.Harmonizao

    A raspagem pode ser realizada de 03 formas:1- Raspagem com presso forte e com velocidade lenta;2- Raspagem com presso suave e com velocidade rpida;3- Raspagem com presso e velocidade moderadas.

    Fatores que potencializam os efeitos Relao entre a Seleo dos pontos de acupuntura e a eficcia do tratamento; Relao entre as manipulaes e os efeitos; Relao entre a seqncia, extenso e efeitos; Alterao das regies e das manipulaes; Relao entre a temperatura do local e os efeitos; Relao entre os cuidados ps tratamento e os efeitos; Relao entre as diferenas individuais e os efeitos; Tratamentos regulares para manter o corpo saudvel.

    Tratamento

    Ao iniciar as raspagens, o praticante deve estar atento todas as reaes do corpo do paciente, principalmente no que diz respeito s alteraes de colorao e o surgimento de pequenas erupescutneas (Sha), o que indica que o tratamento est sendo realizado de maneira adequada.

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    Segundo Arya Nielsen as raspagens devem ser mantidas at o momento em que, mesmo aplicandomais raspagens, a pele no apresente novas alteraes na colorao, ou seja o Sha j foi obtido.

    Sentido das raspagensVia de regra a recomendao que o praticante aplica o Gua Sha no sentido crnio-caudal (de cima para

    baixo) e de proximal para distal.H algumas reas onde tcnicas especficas, como caso da raspagem na regio do VG20 (Baihui),onde a raspagem surte grandes efeitos ao ser feita do centro para a periferia em todas direes, o mesmoque ocorre na regio sacral, ou ainda condies especiais como ptoses, onde o sentido sempreascendente na regio afetada.

    combinaesAlguns praticantes recomendam que aps a aplicao do Gua Sha e a identificao das reas com maiorEstagnao de Sangue (Xue), deve-se aplicar estmulos rpidos e repetidos com agulha trifacetada ouainda atravs das agulhas cutneas (populares martelos de agulhas), objetivando a sangria.

    Para potencializar ainda mais a eliminao da Estagnao de Sangue (Xue), recomenda-se aaplicao de copos de ventosa por sobre a rea da sangria.

    DiagnsticoUma forma simples de avaliar as condies internas do paciente atravs da raspagem bilateral da regio paravertebral ao longo do trajeto do Canal da Bexiga (Pang Guang), na busca de possveis alteraes nos pontos Shu das Costas (Bei Shu), que possuem relao direta com os rgos e Vsceras (Zang Fu).

    Avaliao (anterior aplicao)Outra opo para avaliao da condio do paciente, descrita no ocidente como uma forma de buscar peloSha, sem a necessidade da raspagem prvia atravs de uma ampla palpao com a ponta dos cincodedos de uma das mos para avaliar o tempo de retorno da colorao normal da pele, visto que aps a presso normal que a regio fique mais clara.

    Caso a regio pressionada demore para retomar a cor normal, um importante indcio danecessidade de se aplicar o Gua Sha, visto que a circulao de Qi e ou de Sangue (Xue) encontra-sedebilidade na regio.

    PrevenoA aplicao preventiva do Gua Sha tem por base o estmulo do corpo visando a ativao do fluxo de Qi eSangue (Xue), liberao de possveis bloqueios iniciais nos Canais e Colaterais (Jing Luo) e orelaxamento da musculatura.

    Para esta prtica a presso relativamente menor e no h necessidade da utilizao de

    lubrificantes, podendo at mesmo ser aplicada por sobre a roupa, cerca de 10 repeties por rea, at queo paciente relate uma sensao de aquecimento agradvel, sem gerar dores ou leses cutneas.

    Pontos de ateno pr, peri e ps tratamento: Evitar Vento; Manter-se aquecido durante o tratamento; Ingerir lquido aquecido aps o tratamento; Tomar banho aps o tratamento; Evitar feridas e acne; Tratamento em patologias dermatolgicas; Tratamento em portadores de Diabetes Mellitus;

    Tratamento em portadores de Veias Varicosas; Preveno de tonturas; Surgimento de sangramento cutneo no deve ser enfatizado em excesso; Aplicao de tratamento adequado em casos crticos.

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    Cao GioRaspagem vietnamitaH uma modalidade teraputica tradicionalmente empregada no Vietn que faz uso de raspagens emregies especficas do corpo, de forma similar ao que acontece na prtica do Gua Sha.

    No entanto, no Vietn comum a utilizao exclusiva de moedas para a execuo das raspagensou instrumentos adaptados com moedas.Segundo um artigo do JAMA(The Journal of the American Medical Association) uma das maisrespeitadas revistas cientficas do mundoCao Gio definido como:

    Terapia dermo-abarasiva utilizada para aliviar sintomas de diversas doenas, normalmenteutilizado por grupos tnicos do Sudeste da sia. Esta prtica visa a liberao de excesso de Vento eenergia considerada responsvel pela doena.

    A pele primeiramente lubrificada com leos e em seguida raspada firmemente com a borda deuma moeda para produzir equimoses no peito e nas costas.

    Este procedimento normalmente gera erupes cutneas na forma de um pinheiro com duas linhasverticais longas ao longo da coluna e marcas em ambos os lados paralelas s costelas.A prtica com moedas tradicional no Vietn, porm tambm pode ser (e muito comumente)empregada no Gua Sha regular da China.

    Via de regra, recomenda-se a utilizao de moedas mais antigas, cujas bordas esto maisdesgastadas, diminuindo possveis dores durante a raspagem. Estas moedas tradicionais chinesas soainda mais interessantes pois o furo central facilita a pegada a firmeza no movimento.

    KerikanRaspagem na IndonsiaKerikan (Bahasa Indonesia) ouKerokan (Javans) considerada uma teraputica tradicional principalmetne praticada por javaneses. Alguns no praticam mais por considerar uma teraputicadolorida.

    Muitas pessoas mais velhas indicam que o Kerikan teria sido trazido por chineses que vieram paraa Indonsia (Java) muitos anos antes, no entanto este fato no totalmente comprovado ou aceito, vistoque alguns afirmam que esta teraputica teria sido desenvolvida em Java.Relatos indicam que o Kerikan era praticando com moedas, no entanto iso fazia com a prtica fosse aindamais dolorida.

    Assim alguns desenvolveram instrumentos com bordas mais arredondadas como na figura ao lado.Este tipo de instrumento facilita a pegada do praticante (cabo) e possui uma superfcie bem suave

    e arredondada para a raspagem.Tcnica mais bsica e que deve ser executada com ligeiro cuidado na regio da coluna, Vaso Governador(Du Mai).

    O cuidado se deve ao fato de ser possvel a presena de dor ao se raspar sobre os processosespinhosos das vrtebras.Tcnica bsica de estmulo da regio paravertebral, seguindo de maneira paralela ou tendo por base otrajeto das costelas. Recordando as importantes inervaes que seguem este trajeto partindo da medulaespinal.Tcnica suplementar visando estmulo da regio posterior do pescoo e superior e posterior dos braos.

    Estes procedimentos, somados aos anteriores, perfazem as tcnicas bsicas empregadas de forma profiltica e teraputica, visando o bem estar e sade dos pacientes.

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    ji f Moxabusto

    A utilizao das propriedades teraputicas do calor tem sido empregada, provavelmente, pelo homemdesde os tempos mais remotos.

    A sensao de conforto proporcionada pelo aquecimento do sol ou de outras fontes possivelmentefez com que os homens descem um valor importante ao calor, sendo que Wang Xue Tai, grande praticante e pesquisador contemporneo relata que:Na sociedade primitiva, quando as pessoas estavam se aquecendo junto ao fogo, elas acidentalmente

    perceberam que a aplicao de calor sobre a regio do abdome poderia aliviar sintomas como doresabdominais, distenso e plenitude abdominal.

    No Novo Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa de 2004 possvel encontrar as seguintes definies:Moxa (cs) [Do jap.mogusa , certa variedade de artemsia cujo parnquima comestvel.]Substantivo feminino.1.Bastonete, ou cone, feito com parnquima de artemsia, ou mesmo ramo de artemsia, que, queimadoem contato com a pele, em determinadas regies do corpo, produz efeito comparvel ao da acupuntura. [ prtica da medicina oriental.]Moxibusto(cs)[Demoxa+ -i- + (com)busto ; ingl.moxibustion .]Substantivo feminino.1.Med. Contra-irritao, ou cauterizao, produzida pela moxa acesa, e colocada sobre a pele.Segundo o texto Skill with illustrations of Chinese Acupuncture and Moxibustion:Moxabusto um mtodo teraputico atravs da queima de alguns materiais combustveis ou aplicaode compressas de ervas ou emplastro de ervas sobre um ponto de acupuntura ou regio afetada pra

    produzir um estmulo morno-quente no paciente, que atua no ponto de acupuntura ou regio afetada e conduzido atravs dos Canais de modo que o equilbrio das funes fsicas do corpo seja ajustado .

    Atravs de uma anlise rpida do ideograma, caractere, chins que indica a prtica da moxabusto demaneira geral como pode ser encontrado em alguns textos, (ji), formado com base na soma de doisoutros ideogramas distintos:

    (ji), que alm de dar a fontica para o termo chins de moxabusto, indica algo de longadurao ou com uma durao especfica;

    (hu), que indica fogo, chamas, ardncia.Desta forma o ideograma chins para moxabusto implica na idia da queima de algum material,

    gerao de fogo, por um perodo aumentado de tempo.

    A moxa Mogusa , que deu origem ao termo moxa, vem a ser a prpria planta mais comumente empregada para arealizao da moxabusto, a Artemisia vulgaris ou tambm Artemisia argyii (nome alternativo ou que pode ser empregado de maneira similar) que em chins (i), ou ainda (i y), que seriam asfolhas da artemsia. Vale dizer que em japons a erva empregada na moxa conhecida por Yomogi, oumogusa (forma processada) como j descrito, como bem ressalta o professor Antnio Cunha, especialistaem acupuntura japonesa.A Artemisia uma planta ramosa e aromtica, originria da Europa temperada, sia, norte de frica, maest tambm presente na Amrica do Norte, onde uma erva invasiva, cultivada em hortas e jardins comoornamental e medicinal.

    H cinco condies bsicas e importantssimas para que a artemsia esteja no melhor de sua qualidade,condies estas j previstas desde os tempos mais antigos em relao s folhas:

    1. devem ser macias e melhor que sejam colhidas na primavera;2. devem ser guardadas por um longo perodo de tempo;3. devem se limpas, toda a sujeira e folhas de menor qualidade devem ser removidas;

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    4. devem ser socadas at que elas se tornem uma l fina e macia;5. A l deve ser seca.

    FunesAbaixo seguem as principais funes para a utilizao da moxabusto na prtica teraputica de acordo

    com os principais textos contemporneos: Aquecer e Dispersar o Frio Aquecer e Drenar os Canais e Colaterais (Jing Luo) Promoo da Circulao de Sangue (Xue) Remover a Estagnao de Sangue (Xue) Recuperar o Yang debilitado Recuperar o Colapso de Yang Tonificar o Qi e nutrir o Sangue (Xue) Aliviar Estagnaes Dispersar Agentes Patognicos Promover a Sade e Prevenir Doenas

    Moxabusto com ArtemsiaA prtica clnica da moxabusto, assim como as suas tcnicas, so divididas em dois grandes grupos:

    Tcnicas de moxabusto com Artemsia Tcnicas de moxabusto sem Artemsia

    Cabe ao praticante, em alguns casos em conjunto com o paciente, determinar a melhor tcnica aser aplicada para as necessidades especficas desteA artemsia, como j mencionado anteriormente, o principal combustvel para a prtica da moxabusto principalmente por causa de suas propriedades teraputicas ao ser queimada sobre os pontos deacupuntura.

    Para a prtica desde tipo mais difundido de moxabusto h praticamente quatro modalidades principais a serem discutidas:

    Moxabusto com cone de moxa Moxabusto com basto de moxa Agulha aquecida Moxabusto com instrumento

    Moxabusto com cone de moxa A prtica da moxabusto com a utilizao de cones feitos manualmente com a artemsia preparada atcnica mais antiga, empregada desde os tempos mais antigos e com maior quantidade de informaesrelatadas nos textos clssicos da Medicina Chinesa.

    O Cone de moxa deve ser feito mediante a presso e amassamento da l de moxa, devidamentetrabalhada anteriormente, entre o polegar e os dedos mdio e indicador de modo a formar uma estruturasimilar a um cone, que pode ser moldado em tamanhos diferentes de acordo com o paciente e o objetivodo estmulo.Com relao ao tamanho dos cones de moxa, uma tradio que os praticantes da linhagem chinesaempregam cones, em mdia relativamente, maiores que a mdia do tamanho empregado pelos praticantesda linha japonesa.

    Vale dizer que na prtica tradicional da moxabusto com cones, raramente emprega-se apenas umcone para o tratamento, sendo recomendada a utilizao de poucos 03-05 cones at muitos, como mais de100-300 cones em casos especficos.Com relao aplicao especfica dos cones de moxa com finalidade teraputica h duas principais

    tcnicas a serem analisadas: Moxabusto direta Moxabusto indireta

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    Cada uma destas tcnicas principais pode ser subdivida em outras tantas, mas de maneira geraltemos que a primeira implica na utilizao de cones de moxa diretamente sobre a pele do paciente e asegunda implica na utilizao de cones de moxa apoiados sobre alguma substncia que forma o que chamado de interposio, entre a moxa e o ponto a ser estimulado.

    Moxabusto direta com cone de moxa Na aplicao desta tcnica o praticante deve estar atento para que o cone fique bem posicionado e nocaia ou se desloque do local desejado, visto que aplicado diretamente na pele.

    Para tanto, recomenda-se a aplicao de algumas substncias para ajudar na fixao do cone, principalmente se o praticante estiver trabalhando com cones pequenos, como na tcnica japonesa.

    A aplicao da moxabusto direta pode ser dividia em: Moxabusto sem cicatriz Moxabusto com cicatriz

    Moxabusto direta sem cicatrizEsta a modalidade mais suave de estmulo atravs da aplicao da moxabusto direta e depende

    de uma boa percepo e experincia do praticante, visto que este deve estimular o paciente somente atque sua pele fique avermelhada sem deixar marcas na pele do mesmo.

    A recomendao dos textos tericos de que o cone seja retirado do paciente assim que o pacientesinta uma sensao de queimao, o que normalmente acontece quando o cone queima cerca de 1/4 ou2/5 de seu tamanho original, como recomenda Yan Jie, ou 1/5 como recomenda Gang Lin Yin e ZhengHua Liu.Aps a retirada de um cone deve ser colocado outro no mesmo local, e tantos outros at que o efeitodesejado seja obtido ou a quantidade de cones pr-estabelecida seja atingida, sempre tendo em mente quenesta modalidade a pele do paciente no deve ser prejudicada.

    Esta modalidade normalmente indicada para o Sndromes de Frio deficiente, com destaque paracondies como asma, diarria, lombalgia, dores abdominais, impotncia, etc. No entanto um profissionatreinado pode empregar para situaes muito mais amplas que estas descritas.

    Moxabusto direta com cicatrizEste um mtodo de aplicao direta da moxabusto sobre a pele do paciente, gerando um estmulo forteque culmina com a formao de uma ferida aps a prtica. Os textos antigos recomendavam muito estatcnica pelo fato de melhorar a fora do paciente, principalmente no que diz respeito sua capacidade defortalecer a resistncia corporal contra os fatores patognicos.O praticante deve posicionar o paciente na maneira mais adequada e confortvel possvel, visto que esteno pode se movimentar durante a execuo da tcnica, mesmo sabendo-se que a aplicao damoxabusto causar um desconforto e forte queimao.

    Para a fixao do cone de moxa no ponto de acupuntura ou regio, previamente selecionada,recomenda-se a utilizao de sumo de alho ou vaselina, que melhoram a aderncia pele. Vale dizer queo sumo do alho mais indicado, visto que ele, por suas caractersticas e natureza, estimula e facilita aformao das feridas, potencializado pelo calor do cone de moxa.O cone deve ser queimado por completo. Quando o paciente relatar uma forte sensao de queimao,algumas aes devem ser realizadas para reduzir a sensao dolorosa local.

    Dentre estas aes destacam-se, nos textos da linhagem chinesa, a utilizao de percusses rpidase suaves com as pontas dos dedos ao lado do local onde o cone est queimando.

    Aps o cone de moxa ter sido queimado por completo, o praticante deve limpar a regio,removendo os excessos de cinzas e aplicar um novo cone, e assim sucessivamente. A remoo das cinzasdeve, preferencialmente, ser feita com uma gaze e um pouco de gua estreis.

    A boa prtica recomenda que a ferida seja limpa diariamente de maneira estril, principalmente nocaso de possveis infeces associadas com a ferida, apresentando aumento na quantidade de pus ousecrees; Casos mais srios requerem que os cuidados sejam aumentados, necessitando at mesmo detrocas mais freqentes do curativo.

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    Vale dizer que no ocidente esta prtica no utilizada com freqncia, principalmente pela baixatolerncia aos estmulos.

    Moxabusto indireta com cone de moxaA pratica da moxabusto indireta implica na utilizao de substncias especficas, de acordo com a

    necessidade do paciente e/ou experincia do praticante, entre o cone de moxa e a pele do paciente.Desta forma, o praticante estar oferecendo ao paciente o benefcio da combinao de doisestmulos, o calor e efeitos da moxabusto e os efeitos advindos diretamente da substncia empregada,que fica em contato direto com a pele do paciente.Diversas so as possibilidades de materiais e substncias que podem ser empregadas para a pratica damoxabusto indireta, sendo que muitas delas so empregadas por milhares de anos, com relatos histricos presentes em textos clssicos.

    No entanto alguns materiais so empregados com mais freqncia, como por exemplo o gengibre,sal e alho, algumas substncias so empregadas em fatias outras so esmagadas ou trituradas e ento preparadas em forma de bolos medicinais.

    Moxabusto com interposio de sal A recomendao aqui de um mtodo presenciado na China, que implica que o umbigo seja coberto comuma gaze fina, antes da colocao do sal de modo que facilita a retirada do sal aps a aplicao dos conesde moxa ou ainda a rpida retirada caso o paciente relate um calor extremamente forte no local.

    Vale dizer que para a utilizao de sal de cozinha, que extremamente fino, a gaze no ajudarmuito, sendo indicado (sugesto) o uso de um pedao pequeno de papel higinico fino (camada nica).Esta interposio indicada para casos de dores abdominais agudas, vmito, diarria, disenteria, frio nasextremidades, prolapso anal, doenas crnicas do Estmago (Wei), Sndromes de Colapso, Deficinciasde Yang, cansao generalizado, alem de ser indicado para o tratamento de pacientes inconscientes devidoa grande perda o Yang.

    Moxabusto com interposio de alho A boa prtica recomenda que se corte o alho de maneira longitudinal, obtendo fatias mais longas, quedevem ser cortadas com cerca de 02 a 03mm de espessura. Estas fatias devem ser devidamente perfuradasem seu centro, para facilitar a penetrao do calor e liberar um pouco de sumo do alho.

    Uma fatia deve ser colocada sobre o ponto a receber o estmulo para que ento o cone de moxaseja posicionado sobre esta fatia e ento aceso. Yan jie recomenda que, em mdia, a cada 03 cones demoxa, troque-se a fatia de alho por uma nova e fresca, visto que a moxa tende a ressecar a fatia, ediminuir o efeito teraputico da combinao alho e moxabusto, vale dizer que Liu Gong Wan recomendaa troca a cada 04-05 cones de moxa.Esta interposio indicada para casos de carbnculos, furnculos, inflamaes cutneas, mordidas de

    cobras (no venenosas), tuberculose, massas abdominais, picadas de inseto, feridas cutneas, infeces piognicas, escrfula, dentre outras.

    Moxabusto com interposio de gengibre Este mtodo de aplicao de moxabusto indireta implica na utilizao de uma fatia de gengibre,

    preferencialmente, fresco. Alguns textos recomendam a utilizao de fatias mais finas, entre 02 e 03mmenquanto outros recomendam o uso de fatias com 05mm de espessura.

    Esta fatia deve ser perfurada diversas vezes com uma agulha mais grossa, por exemplo as agulhastrifacatedas empregadas na prtica da sangria ou ainda agulhas ocas como as utilizadas para injeo. Estesfuros, realizados na regio central da fatia, fazem com que o calor possa passar pelo gengibre com maisfacilidade, assim como fazer com que um pouco de sumo do gengibre extravase sobre o ponto.

    Esta interposio indicada para casos de dispepsia, dores abdominais, diarria, espermatorria,ejaculao precoce, Sndromes Bi (principalmente do tipo Vento Frio Umidade), Sndromes de Frio,vmito, dentre outras de acordo com as funes do prprio gengibre.

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    Moxa botoEsta prtica implica na utilizao de moxa moldada por mquinas especficas em forma de

    cilindros posicionados sobre uma base que faz com que no haja contato direto entre a l de moxa e a peledo paciente.

    Os principais, mais difundidos, cilindros de moxa, ou moxa boto, so de origem japonesa e

    coreana, mas tambm h os chineses. Os botes de moxa so feitos exclusivamente com l de moxa prensada ou ainda mediante a combinao desta l de moxa com outras substncias, com finalidadesteraputicas diversas.A praticidade e simplicidade da aplicao dos botes de moxa permite que o praticante, aps realizar odevido tratamento na clnica, ensine o paciente a aplicar em si mesmo os botes de moxa ou ensinar a um parente ou pessoa prxima para estimular o paciente.

    Para tanto necessrio que se ensine a tcnica de estmulo e marque precisamente os pontos areceberem os estmulos. Este tipo de aplicao combinada, clnica e domstica, muito interessante parao tratamento de casos crnicos ou alteraes de difcil resoluo.

    Moxabusto com basto de moxa

    A prtica da moxabusto atravs da utilizao de bastes especialmente fabricados com l de moxa bemmais recente que a prtica da moxabusto com cones, tendo aparecido na literatura mdica chinesa,somente durante a Dinastia Ming.

    Atualmente, desde a dcada de 50 possvel encontrar diversas fbricas chinesas que produzem bastes de moxa de muito boa qualidade e em grande quantidade, o que facilitou a expanso desta prticaque mais simples para o praticante e tende a no levar riscos para o paciente.Para a boa prtica de moxabusto com basto de moxa o acupunturista deve pegar o basto que foraselecionado e, antes de iniciar a aplicao, retirar um pedao ou a totalidade da primeira camada de papeque reveste a moxa externamente. Esta retirada importante, pois esta camada normalmente pintada ese for queimada, liberar uma fumaa da tinta e no somente da moxa, alm do fato que sua queima irregular pela prpria tinta.

    Em seguida o praticante deve acender uma das extremidades do basto de moxa, com auxlio deuma lamparina, isqueiro ou mini-maarico, de acordo com a disponibilidade destes recursos.A aplicao clnica dos bastes de moxa implica na seleo de dois mtodos bsicos de estmulo esubdivises:

    Moxabusto em suspenso Moxabusto com calor moderado Moxabusto em bicada de pardal Moxabusto circularMoxa por passar com calor

    Moxabusto por presso

    Agulha aquecidaEsta tcnica clssica implica na utilizao da queima de bolas de moxa ou pedaos de bastes de moxa previamente fixadas no cabo de agulhas j inseridas no paciente, com a finalidade de aplicar estimulao por calor em adio ao estmulo j fornecido pela prpria insero da agulha.

    A aplicao da tcnica do Wen Zhen, segundo a viso da Medicina Tradicional Chinesa tem acapacidade de facilitar e promover a circulao de Qi e de Sangue (Xue) atravs dos Canais e Colaterais(Jing Luo); dispersar Estagnaes de Qi e/ou de Sangue (Xue); promover um aquecimento de locaisinvadidos pelo Frio; aliviar a dor.Seja empregando a tcnica com punhado de l de moxa ou pedaos de bastes de moxa, recomenda-seque o praticante utilize um pedao de papel mais grosso para proteger apele ao redor do ponto estimulado

    Para tanto, deve-se prepara um circulo de papel com cerca de 05cm de dimetro, que deve serrotado at o seu centro, de modo que a agulha, j inserida, possa deslizar pela ranhura e ficar bem nocentro do papel.

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    Moxabusto com instrumento Alm das prticas tradicionais com os cones de moxa e com os bastes de moxa, mais recentemente aliteratura chinesa apresenta a descrio de instrumentos especialmente fabricados para a prtica indiretada moxabusto, com aquecimento deste instrumento que deve ser passado pelas reas do corpo do paciente que se deseja estimular.

    Esta prtica tem por funo regular o Qi e o Sangue (Xue), aquecer o Aquecedor Mdio (ZhongJiao) e eliminar o Frio patognico. Sendo particularmente adequado e indicado para mulheres, crianas eaquelas pessoas com medo de acupuntura ou ainda aquelas pessoas que se demonstram apreensivas emrelao prtica das tcnicas tradicionais de moxabusto.De maneira geral esta prtica implica na utilizao de instrumentos especialmente fabricados para estafinalidade. Estes instrumentos, normalmente, so formados por estruturas metlicas que funcionam comocompartimentos para se armazenar l de moxa que dever ser, em seguida, acesa, aquecendo estecompartimento metlico.

    Caixa de MoxaA prtica de moxabusto com auxlio de caixas especficas uma tcnica bastante interessante, principalmente quando o objetivo do praticante o estmulo de vrios pontos de acupuntura ou de umarea maior ao mesmo tempo.

    Para a aplicao em si o praticante deve empregar 02 ou 03 pores l de moxa ou ainda 02 ou 03 pedaos de basto de artemsia, com cerca de 2cm cada, que devem ser colocados sobre a grade metlicaespalhando adequadamente para que o calor seja dissipado por toda a caixa.Esta prtica geralmente indicada, para estimular as partes superior e inferior das costas, a regio lombarregio epigstrica, regio do abdome, regio do baixo ventre e regio das coxas.

    Cachimbo de MoxaEste suporte para basto de moxa apresenta o formato similar a de um cachimbo, da ter ficado

    conhecido popularmente como cachimbo para basto de moxa.

    Outros instrumentosOs instrumentos abaixo no so empregados com muita freqncia no Brasil, mas tm indicao

    para estmulo interno, atravs do nus e da vagina.

    Moxabusto sem ArtemsiaDesde os tempos mais antigos os chineses no empregavam apenas a artemsia para a prtica damoxabusto, mas tambm outras substncias que poderiam ser queimadas, como os bastes medicinais,aplicadas topicamente com os efeitos obtidos pela formao de bolhas, similares quelas geradas pela

    moxabusto direta, alm da utilizao de recursos modernos, como a utilizao de equipamentos eltricosque geram calor e/ou luz.

    Dentre as principais tcnicas de aplicao de moxabusto, CALOR, sem artemsia destacam-se: Basto de moxa sem fumaa Basto de moxa com medicamento Moxabusto com ferida por medicamento Moxa Eltrica

    Moxabusto da SerpenteEsta modalidade de moxabusto implica basicamente na utilizao de uma seqncia de cones de moxa,

    na verdade pedaos de l de moxa em formato similares a quibes, por toda a regio da coluna do pacientede forma similar a uma serpente, da o seu nome.Vale dizer que possvel tambm encontrar o termo moxa em forma de cora ou ainda moxa

    drago, sendo este ltimo o termo que me foi ensinado por especialistas chineses.

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    A aplicao desta modalidade de moxabusto em forma de serpente longa tem as funes elementares deaquecer e tonificar o Yang do Vaso Governador (Du Mai), fortalecendo o Qi Primrio (Yuan Qi),fortalecendo o Rim (Shen) e suas funes, regulando o Yin e Yang e promovendo o fluxo de Qi e Sangue(Xue).

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    bgunf Ventosaterapia

    teraputica com aplicao de ventosa ou, simplesmente, ventosaterapia uma antiga prtica tradicional daMedicina Chinesa, onde uma estrutura especfica posicionada sobre a pele do paciente e produz efeitosteraputicos atravs da criao de um vcuo no interior desta estrutura ou instrumento, de modo que a pele e tecidos superficiais sejam sugados e mantidos no interior do corpo.Segundo Shuai Xue Zhong:Aplicar vrios mtodos para drenar o ar de dentro de um copo para gerar

    presso negativa e fazer com que absorva a superfcie do corpo, para o tratamento de doenas. Causarcongesto local ou estagnao de sangue atravs de sua absoro, podendo promover a circulaosangnea, o fluxo de Qi, alvio de dor e diminuio de inchaos .As ventosas so identificadas pelo termo chins Guan ( gun), que traz a idia de copos, jarro, pote,sempre uma estrutura oca com capacidade de armazenar algo. Neste caso a estrutura oca empregada para a gerao de um vcuo parcial.

    A definio do professor Auteroche para ventosas indica:As ventosas so pequenos frascos comabertura redonda e lisa, utilizados para criar, na pele, uma depresso que vai puxar o sangue para oexterior do corpo e faz-lo circular .

    Copos para VentosaOs primeiros tipos de ventosa a serem empregados eram feitos a partir de chifres de animais, passando por outros materiais como cermica, bambu e vidro, onde estes dois ltimos esto dentre os maisutilizados at os dias atuais.

    Outros materiais foram empregados em alguns momentos na histria, porm so raramenteempregados na atualidade, como ferro e cobre.

    Alm destes materiais descritos acima, nos ltimos anos a um grande aumento na utilizao deventosas feitas de um plstico enrijecido, normalmente com vlvulas para suco atravs de bomba,

    eltrica ou manual. Na China comum a utilizao de potes de vidro, de alimentos, para a prtica a ventosaterapia, atmesmo em alguns hospitais e clnicas.

    ProcedimentoAps a seleo do tipo de ventosa, copo, que ser empregado o praticante deve partir para a seleo darea que ser estimulada. Aps esta seleo deve-se partir para a fixao da ventosa no corpo do pacientemediante a gerao do vcuo de acordo com o mtodo de escolha ou o mais adequado.

    Por fim, o praticante deve selecionar, de acordo com as caractersticas especficas do paciente e osobjetivos do tratamento, qual ser o mtodo de aplicao a ser utilizado.

    Mtodos de SucoPara a gerao do vcuo, suco, o praticante pode se utilizar de alguns mtodos diferentes, com destaque para:

    Ventosa de fogo Ventosa de gua Ventosa por retirada de ar

    Ventosa de fogoEsta forma de gerar o vcuo no interior do copo uma das mais tradicionais e aplicadas na prtica clnicachinesa, podendo ser executada mediante alguns mtodos, sempre atravs da utilizao de uma chamaque, ao consumir o oxignio dentro do copo, gera o vcuo:

    Mtodo de atirar fogo Mtodo de passar rapidamente o fogo Mtodo de aderir algodo Mtodo de apoio em material

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    Ventosa de guaEsta forma de gerar o vcuo no interior do copo aplicada com menor freqncia, gerando colocando oscopos para serem fervidos em gua ou uma combinao fitoterpica, para ento serem rapidamentesecados e pressionados sobre a regio a ser estimulada. O calor no interior do copo acaba por gerar a

    suco necessria.Ventosa por retirada de arEsta forma de gerar o vcuo no interior do copo implica na utilizao de diferentes recursos, de acordocom o corpo, para bombear, retirar, o ar diretamente do copo, seja por rotao (copos com rosca),extrao direta (bombas manuais ou eltricas), dentre outras possibilidades.

    Mtodos de aplicaoAps a seleo do tipo de copo que ser empregado, do mtodo de suco e da seleo da rea que serestimulada, o praticante deve escolher o mtodo de aplicao.

    Desta forma, o praticante deve conhecer a fundo cada um dos mtodos para que possa procedercom a escolha do mais relevante para a situao especfica do paciente. Na atualidade h diferentes mtodos de ventosaterapia utilizados e promovidos na China, Japo e Coriaassim como os pases ocidentais que absorveram e reproduzem os grandes benefcios destesconhecimentos orientais.

    Ventosa com reteno Ventosa rpida (repetida) Ventosaterapia deslizante Ventosa com moxa Ventosa com medicamento Ventosa com agulha dentro do copo Sangria e ventosa

    Ventosa com reteno Este mtodo de aplicao implica, basicamente, na utilizao pura a simples da suco localizada,

    sem manipulaes adicionais, seja no sentido de re-aplicaes, seja no sentido de movimentos dos coposde ventosa.

    Este mtodo pode ser de forma nica ou mltipla.

    Ventosa rpida (repetida) Esta modalidade de ventosaterapia descrita por Stephen Birch como ventosa momentnea da

    seguinte forma:Envolve a aplicao de ventosas para os pontos ou reas selecionadas e ento, quase

    imediatamente, a suco interrompida, o processo repetido at que o resultado desejado atingido. Este mtodo bom para liberar congestes locais e empregado principalmente par ao tratamento dedesordens envolvendo algum tipo de m funo dos rgos subjacentes .

    Ventosaterapia deslizante Este mtodo de ventosa implica na utilizao de movimentos, deslizamentos, do copo j com a

    suco, pelo corpo do paciente, amplamente empregado na regio da coluna.Os deslizamentos potencializam os efeitos teraputicos e tendem a gerar efeitos de disperso, visto

    que um estmulo forte, devendo ser empregado com auxlio de um leo para facilitar o deslizamento.

    Ventosa com agulha dentro do copo

    Esta tcnica implica na utilizao de um estmulo de acupuntura sobre a regio a ser estimulada,seguida da aplicao de um copo de ventosa sobre a agulha, fazendo com que o vcuo seja gerado naregio agulhada, potencializando o estmulo de ambos recursos.

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    Ventosa com moxa Esta tcnica no amplamente difundida e implica na combinao do estmulo de agulha aquecida

    (moxa na agulha) seguido da aplicao de um copo de ventosa sobre a regio j aquecida pela moxa.

    Ventosa com medicamento

    Esta tcnica implica na combinao dos efeitos teraputicos da ventosa e fitoterpicos chineses,seja atravs de ferver os copos em conjunto com as ervas, seja por guardar os copos (principalmente de bambu) junto com as ervas, para que estes absorvam as propriedades das ervas.

    Sangria e ventosa Esta tcnica combina os efeitos teraputicos da sangria com a suco da ventosa, potencializando

    a retirada de sangue e seus efeitos.Esta tcnica amplamente empregada no tratamento de pacientes com dores ou sintomas

    associados com Calor.Uma opo interessante da utilizao do martelo de 7 ou 5 agulhas, seguida da aplicao da ventosa.

    Avaliao ps aplicaoO praticante pode utilizar a ventosa como ferramenta de avaliao das condies do paciente, mediante aanlise das marcas deixadas pelo copo de ventosa, verificando se as marcas se apresentam mais claras oumais escuras, se desaparecem com mais ou menos rapidez aps a retirada do copo.

    Protocolos geraisProtocolo anterior

    Potencializa as funes de Bao (Pi), Estmago (Wei), Intestinos (Chang).Protocolo posterior

    Atuam sobre a funo dos rgos (Zang), mediante estmulo de pontos Bei Shu, favorecendo aao destes e a preveno de alteraes.

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    Fang XueSangria

    Antes de qualquer comentrio mais aprofundado com relao s agulhas ditas triangulares ou trifacetadasdeve ficar claro que estas so uma evoluo da chamada agulha pontiaguda, a Feng Zhen, a quarta dentreas nove agulhas clssicas descritas no Ling Shu.A agulha triangular, que aparece na ilustrao abaixo empregada para o tratamento atravs detcnicas especficas de sangramento, conhecidas como sangria ou Fang Xue em chins, de pontos deacupuntura, Colaterais (Luo), aranhas vasculares.

    MateriaisAntes de prosseguir, gostaria que soubesse que na atualidade, principalmente no Japo e pasesocidentais, no comum a utilizao das agulhas triangulares para a realizao das sangrias, pelo fato de possveis riscos de contaminao pelo contato com o sangue.

    Desta forma, os praticantes que se utilizam das tcnicas de sangria normalmente utilizam lancetasdescartveis, principalmente aquelas empregadas por pacientes portadores de diabetes para realizar ocontrole dos nveis de glicemia, como podemos observar a seguir.

    HistriaA prtica das tcnicas de sangria possui uma longa histria na acupuntura, sendo que muitos historiadoresque estudam a Medicina Tradicional Chinesa afirmam que a sangria teria sido a forma mais antiga deacupuntura, mesmo representando uma forma teraputica menos sistematizada.Em todo o decorrer do Huang Di Nei Jing, possvel encontrar citaes sobre a indicao e prtica detcnicas de sangria. Logo no captulo 1 do Ling Shu podemos encontrar uma citao que nos sugere quea sangria seria mais antiga que a acupuntura tradicional:Eu (Huang Di) desejo trat-los com umaagulha fina, inserindo-a na pele em vez de dar a eles qualquer medicamento ou aplicar neles qualqueragulha de pedra para drenar... No Ling Shu possvel observar menes s agulhas de pedra Bian, antes do advento das nove agulhasclssicas, sendo que at mesmo pelo tamanho e forma destas agulhas de pedra, os praticantes possivelmente as empregavam para a retirada de sangue dos pacientes.

    Com o advento de um outro importantssimo texto clssico, o Nan Jing, que se tornou muito popular em sua poca e at os dias atuais, as tcnicas de sangria tiveram uma diminuio em sua popularidade, visto que ela no fora mencionada nem uma vez se quer neste texto clssico.

    IndicaesIndicaes desta tcnica segundo alguns importantes textos internacionais da atualidade:Acupuntura e Moxibusto Chinesa, de Cheng Xinnong:

    Estagnaes dos Canais; estase de Sangue (Xue); Sndromes de Plenitude; Sndromes de Calor, como febre alta, perda da conscincia, dor na garganta, congesto local ou inchao;vmito agudo;conjuntivite; carbnculos; erisipela Acupuntura: Um texto compreensvel, da Shanghai University of Traditional Chinese Medicine: Tonsilite aguda e crnica; neurodermatite; dermatite alrgica; toro aguda; ataque de calor;abscessos; doenas febris; cefalia; rinite; conjuntivite ou ceratite aguda; entorpecimento dos dedos;erisipela; eczema; linfangites; flebite; hemorridas; coma

    Outras tcnicasH um estilo antigo de tratamento por acupuntura na China que emprega com grande freqnciaestmulos por sangria, conhecido como Acupuntura do Mestre Tong ou Acupuntura Ortodoxa do Mestre

    Tung. A acupuntura do Mestre Tong um estilo de tratamento familiar, passado de gerao em gerao,e que fora divulgado pelo mestre Ching Chang Tung (Dong Jing Chang). Neste estilo de acupuntura os pontos localizados nos membros, superiores e inferiores, so estimulados com agulhas filiformes ou por

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    sangria, enquanto que os pontos localizados na regio do tronco do paciente, face anterior e face posterior, so estimulados apenas com tcnicas de sangria.

    EfeitosSegundo a viso Medicina Tradicional Chinesa, as tcnicas de sangria possuem quatro grandes efeitos

    teraputicos, que justificam e indicam estas tcnicas, que so as capacidades de:1- Revigorar, melhorar, o fluxo de Qi e de Sangue (Xue);2- Dispersar Estagnao de Qi e/ou de Sangue (Xue);3- Drenar excessos de patgenos, principalmente Fogo e Calor;4- Dispersar, abaixar, o Yang excessivo em ascendncia.

    TcnicasSegundo a viso dos praticantes chineses, as tcnicas de sangria podem ser divididas em quatro tipos bsicos:

    Picada localizada; Picada espalhada; Picada com auxlio de torniquete; Picada com rompimento de fibras.

    Picada localizada: est tcnica implica na realizao de sangria em uma regio bem determinada,mediante um nico movimento de picada. Esta tcnica empregada principalmente para estmulos nasextremidades, como os pontos Shixuan e os doze pontos Jing (Poo).Picada espalhada: est tcnica implica na realizao de sangria em uma regio um pouco mais ampla,mediante diversos movimentos repetidos de picadas. Esta tcnica empregada principalmente para otratamento de regies com Estagnao de Sangue (Xue), hematomas, edemas.Picada com auxlio de torniquete: est tcnica implica, em primeiro lugar, na aplicao de umtorniquete proximal regio a ser sangrada, para aumentar a presso local e permitir uma sada bemmaior de sangue. Esta tcnica empregada quando o praticante sente a necessidade de uma retirada maiorde sangue do paciente.Picada com rompimento de fibras: esta tcnica implica na insero da agulha trifacetada, para posteriormovimento lateral e retirada da agulha em conjunto com a sensao de rompimento de algumas fibras.

    Esta tcnica (no muito empregada na atualidade) indicada nos pontos Shu dorsais (Bei Shu), ouainda pontos doloridos e reativos (Ashi).

    CuidadosO praticante de acupuntura que opta pela utilizao de tcnicas de sangria deve estar atento para evitarque uma quantidade de sangue maior que a necessria seja retirada. Para tanto o acupunturista devesempre estar atento para possveis reaes dos pacientes, que normalmente so suficientes indicativos de

    que o praticante abusou da retirada de sangue.Tcnica japonesaRenomados praticantes japoneses descrevem dois tipos bsicos de sangria.

    O primeiro tipo denominado Sairaku Shiraku, sangria de aranhas vasculares, relacionada com atcnica de sangria de vasos sangneos muito pequenos e superficiais.

    O segundo tipo denominado Hifu Shiraku, sangria cutnea, sendo que este pode ser sub-divididoem outros dois tipos, o Ranshi Ho, sangria de regies do corpo normalmente estagnadas e/ou em plenitude, e o Mattan Shiraku, sangria das extremidades, como orelhas, dedos das mos e dos p, nariz.

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    Terceiro mtodo: para a utilizao das agulhas intradrmicas nos microssistemas, como acupunturaauricular, acupuntura craniana ou Koryo Sooji Chim, os mesmos experiente praticantes japonesesrecomendam uma insero um pouco diferenciada, com certa presso de insero pela mo que segura a pina, ou seja, a mo direita deve empurrar rapidamente a agulha para dentro do ponto.

    Um fator que deve ser bem controlado pelos praticantes durante a insero das Hinaishin com

    relao profundidade atingida por sua ponta.O praticante deve estar atento para que a agulha no fique muito profunda, o que poderia alterar osefeitos a serem produzidos, alm de poder machucar o paciente, visto que as agulhas ficam inseridas porum perodo de tempo prolongado.Aps a correta insero da Hinaishin, o praticante deve preparar dois pequenos pedaos de fita adesiva,esparadrapo por exemplo. Ento, com o auxlio de uma pina, o acupunturista deve fixar um pedao defita por debaixo do cabo da agulha, para ento posicionar o ltimo pedao por cima de toda a agulha.

    Este procedimento tem por finalidade facilitar a aderncia e fixao da agulha no corpo do paciente, assim como proteger a pele do paciente em relao ao cabo da agulha.

    Ps aplicao e retirada

    Aps a devida insero e a correta fixao da mesma, o paciente pode permanecer com a agulha inserida por um perodo de at uma semana, desde que sejam seguidos cuidados com a higiene local, no entantoum perodo adequado para a manuteno da agulha inserida no corpo do paciente seria deaproximadamente 3-4 dias.

    A retirada das Hinaishin deve ser feita atravs do movimento de puxar a fita adesiva no sentido docabo da agulha de modo que normalmente a agulha sai completamente em conjunto com a fita adesiva.

    Qin Zhen - EmpishinEsta modalidade de agulha intradrmica teria sido inventada na China com a finalidade de se manter umestmulo por perodos prolongados, principalmente para o uso nos pontos da Acupuntura Auricular.

    No entanto, elas tambm podem ser empregadas no corpo com grande sucesso, como diversos praticantes de linhagens japonesas tm reportado nos ltimos anos.A principal diferena deste tipo de agulha intradrmica das Hinaishin que estas ltimas possuem o cabocomo uma continuao longitudinal do corpo da agulha, enquanto que as Empishin possuem seu cabo na parte superior e de maneira transversal ao seu corpo, de modo que estas agulhas realmente so parecidascom pequenas tachas.

    IndicaoDe maneira geral as agulhas intradrmicas, e em especial as Empishin, so empregadas para o tratamentode condies crnicas, de difcil tratamento pelo fato de produzirem um estmulo de moderado para suave

    e contnuo no ponto previamente selecionado, porm as Empishin geram um estmulo ligeiramente maisforte que as Hinaishin, pela prpria profundidade alcanada aps a insero.

    AplicaoPara a aplicao das Empishin o praticante deve possuir uma boa pina para segurar as agulhas, aps o processo descrito acima e ter estabilizado o local a ser estimulado com a mo esquerda, o praticante deveaproximar a agulha com a pina o mximo possvel do ponto e, com um movimento rpido, execute umaforte presso de penetrao com a pina, seguido de um movimento de presso com o prprio dedoindicador.

    Em seguida o praticante deve cortar um pequeno pedao de fita adesiva, para aderir sobre aagulha, fixando esta em seu devido lugar, para que possa manter o estmulo por um perodo prolongado.

    Cuidados

  • 8/10/2019 Recursos Tradicionais Complementares

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    EBRAMEC EscolaBrasileira deM edicinaChinesaCIEFATO - CentroInternacional deEstudos deF isioterapia,Acupuntura eTerapiasO rientais

    Pelo fato desta modalidade de agulha intradrmica atingir profundidades maiores que as atingidas pelasHinaishin, o praticante deve estar atento para evitar sua utilizao prximo de regies sseas, e tambmevitar regies que sofrem grande presso ou frico, como as solas dos ps ou ainda os joelhos.

    Finalizao

    De maneira geral as agulhas intradrmicas so ferramentas muito teis para bons praticantes deacupuntura, tanto quando utilizadas de maneira isoladas para o tratamento dos pacientes, como quandoempregadas de maneira complementar ao uso das tradicionais e amplamente utilizadas agulhas filiformes