Redação e expressão oral 2015

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Redação e expressão oral Prof. Julliane Brita

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Redação e expressão oral

Prof. Julliane Brita

Aprender a escrever é, em grande parte, se não principal-mente, aprender a pensar, aprender a encontrar ideias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou.

Othon M. GarciaComunicação em prosa moderna

Há uma maneira certa de dizer e se eu não alcançar essa maneira de dizer isso não existe.

Nélida PiñonEm entrevista ao Roda Viva, da Rede Cultura

Produção de resenhas, resumos e sinopses de livros, filmes. Correção ortográfica e gramatical. Técnicas de leitura. A audição, a fala, a ex-pressão oral e postura. Técnicas de apresentação, comunicação oral, técnicas de anotação e roteiro de apresentação.

Ementa

- Habilitar o futuro comunicador para o uso de recursos linguísticos no discurso persuasivo;- Discutir aspectos relacionados à Língua como Instituição social; - Fornecer subsídios e diretrizes para a comunicação oral eficaz;- Recapitular, de maneira contínua, elementos gramaticais necessá-rios para um bom domínio e utilização da língua padrão;- Possibilitar que os alunos reconheçam, analisem e produzam textos marcados pela lógica da articulação argumentativa/persuasiva.

Objetivos

ANDRADE, Maria Margarida de; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação em Língua Potuguesa: Para cursos de Jornalismo, Propaganda e Letras. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

CAMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. 22 ed. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 17ªed.Rio de Janei-ro:Fund. Getúlio Vargas, 1998.

KOCH, Ingedore G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo, Cor-tez, 1984.

Bibliografia

Exercício IEscreva um parágrafo de até 300 caracteres (com espaços) que termine com a seguinte frase:

Certas palavras não podem ser ditas.Verso retirado do poema “Certas palavras”,

de Carlos Drummond de Andrade

Certas palavras não podem ser ditasem qualquer lugar e hora qualquer.Estritamente reservadaspara companheiros de confiança,devem ser sacralmente pronunciadasem tom muito especiallá onde a polícia dos adultosnão adivinha nem alcança.

Entretanto são palavras simples:definempartes do corpo, movimentos, atosdo viver que só os grandes se permiteme a nós é defendido por sentençados séculos. E tudo é proibido. Então, falamos.

Certas palavras

Carlos Drummond de Andrade

Comunicação e Linguagem

A língua como instituição social

Enquanto você lê estas palavras, está tomando par-te numa das maravilhas do mundo natural. Você e eu pertencemos a uma espécie dotada de uma admirável capacidade, a de formar ideias no cérebro dos demais com esquisita precisão. Eu não me refiro com isso à te-lepatia, o controle mental ou as demais obsessões das ciências ocultas. Aliás, até para os crentes mais convic-tos, estes instrumentos de comunicação são pífios em comparação com uma capacidade que todos possuímos. Esta capacidade é a linguagem.

Steven Pinker, O Instinto da Linguagem

Do verbo latino communicare = pôr em comum

Pôr em comum ideias, sentimentos, pensamentos, compartilhar formas de comportamento, modos de vida, regras de caráter social.

Comunicação é também convivência, vida em co-mum, viver em comunidade.

O que é comunicação?

Do verbo latino communicare = pôr em comum

Pôr em comum ideias, sentimentos, pensamentos, compartilhar formas de comportamento, modos de vida, regras de caráter social.

Comunicação é também convivência, vida em co-mum, viver em comunidade.

O que é comunicação?

A linguagem estrutura o mundo interior e o expressa aos demais.

Comunicar implica utilizar linguagem.

A linguagem apareceu e desenvolveu-se para servir à comunicação. Não existe uma sem a outra.

O que é linguagem?

Linguagens mais ou menos articuladas.

Animais: linguagem não verbal. Ex.: a dança das abelhas.

Homem: linguagem não verbal e linguagem verbal, articulada (organizada, elaborada).

O que é linguagem?

Japão - Número 5Alemanha - Número 1.Brasil - Está tudo certo e serve também para pedir carona.Europa e EUA - Pedido de carona.Turquia - Cantada para sair com homossexual.Nigéria e Austrália - Gesto obsceno.

“A linguagem tem um lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro”.

Saussure

A linguagem (caráter universal), então, é a faculda-de natural de usar uma língua (caráter particular).

O que é linguagem?

Para Saussure, a linguagem é a faculdade natural de usar uma língua, “ao passo que a língua consti-tui algo adquirido e convencional”.

A língua está no campo social. É um acordo. E a fala está no campo individual.

O que é língua?

Assumimos, então, três concepções de língua:

+ Língua como representação do pensamento: sujeito psicológico, individual e ativo

+ Língua como estrutura: assujeitamento

+ Língua como lugar de interação: sujeito psicossocial

O que é língua?

+ Língua como lugar de interação

Defende que os sujeitos (re)produzem o social na medida em que participam ativamente da defini-ção da situação na qual se acham engajados, e que são atores na atualização das imagens e das repre-sentações sem as quais a comunicação não poderia existir.

O que é língua?

(...) é um sujeito social, histórica e ideologi-camente situado, que se constitui na interação com o outro.

Eu sou na medida em que interajo com o outro. É o outro que dá a medida do que sou. A identida-de se constrói nessa relação dinâmica com a al-teridadade (diferença).

Quem é o sujeito?

O texto encena, dramatiza essa relação. Nele, o sujeito divide seu espaço com o outro porque nenhum discurso provém de um sujeito adâmico (primitivo) que, num gesto inaugural, emerge a cada vez que fala/escreve como fonte única do seu dizer.

Tudo passa pelo sujeito (Vion, 1992).

Quem é o sujeito?

Adotando-se a concepção da língua como lu-gar de interação e do sujeito social, históri-co e ideológico, a compreensão torna-se uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos.

Concepção de texto e de sentido

Superfície textual +

Mobilização de um vasto conjunto de saberes (enciclopédia) +

Reconstrução no evento comunicativo

Concepção de texto e de sentido

O sentido de um texto é, portanto, construí-do na interação texto-sujeitos (ou texto-co--enunciadores) e não algo que preexista a essa interação.

Concepção de texto e de sentido

Peças do jogo

1. o produtor/planejador: viabiliza seu “pro-jeto de dizer”, recorrendo a uma série de es-tratégias de organização textual e orientan-do o interlocutor, por meio de sinalizações textuais (indícios, marcas, pistas) para a construção dos (possíveis) sentidos;

Peças do jogo

2. o texto: organizado estrategicamente de dada forma, em decorrência das escolhas fei-tas pelo produtor entre as diversas possibili-dades de formulação que a língua lhe oferece, de tal sorte que ele estabelece limites quan-to às leituras possíveis;

Peças do jogo

3. o leitor/ouvinte, que, a partir do modo como o texto se encontra linguisticamente construído, das sinalizações que lhe ofe-rece, bem como pela mobilização do con-texto relevante à interpretação, vai proce-der à construção dos sentidos.

Contexto: + co-texto (entorno verbal)+ a situação de interação imediata+ o entorno sociopolítico-cultural) + o contexto sociocognitivo dos interlocutores que, na verdade, compreende os demais. Englo-ba todos os tipos de conhecimentos arquivados na memória e que necessitam ser mobilizados por ocasião do intercâmbio verbal.

Texto e contexto

+ conhecimento linguístico

+ conhecimento enciclopédico

+ conhecimento da situação comunicativa e de suas “regras” (situcionalidade)

+ conhecimento superestrutural (tipos tex-tuais)

Texto e contexto

+ conhecimento estilístico (registros, varieda-des de língua e sua adequação às situações co-municativas)

+ conhecimento sobre os variados gêneros ade-quados às diversas práticas sociais, bem como o conhecimento de outros textos que permeiam nossa cultura (intertextualidade).

Texto e contexto

A mobilização desses conhecimentos no proces-samento textual realiza-se por meio de estra-tégias de diversas ordens:

- cognitivas, como as inferências, a focalização, a busca da relevância;

Texto e contexto

- sociointeracionais: preservação das faces, polidez, atenuação, atribuição de causas a (possíveis) mal-entendidos etc.;

- textuais: conjunto de decisões sobre a tex-tualização, feitas pelo produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas, sinalizações).

Texto e contexto

Os mal-entendidos surgem, em grade parte, de pressuposições errôneas sobre o domínio de certos conhecimentos por parte do(s) interlocutor(es).

Texto e contexto

Na língua como instituição social, nos organiza-mos enquanto pacto, sempre levando em conta o estatuto desse pacto/língua que nos precede e sobre o qual não temos escolha.

Língua, instituição social

Antes de pensarmos no que caracteriza o jor-nalismo (periodicidade, universalidade, atuali-dade, difusão, etc.), devemos pensar nele como um fato de língua.

Devemos pensar no papel e na função na insti-tuição social do jornalismo.

Jornalismo, um fato de língua

O papel/função primordial do jornalismo como fato de língua é o mesmo da língua/instituição social: organizar discursivamente, o que é a prá-tica jornalística por excelência.

Jornalismo, um fato de língua

A palavra em uso adquire vida.Não há discurso neutro.Não há palavras inocentes.

Jornalismo, um fato de língua

Modalidades (aspectos, aparência)

+ Falada + Escrita

Língua(s) portuguesa(s)

Aula de portuguêsCarlos Drummond de Andrade

1) A linguagem2) na ponta da língua,3) tão fácil de falar4) e de entender.

5) A linguagem6) na superfície estrelada de letras,7) sabe lá o que ela quer dizer?

8) Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,9) e vai desmatando10) o Amazonas de minha ignorância.11) Figuras de gramática, esquipáticas,12) atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

13) Já esqueci a língua em que comia,14) em que pedia para ir lá fora,15) em que levava e dava pontapé,16) a língua, breve língua entrecortada17) do namoro com a prima.

18) O português são dois; o outro, mistério.

Verso 8 - Carlos Góis é autor de uma gramática da língua portuguesa.

Verso 11 - “Esquipáticas” - fora do geral, habitual ou comum; extravagante, esquisito, estapafúrdio.

Língua(s) portuguesa(s)

Eles varavam as ruas juntos absorvendo tudo com aquele jeito que tinham no começo, e que mais tarde se tornaria muito muito mais melancólico, perceptivo e vazio. Mas nessa época eles dançavam pe-las ruas como peões frenéticos e eu me arrastava na mesma direção como tenho feito toda minha vida, sempre rastejando atrás de pes-soas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como cons-telações em cujo centro fervilhante - pop! - pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos “aaaaaaah!”.

On the roadJack Kerouac

A principal característica da língua falada é a espontaneidade, a não preparação do texto.

Quando usamos as marcas da oralidade na escrita, indicamos proximidade do interlocutor.

Língua(s) portuguesa(s)

Ainda que utilizem um mesmo nível de lingua-gem, as modadlidades não apresentam as mes-mas formas, a mesma gramaticalidade (regras), os mesmos recursos expressivos.

Níveis de linguagem da língua escrita são meno-res do que os da língua falada.

Língua(s) portuguesa(s)

LivreCriativaEspontâneaMenor prestígioSinais gestuaisContato diretoVocabulário restritoRepetição

Falada

Presa à gramáticaCuidadaElaboradaMaior prestígioSinais de pontuaçãoContato indiretoVocabulário amploVariedade

Escrita

Variações de tempo: diacrônicaVariações geográficas: diatópica (dialeto)Variações entre camadas sociais: diastráticaVariação entre gerações: diafásicaVariação de um mesmo indivíduo: registro ou idioleto

Variações linguísticas

A língua portuguesa é um conjunto de variantes.

Exercício IIIEscreva DOIS parágrafos de até 400 caracte-res (com espaços) de dois modos diferentes: um que simule uma situação falada e outro uma situação escrita.

Tema: a importância do estudo da língua para o jornalista.

Use o seu idioleto.

Um mesmo falante pode valer-se de diver-sas variantes linguísticas, dependendo da situação.

Essas variações são denominadas de regis-tro, ou níveis de linguagem.

Trata-se de adequação.

Variações linguísticas

Pode-se dizer que todo ato de fala tem um es-tilo próprio.

Estilo: conjunto de características formais ofere-cidas por um texto como resultado da adequação do instrumento linguístico às finalidades especí-ficas do ato em que foi produzido.

Variações linguísticas

O ponto de vista sociolinguístico considera três divisões:

- Registro formal: nível culto- Registro comum: nível familiar ou coloquial- Registro informal: nível popular

Níveis de lgg

Nível culto (variante padrão)

Elaborada de acordo com as normas gramaticais.Burocrática, artificial e conservadora, precisa im-pessoal, sem espontaneidade e, não raro, sem graça e beleza. Lgg técnica e formal, fora dos hábitos comuns.

Níveis de lgg

Nível culto (variante padrão)

Utilizada por intelectuais, diplomatas e cientis-tas, principalmente na forma escrita. É raramente utilizada em língua oral, mas se aproxima do dis-curso de cerimonial ou de situações formais (tri-bunas, púlpito, júri).

Níveis de lgg

Nível culto (variante padrão)

O vocabulário é diversificado, rico, a sintaxe é complexa e as normas gramaticais são respeitadas.

Níveis de lgg

Sintaxe: parte da gramática que estuda as palavras enquanto elementos de uma frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de ordem.

Nível culto (variante padrão)

- Linguagem literária (plurissignificação)

- Linguagem técnica e científica (alto grau de abstração do pensamento)

Níveis de lgg

- Variante de linguagem burocrática (relações comerciais; “reconhecer FIRMA”)

- Linguagem profissional ( jargão; relatórios administrativos, comunica-dos, processo, petições, editais) Níveis de lgg

Nível familiar- Fuga da formalidade e dos requintes gramaticais- Vocabulário limitado e pouco variado; sintaxe simples; intermediário entre culto e popular- Repetições (espontaneidade)

Jornalistas e publicitários optam por uma variante que se adapta a seu público-alvo.

Níveis de lgg

Linguagem popular- Variante informal de pouco prestígio se comparada à linguagem coloquial e à culta.- Espontânea, descontraída. Expressão subjetiva, concreta e afetiva.- Falada por pessoas que têm baixo grau de escolaridade ou são analfabetas.

Níveis de lgg

A comunicação verbal baseia-se na interação dos seguintes fatores:

Emissor - Destinatário - Contexto - Mensagem - Contato - Código

Funções da lgg

Cada um dos fatores dão origem a uma função.

A estrutura verbal de uma mensagem depende primariamente da função que nela é predominante.

Funções da lgg

Fatores relevantes no ato de comunicação:

+ Remetente: emissor, destinador.+ Destinatário: receptor, ouvinte, leitor.+ Canal: meio ( jornal, emissora de rádio ou televi-são, carta, telegrama, faz, telefone, diálogo).+Código: língua portuguesa, língua inglesa.+ Contexto: referente conceitual, ambiente em que se dá a comunicação.+ Mensagem: texto referencial (a mensagem alude a um contexto extralinguístico ou a um referente conceitual).

A mensagem literária, no entanto, se refere a si mesma.

A mensagem não é neutra; ela tem um objetivo, uma finalidade: transmitir conteúdos intelec-tuais, exprimir emoções e desejos, hostitlizar pessoas ou persuadi-las, incentivar ações, esconder ou publicar fatos, evitar o silêncio.

Funções da lgg

+ Comunicar+ Exprimir emoções+ Levar o receptor a uma ação+ Agradar+ Embelezar+ Esclarecer a própria linguagem+ Manter viva a comunicação

Funções da lgg

+ Comunicar: função referencial+ Exprimir emoções: função emotiva+ Levar o receptor a uma ação: função conativa+ Embelezar: função poética+ Esclarecer a própria linguagem: função metalinguística+ Manter viva a comunicação: função fática

Funções da lgg

Função referencial: fundamento da comunicação

+ Estabelece uma relação entre a mensagem e o objeto a que se refere+ Objetividade, verificabilidade, impessoalidade, evita ambiguidades e confusões

Ciência, lgg burocrática e técnica, jornalismo, literatura realista.

Função expressiva ou emotiva: relação entre mensagem e emissor

+ Expõe ideias e emoções, apresenta a atitude do redator em relação ao objeto+ Primeira pessoa

Canções populares, novelas, pintura expressio-nista.

Função conativa: centrada no destinatário

+ Influencia o comportamento, elementos de ordem+ Segunda pessoa verbal, imperativo, vocativo

Mensagens publicitárias, textos impressivos, persuasivos e sedutores.

Função poética ou estética: atualização das potencialidades estruturais da língua

+ A mensagem com ela mesma+ Valorização das características físicas do signo (som e visualização)

Poesia, prosa literária, textos dramáticos.

Função fática: aproxima o receptor e o emissor

+ Prender a atenção do receptor, estabeler ou cortar a comunicação

Alô, bom dia, né, sabe, você está me entendendo?

Função metalinguística: centrada no código

+ O código para explicar o próprio código.

Dicionário, gramática.

Para escrever com mais propriedade, determine que mensagem você quer passar e escolha a fun-ção da linguagem que a enfatiza.

Essa função deve ser a PREDOMINANTE no texto (mesmo que outras também estejam lá).

Funções da lgg

Como criar ideiasExperiência e observação

A experiência é a fonte principal de nossas ideias.

Experiência é observar e expor os fatos à reflexão.

Experiência e observação

Aproveitar a experiência alheia: convívio, conversa e leitura.

Para ser inteligente, converse com pessoas inteligentes.

Experiência e observação

“(...) perguntar a esmo é... bisbilhotar. Tra-ta-se aqui de perguntar... sistematicamente, com vistas a um determinado fim. Para isso, é preciso planejar o questionário, é preciso saber previamente o que se vai indagar atra-vés dessa espécie de entrevista com os fave-lados, quer dizer com aqueles cuja experiên-cia se pretende aproveitar”. GARCIA, Othon M.

A pesquisa não deve limitar-se à co-leta de dados; há outras fontes de testemunhos: os entendidos (pes-quisadores) Testemunho autorizado

Experiência e observação

Experiência e observação

Colhidos os dados, classifique-os.

Não consegue escrever quem não consegue refletir: selecionar, ordenar e associar impressões e ideias advin-das da observação.

Como criar ideiasLeitura

Leitura

+ Pesquisa bibliográfica: classificação

+ Obras de referência: enciclopédias. Wikipedia pode? SIM, mas deve ser ponto de partida, não única parada.

+ Catalogação: por autor; por assunto

Tome nota!O que anotar?Como Anotar?Onde anotar?

Tome nota!O que é importante para o seu objetivo?

Anote: + Ideias-núcleo + Citações ipsis verbis (palavra por palavra; transcrição)

Técnica de sublinhar + Destaca ideias principais+ Ajuda a compreender o texto em totalidade a partir de palavras--chave

Técnica de sublinhar + Sublinhe apenas palavras-chave ou grupo de palavras + Leia antes; sublinhe depois.+ Use o dicionário.

Esquema (esqueleto)+ Hierarquiza ideias + Use tópicos+ É feito antes do resumo (ou da escrita)

Esquema para a resenha de um filme

+ Síntese da história do filme + Análise da construção da história e da época em que ela se desenvolve (há flash--back?, passam-se anos ou apenas um dia?)+ Descrição das personagens principais+ Descrição dos lugares principais

+ Interpretação da história+ Descrição das técnicas de filmagem utili-zadas+ Análise da interpretação+ O que me impressionou mais e por quê

Resumo + Síntese FIEL das ideias principais do texto+ Sentido completo

Resenha

a) identificação da obra: autor, tí-tulo, dados referentes à publica-ção, total de páginas resenhadas;

b) credenciais do autor da obra;

c) conteúdo: exposição com os pon-tos mais importantes, já num es-quema, e breves explicações sobre as conclusões do autor da obra;

d) crítica: no último momento da resenha, após a exposição do conteúdo.

- Contribuições da obra, com a análise do estilo, da forma, com os méritos e considerações éticas. - Destacar eventuais falhas, incoerên-cias e limitações do texto, sempre ba-seada em fundamentos teóricos.

Fichamento + Organização da leitura

+ Contém todas as informações a

respeito do texto

+ 3 tipos de fichas:

ABNT (padrão);

cadernos de A a Z (informal);

computador (funcional).

Plano-padrãopasse-partoutou

Plano-piloto

1- Definiçãoa) denotativa ou didática:vínculo direto de significação (sem sentidos derivativos ou figurados) que um nome estabelece com um objeto da realidade.

b) conotativa ou metafórica:algo que uma palavra ou coisa sugere; os atributos implícitos, subjetivos.

2. Considerações gerais3. DistinçãoExemplo: as várias espécies de amizade.Cite exemplos ou casos.

4. Comparação ou analogiaSempre é possível estabelecer comparações entre fatos ou ideias.

5. ContrasteQuase tudo tem duas faces:a ideia de amizade opõe-se à de ódio; à de curiosidade, à de indiferença ou apatia.

6. CircunstânciasCausa, origem, efeito;motivos, consequências; tempo, lugar, etc.).

7. Ilustração realou hipotéticaCaso, exemplo histórico ou inventado,anedota, que se ajuste ao temacomo ilustração.

8. Conclusão

Resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura es-sencial sem perder de vista três elementos:

1. as partes essenciais do texto;2. a progressão em que elas aparecem no texto;3. a correlação entre cada uma das partes.

Resumo de texto narrativo:Preste atenção aos elementos de causa e sequências de tempo.

Resumo de texto descritivo:

Preste atenção aos aspectos visuais e espaciais.

Resumo de texto dissertativo:

Preste atenção à organização e à construção das ideias.

O resumo deve:I – Apresentar as ideias mais relevantes do original, indicando sucintamente:

+ assunto e propósito do trabalho+ aparato ou aparelhagem que serviu ao autor nas pesquisas e experiências+ método adotado+ resultados e conclusões

II – Ser constituído de frases afirmativas e concisas.

III – Ser redigido em linguagem objetiva e impessoal, sem qualquer juízo ou apreciação crítica sobre o mérito ou as falhas do trabalho: verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.

IV – Ser inteligível por si mesmo, como se fosse uma peça autônoma.

V – Evitar, tanto quanto possível, a repetição de frases íntegras do original – o que não impede a citação entre aspas de uma ou outra expressão típica – e o uso de símbolos e contrações que não sejam de uso corrente, de fórmulas, equações, diagramas, etc.

VI – Destacar com a devida ênfase a contribuição pessoal do autor (fatos novos, novas teses, interpretações e conclusões)

VII – Ser feito de tal forma que, oferecendo ao leitor uma visão sucinta do assunto, possa leva-lo, caso se interesse por informações mais detalhadas, à leitura do original.

AcríticoFragmentadoEmpíricoEspontâneoSubjetivo

Senso comum

Rigor metodológicoRacionalSistemáticoObjetivo

Conhecimento científico

Mesmo (o). É condenável o uso de o mesmo, a mes-ma, os mesmos, as mesmas para substituir pronome. Estão vetadas, dessa forma, locuções como: Chegou o livro que esperava; o mesmo traz contos inédi-tos de X. / A moça voltou de viagem e a mesma fará amanhã o vestibular. / Os diretores da empresa reu-niram-se ontem e os funcionários saberão amanhã as decisões dos mesmos. / O governo determinou o le-vantamento das despesas e dos efeitos que as mes-mas terão no desempenho da economia.

Aspas 1 - Servem principalmente para indicar a reprodução literal de um período, oração, trecho de frase, pala-vra, lema ou slogan: Foi Euclides da Cunha quem es-creveu: “O sertanejo é antes de tudo um forte.” / Segundo o ministro, “o aumento das exportações é a única saída para a economia brasileira no momento”. / O presidente afirmou que a gravidade da crise polí-tica “não permite hesitações”. /

2 - As aspas podem ser empregadas também para ressaltar o valor de uma palavra ou expressão ou para indicar o seu uso fora do contexto habitual: Circunlóquio significa “rodeio de palavras”. / Para ele, existe sempre um “mas” em tudo. / Paris é considerada a “Cidade Luz”.

“Irá fechar” ou “Vai fechar”?

O verbo auxiliar não é conjugado no futuro do indi-cativo, permanece no presente do indicativo.

Formação de tempo futuro:verbo no presente do indicativo + verbo no infinitivo

“VAI FECHAR” ou “FECHARÁ”

Argumentação

+ a arte da eloquência, a arte de bem argumentar; arte da palavra

+ conjunto de regras que consti-tuem a arte do bem dizer, a arte da eloquência; oratória

Retórica

+ capacidade de falar e expressar-se com desenvoltura+ poder de persuadir pela palavra+ a arte de bem falar+ expressividade

Eloquência

+ conjunto de regras que constituem a arte do bem dizer, a arte da elo-quência; retórica

Oratória

+ levar (alguém ou a si mesmo) aacreditar, a aceitar ou a decidir (so-bre algo); convencer(-se)

Persuasão

+ Remontam ao século V antes de Cristo+ A Sicília era governada por dois tiranos que haviam expropriado a terra dos habi-tantes locais+ Córax e Tísias compuseram o primeiro método de argumentação para convencer um tribunal

História da argumentação

+ Sofistas: formar um cidadão mais crítico para exercer seu papel na democracia atra-vés do poder das palavras+ Todo esforço intelectual visa vencer um adversário, ganhar uma causa, convencer um auditório da maneira mais persuasiva possível

História da argumentação

+ Sofistas: formar um cidadão mais crítico para exercer seu papel na democracia atra-vés do poder das palavras+ Todo esforço intelectual visa vencer um adversário, ganhar uma causa, convencer um auditório da maneira mais persuasiva possível; a arte suprema

História da argumentação

+ Aristóteles: Arte Retórica

+ Qualidades da argumentação exemplar: clareza e adequação dos meios de expres-são ao assunto e ao momento do discurso

História da argumentação

+ Aristóteles: Arte Retórica

+ Retórica como faculdade de descobriro que, em cada caso, é apropriado aoobjetivo de persuadir

+ Descobrir em cada informação o quetem de mais persuasivo

+ Aristóteles: Arte Retórica

+ A persuasão está ligada a três provas técnicas da retórica:

a) caráter do oradorb) disposições em que se colocam os ouvintesc) o próprio discurso

ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. Cotia: Ateliê Editorial, 2009.13ª edição, 144 páginas

Segundo o senso comum, argumentar é vencer al-guém, forçá-lo a submeter-se à nossa vontade. Definição errada! Von Clausewitz, o gênio militar alemão, utiliza-a para definir GUERRA e não ARGU-MENTAÇÃO. Seja em família, no trabalho, no espor-te ou na política, saber argumentar é, em primeiro lugar, saber integrar-se ao universo do outro. É também obter aquilo que queremos, mas de modo cooperativo e construtivo, traduzindo nossa verda-de dentro da verdade do outro.

Inspiração?Transpiração?

Argumentação.

Argumentar = convencer +

persuadir

afeto, sensibilidade,campo das emoções

informação, razão,campo das ideias,provas

Argumentar = convencer +

persuadir

Semânticaargumentativa

Vários fatores influenciam um ato de comunicação.No plano textual,há recursos semânticos próprios para tornar um textomais argumentativo.

A argumentaçãoestá na língua. Ducrot

Existe uma escala em que um discursopode se posicionar:

+objetivo +argumentativo

Condiçõesde argumentação

1ª Definição da tesee do problemapara que essa tese é resposta.Tese: a ideia que você quer defender.

2ª Falar a línguado público.Nós é que temos que nos adaptaràs condições intelectuais e sociaisdos que nos ouvem.Se você não entendeu, você não erao público-alvo. Se você era o público,o interlocutor errou feio.

3ª Ter um contatopositivo, gerenciara relação. Saber ouvir, dar atenção, estabelecer acordos e cumpri-los.

4ª Agir de forma ética. Argumentar não significanecessariamente convenceralguém de algo que é verdade,mas devemos nos pautar por isso. A credibilidadefaz parte da argumentação.

Capte a atenção.Quebre o padrão.Prove o que diz.A estrutura da piada

Excelênciaem oftalmologia.

Um novo conceitoem odontologia.

O textogenérico

A Cocavel Casa de carnes está sempre presenteno seu dia a dia com produtos de alta qualidadee uma equipe de profissionais bem treinados,oferecendo sempre o melhor serviço aos seus clientes.Os produtos especiais e acessórios para churrascoda Cocavel vão deixar a sua festa mais gostosa.O seu churrasco merece. Para melhor confortoe comodidade, a Cocavel dispõe de entrega a domicílio.Ligue 3324 8401.Cocavel, muito mais qualidade e sabor em sua mesa.

A _____ está sempre presente no seu dia a dia com produtos de alta qualidade e uma equipe de profissionais bem treinados, oferecendo sempre o melhor serviço aos seus clientes. Os produtos especiais e acessórios para ______ da ________ vão deixar a sua festa mais gostosa. O seu ______ merece. Para melhor conforto e comodidade, a ______ dispõe de entrega a domicílio.

“Chega ao fim a novela da negociação de Ronaldo para o Milan da Itália.” “Uma das mulheres mais belas de todos os tempos.” “O sonho do hexa virou pesadelo.” “Desde os primórdios, a cobiça (...)” “O país é uma das maiores economias do mundo.”“O racismo é uma chaga social (...)”“Fechar com chave de ouro” “Ressurge o fantasma do autoritarismo (...)” “Agora é preciso colocar a casa em ordem.”

“Voltar à estaca zero” “Amarga decepção” “Calorosa recepção” “Crítica construtiva” “Deixamos para trás os tempos de inflação galopante.” “Será preciso correr atrás do prejuízo (...)” “A atleta já está de passaporte carimbado para as Olimpíadas.” “Guga encerrou o torneio em grande estilo.” “Esta é mais uma obra faraônica”.

Redundância “está presente”, “repetiu o mesmo”, “regra geral”, “receber das mãos”

É importante porque é muito importante.Tautologia: uso de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia; redundância“o sal é salgado”repetição do mesmo conceito já emitido, ou que só desenvolve uma ideia citada, sem aprofundar sua compreensão

Recursos/mecanismos/procedimentosargumentativos

Linguísticos+ Fonéticos (sons, pronúncia)+ Morfológicos (classes de palavras)+ Sintáticos (elementos da frase)+ Estilísticos (expressividade da lgg)+ Semânticos (sentido, interpretação)

Gráficos+ Parênteses (explicação)+ Travessão (interlocutores, explicação com ênfase)+ Aspas (citação, realce - novo sentido)+ Negrito/grifo/caixa alta (destaque)

Imagéticos+ Fotografia+ Diagramação+ Produção gráfica

Textuais/discursivos no jornalismo+ Títulos+ Linha fina+ Olho+ Legenda

Conjunto de características que fazem com que um texto não seja apenas um amontoado de frases.

Textualidade

Quando falta textualidade?

- Começam com um tema e terminam com outro- Períodos ininteligíveis- Sem pé nem cabeça

Fatores de textualidade

+ Coerência (macrotextual: nível cogni-tivo, conhecimento de mundo) articulação de ideias, construção de sentido, evita ruídosBêbados não são coerentes.

+ Coesão (microtextual)Conexão gramatical: conjunções, prono-mes, vocábulosNão pode haver ambiguidade ou regên-cias incorretas.Repetição. Substituição. Costura.

Ulysses era impressionante sob vários as-pectos, o primeiro e mais óbvio dos quais era a própria figura. Contemplado de per-to, cara a cara, ele tinha a oferecer o con-

traste entre as longas pálpebras, que su-biam e desciam pesadas como cortinas de ferro, e os olhos claríssimos de um azul

leve como o ar. As pálpebras anunciavam profundezas insondáveis. Quando ele as abria parecia estar chegando de regiões inacessíveis, a região dentro de si onde guardava sua força.

+ Aceitabilidade (auditório)

O texto deve ser compatível com a expec-tativa do receptor: utilidade, relevância.O receptor assina um contrato e se com-promete a esforçar-se.

+ Intencionalidade

Compatibilidade com as intenções de quem o produz (cumprimento do projeto de dizer)

+ Informatividade

Relacionado à informação. Ideal: nível mediano de novas informações ligadas a dados já conhecidos.

+ Situacionalidade (contexto)

Adequação à situação comunicativa. Falada? Escrita? Níveis de linguagem.

+ Contextualizadores (data, autor, tipo de letra, etc.)

Elementos de tangibilidade e de credibilidade.

+ Intertextualidade Relação entre dois ou mais textos.Temática, estilística (paródia).Dependência para gerar sentido.

TÍTULO: “NUNCA SONHEI COM ISTO”, por Ray Bradbury.

Ray Bradbury, o maior escritor de ficção científica de nossos tempos, jamais tinha visto de perto uma nave espacial, jamais tinha sequer conhecido um astronauta pessoalmente. Então foi visitar Cabo Ken-

nedy. E êle, acostumado a sonhar com um futuro muito além do seu alcance, espan-tou-se com a própria “ignorância”. Ago-ra, ao descrever o lugar que há vinte anos atrás só existe em suas novelas, Bradbury confessa que o lançamento de um foguete ultrapassa infinitamente o que podia ima-ginar e corrige as previsões que fêz num

de seus livros em 1950: chegaremos à Lua não em 1975, mas daqui a dois anos; e a Marte não no finzinho do século, mas da-qui a doze anos.

Olho 1: “É estranho, complicado, amedron-tador”;

Olho 2: “Aqui ensaiam nossa própria His-tória”;

Olho 3: “Aqui a lua nasce e morre dentro duma sala”;

Olho 4: “Aqui se aprende até a pensar com os dedos”;

Olho 5: “Daqui o homem partirá para ou-tros mundos”;

Olho 6: “E a terra, de quem será?”

(REVISTA REALIDADE, ed. 23, fev. de 1968).

Assinalar o argumento mais forte:

Somar argumentos favoráveis:

Introduzir uma conclusão relativamentea argumentos já apresentados: Introduzir argumentos alternativosque levam a conclusões diferentes: Estabelecer relações de comparaçãoentre elementos: Introduzir uma justificativa ou explicação do enunciado anterior: Contrapor argumentos orientadospara conclusões contrárias: Introduzir no enunciado conteúdos pressupostos: Orientar para escalas opostas -afirmação total ou negação total:

Até, mesmo, até mesmo, inclusive, nem mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo. E, também, ainda, nem, não só.... mas também, tanto...como, além de..., além disso..., a par de, aliás, etc. Portanto, logo, por conseguinte,pois, em decorrência, consequentemente, etc. Ou, ou então, quer... quer, seja...seja, etc.

Mais que, menos que, tão...como, etc.

Porque, que, já que, pois, etc.

Mas (porém, contudo, todavia, no entanto, etc.), embora (ainda que, posto que, apesar de (que) etc.) Já, ainda, agora, etc. Um pouco, quase (afirmação da totalidade) Apenas (só, somente), poucos (negação da totalidade)

FUNÇÃO OPERADORES ARGUMENTATIVOS

Operadores argumentativos

Operador‘mesmo’, ‘até’, ‘até mesmo’, ‘inclusive’FunçãoOrganizam a hierarquia dos elementos numa escala, assinalando o argumento mais forte para uma conclusão

Operador‘ao menos’, ‘pelo menos’, ‘no mínimo’FunçãoIntroduzem dado argumento deixando subentendida a presença de uma esca-la com outros argumentos mais fortes;

Operador‘portanto’, ‘logo’, ‘por conseguinte’, ‘pois’, ‘em decorrência’, ‘conseqüentemente’ FunçãoIntroduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em enun-ciados anteriores;

Operador‘ou’, ‘ou então’, ‘quer...quer’, ‘seja..seja’ FunçãoIntroduzem argumentos alternativos que conduzem a conclusões diferentes ou opostas;

Operador‘mais que’, ‘menos que’, ‘tão...como’ FunçãoEstabelecem relações entre elemen-tos, com vista a uma dada conclusão;

Operador‘porque’, ‘que’, ‘já que’, ‘pois’ FunçãoIntroduzem uma justificativa ou expli-cação relativa ao enunciado anterior;

Operador‘mas’, ‘porém’, ‘contudo’, ‘todavia’, ‘no entanto’, ‘embora’, ‘ainda que’, ‘posto que’, ‘apesar de (que)’ FunçãoContrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias;

Operador‘um pouco’ e ‘pouco’, ‘quase’ e ‘apenas’, ‘só’, ‘somente’ FunçãoDistribuem-se em escalas opostas, isto é, um deles funciona numa escala orientada para a afirmação total e o outro, numa escala orien-tada para a negação total;

Operador‘e’, ‘também’, ‘ainda’, ‘nem’ (= e não), ‘não só...mas também’, ‘tanto...como’, ‘além disso’, ‘além de’, ‘a par de’ FunçãoSão argumentos que fazem parte de uma mes-ma classe argumentativa, isto é, somam argu-mentos a favor de uma mesma conclusão.

Operador‘aliás’ FunçãoIntroduz um argumento decisivo, resu-mindo todos os demais argumentos.