Redemocratização e neoliberalismo

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O Brasil e o Mundo após o fim da Guerra Fria. A Redemocratização no Brasil Governo Neoliberalismo: Fernando Collor Fernando Henrique Cardoso (FHC) Redemocratização e Neoliberalismo

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O Brasil e o Mundo após o fim da Guerra Fria.

A Redemocratização no Brasil

Governo Neoliberalismo: •Fernando Collor •Fernando Henrique Cardoso (FHC)

Redemocratização e Neoliberalismo

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Fim da Guerra FriaA Guerra Fria começou a esfriar durante a década de

1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Na sequência deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha (Ocidental com Oriental).

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Fim da Guerra FriaPodemos afirmar que a crise nos países socialistas

funcionou como um catalisador do fim da Guerra Fria. Os países do bloco socialistas, incluindo a União

Soviética, passavam por uma grave crise econômica na década de 1980.

A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de produtos causaram uma grave crise econômica. A falta de democracia também gerava uma grande insatisfação popular.

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Fim da Guerra FriaNo começo da década de 1990, o presidente da União

Soviética Mikhail Gorbachev começou a implementar a Glasnost (reformas políticas priorizando a liberdade) e a Perestroika (reestruturação econômica).

A União Soviética estava pronta para deixar o socialismo, ruma a economia de mercado capitalista, com mais abertura política e democrática.

Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética foram retomando sua independência política. Futuros acordos militares entre Estados Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo de desarmamento nuclear.

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Fim da Guerra FriaNa década de 1990, sem a pressão soviética, os outros

países socialistas (Polônia, Hungria, Romênia, Bulgária, entre outros) também foram implementando mudanças políticas e econômica no sentido do retorno da democracia e engajamento na economia de mercado.

Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas. 

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Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, e Ronald Reagan, Presidente dos Estados Unidos, assinando o Tratado INF, em 8 de dezembro de 1987.

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Organização das Nações Unidas.

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Organização das Nações Unidas.

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Redemocratização no BrasilNos últimos anos do governo militar, o Brasil

apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também.

Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.

Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já.

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Redemocratização no BrasilO movimento era favorável à aprovação da Emenda

Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano.

Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República.

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Redemocratização no BrasilEle fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de

oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e

acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o

Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura

militar e estabeleceu princípios democráticos no país.

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Imagem de manifestantes pedindo a redemocratização no Brasil.

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Imagem de manifestantes pedindo a redemocratização no Brasil.

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Imagem representando o parlamento quando foi aprovado a diretas para presidente.

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Tancredo Neves.

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José Sarney.

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Governo SarneyCom a morte de Tancredo, assumiu a Presidência seu

vice. Político contraditório, José Sarney de Araújo Costa havia apoiado o regime militar, inclusive votou contra a emenda Dante de Oliveira, que garantiria eleições diretas em 1985. Mesmo assim, foi eleito na chapa favorável a redemocratização do país.

Sarney pegou um Brasil arruinado. Os índices de inflação eram altíssimos, a população sofria com desemprego, miséria e a dívidas externa e interna herdadas do período militar assolavam ainda mais o país.

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Governo SarneyNo início de 1986, o governo lançou um plano

econômico que visava o controle da inflação:Criação de uma nova moeda – Cruzado;Congelamento do preço das mercadorias;Congelamento de salários, adotando o “gatilho

salarial”;Fim da correção monetária;

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Governo SarneyA fim de mostrar seu interesse na redemocratização do

país, Sarney convocou no início de 1987 uma Assembléia Constituinte, para elaborar uma nova Constituição. A Assembléia Constituinte foi composta por Deputados e membros do Senado.

Depois de 20 meses de trabalhos, discussões, no dia 05 de outubro de 1988 foi promulgada a Constituição do Brasil, a mesma que está em vigor atualmente. Ficou conhecida como Constituição Cidadã, tendo como garantias e deveres:

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Governo SarneyEleições diretas para os cargos executivos e

legislativos e sistema de presidencialismo;Possibilidade de criação das Comissões Parlamentares

de Inquérito (CPIs);Igualdade e direitos para cidadãos: liberdade para

trabalhar, para expressar o pensamento, liberdade de religião, acesso à saúde, educação, etc;

Direitos trabalhistas foram reafirmados: jornada de trabalho de 44 horas semanais, FGTS, entre outros.

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Governo SarneyO mandato de José Sarney terminaria em 1990. Em

1989 foram realizadas as eleições. Após 20 anos, o povo pode ir às urnas para eleger seu candidato à Presidência.

Sarney não se opôs à campanha eleitoral, em nenhum momento. Mesmo porque este direito estava garantido na Constituição, promulgada em 1988. Seu sucessor, eleito pelo voto popular, foi Fernando Collor de Mello.

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José Sarney.

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Uma cédula de Cruzados

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Uma cédula de Cruzados Novos

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Brasão da Republica Federativa do Brasil.

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NeoliberalismoPodemos definir o neoliberalismo como um conjunto de

idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo. 

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Miséria

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Neoliberalismo: CrítcasOs críticos ao sistema afirmam que a economia

neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

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Miséria

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Neoliberalismo: Pontos PositivosOs defensores do neoliberalismo acreditam que este

sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem.

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Globalização

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Governos que adotaram políticas econômicas neoliberais:

No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003);

No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010);

Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009);

No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006);No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990).

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Fernando Henrique Cardoso.Fernando Collor.

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Michelle Bachelet.Ricardo Lagos.Eduardo Frei.

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George W. Bush.George Bush.Ronald Reagan.

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Ronald Reagan.

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Margaret Thatcher.

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Governo Fernando Collor: HistóriaFernando Affonso Collor de Mello é um político,

jornalista, economista, empresário e escritor brasileiro, tendo sido prefeito de Maceió de 1979 a 1982, governador de Alagoas de 1987 a 1989.

Fernando Collor iniciou a carreira política na ARENA e foi nomeado prefeito de Maceió em 1979 pelo então governador Guilherme Palmeira, cargo ao qual renunciou em 1982, ano em que foi eleito deputado federal pelo PDS.

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Governo Fernando Collor: HistóriaNessa qualidade votou a favor das Diretas Já em 25 de

abril de 1984 e com a derrota dessa proposição votou em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985.

Durante a gestão empreendeu estrategicamente um combate a alguns funcionários públicos que recebiam salários altos e desproporcionais. Com vistas a angariar apoios na campanha presidencial que estava por vir, a imprensa o tornou conhecido nacionalmente como "Caçador de Marajás“.

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Fernando Affonso Collor de Mello

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Capa da Revista Veja citando o logotipo da Campanha de Collor.

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Governo Fernando Collor: Eleição para Presidência.

Fiel a sua estratégia rumo ao Palácio do Planalto elegeu o governo Sarney como responsável por todas as mazelas e descalabros político-administrativos que assolavam o país naquele momento, postura que o levaria a deixar o partido e a ingressar no PRN, sucessor do obscuro Partido da Juventude (PJ), e que o levou a apresentar-se como candidato ao eleitorado brasileiro em 1989 através de uma série bem elaborada de programas de televisão.

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Governo Fernando Collor: Eleição para Presidência.

Desde então, passou à condição de alternativa conservadora às eleições daquele ano, cujo panorama apontava dois nomes de esquerda como os preferidos do eleitorado: Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva.

O sucesso eleitoral de Collor se deve em grande parte à elaborada estratégia de marketing e ao fundamental papel da televisão. Alguns comentaristas argumentam que a vitória de Collor nas urnas não seria possível sem a interferência da Rede Globo, com destaque para um resumo do principal debate entre Collor e Lula, veiculado no Jornal Nacional, cuja edição beneficiou Collor.

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Leonel Brizola.

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Luiz Inácio Lula da Silva.

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Roberto Marinho Fundador da Rede Globo.

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Rede Globo.

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Iniciou as articulações para a formação de uma chapa viável de modo a compensar a debilidade de sua origem política em um dos menores estados da federação e, nesse contexto, fixou-se na escolha de um candidato a vice-presidente oriundo do segundo maior colégio eleitoral do país, o estado de Minas Gerais, escolha que recaiu sobre o senador Itamar Franco.

Durante a campanha cerrou seu discurso no combate a corrupção e aos altos índices de inflação apontando ainda o governo Sarney como inepto, chegando até a classificar o então presidente como alguém "corrupto, incompetente e safado“.

Governo Fernando Collor: Eleição para Presidência.

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Itamar Franco.

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Governo Fernando Collor: PresidenteCollor teria uma duração de dois anos e meio sendo

que seu titular assumiu a presidência aos quarenta anos e sete meses de idade, o mais jovem político a assumir esse cargo na história brasileira e em todas as Américas.

No governo Collor, os produtos importados passaram a invadir o mercado brasileiro, com a redução dos impostos de importação. Os efeitos iniciais destas medidas indicavam que o governo estava no caminho certo.

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Governo Fernando Collor: PresidenteAo mesmo tempo, o governo passou a incentivar os

investimentos externos no Brasil mediante incentivos fiscais e privatização das empresas estatais.

O argumento favorável a essas políticas é de que as estatais eram improdutivas, davam prejuízo, estavam endividadas, eram cabides de emprego, um canal propício à corrupção e sobreviviam somente devido aos subsídios governamentais. Mas as principais empresas privatizadas, como são os casos da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional, eram empresas lucrativas e competitivas.

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Governo Fernando Collor: Presidente

Não são poucas as críticas sobre a venda do patrimônio público. Uma delas aponta ao fato de que o dinheiro arrecadado pelo Estado brasileiro, através da privatização, foi emprestado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Isto é, o governo financiou a juros baixos as empresas que ele próprio vendeu.

Os recursos captados com o processo de privatização deveriam servir para diminuir a dívida pública. Mas seu objetivo foi inviabilizado em pouco tempo.

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Collor, o mais jovem presidente.

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Companhia Vale do Rio Doce.

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Companhia Siderúrgica Nacional.

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Companhia Siderúrgica Nacional.

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No ano anterior ao início de seu governo a inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística alcançou a inacreditável cifra de 1.764% e em razão desse flagelo o presidente Collor elegeu como sua prioridade a luta contra a espiral inflacionária através do chamado Plano Brasil Novo, popularmente denominado de Plano Collor:

Governo Fernando Collor:Plano Collor

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Anunciou o retorno do cruzeiro como unidade monetária em substituição ao cruzado novo.

Redução da máquina administrativa com a extinção ou fusão de ministérios e órgãos públicos.

Demissão de funcionários públicos e o congelamento de preços e salários.

E mais...

Governo Fernando Collor: Plano Collor

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Governo Fernando Collor: Plano Collor

80% de todos os depósitos do overnight, das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem a NCz$50mil (Cruzado novo) foram congelados por 18 meses, recebendo durante esse período uma rentabilidade equivalente a taxa de inflação mais 6% ao ano.

Alargamento da base de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras IOF, recaindo sobre todos os ativos financeiros disponíveis , transações com ouro e ações e sobre todas as retiradas das contas de poupança Alteração da base de tributação do IOF.

Eliminação de vários tipos de incentivos fiscais: para importações, exportações, agricultura, os incentivos fiscais das regiões Norte e Nordeste, da indústria de computadores e a criação de um imposto sobre as grandes fortunas.

Aumento de preços dos serviços públicos, como gás, energia elétrica, serviços postais, etc.

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Logomarca do Governo Collor.

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A ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello.

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Jornal anunciando o Plano COLLOR.

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Cédula de 50.000 Cruzeiros

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Pessoas fazendo filas com medo do confisco da poupança pelo Plano Collor

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Governo Fernando Collor: Impeachment

Em meados de 1991, denúncias de irregularidades começaram a surgir na imprensa, envolvendo pessoas do círculo próximo de Fernando Collor, como ministros, amigos do presidente e mesmo a primeira-dama Rosane Collor.

Em entrevista à Revista Veja em maio de 1992, Pedro Collor de Mello, irmão do presidente, revelou o esquema de corrupção que envolvia o ex-tesoureiro da campanha Paulo César Farias, entre outros fatos comprometedores para o presidente.

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Governo Fernando Collor: Impeachment

A Revista IstoÉ publica em 24 de junho uma matéria na qual Eriberto França, motorista da secretária de Collor, revela que ele próprio pagava as despesas pessoais do presidente com dinheiro de uma conta fantasma mantida por PC, reforçando a tese do irmão do presidente.

Em 2 de outubro é aberto o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, impulsionado pela maciça presença do povo nas ruas, como o movimento dos Caras-pintadas.

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Governo Fernando Collor: Impeachment

Em 29 de setembro, por 441 a 38 votos, a Câmara vota pelo impedimento do presidente, que renuncia antes de ser condenado. A presidência é assumida pelo então vice-presidente, Itamar Franco.

Foi a primeira vez na história republicana do Brasil que um presidente eleito pelo voto direto era afastado por vias democráticas, sem recurso aos golpes e outros meios ilegais.

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A ex-primeira dama Rosane Collor.

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Pedro Collor de Mello, irmão do presidente.

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Capa da Revista Veja, no qual Pedro Collor denuncia o irmão.

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Paulo César Farias, PC FARIAS

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Eriberto França, motorista da secretária de Collor.

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Capa da Revista IstoÉ, no qual Eriberto denuncia a corrupção.

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Imagem dos CARAS PINTADAS

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Imagem da Manifestação pelo Impeachment de Collor.

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Imagem da Manifestação pelo Impeachment de Collor.

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Fernando Collor deixando a Presidência.

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Tô Feliz (Matei O Presidente):Gabriel O Pensador

Atirei o pau no ratoMas o rato não morreuDona Rosane, admirou-se do ferrãoTrês-oitão que apareceuTodo mundo bateu palma quando o corpo caiuEu acabava de matar o Presidente do BrasilFácil um tiro sóBem no olho do safadoQue morreu ali mesmoTodo ensanguentadoQuê? Saí voado com a polícia atrás de mimE enquanto eu fugia eu pensava bem assim:"Tinha que ter tirado uma foto na hora em que o sangue espirrouPra mostrar pros meus filhosQue lindo, pô"Eu tava emocionado mas corri pra valerE consegui escaparAh tá pensando o quê?E quando eu chego em casaO que eu vejo na TV?

Primeira dama chorando perguntando (Por quê?)Ah! Dona Rosane dá um tempo num enche num fodeNão é de hoje que seu choro não convenceMas se você quer saber porque eu matei o FernandinhoPresta atenção sua puta escuta direitinhoEle ganhou a eleição e se esqueceu do povãoE uma coisa que eu não admito é traiçãoPrometeu, prometeu, prometeu e não cumpriuEntão eu fuzilei, vá pra puta que o pariuÉ "podre sobre podre" essa novelaÉ Magri, é ZéliaÉ Alceni com bicicleta e guarda-chuvaLBA Previdência chega dessa indecênciaEu apertei o gatilho e agora você é viúvaE não me arrependo nem um pouco do que fizTomei uma providência que me fez muito feliz

Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)Hoje eu tô feliz matei o presidente

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Governo Itamar Franco: HistóriaItamar Augusto Cautiero Franco foi um político

brasileiro, 33º presidente da República, vice-presidente, senador por Minas Gerais e governador do estado de Minas Gerais.

Em 1992, Fernando Collor de Mello foi acusado de corrupção e sofreu um processo de impeachment pelo Congresso Nacional e se afasta do governo.

Itamar assume interinamente a presidência em 2 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado em 29 de dezembro de 1992, quando o presidente Collor renuncia ao cargo

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Governo Itamar Franco: HistóriaO Brasil estava no meio de uma grave crise

econômica, com a inflação chegando a 1100% em 1992, e alcançado mais de 2700% no ano seguinte (a maior da historia do Brasil). Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.

Em fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda a partir de idealização do economista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária.

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Governo Itamar Franco: HistóriaO Presidente Itamar Franco fez projetos de combate à

miséria ao lado do sociólogo Betinho. Em 1994 apóia o então candidato Fernando Henrique Cardoso, o qual sai vitorioso nas urnas. Itamar Franco terminou o seu governo com 41% de aprovação popular.

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Itamar Franco, presidente.

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Edmar Bacha.

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Cédula de Um Real.

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Betinho.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Fernando Henrique Cardoso é um sociólogo, cientista político, filósofo, professor universitário e político brasileiro. Professor emérito da Universidade de São Paulo, lecionou também no exterior, notadamente na Universidade de Paris.

FHC estimulou o MDB a moldar-se no Partido Democrata norte-americano, isto é, um partido "omnibus“

O sociólogo pregava que tanto fazendo alianças amplas como repudiando a luta armada, o MDB chegaria ao poder pelo voto.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Em 1980, quando se extinguiu o bipartidarismo e autorizou-se o multipartidarismo, FHC filiou-se ao PMDB, partido que era o sucessor natural do antigo MDB. FHC assume uma cadeira no Senado em 1983, quando Montoro renunciou ao mandato de senador para assumir o governo de São Paulo.

A partir de 1983, com a posse de 10 governadores de oposição ao governo João Figueiredo, FHC participa das articulações visando a transição do regime militar para a democracia. Torna-se um dos grandes articuladores das "Diretas-já", amplo movimento social e político que reivindicava eleições democráticas para presidente logo ao fim do governo João Figueiredo.

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João Figueiredo.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Durante o governo Sarney exerceu apenas o cargo de líder do governo no Congresso Nacional — função criada especialmente para ele por Tancredo Neves quando o senadorHumberto Lucena (do PMDB da Paraíba), surpreendentemente derrotado por seu correligionário José Fragelli na disputa pela presidência do Senado Federal, teve de ser mantido na posição de líder do governo no Senado.

Durante o governo Collor, exercia o cargo de senador pelo PSDB apoiando o executivo. Em discurso proferido no plenário em 24 de março de 1990, nove dias após o início da vigência do Plano Collor, discursou: "Sabe V. Exª que sou defensor do plano. Sabe V. Exª que não sou só eu, mas o meu partido".

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Em 19 de maio de 1993, assumiu o Ministério da Fazenda por indicação feita à época ao presidente Itamar Franco pelo líder do governo, o então deputado federal Roberto Freire (PE) — cargo que ocupou até o dia 30 de março de 1994, ao ser sucedido por Rubens Ricupero.

Em outubro de 1994, FHC foi eleito presidente da República em primeiro turno, tendo sido fundamental para a sua eleição o sucesso do Plano Real, iniciado e colocado em prática por ele enquanto Ministro da Fazenda de Itamar Franco, sendo o plano finalizado pelo presidente Itamar Franco durante o mandato de seu ministro da fazenda Rubens Ricupero, em junho daquele ano.

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João Figueiredo.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Fernando Henrique tomou posse como presidente em 1 de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos como vice-presidente o ex-governador de Pernambuco e senador Marco Maciel, do PFL.

Na cerimônia de posse, no Congresso Nacional, FHC prometeu acabar com a fome e a miséria no Brasil.

No primeiro mandato, FHC conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que criou a reeleição para os cargos eletivos do Executivo, sendo o primeiro presidente brasileiro a ser reeleito.

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Marco Maciel.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Em seu governo houve denúncias de corrupção, dentre as quais merecem destaque as acusações sem provas de que governadores teriam comprado votos de parlamentares para aprovação da reeleição e de favorecimento de alguns grupos financeiros no processo de privatização de empresas estatais.

Na área social, o governo FHC introduziu o primeiro programa de distribuição direta de renda, o Bolsa Escola (posteriormente transformado no Bolsa Família no início do governo Lula), beneficiando mais de 5 milhões de famílias.

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Logomarca do Bolsa Escola.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

O segundo mandato do presidente FHC findou-se no dia 1º de janeiro de 2003, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

O fim de seu segundo mandato foi marcado por uma crise no setor energético, que ficou conhecida como Crise do apagão. A crise ocorreu por falta de planejamento e ausência de investimentos em geração e distribuição de energia, e foi agravada pelas poucas chuvas.

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Imagem representado a Crise do Apagão.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

FHC continuou o processo de privatização de empresas estatais iniciadas por Fernando Collor.

Em 1997, FHC privatizou a companhia Vale do Rio Doce, fundada pelo governo federal em 1942, vendendo a parte acionária pertencente ao governo (aproximadamente 27%) e seu controle. Atualmente a Vale do Rio Doce é a maior empresa privada do Brasil, com valor de mercado estimado em 127 bilhões de dólares.

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Companhia Vale do Rio Doce.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

Concedeu à iniciativa privada, por tempo determinado, a operação de algumas rodovias federais, como a Rodovia Presidente Dutra (que liga as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro).

Privatizou a maioria dos bancos estaduais responsáveis por grande parte do déficit público bem como o sistema telefônico brasileiro, que gerava altos déficits, cobrava altos preços, atrasava as entregas e mantinha grande demanda reprimida não atendendo nem 10% da população.

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Rodovia Presidente Dutra.

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Governo Fernando Henrique Cardoso

O livro A Privataria Tucana, do repórter Amaury Ribeiro Jr.acusa a chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por intermédio de seu ministro do Planejamento, ex-governador de São Paulo, José Serra, de uma "verdadeira pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, por meio das chamadas 'offshores', empresas de fachada do Caribe…"

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Capa da obra “A Privataria Tucana”.

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Amaury Ribeiro Jr..

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Governo Fernando Henrique Cardoso

“O Brasil não gosta do sistema capitalista. Os congressistas não gostam do capitalismo, os jornalistas não gostam do capitalismo, os universitários não gostam do capitalismo. E, no capitalismo, têm horror aos bancos, ao sistema financeiro e aos especuladores. (…) Eles não sabem que não gostam do sistema capitalista, mas não gostam. Gostam do Estado, gostam de intervenção, do controle, do controle do câmbio, o que puder ser conservador é melhor do que ser liberal. Essa é uma dificuldade imensa que temos, porque estamos propondo a integração do Brasil ao sistema internacional. Eles não gostam nem do capitalismo nacional, quanto mais do internacional, desconfiam de nossa ligação com o sistema internacional. O ideal, o pressuposto, que está por trás das cabeças, é um regime não capitalista e isolado, com Estado forte e bem-estar amplo. Isso tudo é

utópico, as pessoas não têm consciência.” Fernando Henrique Cardoso

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