Redencãoda Serra: anos - Chão Caipira · Luiz Carlos Teixeira ... ta com rezas, missas, tríduo,...
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anosCR.$ 40,00 N! 27
105
SANTÀBRANcA
Água:a causa dosurto dehepatite
Guerra nas Malvinas
Ur1ido~ pela artePrepara-se', CI11 Parai huna, um mo
vimento cultural, que pode influir decisivamente no surgimento de outrosna região.
Enquanto ingleses e argentinos ameaçam usar as anuas para conquistar asIlhas Mal\'iuas, o mundo olha paramais este conflito e se pergunta maisuma vez rSerá o começo da 3? GUERR\ 'IlSDIAL?
Entrevista
ANO 2 ALTO·PARAiBA,A.:.;BR:.:..;I..:.l..:,.D:,.E.;..:19..:.82:.- ~~ _
Redencãoda Serra:recuperando .~
PARAIBUNAMédicodesafia
o prefeito
OposiÇãO
Iarga na frenteEnquanto o PDS paraibunense diví
de-se em quatro. quase cinco grupos, caela qual propondo um nome diferentepara concorrer ao cargo de prefeito dacidade, o PMDB ganha espaço, lançaudo seu candidato único, e iniciando tutensa movimentação.
artigos verão-invernoAV. DR. LINCOLN FELICIANO DA SILVA, 202
TEL·62·0345 PARAIBUNA·SP
ALTo-PARAfBA, ABRIL DE 1982 FolhadaSerra
infantil
Pça.YJ:anoel Arr.onío Carvalho, 39em frente ao correio)
Paraibuna - SP
Esta ai, à vista de todos, uma ímensa Estrada de Agua, já construída, ligando as três cidades, basta somenteuma iniciativa a três, para que isso seconcretize.
Já está passando o tempo dessesprefeitos deixarem de percorrer os corredores do palácio a cata de despachosfavoráveis e passarem a percorrer oscorredores das humldes prefeituras deseus vizinhos.
Pra tomar cafézinho ou mesmo coomecar a fazer uma ligação de fato entre as três cidades dos Grandes Lagos.
MERCEARIA_.PAULtSTA I
sob dírecão: FrankLn Camargo CamposIUma nova oocào I
para suas co rrrpras
CEREAIS - FRUTAS "'VERDURAS
último dia 18, não venham a tombarliteralmente no dec!orrer e no roer dotempo, a e;empl~ do que acontec~com !l Fazenda Conceição, em Paraibuna, que, depois de tombada, estárealmente tombando, sem que os funcionários do governo sequer estejam
- sabendo.Um exemplo de que o povo de Re
denção não acredita que uma cerimônia de tombamento vá garantir a preservação de seu património, está nasua determinação em pleitear ao governo, que o municipio tenha autonomia sobre as obras de preservação,pois que, tanto :0 ESPHAN (ÓrgãoFederal que fez o tombemento em Paraibuna}, quanto .0 CONDEPHAAT(Órgão estadual que fez o tombamento em Redenção), são famosos pelalentidão do trabalho que desenvolvem.Mesm,'J o prefeito de Redenção, Valdemar Carneiro, sabe que isso não basta, e prometeu manter pressão luntoao gorerno, para que a presen'açao seja efetiva.
aliás, dizParaíbunaaté já temgovernador
Joaquim Rico promete,que vai asfaltar a estradaRédenção via Itapeva e queum despacho favorável do(falta só mais dois).
Por conseguinte Carneiro diz quenão acredita que esse asfaltamento se[a feito, pois a estrada em questão nãofoi ainda encampada pelo Estado, e opovo de Natividade reclama da péssima ligação com Paraíbuna, via Ribeirão Branco ou Varginha.
Ora, estão todos trocando ofícios.reclamações e promessas Inviáveis, esquecendo-se de unir para resolver seusproblemas. E quando se reunem, comofoi o caso de uma reunião acontecidano ano passado, a coisa mais pareciauma reunião depolítícos, com uns querendo mostrar mais forças e outroslançando candidatos. Tanto é que nãodeu certo e a idéia já morreu.
Por que? Porque os entendimentosadministrativos e sociais entre essas cidades estão péssimos, tanto quanto asligacões rodovlárías.
Preocupam-se tanto COm estradase esquecem-se de enchergar o potencialque representa a nossa represa, que porsí só já deveria ser o elo mais forte deunião e não de concorrência. F; só deixar de bairrismos competitivos que atéa solução de transporte ela pode oterecer.
'0 hurnort~ Millôr Per1Whdes, coi~ntsta da revist(l Veja, disse, certavez,uão'entender como o pensámentode uma porção de incultos poderia serchamado de "sabedoria popular". Naturalmente, Millôrteriaperdido umafatia de. seu público, se não fosse umhumorista.
Por outro . lado, o povo' demonstra,ao longo da história, a convicção. emsua sal,edoriq. Tanto que se afirma:"O povo não inventa; só aumenta",ou: "Quando o povo diz, ou é, ou fái,Ou viii ser:"
E o que o povo falou é que um altofunciOliário do gooerno do Estado deSão Paulo iria demolir, no último domingo, dia 18, a antiga Igreja Matr;'z,e antiga sede da Prefeitura de Redm-
Editora Paraibunense de Jornalismo, Promoções e PublIcidade Ltda.C.G.C. 50.460.104/0001·57 - I.M. 1.160
Circulação em Paraibuna, Jambeíro, Redenção, Natividade.Santa Branca e Caraguatatuba.
Assinatura Anual Crê 500,00Venda Avulsa . cr$ 40,00
Editor Chefe:Luiz Carlos TeixeiraDíretores-Redatores:
Dímas Soares Alvarenga e João Evangelista de FariaFundadores:
João C. Braga, João E. Faria, Mauro C. CarvalhoRedução e Administração:
Rua Pe . Américo. 3~9 - Paraibuna . S. PauloRepr-esentante em São paute-
Rua Sete ele Abril, 82 - 5.° andar - Cj. 54 - Tets . ·255-2579 e 255-3492Impresso na Clícheria do xtanc em Píndamonhangaba.gp
FolhadaSerra
ção da Serra." O boato nasceu de um
Edít e ltermo usado pela propaganda, que QS
..... promooenies desencadearam, vi-·1 Orla sondo atrairo pública (eleitorado) pa-. ra assistirem o ato do "TOMBAMEN
TO".' Aí está a palavrinha que causou mal-estar nos antigos e revolta nosjovens. Gente que, não entendo osignificado da expessào (que, cá entrenós, é um tanto arcáica) , mostram-seindignados com a notícia de que o próprio governo viria demolir os monumentos, que tanto os redencenses têmdefendido. "Na verdade, tombar s:gnifka passar para o livro do tombo",explicou o deputado e secretário daCultura Cunha Bueno, durante a cerimônia de tombamento dos dois prédios, tentando corrigir o engano queaquela expressão medieval-portuguesatem provocado.
Se a profecia popular garante que"não inventa, só aumenta", ou, sr' nãoé, "foi, ou será", espera-se ainda queela esteja enganada, neste caso, e ospatrimônios históricos, tombados no
João E. Faria,
Essa frase pode ser encontrada emplacas de trânsito de algumas estradaso Nordeste. Isto por que lá está surgindo um novo tipo de estrada, construídacom apenas uma faixa de rolamento de3 metros, como medida drlistica para afalta de recursos para a construção easfaltamento de estradas.
IMas o que isso tem a ver com agente, que está aqui no «Sul-Maravilha»?
Muito simples. Bem aqui em nossaregião (Paraibuna-Redenção-Natividade),há tempos, vem-se díscutíndo" e' prometendo-se asfaltamentos entre vias deligação desses munícípíos, como se asfaltar uma estrada fosse.
Depois de muitos anos de «lengalenga», para alívio do povo e mais alguns votinhos para Benedito Dionízío,Natividade já está sendo ligada por asIalto, Assim mesmo, com uma pista deapenas 6 metros de largura. Recursoempregado para se economízar verbas.
Waldemar Carneio, reclama do mauestado da SP-121, que liga a RodoviaOswaldo CrUz até Redenção. Segundoele, o governador já autorizou três vezê6"0 recapeamento dessa via. Por certo seus subordinados estão ficando desobedientes.
®~OlliJO®®fMCASO DE ULTRAPASSAGEM,USE O AÇOSTAlrfNTO
VandréprocessaSimone
Em abertura às comemorações do~17.0 aniversário da cidade e ao seu1>adroeiro, Márcio trouxe -à Paraibunaa orquestra «Casino de SevilIa» numaauinta-feira, no Centro Comúnltário,que ficou completamente lotado.
Ele pretende trazer pata o grandedia da festa o Rolando Boldrin e seusvioleiros, ou o «Baile da' Saudade», doFrancisco Petrônio.
Merece uma força .
Inicia-se, no próximo dia 1.0, a temporada das melhores festas realizadasno município de Paraíbuna.
FESTA DE BRAGANÇAFamosa p-ela organização do grande
número de atrações que apresenta, a«Festa de Santa Cruz», realizada noBairro do Bragança, promete, mais umavez, repetir o sucesso dos anos anteriores.
O programa inclui corridas de pedestres e ciclistas (infantil, juvenil e adulto), rodeio, truco, fogueira, arrasta-pé,pau-de-sebo, quebra-pote, leitoa-ensebada, leilão de prendas, desüle de cava!aria, leilão de gado, tourada, roda devíoleiros, fogado, e uma missa campal,com a participação de integrantes doCentro Cultural d-e Paraibuna, que íluetrarão a missa com músicas de temasrurais, e procissão.
A festa dura três dias (do sábado,dia 1 à segunda-feira, dia 3).
Os festeiros são: Expedito Walter Saleso Nicanor de Camargo Neves, Manuelcarvaihao Pinto, Paulo Roberto PintoNeves, Antonio B. de Moraes Filho,Paulo Bortoto Sobrinho, Nelton Corradie Vicente Moreira de Síqueíra .
FESTA DO ESPfRITO SANTOEssa festa realiza-se no bairro do mes
mo nome, também na zona rural. Osnomes dos festeiros prometem, comonos anos anteriores, um programa repleto de atraçóes e boa organização.
O programa da festa anuncia O tradicional «Mutírão do Doce», além d-equermesses, arrasta-pés, touradas, apresentação de viole iras, Companhia deMoçambique de Paralbuna, fogueira eoutras atrações. A parte religiosa conta com rezas, missas, tríduo, missa solene -e procissão do Divino.
Os festeiros são: Hugo Gonçalves, Zeca ~ndrade e Toninha Elpidio.
Alem das duas, a cidade prepara-separa ~ua festa maior, a Festa de SantoAntonio e. aniversário da cidade (13 dejunho) cUJo programa publicaremos napróxima edição.
. Programar um baile para qualquerdia da semana, além do Sábado é considerado uma intenção fadada' ao rracasso, em Paraibuna. Mas Márcio Alves,
.umdos Iesteíros de Santo Antonio paraeste ano, parece não ter-se ímpresslona'do por tal perspectiva, e obteve grande'/"t:xito.
Uma noiteno Casino
Vandré"a estrela maior da música deprctecto ,brasileira, foi obrigado a deixar o pais e.m 1969, justamente 'por problemas POlitICOS, mais precisament-e porcausa da música «Caminhando». Retorno.u em 73, e foi classificado ,pelaPolícia Federal como «subversivo». Dec~arou que .quería fazer apenas «cançoes de amor e paz». Quase foi obrigad- a voltar para a França, mas ficou.Entr-etanto, nada mais restava do rebelde dos anos 60, além do corpo. Estava completamente mudado. De .ondesurgiu a idéia de que tenha sofrido «lavagem cerebral»,Hoj~ ele diz que quer ficar «fora de
tudo Isto gu-e está por aí», e processaqualquer cantor que insistir em gravarsuas músicas, inclusive Simone. Temmilhões de' cruzeiros de direitos autor~js depositados «em juízo», pois diz quenao quer e não vai recebê-lo: «Não te.nho nada com e qu-e estão fazendo coma minha música, à minha revelia. Sóserve para a Simone ganhar mais umMercedes do anos.
U'm grupo de artistas, estudantes ejovens empresários de Paraíbuna, resolveram fundar na cidade um centro cultural, onde possam praticar atividadesartísticas e culturais, e organizar movimentos para dar nova vida a este setor,que encontra-se bastante esquecido, foradas escolas. A educação informal praticamente ínexiste na cidade.
Por enquanto, apenas reuniões preparatórias estão sendo realizadas, paradecidir sobre que hase será lançado otrabalho do grupo.
O grupo demúsicos e cantores já está ensaiando para participar da missacampal que será realizada na Festa deSta. Cruz, no Bairro do Bragança, nodia 2 de maio. As músicas tratam detemas rurais, em ritmos do m-esmo estilo, com a participação conjunta de violonistas, víoleíros e o grupo vocal, todos do Centro Cultural.
Tão logo, encerrem-se as atividadesda festa do Bragança, o grupo deveráiniciar o ensaio de uma quadrilha junína a ser apresentada na Festa do Dívíno Espírito Santo, qu-e acontecerá no fínal de maio. O forte dessa quadrilhadeverá ser a maneira «honesta» comoos caipiras serão apreesntados, pois osintegrantes do grupo acham que há mili.ta avacalhação do caipira nas quadrílhas que têm visto. Aliás é o que diziaMazzaropí,
CENTRO CULTURALSIQUEIRA E SILVA
Uma grande noite, com música aovivo, teatro, poesia, fotografia, pintura-e artesanato, é o que está sendo programado para o lançamento do CentroCultural Siqueira e Silva, de Paraibuna.
Os primeiros integrantes do gruposão: Maria José Alvarenga CantiJJhoSilvana Santos Cantinho, José Dahe;Díníz, Fernanda Aparecida AlvarengaJaqueline Franç;l. de Camargo, JoãóEvangelista de Faria, Eleni Aparecidada Silva, Francisco Silva Santana Claudio Pinto Canella, Claudio Cesar Gonçalves, José Antonio dos Santos e Dimas Soares de Alvarenga.
São estas as pessoas que, em Paraibuna, pretendem conseguir a adesão demuita gente, para, talvez, estend-er seutrabalho até às cidades vizinhas e incentivar o surgimento de grupos semelhantes em Natividade da Serra, Redenção da Serra, Santa Branca, Jambeiro4! Salesópolis.
Unidospela arte
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A ex-jogadora da seleção de basquete40 Bra~il, Simone Bittencourt de Oliveira, hoje com 32 anos, é quase a estrelamaior da MPB, posição esta que nãose relaciona com a qualidade, das músicas que tem gravado, mas sim à multidão que vem arrastando para ver suasapres-entações.
Após ter provocado o momento demaior emoção no grande show «CantaBrasil», coletivo,' realizado no Morumní,a 7 de fevereiro passado, ao cantar «Caminhando» (ePra Não Dizer que não Falei de Flores») de Geraldo Vandré, Simon-e conseguiu a proeza de, em trêsnoite, reunir um total de 45.000 pessoas,no Gínãsío.s, do Ibírapuera, quando jáhavia vendido 300.000 cópias de seumais novo LP, «Amar» e elevado seucachê fixo, para a casa dos 3,5 milhões de cruzeiros, por 'apresentação ,
Mesmo admftindo que «Caminhando_ Pra não Dizer que não Falei de Fiores» é «furada depois da abertura», Si
, mone vem cantando a música compostae proibida em 1968, há mais de doisanos.
COMERCIALA mesma crítica qu-e vê na cantora
uma das maiores estrelas do firmamento musical brasileiro, garante que ogrande trunfo de Simone, ê a única música do «show» que não fala de amorou sexo, Ou seja, «Prá Não Dizer quenão Falei de Flores». Dai, conclui-seque trata-se mesmo de exploração c~
rnercíal, conforme acusação do compositor Geraldo Vandré ,
À REVElLIA DO AUTORO advogado Geraldo Pedrosa de Araü
ia Dias é o mesmo Geraldo Vandré.Talvez o mais ousado e mais perseguido compositor d-epois da revolução de64', por Um governo que não admitia amenor critica ao poder. Ele não estácontente com o fato de Simone estargravando sua musica. Aliás, dizer queele não está contente é pouco: Ele está prccessando a cantora «por apropriação indébita».
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FolhadaSerra AtT0-PARAtBA, ABRIL DE 1982 '3
~~Lfm~\'lD~Lf&•.roaquim
RICO
FOLHA DA SERRAQu~nto .custou a obra, e quando você pretende entregar oMercado Municipal?
JOAQUIM RICO - O Mereado Municipal é pratícamente uma obra concluida. Esta·mos apenas colocando as ültírnas pedras no piso dos íundos, e fazendo o acabamentocom detalhes de madeira, porum marceneiro técnico esoecializado neste trabalho. .
O nosso mercado é um dosmelhores e mais bonitos doEstado de São Paulo. F: umaobra ínteíramente ':fInanciadapelo governo do Estado, dequem nós recebemos 5 milhões de cruzeiros. A obraestá estimada, hoje, acima de40 milhões de cruzeiros.
FOLHA DA SERRAE quando é que o pessoal vaivoltar a trabalhar dentro domercado?
JOAQUIM - Eu não possoresponder pelo pessoal .que negociava no mercado.' porqueeles não são donos. Quem édono do mercado é o município. E o mercado vai seraberto para o município. Vaiser um mercado do produtorrural. Então aqueles .que preencherem Os requisitos de hoje, (a favor do próprio munícipe, para evitarmos os intermediários, e o produtor ruralpoder vender seu produto direta ao consumidor) estes estarão dentro do mercado.
FOLHA DA SERRAQual é o problema existenteentre a Prefeitura, famíliasBarbosa e Calazans?
JOAQUIM - A Prefeituranão tem problemas com estasduas famílias. Se eles têm algum problema com a Prefeitura, cabe a eles dizer qual éo problema.
FOLHA DA SERRAEm que pé está a Ação Popular formulada contra você?
JOAQUIM - N~ tivemosuma Acão Popular ajuizada
II
contra o prefeito e contra OSvereadores da Câmara Muni.cipal.
Os promoventes desta ação,inconformados com o auxiliofinanceiro por nós recebido,do governo do Estado, paraconstrução e reforma do Mercado Municipal, do CentroComunítãdío, da Cozinha Pi.loto e do terminal Rodoviário.Eles encontraram um motivo.para dizer que esta lei é ínconstítucíonaí, e por conseguinte eu não poderia aplicaro dinheiro recebido nestasobras. Então eles pedem queestas obras sejam demolidas.Dizem eles que o terreno dobanhado não é de propríedade da Prefeitura, mas sim daLight. Desconhecem ·eles queesta lei aprovada pelos vereadores é inteiramente constituocional, pois trata-se de lei queme autoriza a abrir créditoadicional especial no orçamento público, mesmo porqueé dinheiro do Estado.
O banhado, que eles dizemnão pertencer à rnunícípalídade, foi desapropriado pela adoministração anterior, em parte, para a construção do Forum e do Centro Comunitário.Este terreno foi desapropriado pela administração anterior e pela nossa admínístração foi feita uma composiçãoamigável com a Light, cujopreço, nos estipulamos, se nãome f'alna 'a memória, no valorde' 88 mil cruzeiros. Passado
"'l~ürI1 tempo, nós decretamosde utilidade pública o restante da área, para construção daRodoviária, Cozinha Piloto, eoutros prédios públicos, 'assim como para urbanizar a·quela área, e acabar comaquela lagoa assassina, aquele lago maldito, que tragouvárias vidas humanas, e trouxe muita doença, como tifóide e esquístossomose, para a.nossa gente de Paraíbuna.Nós adquirimos essa área daLgíht, numa composição amígável, por um preço históricode 4 milhões e 900 mil cru- I
zeíros, pagáveis em 48 prestações. E um terreno que vale acima de 50 milhões decruzeiros. Então, veja o lucro que a Prefeitura. teve, aocomprar esta área. t 01 'objetívo de uma Ação ' Popularé resguardar o patrimônio público, contra o ato lesivo quea administração possa fazer.No caso nosso, não existe nada disso. Nosso governo émais do que honesto.
FOLHA ~ DA SERRAVocê gostaria de dizer alguma coisa, para finalizar?
JOAQUIM - Eu gostariade dizer uma mensagem deotímísm., ao meu povo, minhagente: Todos aqueles que trabalham com coragem moral,voltados para o bem comum,há dé edificar uma- grandeobra. Paraíbuna está de parabéns. Paraibuna é uma cída de bem situada hoje na sua
região, despontando comouma das maiores reservas deturismo do Estado. Pareíbuna está fadada a ser umagrande cidade do interior doEstado de São Paulo.: :e: preciso, porém, que 00 homenspúblicos de nossa cidade. osnovos valores de nossa cídade compreendam e reconheçam este valor . E na prõxíma eleição que! ai vem. saibaescolher- com dignidade eisenção de ânimos, os homensque deverão carregar o tuturo de nossa municipalidade.Mas é preciso escolher :10·mens que não tenham compromísss com o passado.
Eu tenho visto, em Paraíbuna, uma oposição política àmim e à minha administração. Mas não é uma oposíção política construtiva, queprocura, por outros meios,programar uma atividade administrativa. Eu vejo umaoposição que ai existe radical,que prócura tão Só denegrira nossa imagem .polítíca. Comsuas críticas destrutivas ecom suas ações mal-fadadas,destruir aquilo que está senodo feito a favor do povo eda nossa gente.
Paraíbuna tem apenas umaalternativa: Votar naquelesque querem continuar a adoministração e o progresso deParaíbuna, ao invés de votarnaqueles que querem apenasdestruir suas obras, simplesmente por razão de uma oposição política radical.
Fica aqui o meu alerta, aminha mensagem. E eu creioque os jovens de Paraibuna,com sua mentalidade arrojada, de valor e muito calor humano, saberão reconhecer oshomens que estão sempre ímbuídos de boa vontade, comcoragem moral de cóntinuaro desenvolvimento de Paraibuna, sob um clima d~ amor,não sob o clima de ódio queo passado nos mostra.
Gilberto RaimundoFOLHA DA SERRA - Tivemos notí
cias de que alguns convencionais doseu partido já se comprometeram avo.tar em você. Você vai colocar seu nome a dísposíção do partido?
GILBERTO - Eu tenho que retribuirestes votos de confiança, por que eu estou na polftíca e devo tentar todas asforças de contribuição à Paraíbuna , Erlãe! importa, mais esta questão JaimeJoaquim. ~ estarei pronto para servir, desde que seja para o beneficio deParaíbune,
FOLHA DA· SERRA - Caso você seeleja prefeito, qual seria seu plano deação?
GILBERTO - Se acontecer de eu sero prefeito de Paraibuna, uma de mínhas metas é ser o que eu sou, ou seja,um trabalhador. Não será tanto um trabalho. de gabinete, mas sim junto comos funcionários nas ruas, nas estradas,que é o que eu acho uma das coisasfundamentais. Pretend(> trabalhar junto
com os companheiros, para que não continuemos esta política ferrenha entreCâmara e. Prefeitura. Governaremos juntos.
FOLHA DA SERRA - O que vocêacha de Jaime Domingues estar nova.mente disputando a Prefeitura de Paraibuna?
GILBERTO - Em parte eu acho certo, porque ele vem não só para mataruma saudade, como para tentar umadesforra, do que f9i feito na eleiçãopassada. Mas, pasa ser bem franco, eunão vejo nele uma candidatura que venha satisfazer Paraibuna, por ele já serum homem de certa idade, e po; estar,há muíto tempo fora de Paraíbuna, nãoestando inteíràdo da situação social eeconõmíca paraíbunense , Então, isso éum tanto prejudicial, não Só para Paraíbuna, como para ele próprio. Vaiprejudicar a sua campanha política, ofato de : que, de uns anos para cá, mui.ta coisa mudou em Paraibuna.
Por enquanto a campanha dele vaibem, embora de um lado e de outrohaja grupos de pessoas que fazem movimentos sem objetívo nenhum. Movimentam-se em torno deles mesmos. Momiventam-se mas não cooperam paracom a política em si, e acabam prejudicando. o candidato do grupo. QuandoJaime deixou Paraíbuna por ter perdi.do a última eleição, ele· foi e não maisvoltou. Só vei.ode:~ois para pedir votos para seu candidato a deputado. Ele,inclusive, havia feito comigo, com Clõvis, com Joaquim Bevílacqua e comRobson Marinho, um acordo para trabalharmos juntos para os' mesmos den 11tados. Acontece cue um determínadogrupo político daquf, convenceu Jaime atrabalhar para Baldacci e Malek Assadao . invés de Coimbra e Robson, o quésena melhor para u munícipío.
oHje, este grupo diz que, se Jaimeperder novamente, eles deixam de fazer
4 ALTO-PARAlBA, ABRIL DE 1982
/
Ib1hadaSerra
ft'
Morto porsubverââo'
política" Então estes homens não têmIdeal. Eles estão lutando por um nome apenas.
Além disso estão cometendo umagrande injustiça com José Silvino. Esta na hora de chamarem novamente par~ dentro. desta cidade o candidato avice prefeito da eleição passada, porqueel~ fOI um. dos homem; Que carregaramJaime Domingues nas costas, na eleiçãopassada; Acho que jamais o Jaime encontrara dentro de Paraibuna alguém·que faça o que José Silvino, ou - Gilberto Raimundo fizeram por ele. Nósnos desdobramos, e hoje eu sinto umamágoa m~ito gran~e, por que não fuicorrespondido" Inteltzmente, o Jaime sósoube vir na minha .casa até o dia emque eu trabalhei para ele. Depois" para ele, o nome de Gilberto Raimundodeixou de existir.
FOLHA DA SERRA - Qual a relação entre a candidatura de Clóvis, peloPMDB, e a de Jaime Domingues?
GILBERTO - Quanto à candidaturaClóvis Barbosa, eu acho que esta' vaiprejudicar muito Jaime Domingues daSilva. Conhecendo bem a balança. política do município, posso assegurar que100% dos votos que o Clóvis ganhar vãosair ~odos do Jaime, nunca da facçãoJoaquím . Rico, ~ão só por que Clóvis eJaI.me disputarão quase que o mesmoeleitorado, como pela conhecida rivalidade entre Clóvis e Joaquim, o queafasta completamente a possibilidade deo svotos de um virem a favorecer OJtroo.. ~..., .
FOLHA DA SERRA - O Clóvis ta- 'Iou em desistir de candidatar-se . peloPMDB. caso você se candidate peloppS". Mas, seguindo a tese de que Cló·VIS tíra votos de Jaime, então a candídatura dele favoreceria também a suacandidatura, pois vai tirar votos de umconcorrente seu, dentro do PDS ...
GILBERTO - Em parte sim. Mas euacho que se ele vier somar votos aomeu l~do, JSto seria também importante, pOIS nao estaríamos divididos e is-so conta muito. '
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(ao lado da rodoviária)
SãO exatamente doze horas e trintaminutos, e Magno Vieira, o ator que,dentro de mais uma hora, vai desempenharo papel de Pôncio Pilatos, diantede uma multidão, providencia os últimos detalhes para a encenação, na plataforma do desativado prédio do Laticínio Vigor•
. Uma bandeira vermelha caracterizao lugar em que a cena vai se passar: afachada do palácio imperial, onde Pilatos enfrentou o povo que lhe impôs acrucificação de Cristo e a libertação deBarrabás.
Magno prossegue na arrumação, au-xiliado por algumas meninas do «GrupoCadec», impassível ao grande númerode pessoas que passa pelo local, em díreção ao lugar, de onde sairá Jesus Crísto, montando um burrico, e ao morrodo Cruzeiro onde Ele será preso pelosguardas romanos. De lá sairá a Via seera ao vivo, encenada por atores ímprovisados da comunidade paraibunense.
A subida para o Morro do Cruzeiroé íngreme. As pessoas seguem com dificuldade. Especialmente as mais velhas.
Antonio Miranda tem 65 anos emora «na caixa d'água», conforme diz.A «Caixa D'água é a denominação dadaao lugar, onde está instalado a centr~ldo serviço de água da cidade. AntonioMiranda não assustou-se com o fortecalor e a possibilidade de chuva. e so~eo morro contente, porque já viu a VIaSacra ao vivo, nos dois anos anteriores.perguntam a ele se vale a pena. Eleresponde: «Ah se vale!»
No topo do morro há um pequenocampo de futebol, que fica escondido do!público, que começa a aglomerar-se, porum taquaral. Ali, os soldados romanose 0 Sumo-Sacerdote combinam os últímos detalhes. Os últimos acertos nostrajes os últimos cigarros, «aquela cena da' lança». que «vai ter de ser feitafora da ordem», etc. Muito respeito,mas muita descontração acompanham odiálogo dos artistas.
Do lado do Matadouro, Jesus já partiu em direção ao topo do morro, ondeorará no «Jardim das Oliveiras», antesde ser iniustiçado pelos guardiões doImpério Romano.
Após ter visto aos soldados e vendoagora Jesus (Liminho) montado no bu!rico, o menino de 10 anos, Joelson, maisconhecido pelo apelido de «Maçã», pergunta ao repórter: «Ele vai ser presoporque roubou o burro?»
A inocência do menino não é maldosa, naturalmente. Levará algum tempo para perceber que Jesus. morreu ~?rum pOVo imenso, que contmua crucI,!'cando mártires, ou dos carrascos sendovítima.
Um carro com alto-falantes acom-panha o cortejo. O narrador anunciaaue «Cristo será brevemente crUCIfIcado para não neg-ar sua filiação ao Pai».
, Após ter rezado no Jardim ~as Oliveiras. Cristo é preso e conduzido aopalácio. Empurrado pelos guardas, desce o morro acompanhado por uma multídão, e chega ao páteo da Vigor, ondeMagno deoempenhou seu papel de Pilatos.' A expressão forte dava ênfase àsfrases como: «Este homem, a quem vo-
sés ~cusam de subversão, eu vejo que éum ínocentev, .» Justamente nestas paplavas estão a chave da razão da morte do Nazareno, e' elas se perderiam seo atol' não as enfatizasse. '
Ali Jesus é condenado, após Pilatoster lavado suas mãos e libertado Barr~bás. Uma cruz é dada ao Cristo, e aVIa .Sacra tem continuidade, até a cab~celra da; ponte, onde a Virgem Ma·ria, Mana Madalena e São João esperam pelo condenado. No momento doe~contro entre os quatro, a música surgId~ dos alto-falantes do carro teve umefeito espetacular.
No meio da ponte Irineu ajuda Cristo a se levantar de uma queda, e é pre-so 10150 após. .
. Ao. sair da rua CeI. Martins o cortejo fOI parado novamente e MárciaBar::et.o fez, mais uma vez o papel deVerónica.
Na «rua do Meio», Jesus encontrase com as três Marias, e diz às mulheres de Jeruzalém que não chorem porele, ~as sim por elas mesmas e pelosseus filhos. .
As 14:30, a Via Sacra chega à Matriz.
Catorze e quinze; inicia-se a cenada crucificação.
Catorze e vinte e cinco; Jesus rnor-re. .
Catorze horas e trinta e cinco mínutos;. Jesus é. retirado da cruz, seu cor-
. po e. envolvido num manto branco e esteEIdldo no .ch~o" Sobre ele chora suamae. Na prrmerra fila da igreja está a!rm~ndade do Santíssi-no, onde um dosirmao tenta esconder as lágrimas enxugando-as .rapidamente, com as ~angas da camisa.
FolhadaSerra ALTO-PARAíBA, ABRIL DE 1982 5
REDENCAD! CumPfimentamos o povo e as autoridode-s
pelo transcurso oe seu Óniversorio.
PREFEITURArvlUNICIPAL DE
NATIVIDADE
R.cdençãodia 3 de npolítica", cto, Walderrmoraçãodegano princia Lei ProvCruz do Pstr.to de Paço. Talve>tas, resolvições num spassou a seta Cruz.
Até aí"Invocaçãomaio. Mariu a invocternhro, COI
Santa Crma confundirCruz", CriaCriação doScrra, (28 (vinc.al n.o
Portantocomcrnoraç.
24 de rrude Paz
28 de 111<1
cipaçâo Po2.5 ele ag
flelienção14dl' ,d,
,anta Cruz
e astr-oe
cmOaI
símbolo de dedicação, arnor-pátr!o, atr
dácia, intrepidez coragem, valcnti»Os quartéis verdes, assim constituídos,representam as PROPRIEDADES IW·RAIS existentes no território municipal - a cor verde é símholo dl' honra,civilidade, cortcz!a. alegria, abundância- é a cor simbólica da "esperança" l'
a esperança é verde, porque lembra O~
campos verdejantes na primavera fazndo esperar copiosa colheita.
A aova bandeira de Redenção dtSerra foi desenhada pelo Prof. ArciôeAntonio Peixoto de Faria, da Encclopédia Heráldica Municipalista, e aprovada pela Câmara Municipal em 14 deabril de 1982. (LEI 485).
!\ nova bandeira, será apresentada acpovo no próximo dia 3 de maio. emseu primeiro hasteamcnto.
O Prof. Arcióe explica ~ simbologiada balHfeira:
A bandeira muncipal de REDENÇ.:\O DA SERRA obedece a uma rL~
gru geral, sendo por opção "esquartelada cm cruz", lembrando neste simbolismo o espírito cristão de seu povo. O Brasão, aplicado na handrirur.-prcscnta o GOVERNO MUNICIPALe o círculo branco onde é cint.do. representa a própria CIDADE-SEDE doMunicípio - é o círculo símbolo heráldico da "eternidade", porque setrata de uma figura gcornôtrica quenão tem princípio e nem fim: a corhranca simboliza a paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza, religiosdade. As faixas brancas carregada!' desobre-faixas vermelhas representam airradiacâo do PODER MUNICIPALque se ~expande a todos os' quadarntcs.de seu território - a cor vermelha é
A bandeiraoficial
II
tados com realização de quermesses,pretende pleitear a autonomia da população sobre as obras de restauracãopor considerar que a comunidade lócaÍé que mrnais tem lutado, e quem estámais próxima do problema, podendoacudir ínclusive no caso de um reparode emergência.
ORIGENSOs números moldados em ferro, no
arco de uma das portas da antiga Prefeitura (1882) provam os cem anos deexistência dos prédios, completados jus.tamente no ano em que é reconhecidacomo «Monumento Histórico».
Duas .placas encrustradas na parededa Igreja, mostram as datas de inícioda fundação (1882), sob a liderança doPe. José Grecco, cujo corpo "está enterrado na própria igreja: e conclusão dasobras sob liderança do Pe. FranciscoFelipe (1904) e tem características neogóticas, próprias do final do século XIXeinício do século XX. Destaca-se pelasua imponência na paisagem urbana davelha Redenção.
O sobrado, que, por muitos anos alojou a Prefeitura do 'Município, possuitipologia nítida do início do século passado, com influências neo-clássica: por.tas com arco pleno, no pavimento térreo, balcão corrido com peitoril de grade de ferro, pavimento superior, noQ~al as portas e janelas de verga retaS3": encimadas por pequenas círnalhase beiral de molduras.
Ambas as construções retratam a farotura propiciada pela atividade caf'eeira,que abastou o Vale do Paraíba, tendosido iniciada por volta de 1870.
REDENÇÃO DA SERRAMAIS UM ANIVERSARIOMAIS UM PASSO PARA O ENCON·TRO DE UM FUTURO PROSPERO EVENTUROSO-
•IMOBILIARIACALDERARO
Aantiga Santa Cruz do Paiolinho éhoje Redenção da Serra, cidade que poderia ter desaparecido com a inundaçãoda cua zona urbana, em 1975, devidoao represamento do rio Paraitinga.Mas a obstinada população tanto lutoupara não deixar o nome da cidade ôesaperecer do mapa, que levantou outronúcleo urbano, a um quílõmetro da antiga cidade. As águas não alcançaramapenas um conjunto de casas e a igveja Matriz. Iniciou-se, então, paraleramente ao levantamento da nova cidade,a luta pela preservação das construções remanescentes da antiga Redenção,Luta iniciada pela «Sociedade Amigosde Redenção da Serra», que culminou,no último dia 18. no reconhecimento dovalor histórico, pelo governo do Estado, dos prédios da Igreja Matriz e docasarão, que. por muitos anos, sedioua Prefeitura do Municípío . Embora otombamento e a classificação dessasobras, como «Patrimõní., Hístóríco» doEstado de São Paulo, não garanta queos monumentos serão poupados dos rigores da natureza, o povo e as autorídades do município sabem que isso '-epresenta um grande passo. Conformeanunciou o prefeito Waldemar Carneiro,pretende-se agora reivindicar do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrímônío Histórico, Arqueilógico, Artístico e Turístico), órgão do Estado ejuerealizou o tombamento, «que iniciem logo a reforma das construções, pois estão em verdadeiro estado de abandono»,A «Sociedade Amigos de Redenção», uuejá realizou reparos por conta própria' naantiga Prefeitura, com recursos levan-
MAUP
A v. 7 de setembro, Te!. Redenção da Serra - si>BENEDITO DIONrSrO'Prefelto M~nlclpal,
6~ ALT{}-PARAf;BA, AiBRIL DE 1982 Folhada Serra
Carneiro e Sra. e Cunha Bueno.
o nome das autoridades que oficializaram o tombamento, o mestre do cerimonial leu a resolução.
O prefeito Waldernar Carneiro falouem nome da comunidade Redencense, eressaltando sua posição em relação àpreservação dos prédios: «Seria necessário primeiro que fOS38 demolido esteprefeito, para depois demolir a igreja».Falou também das qualidades do deputado ~unha Bueno, observando que estemerecia «uma secretaria com mais recur~os», e desejando-lhe «cargos muitomais altos».
Pediu .desculpas pelo atraso; agradec-eu o diploma que recebeu dizendo:«. .. Atribuí~o muito mais â grandezado seu coraçao, que pelos poucos serviÇ?S que tenho prestado a este rnunicíP.1 0 » . Em seguida falou da importânCIa da preservação dos documentos da0ist?ria, citando o caso de um soldado~ta~iano, que perdeu a memória numincidente da 2a. Guerra Mundial, e dopovo de Israel, que «embora dispersopelo m~ndo, manteve suas tradições ereconquistou seu território».
. Novamente, ao final, o secretário pediu desculpas por ter que partir antesda missa, pOIS estava, já, bastante atrasado para um compromisso em Aparecida do Norte, onde tombaria a BasílicaVelha, por ele difinida com o «altar esantuárlo do pcvo brasileiro construído pela Princesa Izabel».' •
Supermercado. Casarão
,CONGRATULAMO-NOS COM TO-DOS OS REDENCENSES PELA PA~SAGEM DO 105.° ANIVERSARIO DENOSSA QUERIDA REDENÇAO DASERRA.Rua 7 de setembro, 218 - tel , 276 __
Redenção da Serra-SP
o secretário. Ele atrasou uma hora evinte minutos, chegando, portanto às10:20. Mas o padre esperou, e só iniciou a missa depois de que o secretárioe prefeitos da região fizeram seus discursos, durante a cerimônia do tombamento dos prédios, o que durou aproximadamente quarenta minutos, após oque o secretário e sua comitiva partiram para Aparecida do' Norte, para oficializar o tombamento da Basílica Velha.
Antes, porém, o padre, «num gesto deagradecimento ao deputado Cunha Bueno», regeu o seu côro, cantando «Glória, Glória, Aleluia», no interior daigreja.
Em frente a Igreja, junto à placa afixada na parede, onde lia-se a data e
dos redencenses e seus amigos de outras cidades. no movimento eminentemente popular, quando o próprio prefeito e o padre da cidade votavam eapostavam na demolição dos prédios.
Alguns membros da «Sociedade Amigos de Redenção da Serra», formadopor um grupo de pessoas interessadasno desenvolvimento da nova RedençãoB na conservação do que sobrou da velha cidade (submersa pelas águas do rioParaítínga, represado em 1975), não esconderam o desgosto, quando HenriqueSete, diretor do Centro Comunitário dacidade, conferiu ao secretário CunhaBueno, um diploma em que, representando uma entidade por ele chefiada(Comitê Pró-Desenvolvimento de Redenção oe, Serra) expressava a gratidão da
Mauro, Waldomiro, Dionisio, Cunha Bueno, Carneiro e SrcI. ~ Presotto
JORGEDESPACHA• .,E
"IRMANA:SE COM OS MUNlCIPESREDENCENSES PELA PASSAGEMDO 105.° ANIVERSARIO DO MUNICIPIO, ENGANJANDO-SE NA LUTA PELO PROGHESSO DESTA TERRA.
SALVE 3 DE MAIO
Rua 28 de agosto, 208 - Ione 239 .Redenção da Serra-SP
· Patrimônio~_...histórico.E agora?,A iJa.rtlcIpação do Coronel HelIo, .na comunidade local para com o deputado. I
LvrJ~on~a . ~e tombamento da antiga O mal-estar dos «amigos de Redenção»Igreja Matriz e _antiga sede da Prefei- é justificado por eles com o fat detura de Redenção da Serra, não rece- Henrique Sete ter-se oposto à pres~rva-beu cl~sti'-Q~~, 'por parte das autorida- ção dos prédios, desde o início.des que oílclallzavam o ato. Talvez, o A CERIMONIACoronel Hélío tenha mesmo passado A chegada do deputado Cunha Bue-desapercebido, mas não para quem co- no, também secretário da Cultura do Es-nhece ~ .luta pela preser::açao do t~r.1· tado de São Paulo, estava prevista pa-plo reh~lOso e do ca~a.r~o que sed~ou ra às 9 horas do domingo dia 18 dea Prefeitura do Mumc.I~lO. Especial- abril, o que motivou o pároco de Re-rr:ente aqueles que participaram do mo- denção a transferer a missa, que cos-,vIme~t? pela preservação, sabem o quan- tumeiramente celebra às 10:00 horas nato Heh o. pesou para que o governo do nova Igreja Matriz, para às 9 horas: naEstado Iínalmente reconhecesse a garra velha Matriz, onde e quando chegaria ,I:;
Comitê pro-desenvolvimentode Redenção da Serra , ..
CONGRATULAMO-NOS COM;J ANIVERSARIO DA CIDADE, E AGRADECEMOS O APOIO QUE TEMOS RECE·BIDO DA COMUNIDADE.
FolhadaSma ALTO-PARAlBA, ABRIL DE 1982 7
PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBA'TÉ
No tronscurse do 105.0 aniversario da vizinha Redencão da Serra, Taubatéirmana-se à todos os redencenses, de nascimento ou. de coração, para juntos: ergueremuma saudação de júbilo pela efeméride, que enche de setisfação e de orgulho todos nós, os VAlEPARAIBAiNOS.
Parabéns Redenção da Serre!Taubaté, 3 de maio de 1982
WALDOMIRO CARVALHOPrefeito .Municipal ,.~
UNIAo
8 ALTO-PARAfBA, ABRIL DE 1982 FolhadaSerra
/ J
zraf'ía atuat, que apoia-se no fatode que. naquela época, com a decadêncía do café no mercado externo, o mais conveniente aos" razendeiros decadentes era, - mesmolibertar seus escraV06.
Em comemoração ao ato da abolição antecipada. resolveu-se adotar o nome de Redempção, para opovoado. que foi elevado a distrlto de paz, em 1860; a município,em 1877: reduzido a distrito e íncorporade ao municípío de Jarnbei1'0 (Comarca de Caça.pava}, em1934. Vol.tou à condição de municipio pertencendo à Comarca deTaubaté, tendo sido instalado a1.0 de janeiro de 1936. Em 1944.passou a denominar-se Redençãoda Serra.~m 1975, a cidade foi desauro
priada pela União, em função daconstrucão das barragens dos rio,Paraíbuna e Paraitinga. e foi obrí~ada a mudar-se para 1 Km adiante: na Rodovia que liga Tauba'é à Redenção da Serra e Na tivijade da Serra, ambas instaladas àmargem da represa.
LOCALIZAÇÃO: Zona fisiográfica do Alto-Paraíba e coordenadas23° 16' de latitude e 45° 32' delongitude W.Gr. Distante, em linlía reta, 117 quilómetros da capital.
ALTITUDE: 780 1\1.CLUlA: Temperado com inverno
seco. A temperatura média oscilaentre 17° 18° C. O total anual dechuvas está entre 1300 e 1500 mm.
ÁREA: 319 Km2.POPl'LAÇAO 1.303 na zona ur
bana e 4.007 na zona rural (Censo 1980\.
Redencãoda Serra:
,A novacldude está
a 1 Km dar-idade velha.
A história
R,cdenção da Serra comemora, nestedia 3 de maio, "122 de emancipaçãopolítica", como disse o próprio prefeito, Waldemar Carneiro. Mas a come,moração desta data é fruto de um en·gano principiado em 1860. Neste ano,a Lei Provincial n.o 3, elevava SantaCruz do Paiolinhoà categoria de DiA'tr~to de Paz. exatamente a 24 de março. Talvez pela proximidade de datas, resolveu fazer duas comemora-ções num só dia. Assim, 24 de Jllarço .passou a ser festejado no Dia de san-.OCaPitll..o Mar Francisco \ 11O~0 naquela área, que Franciscota Cruz. Ferraz de Araújo e sua Ferraz reservara para si, obrigan-
Até aí, a Igreja comemorava a esposa, Francisca Galvão do a todos que quizessem erguer"Invocação à Santa Cruz" no dia 3 de da Fontoura, foram desig- .ima casa, que o fizessem nas pro..maio. Mas, anos depois, ela transfe- nados pelo então governador da xirnídades do local onde havia mororiu a invocação para o dia 14 de se' Província, no início do século de- "Ido o escravo, há nove quilômetemhro, com o nome de "Exaltacão à zenove, para penetrar o hoje de- tros da suposta mina.Santa Cruz". Sendo ass.rn passou-se nominado Sertão da Samambaia, Junto ao povoado que crescia,a confundir as datas do "Dia de San '.~ até encontrar o rio Paraitinga. "orrnava-se uma plantação de li-Cruz", Criação do Distrito de Paz e ARóS as pelejas do bandeirantísmo, nho. e os moradores construiramCriação do Município de Rcdcnção da o casal e um grupo de escravos um paiol para deitar o linho paraSerra, (28 de maio de 1877 __ Lei Pro- encontraram o rio procurado. secar. \'asceu, assim. ospontaneavincoal n.o 33). A nove quilômetros da casa er-' -nente o nome do lugarejo: Paio!
Portanto, a scquência correta das guida por Francisco Ferraz, foi en- .L. linho = Paiolinho . Está deno-comemorações seria a seguinte: terrado .un dos escra vos da expe- !TlInaç.ão p.ermaneceu até 1877, quan-
24 de março de 82: ]22 de Distrito dicào :\0 local uma grande cruz Ido fOI crIada a Paróqu"r e o lu-de Paz 'icou, para assinalar a morte do zar passou a ser denominado San-
28 de maio rlc 82: 105 anos de Eman- negro deshl'a\·ador. :a Cruz do Pa iolin ho .~ipação Política Onde fica. hoje a Ponte dos Mi- .~ 10 de lc\ereii'1 de 18S8 os ra
25 de agosto de 82: 6 anos d(' nova néríos r vulgo Ponte dos :\tineirosl cende.lros da Iocal-dade decidiramRedenção o Capitão-Mór possuía sua casa, I antecí pa r-se à Lei Aurea , libertan-
14de setembro: Dia de Exaltação à Segundo deduções baseadas na do seus escravos. o que ficou zra,anta Cruz 1Ís t()ria. havia algum minério va- .ado COIllO um ato heróico. embo
ra muito questionado pela historio-
o aníversardoe as datastrocadas
oprograma8:00 h -._. Hastr-amcnto das Banlí('i
rus na srrlr da Municipalidade
8: lO h Abertura oficial das f('stivídadcs pelo Prefeito Municipal
8:20 h - SolC:nidade de entrega de
. Certificados de Dispensa. de Incorporação (Serviço
Militar) com Juramento àBandeira
8:45 h - Destilo na Avenida 10 deFevereiro, com a participação das entidades representativas da cidade
J3:'30 11' - Partida de Futebol Femi-. 'nino
, J']4:30 h ~'Pattida de Futebol - Ve-
, . teranos
15:30 h - Partida de FutebolPrincipal - Seleção de Redenção da Serra x Escretedo Rádio (Rádio Bande i .
ra?tes de São Paulo)19:00 h - MIssa de Ação de Gracas
na Igreja Matriz . •20:00 h S - S I- essao o ene na Câmara
Municipal, Palestra peloS.r. Umberto PassareUi, alusiva ao transcurso da data.
9
.. 1550 é dito pelo cidadão que veio de Guaraciaba doN . te, Estado do Ceará e que está realment . d01 ~ t .d d . e procura n o.' ~ e.1 a CI a e, em todos os segmentos da sociedade seirmcruzem e lutem pelo bem da cidode.
Considero feita a minha parte naquilo t'condi - d . . que eu Ive
, ' lçao. como ° ministrador desta terra, na qualidadede prefeito e homem comum.
.Ccnsidero cumprida minha missão que dorav.ante dei-xarei para outros pessoos com outra ldê d .S I eros, ar o desti-no que ele merece, uma vez que esse prefeito considere:encerrode sua pcrficlpccõo . política municipal.
Waldemar CarneiroPrefeito Municipal de Redenção.-
PREFEITURA MUHIClrAL DE REDENÇãO DA SERRANeste ano de 1982, em que Redenção daSerto com
pleta 105 anos de existência, quero desejar a todos, nqueles que aqui nascer, nasceram e todos que aqui vivem, lu
tam, labutam e que fizeram com que esta cidade tossesua terra natal, um ambiente de paz, amor e frofernidcde; de entendimentos e união para o bem do comunidade redencense.
Pelo fato de estarmos num ano eleitoral é necessárioque o povo conscientize-se da obrigação e do dever queum de nós tem pelo nossa querida Redencão d;J. Serra.
;,)'evemos procurar faz.er o 'que nós podemos ·pela ciodade e não o que <Redencão ped~, fazer 'por nósl
erra
"ersario.
os autoridades
-
)EDADE
velha ponte vai ser substituída po.ruma nova. com 100 metros de compnmenta na mesma rodovia SP-77. Nomomento está-se iniciando a concreta-gem das vigas. . .
A nova ponte é mais l~rga, 14 ~e-
t C'omportará duas maos de trafe-roS'g . . ~
_ a atual possue apenas umamaogo, e está sendo construída 40 metrosdistante da ponte construída por Euclides da Cunha.
Uma das vantagens da nova ~onte,
está no fato de não haver necessidadede manutenção permane?te co~~ ocorre: com a outra, que exige revisao periódica, devido suas condições, trabalho este que tem sido efetuado pelos
técnicos do DER. . t'A cnostrução da nova pont? esra
orçada em 86 milhões de .cruzelro~, eos trabalhos foram iniciados no fnaldo ano passado, para se~ en.tregue aosusuários a'nda neste primeiro semes-
tre de 82. rA Secretaria dos' Transportes exp 1-
ca que será feito um trabalho que retificará as pistas nos encontr?s com aponte. "Em uma das margens o tra~
çado será em reta, e po antro hav,erauma pequena curva, porém.compatn7e1com o exigido para a perfeita segura.n-
d 'f "ç?- o tra ego.
E!,nquanto aguarda a publicação dema segunda obra teosófica, o escritorRicardo .Martins lança em Paraibunaum pequeno livro infantil, com vinte págínas .e doze ilustrações.
«O Pescador» foi publicado pelaEDIP AR - Editora Paraíbunense, comapoio do «Projeto TABA», da EditoraAbril. Conta a estória de um meninoque morava numa ilha, «onde \SÓ exísjía felicidade». Ele costumava rlL"'''-_r'horas a fio contemplando estrelas. Numa noite, uma estrela brilhou mais forte e desceu até o menino. Da estreladesceu o ancião que deu ao menino umaaura missão, que por ele foi aceita:Combater os «monstros que corrampema humanidade». A estória segue, narrada de maneira simples e boníta, ilustradas por belos desenhos prontos para serem pintados.
POLITICA E PROFESSORESRicardo Martins já tem um livro
,publicado. Chama-se «Roteiro», que sópode ser encontrado na casa do escritorfilósofo-humanista. E. enquanto espera apublicação de sua maior obra, «O Curador» ,ele escreveu dois contos bem trabalhados. O primeiro fala de um personagem espiritualista, que questiona osvalores materiais, cama poder, «8tatUS), dinheiro e principalmente política,que torna-se, no. decurso da estória oelemento catalizador sob o qual o personagem traça seu raciocínio. No essa,o autor trata a política como sendo umbqmrecurso, mal utilizado.
O segundo conto de Ricardo Mar·.tíns fala de professores, mas ainda nãoestá concluído,
Escrito r de S Branca
lanca livro
em Paraibuna
C:edendo a pressões de alguns setores da comunidade de Santa Branca,inclusive dos meios oficiais, o DER está estudando a poss.hil.idade de tombamento da ponte quc transpõe o rioParaíba do Sul, na estrada J acareíSanta Branca, construída no início doséculo com 60 metros de madeira eestrQt:ua de metal, pelo engenheiro eescritor Euclides da Cunha. A transformação da obra em patrimôn!o estadual será definida brevemente, garante a Assessoria de Imprensa da Secretaria dos Transportes.
A ponte de
Euclides da Cuha
AV~ora que a C~l~ESB, c~nfirmou asdenúncias do médico Eloino Gomesdos Santos. do Posto de Saúde local;concluiu os exames da água servida apopulação de Santa Branca, ~ comprovou uue a mesma é ímpróprta para oconsl~o, a população espera c~m ansiedade as providências do prefeito J?i'P. Wuó - que até então não admitiatal ocorrência - para que se tomemprovidências, que ponham fim ao sur-to de hepatite na cidade. .
A CETESB, que havia colhid? amos~
tras da água ,em janeiro último, soagora, no último dia IS, divulgou osresultados. Isso fez com que a população local ficasse todo esse tempo consumindo da água e vendo os casos dehepatite aumentarem. Essa demoraobrigou a Câmara Municipal atvotar eexpedir requerimeutos a todas as autoridades do país, alertando para oprohlema çque segundo Dr. Renato,presidente da Câmara. "já deveria tersido resolvido há muito tempo, parao bem da comunidade, a não ter arrastado por tanto tempo a polêm.ca deque tinha ou não tinha sido o problema da água, a causa do mal".
MAIS DE 30 CASOSO aparec.mento dos primeiros si
nais em moradores da cidade, apareceram no início do ano, e hoje já eleva-se a mais de 30, conforme declaraçõesdo Dr. Eleíno. O prefeito chegoua acusar o médico de estar forjandoum surto de hepatite na cidade, provocando insegurança na população.
Os vereadores reclamam o fato dePaulo Maluf nem sequer ter respondido ao ofício por eles encaminhado aogovernador, e pretendem convocar oprefeito José Wuó para que este preste os devidos esclarecimentos.
PadariaSto. Antonio
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Médico ,-O. CETESB: agua
de raralbuna. causadesafia hepatít eo prefeito
o Dr. Eugênio Carlos Amar, chefeplantonista do pronto-socorro do Hospítal do Servidor Público, em São Paulo,e médico da Santa Casa de Paraibuna,onde presta atendimento nos finais desemana, está desafiando o prefeito deParaibuna, Joaquim Rico, para um debate aberto ao público, sobre a questã~
da saúde do município.«É importante - diz ele - que o
povo seja esclarecido sobre o que realmente tem acontecido com a saúde pú-blica de Paraibuna, nos últimos dezanos, independentemente do governo domunicípio, e o que está se pretendendoagora, através de informações inverídicaso que vêm deturpar o trabalho .do corpo médico e da administração da SantaCasa».
Afirma ainda categoricamente queo prefeito está servindo-se da questãopara «proveitos nitidamente eleiçoeiros.Senão vejamos: Ele ficou cinco anos emeio na prefeitura da cidade, sem dara mínima para a saúde da população.De repente, às vésperas das eleições,quando o povo descobriu que seu prefeito nada fez neste hetor, ao longo detodo seu mandato, ele começa a falarde saúde como se não tivesse tido tempo para isso até agora».
Garantindo que mostrará ao público e a Joaquim Rico, «com dados reais,o que realmente foi feito, o que deveria ter sido feito pelo prefeito, e o queserá feito a partir de novembro de 82,com o mesmo corpo médico hoje existente na cidade», Eugênio Carlos lançao desafio com uma única exigência: a deAue o debate seja aberto a todo o público que possa se interessar pela ques~~ .
«Estou saturado com as balelas doSr. Joaquim Rico, que nada fez pelaSanta Casa, além de prejudicar o trabalho dos médicos com perseguiçõespessoais. Agora estamos conseguindo,com nosso próprio esforço,a ajuda desetores superiores da saúde, como doDr. José de Castro Coimbra e do INPSde São José dos Campos, através do Dr.Ferreira, e não vamos aceitar que oprefeito explore uma questão tão dclícada, em benefício próprio.
O médico deixou a cargo do prefeitoa data e horário para o debate, desdeque seja num final de semana, quando.liberado pelo Hospital do Servidor PÚblico e vem atender em Paraibuna,
r
I
ALTO-PA~AfBA, ABRILu.c. ..982 1Fo1haclaSerra
/ ..... -.- /
ÁFRICA
Atlântico Sul.
A briga pelo arquipélago, que a ONUdenomina «MalvinasFarkland», não é dehoje.
Consta aue um mgtes foi o primeiroa pisar nas Malvínas, em 1690, e umIranees fundou ali a primeira colõnta,em 1764, tendo os ingleses fundado asegunda, em· 1765.
Em 1170" o expansionismo espanholchega às Malvínas, de onde expulsamOs ingleses e compram a parte dos franceses. Os ingleses ameaçam guerrear eos franceses devolvem parte do arquipélago, mas a Inglaterra vê-se obrigadaa abandonar seu terreno, por razões económícas, em 1774. (Veja no mapa a distância existente entre a Inglaterra e oarquipélago) .
Por razões não mencionadas nos documentos, os espaIih6is tarnbémdeíxamas ilhas, em 1806.
Dez anos mais tarde, a Argentina entra na briga pelas ilhas e, após quatroanos, ocupa uma parte delas, mas sãoobrigados a deixá-los, com o retorno dosingleses, em 1833. Em 1982, no mês defevereiro, a Argentina manifesta, interesse iem voltar \ÍlI dominar o arquípéláfo, ",.um interesse súbito que motivamuitos observadores a considerarem queo governo do pais está supervalorízando a notícíã de que existiria petr6leo emabundância no Atlântico Sul. Afirmameles que O potencialidade petrolífera daárea, não passa de uma sugestão baseada apenas na semelhança geológica en·tre o Sul e o Norte do Atlântico, onderealmente há petróleo.
Seja pelo petróleo, pelo comércio internacional, pela pesca, ou pelo poderio militar, o que importa é que, casoos entendimentos diplomáticos se esgotem, os kkelpers» poderão substituir osfogos de artifício, que por certo usariam na festa que planejavam, por explosivos maiores e letais, que poderãoatingir não sõ os dois países como aAmérica do Sul e todo o mundo. Aomesmo tempo, a guerra vai complicarainda mais a vida, tanto d~ inglesesquanto de argentinos, ambos já suríctentemente debilitados economicamente,enquanto a Argentina tem ainda a pesar sua estrutura social e' po]í',',ca bastante conturbada.
, ~ Inglaterra
D[~llrnm[?!J&~D@~&[1'/
Guerra nasMalvinas
N'o ano em que os «kelperss - nomedado aos ingleses radicados nas IlhasMalvínas - preparavam a festa comemorativa dos 150 anos do domlnio daInglaterra no arquipélago, o exércitoargentino tomou de assalto a populaçãoe os soldados ingleses I que lá estão desde 1833.
Basicamente três pontos motivam osúbito interesse pelas ilhas por parteda Argentina, e a clara determinaçãoda Grã-Bretanha em manter as «Falkland Islands» sob seu poder: 1 - Aprobabilidade da existência de grandesjazidas petrottteras naquela área; 2 Uma questão de honra; 3 - A posse deum excelente ponto estratégico, seja sooo aspecto comercial 'Ou militar.
Os jornais do mundo, que abrem hoje espaço para grandes manchetes sobre o conflito, admitem que ele faz maísnotJiéiado que sentido, uma vez que nãohá provas da existência de petróleo emquantia relevante no Atlântico Sul. Ainda assim, persiste a tese de que s6 ovalor "do arquipélago como entrepostocomercial ou militar, além do potencialde pesca, por si já explicam a disputa.
Quando os observadores de todo omundo voltam-se para o conflito Argentina-Inglaterra, não o fazem sem razãoespecfica, pois é uma crise, cujo desfecho vai pesar na paz ou na guerramundial.
Antes' que os noticiários baseiem-seapenas nos interesses dos dois países envolvidos, sob o risco de estarem com isso isentando de culpa os argentinos eos ingleses, que não mediram recursospara darem demonstrações de força, logo no início da crise, mobilizando grande número de navios, aviões, homens earmas, é preciso que se evidencie are·percussão que a maneira como a causa,será resolvida vai influir no mundo:
No caso dea resolução vir medianteconfronto armado, o fato configurarámais uma vez, o perigo, que representaa crescente valorização de recursos militares, em substituição às atividadesdiplomáticas .
Se a Argentina conseguir tirar os lngleses a poder de fogo, ou estes utílízarem-se do mesmo recurso para hastearnovamente a bandeira inglesa no Atlântico Sul; se os russos podem invadir oAfeganistão; soe os israelenses podembombardear instalações nucleares doIraque, e invadir o Líbano, alimentadospelo governo-norte-americano, que estãotambém treinando e armando guerrilhei-ros «somozistas» para invadirem a Nícaraguã: e, principalmente se tudo acontece impunemente, é hora de admitirmosque o diálogo nada mais representa naevol'!Cãô da humanidade. sob o fogo doscanhões.
Votando à questão do confito no extremo sul do Atlântico: A ONU - Organização das Nações Unidas- à qualpertenc-em tanto Inglaterra quanto Ar·gentína, determinou que os soldados argentinos devem evacuar as Malvinas,para que o diálogo possa ser iniciado,uma vez que eles são os invasores, embora as ilhas já tenham sido de seu domínio e nunca tenham admitido o dominio inglês. Além desse aspecto .histó-
i rico, a Inglaterra d~m~)lls!ra a íntenção de' iniciar asnegociaçoes, apenas lipartir da retirada dos argentinos.
Rua CeL Camargo, 146TeL 62-0084 • Paraibuna·SP
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o c ínernaestáfechado
oCine Sto. Antonio, adquirido recentemente por Genésio Etábile e JoãoPessoa Naves, está fechado temporaríamente para reformas gerais em suasinstalações.
Segundo Naves «isso 'se faz necessário, pois nós pretendemos dar umanova dimensão ao cinema em Paraíbuna. Dimensão esta que foi esquecida pormuito tempos.
Esta total reforma, atingirá também a programação do cinema, que apartir de agora procurará acompanharas programações dos cinemas de S.Paulo e Vale do Paraíba, visando darao paraíbunense os melhores espetãculoscinematográficos. Para isso seus proprietários, já estão estudando, para areabertura, que acontecerá no inicio demaio, a exibição do filme «Num Lago
,Dourado», ganhador de S Oscars esteano.
Mas um alerta é dado por um dosproprietários Genésio: «Vamos fazer tudo o que for possível para permanecermos com as portas 'abertas até o finaldo ano. Se até lá não obtivermos resultados favoráveis, fecharemos o cinemae abriremos outro tipo de negócio no local».
Sem dúvida esse é o maior temordos proprietários, que também queremque Paraíbuna continue tendo o seutradicional e hístõrtco cinema, que aquichegou por volta de 1914 com a exibi.ção do filme «O Crime da Mala»,
I'olhadaSerra ALTo-PARAliBA, AiBRIL DE 1981 1~<
DOPMD8
o novo aliado
NICOLAU:
oempresário Nicolau Estêfano, queandou nm pouco sumido do cenárioparaibuncnse, reapareceu no últimodia 13, trazendo o que ele próprio classificou de "urna bomba"
A bomba a que se r'cfere Nicolaurealmente configura um acontecimentoinesperado: Ele abandonou o PDS' de.Jaime Domingues e Washinaton Cantinho, para ingressar nas fileiras doPMDB, onde apoiará Clóvis, Barbosaem Paraibuna e Robson Marinho emSão José dos Campos.
Pelo esforço que tem despendido noespaço político paraibunense, garantes: que o pes? de sua crescente projeçao nas c.ama<las populares, somada àsua caya~Idaded; negociação nas cúpulas, vao mterferIr diretamente no pro'cesso, de escolha do próximo pleito deParalbuna.- Até o presente momento, sabe-seapenas que esta decisão nasceu de umaconversa que Nleolau manteve com odep~tado Robs?r~AMarinho, o que vemconfirmar a eXls\.encia de uma estrut';Jra para fortale(:er a candidatura Clóvrs Barbosa.
MAURICIOFREITAS
EXPRES,SO1000VIIRI0
ATlâNTICO
. .,·r~,.·-.:·~~;~:-
d ~~~~i~~~ao Jarg~ ~~,!r~~~~~e-se em quatro, quase cinco grupos, ca- pr?~o~ou novam~nte risos ao falar das
da qual propondo um nome diferente A reunião foi marcada por díscur- mICIaIS ~o Partido Democrático SocIalpara concorrer ao cargo de prefeito da sos fortes contra o atual governo, espe- e d? Instituto Nacional de Previdênciacidade, o' Pl\IDB ganha espaço lançan- cialmente o do Estado de São Paulo. SOCIal: «O povo, em sua sabedoria jádo seu candidato único, e iniciando ln. Todas as palavras foram transmitidas, decifrou estas siglas: pnS·Partido' datensa mOVImentação. através dos alto-falante instalados num Desgraça Social; INPS·lnstituto Não
Do partido governista, quatro pes- carro de publicidade estacionado em Presta Serviços.s~as ga rantem que disputarão a conven- frente a Câmara Municipal (onde reah- CLOVIS BARBOSAçao: ~alme Domingues, Roberto Celes- zou-se a reunião), para um grande nü- . Ao enc~rrar, Clóvis, anucíou o can-te, Gilberto Raimundo e Paulo de Caro mero de pessoas que passeavam pela dIda~ a více-preíeíto, do PMDB: Ovalho Alves, Além destes, Paulo Carnar- praça Mons. Ernesto, tendo atraido par- dent~sta Levindo Cândido de Brito, co-go eo:sala sua candidatura, levando COo te da multidão para ouvi-los. nhecido como «o bc-m-da-boca». E domo \?ce um nome forte: o atual více- ROBSON candidato a vereador Custódio Mendes1Jrefelto Roberto Carnargo, Abrindo o encontro, falou Robson Motta.
Enquanto «o melo-de-campos do Marinho, da «corrupção instalada noPDS desencontrasa, numa profunda falo Palácio dos Bandeirantes». Citou vá-ta de entrosamento, que alguns ínsís- rios documentos que comprovam o usotem em negar, Clóvis Faria Barbosa lan- indevido do dinheiro público, pelo go-ça-se co:n~ candidato postulant-e único vernador Paulo Maluí, na compra deda oposiçao, urna .medida que vem para presentes para seus correligionários.enfraque::er muito a candidatura Jai- Citou o espísódío da festa promovidame. Domingues, considerado ainda o por :\!aluf. para um grupo numeroso demais forte de todos. pessoas. na boate do Sargentelli, uma
. Para <;ló-,:i5 a ;;arada vai ser dura, das mais caras boates de São Paulo, e opOIS .de\'era disputar o cargo coztra b?s caso dos vultosos gastos na compra decandidatos do PDS. ::'lIas ainda É o ~ni. ~osas: ccrn-as quais o governador pre-co ~a oposição capaz de en:raa;je:er o senteia as esposas de seus amigos e ou-partldo governísta e:n Paraícuna. O.:. tras cessoas influentes.tro aspecto a ser somado é a . amr.anaa . «A MAIS FINA FLOR»que o P::'I1DB já L-;;ciou :0::-: peso ev.den- Luiz ::\Iáximo provocou gargalhadaste, no estado todo. no auditório, ao dar sua impressão so-
A ~r~-;~ ~-e c:.:e a campanha esta- j~e o governador: «Para não dizer que~ual vai I~,:L:ll' na escolha di) :~efe:u) rão falei de flores .gostaría também, dede Paraiouna ~:á na visita :-.:e 'O:E:::I:e5 dizer ai"umas palavras sobre as rosasC?uércia rez ~ ::df:.d~, " na ~e:m:~ rea- do S~. Paulo Maluf ... Aliás, até porIízada na noite :'0 :':::in:--0 d.a c....iatro. '.:ma ,:;ue5tão de justiça e mérito, é pre-na qual co::-:,:;?reCf~ê.:n os deputados ciso c.:e se diga que o Sr. Paulo MalufRobso-: :\!ar::y-:o, L::z :.I::':rJ.::-,c -0S pre- "a mais fina flor já brotada no ester-Jeitos Oeraldo Al:ic":'illl. d-: Píndarr o- rI) da ditadura brasiJeirà.,. 'l>
nhangar.a : !o&O Cc.:n:,ê., 'ó": Cruzeiro. e q LIGANDO A FON1E A MISÊRla,.o ex-prefeito de São J06é cios Carr.pos, . O ex-prefeito de São José, e candí-Marcondes Pereíra, iato a deputado, José Marcondes Perei
ra, preferiu falar da compra da Light,«que seria nossa, a partir de 84, de graça, e foi comprada pelo governo poruma quantia vultosíssima», e da transamazônica, segundo ele «uma estrada fei-ta para ligar a fome à miséria; uma estrada asfaltada para os índios; um dinheiro perdido ... »
Geraldo Alckmin Filho, prefeito dePindamonhangaba e candidato a deputado, fez um completo apanhado dotIue pretende o governo com as altera-ções da lei eleitoral. e foi sucedido por
PI SÃO JOSÉ:(Sáb., Dom. e Seg.)
Das 6:00 às 17:00 de hora em hora _18:30 e 21:30.
(De terça a sexta)6:00 - 7:00 - 8:30 - 10:00 - 11:30 13:00 - 14:30 - 16:00 - 17:00 - 18:30e 21:30
DE SAO JOSÉ A PARAIBUNA(Unica diferença de horário: 18:15)
PI SAO PAULO7:30 - 9:30 - 12:30 - 15:15 - 17:30- 18:30 e 20:30
PI CARAGUÁ6:55 - 755(F) - 8:55 - 9:55 - 10:55- 12:55 - 16:55 - 17:55 - 18:5519:55
PI SAO SEBASTIÃO14:44 - 15:50 e 23:50
12 -ÃLTO-PAR~A, ABRIL DE 1982 IblhadaSerra
Ib1ha4aSínã ALTO-PARAIBA, ABRIL DE 1982
3~TEMPO
o ca:m.peonatoANTONIO CARLOS ALVES
Sa. RODADADia 20-3·82 - Sábado
VARGEM GRANDE 5 X O SÃO GUIDO II. Marcadores: Marciano (3), Pedro (2).
Arbitro: Agenor Nazárío dos Santos.CAIXA 2 X 2 COMERCIAL BIMarcadores: Fernando (1), Dito Bara-
ta (1), Sérgio (1)Arbitro: Odilon dos Santos. Renda
c-s 14.500,00O 1.0 jogo foi muito ruim tecníca
mente. Valendo apenas o espírito deluta da equipe da Vargem Grande e onúmero de gols.
Já o segundo jogo foi um repríse dojogo Guarani X Stilos. A equipe daCaixa tecnicamente superior ao Comer·cial, não aproveitou sua técnica. e fazendo substituições fora do propósito, sónão perdeu o jogo para o ComercIal B,porque este de uma maneira inocentese apresentou no 2.0 tempo, muito aberto tentando marcar mais gols, quandoo 'lógico seria, fechar mais ainda a suadefesa e garantir o 2 X O imposto no1.0 tempo.
6a. RODADADIA 21·3-82 - Domingo
BELA VISTA 3 X 3 TAUBATItMarcadores: Nadir (1), Nibal (1), Hi
gino (1), Ditinto (2), Assis (1).Arbitro: Benedito Walter dos Santos.GUARANY A 9 X 1 RIBEIRÃO
.BRANCOMarcadores: Dias (4), Siqueira (3), Ja
mil (1) e Odir (1).Arbitro: Necésío de Almeida. Renda:
CrS 5.500,00O Bela Vista e Taubaté realizaram um
Jogo bastante disputado, onde a vontade lil a disposição se mantiveram presente durante todo o jogo, mas tecnicamente foi um jogo fraco.
O Guarany continua insistindo no mesmo erro, ou seja, o individualismo. Seo Guarany tivesse praticado um futebolsolidário, certamente o placar teria sidobem mais elástico, pois o time do Ribeirão Branco é muito fraco.
7a. RODADASábado - 27·3-82
SÃO GUIDO I 3 X O CASTELINHOIMarcadores: Paulo (1), Mazela (1), Pa-
cuera (1). 'Arbitro: Geraldo Pereira13 DE JUNHO 5 X 1 VILA MODESTOMarcadores: Donizete (4), Rui (1), C~a-
rã (1).Arbitro: Izaque Nazario dos Santos.
Renda Cr$ 10.000,00São Guido e Castelínho, duas equipes
modestas que não apresentam um bomfutebol,ganhou quem se posicionou melhor em campo e a vitória coube ao SãoGuído ,
13 de Junho e Vila Modesto se apresentam debaixo de uma chuva muitoforte e pouco futebol pode se ver, e
quem ganhou foi o time mais experiente, que em algum momento procurou tocar a bola por cima, evitando assim OS
poços d'água existentes no campo e ganhou com força de. u mtime que praticarnente inexistiu em campo.
8a. RODADADia 3·4-82 - Sábado
GREMIO 4 X 1 BELA VISTAMarcadores: Ranzinha (2), Wesley (1),
Gordinho (1), Ditinho (1).Arbitro: Benedito Carlos da SilveiraGL(\RANY 4 X ° BEIRA RIOMarcadores: Xaxã (3), T. Campos (1).Arbitro Walter K. Hirose. Renda Cr$
10.000,00Grémio e Bela Vista realizaram um
jogo bastante movimentado onde a equipe do Grémio jogou melhor e aproveitou em oportunidades surgidas, ganhando assim de uma equipe briosa, que nãose entregou de maneira alguma, apesardos 4 X 1.
Esta foi a pior apresentação do Guarani até hoje, ganhou porque os valores individuais de sua equipe são bastante superior aos da equipe do BeiraRio, mas poderia ter apresentado ummelhor futebol, não fosse o erro desempre: o individualismo.
9a. RODADA4-4-82' - Domingo
VETERANOS A 3 X °SAü GUIDO IMarcadores: Batata (1), Jacó (1) e Pe
lé (1).Arbitro: Idalécio Pompilio de Moura.NOVA ESPERANÇA 2 X 1 COMER
CIAL B.Marcadores: Tical (1), Aguinaldo (1),
João Carlos (1).Arbitro: Manoel José dos Santos.
Renda Cr$ 11.000,00Com um meio de campo bem armado,
destaque especial para o «velho» Batata, o Veteranos A apresentou um bomfutebol e saiu vitorioso de campo, díante da fraca equipe da São Guido I, quenas 'raras investidas encontrou pelafrente a firmeza do goleiro Xuxão.
Bastou a equipe do Nova Esperançajogar com mais garra e dedicação parasair vitoriosa diante da equipe do Comercial B, que não apresentou nada emtermos de futebol, e não fosse a boaatuaçã-, de João Carlos e Sérgio, o Comercial levaria uma sonora goleada.
lOa. RODADA·1().4-82 - Sábado
RIBEIRÃO BRANCO 3 X 3 VETERANOS A.
IMarcadores: Jair (2), Currira (1), Pau-lo Gordinho (1), Batatinha (1).
Arbitro: Izaías de MoraisCOMERCIAL 3 X O GUARANI BMarcadores: Capucho (1), Mínhão (1),
Cabrita (1).Arbitro: Jailson Laurindo. Renda Cr$
17.100,00.Com uma formação diferente do jogo
anterior, a equipe do Veteranos A, seperdeu totalmente no meio de campoe chegou a estar' perdendo de 3 X °esó conseguíu empatar o jogo através dainfelicidade do goleiro Brás.
Uma boa vitória do Comercial Aso·bre a -equipe do Guarani B que se constitui numa equipe de muita garra e dedicação, dificultando assim a vitória doComercial, que desta vez se apresentoubem em sua linha defensiva e teve séria sdificuldades na linha de ataque pornão ser uma equipe que penetre tocandoa bola.
11a. RODADA11-4-82 - Domingo
SÃO GUIDO II O X 1 VETERANOS BMarcadores: Carlão (1)Arbitro: Luíz Rosário
CAIXA 2 X ° VILA MODESTOMarcador: Marquinhos (2)Arbitro José Medeiros de Andrade.Como já era esperado o jogo entre
São Guido e Veteranos B, foi muito ruim.tecnicamente. e a equipe do Veteranosconseguiu ganhar porque foi a equipeque teve a única oportunidade de fazero gol, entretanto, devemos salientar oespírito de participação dos jogadoresdas duas equipes.
A equipe da Caixa, mais uma vez nãose apresentou bem, jogando de uma manei~a desordenada. Seu ataque não prodUZlU nada de eficiente, pela falta decriatividade de seus comandantes.
Ganhou o jogo mais pela fragilidadeda equipe do 'Vila Modesto, do que porseus próprios méritos.
SELEÇÃO DA RODADAXUXÃO (Vet.), EDGAR (V. Mod.),
ALCm (N. Esp.), JOÃO CARLOS (Cx),CA!VlPOE (N. Esp.) - XAXA Guar.),PAULINHO (Caixa), PEDRINHO (13Jun), MANTEIGA (13 Jun), DONIZSTE(13 Jun}, MARCIANO (V. Grande).
CRAQUE DAS RODADAS: BATATI·NHA (Veteranos).
o jogo das•ea.mrsa.s
Q'uando o prefeito de Cruzeiro,João Bastos, na reunião do P,rvrDB naCâmara Municipal de Paraíbuna, realízada no primeiro domingo de abril, falou de prefeitos que estão presenteandoa população com jogos de camisas defutebol não sabia que o prefeito da ciodade havia feito justamente isso, diasantes. Mas percebeu logo, pelo riso dealgumas pessoas que o assistiam.
Na verdade nada há de errado nofato de um prefeito distribuir camisasde futebol. Mas em Paraíbuna, o fatoestá causando polémica. Um garoto deseus treze anos afirma que procurou oprefeito para pedir camisas para o seutime. Joaquim Rico - segundo ele -pediu para ver a lista de jogadores. Ogaroto mostrou. O prefeito olhou e disse que daria as camisas se o garoto excluisse alguns dos jogadores, os quaisseriam, no caso, filhos de adversáriospolíticos do prefeito.
Enquanto sobraram alguns timesprotestando por não terem ganho o uniforme, o presidente do Vila São GuidoFutebol Clube não faz questão de ocultar que ganhou dois jogos de camisa.
Aparentemente alheio à polémicaalimentada por pessoas que questionamos critérios que o prefeito provavelmente usou para escolher os times premiados, o presidente do «Vila São Guido»,José Donizetti dos Santos, usa de todasimplicidade e' fala de como conseguiutamanha preferência: «Eu fui pedir ascamisas para o Joaquim, e ele falou queme dava, se eu mudasse o nome do ti·
-, me. Eu mudei o nome na mesma hora».- Explica-se: O time chamava-se «CE-
RAP·Futebol .Clube».. Para quem não sabe, CERAP é«Companhia de Eletrificação do AltoParaíba, cujo presidente é Clóvis Barbosa, um dos mais ferrenhos adversá-rios políticos do prefeito. .
Diga-se de passagem que a VIlaSão Guida é o mais pobre bairro da LOna urbana, e teve que mudar o n0!Dede seu time para agradar o prefeito,que tem esquecido os problemas danue-le loteamento clandestino, há anos. (D. S -)
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~.·.'··'CI~'~~
ATENDENDO A 1. 500 PEDIDOS (750no PROPRIO MIRo-MIRO E MAIS 750LEITORES QUE NÃO CONSEGUIRAMLER A PRIMEIRA PUBLICAÇAO PORPROBLEMAS DE ISTIGMATISMO) RESOLVEMOS DAR UMA COLHER DECHA, MESMO PORQUE O IRRESPONSÁVEL DO ZE BOLACHA NAO ESCREVEU NADA DE NOVO PARASEUS LEITORES, POIS ESTÁ OCUPA·DíSSIMO EM PREPARAR UM DESEUS AUXILIARES PARA IR A ES·PANHA, COMO ENVIADO ESPECIALDO JORNAL FOLHA DA SERRA.
ZÉ BO - Disseram que você voltouamericanizado. É verdade?
MIRO-MIRO - Oh, no. It is intrigation of oposition (tradução: Oh, não.Isto é intriga da oposição). .
ZÉ BO - Porque você não ficou noCosmos?
'MIRO-MIRO Bem, como todos sa·bem eu já não dependo mais do futebol para viver pois felizmente já fiz omeu pé de meia. Assim, eu havia prometido ao LOLY, presidente do Stylo,que só ficaria no Kosmos se a proposta fosse compensadora também para osStylos. e, como os gringos, ao invés decomprarem o meu passe, propuseramuma troca pura e simples pelo lateralCarlos Alberto (ex-Santos e Seleção Brasileira), eu acabei não ficando.
ZÉ 'BO - Você se considera o maiorcentroavante da nossa várzea atualmente?
MIRO-MIRO - Em termos de golsmarcados, segundo a Gazeta Esportiva,o Noéio (com 601 gols) ainda está naminha frente (fiz só 596). Cabe observar, no entanto, que o Noéio semprejogou como centroavante e eu só. passei a jogar nesta posição aps o campeonato de 1979.
ZE BO - Como se deu essa mudançade zagueiro central para centroavante?
MIRO-MIRO - Foi por sugestão dotécnico Jarbas que dirigiu o Stylo noCampeonato de 1979. Ele observou que,como jogando atrás eu Iazla gols contra, se jogasse na frente poderia fazergols a favor. E deu certo. Tanto quefui o artilheiro do time naquela temporada com -9 gols (5 contra e 4 à favor).
ZÉ BO - Qual foi a aposta que você fez com o Noéio na temporada de1981?
MIRO-MIRO - Eu apostei minha longa cabeleira contra o vasto bigode doNoéio. Quem fizesse mais gols na tem-
EimcOMivARt~m.~rp.
porada de. 81, ganharia a-aposta. ce]:mo o NoéIO reclamou que eu levariavantagem por ter só meia cabeleira dei.lhe uma chance dizendo que se ele' per.d~sse, como realmente perdeu, raspariaso a metade do bigode. No fim ele acabeu raspando o bigode Inteiro
ZÉ BO - Qual sua experiência emrelação ao Campeonato? .,
-MIRO-MIRO - Antes de louvar o fato de haver o campeonato este ano euacho que deveríamos questionar o ratoda rapaziada de Paraíbuna ter ficadot~n.to tem~o. privada do usutrút-, do Eg_t,:dlO. Munícípal. Terá sido mera coincídêncía o fato do campo ter ficado tanto tempo fechado e só ter sido reaberto num ano em que haverá eleição? Poroutro lad?, com respeito as possíbtltda~es dos tImes,. eu penso o seguinte: seImperar a lógica deve dar Caixa ou oComércio na cabeça, se imperar a zebra pode dar Stilos ou Treze de J tinjoe. se imperar a politicagem (esse é omeu medo) deve dar... (vocês sabemqual time né?).
ZÉ BO - Você tem esperanças deser convocado para a Copa da Espanha?
MIRO-MIRO - Embora eu me consídere em condições, acho que o 'I'elê nãovai me convocar por considerar aindaimaturo. Aliás, eu, Leão e Jorge Mendonça somos OS jogadores mais ínjustíçados do Brasill, na atualidade. Vocêsdevem ter ouvido o povo gritar o meunome naquele jogo que a Seleção fezcontra a Tchecoslováquia.
ZÉ BO - Ao que consta, a torcidagritava «fora Roberto», «fora Roberto» ... não?
1\URO-MIRO - Não. O povo gritava«põe o Zé Roberto», «põe o Zé Roberto» ... Podem perguntar para o Lauro.Ele estava no Morumbi naquele dia.
ZÉ BO - Dizem que, com exceçãodos gols contra, quase todos os gols quevocê marcou foram em impedimento. Éverdade? .
:'vIIRO-MIRO - É mentira. É tudouma questão de posicionamento. E eu,modéstia a parte, me posiciono bem(... bem atrás dos beques como' diria ZéBorracha) .
ZÉ BO - Quais suas últimas palavrasaos nossos leitores?
MIRO-MIRO - Eu gostaria de mandar um recado para o pessoal do Guaani. É o seguinte: Para um time que
anda dizendo que vai ganhar o campeonato, vocês tem muito que aprender: futebol se ganha no campo e nunca antes. Você andaram dizendo que sedessem de menos de 5 a O· no Styloiriam considerar isso uma derrota. Poisbem, acabaram só conseguindo um ernpate de 1X1 e isso por que n Stylojogou desfalcado do Tito, do Noéio e~~ P. P. Cadê a tal ponta esquerda quema acabar com o jogo. Ele não veio?Se fOI aquele que jogou eu, sinceramente sou mais o Moisés. Quanto ao Styloestamos . ap~nas tentando chegar entr~OS 4 pnrneiros. Se conseguirmos issoestaremos satisfeitos. Sem mais para ~momento «good bye my friends of Paraibuna City. Até a Colombís em1986. .. Atenciosamente, Miro-Miro-.
CURTAS& QUENTES
ANTONIO CARLOS ALVES- Os rojões continuam sendo lança
dos para o campo de jogo, colocandoem perigo aqueles que lá estão. Enquanto os juízes reclamam aos policiais eorganizadores, ameaçando, ínclusíve,paralízar as partidas. Talvez a melhorsolução seja barrar a entrada dos ex·plosivos na entrada do estádio.
- Os torcedores do Guarani Juramde pés juntos que serão campeões. Enquanto contam em prosa e verso a conquista do campeonato, o torcedor D.O 1do Comércio, o «Vila», topa uma aposta para quando as duas equipes se encontrarem.
- Frase de um torcedor do Stilos:«Será que este time do Guarani que nósenfrentamos não é o cascudínho deles?»
- Quem anda muito chateado com oapelido que ganhou é o xerife Breda.
- O artigo 19.0, parágrafo segundodo regulamento é um verdadeiro absurdo as pretensões do campeonato, e osrep~sentantes ainda aprovam.• O jogador Donizete do Nova Esperança vai ter sua última oportunidadede títulos na equipe. Acontece que, eleJá passou por várias posições e até agora nao apresentou nada e continua afiromando: «Com a camisa 8, vou mostrarr,teu verdadeiro futebol e provar pramuita gente que ali eu conheço».
ANTONIO CARLOS ALVESCARVALHO
1974 - Campeão pelo Benfica (São José dos Campos)
1975 - Jogador do Corinthinha (3a.Divisão de Profissionais) .
1978 - Campeão Paraibunense pelaA.E.P.
1979 - Vice-Campeão pelo Club'e Atlé. tico Tremembé
1979 - Více-Carnpeã., pelo Clube Atlétíco Trernembé
1980 - Formado err, Educação Física. eDesportos pela Universidade deTaubaté.
'AUTOPECAS BILL,VOLKSWAGEN - CIIEVROLETFORD - CORCEL MERCEDES
- CONSERTOSTRATaRES MASSEY FERGUSSON
VALMETAv. São José, s/n - Tel. 62-0270
PARAlBUNA . SP
1.4
~.
ALTO-PARAfBA, ABRIL DE 1982 FolhadaSerra
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