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Redes Neurais Artificiais Profa. Anna Helena Reali Costa POLI – PCS/EPUSP Material com contribuições de: Prof. Reinaldo A. C. Bianchi, FEI – Depto. Engenharia Elétrica Profa. Leliane N. Barros, IME – USP Prof. Carlos H. C. Ribeiro, ITA – Divisão de Ciência da Computação A estes professores, meus agradecimentos.

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Redes Neurais Artificiais

Profa. Anna Helena Reali Costa POLI – PCS/EPUSP

Material com contribuições de: Prof. Reinaldo A. C. Bianchi, FEI – Depto. Engenharia Elétrica

Profa. Leliane N. Barros, IME – USP Prof. Carlos H. C. Ribeiro, ITA – Divisão de Ciência da Computação

A estes professores, meus agradecimentos.

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■  Descrever as características básicas das

Redes Neurais Artificiais (RNAs). ■  Descrever o funcionamento de uma RNA. ■  Descrever algumas das principais

arquiteturas existentes para RNAs. ■  Exemplificar o uso de RNAs em

Reconhecimento de Padrões e Controle.

Objetivos

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Motivação Biológica ■  Idéia central:

–  utilizar neurônios biológicos como modelos para neurônios artificiais.

■  Neurônio Biológico: –  Elemento fundamental do

sistema nervoso. –  Diversos tipos.

■  Cérebro humano: relativamente lento, mas com muito paralelismo –  1011 processadores de 1 KHz –  cada neurônio se conecta

com outros 104

Aprendizagem automática!

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Funcionamento simplificado de um Neurônio Biológico ■  Neurônios podem estar em 2 estados:

–  Ativo ou excitado: envia sinais para outros neurônios por meio do axônio e sinapses.

–  Inativo ou inibido: não envia sinais. ■  Sinapses podem ser de 2 tipos:

–  Excitatórias (excitam o neurônio receptor). –  Inibitórias (inibem o neurônio receptor).

■  Quando o efeito cumulativo das várias sinapses que chegam a um neurônio excede um valor limite, o neurônio dispara (fica ativo por um período) e envia um sinal para outros neurônios.

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O que é uma RNA? ■  É um sistema de processamento de

informações desenvolvido a partir de modelos matemáticos simplificados dos neurônios biológicos.

■  Um estilo diferente de computação: processamento distribuído e paralelo

■  Uma arquitetura computacional universal: a mesma estrutura executa muitas funções diferentes

■  Pode aprender novos conhecimentos, portanto, é adaptativo

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Um pouco de História 1950s & 1960s: Infância 1943 - Neurônio de McCulloch-Pitts 1959 - Perceptrons (Rosenblatt) 1960 - Adaline (Widrow & Hoff)

1970s: Os anos negros... 1969 - Minsky and Papert ( MIT ) publicam um livro que põe em dúvida a capacidade de aprendizado dos perceptrons. 1972 - Redes auto-organizáveis (Kohonen) 1976 - Teoria de Ressonância Adaptativa (Grossberg & Carpenter)

1980s: Entusiasmo renovado 1986 - Surgimento do algoritmo backpropagation (Werbos) 1987 - Redes de Hopfield ( Hopfield & Tank ) 1988 - Redes Neocognitron ( Fukushima ), RBF (Broomhead e Lowe)

1990s: Amadurecimento -  Aplicações no mundo real -  Teoria computacional da aprendizagem: support vector machines (Vapnik), aprendizado PAC (Anthony e Biggs).

2010s: Deep Fever -  Deep Learning... Sucesso total

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Aplicações Identificação de alvos militares: B-52, Boeing 747 e Space Shuttle

Controle de Navegação Autônoma de Veículos: ALVINN at CMU

Exploração de petróleo: Determinação e Litologia

Autentificação de usuário.

Reconhecimento de Faces

Predição no Mercado Financeiro

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Referências Bibliográficas ■  A “Bíblia”:

–  Simon Haykin. Neural Networks: A Comprehensive Foundation.

■  Livro de IA com bom capítulo de RNAs: –  Russel e Norvig. Artificial Intelligence: A Modern

Approach. ■  Livro de Aprendizagem de Máquina com bom

capítulo de RNA: –  Tom Mitchell. Machine Learning. WCB/McGraw-

Hill, 1997. ■  Livro em Português:

–  Braga, Ludermir e Carvalho. Redes Neurais Artificiais. LTC.

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Redes Neurais Artificiais: Propriedades ■  Aprendizado:

–  RNA pode modificar seu comportamento em respostas a seu domínio, de forma a produzir saídas consistentes.

■  Generalização: –  Uma vez treinada, a resposta de uma RNA pode

ser, num certo grau, insensível a pequenas variações (ruídos, distorções) nas suas entradas.

■  Abstração: –  Algumas RNAs podem extrair “um ideal” a partir

de exemplos imperfeitos na sua entrada.

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Projeto de uma RNA ■  O projeto de uma RNA envolve a

determinação dos seguintes parâmetros: –  Neurônios e função de ativação. –  Conexões e disposição dos neurônios: topologia

(arquitetura da rede). –  Pesos sinápticos: valores (no caso de pesos

aprendidos) ou o algoritmo de treinamento a ser utilizado e seus parâmetros particulares.

–  Recall: procedimento a ser utilizado – como a rede calcula a saída para uma dada entrada?

Infelizmente, não existe uma “receita” única...

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Modelo Biológico

Axon

Terminal Branches of AxonDendrites

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Perceptron

Axon

Terminal Branches of AxonDendrites

S

x1

x2w1

w2

wnxn

x3 w3

OUT = f net( ) =1:net > 0−1:net ≤ 0

#$%

&%with net = wij

j∑ Inj

Função de ativação

θ

f(net)

net

In

Out

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Perceptron ■  Introduzido por Frank Rosenblatt em 1958 ■  Características do Perceptron:

– Pesos e limiares não são todos idênticos. – Pesos podem ser positivos ou negativos. – Neurônios são binários e a função de ativação

f(net) é [-1,1]. – Mais importante: existe uma regra de

aprendizagem.

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Perceptron

■  Formalmente, o perceptron com função limiar implementa um hiperplano de dimensão n – 1, definido pelas coordenadas x1, x2, ....xn (entradas) que passa por w.x=net=0 e particiona o espaço n dimensional das instâncias de treinamento em duas regiões (correspondentes às duas classes das instâncias) (a 1ª. Região em w.x>0 e a 2ª., em w.x<0).

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Operação do Perceptron: Exemplo ■  Duas entradas: x, y ■  Dois pesos: w1, w2

■  Uma entrada de viés (bias): w0

[ ]ywxwwfout 210 ++=

x

y

0210 =++ ywxww0210 >++ ywxww

Σ

x

y

w1

w2 f

w0 1

out

+1

0210 <++ ywxww

-1

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Poder de representação dos Perceptrons Conseguem representar qualquer função linearmente separável

Função linearmente separável: consigo separar as classes com retas (ou planos, ou hiperplanos). 1 neurônio: classes +1 e –1

← OK Não OK →

A

B

A B

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Exercício 1 ■  Projete um neurônio tipo

Perceptron (Figura 1) que calcula a função lógica implicação y = x1 → x2, descrita na Tabela 1.

Figura 1 – Neurônio Perceptron.

x1 x2 y 0 0 0 1 1 0 1 1

Tabela 1

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Aprender Hipóteses de Funções

■  Aprendizagem: consiste em escolher valores para os pesos w0, ..., wn.

■  É preciso agora definir algoritmos para encontrar essas hipóteses! –  e selecionar apenas uma para adotarmos como o

sistema de classificação de dados futuros

O espaço de hipóteses candidatas H é

H = {w | w ∈ ℜ(n+1)}

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Exemplo ■  Com w0= -0,8;

w1= 0,5; w2= 0,5 ■  Qual a função

implementada pelo perceptron?

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Σ

x

y

w1

w2 f

w0 1

out

X y out 0 0 0 1 1 0 1 1

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Aprendizado Supervisionado no Perceptron: ■  A regra de atualização dos pesos é:

wi ç wi + α δ xi Onde δ = (t – o) –  xi é a entrada, –  t é o valor desejado (ou a saída correta), –  o é a saída apresentada pelo perceptron, – α é uma constante pequena (ex: 0.1), chamada

taxa (ou coeficiente) de aprendizagem. Funciona para entradas/saídas discretas ou

contínuas.

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Comentários sobre a regra de aprendizagem do Perceptron:

■  Se o exemplo é corretamente classificado, o termo. (t – o) é igual a zero e nenhuma atualização de pesos é necessária.

■  Se a saída do perceptron é –1 e t = 1, os pesos aumentam.

■  Se a saída do perceptron é 1 e t = –1, os pesos diminuem.

■  Se os exemplos forem linearmente separáveis e um pequeno valor for usado para α, a regra é provada classificar corretamente todos os exemplos de treinamento (isto é, é consistente com os dados de treinamento).

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Limitações do Perceptron com uma camada ■  Infelizmente, várias funções de interesse não

são linearmente separáveis. ■  Por exemplo, o Perceptron não pode

representar o XOR (OU exclusivo).

X1 X2 Out a 0 0 0 b 0 1 1 c 1 0 1 d 1 1 0 X1

X2

Out = 0 Out = 1

0

1

1

d

c

b

a

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Neurônio 1: separa em classes C1 e C2

Separação em 4 classes: Exemplo

Neurônio 2: separa em classes C1’ e C2’

Σ

x

y

w1’

w2’ f

w0’ 1

Σ

x

y

w1

w2 f

w0 1

x’

y’

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Separação em 4 classes: Exemplo

x

y

w1

w1’ Σ f

w0 1

x’

Σ f y’

w2’

w2

1 w0’ +1 +1

+1 -1 -1 +1

-1 -1

Dois neurônios:

x’=+1, y’=+1 ⇒ classe x’=+1, y’=-1 ⇒ classe x’=-1, y’=+1 ⇒ classe x’=-1, y’=-1 ⇒ classe

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MLP: Multilayer Perceptrons ■  Conjuntos de Perceptrons arranjados em

diversas camadas. ■  Pelo menos uma camada escondida.

– Uma camada intermediária é suficiente para aproximar qualquer função contínua.

– Duas camadas intermediárias são suficientes para aproximar qualquer função matemática.

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MLP: Multi-layer Perceptrons Classificação requer 3 linhas discriminantes que criam 7 compartimentos e 2 regiões de decisão: uma para e outra para .

compartimentos

A B

C

(-1-1-1)

(111)

X1

X2 (1-11)

x1 x2

out

Camada Escondida

Entradas A

B

C

Classe 1

Classe 2

(-1-1-1),(-1-11),…..,(111)

1

-1 Solução:

Saída

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Exemplo de Rede MLP ■  x1 = x2 = entradas binárias. ■  w1 = w2 = w3 = w4 = w5 = 1 e w6 = -2 ■  f1 (x.w) = 1 se nível de ativação ≥ 0,5,

0 caso contrário. ■  f2 (x.w) = 1 se nível de ativação ≥ 1,5,

0 caso contrário.

Efetue o recall desta rede, completando a tabela.

1

1

1 1 -2

1

0,5

0,5

1,5

x1

x2

out

x1 x2 Out 0 0 0 1 1 0 1 1

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Exemplo de Rede MLP ■  x1 = x2 = entradas binárias. ■  w1 = w2 = w3 = w4 = w5 = 1 e w6 = -2 ■  f1 (x.w) = 1 se nível de ativação ≥ 0,5,

0 caso contrário. ■  f2 (x.w) = 1 se nível de ativação ≥ 1,5,

0 caso contrário.

1

1

1 1 -2

1

0,5

0,5

1,5

x1

x2

out

x1 x2 Out 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0

Consegui uma rede para o XOR!!!

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Tipos de Função de Ativação

Out

θ

1

0 net

Out Out = 1 if net > θ

= 0 if net < θ

0

1

net

-1

θ

Out = 1 if net > θ

= -1 if net < θ

Função Limiar

0

1

net

Out 1 Out = -------------------- 1 + exp (-λ.net) Função Logística

Função Sigmoide

Out = tanh(λ.net) Função Tangente Hiperbólica

0

1

net

Out

-1

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MLP Sigmóide ■  Neurônio com função de ativação limiar sigmóide:

( )

( ) ( )( )2

1)( tanh)(

)(1)()( 1

1)(

2 xxxx

xxxe

x x

σσσ

σσσσ

−=ʹ′⇒=

−=ʹ′⇒+

=−

( ) tanh)(ou 1

1)( netnete

net net =+

=−

σσ

Propriedade Interessante

… derivada

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Como treinar um MLP?

■  Descida do gradiente: Aprende wi’s que minimizam erro quadrático com o conjunto de treinamento:

2)(21][ ∑

−=

Dddd otwE

!

D = dados de treinamento

x1

o

x1

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Descida do Gradiente (1camada, 2 entradas)

Gradiente: ⎥⎦

⎤⎢⎣

∂=∇

nwE

wE

wEwE ,...,,][

10

!

ii w

Ew∂

∂−=Δ ηRegra: ][wEw !!

∇−=Δ η

2)(21][ ∑ −=

Dddd otwE

ε

!

Pois deseja-se mover o vetor de peso na direção que o erro E diminui

η positivo

1 neurônio com 2 entradas (e dois pesos, w0 e w1)

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Descida do Gradiente (uma camada)

diddd

dd

did

dd

ddd i

dd

ddd i

dd

ddd i

ddd

ii

xxwxwot

xww

ot

xwtw

ot

otw

ot

otw

otww

E

,

2

2

))(1()()(

))(()(

))(()(

)()(221

)(21

)(21

!!!!

!!

!!

⋅−⋅−−=

⋅∂

∂−−=

⋅−∂

∂−=

−∂

∂−=

−∂

∂=

−∂

∂=

σσ

σ

σ

od od

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Descida do gradiente: várias saídas

2)(21][ ∑∑

∈∈

−=saidask

kdkdDd

otwE !

D = dados de treinamento

O erro agora deve ser redefinido para k saídas:

Saídas da rede

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Algoritmo Backpropagation (I) ■  Para rede com 1 camada escondida com nhid unidades

sigmoidais, nout saídas (unidades sigmoidais), nin entradas, vários exemplos de treinamento < x, t >

nin nhid

nout

x

t (saídas do treinamento) o (saídas dadas pela rede)

w (pesos)

Parâmetros de entrada do backpropagation: {<x1, t1>, <x2, t2>....}, η, nhid, nin, nout

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Algoritmo Backpropagation (II) ■  Iniciar w aleatoriamente (valores pequenos) ■  Repetir até estar na condição de parada:

–  Para cada exemplo de treinamento <x, t>, fazer: //propagar a entrada para frente até obter as saídas: 1.  Colocar x como entrada e computar cada saída ok. //propagar os erros para trás na rede: 2.  Para cada unidade k de saída, calcular o erro δk:

δk ← ok (1 - ok) (tk - ok) 3.  Para cada unidade escondida h, calcular o erro δh:

δh ← oh (1 - oh) Σk∈saidas whk .δk 4.  Atualizar cada peso wij da rede:

wij ← wij + η δj xij Entrada do nó i para o j

Mostra quanto cada h é “responsável” pelo erro δk

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37 http://www.trapexit.org/images/b/ba/Animate_ANN.gif

Algoritmo Backpropagation: animação

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Exemplo

■  Considere a taxa de aprendizagem η = 0.9 e que o exemplo de treino seja X = (1,0,1), cujo rótulo de classe seja 1.

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Table 1: Initial input and weight values x1 x2 x3 w14 w15 w24 w25 w34 w35 w46 w56 w04 w05 w06 ----------------------------------------------------------------------------------- 1 0 1 0.2 -0.3 0.4 0.1 -0.5 0.2 -0.3 -0.2 -0.4 0.2 0.1 Table 2: Cálculo da net de entrada e saída Unit j Net input Ij Output Oj ----------------------------------------------------------------------------------- 4 5 6 Table 3: Cálculo do erro em cada nó Unit j δj ----------------------------------------------------------------------------- 6 5 4

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Table 1: Initial input and weight values x1 x2 x3 w14 w15 w24 w25 w34 w35 w46 w56 w04 w05 w06 ----------------------------------------------------------------------------------- 1 0 1 0.2 -0.3 0.4 0.1 -0.5 0.2 -0.3 -0.2 -0.4 0.2 0.1 Table 2: Cálculo da net de entrada e saída Unit j Net input Ij Output Oj ----------------------------------------------------------------------------------- 4 0.2 + 0 -0.5 -0.4 = -0.7 1/(1+e0.7)=0.332 5 -0.3 +0+0.2 +0.2 =0.1 1/(1+e0.1)=0.525 6 (-0.3)(0.332)-(0.2)(0.525)+0.1 = -0.105 1/(1+e0.105)=0.474 Table 3: Cálculo do erro em cada nó Unit j δj ----------------------------------------------------------------------------- 6 5 4

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Table 1: Initial input and weight values x1 x2 x3 w14 w15 w24 w25 w34 w35 w46 w56 w04 w05 w06 ----------------------------------------------------------------------------------- 1 0 1 0.2 -0.3 0.4 0.1 -0.5 0.2 -0.3 -0.2 -0.4 0.2 0.1 Table 2: Cálculo da net de entrada e saída Unit j Net input Ij Output Oj ----------------------------------------------------------------------------------- 4 0.2 + 0 -0.5 -0.4 = -0.7 1/(1+e0.7)=0.332 5 -0.3 +0+0.2 +0.2 =0.1 1/(1+e0.1)=0.525 6 (-0.3)(0.332)-(0.2)(0.525)+0.1 = -0.105 1/(1+e0.105)=0.474 Table 3: Cálculo do erro em cada nó Unit j δj ----------------------------------------------------------------------------- 6 (0.474)(1-0.474)(1-0.474)=0.1311 5 (0.525)(1-0.525)(0.1311)(-0.2)=-0.0065 4 (0.332)(1-0.332)(0.1311)(-0.3)=-0.0087

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Table 4: Cálculo da atualização dos pesos Peso Novo valor ------------------------------------------------------------- w46 w56 w14 w15 w24 w25 w34 w35 w06 w05 w04

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Table 4: Cálculo da atualização dos pesos Peso Novo valor ------------------------------------------------------------- w46 -0.3+(0.9)(0.1311)(0.332)= -0.261 w56 -0.2+(0.9)(0.1311)(0.525)= -0.138 w14 0.2 +(0.9)(-0.0087)(1) = 0.192 w15 -0.3 +(0.9)(-0.0065)(1) = -0.306 w24 0.4+ (0.9)(-0.0087)(0) = 0.4 w25 0.1+ (0.9)(-0.0065)(0) = 0.1 w34 -0.5+ (0.9)(-0.0087)(1) = -0.508 w35 0.2 + (0.9)(-0.0065)(1) = 0.194 w06 0.1 + (0.9)(0.1311) = 0.218 w05 0.2 + (0.9)(-0.0065)=0.194 w04 -0.4 +(0.9)(-0.0087) = -0.408

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Exemplo: pesos iniciais: (-0.1 a +0.1); η = 0.3

Entrada Saída 10000000 → 10000000 01000000 → 01000000 00100000 → 00100000 00010000 → 00010000 00001000 → 00001000 00000100 → 00000100 00000010 → 00000010 00000001 → 00000001

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Aprendizado da representação (camada interna)

Entrada Saída hs Saída 10000000 → .89 .04 .08 → 10000000 01000000 → .15 .99 .99 → 01000000 00100000 → .01 .97 .27 → 00100000 00010000 → .99 .97 .71 → 00010000 00001000 → .03 .05 .02 → 00001000 00000100 → .01 .11 .88 → 00000100 00000010 → .80 .01 .98 → 00000010 00000001 → .60 .94 .01 → 00000001

Representação intermediária: “descobre” código binário!!!!

1 0 0 0 1 1

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Exemplo: ALVINN

Dirige um carro a 100 Km/h.

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Exemplo: MLP Sigmóide ■  Reconhecimento de fala – reconhecer 1 de

10 vogais entre h_d (em inglês) –  F1 e F2: parâmetros retirados da análise espectral

do som da palavra.

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Referências ■  Russel, S.; Norvig, P. Artificial

Intelligence: a modern approach. 2nd.edition. Prentice Hall, 2003. Cap. 20.5.

■  Mitchell, T.M. Machine Learning. WCB/McGraw-Hill, 1997. Cap.4.