Redes sem fio wlan

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDES LAN E WAN IGOR ALLEN BEZERRA DE MAGALHÃES RITZMANN REDES SEM FIO WLAN: EM CONTEXTO DO JORNAL O IMPARCIAL São Luís 2014

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TCC sobre redes sem fio, defesa para obtenção de título de especialista de redes LAN e WAN.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDES LAN E WAN

IGOR ALLEN BEZERRA DE MAGALHÃES RITZMANN

REDES SEM FIO WLAN: EM CONTEXTO DO JORNAL O IMPARCIAL

São Luís 2014

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IGOR ALLEN BEZERRA DE MAGALHÃES RITZMANN

REDES SEM FIO WLAN: EM CONTEXTO DO JORNAL O IMPARCIAL

Monografia apresentado em cumprimento parcial às exigências do curso de pós-graduação em redes LAN e WAN da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA/SENAI, para obtenção do diploma de especialização em Redes LAN e WAN.

Orientador: Dr. Rogerio Moreira Lima Silva

São Luís 2014

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Ritzmann, Igor Allen Bezerra de Magalhães. Redes sem fio Wlan: em contexto do Jornal O Imparcial / Igor Allen Bezerra de Magalhães Ritzmann.– São Luís, 2014. 106. Folhas Monografia (Especialização) – Curso de Redes Lan e Wan, Universidade Estadual do Maranhão, 2014. Orientador: Dr. Rogerio Moreira Lima Silva 1.Wlan. 2.Redes sem fio. 3.Irdoor. 4.Planejamento . Título CDU: 004.738.5.057.4

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TERMO DE APROVAÇÃO

IGOR ALLEN BEZERRA DE MAGALHÃES RITZMANN

REDES SEM FIO WLAN: EM CONTEXTO DO JORNAL O IMPARCIAL

Monografia apresentado em cumprimento parcial às exigências do Curso de pós-graduação em redes LAN e WAN da Universidade Estadual do Maranhão– UEMA/SENAI, para obtenção do diploma de especialização em Redes LAN e WAN.

Aprovada em ____ / ____ / ____

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

Dr. Rogerio Moreira Lima Silva

Orientador – UEMA

_____________________________________

M.Sc. Raimundo de Carvalho Silva Neto

1º Examinador – SENAI

_____________________________________

M.Sc. Henrique Mariano Costa do Amaral

2º Examinador – UEMA

São Luís, 18 de março 2014.

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A Deus, minha Avó Rosina Bezerra de Magalhães, ao meu Pai Gilson Luiz Ritzmann e minha noiva Jusara Santos, que fizeram a minha história de vida ser especial.

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AGRADECIMENTOS

A todos que tornaram possível a realização deste trabalho de conclusão de curso em especial ao meu orientador Dr. Rogério Moreira Lima Silva e a minha amada Jusara Santos.

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“O impossível, em geral, é o que não se tentou." (Jim Goodwin)”.

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RESUMO

O tema deste trabalho, Redes sem fio WLAN em contexto do Jornal O Imparcial, descreve sobre as redes sem fio em ambientes indoor. A abordagem metodológica partiu da revisão bibliográfica sobre o tema, utilizando-se principalmente da tese de mestrado de Marcelo Najnudel, que deu base para uso de metodologias, planejamento e coleta de dados de ambientes indoor, proporcionando melhores resultados para o presente trabalho. Teve como objetivos mostrar definições, conceitos, Softwares utilizados em tarefas específicas de planejamento, a segurança, criptografia e a análise dos resultados levantados das redes sem fio de O Imparcial. Considerando o exposto, o presente estudo discutiu os principais problemas advindo de redes implementadas de forma não planejada, principalmente em locais que se precise de vários pontos de acesso necessitando-se de planejamento de cobertura, canais dentre outros abordados. Por último, considerou-se a necessidade de aplicação de site Survey, no sentido de obter-se informações para melhoramento do ambiente em estudo.

Palavras-chave: WLAN. Redes sem fio. Indoor. Planejamento.

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ABSTRACT

The theme of this work, Wireless Networks WLAN in the context of O Imparcial describes about wireless networks in indoor environments. The methodological approach was based on the literature review on the topic, using mostly master's thesis Marcelo Najnudel, which provided the basis for the use of methodologies, planning and data collection from indoor environments, providing better results for the present work. Aimed to show definitions and concepts used in specific tasks of planning, software, security, encryption and analysis of results collected from wireless networks O Imparcial. Considering the above, this study discussed the main problems arising from networks implemented in an unplanned manner, especially in places that need multiple access points necessitating planning coverage, among others addressed channels. Finally, we considered the need for application of site Survey in order to obtain information for improving the environment under study.

Keywords: WLAN. Wireless. Indoor. Planning.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Internet x Mobile......................................................................................17

Figura 2 – Dispositivos.............................................................................................17

Figura 3 – Bandas reservadas ISM..........................................................................20

Figura 4 – Canais.....................................................................................................21

Figura 5 – Canais e frequências...............................................................................22

Figura 6 – Extensão da rede cabeada.....................................................................23

Figura 7 – 802.11 Infraestrutura de rede sem fio.....................................................25

Figura 8 – Autenticação/Associação........................................................................26

Figura 9 – Serviços da Camada de enlace de dados...............................................28

Figura 10 – Operação normal.....................................................................................31

Figura 11 – Perda do frame........................................................................................32

Figura 12 – Perda do frame ACK...............................................................................33

Figura 13 – Quadro Ethernet CSMA/CA....................................................................34

Figura 14 – CSMA/CA................................................................................................36

Figura 15 – Transmissão no CSMA/CA.....................................................................37

Figura 16 – Quadro de controle..................................................................................38

Figura 17 – Quadro Ethernet do CSMA/CA...............................................................38

Figura 18 – Onda senoidal.........................................................................................40

Figura 19 – onda senoidal períodos...........................................................................40

Figura 20 – relação entre diferentes fases.................................................................41

Figura 21 – Sinal Digital.............................................................................................41

Figura 22 – Intervalo de sinalização e número de bits por segundo..........................42

Figura 23 – Espectros FDM convencional e OFDM...................................................43

Figura 24 – Sistema de comunicação MIMO.............................................................44

Figura.25 – Multiplexação espacial............................................................................45

Figura 26 – ASK.........................................................................................................47

Figura 27 – FSK.........................................................................................................48

Figura 28 – PSK.........................................................................................................49

Figura 29 – Método 4PSK..........................................................................................50

Figura 30 – Características 4-PSK.............................................................................50

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Figura 31 – Características 8-PSK.............................................................................50

Figura 32 – Constelação 4-QAM e 8-QAM.................................................................51

Figura 33 – Domínio de tempo para o sinal 8-QAM...................................................52

Figura 34 – Constelação 16-QAM..............................................................................53

Figura: 35 – H-Plane..................................................................................................54

Figura 36 – E-Plane....................................................................................................55

Figura 37 – E-Plane e H-Plane...................................................................................55

Figura 38 – Utilização dos canais entre pontos de acesso adjacente........................59

Figura 39 – Funcionamento do roaming.....................................................................60

Figura 40 – Rede IEEE 802.11 / IEEE

802.1X........................................................................................................................61

Figura 41 – Troca de mensagens Estação/Switch/Servidor de

Autenticação...............................................................................................................62

Figura 42 – Atenuação...............................................................................................66

Figura 43 – Aumento nível de potência......................................................................67

Figura 44 – Aumento nível de potência......................................................................68

Figura 45 – WLAN Walk Test com mapa carregado..................................................73

Figura 46 – Teste de LoS em corredor estreito (O Imparcial, Piso superior) ............75

Gráfico 01 – Distância do ponto x potência recebida.................................................58

Figura 47 – Redes sem fio disponíveis anfiteatro......................................................79

Figura 48 – Cobertura do Anfiteatro...........................................................................80

Figura 49 – Frequências.............................................................................................83

Figura 50 – Redes sem fio disponíveis Redação.......................................................85

Figura 51 – Área de cobertura Redação....................................................................86

Figura 52 – Frequências ideais..................................................................................88

Figura 53 – Redes sem fio disponíveis Comercial e financeiro..................................90

Figura 54 – Área de cobertura Comercial e financeiro...............................................91

Figura 55 – Frequências ideais..................................................................................93

Figura 56 – Redes sem fio disponíveis Presidência...................................................96

Figura 57 – Área de cobertura Presidência e CPD....................................................97

Figura 58 – Frequências ideais..................................................................................99

Page 12: Redes sem fio wlan

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Tabela de associação entre canais e frequências..............................22

Tabela 02 – SubframeFC.......................................................................................34

Tabela 03 – taxa de transmissão e modulação.....................................................53

Tabela 04 – Tabela de conversão de RSSI para dBm (Cisco)...............................57

Tabela 05 – Valores médios de tráfego por usuário de rede..................................72

Tabela 06 – Análise dos valores medidos em relação potência recebida x..........76

distância em metros

Tabela 07 – Perdas de penetração em obstáculos................................................77

Tabela 08 – Perdas com movimentação de pessoas............................................77

Tabela 09 – Calculado a perda com sinalização em 40% =300*40/100................81

Tabela 10 – Calculado a perda com sinalização em 40% =300*40/100.................87

Tabela 11 – Calculado a perda com sinalização em 40% =300*40/100................92

Tabela 12 – Calculado a perda com sinalização em 40% =300*40/100..............98

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LISTA DE SIGLAS

NIC Network Interface Card

WLAN Wireless Local Area Network

WECA Wireless Ethernet Compatibility Alliance

Wi-Fi Wireless Fidelity

RF Radio Frequency

ITU-R International Telecommunication Union

ISM Industrial, Scientific, Medical

FCC Federal Communications Commission

AP Access Point

DSSS Direct Sequence Spread Spectrum

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

LAN Local area network

IBSS Independent Service Set

BSS Basic Services Set

BSA Basic Service Area

EIRP Equivalent Isotropically Radiated Power

SSID Service Set Identifier

MAC Media Access Control

TIM Traffic Indicator Map

BPS Bits Per Second

MBPS Mega Bits Per Second

OFDM Orthogonal Frequency Division Multiplexing

FDM Frequency Division Multiplexing

ASK Amplitude-shift keying

FSK Frequency-shift keying

PSK Phase-shift keying

QAM Quadrature Amplitude Modulation

BFSK Binary Frequency Shift Keying

PSK Differential Phase-Shift Keying

ITU-T Telecommunication Standardization Sector

OSI International Organization for Standardization

Page 14: Redes sem fio wlan

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................19

2.1 REDES SEM FIO.................................................................................................19

2.2 TECNOLOGIAS WIRELESS................................................................................23

2.3 INFRAESTRUTURA 802.11.................................................................................23

2.3.1 PONTO DE ACESSO........................................................................................24

2.3.2 SSID .................................................................................................................24

2.3.3 ESTAÇÃO (STA) ..............................................................................................25

2.3.4 SERVIÇOS BÁSICOS ......................................................................................25

2.4 CAMADAS DE ACESSO AO MEIO.................................................................... 27

2.4.1 CONTROLE DE FLUXO................................................................................... 28

2.4.2 CONTROLE DE ERROS.................................................................................. 29

2.4.3 STOP AND WAIT ARQ.................................................................................... 30

2.4.4 OPERAÇÃO..................................................................................................... 31

2.4.5 FRAME PERDIDO OU CORROMPIDO........................................................... 31

2.4.6 ACK PERDIDO................................................................................................. 32

2.5 ENLACE IEEE 202.11......................................................................................... 33

2.5.1 FORMATO DO FRAME.................................................................................... 34

2.5.1.1 CONTROLE DO FRAME............................................................................... 34

2.5.1.2 DURATION ID............................................................................................... 35

2.5.1.3 ADDRESS (ENDEREÇOS)........................................................................... 35

2.5.1.4 SEQUENCE CONTROL (CONTROLE DE SEQUENCIA) ........................... 35

2.5.1.5 FRAME BODY ( CORPO DO FRAME)......................................................... 35

2.5.2 CSMA/CA......................................................................................................... 35

2.5.3 FRAGMENTAÇÃO........................................................................................... 38

2.6 CAMADA FÍSICA..................................................................................................39

2.6.1 ANALÓGICO E DIGITAL.................................................................................. 39

2.6.1.1 ANALÓGICO................................................................................................. 39

2.6.1.2 DIGITAL......................................................................................................... 41

2.6.2 ESPALHAMENTO ESPECTRAL...................................................................... 42

Page 15: Redes sem fio wlan

2.6.2.1 MÚLTIPLA ENTRADA E MÚLTIPLA SAÍDA................................................. 44

2.6.2.2 MULTIPLEXAÇÃO ESPACIAL (SPATIAL MULTIPLEXING) ………..……….45

2.7 MODULAÇÃO…………………………………………………..…………….………. 46

2.8 PORTADORA…………………………………………………………..……..………. 46

2.8.1 AMPLITUDE-SHIFT KEYING (ASK) ..........................................................…...47

2.8.2 FREQUENCY-SHIFT KEYNG (FSK) …............................................................47

2.8.3 PHASE-SHIFT KEYING (PSK) …….................................................................48

2.8.4 MODULAÇÃO POR AMPLITUDE EM QUADRATURA (QAM) ........................51

2.9 ANTENAS OMNIDIRECIONAIS.......................................................................... 54

2.9.1 ANTENAS DBI DIPOLO ...................................................................................56

2.9.2 EIRP .................................................................................................................57

2.9.3 ALCANCE E PROPAGAÇÃO DO SINAL......................................................... 58

2.9.4 ROAMING ........................................................................................................58

2.10 SEGURANÇA ....................................................................................................60

2.10.1 PROTOCOLO 802.1X.....................................................................................61

2.10.2 PROTOCOLO 802.1........................................................................................63

2.10.3 WIRED EQUIVALENT PRICACY-WEP..........................................................63

2.10.4 WPA2..............................................................................................................64

2.10.5 TEMPORAL KEY INTEGRITY PROTOCOL (TKIP)........................................64

2.11 RISCOS E AMEAÇAS........................................................................................65

2.11.1 TIPOS DE PERDAS........................................................................................66

2.11.2 ATENUAÇÃO..................................................................................................66

2.11.3 DISTORÇÃO...................................................................................................67

2.11.3 RUÍDO ............................................................................................................67

3 PLANEJAMENTO E METODOLOGIA.................................................................. 69

3.1 MODELO DE PROPAGAÇÃO DO SINAL ...........................................................69

3.1.1 AVALIAÇÃO......................................................................................................69

3.1.2 PLANEJAMENTO E DESENHO.......................................................................69

4 TRABALHOS RELACIONADOS ...........................................................................71

4.1 O TRABALHO DE MESTRADO DE MARCELO NAJNUDEL............................. 71

5 LEVANTAMENTO DE DADOS E TESTE DE PROPAGAÇÃO ............................73

5.1 TESTE DE PROPAGAÇÃO ................................................................................74

5.1.1 EQUIPAMENTOS UTILIZADO NOS TESTES .................................................74

Page 16: Redes sem fio wlan

5.1.1.1 ACCESS POINT.............................................................................................74

5.1.1.2 ADAPTADOR DO CLIENTE...........................................................................74

5.1.1.3 SOFTWARE DE MEDIÇÃO...........................................................................75

5.1.2 TESTE DE PROPAGAÇÃO INDOOR LOS (LINE OF SIGHT) EM ..................75

CORREDOR ESTREITO

5.1.3 PERDA DE PROPAGAÇÃO .............................................................................77

6 PLANEJAMENTO.................................................................................................. 78

6.1 ANFITEATRO ......................................................................................................78

6.1.1 NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E INFRAESTRUTURA.............................78

6.1.2 REDES EXISTENTES...................................................................................... 79

6.1.3 PLANEJAMENTO DE COBERTURA ...............................................................80

6.1.4 PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE ..............................................................81

6.1.5 PLANEJAMENTO DE FREQUÊNCIA ..............................................................82

6.1.6 CONFIGURAÇÃO MULTICELULAR ................................................................83

6.1.7 INSTALAÇÃO EQUIPAMENTO........................................................................83

6.1.8 SEGURANÇA ...................................................................................................84

6.2 REDAÇÃO ...........................................................................................................84

6.2.1 NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E INFRAESTRUTURA ............................84

6.2.2 REDES EXISTENTES ......................................................................................85

6.2.3 PLANEJAMENTO DE COBERTURA ...............................................................85

6.2.4 PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE ..............................................................87

6.2.5 PLANEJAMENTO DE FREQUÊNCIA.............................................................. 88

6.2.6 INSTALAÇÃO EQUIPAMENTO .......................................................................89

6.2.7 SEGURANÇA ...................................................................................................89

6.3 FINANCEIRO E COMERCIAL............................................................................. 89

6.3.1 NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E INFRAESTRUTURA ............................89

6.3.2 REDES EXISTENTES ......................................................................................90

6.3.3 PLANEJAMENTO DE COBERTURA ...............................................................91

6.3.4 PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE ..............................................................92

6.3.5 PLANEJAMENTO DE FREQUÊNCIA ..............................................................93

6.3.6 INSTALAÇÃO EQUIPAMENTO....................................................................... 94

6.3.7 SEGURANÇA ...................................................................................................94

6.4 PRESIDÊNCIA E CPD ........................................................................................94

Page 17: Redes sem fio wlan

6.4.1 NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E INFRAESTRUTURA .......................94

6.4.2 REDES EXISTENTES .................................................................................95

6.4.3 PLANEJAMENTO DE COBERTURA ..........................................................96

6.4.4 PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE ..........................................................98

6.4.5 PLANEJAMENTO DE FREQUÊNCIA ..........................................................98

6.4.6 INSTALAÇÃO EQUIPAMENTO ...................................................................99

6.4.7 SEGURANÇA ............................................................................................100

7 CONCLUSÃO .................................................................................................101

REFERÊNCIAS...................................................................................................103

Page 18: Redes sem fio wlan

17

1 INTRODUÇÃO

Na atualidade, observa-se uma crescente demanda por acesso à Internet

através de dispositivos móveis sem fio e em dispositivos com fio (Celulares,

Smartphones, Tablets, Notebook). De acordo com o (KBPC 2012), os dados

mostram ser uma tendência sem volta o uso destes instrumentos.

Na Figura 1 abaixo, se observa um comparativo entre o uso de

computadores e de celulares no decorrer dos anos e vê-se claramente a

discrepância entre os dispositivos.

Figura 1: Internet x Mobile

Fonte: KBPC (2012)

A Figura 2 abaixo relatou um show em 1990 do lado esquerdo e outro em

2010 do lado direito. Neste comparativo se observou o número de dispositivos

móveis e o comportamento das pessoas.

Figura 2: Dispositivos

Fonte: KPCB (2012)

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18

A investigação proposta com o tema (Redes sem fio WLAN: em contexto

do jornal O Imparcial), nasceu da observação de que com planejamento pode-se

melhorar a ampliação da cobertura do sinal operando em modo infraestrutura com

dispositivos na faixa de frequência que não necessitam de licenciamento para

atender os dispositivos na rede WLAN indoor em estudo.

Planejar um ambiente seguro e que atenda a demanda de acesso sem fio

é uma necessidade. Neste trabalho, foram observadas teorias, conceitos e

modelos de propagação para auxílio na elaboração de um trabalho que propõe-se

mostrar como obter um ambiente indoor seguro e disponível para os usuários da

empresa O Imparcial.

Page 20: Redes sem fio wlan

19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica faz parte da análise de estudos realizados sobre

redes sem fio WLAN em redes indoor e assuntos correlacionados destacando os

conceitos e técnicas para ter-se embasamento e aprofundamento onde obtemos

informações abordado em livros, artigos, sites web e tese de doutorado.

2.1 Redes sem fio

Segundo (MORAES, 2010, p. 17) as redes sem fio (do inglês Wireless)

são um sistema de comunicação de dados extremamente flexível, podendo ser

empregado como extensão ou alternativa para as redes com fio em ambientes

locais como a rede de alcance local (do inglês Local Area Network-LAN), sendo

uma tecnologia que combina conectividade de dados com mobilidade através do

uso de rádio frequência (do inglês Radio Frequence-RF).

Para garantir a interoperabilidade entre os fabricantes de diversos tipos de

equipamentos Wireless, foi criado um consórcio pela Wireless Ethernet

Compatibility Alliance (WECA), chamado Aliança WiFi (Wireless Fidelity), este

consórcio avalia, certifica e concede o selo Certificado Wi-Fi® (UCA 2010). Para

os equipamentos fabricados no Brasil, a ANATEL (Agência Nacional de

Telecomunicações) é a agência reguladora responsável pela certificação dos

equipamentos sem fio. A certificação garante a aquisição e o uso de produtos

de telecomunicações que respeitam padrões de qualidade e de segurança, além

das funcionalidades técnicas regulamentadas pela ANATEL e testes de

confiabilidade e interoperabilidade entre dispositivos 802.11.

O princípio da transmissão de dados através de ondas de rádio

frequência (Radio Frequency-RF) consiste em se utilizar uma onda

eletromagnética de alta frequência, a qual é produzida por uma fonte denominada

transmissora (Tx) e capturada por um receptor (Rx), sendo estes dois elementos

separados por uma distância. O uso de uma onda de alta frequência é necessário

para que se possa estabelecer a comunicação empregando-se menor potência

elétrica e utilizando-se antenas de dimensões reduzidas. (GIACOMIN 2006).

Page 21: Redes sem fio wlan

20

O governo junto com o setor de comunicação de rádio da International

Telecommunication Union (ITU-R) reservou uma banda de frequência chamada

ISM (Industrial Scientific Medical) onde não é necessário licença para uso. A faixa

é administrado pela Comissão Federal de Comunicações (do inglês Federal

Communications Commission-FCC). Nos Estados Unidos A FCC estabelece que

todos os dispositivos nas bandas ISM utilizem técnicas de espectro de dispersão

ao operar na faixa de frequência padronizados em 900MHz, 2.4GHz e 5GHz.

Tanebaum (2003, p. 95). De acordo com a Resolução n. 506, de 1 de Julho de

2008, “As estações de radiocomunicação, que fizerem uso de equipamentos de

radiação restrita caracterizados por este Regulamento, estão isentas de

cadastramento ou licenciamento para instalação e funcionamento” (ANATEL,

2008 p. 4.). Sendo assim, podemos instalar rede sem fio em ambientes indoor

sem acionar o órgão regulamentador.

A figura 3 abaixo representou as bandas ISM reservadas para os Estados

Unidos e seguidas em vários países como no Brasil:

Figura 3: Bandas reservadas ISM

Fonte: Tanebaum (2003)

Na frequência de 2.4GHz, foram especificados 13 canais onde no Brasil

permitiu-se o uso de 11 canais. Cada canal precisa ser ajustado para que não

cause conflito com outro ponto de acesso, evitando a interpenetração, ou seja, o

final de um canal se sobrepor ao começo do outro. A figura 4 apresentou os

canais da faixa de 2.4GHz (Xandó 2012).

Page 22: Redes sem fio wlan

21

Figura 4: Canais

Fonte: Xandó (2012)

A recomendação de Xandó (2012), para não se ter conflitos de canais,

por exemplo, ao utilizar 3 pontos de acesso (Access Point-AP) cada um utiliza o

seu canal exclusivo no caso usar os canais 5 e 10, 4 e 9, 3 e 8, 2 e 7, 1,6 e 11.

Podemos observar que na figura 4 que os canais 1 e 2 quase que coincidem.

Ainda segundo o mesmo autor, caso se tenha vários pontos de acesso, para que

não ocorra sobreposição de canal, precisa-se trabalhar com pares afastados onde

os canais 1,6 e 11 podem ser utilizados montando o “quebra-cabeças”

escolhendo para cada AP canais mais distantes um dos outros. A frequência de

2.4GHz no Brasil usa 11 canais de 22MHz cada, que vai de 2401 a 2473 MHz.

Cada canal interfere em 4 canais, em cada um dos lados, como exemplo,

utilizando o canal 6, os canais 2,3,4 e 5 sofrerão de um lado, assim como, os

canais 7,8,9 e 10 sofrerão do outro. Totalmente livre de interferência temos o

canal 1 e 11. Os canais 1,6 e 11 não sofrem com a sobreposição de sinal devido

a ausência de canais que coincidam do lado esquerdo e direito e por estarem

mais afastados evitando a sobreposição como mostra a Figura 5 abaixo:

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22

Figura 5: Canais e frequências

Fonte: Xandó (2012)

Apresenta-se a Tabela 1 com a descrição dos canais e suas frequências

Espectro de Dispersão de Sequência Direta (do inglês Direct Sequence Spread

Spectrum- DSSS) com permissões de acordo com o país. Em nosso país, é

possível basear-se na América do Norte com a potência máxima de operação

para a América do Norte é 100 mW (ZHENG et al., 2010, p.144).

TABELA 1:TABELA DE ASSOCIAÇÃO ENTRE CANAIS E FREQUÊNCIAS:

FONTE: ZHENG (2010)

Page 24: Redes sem fio wlan

23

A faixa de frequência em 5 GHz por ser mais alto absorve mais facilmente

por obstáculos como paredes, baixando o desempenho devido a bloqueios. Há

vantagens quanto ao uso da faixa de 2,4 GHz, pois dispositivos na faixa de 2,4

GHz têm alcance melhor que os da faixa de 5GHz. (CCNA 2009).

2.2 Tecnologias Wireless

Segundo (CCNA 2009), existem diversos padrões de redes sem fio onde

a indústria com a ajuda do comitê Instituto de Engenheiros Eletricistas e

Eletrônicos (do inglês Institute of Electrical and Electronics Engineers –IEEE)

padronizou as redes sem fio criando o padrão 802.11 conhecido como Wi-Fi como

visto anteriormente. Este estudo enfocou no padrão da arquitetura 802.11n que

atende a especificações de alcance médio e a rede local onde a função da rede

local sem fio pretende estender as funcionalidades de rede local LAN e não

substituir como mostra na Figura 6 abaixo:

Figura 6: Extensão da rede cabeada

Fonte: CCNA (2009)

2.3. Infraestrutura 802.11

Segundo o (IEEE 2012, p.36), as redes sem fio operam em 2 modos, o

ad-hoc Conjunto de serviços independentes (do inglês Independent Service Set-

IBSS) e o Infraestrutura 802.11 conjunto de serviços básico (do inglês Basic

Page 25: Redes sem fio wlan

24

services Set -BSS). Estes modos definem a camada de acesso ao meio e para o

funcionamento do modo infraestrutura e necessário o uso de componentes

definidos pelo padrão IEEE 802.11.

MORAES (2012) discorre que o padrão 802.11 é um conjunto de normas

e padrões de transmissão em rede sem fio, sendo os principais padrões utilizados

802.11a, 802.11b, 802.11g e 802.11n.

Decidimos justificar tecnicamente a escolha do padrão 802.11n devido

trabalhar na frequência de 2.4 GHz, pode-se chegar a velocidades cerca de 600

Mbps, melhor aumento da área de cobertura devido o uso do MIMO. Outras

considerações se dá devido ser largamente utilizado pelo mercado e de fácil

aquisição a compatibilidade retroativa com equipamentos que trabalhem com

padrões mais antigo por exemplo, 802.11g, trabalhar com canais de 40 MHz e

conter recursos que atendam custo para a futura implementação da rede sem fio

de O Imparcial.

2.3.1 Ponto de Acesso

De acordo com o (IEEE 2012), um ponto de acesso do inglês (Access

Point-AP) é uma entidade que contém uma estação (STA) que permite o acesso à

distribuição de serviços através do meio sem fio para a STA associada, ou seja, é

o ponto de acesso que faz a intermediação entre a rede sem fio e a rede

cabeada, agindo como uma bridge(ponte) entre as redes na camada 2. No AP

encontra-se a antena omnidirecional para irradiar as ondas de radiofrequência

com potência isotrópica radiada equivalente (do inglês Equivalent Isotropically

Radiated Power - EIRP) a 20 dBm (100 mW).

2.3.2 SSID

Um identificador do conjunto de serviços compartilhados (do inglês

Service Set Identifier -SSID) é um identificador exclusivo usado por dispositivos

clientes para que possa se diferenciar entre várias redes sem fio em uma mesma

área. O SSID pode ser compartilhado entre vários APs em uma rede (CCNA

2009).

Page 26: Redes sem fio wlan

25

2.3.3 Estação (STA)

Em redes sem fio é na estação que fica instalado as placas de rede do

inglês (Network Interface Card-NIC) sem fio para receber o sinal transmitido pelos

APs. A sensibilidade indica o nível aceitável (mínimo), de forca de sinal para que

se tenha confiabilidade na comunicação. Existem fatores que a sensibilidade

depende da geometria do receptor, o tipo de modulação e a taxa de transmissão,

sendo que a sensibilidade do receptor é medido em dBm (decibel miliwatt),

potência em decibel com parâmetro de 1mW. Haykin e Moher (2008).

2.3.4 Serviços Básicos

Segundo Holt e Huang (2010 p.36), o padrão IEEE 802.11 define a

arquitetura BSS que consiste de um número de dispositivos sem fios e um ponto

de acesso com a sua área de cobertura chamada de BSA (basic service area-

área de serviço básico). Os dispositivos sem fio se comunicam através do ponto

de acesso. Como abordado anteriormente o BSS também é conhecido como

modo infraestrutura- infrastructure mode. Uma série de BSS podem ser interligada

através de um sistema de distribuição-distribuition system (DS) para formar um

conjunto estendido de serviços- extended service set (ESS). A área de cobertura

para um ESS é a área de serviço estendidos-Extended Service Area (ESA). O DS

é a tecnologia de rede com fio LAN, Ethernet padrão IEEE 802.3 Holt e Huang

(2010 p. 36). O diagrama da Figura 7 ilustra a arquitetura do DS, BSS e ESS.

Figura. 7: 802.11 Infraestrutura de rede sem fio

Fonte: Holt e Huang (2010)

Page 27: Redes sem fio wlan

26

Segundo Holt e Huang (2010 p. 37) o protocolo 802.11 fornece uma série

de serviços/funções bem como a entrega de quadros, autenticação, ré-

autenticação e privacidade. Estes serviços estão disponíveis no modo de

infraestrutura onde antes de um dispositivo poder enviar ou receber quadros

sobre o BSS/ ESS, a rede sem fio deve tornar-se conhecido ao ponto de acesso

através da associação com ele. Quando um dispositivo ou Estação (STA) se

move a partir de um BSS para outro, o dispositivo deve ser submetido a uma re-

associação com o novo ponto de acesso. O AP pode, por sua vez, emitir um

pedido de dissociação para o dispositivo.

Segundo Holt e Huang (2010 p. 38) um dispositivo deve autenticar-se

antes que ele possa se associar a um ponto de acesso, o protocolo 801.11 tem

uma série de métodos de autenticação, onde a mais simples delas é a

autenticação aberta, onde um dispositivo envia um pedido de autenticação ao

ponto de acesso e o ponto de acesso responde com uma resposta de

autenticação (sem verificar a autenticidade do dispositivo neste caso). O 802.11 ta

mbém oferece uma série de esquemas de autenticação baseados em criptografia.

A autenticação, dissociação e o estado de associação são mostrados no

diagrama da Figura 8.

Figura 8: Autenticação/Associação

Fonte: Holt e Huang (2010)

Page 28: Redes sem fio wlan

27

Holt e Huang (2010 p.38) diz que Antes da autenticação/associação, os

dispositivos devem identificar quaisquer pontos de acesso que estão dentro do

alcance. Dois métodos de procura estão disponíveis, ou seja, passivo e ativo.

Portanto, no modo de procura passiva, um dispositivo monitora cada

canal a procura de quadros Beacon que são transmitidos pelos pontos de acesso

nas proximidades. Com a procura ativa, um dispositivo envia um pedido explícito

(APs dentro da faixa respondem o pedido). O dispositivo armazena quaisquer

identificadores BSS (BSSIDs) adquiridas na procura seja o processo passivo ou

ativo. Quadros Beacon não são apenas para anunciar as redes sem fio, pois eles

também são usados para sincronizar os relógios em todos os dispositivos dentro

da BSS. Beacon são transmitidos periodicamente pelos APs.

Este processo de descobrir uma rede sem fio e se conectar a ela é

fundamental em redes sem fio. Como outros tipos de quadros, um quadro Beacon

contém origem e destino do endereço MAC (Media Access Control). O endereço

MAC de origem é o endereço físico do AP que envia o Beacon, enquanto que o

endereço MAC de destino é composto por todos os 1s para broadcast ou

radiodifusão. Uma série de campos compõe o quadro Beacon, como intervalo de

Beacon, timestamp, SSID, taxa de dados suportados, capacidade de LAN sem fio

e o mapa de indicação de tráfego (do inglês Traffic Indicator MAP-TIM). Holt e

Huang (2010 p.38).

O SSID assinala as ESS subjacentes. Uma estação pode associar-se

automaticamente a um AP lendo quadros Beacon deste AP. As taxas suportadas

em um quadro Beacon dizem as estações quais as taxas de dados suportados

pelo AP e o campo da capacidade sem fio indica os requisitos de estações que

desejam participar da LAN sem fio. (ZHENG et al., 2009, p. 43).

2.4 Camadas de acesso ao meio

Segundo FOROUZAN (2006 p. 229), a camada de enlace de dados fica

entre a camada de rede e a camada física no modelo da internet onde recebe os

serviços da camada física e provê serviços para a camada de rede. Sua principal

tarefa é transportar pacotes de um nó sendo- um computador ou roteador, a outro

através de rede com seu papel apenas local onde uma definição para a camada

de enlace seria encaminhar pacotes entre as redes. A integridade do

Page 29: Redes sem fio wlan

28

pacote precisa ser preservada durante toda a viagem entre os dois nós, onde a

camada de enlace deve prover mecanismos que assegure a integridade aos

pacotes da camada superiores do modelo. Caso algum pacote seja corrompido

durante a transmissão, a camada de enlace deve ser capaz de corrigir ou

requisitar retransmissão do pacote, também deve assegurar que o próximo nó de

rede não esteja sendo inundado com dados provenientes do nó anterior, sendo

sua tarefa prover controle do fluxo dos dados.

Os serviços da camada de enlace incluem encapsulamento,

desencapsulamento de dados, endereçamento, controle de erro, controle de fluxo

e controle de acesso ao meio onde podemos obter detalhes na figura 9 abaixo:

Figura 9: Serviços da camada de enlace de dados

Fonte: Forouzan (2006)

Para que possamos obter o controle do enlace de dados e protocolos, as

funcionalidades mais relevantes na camada de enlace segundo Forouzan são [...]

promover o controle de fluxo e o controle de erros[...] conhecido como controle do

enlace de dados. Vamos discorrer informalmente o controle de fluxo de erros.

2.4.1 Controle de fluxo

O controle de fluxo coordena o volume de dados que podem ser enviados

antes de receber um ACK (abreviação de acknowledgment), onde seu significado

pode ser definido como confirmação ou reconhecimento, sendo uma

responsabilidade muito importante da camada de enlace segundo

Forouzan(2006). O fluxo de dados não deve permitir que o dispositivo receptor

seja inundado pelo transmissor como dito anteriormente.

Page 30: Redes sem fio wlan

29

Segundo (FOROUZAN, 2006, p. 253)

Todo dispositivo receptor possui um limite de velocidade, para o qual o fluxo de dados de entrada pode ser processado e uma quantidade de memória onde os dados de entrada são armazenados. O receptor deve ser dotado da capacidade de informar ao transmissor que o limite de capacidade está próximo de ser alcançado e requer uma taxa de transmissão menor (com menos frames ou até mesmo a parada completa, mas eles sejam utilizados. Frequentemente, este tipo de processamento ocorre em velocidades muito inferiores à taxa de transmissão de dados. Por essa razão, os dispositivos receptores são equipados com um segmento até que eles possam ser processados. Se o espaço em buffer começar a ficar comprometido, o receptor deve ser capaz de comunicar-se com o transmissor e solicitar uma parada de transmissão até que ele possa receber dados novamente.

O controle de fluxo refere-se a um conjunto de procedimentos utilizados

para restringir a quantidade de dados que o transmissor pode enviar sem esperar

por um ACK.

2.4.2 Controle de erros

O controle de erro é uma técnica de detecção e correção de erros,

permitindo ao receptor informar ao transmissor sobre qualquer frames (quadros)

perdido ou corrompido na transmissão, coordenando a retransmissão de qualquer

frame realizado pelo transmissor, que por alguma causa possa ter sido rejeitado.

No controle de erros implementado na camada de enlace é frequentemente o

mais simples pois toda vez que um erro é detectado num processo de

transmissão, os quadros especificados são retransmitidos sendo este processo

denominado de ARQ (Automatic Repeat Request) tradução livre para o português

como Requisição de repetições automáticas, sendo um protocolo dedicado à

retransmissão de dados. (FOROUZAN, 2006, p. 254).

Existem alguns mecanismos de controle de fluxo e erros como o Stop and

Wait ARQ, Go-Back-N ARQ e Selective-Repeat ARQ, onde estes três controles

de fluxo são referidos como protocolos que podem ser chamados pelo termo

mecanismo. Vamos discorrer e exemplificar o Stop and Wait ARQ.

Page 31: Redes sem fio wlan

30

2.4.3 Stop and Wait ARQ

As características deste mecanismo são:

O dispositivo transmissor mantém uma cópia do último frame transmitido

até receber uma resposta de confirmação para este frame, assim, pode-se

retransmitir frames perdidos ou corrompidos que porventura o receptor requisite.

Para identificar tanto o frame de dados quanto o frame ACK são

numerados alternadamente como 0 e 1. Um frame de dados 0 é confirmado por

um frame ACK 1 de resposta indicando que o receptor aceitou o frame de dados 0

e espera o frame de dados 1. Com esta forma de identificação, pode-se enumerar

os frames de dados no caso de transmissão duplicada, que é importante em

casos de perdas ou atrasos de ACK.

Um frame perdido ou corrompido é tratado da mesma maneira pelo

receptor. Caso o receptor detecte erro(s) no frame recebido, ele simplesmente o

descarta e não envia uma resposta de ACK. Se o receptor receber frames fora de

ordem (0 ao invés de 1 ou o contrário), sabe-se que um frame foi perdido, sendo

assim, o receptor descarta o frame recebido fora de ordem.

O transmissor possui uma variável de controle (chamaremos de S na

figura 10) a qual sustenta o número de frame recentemente enviado (0 ou 1).

O receptor também possui uma variável de controle que (chamaremos na

figura 10 de R) sustenta o número do próximo frame que o receptor espera

receber (0 ou 1).

O transmissor dispara um relógio no exato instante que envia um frame.

Se uma resposta ACK não for recebida dentro de um intervalo de tempo

predefinido, o transmissor assume que houve uma perda ou dano desse frame e

o reenvia.

O receptor envia respostas positivas ACKs somente para frames

recebidos e aceitos. Se um frame for rejeitado, ele não comunica ao transmissor

pedindo retransmissão (linha mantida em silencio para os frames perdidos e

corrompidos). O número de confirmação sempre define o número do próximo

frame esperado. Se o frame for 0 é recebido, o ACK 1 é enviado. Logo, se o

frame 1 é recebido, ACK 0 é enviado.

Page 32: Redes sem fio wlan

31

2.4.4 Operação

Numa transmissão normal, o transmissor envia o frame 0 e espera

receber o ACK 1. Quando o ACK1 é recebido, envia o frame 1 e aguarda pela

chegada de um ACK 0 e assim por diante. O ACK deve ser recebido antes que

expire o relógio de cada frame. Na figura 10 abaixo ilustra frames de transmissões

sucedidas. (FOROUZAN, 2006 p. 255).

Figura 10: operação normal

Fonte: FOROUZAN (2006)

2.4.5 Frame perdido ou corrompido

Nesta situação o frame é tratado da mesma forma pelo receptor onde

quando chega um frame corrompido no receptor ele o descarta. Isso é

essencialmente o mesmo que um frame perdido do ponto de vista do transmissor.

O receptor fica em silêncio em relação ao frame e mantem o valor atual da

variável R, exemplo na figura 11 abaixo. O transmissor envia o frame 1, mas o

mesmo é perdido. O receptor não faz nada e o valor de R(1) é mantido e enviado

uma cópia do frame 1 após expirar o relógio transmissor.

Page 33: Redes sem fio wlan

32

Figura 11: perda do frame

Fonte: FOROUZAN (2006)

2.4.6 ACK Perdido

Uma resposta ACK perdida ou corrompida é tratada da mesma forma pelo

transmissor onde se o transmissor recebe um ACK corrompido, ele o descarta

como vemos na figura 12 abaixo mostrando a perda de um ACK 0. Desse modo o

transmissor não tem como saber que o frame 1 foi recebido logo o transmissor

transmite o frame 1 assim que expirar o relógio desse frame. Note que o receptor

já recebeu o frame 1 e espera receber o frame 0 (R=0), sendo que ele descarta

silenciosamente a cópia do frame 1.

Page 34: Redes sem fio wlan

33

Figura 12: perda do frame ACK

Fonte: FOROUZAN (2006)

Podemos perceber a importância da numeração dos frames onde se os

frames não fossem numerados, o receptor trataria o frame 1 como um frame

novo, não cópia duplicada. A numeração de ACKs cuida do problema de atraso

de ACK seguido da perda do próximo frame.

2.5 Enlace IEEE 802.11

Para que a comunicação ocorra na camada de enlace é preciso fazer o

controle do acesso ao meio. (MORAES 2010, p.31). As redes sem fio devido à

incapacidade de detectar colisões no meio sem fio, por portadora utiliza uma

variação do CSMA/CD (Carrier Sense Multi Access/Carrier Detection) conhecida

como CSMA/CA (Carrier Sense Multiple Access and Colision Avoidance). Na

figura 13 abaixo visualiza-se o quadro Ethernet.

Page 35: Redes sem fio wlan

34

2.5.1 Formato do Frame

Neste formato do frame da figura 13 abaixo o frame da subcamada MAC

possui nove campos e a campo FC (Frame Control) possui 11 subcampos.

(FOROUZAN, 2006, p 336).

Figura 13: Quadro Ethernet CSMA/CA

Fonte: Moraes (2010)

2.5.1.1 Controle do frame

2 bytes definindo o tipo do frame e troca de informação de controle.

Abaixo seus subcampos na tabela 2.

TABELA 2 SUBFRAME FC .

Subcampo Explicação

Version A versão atual do protocolo é a 0

Type Define o tipo de informação transportada

no corpo do frame gerenciamento(00),

controle(01) ou dados (10)

subtype Define o subtipo para cada frame

To DS Pode assumir os estados 0 ou 1

From DS Pode assumir os estados 0 ou 1

More flag Quando em nível 1 indica mais fragmentos

Retry Quando em nível 1 indica frame

retransmitido

Pwr mgt Quando em nível 1 indica que a estação

está no modo de gerenciamento de energia

More data Quando em nível 1 indica que a estação tem

outros dados para transmitir

Wep Quando em nível 1 indica que a criptografia

foi ativada

Rsd Reservado FONTE: FOROUZAN (2006)

Page 36: Redes sem fio wlan

35

2.5.1.2 Duration ID

Define o tempo de duração da transmissão e define a ID do frame ou seja

a sua identificação.

2.5.1.3 Address (Endereços)

4 campos de endereços de 6 bytes seu significado depende do valor dos

subcampos to ds e from ds.

2.5.1.4 Sequence Control (Controle de sequência)

Este campo define o número sequencial do frame a ser usado durante o

controle de fluxo.

2.5.1.5 Frame body (Corpo do frame)

Pode conter entre 0 e 2312 bytes, contém as informações baseadas nos

subcampos type e subtype do campo FC.

FCS 4 bytes de tamanho contem a sequência de detecção de erro CRC-

32.

2.5.2 CSMA/CA

No CSMA/CA não acontecem colisões, neste procedimento procura evitar

colisões como podemos ver na imagem 14 abaixo. A estação utiliza uma

estratégia de persistência para verificar-ouvir o meio onde se o meio estiver livre,

a estação espera durante um intervalo de tempo denominado IFG (Interframe

Gap) então a estação transmissora aguarda uma outra quantidade aleatória de

tempo. Em seguida, transmite o frame e reseta o relógio (Timer), a estação

aguarda um ACK do receptor. A transmissão será bem sucedida se a estação

transmissora receber um ACK antes do relógio expirar onde se a estação não

receber um ACK saberá que algo está errado (o frame ACK perdido). A estação

incrementa o valor do parâmetro backoff e espera um intervalo de tempo aleatório

e volta a ouvir o meio.

Page 37: Redes sem fio wlan

36

Figura 14: CSMA/CA

Fonte: Forouzan (2006)

Page 38: Redes sem fio wlan

37

(MORAES, 2010, p. 31) discorre sobre transmissão ao meio

compartilhado:

Neste mecanismo a estação que deseja transmitir envia inicialmente um pacote de RTS (Request to Send), que o receptor responderá com um pacote de CTS (Clear to Send). Após o recebimento desse sinal a estação pode transmitir por um período definido pelo envio do pacote VCS. Na Figura 15 observa-se o processo de transmissão normal do CSMA/CA. A máquina A envia RTS para B, solicitando o envio. A máquina B envia CTS para todas as maquinas que conhece, dizendo que fiquem quietas, pois ela vai receber os dados de A. os dados são enviados de A para B. Quando B recebe os dados com sucesso, envia um ACK, dizendo que a transmissão foi bem sucedida.

Dando continuidade, Moraes diz que as colisões acontecem devido o

meio ser compartilhado, no caso em estudo o meio sendo compartilhado é o ar.

Quando ocorre um erro na transmissão, um protocolo de baixo nível faz a

checagem de confirmação das mensagens, baseado em reconhecimento “ACK”

que funciona da seguinte forma: as mensagens recebidas de forma individual com

sucesso o receptor envia um ACK, caso o ACK não seja recebido pelo

transmissor a mensagem é retransmitida. Como se demonstra na Figura 15

abaixo.

Figura 15: Transmissão no CSMA/CA

Fonte: Moraes (2010)

No CSMA/CA as colisões podem ocorrer, quando um dispositivo está

enviando uma mensagem. Moraes (2010) traz como exemplo a máquina A envia

para B, no entanto C que também é uma estação não detecta a transmissão de A

e envia uma mensagem para B no mesmo instante, e assim gerando uma colisão

no meio compartilhado. Na figura 16 abaixo se observa ver os quadros de

controle do CSMA/CA.

Page 39: Redes sem fio wlan

38

Figura 16: Quadro de controle

Fonte: Moraes (2010)

2.5.3 Fragmentação

O CSMA/CA permite que grandes quadros (frame) sejam divididos em

quadros menores trazendo como vantagem no processo de erros de transmissão

levar menos tempo para retransmitir. Na Figura 17 abaixo se faz a exibição dos

fragmentos criados pelo CSMA/CA. (MORAES 2010, p.33).

Figura 17: Quadro Ethernet do CSMA/CA

Fonte: Moraes (2010)

(Holt e Huang (2010 p. 43) diz que se dois (ou mais) dispositivos sem fio perceber

que o canal está ocupado, é adiado as respectivas transmissões até que ele

esteja ocioso. Se ambos os dispositivos transmitirem quando o canal torna-se

disponível, depois de esperar por um espaço de inter-quadro distribuído (do inglês

Page 40: Redes sem fio wlan

39

Distribuited Inter-frame Space- DIFS), haverá uma colisão. Para evitar tais

colisões, as transmissões são escalonadas entre os dispositivos usando um

algoritmo aleatório de back-off. Cada dispositivo espera por uma quantidade

aleatória de faixas de tempo antes de transmitir. O dispositivo com o menor tempo

de back-off ganha a contenção do canal. Os temporizadores de back-off nos

outros dispositivos são congelados. Após retomar a sua contagem regressiva uma

vez que o canal torna-se ocioso novamente e o procedimento é repetido.

2.6 Camada física

Segundo (FOROUZAN 2006) entre as funções da camada física uma das

mais importantes é converter dados em sinal eletromagnético e transmitir o sinal

através de um meio de transmissão independentemente do tipo de dados em uso

onde o processo de transmissão de dados acontece através de conexões de

rede.

2.6.1 Analógico e Digital

Tanto os dados quanto os sinais podem existir na forma analógica ou

digital onde a informação analógica pode ser análoga a voz humana e a

informação digital análoga aos dados armazenados em um pendrive

representando dados binários 0s e 1s. (FORUZAN 2006).

2.6.1.1 Analógico

A onda senoidal é uma das formas que se tem um sinal analógico

periódico com maior importância e na comunicação dos dados, onde na figura 18

abaixo temos uma onda senoidal que consiste em dois arcos da função seno

acima e abaixo do eixo de tempo. (FORUZAN 2006). A fórmula descrita

matematicamente:

ftAsentS 2 (1)

Page 41: Redes sem fio wlan

40

Onde S é o valor instantâneo do sinal, A amplitude de pico, f a

frequência e a fase da onda.

Figura 18: onda senoidal Fonte: Forouzan (2006)

A amplitude de pico representa o sinal mais alto, o período é o intervalo

de tempo que uma onda leva para completar um ciclo e a frequência [...] é o

número de períodos ou ciclos num intervalo de tempo igual a 1 segundo [...]

(FORUZAN, 2006).

O cálculo matemático para a representação do período é o inverso da

frequência sendo o período e a frequência inversamente proporcionais.

(FORUZAN 2006).

T

f1

e f

T1

(2)

O período de uma onda é dado por segundos e a frequência expressa em

hertz (Hz) (FORUZAN 2006). Vejamos um exemplo com a figura 19 abaixo:

Figura 19: onda senoidal períodos

Fonte: Forouzan (2006)

Page 42: Redes sem fio wlan

41

A fase indica a posição e o status da forma de onda com relação ao

marco zero do tempo, descrevendo o quanto o sinal está deslocado em relação

ao tempo zero (fase do primeiro ciclo). Um deslocamento de fase de 360 graus

corresponde a deslocar um período completo da onda. Observado na figura 20

abaixo a relação entre diferentes fases:

Figura 20: relação entre diferentes fases

Fonte: Forouzan (2006)

2.6.1.2 Digital

O sinal pode ter sua representação digital na representação 1 para tensão

positiva ou bit 1 e 0 para referencial zero volt ou bit 0 (FOROUZAN 2006). Abaixo

exemplo na figura 21 de um sinal digital:

Figura 21: Sinal digital Fonte: Forouzan (2006)

Como os sinais digitais não são periódicos, os termos período e frequência são substituídos na ordem por intervalo de sinalização e número de bits por segundo.

Page 43: Redes sem fio wlan

42

O intervalo de sinalização é o tempo necessário para enviar um bit, e o número de bits por segundo é a quantidade de intervalos de sinalização por segundo, ou seja, [...] O número de bits por segundo é a quantidade de bits enviados num tempo igual a 1s, usualmente expresso por bits por segundo (bps) [...] (FOROUZAN, 2006). Um sinal digital é um sinal composto de largura de banda infinita. A largura de banda necessária para a transmissão é proporcional ao número de bits por segundo.

Na figura 22 abaixo vemos o intervalo de sinalização e número de bits por

segundo.

Figura 22: Intervalo de sinalização e número de bits por segundo Fonte: FOROUZAN (2006)

2.6.2 Espalhamento espectral

Segundo (RUFINO 2011 p.21), o padrão de comunicação para todos os

tipos de redes sem fio atuais utiliza a tecnologia Spread Spectrum que foi

desenvolvida para uso militar. Em seu funcionamento o sinal é distribuído por toda

a faixa de frequência de maneira uniforme. Dessa forma consome-se mais banda,

porém, garantindo maior integridade ao tráfego das informações e estar sujeita a

um menor nível de ruídos e interferência gerado por outras tecnologias onde um

ruído em determinada frequência afetará somente a transmissão desta frequência

e não da faixa inteira. Neste trabalho iremos abortar o modo de operação de

Multiplexação por Divisão de Frequências Ortogonais (do inglês Orthogonal

Frequency Division Multiplexing-OFDM).

Para (ERNESTO et al,. 2002, p. 1) a técnica de transmissão OFDM nasce

da evolução da técnica de Multiplexação por divisão de frequência (do inglês

Page 44: Redes sem fio wlan

43

Frequency Division Multiplexing-FDM), que utiliza bandas de guarda para a

separação das subportadoras na recepção do sinal, trabalhando com

sobreposição espectral de subportadoras. Esta técnica e sua característica de

sobreposição espectral trazem um benefício valioso, pois podemos economizar

aproximadamente 50% da banda conforme Figura 23 abaixo.

Figura 23: Espectros FDM convencional e OFDM

Fonte: Ernesto (2002)

Segundo (MORAES 2010 p.26), o OFDM é uma técnica de modulação de

sinais baseada na multiplexação por divisão de frequência, que permite o envio

de múltiplas portadoras (subportadoras) de sinal digital. Um número ortogonal de

subportadoras é utilizado para o envio do sinal digital. Os dados são divididos em

múltiplos fluxos ou canais, onde cada canal tem a sua subportadoras enviando os

dados de forma paralela. Cada subportadora modula o sinal, fazendo uso da

modulação por fase ou amplitude. Moraes (2010) observa que, na mesma banda

onde uma das diferenças do OFDM em comparação com outros métodos de

acesso é o recurso de agregação de subportadoras permitindo um sinal

transmitido com banda superior. Outra vantagem ao se utilizar o OFDM é

trabalhar em condições problemáticas como em ambientes de alta atenuação e

alta interferência. O OFDM tem a capacidade de transmitir sinais a baixa

velocidade em cada canal e mantendo um distanciamento dos canais suficiente

que minimiza o efeito de interferências, entretanto, tem-se um problema com

relação ao consumo de energia e sincronização das frequências transmitidas.

Page 45: Redes sem fio wlan

44

2.6.2.1 múltipla entrada e múltipla saída

O uso da técnica de múltipla entrada e múltipla saída (Multiple input

Multiple output-MIMO) libera múltiplos sinais de entrada e saída usando antenas

diferentes, ao dividir um único sinal em vários, com velocidade menor ao mesmo

tempo. Os sinais mais lentos são enviados por uma antena diferente utilizando um

mesmo canal de frequência. O receptor reorganiza os sinais formando uma única

informação. Isso proporciona uma capacidade muito maior de velocidade e um

alcance nominal de quatro vezes mais área do que o alcançado atualmente,

aproximadamente 400 m nominais. Mobili Life (2004).

Segundo (Morimoto 2007), diz que com a técnica do MIMO, os pontos de

acesso 802.11n podem utilizar dois ou quatro fluxos simultâneos, o que dobra ou

quadruplica a taxa de transmissão, atingindo respectivamente 144.4 e 288.8 Mbps

onde para conseguir atingir 288.8Mbps utilizando apenas dois fluxos, é utilizado o

sistema HT40, onde são utilizados dois canais simultaneamente, ocupando uma

faixa de frequência de 40 MHz chegando aos 300 Mbps. Um ponto de acesso que

combine o uso do HT40 com 4 rádios dobra a taxa chegando a 600 Mbps. Na

figura 24 mostra a comunicação MIMO.

Figura 24: Sistema de comunicação MIMO

Fonte: Holt e Huang (2010)

Segundo (Morimoto, 2007), o uso do MIMO permite diversos fluxos de

transmissão, utilizando vários conjuntos de transmissores, receptores e antenas,

transmitindo os dados de forma paralela com a possibilidade de fabricantes

criarem equipamentos como pontos de acesso e placas 802.11n com dois

Page 46: Redes sem fio wlan

45

emissores e dois receptores (2x2), dois emissores e três receptores (2x3), três

emissores e três receptores (3x3) ou quatro emissores e quatro receptores (4x4).

Os pontos de acesso 2x2 podem utilizar apenas duas antenas, os 2x3 ou 3x3

precisam de três antenas, enquanto os 4x4 precisam de 4 antenas. Com esta

técnica a velocidade nominal sobe de 54Mbps para 300 Mbps (600 Mbps nos APs

4x4, capazes de transmitir 4 fluxos simultâneos) e o uso de múltiplos fluxos de

transmissão torna o alcance do sinal quase duas vezes maior.

Para atingir taxas de transmissão tão altas, o 802.11n combina a redução

do guard interval: (o intervalo entre as transmissões) de 800 ns para 400 ns, o

aumento no número de subportadoras para a transmissão de dados de 48 para

52 que somando os dois com uma melhoria no algoritmo de transmissão de erros,

foi possível chegar a uma taxa de transmissão de 72.2 Mbps por transmissor

(usando um único canal).

2.6.2.2 Multiplexação espacial (Spatial Multiplexing)

A multiplexação espacial explora ambientes de multi-caminho onde para

enviar fluxos de dados paralelos, um sinal de alta taxa é dividido em vários sinais

de baixa taxa que são transmitidos simultaneamente na mesma banda de

frequência. O receptor pode decodificar os fluxos de sinais diferentes, prever que

chegam ao arranjo de antenas com separação espacial suficiente A Figura 25

mostra o fluxo paralelo de dados a partir de múltiplas antenas e diversos

caminhos. Holt E Huang (2010).

Figura. 25 Multiplexação espacial

Fonte: Holt e Huang (2010)

Page 47: Redes sem fio wlan

46

Holt e Huang (2010 p.64) diz que utilizando e transmitindo em vários

canais ao mesmo tempo na mesma faixa de frequências geraria ruído entre os

canais e perder a comunicação devido ao aumento de ruído, mas o MIMO utiliza a

reflexão do sinal para transmitir em direções diferentes e com isso não chegar ao

mesmo tempo os sinais. Este recurso é chamado de Spatial Multiplexing.

2.7 Modulação

Segundo (FOROUZAN 2006), a onda senoidal definida pelas três

características alteradas (amplitude, frequência e fase), possibilita pelo menos

três mecanismos para modulação de dados em sinais analógicos que são

Modulação por Chaveamento de Amplitude (do inglês Amplitude-shift keying-

ASK), Modulação por Chaveamento de Frequência (do inglês Frequency-shift

keying-FSK) e Modulação por Chaveamento de Fase (do inglês Phase-shift

keying-PSK), além destes há um quarto mecanismo que combina variações na

fase e na amplitude, a Modulação por Amplitude em Quadratura (do inglês

Quadrature Amplitude Modulation-QAM) sendo esta última mais complexa,

porém, a que apresenta melhores resultados. Para (MOHER 2007), a modulação

é definida como o processo pelo qual uma das características de uma onda

portadora é variada de acordo com um sinal portador de informação.

2.8 Portadora

Segundo (FOROUZAN 2006)

Numa transmissão analógica, o dispositivo transmissor produz um sinal de alta frequência que funciona como suporte para o sinal de informação. Este sinal suporte é denominado portadora ou frequência portadora. O dispositivo receptor é sintonizado na frequência da portadora que ele espera receber do transmissor. A informação digital modula então o sinal da portadora que ele espera receber do transmissor. A informação digital modula então o sinal da portadora modificando uma ou mais características dela (amplitude, frequência ou fase). Este tipo de modificação é denominada shift keying e o sinal da informação é chamado sinal modulante.

Page 48: Redes sem fio wlan

47

2.8.1 Amplitude-shift keying (ASK)

Usa presença de uma onda portadora para representar código binário 1 e

sua ausência para indicar um 0 (zero) binário. Enquanto ASK é simples de

implementar, é altamente suscetível a efeitos do ruído e propagação múltiplo

caminho (multipath). Por causa disso, o ASK é usado principalmente em redes

com fios, especialmente em redes ópticas, onde a taxa de erro de bit (do inglês

Bit Error Rate-BER) é consideravelmente mais baixo do que em ambientes sem

fio. Podemos observar na figura 56 abaixo que a frequência e a fase permanece

constante enquanto a amplitude sofre variações. Zheng (2010).

Figura 26: ASK

Fonte: Forouzan (2006)

2.8.2 Frequency-shift keying (FSK)

Usa duas ou mais frequências de uma onda portadora para representar

dados digitais 0 e 1, FSK binária (do inglês Binary Frequency Shift Keying-BFSK),

que emprega duas frequências portadoras de 0 e 1. Zheng (2010). Para

FOROUZAN (2006), a frequência do sinal da portadora varia de modo a

representar os níveis binários onde a frequência do sinal é mantida constante

durante cada intervalo de bit com o valor da frequência em cada intervalo

dependente do bit representado. O valor de amplitude e fase permanece

Page 49: Redes sem fio wlan

48

inalterados em cada intervalo de bit como mostra a figura 27. Problemas de ruído

são eliminados devido o dispositivo perceber variações especificas na frequência

num certo intervalo de tempo, dando ao receptor a capacidade de ignorar surtos e

picos de tensão.

Figura 27: FSK

Fonte: Forouzan (2006)

2.8.3 Phase-shift keying (PSK)

PSK utiliza a fase de uma onda portadora para codificar os dados

binários. Simplesmente inverte a fase quando os bits de dados são alterados. Um

dos esquemas de PSK mais vulgarmente utilizados é quadratura PSK que podem

ser implementada de duas maneiras: - A primeira para produzir um sinal de

referência do lado do receptor e em seguida comparar com o sinal recebido para

decidir a mudança de fase. Zheng (2010). Para FOROUZAN (2006), na técnica

PSK a fase portadora é variada de modo a representar os níveis 0 ou 1, onde a

amplitude e a frequência permanecem constantes enquanto a fase estiver

variando. Um exemplo dado por Forouzan parte do pressuposto que uma fase 00

representa 0 binário e ao variar a fase para 1800 representa o 1 binário, onde o

importante é que a fase do sinal permaneça inalterada durante a representação

do bit 0 e 1. Observa-se na figura 28 abaixo:

Page 50: Redes sem fio wlan

49

Figura 28: PSK

Fonte: Forouzan (2006)

Este método complica no receptor devido o transmissor e o receptor

necessitar de sincronização periodicamente a fim de assegurar que o sinal de

referência esteja sendo gerado corretamente. Outro método é a PSK diferencial

(do inglês Differential Phase-Shift Keying-DPSK). No DPSK, o sinal de referência

não é um sinal separado, mas é aquele que precede a onda de corrente em

questão. Zheng (2010).

Para Forouzan (2006), a modulação PSK não está suscetível as

degradações provocadas por ruídos, detectados facilmente pelo receptor PSK. Ao

invés de utilizar duas variações de fase em um sinal, cada qual representando um

bit por vez, pode-se utilizar quatro ou mais variações de fase, permitindo

representar dois ou mais bits ou símbolos por vez como mostra a figura 29

abaixo:

Page 51: Redes sem fio wlan

50

Figura 29: Método 4PSK

Fonte: Forouzan (2006)

Figura 30: Características 4-PSK

Fonte: Forouzan (2006)

Figura 31: Características 8-PSK

Fonte: Forouzan (2006)

Page 52: Redes sem fio wlan

51

ASK e PSK podem ser combinados para oferecer mais variações de

mudanças de fase no domínio de fase. A Modulação de amplitude em quadratura

(QAM) é um tipo de esquema em que vários níveis de amplitudes juntamente com

várias fases proporcionam mudanças melhores em relação a mesma largura de

banda usado por PSK. QAM é amplamente usado. Zheng (2010).

2.8.4 Modulação por Amplitude em Quadratura (QAM)

Segundo Forouzan (2006, p. 138)

A técnica Modulação por Amplitude em Quadratura (do inglês Quadrature Amplitude Modulation-QAM) é uma combinação das técnicas ASK e PSK elaborada de maneira a aumentar o número de bits transmitidos (bit, dibit, tribit, etc.) para uma dada taxa de modulação.

Com esta combinação temos um número de amplitude definido

combinado a uma quantidade de variações na fase sendo possível 4-QAM e 8-

QAM no qual aumenta a capacidade devido a eficiência espectral que a

combinação proporciona como mostra a figura 32 abaixo:

Figura 32: Constelação 4-QAM e 8-QAM

Fonte: Forouzan (2006)

A quantidade de deslocamentos de amplitude utilizados é menor que o

número de deslocamento de fase devido às variações na amplitude serem

susceptíveis a ruídos e requerer grande diferença de valor a ser detectado onde o

Page 53: Redes sem fio wlan

52

número de fases utilizadas no QAM sempre será superior ao número de

amplitudes. Abaixo figura 33 mostrando o domínio de tempo para o sinal 8-QAM.

Figura 33: Domínio de tempo para o sinal 8-QAM

Fonte: Forouzan (2006)

Segundo Forouzan (2006), No sinal 16-QAM são permitidas 32 variações

diferentes de fase, onde somente usamos a metade das fases disponíveis

aumentando o grau de mensurabilidade entre os deslocamentos de fase

proporcionando legibilidade do sinal no receptor e baixo ruído como vantagem

sobre a modulação ASK. Na figura 34 abaixo temos uma configuração de 3

amplitudes e 12 fases, sendo uma recomendação do Setor de Normatização das

Telecomunicações (em inglês: Telecommunication Standardization Sector, ITU-T)

e uma configuração 4 amplitudes e 8 fases recomendado pela Organização

Internacional de Normalização (em inglês: International Organization for

Standardization-OSI).

Page 54: Redes sem fio wlan

53

Figura 34: Constelação 16-QAM

Fonte: Forouzan (2006)

A transmissão QAM precisa de uma largura de banda idêntico à ASK e

PSK com taxa de transmissão e modulação QAM. Tomando como exemplo um

sinal transmitido a 1000 bps com deslocamento de frequência representando 1 bit

vai requerer 1000 modulações para transmitir 1000 bits, em outro caso, tendo a

taxa de modulação setada em 1000 bauds, com modulação setada em 8-QAM

(23=8), precisaremos somente de 333 modulações para transmitir os mesmos

1000 bps. FOROUZAN (2006).

TABELA 3: TAXA DE TRANSMISSÃO E MODULAÇÃO

FONTE: FOROUZAN (2006)

Page 55: Redes sem fio wlan

54

2.9 Antenas Omnidirecionais

De acordo com o (IEEE, 2012) a antena é [...]"Um meio para irradiar ou

receber ondas de rádio" [...] onde para CAROLL (2009), existem duas maneiras

para determinar a área de cobertura de uma antena. A primeira é colocar o AP em

um local e andar com um adaptador cliente gravando o sinal-ruído (signal-noise

ratio-SNR) e a proximidade de distância (em inglês: Received Signal Strength

Indicator-RSSI) e o segundo método é um pouco mais fácil de fato, o fabricante

faz isso pelo cliente.

A figura 35 mostra como o sinal sem fio pode propagar na visão de uma

pessoa de pé acima da antena e olhando para baixo da antena, visualizando o

plano horizontal (H-plane). Quando você olha para uma antena omnidirecional a

partir do topo (H-Plane), você verá que ele se propaga uniformemente em um

padrão de 360 graus.

Figura: 35. H-Plane

Fonte: Carol (2009)

No padrão vertical não se propaga de maneira uniforme, no entanto. A

Figura 36 mostra o plano de elevação (E-Plane). É assim que o sinal pode se

propagar em um padrão vertical. Como podemos ver, não é 360 graus perfeito. A

ideia é que o sinal propague mais largo de um lado para o outro. (CAROLL 2009).

Page 56: Redes sem fio wlan

55

Figura 36: E-Plane

Fonte: Caroll (2009)

Para entender melhor a propagação, vamos imaginar um AP no desenho

em forma H-Plane e E-Plane, relacionamos facilmente o sinal para cada Plane

como mostra a figura 37:

Figura 37: E-Plane e H-Plane

Fonte: Caroll (2009)

Page 57: Redes sem fio wlan

56

2.9.1 Antenas dBi Dipolo

Este tipo de antena é a mais adequada para ambientes indoor, pois é

uma antena projetada para um cliente ou AP que não cobre uma grande área.

Seu padrão de radiação se assemelha a uma rosquinha, na vertical não se

propaga muito. Concebido para se propagar no E-Plane (vertical omnidirecional).

(CAROLL 2009).

A maioria dos equipamentos de WLAN possui duas antenas que podem

ser ativadas ou desativadas pelo usuário, podendo comparar a intensidade do

sinal proveniente de cada uma das antenas e aproveitar o mais forte. Em

ambientes fechados sujeito a efeito de multipercursos, o nível de potência do sinal

recebido desvanece em pequena escala quando o recurso de diversidade está

desativado e conclui que com a ativação obtém-se um melhor resultado na força

de potência do sinal recebido. (NAJNUDEL 2004). O padrão 802.11 define de

forma opcional um mecanismo para que se possa medir a intensidade de energia

RF recebida por uma estação/cliente onde o parâmetro que como exemplo a

placa de rede sem fio disponibiliza para as aplicações um valor inteiro que varia

de 0 a 255 (1 byte) conhecido como RSSI onde o objetivo da criação deste

artificio é para saber se ao transmitir um pacote em um dado canal, nenhum outro

equipamento está utilizando o canal, ou seja, se o nível de sinal recebido no canal

em que se pretende transmitir é abaixo de um dado limiar (Clear Channel

Threshold) e ao medir os valores definir o nível de sinal mínimo recebido de um

AP antes de se efetuar o roaming (Roaming Threshold) para outro AP com um

melhor nível de sinal recebido, sendo necessário uma escala compreendida pelos

equipamentos em dBm ou mW (Najnudel (2004). Quem irá transformar os valores

da escala em valores de potência é o driver da placa de rede. A Tabela 4 contém

os valores de RSSI de acordo com o fabricante CISCO para que seja feito a

conversão do parâmetro RSSI para valores de potência em dBm.

Page 58: Redes sem fio wlan

57

TABELA 4. TABELA DE CONVERSÃO DE RSSI PARA DBM (CISCO)

FONTE: NAJNUDEL (2004)

2.9.2 EIRP

Para CAROLL (2009), quando um ponto de acesso envia energia para

uma antena a ser irradiada, um cabo pode existir entre os dois, certo grau de

perda em energia deverá ocorrer no cabo. Para contrariar esta perda, uma antena

aumenta de ganho, aumentando assim o nível de energia. A quantidade de ganho

adotado depende do tipo de antena. Vale notar que tanto a FCC como o órgão

regulamentador europeu (European Telecommunications Standards Institute-

Page 59: Redes sem fio wlan

58

ETSI), regula a potência que uma antena irradia. Potência de radiação isotrópica

efetiva (EIRP) é a potência resultante, é o que se usa para calcular a área de

serviço de um dispositivo. Segundo Caroll (2009) para calcular o EIRP é dada a

seguinte formula:

)()()( dBiGdBAdBmPdBmEIRP TXCT (3)

Onde temos a transmissão potência de saída ( TP ), a perda dada pelo

cabo (A C ) e o ganho da antena ( TXG ).

2.9.3 Alcance e propagação do sinal

Os sistemas sem fio trabalham com o conceito de Fall back onde quando

o sinal fica fraco em determinado local a placa de rede sem fio baixa o sinal para

uma velocidade menor, o inverso também ocorre. (Moraes 2010).

As áreas que o sinal de rede sem fio não tem cobertura são chamados de

áreas de sombra identificado no site survey. Uma das maneiras de eliminar as

áreas de sombra é adicionando outro ponto de acesso

2.9.4 Roaming

Segundo Moraes (2010) os sistemas de rede sem fio suportam roaming

multicanal que consiste na mudança automática e transparente para o usuário

quando se desassocia de uma célula e se associa em outra célula adjacente.

Cada célula tem seu ponto de acesso dando maior abrangência e mobilidade ao

sistema de rede sem fio implementado. As estações não necessitam estarem

configuradas em uma faixa de frequência fixa, pois a mudança de frequência

ocorre quando se passa de uma célula a outra ao verificar que existe um ponto de

acesso com melhor sinal (RSSI), associando-se a nova célula ocorrendo o

roaming e alternando a frequência de operação Após associação.

Precisa-se considerar que para o recurso de passagem de APs, na

passagem de uma célula para outra em redes Wi-Fi, só será mantido a conexão,

se os APs em questão estiver trabalhando através de controladores Wi-Fi

(solução proprietária) ou com AP’s que suportem IAPP (Inter-Access Point

Protocol).

Page 60: Redes sem fio wlan

59

Como visto anteriormente os pontos de acesso podem ser configurados

para usarem diferentes canais e reusado em outros pontos da rede exemplo na

Figura 38.

Figura 38: Utilização dos canais entre pontos de acesso adjacente.

Fonte: Moraes (2010)

Segundo (MORAES 2010), as formas de ocorrer o roaming são:

Uma estação desconectada tenta se conectar ou reconectar ao AP disponível.

A largura de banda suportada se altera ou a estação de rede sem fio encontra

uma taxa de transmissão melhor em outro ponto de acesso.

A qualidade do sinal de outro ponto de acesso da rede excede a qualidade do

sinal do ponto de acesso no qual se esteja estar conectado/associado.

A taxa de erro na conexão com um access point sobe acima do aceitável.

Na figura 39 abaixo podemos ver o funcionamento do roaming entre

pontos de acesso:

Page 61: Redes sem fio wlan

60

Figura 39: Funcionamento do roaming

Fonte: Moraes (2010)

2.10 Segurança

Segundo Junior et al, (2003) a falta de segurança em redes sem fio, deve-

se pelo meio “físico” de transmissão utilizado, onde os dados são transmitidos

pelo ar, ficando vulnerável a limites fora do ambiente físico pois não existem

limites definidos como no caso das redes cabeadas sendo possível sem o devido

planejamento interceptar informações até mesmo a longas distâncias, de acordo

com o nível de potência de transmissão utilizado, sem necessariamente estar no

mesmo ambiente ou prédio da WLAN, como, por exemplo, nas adjacências do

prédio dentro de um veículo. Como as redes sem fio, geralmente, estão

conectadas à infraestrutura da rede cabeada, fica mais fácil para o invasor ganhar

acesso a toda base de dados da empresa sendo de extrema importância a

implementação de mecanismos de segurança nas redes WLANs e dependendo

da informação trafegada, necessário uma atenção especial para sobrecarga

adicional inserida no tráfego da rede.

Como a rede em modo infraestrutura utiliza-se o ponto de acesso como

controlador (bridge, gateway) para a rede cabeada LAN, e necessário a atenção

pela questão física de segurança devido riscos a ataques contra a autenticidade,

Confiabilidade e disponibilidade do serviço adotando medidas de

segurança. (CARRION 2003).

Page 62: Redes sem fio wlan

61

2.10.1 Protocolo 802.1x

Segundo (RUFINO, 2011, p 30) o padrão 802.1x não foi projetado para

redes sem fio (definido antes dos padrões de redes sem fio) e tem características

que são complementares a essas redes, permitindo autenticação com base em

métodos já consolidado e escalável e expansível como, por exemplo, o Remote

Autentication Dial-in User Service-RADIUS (tradução livre para o português como

serviço de usuário de discagem e autenticação remota). Sendo assim, pode-se

promover um único padrão de autenticação independente da tecnologia adotada,

pois como podemos observar existem diversos padrões em redes sem fio,

usuários em rede cabeada nas empresas. Pensando em ter-se uma base de

usuários em um único repositório em um banco de dados relacional,

convencional, LDAP, seja qualquer outro reconhecido pelo servidor de

autenticação.

A importância de saber-se que para o funcionamento do infraestrutura

precisa-se que os componentes como o concentrador, servidor RADIUS e outros

opcionais como o LDAP, Active Directory, banco de dados, toda a infraestrutura

estejam interligados por meio de uma rede, não necessariamente a localização

física de cada componente esteja em um único lugar, não importa. Abaixo na

figura 40 vemos as definições mais claramente.

Figura 40: Rede IEEE 802.11 / IEEE 802.1X

Fonte: Silva (2003)

Toda a transação de autenticação do IEEE 802.1X é feita utilizando-se o

EAP sobre LAN, ou seja, encapsulada em mensagens EAP sobre Redes Locais

(EAP over LAN – EAPOL). O processo de autenticação inicia-se quando o

suplicante (estação sem fio) tenta conectar-se à rede sem fio, através do

Page 63: Redes sem fio wlan

62

autenticador (AP). O autenticador recebe a requisição e abre uma porta para a

sessão IEEE 802.1X de autenticação, não permitindo qualquer outro tipo de

tráfego, aonde somente após a mensagem EAP-Success o Suplicante terá

acesso aos recursos da rede veja a figura 41 abaixo.

Figura 41: Troca de Mensagens Estação/Switch/Servidor de Autenticação

Fonte: Silva (2003)

Pressupõe-se que este padrão precise de um elemento autenticador,

geralmente um servidor RADIUS e um requerente, ou seja, um elemento que

requer autenticação, o equipamento cliente. Esta autenticação é feita antes de

qualquer outro serviço de rede esteja disponível ao usuário requerente onde o

requerente solicita autenticação ao autenticador que verifica em sua base de

dados as credenciais usuário e senha e se permite ou não acesso à credencial. A

autenticação bem sucedida deflagrará todos os outros processos para permitir ao

usuário o acesso aos recursos da rede, como por exemplo, receber ip do servidor

DHCP, resolver nomes em servidores DNS dentre outros.

Fica fácil visualizar o uso deste padrão para coibir o uso não autorizado

de pontos de rede pois ponto de rede estão ativos e operacionais bastando plugar

Page 64: Redes sem fio wlan

63

um dispositivo final na rede e ter acesso total ou parcial aos recursos da rede

mudando de empresa para empresa de acordo com suas políticas de uso e com o

RADIUS somente que tiver autenticação bem sucedida poderá receber os

recursos da rede.

Em redes sem fio o processo é semelhante, onde só terá acesso aos

recursos quem estiver autenticado no servidor RADIUS, onde o protocolo 802.1x

pode usar vários métodos de autenticação no modelo Extensible Authentication

Protocol (EAP), definindo as formas de autenticação com base em usuário e

senha, ou senha descartável, algoritmos unidirecionais (Hash) dentre outros que

envolvam algoritmos criptográficos.

Um modelo de equipamento que suporta o protocolo 802.1x e aceita

recurso de RADIUS é o AP HP série M200-802.11n, entretanto, os valores são

superiores a outros modelos que não tem o protocolo 802.1x.

Concluindo sobre o protocolo 802.1x o mesmo tem a possibilidade de

integrar uma autenticação robusta e flexível, com método de criptografia forte, por

outro lado, precisa-se de dispositivos complementares para montar um modelo de

segurança para redes sem fio que no nosso caso inviabiliza devido a falta de

investimentos em nosso estudo.

2.10.2 Protocolo 802.11

Oferece a possibilidade de cifrar os dados, ajudando a aumentar a

segurança em redes sem fio onde existem os protocolos Wired Equivalent Privacy

(WEP), Wi-fi Protected Access (WPA), Wi-fi Protected Access 2 (WPA2)

disponíveis em equipamentos certificados Wi-Fi.

2.10.3 Wired Equivalent Privacy-WEP

Diferente das redes cabeadas, que necessita de comunicação física para

acesso as informações, em redes sem fio basta ter um meio de receber o sinal,

ou seja, capturar a informação através de um equipamento de forma passiva,

necessidando do protocolo 802.11 cifrar os dados. Inicialmente o protocolo

sugerido foi o WEP presente em todos os APs e produtos com padrão Wi-Fi. O

WEP é um protocolo que utiliza algoritmos simétricos, existindo uma chave

Page 65: Redes sem fio wlan

64

secreta que deve ser compartilhada entre as estações e o concentrador cifra e

decifra as mensagens trafegadas (RUFINO, 2011, p.35). Veremos os critérios

considerados para o desenho do protocolo:

Suficiente forte: algoritmo deve ser adequado às necessidades dos

usuários.

Auto sincronismo: permitir a entrada do equipamento na area de cobertura

e funcionar com a mínima ou nenhuma intervenção manual pelo usuário.

Requerer poucos recursos computacionais: pode ser implementado por

software ou hardware e por equipamentos com pouco poder de processamento.

Exportável: deve ser exportado dos Estados Unidos e também passível de

importação para outros países.

De uso opcional: Não deve ser pré-requisito para funcionamento das redes

sem fio.

(RUFINO 2011) diz que pelo desuso do protocolo WEP e WPA, por suas

fraquezas e vulnerabilidades concentram-se a utilizar o protocolo de segurança

WPA2.

2.10.4 WPA2

Segundo (RUFINO 2011) o WPA2 é considerado o padrão mais seguro

atualmente, sendo recomendado o seu uso. Um modelo para autenticação foi

definido Extensible Authentication Protocol (EAP), permitindo integrar soluções de

autenticação, incluindo a possibilidade de uso de certificação digital. Permite

integrar autenticações tradicionais como, por exemplo, o Servidor RADIUS e

incorporar novos usos ao recurso existente (autenticar usuários de rede sem fio).

Ter uma base consolidada e autenticar vários tipos de usuário não importando o

meio de acesso e o seu gerenciamento.

2.10.5 Temporal Key Integrity Protocol (TKIP)

Protocolo responsável pela troca dinâmica de chaves e gerenciamento de

chaves temporárias usado pelos equipamentos em comunicação, possibilitando a

preservação do segredo mediante a troca constante da chave. (RUFINO 2011)

continuando no TKIP o vetor de inicialização (Inicialization Vector) teve aumento

significativo passando de 24 para 48 bits, aumentando o número de combinações

possíveis dificultando a repetição de valores necessários para descobrir a chave.

Page 66: Redes sem fio wlan

65

Para adicionar segurança através da autenticação, as senhas fixas são as

mais utilizadas por sua simples implementação e forma conhecida de autenticar

pelos usuários. O método comum é exigir que o usuário use o navegador web

para que seja feito uma autenticação via protocolo HTTP. Em redes WLAN,

geralmente os usuários são autenticados no Domínio. Valendo ressaltar que todo

tipo de autenticação são susceptíveis à escuta e poderem ser capturadas por um

atacante. (RUFINO 2011).

2.11 Riscos e ameaças

Algumas considerações que podem diminuir a segurança:

Configuração aberta: não utilizar nenhum protocolo de segurança na rede

sem fio.

Engenharia social: existem situações onde o atacante tenta induzir o

usuário a repassar informações importantes tentando obter senhas ou

informações importantes para se fazer um ataque, técnica muito utilizada no

passado pelo Hacker Kevin Mitnick.

Configuração de fábrica: equipamentos com configuração de fábrica vem

com senhas de administração e ip padrão. Caso não seja trocado, poderão

permitir a um atacante que se utilize dela.

Uso do protocolo WEP: redes usando método de segurança WEP são

vulneráveis caso o equipamento venha com as chaves WEP configuradas de

fabrica não sejam mudadas pelo administrador. Estas informações podem vir no

manual do equipamento e em documentos públicos. Abaixo exemplo do

concentrador Linksys modelo WAP-11 802.11 DS que saem de fábrica com a

seguinte configuração:

SSID Padrão: ‘Linksys

Chave WEP 1: 10 11 12 13 14 15

Chave WEP 2: 20 21 22 23 24 25

Chave WEP 3: 30 31 32 33 34 35

Chave WEP 4: 40 41 42 43 44 45

Page 67: Redes sem fio wlan

66

O atacante de posse destas informações consideramos que seja útil para

o atacante.

Decidimos justificar tecnicamente a escolha do WPA2 ao invés do WEP,

WPA devido as fraquezas e vulnerabilidades e sobre o ponto de vista de um

servidor ou um dispositivo que obtenha o protocolo 802.1x para uso do RADIUS

não foi escolhido para a segurança de nosso estudo devido o encarecimento da

solução, pois teremos que comprar um dispositivo sem fio com o protocolo 802.1x

como o x ou adquirir um servidor para a função do RADIUS no qual não se ter a

viabilidade econômica.

2.11.1 Tipos de perdas

Em redes sem fio, as perdas podem impactar no desempenho onde

veremos os tipos de perdas que ocorrem em comunicação por radiofrequência.

2.11.2 Atenuação

Atenuação significa perda de energia, quando o sinal viaja pelo meio

perde-se energia geralmente associada a resistência do meio e para restaurar o

nível de sinal utiliza-se um amplificador como, por exemplo, na figura 42 abaixo

mostra-se os efeitos da atenuação e amplificação. (FOROUZAN 2006).

Figura 42: Atenuação

Fonte: Forouzan (2006)

O Decibel (dB) pode ser negativo se um sinal for atenuado e positivo se

um sinal for amplificado. O Decibel é utilizado para lidar com diferentes níveis de

potência, medindo a intensidade relativa entre dois sinais ou um mesmo sinal em

Page 68: Redes sem fio wlan

67

dois pontos diferentes (FOROUZAN 2006). Um exemplo de atenuação dado por

db=10xlog (P2, P1). Onde:

P1 e P2 são potencias do sinal nos pontos 1 e 2, respectivamente.

P2=1/2p a atenuação pode ser calculado por:

dBxxxppxppx 33,0105,010)5,0(log101/5,0log10/log10 10101210 (4)

Figura 43: Aumento nível de potência.

Fonte: Forouzan (2006)

2.11.3 Distorção

Segundo (FOROUZAN 2006) a distorção é alteração da forma de um sinal

ao propagar-se num meio ou ao ser amplificado em um circuito, ocorrendo

frequentemente em sinais compostos. Cada componente do sinal possui uma

velocidade de propagação, acarretando atraso no destino final.

2.11.4 Ruído

O sinal pode ser corrompido por diversos tipos de ruído como o ruído

térmico (provocado pelo movimento aleatório (agitação térmica), de elétrons nos

condutores gerando sinal extra diferente do original. O ruído induzido é provocado

pelo acionamento de cargas indutivas como, por exemplo, de motores que agem

como antenas transmissoras e o meio de transmissão como antena receptora

(crosstalk) e o ruído impulsivo é uma resposta abrupta no meio com energia alta

em curto tempo proveniente de rede elétrica, iluminação e outras fontes.

(FOROUZAN 2006). Abaixo na Figura 43 temos o ruído causado no meio de

transmissão:

Page 69: Redes sem fio wlan

68

Figura 44: Aumento nível de potência.

Fonte: Forouzan (2006)

Page 70: Redes sem fio wlan

69

3 PLANEJAMENTO E METODOLOGIA

Segundo Best apud Lakatos (1972, p. 152) sobre análise dos dados

discorre: "Representa a aplicação lógica dedutiva e indutiva do processo de

investigação". A importância dos dados está não em si mesmos, mas em

proporcionarem respostas às investigações”.

3.1 Modelo de propagação do sinal

Segundo Lima (2005), O modelo Motley-Keenan considera que a

atenuação entre a antena transmissora e a antena receptora é causada por

perdas na penetração do sinal em paredes e pisos onde pode variar de acordo

com o tipo de material usado na construção e da frequência utilizada, se

diferenciando do modelo COST231 One-Slope que não considera a atenuação

em cada obstáculo como parede encontrado no percurso. Os resultados se

concluem que podem ser mais precisos com o modelo Motley-Keenan.

Segundo Moraes (2010) as fases principais para um projeto de redes sem

fio são:

3.1.1 Avaliação

Saber se no cenário é possível a implementação da rede sem fio. Locais

com muito ruído e alta densidade de redes sem fio ao redor dificulta a

implementação. O retorno do investimento e o nível de segurança são pontos a

serem vistos nesta etapa.

3.1.2 Planejamento e desenho

Define como a rede sem fio será implementada, tendo-se a planta baixa

do edifício para se planejar o local de instalação dos APs, podemos visitar o local

para verificar a presença de barreiras na propagação da rede sem fio como

portas, janelas, paredes de concreto dentre outros e depois pode ser feito o site

survey.

Page 71: Redes sem fio wlan

70

Segundo (MORAES 2010) a pesquisa do local é a etapa fundamental

para o planejamento correto da instalação da rede sem fio, buscando obter dados

do local e principalmente identificar como se dará a propagação, ter a medição do

nível do sinal das redes sem fio definidas a partir da colocação de um AP em um

ponto fixo. A técnica a ser utilizado neste trabalho consiste em colocar um AP em

um local central e caminhar com o notebook em pontos alinhados no mapa para

medição da forca do sinal. Finalizando o site survey teremos os melhores locais

para disponibilizar os APs.

Um número empírico dado por projetistas para que não se tenha

degradação do sinal, caso o local precise de mais usuários é feito um Overlap,

onde na mesma célula se disponibiliza outro AP com a mesma área de cobertura,

utilizando um canal diferente que não cause sobreposição, dobrando a

capacidade da área de cobertura. Outro ponto a se levantar é a diminuição da

potência transmitida para evitar War Driving e evitar a cobertura desnecessária de

áreas maiores caso esteja todos os dispositivos próximos do AP. Moraes (2010).

Segundo (MORAES,2010), “A implementação deve seguir à risca o que

foi definido no site survey. Após implementar a solução, é essencial realizar testes

para verificar se ele segue o que foi definido no Site Survey”.

Page 72: Redes sem fio wlan

71

4 TRABALHOS RELACIONADOS

4.1 O trabalho de mestrado de Marcelo Najnudel

No seu trabalho de mestrado, Najnudel propôs uma metodologia e estudo

de propagação em ambientes fechados para servir de base para se fazer um bom

planejamento de WLANs em ambiente indoor. Najnudel observou o crescente

número de redes sem fios com pouco planejamento e metodologia. A seguir

veremos a metodologia aplicada em seu trabalho.

Segundo (NAJNUDEL 2004) para um bom dimensionamento de uma rede

sem fio é necessária uma série de estudos com relação ao ambiente de

implantação, o perfil de seus usuários os equipamentos a utilizar na implantação

de uma WLAN. A metodologia tem como passo inicial coletar todas as

informações relevantes ao projeto, para evitar imprevistos que impliquem em

custos inesperados e maior prazo de implantação.

No caso de um projeto de WLAN, os dados mais importantes são:

throughput (capacidade), cobertura desejada, avaliação de roaming, interferências

e aspectos de segurança. O processo de planejamento pode ser dividido em 5

fases: a definição das necessidades dos usuários, o mapeamento de outras redes

existentes, o planejamento de cobertura, o planejamento de capacidade e o

planejamento de frequência.

Segundo (Najnudel, 2004, p. 5)

A cobertura deve ser planejada de acordo com a demanda local, onde as variáveis mais importantes são as áreas a serem cobertas, o tráfego, que deve contabilizar o número de usuários simultâneos e o volume de dados trafegados por cada um, com o custo de infraestrutura.

O throughput (vazão) total gerado em uma área é dado pela soma dos

throughput gerados por cada usuário. Portanto a capacidade total dos APs deve

ser maior que este valor estimado. (NAJNUDEL 2004).

Najnudel (2004, p.11), atentou-se para o fato que o valor de throughput

nominal dos equipamentos e da regulamentação 802.11 não é o valor real a ser

Page 73: Redes sem fio wlan

72

consumido pelos usuários, pois uma parte deste é destinado a sinalização entre

as pontas. O valor de throughput real que deve ser considerado varia em torno de

40% a 50% devido sinalização e protocolos de segurança. Na fórmula abaixo,

pode ser utilizado para fazer o cálculo do número de APs por área.

N APs= Núm médio de usuários simultâneos. Throughput médio dos usuários (5)

Access Point Throughput

Para calcular o plano de capacidade que atenda os usuários

simultaneamente dentro de uma célula de cobertura de um AP (BSS), pode se

basear numa tabela com valores usuais médios para servir de base de cálculo de

tráfego necessário por serviços veja a Tabela 5. (DANIELA 2003).

TABELA 5: VALORES MÉDIOS DE TRÁFEGO POR USUÁRIO DE REDE

FONTE: DANIELA (2003)

Page 74: Redes sem fio wlan

73

5 LEVANTAMENTO DE DADOS E TESTE DE PROPAGAÇÃO

No levantamento dos dados realizado neste trabalho, o Software WLAN

Walk Test utilizou-se para apoiar o planejamento de cobertura do ambiente em

estudo, fornecendo dados e proporcionando melhor análise para o

dimensionamento e mobilidade, propondo obter uma boa base de informação e

auxilio no processo de implantação para o projeto WLAN. Na figura 44 se

apresenta a tela do programa com o mapa carregado no Software utilizado.

Figura 45: WLAN Walk Test com mapa carregado.

Fonte: Najnudel (2004)

Ao final deste levantamento, tem-se um bom número de informações para

análise e implantação da rede WLAN proposta atendendo os requisitos estudados

e propostos neste trabalho.

O levantamento de dados realiza-se na sede do Jornal O Imparcial

localizado em São Luis-MA. Fazendo o levantamento de dados e medições com o

auxílio dos Softwares inSSIDer, WLAN WalkTest, com os dispositivos AP

Intelbras modelo WRN 240 e um notebook Sony Vaio VPCF1(com adaptador sem

fio Qualcomn 802.11n).

Page 75: Redes sem fio wlan

74

5.1 Teste de propagação

O teste de propagação, comumente chamado de site survey, é um teste

no local para determinar o número de APs necessário para cobrir uma área e o

posicionamento que atenda a cobertura. Analisa-se com ajuda do Software

inSSIDer a medição da potência do sinal em cada ponto que se deseja cobrir e

ver se atende a capacidade de tráfego necessário para cada ponto. Utiliza-se

também o Software WLAN Walk Test para se carregar a planta do edifício e obter

as marcações de ponto de medida e localização física dos APs.

5.1.1 Equipamento utilizado nos testes

5.1.1.1 Access Point.

Fabricante: Intelbras.

Modelo: WRN 240.

Padrões IEEE802.11n (Draft 2.0), IEEE802.11g, IEEE802.11b, IEEE802.3,

IEEE802.3u, IEEE802.3x.

Faixa de frequência 2,4 a 2,4835 GHz.

Taxa de transferência IEEE802.11n (Draft): 150/144/135/120/90/81/60/30 Mbps

(automático); IEEE802.11n (20 MHz): máximo 75 Mbps; IEEE802.11n (40 MHz):

máximo 150 Mbps; IEEE802.11g: 54/48/36/24/18/12/9/6 Mbps (automático).

Faixa de canais 1 a 13 (Brasil).

Segurança WPA-PSK/WPA2-PSK, WEP 64/128-bits, TKIP/AES e WPS.

Espalhamento espectral DSSS (espalhamento espectral de sequência direta).

Modulação BPSK, QPSK, CCK e OFDM (BPSK/QPSK/16-QAM/64-QAM).

Distância de transmissão Interna até 100 m, externo até 300 m (padrão de

distância limitada a um ambiente).

Potência (com antena) 20 dBm a 150 Mbps | Potência: 100 mW regulável em

baixo, médio e alta potência.

Antena 1 antena removível de 5 dBi – (1T x 1R) H: Omnidirecional 70graus.

5.1.1.2 Adaptador do cliente instalado em um notebook Sony Vaio VPCF1.

Modelo: Qualcomn Atheros AR9287 Wireless Network Adapter.

Diagrama da antena: Omnidirecional.

Frequência: 2.4 GHz.

Page 76: Redes sem fio wlan

75

Largura de banda-Throughput máximo: 150Mbps.

Sensibilidade: -34dBm.

Limiares 150Mbps:-85 dBm.

5.1.1.3 Software de medição

inSSIDer.

5.1.2 Teste de propagação indoor Los (Line of Sight) em corredor estreito

O objetivo do teste será caracterizar o comportamento do sinal em

ambientes estreitos para se observar o alto índice de raios refletidos e a

possibilidade de guiamento da onda. Será feito o teste de Line of Sight (LoS) no

ambiente indoor de O Imparcial no corredor superior onde será medido o valor da

potência do sinal a cada 5 metros, verificando a variação do sinal recebido com a

distância e o AP posicionado em uma extremidade do corredor do lado esquerdo

onde se pode ver na figura 45 as medições.

Figura 46 Teste de LoS em corredor estreito (O Imparcial, Piso superior).

Fonte: do autor

Parâmetro de utilização para medição:

Altura APs: 2 metros

Altura do equipamento de medição: 1,5 metros

Potência do adaptador: 100mW

Ambiente: Corredor de com 41 metros de cumprimento e 3,5 de largura, parede

de tijolo e cimento com pintura lisa e uma porta de vidro ao meio do corredor.

Abaixo a tabela 6 nos mostra valores levantados e medidos:

Page 77: Redes sem fio wlan

76

TABELA 6: ANÁLISE DOS VALORES MEDIDOS EM RELAÇÃO POTÊNCIA RECEBIDA X

DISTANCIA EM METROS

Ponto de medição Distância em metros

Potencia

Recebida (dBm)

Potencia pessoas se

movimentando

1 1m -45 -43

2 6m -49 -51

3 11 -54 -56

4 16 -56 -58

5 21 -63 -65

6 26 -66 -68

7 31 -58 -60

FONTE: DO AUTOR

Notam-se flutuações do sinal com a distância aumentando indicando

presença de efeito de multipercursos próximo dos 25 metros quando começam a

Aparecer “quebras” na tendência do gráfico 01 abaixo, os valores de cada ponto

são media temporal para cada local. As flutuações indicam a existência de efeito

multipercursos.

GRÁFICO 01:DISTÂNCIA DO PONTO X POTÊNCIA RECEBIDA.

FONTE: DO AUTOR

Page 78: Redes sem fio wlan

77

5.1.3 Perda de Propagação

Atenuação por paredes – Posiciona-se o AP frente a uma face de uma parede e

efetuam-se medições do outro lado, para mensurar a perda de penetração no

obstáculo. O valor da perda por penetração é dado pela diferença do valor de

potência recebida sem o obstáculo e com o obstáculo. Na tabela 07 abaixo o

resultado das medidas em O Imparcial.

TABELA 07: PERDAS DE PENETRAÇÃO EM OBSTÁCULOS.

Obstáculo Material

predominante composição

Característica Espessura em

milímetros Perda adicional em

dB

Parede Alvenaria/tijolo Tijolo e cimento com Tinta látex lisa 140mm 11 dB

Porta Madeira maciça Madeira 40mm 05 dB

Porta Vidro Toda de vidro 10mm 01 dB

Divisória Plástico Todo PVC 40mm 01 dB FONTE: DO AUTOR

Movimento de pessoas – Posiciona-se o AP e o equipamento medidor em

posições fixas e que o sinal seja estável, e simula-se a movimentação de

pessoas obstruindo o raio direto entre eles.

TABELA 08: PERDAS COM MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAS.

Número de pessoas se movimentando Media de perda em dB

1 2 dBm

6 3 dBm

FONTE: DO AUTOR

Page 79: Redes sem fio wlan

78

6 PLANEJAMENTO

Na parte de planejamento iremos abordar estudos realizados no ambiente

como perfil dos usuários, tipo de equipamento a utilizar, coletando informações

para saber a capacidade (Throughput), cobertura desejada no momento,

interferências e a segurança.

O projeto de redes sem fio WLAN para o estudo de caso do Jornal O

Imparcial será dado por setor onde temos 4 setores (Anfiteatro, Redação,

Comercial, Financeiro, Presidência e CPD). A empresa conta com 110

funcionários diretos e 100 estações de trabalho ligadas em rede, o horário de pico

na utilização se dá as 17 hs com 96 estações de trabalho com acesso simultâneo.

Atendendo a demanda de 60 funcionários/usuários simultâneos, podendo

entregar 2 a 3 Mbps por usuários.

6.1 Anfiteatro

6.1.1 Necessidades dos usuários e infraestrutura:

Número de usuários simultâneos: 50

Taxa média de velocidade para cada usuário: 2 Mbps

Taxa de transmissão (Throughput) total real: 180Mbps

Segurança: WPA2-PSK

Cobertura: 2 APs

Ponto de energia: necessário passar cabo elétrico para chegar energia até local

de posicionamento do AP.

Ponto de ligação a rede cabeada: necessário passar cabo da sala de controle até

o local de posicionamento do AP.

Melhor canal para ser usado: Canal 1 e 6

Custo: compra de cabo de rede UTP cat5e, um AP de 300Mbps e serviços de

configuração.

A justificativa técnica para a escolha da segurança WPA2-PSK dá se por ser

simples de usar, permite um bom nível de segurança, vem em qualquer AP

comprado no mercado, configuração do lado do concentrador quanto do lado do

Page 80: Redes sem fio wlan

79

cliente resume-se a habilitar o recurso(WPA-PSK) e escolher uma chave mestre

difícil de ser descoberta evitando custos com RADIUS e atende o nível de

segurança com viabilidade econômica. Os canais 1 e 6 foram definidos devido

serem os canais menos poluídos atendendo o número de usuários simultâneos

definidos.

6.1.2 Redes existentes

O ambiente possui ponto de rede para acesso a rede LAN e facilidade na

instalação de um ponto para energia onde nos locais de planejamento de

instalação dos APs ficará fácil obter energia elétrica e passagem de cabo Ethernet

para ligação com um Switch. Decidiu-se instalar os APs no teto, por questão de

melhor localização, segurança, estética, e facilidade de atender os requisitos de

funcionamento dos APs (energia e cabo Ethernet).

Deverão ser mudados os canais dos APs para um canal que esteja fora

dos listados na figura 46 abaixo que podem interferir na comunicação, causando

interferência no cenário atual. Poderemos eleger o canal 1 e 6, como o nível do

sinal das redes ao redor estar com um limiar muito baixo, não sofre interferências

significantes por estar em canais diferentes baixo nível de sinal -90 dBm em

média.

Figura 47: Redes sem fio disponíveis anfiteatro

Fonte: do autor

Page 81: Redes sem fio wlan

80

6.1.3 Planejamento de cobertura

Serão necessários 2 APs para atender a demanda do local indoor, os

dados foram medidos em pesquisa de campo com o Software WLAN Walk Test

onde se consegue fazer a definição dos locais de medição e posicionamento dos

APs. Na figura 47 abaixo temos a previsão de cobertura. Como utilizaremos mais

de 1 AP, teremos a estrutura em modo EBSS e para atender a demanda será

colocado 2 APs com canais que não se sobreponham (1,6 e11) atendendo a

mesma cobertura com canais diferentes. Os pontos em azul são os pontos de

medição da forca do sinal

Figura 48 Cobertura do Anfiteatro

Fonte: do autor

Page 82: Redes sem fio wlan

81

Nos pontos de medida foram utilizados os seguintes parâmetros de medição:

Altura do AP: 4 metros

Altura do equipamento de medição: 1,5 metro

Potência do AP: 100mW

Potência do adaptador do cliente: 100 mW

Ambiente: Paredes de tijolo com tinta lisa, portas de vidro.

Software de medição: inSSIDer

Pode-se observar que no Anfiteatro 2 APs serão necessários para

atender à necessidade para prover cobertura em toda a área planejada e o

número de usuários.

6.1.4 Planejamento de capacidade

O anfiteatro tem capacidade para 150 pessoas onde utilizaremos 2 APs

com capacidade de 50 Acessos simultâneos cada, o throughput real para atender

a todos os usuários nos APs será de 180 Mbps (subtraindo o overhead de 40%

com pacotes transmitidos de sinalização) e não 300Mbps. Com 3Mbps para cada

associado.

Na tabela 9 abaixo se tem o tráfego requerido de acordo com a

necessidade dos usuários.

TABELA 9: CALCULADO A PERDA COM SINALIZAÇÃO EM 40% =300*40/100

Ambiente Conteúdo do

tráfego

Carga do tráfego Número de acesso simultâneos

300Mbps 150Mbps 54Mbps

Tráfego real -40% 180Mbps 90Mbps 32,4Mbps

Anfiteatro Web, e-mail e

FTP 3Mbps/usuário 60 30 10

FONTE: DO AUTOR

AP 01

Capacidade máxima AP: 300 Mbps (Real 180 Mbps)

Atende 60 usuários simultâneos com 3Mbps para cada associado de

acordo com a tabela 8 acima.

Page 83: Redes sem fio wlan

82

AP 02

Capacidade máxima AP: 300 Mbps (Real 180 Mbps)

Atende 60 usuários simultâneos com 3Mbps para cada associado de

acordo com a tabela 8 acima. Com os 2 APs atende-se a necessidade de acesso

para o ambiente.

De acordo com análise do Software inSSIDer na figura 46, os testes de

banda atendem a 150 Mbps com o AP testado sendo que com um AP de 300

Mbps chegaremos ao valor Planejado de 3 Mbps para cada usuário.

A capacidade não será uma fonte de preocupação, pois mesmo que todos

os usuários estejam dispostos sob a área de cobertura do Anfiteatro, ainda assim

o recurso será atendido.

6.1.5 Planejamento de frequência

Para a definição dos canais para cada AP no anfiteatro será escolhido o

canal que possa minimizar a interferência na rede. Após análise no ambiente

sabe-se quais as frequências que estão em uso ao redor e se existe algum

aparelho que possa interferir na degradação do sinal. Utilizaremos canais de

22MHz que não se sobrepõe (canal 1, 6 e 11). Para aumenta a taxa de

transferência pode-se usar um canal adicional para dobrar a largura do canal de

20MHz para 40MHz alcançando 300Mbps em cada AP. No anfiteatro será

utilizado o canal 1 e 6 sobrepostos na frequência de 2.4 GHz como mostra a

figura 48 abaixo:

Page 84: Redes sem fio wlan

83

Figura 49: Frequências

Fonte: do autor

6.1.6 Configuração multicelular

Necessita-se de 2 APs sobrepostos com canais diferentes para atender a

demanda no anfiteatro. Com a opção nos APs de Load Sharing, o adaptador

cliente estabelece comunicação com o AP que estiver com o menor tráfego.

Escolheremos esta configuração devido a área de tráfego ser maior do que a

capacidade de um único AP. fazendo com que a capacidade dos APs seja maior

que a soma do throughput gerado pelos usuários.

Não foi encontrado equipamentos que possam comprometer ou causar

interferência na cobertura do anfiteatro.

6.1.7 Instalação equipamento

Faz-se necessário a conexão a uma tomada de energia e passar cabo

UTP-cat. 6 ou 5e para interligar o AP ao Switch para prover acesso ao backbone

Ethernet e por último configurar o AP.

Page 85: Redes sem fio wlan

84

6.1.8 Segurança

O nível de segurança a ser aplicado será o Wpa2-PSK devido as

fragilidades do protocolo WEP que o torna menos seguro.

Nas configurações de segurança encontrado nos APs de O Imparcial

estavam configurados com WEP, sendo necessário a mudança de equipamento

devido estes não fornecerem segurança WPA2-PSK.

6.2 Redação

6.2.1 Necessidades dos usuários e infraestrutura:

Número de usuários simultâneos: 60

Taxa média de velocidade para cada usuário: 3Mbps

Taxa de transmissão (Throughput) total real: 180Mbps

Segurança: WPA2-PSK

Cobertura: 1 AP

Ponto de energia: necessário passar cabo elétrico para chegar energia até local

de posicionamento do AP.

Ponto de ligação a rede cabeada: necessário passar cabo da sala de controle até

o local de posicionamento do AP.

Melhor canal para ser usado: Canal 1

Custo: compra de cabo de rede UTP cat5e, um AP e serviços de configuração.

A justificativa técnica para a escolha da segurança WPA2-PSK dá se por

ser simples de usar, permite um bom nível de segurança, vem em qualquer AP

comprado no mercado, configuração do lado do concentrador quanto do lado do

cliente resume-se a habilitar o recurso(WPA-PSK) e escolher uma chave mestre

difícil de ser descoberta evitando custos com RADIUS e atende o nível de

segurança com viabilidade econômica. O canal 1 foi definidos devido ser o canal

menos poluídos.

Page 86: Redes sem fio wlan

85

6.2.2 Redes existentes

O ambiente possui ponto de rede para acesso a rede LAN e facilidade na

instalação de um ponto para energia onde nos locais de planejamento de

instalação dos APs ficará fácil obter energia elétrica e cabo Ethernet para ligação

com um Switch. Decidiu-se instalar o AP no teto, por questão de melhor

localização, segurança, estética, e facilidade de atender os requisitos de

funcionamento do AP (energia e cabo Ethernet).

Deverá ser mudado o canal do AP para um canal que esteja fora dos

listados na figura 49 abaixo, onde podem interferir na comunicação, causando

interferência no cenário atual. Poderemos eleger o canal 1. Temos um problema

com a rede sem fio do setor da produtora Super. 8 (fica no ambiente interno de O

Imparcial) que está configurado no canal 8 interferindo com sobreposição na rede.

Será necessário mudar o canal de 8 para 1 da super. 8 e desativar as redes ad-

hoc configurados.

Figura 50: Redes sem fio disponíveis Redação

Fonte: do autor

6.2.3 Planejamento de cobertura

Será necessário 1 AP onde os dados foram medidos em pesquisa de

campo. Com o Software WLAN Walk Test se consegue fazer a definição dos

Page 87: Redes sem fio wlan

86

locais de medição e posicionamento do AP. Abaixo segue figura 50 com a

previsão de cobertura. Como utilizará 1 AP, tem-se a estrutura em modo BSS.

Figura 51: Area de cobertura Redação

Fonte: do autor

Na figura 50 acima se pode ver alguns pontos medidos no interior do

ambiente da redação apresentando alguns obstáculos ao raio direto onde os

pontos em azul são os pontos de medição da forca do sinal. O ambiente da

redação é composto por paredes de 140 mm de espessura, divisórias de PVC e

portas de vidro, sendo que a maior perda se dá nas paredes chegando a 11 dBm.

Com valores não muito elevando foi possível obter uma boa cobertura. Foi

utilizado 1 AP, configurados para utilizar o canal 1.

Os pontos de medida foram utilizados os seguintes parâmetros de

medição:

Altura do AP: 1,5 metro

Altura do equipamento de medição: 70 cm

Potência do AP: 100mW

Potência do cliente adapter: 100 mW

Ambiente: Paredes de tijolo com tinta lisa, portas e janelas de vidro.

Software de medição: inSSIDer

Page 88: Redes sem fio wlan

87

Observar-se que na redação somente 1 AP atende a necessidade para

prover cobertura em toda a área Planejada e como somente se tem 1 AP, não

aborda-se questões de roaming.

6.2.4 Planejamento de capacidade

A Redação terá disponibilidade de acesso sem fio para 60 funcionários

onde utilizaremos 1 AP para atender à necessidade inicial com capacidade de 60

acessos simultâneos, o throughput real para atender a todos os usuários nos APs

será de 180Mbps. Contabilizado o overhead de 40% com pacotes transmitidos de

sinalização.

Na tabela 10 abaixo se apresenta o tráfego requerido de acordo com a

necessidade do ambiente/usuários.

TABELA 10- CALCULADO A PERDA COM SINALIZAÇÃO EM 40% =300*40/100

Ambiente Conteúdo do

tráfego

Carga do tráfego Número de acesso simultâneos

300Mbps 150Mbps 54Mbps

Tráfego real -40% em Mbps 180Mbps 90Mbps 32,4Mbps

Redação Web, e-mail e FTP, Aplicações

3Mbps/usuário 60 30 10

FONTE: DO AUTOR

AP 01

Capacidade máxima AP: 300Mbps (Real 180Mbps)

Atenderá 60 usuários simultâneos

De acordo com análise do Software inSSIDer na figura 49, os testes de

banda atendem a 150Mbps com o AP testado sendo que com um AP de 300Mbps

chegaremos ao valor Planejado de 3Mbps para cada usuário.

A capacidade não será uma fonte de preocupação, pois mesmo que todos

os usuários estejam dispostos sob a área de cobertura da Redação, ainda assim

o recurso será atendido.

Page 89: Redes sem fio wlan

88

6.2.5 Planejamento de frequência

A definição do canal para o AP na Redação será escolhido o canal que

possa minimizar a interferência na rede. Após análise do ambiente, para saber

quais as frequências que estão em uso ao redor e analisar a presença de algum

aparelho que possa interferir na degradação do sinal. Utilizar-se-á os canais de

22MHz que não se sobrepõe (canal 1, 6 e 11). Para aumenta a taxa de

transferência se usará um canal adicional para dobrar a largura do canal de 20

para 40MHz para se alcançar os 300Mbps no AP. Na redação será utilizado o

canal 1 na frequência de 2.4GHz como mostra a figura 51 abaixo:

Figura 52: Frequências ideais

Fonte: do autor

A rede da super. 8 e seus computadores com redes ad-hoc comprometem

e interferem na rede da redação necessários serem modificado o canal do AP da

super. 8 e diminuir a potência de transmissão para baixa no AP e desabilitar redes

ad-hoc dos PCs. Como a super. 8 está mais presente da rede da Presidência,

será alterado o seu canal de 8 para 1 como mostra a figura 51 acima:

Page 90: Redes sem fio wlan

89

6.2.6 Instalação do equipamento

É necessário para a conexão a uma tomada de energia e passar um cabo

UTP-cat. 6 ou 5e para interligar o AP ao Switch para prover acesso ao backbone

Ethernet e por último configurar o AP.

6.2.7 Segurança

O nível de segurança a ser aplicado será o Wpa2-PSK devido as

fragilidades do protocolo WEP que o torna menos seguro.

Nas configurações de segurança encontrado nos APs de O Imparcial

estavam configurados em WEP, sendo necessário a mudança de equipamento

devido estes não fornecerem segurança WPA2-PSK.

6.3 Financeiro e Comercial

6.3.1 Necessidades dos usuários e infraestrutura:

Número de usuários simultâneos: 60

Taxa média de velocidade para cada usuário: 3 Mbps

Taxa de transmissão (Throughput) total real: 180Mbps

Segurança: WPA2-PSK

Cobertura: 1 AP

Ponto de energia: necessário passar cabo elétrico para chegar energia até local

de posicionamento do AP.

Ponto de ligação a rede cabeada: Ponto de rede próximo do AP, necessário cabo

de rede de 2 metros até o local de posicionamento do AP.

Melhor canal para ser usado: Canal 6

Custo: compra de cabo de rede UTP cat5e ou 6, um AP e serviços de

configuração:

A justificativa técnica para a escolha da segurança WPA2-PSK dá se por

ser simples de usar, permite um bom nível de segurança, vem em qualquer AP

comprado no mercado, configuração do lado do concentrador quanto do lado do

cliente resume-se a habilitar o recurso(WPA-PSK) e escolher uma chave mestre

Page 91: Redes sem fio wlan

90

difícil de ser descoberta evitando custos com RADIUS e atende o nível de

segurança com viabilidade econômica. O canal 6 foi definido devido ser o canal

menos poluído.

6.3.2 Redes existentes

O ambiente possui ponto de rede para acesso a rede LAN e facilidade na

instalação de um ponto para energia onde nos locais de planejamento de

instalação do AP ficará fácil obter energia elétrica e cabo Ethernet para ligação

com o Switch. Decidiu-se instalar o AP no teto, por questão de melhor localização,

segurança, estética, e facilidade de atender os requisitos de funcionamento do AP

(energia e cabo Ethernet).

Deverá ser mudado o canal do AP para um canal que esteja fora dos

listados na figura 45 abaixo, onde podem interferir na comunicação, causando

interferência no cenário atual. Poderemos eleger o canal 6. Será necessário a

compra de um novo AP e configurar o canal para o 6 caso não esteja neste canal

automaticamente pois é o canal padrão a vir definido de fábrica. Na figura 52

abaixo vemos as rede com o canal 6 definido.

Figura 53: Redes sem fio disponíveis Comercial e financeiro.

Fonte: do autor

Page 92: Redes sem fio wlan

91

6.3.3 Planejamento de cobertura

Será necessário 1 AP de acordo com os dados medidos em pesquisa de

campo. Com o Software WLAN Walk Test conseguiu-se definir dos locais de

medição e posicionamento do AP. Abaixo segue figura 53 com a previsão de

cobertura. Como se utilizará 1 AP, tem-se a estrutura em modo BSS.

Figura 54: Área de cobertura Comercial e financeiro.

Fonte: do autor

Na figura 53 acima se pode ver alguns pontos medidos no interior do

ambiente do Comercial (lado esquerdo) e do financeiro (lado direito) apresentam

alguns obstáculos ao raio direto com divisórias em policloreto de polivinila (do

inglês Polyvinyl chloride-PVC), portas derivado de placa de fibra de madeira de

media densidade (do inglês Medium-Density Fiberboard-MDF) e janelas de vidro

onde os pontos em azul são os pontos de medição da forca do sinal no local

indicado. O ambiente é composto por paredes de 140 mm de espessura,

divisórias de PVC e portas de vidro de 10 mm, sendo que a maior perda se dá

nas paredes chegando a 11 dBm. Com valores não muito elevando foi possível

obter uma boa cobertura.

Nos pontos de medida foram utilizados os seguintes parâmetros de

medição:

Page 93: Redes sem fio wlan

92

Altura do AP: 2,5 metros

Altura do equipamento de medição: 70 cm

Potência do AP: 100mW

Potência do cliente adapter: 100 mW

Ambiente: Paredes de tijolo com tinta lisa, portas e janelas de vidro.

Software de medição: inSSIDer

Pode-se observar que com 1 AP é possível atender à necessidade para

prover cobertura em toda a área planejada no Comercial e Financeiro e como

somente se tem 1 AP, não serão abordadas as questões de roaming entre áreas

de cobertura para prover sinal de deslocamento entre células.

6.3.4 Planejamento de capacidade

O Financeiro e Comercial terá disponibilidade de acesso sem fio para 60

funcionários onde utilizaremos 1 AP para atender à necessidade inicial com

capacidade de 60 acessos simultâneos, o throughput real para atender a todos os

usuários nos AP será de 180Mbps. Contabilizado o overhead de 40% com

pacotes transmitidos de sinalização.

Na tabela 11 abaixo temos o tráfego requerido de acordo com a

necessidade do ambiente/usuários.

TABELA 11- CALCULADO A PERDA COM SINALIZAÇÃO EM 40% =300*40/100

Ambiente Conteúdo do

tráfego

Carga do tráfego Número de acesso simultâneos

300Mbps 150Mbps 54Mbps

Tráfego real -40% em Mbps 180Mbps 90Mbps 32,4Mbps

Comercial e Financeiro

Web, e-mail e FTP, aplicações

3Mbps/usuário 60 30 10

FONTE: DO AUTOR

AP 01

Capacidade máxima AP: 300Mbps (Real 180Mbps)

Atenderá 60 usuários simultâneos

De acordo com análise do Software inSSIDer na figura 52, os testes de banda

atendem a 150Mbps com o AP de teste sendo que com um AP de 300Mbps

chegaremos ao valor Planejado de 3Mbps para cada usuário.

Page 94: Redes sem fio wlan

93

A capacidade não será uma fonte de preocupação, pois mesmo que todos

os usuários estejam dispostos sob a área de cobertura do Comercial e Financeiro,

ainda assim o recurso será atendido.

6.3.5 Planejamento de frequência

A definição do canal para o AP no Comercial e Financeiro será escolhido

o canal que possa minimizar a interferência na rede. Após análise do ambiente

para saber quais as frequências que estão em uso ao redor e analisar a presença

de algum aparelho que possa interferir na degradação do sinal. Utiliza-se um dos

canais de 22MHz que não se sobrepõe (canal 1, 6 e 11). Para aumentar a taxa de

transferência utilizar-se-á um canal adicional para dobrar-se a largura do canal de

20 para 40MHz para alcançar os 300Mbps no AP. Seleciona-se o canal 6 na

frequência de 2.4 GHz como mostra a figura 54 abaixo:

Figura 55: Frequências ideais

Fonte: do autor

A rede sem fio da produtora super. 8 e seus computadores com redes Ad-hoc

comprometem e interferem na rede do Comercial e Financeiro sendo necessário

serem modificado o canal do AP da super. 8 e diminuir a potência de transmissão

do AP para baixa potência e desabilitar redes ad-hoc dos PCs. Como

Page 95: Redes sem fio wlan

94

a super. 8 está mais presente da rede da Presidência, será alterado o seu canal

de 8 para 1 como mostra a figura 54 acima:

6.3.6 Instalação equipamento

Faz-se necessário a conexão a uma tomada de energia e passar um cabo

UTP-categoria 5e ou 6 para interligar o AP ao Switch para prover acesso ao

backbone Ethernet e por último configurar o AP.

6.3.7 Segurança

O nível de segurança a ser aplicado será o WPA2-PSK devido as

fragilidades do protocolo WEP que o torna menos seguro.

Nas configurações de segurança encontrado nos APs de O Imparcial

estavam configurados em WEP, sendo necessário a mudança de equipamento

devido estes não fornecerem segurança WPA-WPA2-PSK.

6.4 Presidência e CPD

6.4.1 Necessidades dos usuários e infraestrutura:

Número de usuários no setor: 5 presidência e 5 no CPD totalizando 10

funcionários.

Número máximo suportada de usuários simultâneos: 10

Taxa média de velocidade para cada usuário: 3 Mbps

Taxa de transmissão (Throughput) total real: 180Mbps

Segurança: WPA2-PSK

Cobertura: 1 APs

Ponto de energia: necessário passar cabo elétrico para chegar energia até local

de posicionamento do AP.

Ponto de ligação a rede cabeada: Ponto de rede próximo do AP, necessário cabo

de rede de 20 metros até o local de posicionamento do AP.

Melhor canal para ser usado: Canal 11

Page 96: Redes sem fio wlan

95

Custo: compra de cabo de energia e de rede (UTP cat5e ou 6), um AP e serviços

de configuração:

A justificativa técnica para a escolha da segurança WPA2-PSK dá se por

ser simples de usar, permite um bom nível de segurança, vem em qualquer AP

comprado no mercado, configuração do lado do concentrador quanto do lado do

cliente resume-se a habilitar o recurso(WPA-PSK) e escolher uma chave mestre

difícil de ser descoberta evitando custos com RADIUS e atende o nível de

segurança com viabilidade econômica. O canal 11 foi definido devido ser o canal

menos poluído.

6.4.2 Redes existentes

O ambiente possui ponto de rede para acesso a rede LAN e facilidade na

instalação de um ponto para energia onde nos locais de planejamento de

instalação do AP fica fácil obter energia elétrica e cabo Ethernet para ligação com

o Switch. Decidiu-se instalar o AP no teto, por questão de melhor localização,

segurança, estética, e facilidade de atender os requisitos de funcionamento dos

AP (energia e cabo Ethernet).

Deve-se mudar o canal do AP para um canal que esteja fora dos listados

na figura 55 abaixo, onde podem interferir na comunicação, causando

interferência no cenário atual. Pode-se eleger o canal 11. Será necessário a

compra de um novo AP e configurar o canal escolhido. Na figura abaixo se vê as

redes sobrepostas total de 6 sobreposições.

Page 97: Redes sem fio wlan

96

Figura 56: Redes sem fio disponíveis Presidência.

Fonte: do autor

6.4.3 Planejamento de cobertura

Será necessário 1 AP onde os dados foram medidos em pesquisa de

campo. Com o Software WLAN Walk Test se consegue fazer a definição dos

locais de medição e posicionamento do AP. Abaixo na figura 56 se apresenta a

previsão de cobertura. Como se utiliza 1 AP, tem-se a estrutura em modo BSS.

Na figura 56 abaixo se pode ver alguns pontos medidos no interior do

ambiente da Presidência e CPD (lado direito canto superior) apresentam alguns

obstáculos ao raio direto com divisórias em PVC, portas de madeira MDF e

janelas de vidro onde os pontos em azul são os pontos de medição da forca do

sinal no local indicado. O ambiente é composto por paredes de 140 mm de

espessura, divisórias de PVC e portas de vidro de 10 mm, sendo que a maior

perda se dá nas paredes chegando a 11 dBm. Com valores não muito elevando

foi possível obter uma boa cobertura. Foi utilizado 1 AP, configurados para utilizar

o canal 11.

Nos pontos de medida foram utilizados os seguintes parâmetros de

medição:

Page 98: Redes sem fio wlan

97

Altura do AP: 1,5 metros

Altura do equipamento de medição: 70 cm

Potência do AP: 100mW

Potência do cliente adapter: 100 mW

Ambiente: Paredes de tijolo com tinta lisa, portas e janelas de vidro.

Software de medição: inSSIDer

Figura 57: Área de cobertura Presidência e CPD.

Fonte: do autor

Observa-se com 1 AP atende à necessidade para prover cobertura em

toda a área Planejada na Presidência e CPD, como somente temos 1 AP, não se

aborda questões de roaming entre áreas de cobertura para prover sinal de

deslocamento entre AP.

Page 99: Redes sem fio wlan

98

6.4.4 Planejamento de capacidade

A Presidência e CPD terá disponibilidade de acesso sem fio para 10

funcionários onde se utiliza 1 AP para atender à necessidade inicial com

capacidade de suprir os 10 acessos simultâneos, o throughput real para atender a

todos os usuários nos AP será de 180Mbps. Contabilizado o overhead de 40%

com pacotes transmitidos de sinalização.

Na tabela 12 abaixo temos o tráfego requerido de acordo com a

necessidade do ambiente/usuários.

TABELA 12- CALCULADO A PERDA COM SINALIZAÇÃO EM 40% =300*40/100

Ambiente Conteúdo do

tráfego

Carga do tráfego Número de acesso simultâneos

300Mbps 150Mbps 54Mbps

Tráfego real -40% em Mbps 180Mbps 90Mbps 32,4Mbps

Presidência e CPD

Web, e-mail e

FTP, Aplicações 3Mbps/usuário 60 30 10

FONTE: DO AUTOR

AP 01

Capacidade máxima AP: 300Mbps (Real 180Mbps)

Atenderá 10 usuários simultâneos

De acordo com análise do Software inSSIDer na figura 47, os testes de

banda atendem a 150Mbps com o AP de teste sendo que com um AP de

300Mbps chegaremos ao valor Planejado de 3Mbps para cada usuário.

A capacidade não será uma fonte de preocupação, pois mesmo que todos

os usuários estejam dispostos sob a área de cobertura da Presidência e CPD,

ainda assim o recurso será atendido.

6.4.5 Planejamento de frequência

A definição do canal para o AP na Presidência e CPD será escolhido o

canal que possa minimizar a interferência na rede. Após análise do ambiente para

saber quais as frequências que estão em uso ao redor e analisar a presença de

algum aparelho que possa interferir na degradação do sinal. Iremos utilizar um

dos canais de 22MHz que não se sobrepõem (canal 1, 6 e 11). Para aumenta a

Page 100: Redes sem fio wlan

99

taxa de transferência se utiliza um canal adicional para dobrar a largura do canal

de 20 para 40MHz para alcançar os 300Mbps no AP. Seleciona-se o canal 11 na

frequência de 2.4 GHz como mostra a figura 57 abaixo:

Figura 58: Frequências ideais

Fonte: do autor

A rede sem fio da produtora super. 8 e seus computadores com redes ad-

hoc comprometem e interferem diretamente na rede da Presidência e CPD

necessário serem modificado o canal do AP da super. 8 e diminuir a potência de

transmissão do AP para baixa potência e desabilitar redes ad-hoc dos PCs. Como

a super. 8 está mais presente da rede da Presidência, será alterado o seu canal

de 8 para 1 como mostra a figura 57 acima:

6.4.6 Instalação equipamento

É necessário a conexão a uma tomada de energia e passar um cabo

UTP-categoria 5e ou 6 para interligar o AP ao Switch para prover acesso ao

backbone Ethernet e por último configurar o AP.

Page 101: Redes sem fio wlan

100

6.4.7 Segurança

O nível de segurança a ser aplicado será o Wpa2-PSK devido as

fragilidades do protocolo WEP que o torna menos seguro.

Nas configurações de segurança encontradas nos APs de O Imparcial

estavam configurados em WEP, sendo necessário a mudança de equipamento

devido estes não fornecerem segurança WPA-WPA2-PSK.

Page 102: Redes sem fio wlan

101

7 CONCLUSÃO

No presente trabalho observou-se um crescente número de redes sem fio

com pouco ou nenhum planejamento, sendo que para ter-se uma boa

implementação de uma rede sem fio WLAN em ambientes indoor é de

fundamental importância uma série de estudos com relação ao ambiente de

implantação.

Neste sentido, procurou-se no trabalho apresentado o planejamento das

necessidades dos usuários do local em estudo para ter-se a taxa média de

desempenho necessário. Também realizado o planejamento Site Survey para a

análise de cobertura, entregando o número de APs que suprisse a necessidade

do ambiente indoor. Outra consideração foi o levantamento das redes existentes e

canal em uso obtendo-se o mapeamento e escolha do melhor canal em cada AP.

No planejamento de frequência e canal se obteve êxito na escolha de

canais que não se sobrepõe nos locais definidos (Anfiteatro, Redação,

Presidência, Comercial, Financeiro e CPD), podendo entregar de acordo com os

testes feitos uma cobertura “limpa” de ruídos e interferências.

O planejamento de capacidade para os locais foram planejados para

atender a demanda presente considerando a taxa de crescimento, e podendo

entregar 4Mbps aos usuários simultaneamente (fazendo-se a medição e

contabilizando o overhead causado com pacotes de sinalização da rede).

A infraestrutura para instalação dos APs nos ambientes pode ser atendida

perfeitamente, devido o ambiente proporcionar passagem de cabo Ethernet (ligar

o AP no switch) e passagem de fios de cobre para alimentação de energia no AP,

disponibilizando uma tomada ao lado.

No sentido de segurança, a escolha do WPA-PSK adotou-se no

planejamento para dificultar ataques e invasões por usuários indevidos. A

obtenção dos recursos necessários para a instalação dos APs nos pontos

definidos pelo Site Survey são justificável devido valores de baixo custo e o

barateamento da tecnologia sem fio 802.11n.

A justificativa técnica para a escolha da segurança WPA2-PSK dá se por ser

simples de usar, permite um bom nível de segurança, vem em qualquer AP

Page 103: Redes sem fio wlan

102

comprado no mercado, configuração do lado do concentrador quanto do lado do

cliente resume-se a habilitar o recurso(WPA-PSK) e escolher uma chave mestre

difícil de ser descoberta evitando custos com RADIUS e atende o nível de

segurança com viabilidade econômica.

Obteve-se nos testes realizados resultados satisfatórios onde mesmo com

perdas de propagação com os obstáculos existentes nos ambientes, se pode

observar que não ocorreu perda de propagação que pudesse tornar indisponível o

sinal nas células/áreas de cobertura. De acordo com análises anteriores não se

obteve no ambiente indoor em estudo, áreas de sombra (não necessitando de um

segundo AP, ou diminuição da capacidade de propagação para cobrir a área não

atendida).

No ambiente atual da rede WLAN, não é recomendável o uso do

protocolo WEP para a segurança da rede WLAN, pois facilita a invasão por

terceiros já que a informação trafega “limpa”, sendo um ponto a ser corrigido

como recomendação na implantação do uso da segurança WPA2-PSK proposto

neste trabalho.

Podemos propor uma futura implementação do que foi planejado neste

trabalho de redes WLAN em O Imparcial, proporcionará ganhos expressivos nas

áreas indoor.

Com o resultado obtido no estudo, podemos propor trabalhos futuros,

levando-se em consideração o, tráfego e a qualidade de Serviço (QOS).

Page 104: Redes sem fio wlan

103

REFERÊNCIAS

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