Redes sociais, atores e instituições na governança de€¢ O entorno do Estado e sua...
Transcript of Redes sociais, atores e instituições na governança de€¢ O entorno do Estado e sua...
Eduardo Marques
DCP/Usp e CEM
Redes sociais, atores e
instituições na governança de
políticas públicas
http://www.fflch.usp.br/centrodametropole/
1. Do que estamos falando, mesmo? I - Governança
2. Do que estamos falando, mesmo? II - Redes
3. Redes em geral
4. Redes no e do Estado
1. Do que estamos falando, mesmo?
I - Governança
O que é governança?
Incorporar atores externos ao Estado e processos
informais (e ilegais).
No Brasil (e na AL), caráter muito normativo, mas
concentrado em duas formas de organizar o governo:
1. governança eficiente – NGP e aumento da competição/
sector privado (incorporação brasileira de tendências e
influencias externas);
2. governança participativa – Participação/Federalismo
(processo local e democratizador)
Estas definições envolvem seis ficções
locais sobre o tema:
1. Governança substituiria governo
2. Governança seria necessariamente positiva
3. Governança faria desaparecer hierarquias -
horizontalidades
4. Governança seria igual a democracia
5. Governança significaria eficiência ou capacidade
6. Governança levaria ao bom governo
Ao contrário, a defino como:
Conjuntos de atores estatais e não estatais
interconectados por vínculos formais e informais
(legais e ilegais) que operam na formulação de
políticas e estão embebidos nas instituições
construídoas historicamente nos setores de política.
A governança é sempre multiescalar e ganha
existência localmente (o local pode ser o nacional,
setorial ou de pequena escala/urbana);
Os Estados e suas sociedades se interpenetram em
processos formais e informais, legais e ilegais, laços
intencionais e não intencionai;
Isso incluí também fracassos e erros de políticas e
padrões distintos podem coexistir (e se contradizer).
2. Do que estamos falando, mesmo?
II - Redes
A análise de redes sociais elabora representações
gráficas e matemáticas de situações sociais.
Nesta análise, entidades (pessoas, grupos,
organizações, idéias) e relações entre elas são
representados como nós e vínculos.
As entidades e as relações podem ser materiais ou
imateriais, formais ou informais, e são pensadas em
contínua transformação.
A ontologia do social está nas relações sociais e não
nos atributos ou nos comportamentos individuais.
Assim, mesmo que metodologicamente o foco possa
estar em indivíduos, a análíse está nas relações.
Reproduzir analiticamente os ambientes relacionais das
mais variadas situações sociais e investigar as suas
conseqüências (e vice-versa).
A contribuição da análise de redes sociais, portanto, não
está no estudo da organização formal e hierárquica dos
serviços, equipamentos e gestores conectados por
vínculos formais da política de cuidados à saúde...
..., mas em acessar como essas redes formais e da
estrutura do Estado se superpõe e interpenetram com
as redes sociais de diversos tipos, ligadas às práticas
formais e informais (legais e ilegais) ali presentes.
As redes podem ser consideradas como:
Metáfora;
Prescrição normativa – redes de ONGs, redes de
organizações; unidades em rede;
Um conjunto de ferramentas analíticas e
metodológicas para o estudo dos padrões de
relações sociais e suas consequências
O uso metodológico captura:
Estruturas relacionais complexas sem ênfase nos
atributos (Emirbayer), e considerando a dimensão relacional
dos atributos (Tilly) – sociologia relacional;
Um nível intermediário que integre agência e estrutura;
Um estruturalismo a posteriori (indutivo).
Os estudos podem considerar:
Redes totais (de “comunidades”)
Redes pessoais
Redes egocentradas
Em sua forma gráfica mais simples, elas se
parecem com isso:
E com isto, em termos numéricos:
Escolhas analíticas:
Elementos a considerar:
Multiplicidade
Dualidade
Tipos de vínculo
Força dos vínculos
Direção dos vínculos
Fronteiras
Atributos
Dinâmica
3. Redes em geral
Source: Rocha. http://informatics.indiana.edu/rocha/cprojects.html#net
Comunicação (e terrorismo)
Fonte: Freeman. Visualizing social networks
Apoio social
Corrupção
Source: Pavez, 2005.
Redes pessoais – apoio social
Rede pessoal total – sociabilidade (MDS)
Rede pessoal (Gower)
Sociabilidade explorando atributos
Source, Moody, James.
3. Redes no e do Estado
Partindo dessa ontologia relacional, as redes no (e do) Estado são
apenas uma “especialização” ou “regionalização” das redes mais
amplas que tecem o social.
Estudar as redes no e do Estado (considerando fronteiras abertas) é
uma chave possível para entender a sua heterogeneidade e
complexidade, seus padrões de organização interna, assim como os
seus vínculos com o ambiente que o cerca.
Premissa: o Estado é composto por um Tecido relacional, que o
estrutura internamente e define ou influencia, ao menos:
• A conformação das comunidades profissionais de políticas e
suas fronteiras
• Os processos de construção institucional
• A continuidade e ruptura no tempo
• Conversões entre tipos de poder
• O entorno do Estado e sua permeabilidade – atores privados,
organizativos e cidadãos
• Os efeitos das ações do Estado sobre o tecido relacional de
grupos sociais e dos indivíduos
Exemplo 1. Rede dos gestores, considerando
cargos, MSP, 1985-2012
Gov. Set./Reynaldo/Curiati –
São Paulo
Exemplo 2 (e 3). Campos muito diferentes,
mesmo para a mesma política, SP e RJ
Governo Brizola (1982/86) –
Rio de Janeiro
Dinâmica e inércia institucionais, SP e RJ
Redes e poder - Estrutura e cargos, SP e RJ
Brizola I, RJ
Moreira Franco, RJ
Egonets dos secretários
Erundina (L)
Reynaldo (R)
Covas (L)
Maluf (R)
Redes e poder – empresas privadas, SP e RJ
Redes e poder - Redes entre público e
privado, SP e RJ
Erundina
Setúbal/Reynaldo/Curiati
Reynaldo(D) Covas (I) Janio (D)
Erundina (I) Maluf (D) Pitta (D)
Redes, poder e permeabilidade, SP e RJ
Sociogramas com vínculos fracos ocultados
Redes e poder – Tipos de poder, SP e RJ
• Poder institucional
• Poder posicional
• Poder econômico
A estrutura da rede e conformação da política,
SP e RJ
T1
T2
Exemplo 4. O impacto
do Estado sobre redes
societais – Thais Pavez
Exemplo 5. Impacto
de políticas sobre
redes pessoais na (e
da sociedade) –
Rafael Soares
Exemplo 6. Redes sociais e sociabilidade
na pobreza e no apoio social
Obrigado
Dentro / Fora Esfera Contexto NOME Contato Contato Contato
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Gerador de nomes
Coleta de dados - III