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N. 95 FEVEREIRO 2012 JORNAL REDESENHO DA REDE PERMITE MELHORAR OPERAÇÃO E CRESCER TAP M&E NA VANGUARDA DA TECNOLOGIA RFID

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n. 95 fevereiro 2012

jorn

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reDeSeNHo DA reDe PerMiTe MeLHorAr oPerAÇÃo e CreSCer

TAP M&e NA vANGUArDA DA TeCNoLoGiA rfiD

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“ 15% pelo menos…” de aumento imediato de tráfego é a estimativa para Portugal de Marco Ferraz, presidente da Braztoa (As-

sociação Brasileira das Operadoras de Turismo), que esteve no nosso País à frente de uma dele-gação composta por algumas dezenas de opera-doras, além de jornalistas. O convite foi da TAP, que teve o apoio de diversos agentes turísticos nacionais, e além de partici-parem na BTL visitaram alguns dos pontos turís-ticos mais importantes de Portugal. Tratou-se de uma iniciativa inédita que coloca alguns dos prin-cipais operadores do Brasil na rota de Portugal.Do Brasil veio ainda uma delegação da ABAV (As-sociação Brasileira de Agentes de Viagens) que fortaleceu laços e estabeleceu cooperação com a sua homóloga portuguesa, a APAVT.Mas não se ficou por aqui o esforço da TAP para atrair a Portugal a atenção, e a presença, de agentes e operadores de viagens, pois vieram também à BTL cerca de 400 “compradores” e jornalistas de 27 países onde a TAP está repre-sentada.Tratou-se de um enorme esforço, que envolveu toda a força de vendas da companhia, numa gran-de demonstração de vitalidade e que constitui um enorme contributo para ajudar o País a enfrentar as dificuldades que atualmente atravessa. Contribuir para aumentar as receitas da TAP – reforçando o papel de maior exportadora na-cional da companhia – e trazer mais turistas, em especial de países cujas economias atravessam uma fase de crescimento e dinamismo, são os objetivos traçados pela TAP para ajudar Portugal e a economia nacional.É desta forma empenhada que a TAP reforça o seu compromisso com Portugal e com os inte-resses nacionais. Num ano em que se prevê a sua privatização é também uma mensagem de que o valor da companhia está na força do seu hub da capital, de cuja valorização depende o seu futuro.

antónio Monteiro

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De BrAÇoS ABerToS PArA PorTUGAL oPEraÇÃo

3 Novo desenho da rede aumenta competitividade

DESTaQUE6 TAP M&e na vanguarda da tecnologia rFiDVEnDaS9 TAP cresceu 7% em 2011EVEnToS14 TAP em força na Bolsa de Turismo de LisboaFUEl ConSErVaTIon18 Marketing optimiza custos no serviço a bordoPrÉMIo21 gold Award para bolsas de toilette ecológicasInTErnaCIonal22 Tráfego mundial de passageiros cresceu 5,9%

em 2011 Novo presidente da AeAaPonTaMEnToS23 TAP Cargo no SiSAB Mais 11,8% de passageiros BrevesManUTEnÇÃo E EnGEnHarIa24 OeM ou PMA: Originais ou genéricos26 O Safety Office da M&e já está operacional28 Anúncio premiado pela Air Transport WorldlojaS FranCaS DE PorTUGal29 LFP abriu primeiras lojas monomarcao oUTro laDo DE…32 José Amaral: em busca dos big fiveToME noTa34 exposição Voar como um pássaro Novas instalações em Paris

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operação_operação_

Novo desenho da rede aumenta competitividadeA TAP vai proceder a alterações na sua rede em 25 de março. A distribuição do tráfego em Lisboa vai tornar-se mais homogénea, reduzindo picos de operação. Melhora a eficiência da frota, permitindo reforçar frequências e abrir novos destinos. Conheça o essencial desta mudança…

o que está na base do redesenho da rede?esta alteração decorre da análise

da operação da TAP do último verão, que sofreu vários constrangimentos: o con-gestionamento do aeroporto de Lisboa em determinadas faixas horárias provocou a ocorrência de inúmeras irregularidades, que por sua vez resultaram em aumento de custos e insatisfação dos passageiros afetados. esta situação tem-se agravado de ano para ano, devido ao aumento do tráfego de ligação e à cada vez maior utili-zação da frota.A estas condicionantes acresce a decisão de não se avançar a curto prazo para a construção de um novo aeroporto. Deste modo, sem as alterações que agora serão

implementadas, a TAP deixaria de ter mar-gem para crescer.

Quais são os principais objetivos?Aumentar a pontualidade e reduzir as irre-gularidades operacionais; melhorar a dis-tribuição do tráfego de ligação ao longo do dia; reduzir a quantidade de ligações cur-tas; redistribuir os slots de Lisboa, de modo a reduzir picos de utilização; e potenciar o crescimento futuro da companhia.

Quando vai ser implementado?As alterações horárias serão implemen-tadas no início do verão iATA, em 25 de março, ficando a entrada em operação das novas rotas (Berlim e Turim) adiada para a época alta, no próximo mês de Junho.

joSÉ aDolFo, DIrETor DE rEDE E PlanEaMEnTo CoM ElEMEnToS Da SUa EQUIPa: SÓnIa MEnDonÇa, lUÍS BrUno E MarIa joÃo DIaS

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4_fevereiro 2012 jornalTaP 95

_operação

Qual a principal mudança?Distribuição mais homogénea da operação ao longo do dia e eliminação dos dois gran-des picos da manhã (7h45/8h00) e da noite (21h00), geradores de frequentes atrasos e perdas de ligações (ver gráfico)

Como é que isto se vai refletir na opera-ção da manhã?Há atualmente uma ex-cessiva concentração nas chegadas do longo curso (África e Brasil), com li-gações demasiado curtas aos primeiros voos eu-ropeus da manhã, o que gera atrasos e um efeito de “bola de neve” durante o resto do dia.As chegadas de África e de alguns voos do Brasil vão ser antecipadas, assim como as primeiras sa-ídas para a europa, para não coincidirem com as chegadas dos night stops. reduz-se assim

a concentração no período crítico, ao mesmo tempo que se aumentam alguns tempos de ligação, que eram demasiado curtos.

Que efeito terá a antecipação dos primei-ros voos para a europa? A TAP torna-se mais competitiva neste se-tor de rede. O facto de a maioria da euro-

pa ter mais uma hora do que Portugal leva a que as primeiras chegadas ao destino sejam já à hora de almoço, pelo que os pas-sageiros não aproveitam o dia da melhor forma. Uma antecipação dos primeiros voos europeus reduz esta desvantagem face à con-corrência.

o que vai mudar no perío-do do almoço?Algumas chegadas da europa serão antecipadas e outras atrasadas. O Brasil

Novo DeSeNHo DA reDe DiMiNUi PiCoS De oPerAÇÃo eM LiSBoA

A principal mudança consiste na distribuição

mais homogénea da operação ao longo do dia

e eliminação dos dois grandes picos da manhã

e da noite, geradores de frequentes atrasos e

perdas de ligações

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da hora de almoço será antecipado em cerca de 30 minutos.

o que vai ser alterado na operação da noite?Há hoje uma concentração de ligações curtas para África, o que provoca atrasos frequentes, que se refletem na onda da manhã do dia seguinte.Assim, serão antecipadas as saídas para África em cerca de 1h15, que passam a re-ceber ligações da europa do meio da tarde. Para haver um ajuste das ligações a este novo horário, algumas chegadas da euro-pa serão também antecipadas para o final da tarde.

esta mudança vai permitir reduzir custos?Claramente. As alterações em cima da ope-ração, que se verificam continuamente em Lisboa, por constrangimentos de slots, re-sultam em perdas de ligações ou criação de short connections não programadas. Com esta nova estratégia, pretende-se diminuir o número de pas-sageiros em ligação curta, reduzindo-se assim também as res-petivas perdas de pas-sageiros e bagagens.

Qual o impacto na utilização da frota?O novo esquema per-mitirá aumentar a uti-lização da frota, no-meadamente porque os aviões começam o dia a voar mais cedo e terminam mais tarde. este facto, associado

operação_

a um complexo rearranjo horário ao longo do dia (sobretudo na frota de médio curso), aumentará a eficiência na utilização deste determinante recurso da empresa, que é os seus aviões.Fruto desta maior eficiência, será possível reforçar a capacidade para alguns destinos existentes (ver caixa) e a abertura de novas rotas (Berlim e Turim).¢

As alterações em cima da operação, que se verificam continuamente em Lisboa, por constrangimentos de slots, resultam em perdas de ligações ou criação de short connections não programadas

NovAS roTAS De BerLiM e TUriM e MAiS 35 freQUÊNCiAS SeMANAiS A PArTir De JULHo

O aumento da eficiência da frota de médio curso, resultante do redesenho da rede, vai permitir à TAP abrir as rotas de Berlim e Turim e aumentar a sua operação de 1.003 para 1.038 frequências semanais no período de maior procura. Isto significa que, com o mesmo número de aviões, serão feitos mais 5 voos (round trip) por dia, em média.

Além da abertura de Berlim e Turim, as principais alterações vão registar-se nos seguintes destinos:

a Milão (21 para 26) ⇒ a Dusseldorf (6 para 7)⇒ a Sevilha (7 para 18) ⇒ a Casablanca (10 para 14)⇒ a Lyon (18 para 21) ⇒a Accra (4 para 5)⇒ a Viena (6 para 7)

VIEna PaSSa a TEr VooS DIÁrIoS

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ambiente_

A TAP M&e tornou-se na primeira empresa de manutenção aeronáu-tica mundial a utilizar a tecnologia

rFiD (Radio Frequency Identification) no rastreamento de peças dos reatores, com a implementação do projeto Mobile enabled engine repair Application (MeerA), em ja-neiro deste ano.O projeto representou um investimento ele-vado (750 mil euros), mas estima-se uma poupança anual muito significativa, na or-dem dos 2,5 milhões de eu-ros. Só a redução de custos com os processos associa-dos ao inventário ascende a quase 1,6 milhões de euros anuais.Os reatores são equipamen-tos complexos, constituídos por módulos e mini-mó-dulos, agrupando cerca de 5.000 peças, 500 das quais entram em média para

reparação no circuito oficinal, implicando por vezes a sua desmontagem (split) em peças mais elementares. Um trabalho de extrema perícia e minúcia.Um dos fatores mais importantes a consi-derar no controlo das atividades de manu-tenção de um reator é, então, a garantia de que todas as peças removidas se encontram permanentemente rastreadas até à sua re-montagem.igualmente importante é encontrar uma

peça, no meio de outros milhares de peças, que, por qualquer razão, foi co-locada na prateleira incor-recta. Ou até, mediante um inventário das peças numa determinada localização, identificar automaticamen-te quais as que não perten-cem a essa localização ou as que faltam para compor um mini-módulo.

A Manutenção de Motores usa uma nova tecnologia no rastreamento de peças, conseguindo mais qualidade, em menos tempo e com redução de custos na ordem dos 2,5 milhões de euros anuais.

Um dos fatores mais importantes a

considerar no controlo das atividades de

manutenção de um reator é a garantia de

que todas as peças removidas se encontram

permanentemente rastreadas até à sua

remontagem

TAP M&e na vanguarda da tecnologia rfiD

o ConSElHo DE aDMInISTraÇÃo aCoMPanHoU UMa DEMonSTraÇÃo Do SISTEMa

_destaque

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IDEnTIFICaÇÃo DE PEÇaS É UM PonTo CrÍTICoComeça assim a perceber-se a importân-cia da tecnologia rFiD na manutenção de reatores, como explica Fernando Ferreira Matos, responsável de Tecnologias de infor-mação da TAP M&e.“O sistema de identificação de peças é um ponto crítico para a gestão eficiente de todo o processo de manutenção. Após a remoção e inspeção para avaliar da sua condição, as peças são identificadas com um código úni-co gravado na etiqueta rFiD.” “esta etiqueta é depois colada na folha que acompanha a peça no circuito oficinal, onde se encontra impressa informação detalhada da mesma, nomeadamente o respetivo part number, serial number e industry number, mantendo essa identificação até voltar a ser instalada no respetivo reator, ou destruída no caso de ser considerada sucata. O có-digo da etiqueta RFID fica assim associado univocamente à peça e a toda a informação detalhada impressa na folha que a acompa-nha.”

HÁ 10 MIl PEÇaS a CIrCUlar ao MESMo TEMPoTodas as peças removidas são sujeitas a inspeção específica e podem, desta forma,

ser consideradas úteis, sucata ou repará-veis. O que acontece a seguir?Às peças reparáveis é atribuído um conjun-to de passos de reparação e seguem circui-tos diferentes, envolvendo vários postos de trabalho, em diversos setores, que estão distribuídos por vários edifícios. As peças úteis são entregues ao setor de Logística para serem agrupadas em conjuntos (mini-módulos) e posterior montagem. Mesmo as peças na condição de sucata de-vem respeitar procedimentos específicos. O setor de Logística, por requisitos legais, tem de garantir a sua destruição.

o QUe É A TeCNoLoGiA rfiD?

De uma forma geral, consiste na identificação de objetos remotos, através da utilização de

etiquetas específicas, via transmissão rádio. Permite ainda a gravação e leitura automática

de dados dos micro-chips colocados nas referidas etiquetas.

Da arquitetura do sistema MEERA, fazem parte não só as etiquetas passivas RFID

e respetivas impressoras, como vários equipamentos móveis de leitura e gravação de

etiquetas, operando na gama de frequências UHF autorizadas para utilização no âmbito

desta tecnologia.

FErnanDo FErrEIra MaToS, rESPonSÁVEl DE TECnoloGIaS DE InForMaÇÃo Da TaP M&E

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Facilmente se entende que as peças têm de estar rigorosamente identificadas com eti-quetas desde a sua remoção até à remon-tagem no reator. O processo visual, leitura do número da eti-queta e de outra informação nela inscrita é moroso. estima-se que, na manutenção de reatores, seja necessário realizar cerca de 5.000 leituras diárias de etiquetas e, consi-derando que há simultaneamente em ofici-na 20 reatores desmontados, o número de peças em circulação ascende às 10 mil.

Prevê-se para breve a aplicação

desta tecnologia à rastreabilidade

de ferramentas em toda a TAP

M&e, aos coletes salva-vidas e

equipamento de emergência da

TAP, bem como no apoio logístico à

Manutenção de Linha

a EQUIPa Do ProjECTo: PIErrE ColaS (aIrBUS), nanCI rEIS (MEGaSIS), DaVID FrEElanD (aCCEnTUrE), GUIllaUME GallaIS (aCCEnTUrE), FranCISCo aZEVEDo (TaP M&E), SIVaBalan UMaPaTHY (oaT), CarloS QUInTa (MEGaSIS), SErGIo CrISTIna (TaP M&E), nElSon rIBEIro (MEGaSIS), PaUl-anToInE CalanDrEaU (aIrBUS)

GanHoS EM PraZo, CUSTo E QUalIDaDE“A tecnologia rFiD tem, assim, um impac-to importante, reduzindo drasticamente o tempo dessas tarefas, mas abre novas pos-sibilidades ao permitir efetuar um inven-tário diário de todas as peças no circuito oficinal e/ou em armazém, de modo a de-tetar de imediato qualquer discrepância” – sublinha Fernando Ferreira Matos.As principais vantagens da utilização da tecnologia rFiD são, em síntese, as seguin-

tes: redução do Turn Around Time (TAT), maior visibilidade na localização das pe-ças do reator, melhoria da produtivida-de por ganhos na eficiência processual, maior fiabilidade dos processos e, last but not least, redução de custos.Para o desenvolvimento e imple-mentação deste projeto, a TAP M&e contou com a colaboração da Mega-sis e de empresas externas: Airbus, Accenture e OAT.Prevê-se para breve a aplicação des-ta tecnologia à rastreabilidade de ferramentas em toda a TAP M&e, aos coletes salva-vidas e equipa-mento de emergência da TAP, bem como no apoio logístico à Manu-tenção de Linha. ¢

_destaque

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vendas_

C omo correu o ano de 2011 em ter-mos de vendas de passagens?Apesar das dificuldades sentidas

no mercado nacional e em muitos merca-dos internacionais, em especial o europeu, acabou por ser positivo no que respeita ao volume de receita de passagens.É um facto que tivemos um aumento da oferta de cerca de 5,3% (medido em PKO), graças ao lançamento de novas rotas, mas a variação da procura foi superior (+8,3%). Como consequência, o coeficiente de ocu-pação dos nossos voos (load factor) cresceu 1,8 pontos percentuais, para 76,3%.

Qual foi o mercado em que o tráfego mais cresceu?em termos percentuais o maior cresci-men to veri ficou-se nos Estados Unidos com 23,4%, fruto da abertura da linha de

Miami. Mas também a europa (+9,3%) e o Brasil (+7,4%) tiveram um bom desem-penho. Porém, face aos atuais níveis de procura quanto ao Brasil torna-se mais difícil crescer, de forma significativa, sem aumentar a oferta.

A TAP depende muito de Portugal e do Brasil?em conjunto, estes dois mercados contri-buem com cerca de metade da receita total (50,4%). Há quem considere que existe uma forte dependência, mas é importante real-çar que a outra metade da receita é obtida numa vasta diversidade de mercados.Outro aspeto que importa destacar é o reforço do papel da TAP como principal empresa exportadora, sendo assim um pi-lar imprescindível do desenvolvimento da economia e do turismo nacionais.

A TAP cresceu 7,3% no total de passageiros transportados em 2011 e registou uma variação da procura superior à da oferta. em paralelo, a área de vendas conseguiu aumentar as receitas e reduzir os custos. Carlos Paneiro, diretor de vendas, reuniu com os representantes da TAP em todos os mercados em janeiro para fazer o balanço de 2011 e traçar os objetivos para 2012.

TAP cresceu 7% em 2011

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VENDAS QUEREM CONTRIBUIR PARA O PROGRAMA DE POUPANÇA

O Grupo TAP tem em curso um forte programa de poupança. O plano implementado na área de Vendas incluiu, entre outras medidas, a re-dução dos custos de distribuição e de funcio-namento em diversas representações.Carlos Paneiro destaca “a poupança conse-

guida com a negociação dos acor-dos de Full Content com os GDS Amadeus e Travelport, bem como

o plano de redução do comis-sionamento aos agentes de viagens no Brasil.”

No que respeita às vendas por canal (agên-cias de viagens versus vendas diretas), há duas realidades. É por intermédio das agências de viagens que a TAP realiza a maioria das suas vendas (79,5%) e é nos seus canais diretos – balcões, call center e internet – que regista a melhor performan-ce de crescimento (18,7%).

Portanto, o canal web continua a crescer…Sim. O aumento das vendas diretas é im-pulsionado pelo elevado crescimento das vendas através do nosso site (www.flytap.

com), que foi de 33,6% em 2011. O peso das vendas neste canal representou 10,4% do total da re-ceita TAP (8,5% em 2010).

UlTraPaSSar 2 MIl MIlHÕES DE EUroS

Quais são as perspetivas para 2012?Prevemos mais um ano difícil. Contudo, nos objetivos traçados, definimos duas marcas que, se alcançadas, serão históricas: su-perar 10 milhões de passageiros e 2 mil milhões de euros em re-ceitas de passagens. É óbvio que vai ser complicado, mas conta-mos com alguns trunfos para lu-tarmos por esses objetivos.

73% DaS rECEITaS VÊM Do ESTranGEIro

Como evoluíram as vendas no exterior?Na última década, as receitas provenientes do estrangeiro quase triplicaram. em 2011, 73% das receitas foram obtidas no exterior, sendo os remanescentes 27% gerados em Portugal.gostava de sublinhar que, apesar deste peso do exterior, a TAP continuou a privile-giar o mercado nacional, onde detém uma quota de mercado no BSP (vendas nas agências de viagens) de 52%.

A TAP TeM BoNS TrUNfoS PArA JoGAr eM 2012: A eXCeLeNTe reSPoSTA Do MerCADo BrASiLeiro, A PoSiÇÃo De LiDerANÇA No MerCADo PorTUGUÊS, A PreSeNÇA CreSCeNTe eM ÁfriCA e o BoM CoMPorTAMeNTo DoS MerCADoS Do NorTe DA eUroPA

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vendas_

Que trunfos tem a TAP para colocar na mesa?A excelente resposta que temos do mer-cado brasileiro, a posição de liderança no mercado português, a presença crescen-te em África e o bom comportamento dos

mercados do Norte da europa.Além disso, temos o conjunto de novas ro-tas lançadas ao longo do ano passado, que esperamos continuem a responder de forma positiva, e as rotas já anunciadas para Berlim e Turim, que terão o seu início em junho. ¢

CarloS PanEIro (DIrETor DE VEnDaS) CoM rEPrESEnTanTES Da TaP: MÁrIo CarValHo (BraSIl), CarloS loUrEnÇo (alEManHa E ÁUSTrIa), araCI CoIMBra (ITÁlIa), YolanDa CoUTo (MoÇaMBIQUE E ÁFrICa Do SUl), joÃo InGlÊS (CaBo VErDE), FranK ZEHlE (EX-alEManHa E ÁUSTrIa), PEDro PInTo (SUÍÇa), VICTorIa WIllIaM (ESPanHa), joÃo CanDEIaS (rÚSSIa), EUGÉnIo PErEIra (SEnEGal, GUInÉ BISSaU E MalI), rICCarDo lo PrESTI (FranÇa, PolÓnIa E BElUX), CoEn WaaSDorP (HolanDa), PaUla CanaDa (PorTUGal), lUÍS GarCIa (VEnEZUEla), joSÉ ManUEl CoElHo (EUa) E rUI lEMoS (rEIno UnIDo)

“o aumento das vendas directas é impulsionado pelo elevado crescimento das vendas através do nosso site,

que foi de 33,6% em 2011”

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12_fevereiro 2012 jornalTaP 95

rUI lEMoS rEGrESSa ÀS orIGEnSrui Lemos começou a trabalhar na TAP em Londres (1970), onde esteve 24 anos em várias áreas comerciais: balcão, secretaria de vendas, marketing, desenvolvimento de vendas, chefia de vendas e carga. Depois foi colocado na Dinamarca, com a respon-sabilidade pela escandinávia, naquele que foi o seu primeiro posto como representan-te. em 2001, rumou a itália, regressando agora a Londres..

TrANSferÊNCiAS

ARACI COIMBRAAtualmente na Bélgica, passa para Itália, também responsável pelos mercados da Grécia, Croácia e Israel, substituindo Rui Lemos.

CARLOS LOURENÇO Sai do Reino Unido e assume a res-ponsabilidade pela Alemanha e Áus-tria, substituindo Frank Zehle, que abandona a TAP.

JOÃO CANDEIASAgora na Venezuela, atravessa o Atlântico e fica com a representação da Rússia e Ucrânia;

JOÃO INGLÊSAbandona a Suíça para assumir a re-presentação de Cabo Verde.

LUÍS GARCIATransfere-se de Cabo Verde para a Venezuela.

PEDRO PINTOAtualmente responsável pela Rússia e Ucrânia, assume Suíça e Liechtens-tein.

RICCARDO LO PRESTI Não tem de fazer as malas. Mantém--se como responsável por França e Polónia, passando a acumular tam-bém a responsabilidade da Bélgica e Luxemburgo. Nestes mercados, ha-verá ainda um novo DSM (District Sales Manager), MÁRIO GUERREI-RO, que terminou no final de janeiro o seu estágio em França, no âmbito do Programa de Mobilidade Interna-cional.

RUI LEMOSActualmente em Itália, passa a ser o representante no Reino Unido.

rUI lEMoS

Mudança nas representações

A TAP procedeu a mudanças de re-presentantes nos mercados exter-nos em 1 de março. Na prática, esta

alteração leva a que sete deles viajem para outras paragens. Dois atravessam mesmo o Atlântico (ver caixa TrANSFerÊNCiAS).“A experiência e o profissionalismo, bem como o entusiasmo que sinto em todos eles, dão-nos a garantia de que tal mudan-ça constituirá uma oportunidade para con-tinuarmos o nosso caminho de crescimen-to”, diz Carlos Paneiro, diretor de Vendas.

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vendas_Aumento de vendas na bagagem

“Encaro esta mudança com entusiasmo e confiança. Vai ser um grande desafio. Quem trabalha numa área de vendas tem que trazer sempre na bagagem flexibilidade e capacidade de adaptação a diferentes realidades sociais, culturais e de negócio”

CarloS loUrEnÇo

“É um grande desafio. Cabo Verde é muito diferente da Venezuela em termos políticos, culturais, de relacionamento institucional e da própria operação da companhia. Levo na bagagem algumas ideias e

a vontade de incrementar as vendas e a imagem da TAP”

lUIS GarCIa

“Trabalho há 9 anos em países tropicais e agora vou enfrentar o frio da rússia. É um mercado emergente, com enorme potencial. estou otimista. Vou ter de aprender uma nova língua, pelo menos o básico, por uma questão de sobrevivência no dia a dia. Tenho de refazer toda a bagagem. Além de encontrar uma realidade diferente, passo do longo para o médio curso”

joÃo CanDEIaS

“Já levo uns anos nestas lides, mas é um novo desafio, mais ambicioso. Quero incrementar as vendas e explorar os segmentos

mais lucrativos. Na bagagem levo o coração e quase 18 anos de andanças”

araCI CoIMBra

“Nestas funções estamos habituados a realidades diferentes. Já estive na Venezuela e na rússia. O contraste foi maior nessa transição. Agora, a Suíça, é só mais uma mudança. Levo na bagagem muita vontade de contribuir para a melhoria da TAP”

PEDro PInTo

“É uma mudança radical. Cabo Verde vai ser a minha primeira experiência africana. Quem anda por fora, deve ter capacidade de

integração e de adaptação a qualquer lugar, cultura e mercado. Quando se muda, há que fazer um cleaning mental. Levo na

bagagem a minha experiência profissional e muito empenho”

joÃo InGlÊS

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14_fevereiro 2012 jornalTaP 95

_eventos

TAP em força na Bolsa de Turismo de Lisboa

C erca de 400 operadores turísticos, agentes de viagens e jornalistas do setor, vindos de 27 países, par-

ticiparam na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) por convite das representações da TAP, incluindo fortes delegações dos prin-cipais mercados que alimentam o turismo nacional.Paralelamente, e também a convite da TAP, realizou-se em Lisboa o congresso da Associação Brasileira das Operadores de

Turismo (BrAZTOA), que trouxe ao nosso País algumas dezenas dos principais ope-radores do Brasil.Além de participarem na BTL, onde contac-taram com os agentes do turismo nacio-nal, foi-lhes proporcionado um programa de visitas a algumas regiões, com o apoio da hotelaria portuguesa, para divulgação da qualidade do produto turístico do País.A BTL realizou-se de 29 de fevereiro a 4 de março, na Feira internacional de Lisboa.

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_15

eventos_

HoMEnaGEM a ÁFrICaA TAP lançou na BTL a edição de março da sua revista de bordo – UP – que tem Angola como tema principal, desta-cando assim a rota afri-cana da companhia que regista o maior volume de tráfego.O crescimento da opera-ção entre Portugal e An-gola é claramente con-firmado pelo aumento de 162% do total de passa-geiros transportados em 2011.No próximo verão, a TAP passa a operar 71 voos semanais para África, o que constituirá um má-ximo absoluto, fruto do reforço de frequências oferecidas, designada-mente Accra (que au-menta de cinco para seis por semana), Maputo (de 2 para 4), Casablanca (de 10 para 14) e Argel (de 3 para 4). ¢

o PreSiDeNTe eXeCUTivo, ferNANDo PiNTo, ofereCe Ao eMBAiXADor De ANGoLA eM PorTUGAL, JoSÉ MArCoS BArriCA, UM eXeMPLAr DA reviSTA UP DeDiCADA Ao SeU PAÍS

o ADMiNiSTrADor LUiZ MÓr CoM DioNiSio BArUM, DireTor De veNDAS PArA ÁfriCA, e HeLDer vAZ, DireTor GerAL DA CPLP

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16_fevereiro 2012 jornalTaP 95

_eventos

AS NovAS CADeirAS De CLASSe eCoNÓMiCA DA

froTA A340

oS “MoDeLoS” Do CArTAZ: freDeriCo

rAMoS (TPS/LoGÍSTiCA) e PATrÍCiA SiLvA (TA/MArKeTiNG)

MUiToS PArTiCiPANTeS TeSTArAM oS SeUS CoNHeCiMeNToS SoBre oS DeSTiNoS TAP NUM DiverTiDo QUiZ

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_17

eventos_

SeSSÃo De Live CooKiNG DiriGiDA Por HUGo NASCiMeNTo (ASSiSTeNTe Do CHef vÍTor SoBrAL)

oS CLieNTeS PUDerAM eXPeriMeNTAr AS APLiCAÇÕeS

PArA SMArTPHoNeS

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18_fevereiro 2012 jornalTaP 95

P ode parecer insignificante, mas, só com a eliminação de desperdícios de gelo, leite e rodelas de limão, a

companhia poupa anualmente 120 mil eu-ros e reduz em 217 toneladas o peso trans-portado nos aviões.Se a esta medida adicionarmos o ajuste de cargas na frota de longo curso (águas, sumos, cervejas, revistas, refrigerantes e vinhos), a reformulação do serviço de ape-ritivos e de toalhetes na classe económica, o acerto de equipamentos (trolleys, con-tentores e gavetas) e da carga de copos e porcelana na classe executiva, chegamos atualmente a uma redução de custos im-pressionante.esta situa-se na ordem dos 613 mil euros por ano, correspondentes a uma economia de carga superior às 3.000 toneladas e a menos 5.000 toneladas de CO2 emitidas.

os custos do serviço a bordo vão ser reduzidos em 10 milhões de euros nos próximos dois anos. o projeto liderado pela Direção de Marketing representa uma poupança de 1,5 milhões de euros em combustível.

noVoS SUPorTES Do SErVIÇo a BorDo TornaM-SE MaIS lEVES, PErMITInDo PoUPar CoMBUSTÍVEl

Só com a eliminação de desperdícios de gelo, leite e rodelas de limão, a companhia poupa anualmente 120 mil euros e reduz em 217 toneladas o peso transportado nos aviões

Marketing otimizacustos no serviço a bordo

_fuel conservation

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_19

CADeirAS “PLUMA”

Mais leve, mais bonita, mais confortável, mais barata. Esta poderá vir a ser, num futuro muito próximo, a cadeira da classe económica de médio curso das companhias da Star Alliance. A aliança desafiou todos os seus membros a reunirem esforços para definir a estrutura de uma cadeira com aqueles requisitos. Atualmente, esta pesa 19 quilogramas. A meta é baixar o seu peso para os 9 quilogramas, um ganho superior a 50%. A TAP (Ma-rketing, Gestão de Frotas e M&E) integra o grupo que lidera o projeto. Brevemente, será concluída uma proposta de design, para apresentação aos fabricantes de cadeiras para aviões.

ElIMInar DESPErDÍCIoA Direção de Marketing iniciou em 2005 um vasto projeto de otimização dos custos relacionados com os produtos disponibi-lizados no serviço a bordo, visando dimi-nuir a carga dos aviões e, por consequên-cia, proporcionar uma maior poupança de combustível.em 2005, no ano de arranque do projeto fuel conservation, considerando apenas as medidas atrás referidas, a TAP conse-guiu poupar 190.000 euros em combus-tível de um total de 6,7 milhões de euros poupados nesse ano. No entanto, como sublinha Luís Monteiro, diretor de Marketing da TAP, “esta redução de cargas significa eliminar desperdício, mantendo, ou mesmo aumentando, a qua-lidade do serviço prestado ao passageiro”.“Não é por reduzirmos custos que tira-mos qualidade ao serviço, que não é mi-nimamente afetado, por exemplo, pelo facto de utilizarmos talheres mais leves, diminuirmos o tamanho da bandeja ou servirmos certos itens a pedido e não em todas as bandejas”, diz.

oTIMIZaÇÃo oU lIXo?Mas o que queremos dizer quando fala-mos da necessidade de eliminar desper-dícios? Joel Fragata, gestor de produto da Classe económica de Médio Curso, concretiza.“O catering embarcado e que tem ori-gem animal, se não for consumido, não se pode reaproveitar. Após ser descar-regado do avião todo o lixo é separado e grande parte será incinerada devido às apertadas regras de controlo de higiene e de qualidade existentes.”Sabia que uma caixa de chá, depois de aberta a bordo, vai para o lixo, mesmo que se tenha consumido apenas uma sa-queta? e que os pacotes de açúcar, des-de que embarcados e não utilizados, têm o mesmo destino? estes são apenas dois exemplos de des-perdício, que levaram a companhia a oti-mizar os custos, na medida em que os produtos embarcados em excesso, até há cinco anos, assumiam proporções in-compatíveis com o atual cenário da avia-ção comercial.

fuel conservation_

“esta redução de cargas significa eliminar desperdício, mantendo, ou mesmo aumentando, a qualidade do serviço

prestado ao passageiro”

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20_fevereiro 2012 jornalTaP 95

EQUIPa Do InFlIGHT ProDUCT EnVolVIDa no ProjETo FUEl ConSErVaTIon. EM PÉ: ana SÁ CoSTa, lUÍS MonTEIro (DIr.MarKETInG), Carla PInTo E joEl FraGaTa. SEnTaDaS: alBErTIna MarTInS E ISaBEl alVES

FaZEr MaIS CoM MEnoSA TAP continua a manter o foco neste desígnio. A Direção de Marketing está, neste momento, a trabalhar com várias áreas da empresa para se garantir um melhor serviço ao passageiro, com me-nos custos. “O projeto completo, tal como o conce-bemos, incluindo a redefinição de um conceito de médio curso, ajustamentos no longo curso, otimização de cargas e negociação com fornecedores, envolve a redução de 10 milhões de euros nos próximos dois anos, representando a poupança de 1,5 milhões de euros em combustível”, explica isabel Alves, res-ponsável do Serviço a Bordo.

GErIr CoMPlEXIDaDENão é fácil ajustar as cargas às preferên-cias do passageiro e ao load factor. Po-rém, como diz Luís Monteiro, “isso con-segue-se pela maior capacidade em gerir complexidade para capturar poupança”.“Temos de dispor de key performance in-dicators para tudo, até para o número e o peso das azeitonas que temos por voo e o respetivo custo. Quem é capaz de medir, consegue gerir melhor.”O sucesso das medidas que têm sido in-troduzidas desde 2005 está muito anco-rado nas tripulações, que são a linha da frente da companhia, no seu trabalho e na compreensão das razões destas ini-ciativas”, conclui isabel Alves. ¢

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prémio_

A s novas bolsas de toilette ecológicas da TAP rece-beram um gold Award,

na categoria Best ethically/Sus-tainable Amenity Kit, da Travel Plus, prestigiada publicação on-line do reino Unido dedicada aos passageiros frequentes.A companhia procedeu à subs-tituição, neste artigo, de todos os materiais sintéticos por pro-dutos naturais, cuidadosamen-te selecionados. As bolsas e o seu conteúdo – meias, viseiras e protetores de ouvido – são agora fabricados com ingre-dientes 100% naturais e feitos de materiais reciclados.Os artigos de higiene pessoal e cosméticos são completamen-te livres de sulfatos, parabenos, ftalatos e corantes artificiais e sem testes em animais.Com o lançamento destas bol-sas de toilette, a TAP reforça as suas práticas de sustentabili-dade ambiental, área em que o

seu posicionamento é reconhe-cido a nível mundial.

rESPonSaBIlIDaDE aMBIEnTalHá um forte envolvimento e em-penho da companhia no domínio da responsabilidade ambiental. Além do seu programa de com-pensação de emissões, já distin-guido pela UNeSCO, destaca-se o projeto interno Agir eco, que mobiliza os trabalhadores para ações concretas de proteção do ambiente no dia a dia.A TAP tem ainda prestado significativos contributos para a preservação e reabilitação de espécies animais amea-çadas, de que são exemplos recentes o transporte de uma tartaruga-de-kemp para o seu habitat natural (Florida, eUA) ou as cinco águias-pesquei-ras que voaram num avião da companhia de Helsínquia para Lisboa. ¢

Gold Award para bolsas de toilette ecológicasPublicação online britânica distingue produto de bordo da TAP fabricado com ingredientes 100% naturais e materiais reciclados.

A TAP foi distinguida, em 2010, pela UNeSCo e international Union of Geological Sciences com o prémio Planeta Terra iYPe, na categoria Produto Sustentável Mais inovador, devido ao pioneirismo do seu Programa de Compensação de emissões

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22_fevereiro 2012 jornalTaP 95

o número de passageiros transpor-tados em todo o mundo em 2011 cresceu 5,9% em comparação

com o ano passado, mas o load factor (co-eficiente de ocupação dos voos) diminuiu ligeiramente, passando de 78,3% para 78,1%.estes números, divulgados pela Associa-ção internacional do Transporte Aéreo (iATA) no início de fevereiro, revelam que o mercado de passageiros teve um bom comportamento, considerando o fraco de-sempenho das economias ocidentais.

Já o mercado da carga registou uma con-tração de 0,7%, embora tenha registado um crescimento de 0,2% na procura em dezembro. O load factor também caiu, de 48,1% para 45,9%.“Mas 2011 foi um ano de contrastes” – su-blinha Tony Tyler, CeO da iATA. “O cresci-mento em passageiros, principalmente no primeiro semestre, foi ensombrado pelo de-clínio do mercado de carga. O otimismo na China contrastou com a tristeza na europa. ironicamente, a fragilidade do euro supor-tou a procura do tráfego de negócios.” ¢

_internacional

Tráfego mundial de

passageiros cresceu 5,9%

em 2011a TaP CrESCEU aCIMa Do ConjUnTo Da aVIaÇÃo EM 2011, TEnDo TranSPorTaDo MaIS 7,3% DE PaSSaGEIroS

Novo PreSiDeNTe DA AeA

A Associação de Companhias Aéreas Europeias (AEA) nomeou Bernard Gustin (co-CEO da Brussels Airlines) como presidente para o ano de 2012, sucedendo a Steve Ridgway (CEO da Virgin Atlantic). “A Europa vai enfrentar um 2012 muito turbulento, sendo mais crítico do que nunca assegurar que a indústria da aviação europeia seja competitiva e próspera. O nosso foco para os próximos 12 meses estará na remoção da ineficiência do sistema e na diminuição dos custos externos”, disse Bernard Gustin.Este responsável exige ainda que os Estados cumpram com urgência as suas promessas de implementação do Céu Único Europeu.

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_23

INTERNET DISPARAA TAP atingiu em 25 de janei-ro um total de 3.244 reservas online para os seus voos, ultra-passando amplamente os três milhares de bilhetes vendidos num único dia, através do por-tal www.flytap.com. Desde que foi lançado, em 26 de abril de 2011, até ao final desse ano, o portal recebeu quase 6 milhões de visitantes (média diária supe-rior a 53 mil), que geraram 23,7 milhões de page views (99 mil diárias).

“CARIOCAS” AMAM LISBOAMais de 250 mil “cariocas” via-jaram para Lisboa nos últimos dois anos, segundo a revista brasileira “Veja”. A capital por-tuguesa (255 mil) é, assim, o quarto destino dos residentes no Rio de Janeiro, atrás de Pa-ris (503 mil), Buenos Aires (433 mil) e Miami (301 mil) e à frente de Nova Iorque (150 mil).

MAIS DE 50.000 PARA MIAMIA TAP ultrapassou, em meados de fevereiro, os 50 mil passa-geiros transportados na linha de Miami. Para o seu sucesso está a ser determinante a procura nos EUA, acima das expectativas, já que o tráfego gerado em Miami supera o originário da Europa, chegando a atingir os 80% do total nos meses de maior procu-ra (junho a agosto).

br

ev

es

Mais 11,8% de passageiros

A TAP transportou 1.391.090 passageiros nos dois primeiros meses de 2012, registando um crescimento de 11,8% (+ 146.781) face

ao período homólogo do ano passado.O tráfego gerado em fevereiro deu uma forte con-tribuição para o aumento. De acordo com os dados preliminares, a companhia transportou neste mês cerca de 687.000 passageiros, o que traduz um cres-cimento da ordem dos 23,3%, em comparação com o mesmo mês de 2011. Os novos destinos criados em meados de 2011 e a antecipação do Carnaval face ao ano anterior contri-buíram para este bom desempenho. ¢

apontamentos_TAP Cargo no SiSAB

A TAP Cargo participou na 17ª edição do Salão internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), realizada em Lisboa, no final de Fe-

vereiro, que contou com a presença de 1.200 impor-tadores internacionais de 85 países.O SiSAB é uma verdadeira montra para os produtos nacionais, como sublinha Carlos Morais, director do evento: “É hoje a maior feira do mundo de empre-sas, marcas e produtos de um só país, neste caso de produtos portugueses. É uma feira só para profissio-nais, só para exportação, exclusivamente de marcas e produtos portugueses”. ¢

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24_fevereiro 2012 jornalTaP 95

oeM ou PMA: originais ou genéricos?

Q uando vai ao médico, este pode prescrever-lhe um medicamento de marca ou um genérico. Por-

quê? Porque ambos têm a mesma subs-tância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação. Mas você ainda tem muitas dú-vidas sobre os genéricos e, por isso, na farmácia opta pelo medicamento original. Se este é o seu caso, não está sozinho. Faz parte dos 40% dos portugue-ses que nem querem ouvir falar de genéricos, segundo uma recente sondagem da Marktest.Se lhe dissermos que um genérico tem a mesma qualidade, eficácia e se-gurança e é mais barato,

muda de ideias? Talvez não. É que os fabri-cantes de marcas construíram um mito: os genéricos têm qualidade inferior.Na indústria da aviação acontece o mesmo. Os fabricantes das peças originais (OeM) começaram, há uns anos, a sofrer a con-

corrência de fabricantes alternativos (Parts Manu-facturer Approval – PMA), que colocam no mercado peças equivalentes às ori-ginais, autorizadas, re-conhecidas e aprovadas pelos mesmos regulado-res aeronáuticos, a preço mais baixo.

o MITo Da QUalIDaDE InFErIorObviamente, tal como nos medicamentos genéricos,

“A principal razão para o uso de PMA na minha

área tem a ver com o preço, bastante inferior ao praticado pelos fabricantes

originais, gerando por isso poupanças muito

significativas no processo de reparação”

EDUarDo nEVES, DIrETor ManUTEnÇÃo

DE CoMPonEnTES

os fabricantes de peças originais não estão sozinhos no mercado. os Parts Manufacturer Approval (PMA) apresentam-se como um mercado interessante para as organizações de manutenção. A mesma qualidade a preço inferior. A TAP M&e já os utiliza, reconhecendo as suas vantagens.

DIaS loPES (DIr. loGÍSTICa), jorGE lEITE (DIr. QUalIDaDE), EDUarDo SEBaSTIÃo (loGÍSTICa), PEDro DInIZ (loGÍSTICa), MIKE MonTGoMErY E PaTrICK MarKHaM (HEICo), anDY SHIElDS (WEnCor), roD SanDS E ManoDj SoEDHWa (jET ParTS) E roBErT BoSaK (WEnCor)

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_25

manutenção e engenharia_

os OeM não estão nada interessados na ex-pansão das PMA, que lhes mordem o mer-cado. e não tardou a surgir o mito, em tudo semelhante ao dos medicamentos genéri-cos: as peças alternativas têm uma quali-dade inferior à das originais. Para desfazer este mito, a TAP M&e promo-veu, em fevereiro, um workshop que preten-deu dar a conhecer a vários elementos da empresa os processos de desenvolvimento, fabricação e aprovação das PMA e possibi-litar o esclarecimento de dúvidas junto dos fabricantes. Permitiu ainda divulgar à organização os contratos em vigor, fazer o ponto de situ-ação da utilização de PMA na TAP M&e e transmitir informações sobre os processos internos em curso para a sua promoção e aprovação.“A TAP utiliza peças alternativas na Manu-tenção de Aviões, de Motores e de Compo-nentes, mas ainda sem grande expressão. Atualmente, apenas usa pouco mais de 400 peças (part numbers) PMA”, revela eduardo Sebastião, responsável pela Área de Nego-ciação da Direção de Logística da TAP M&e.

GranDE PoTEnCIal DE PoUPanÇaNo terceiro trimestre de 2011, a empre-sa assinou contratos com três fabricantes alternativos – Heico, Wencor group e Jet Parts engineering – envolvendo 1.064 peças diferentes, com condições muito favoráveis para a empresa, visando impulsionar a uti-lização de PMA na TAP.O potencial de poupança é enorme. Consi-derando o tipo de peças atualmente con-tratadas com estes três fabricantes (1.064), a TAP pagou em 2010 quase 8 milhões de dólares. Se tivessem sido compradas exclu-sivamente as correspondentes PMA, este valor baixaria para 4,3 milhões (-46%). “A TAP tem estado muito atenta aos PMA. encaramos estes materiais como uma boa

forma de reduzir os custos. Mas não há uma política global definida. A decisão é tomada caso a caso pelas pessoas que têm a res-ponsabilidade de determinar, reconhecer e aprovar o uso das peças na empresa”, afir-ma eduardo Sebastião. ¢

“A grande vantagem da utilização de PMA reside no preço, que na esmagadora maioria das situações é significativamente inferior, quando comparado com o equivalente oeM. o conceito de PMA não é suposto trazer outras vantagens técnicas, dado que este deverá apresentar exatamente a mesma geometria e material base. No entanto, há um aspecto que poderá ser interessante, que é as garantias apresentadas pelos fabricantes PMA, frequentemente superiores às do próprio oeM.

anTÓnIo CalaDo FErrEIra, rESPonSÁVEl EnGEnHarIa DE rEaTor, ManUTEnÇÃo DE MoTorES

O workshop contou com a presença de três dos principais fabricantes de PMA e mais de 90 elementos da TAP M&E pertencentes às mais variadas áreas, nomeadamente: Direção Geral, Logís-tica, Manutenções de Aviões, Motores e Componentes, Engenharia de Frota, Qualidade, Transformação Organiza-cional e Marketing e Vendas. Das áreas operacionais participaram fundamental-mente elementos das Engenharias, mas também, das respetivas áreas de Produ-ção e Logística.

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26_fevereiro 2012 jornalTaP 95

_manutenção e engenharia

o Safety office da M&ejá está operacional

Uma das funções diárias deste gabinete é receber e tratar os reportes voluntários de Safety e de factores Humanos na TAP M&e.

A pós a fase inicial de definição de funções e experimen-tação de procedimen-

tos, o Safety Office (SO) da TAP M&e já está operacional, estando a funcionar na sua área da Qualidade. Prevê-se para breve a abertura de um espaço de trabalho próprio, dedicado também ao atendi-mento dos trabalhadores, que irá estar localizado no 3º andar do Anexo F ao Hangar 6 (local a divulgar oportunamente). O Safety Office pode desde já ser contacta-do em [email protected] das funções diárias do SO é receber e tratar os reportes vo-luntários de Safety e de Factores Humanos na TAP M&e. Desta forma, anali-sa e classifica o conteúdo de cada reporte quanto ao risco associado aos peri-gos identificados para a operação, na perspectiva da fragilização da Segu-rança Operacional.Sempre que um reporte conduz a uma avaliação de risco médio ou eleva-do, é aberta uma inves-tigação de ocorrência, conduzida por dois inves-tigadores, selecionados

pelo SO e pertencentes à Maintenance investigators Pool (MiP). O obje-

tivo dos investigadores é pro-duzir um relatório de inves-tigação de Ocorrências (riO), no qual é evidenciado todo o processo investigado, in-cluindo as conclusões e as recomendações futuras, de forma a garantir a não repli-

cação da ocorrência reportada.No processo de investigação, os

investigadores, por norma, deslocam-se às áreas onde ocorreu o facto reportado. A aceitação e a colaboração de todos os envolvidos têm sido até agora exemplares, ajudando com depoimentos com substân-

cia e facilitando a tão im-portante documentação de suporte às investiga-ções. O SO entende que a Cultu-ra da Segurança é ineren-te à atividade profissional de todos os trabalhado-res da TAP M&e, assim se explicando o excelente envolvimento que se tem observado, quer daqueles que investigam quer dos que são investigados.

EVEnT rEVIEW GroUPApós a conclusão de um riO, é convocado o event

Sempre que um reporte conduz a uma avaliação

de risco médio ou elevado, é aberta uma investiga-ção de ocorrência, com vista à produção de um

relatório de investigação de ocorrências (rio), no

qual é evidenciado todo o processo investigado, in-

cluindo as conclusões e as recomendações futuras,

de forma a garantir a não replicação da ocorrência

reportada

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_27

manutenção e engenharia_

review group (ERG) que tem como fina-lidade apresentar e discutir o relatório na presença de todos os intervenientes. A reunião é presidida por um membro da Direção da TAP M&e, dando desta forma a relevância necessária aos assuntos rela-cionados com a Safety. A Cultura da Segurança tem sido bem evidenciada em cada erg realizado até à data, pois os problemas são apresentados e discutidos com o objectivo de encontrar soluções e não com o intuito de encontrar culpados das situações ocorridas.O SO está ciente do longo caminho que ainda falta percorrer e das dificuldades inerentes à implementação na totalidade

a TaP M&E rEalIZoU a SESSÃo nº 100 Do CUrSo aGIr CoM SEGUranÇa (FoTo Da TUrMa)

do Safety Management System (SMS). Apesar de termos ainda um pequeno his-torial de investigações, a forma como es-tas foram conduzidas e apresentadas deixa antever o sucesso do SMS. As próximas fa-ses do projeto serão ainda mais exigentes, necessitando assim do envolvimento de todos os trabalhadores da TAP M&e para atingirmos os objetivos definidos.O encorajamento de uma Cultura da Segu-rança saudável na TAP M&e envolve natu-ralmente todos os trabalhadores, naqui-lo que é a prioridade número um de uma companhia de transporte aéreo: a Segu-rança Operacional. ¢

Apesar de termos ainda um pequeno historial de investigações, a forma como estas foram conduzidas e apresentadas deixa antever o sucesso do SMS. As próximas fases do projeto serão ainda mais exigentes, necessitando do envolvimento de todos os trabalhadores para atingirmos os objetivos definidos

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28_fevereiro 2012 jornalTaP 95

_manutenção e engenharia

Anúncio premiado pela Air Transport World

o anúncio “Landing gear” da TAP M&e foi premiado pela revista de aviação Air Transport World (ATW)

na 38ª edição dos Airline industry Achieve-ment Awards (AdAwards).

Desenvolvido para o mercado internacio-nal, este anúncio recebeu o silver award, na categoria Airline Contract Maintenance, numa cerimónia realizada em Singapura em 13 de fevereiro.O “Landing gear” promove o serviço de manutenção de trens de aterragem e inte-gra uma campanha de publicidade da TAP M&e, em conjunto com outras duas peças criativas, transmitindo aspetos como a ca-pacidade técnica, a cobertura geográfica e a oferta de serviços da empresa.É a quarta vez que a ATW distingue a TAP M&e. em 1978, a empresa recebeu o Tech-nical Management Award. No ano seguin-te, arrecadou o seu primeiro Advertising Award (um gold na categoria Maintenance/Overhaul), tendo repetido o feito em 1980 com um Silver na mesma categoria. ¢

GEorGES FranCE, DIrETor Da aTW Para o MErCaDo EUroPEU, EnTrEGa o TroFÉU a

PEDro DIaS, GESTor DE MarCa Da TaP M&E

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jornalTAP 95 fevereiro 2012_29

A Lojas Francas de Portugal (LFP) alargou a sua atividade a um novo segmento, o dos espaços mono-

marca. As primeiras quatro lojas abriram já este ano no aeroporto de Lisboa: er-menegildo Zegna, Salvatore Ferragamo, Montblanc e ralph Lauren. este negócio deverá render à empresa cerca de três milhões de euros em 2012. A LFP tem ainda feito investimentos signifi-cativos na remodela-ção das lojas, recor-rendo exclusivamente a capitais próprios,

vinhos, tabaco e artigos gourmet “alimentam” cada vez mais os produtores nacionais.

A LfP compra anualmente 50 milhões de euros a 227

fornecedores portugueses.

tornando-as mais agradáveis e modernas, a par do aumento da oferta e da melhoria das promoções.Segundo Nuno Amaral, administrador de-legado da empresa, estas são “algumas armas” com que a LFP conta para atingir o objetivo, que reconhece “ambicioso”, de estabelecer “um novo recorde de vendas”

em 2012: 160 milhões de euros.Mas a LFP espera – como tem sucedi-do – uma importante contribuição da TAP, sobretudo em Lisboa. “Temos a sorte de a

LPf abre primeiras lojas monomarca

aS lojaS DUTY FrEE SÃo rESPonSÁVEIS Por 90% DaS VEnDaS Da lFP

ermenegildo Zegna, Salvatore ferragamo, Montblanc e ralph Lauren. estas são as marcas internacionais que já têm loja própria no aeroporto de Lisboa, numa parceria com a LfP. esta empresa do Grupo TAP espe-ra, em 2012, aumentar o volume de negócios em quase 12% e compra anual mente 50 milhões de euros a produtores nacionais.

lojas francas de portugal_

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MELHOR EMPRESA

A LFP ganhou, pela segunda vez consecutiva, o prémio de Melhor Empresa do Comércio a Retalho atri-buído anualmente pela revista Exa-me. O galardão, que foi entregue no início deste ano, refere-se a 2010 e decorre da análise dos indicadores e rácios económico-financeiros das empresas.

nUno aMaral, lICEnCIaDo EM GESTÃo, 40 anoS, ESTÁ HÁ CInCo na lFP

TAP continuar a expandir a sua rede e a aumentar o número de passageiros trans-portados, em especial no longo curso. São destinos com economias mais robustas, onde há algum poder de compra.”Com efeito, a atividade da empresa está muito ligada ao desempenho das compa-nhias aéreas. “Por muitos bons produtos, preços e campanhas que tenhamos, esta-mos sempre limitados ao tráfego gerado nos aeroportos”, afirma Nuno Amaral.

CrESCIMEnTo DE 6,5% EM 2011“O ano não começou bem, mas trata-se de uma atividade sazonal, tal como acontece

com as companhias aéreas. Só a partir de maio podemos fazer uma avaliação mais rigorosa da evolução das vendas” – diz.Se o objetivo para este ano for cumprido, a LFP aumentará o seu volume de negócios em quase 12%, ficando bem acima dos 143 milhões de euros de 2011, os quais já tinham representado um crescimento de 6,5% face a 2010. em 2011, a empresa alcançou um resulta-do líquido de 8,5 milhões de euros (+15,3% do que no ano anterior). O eBiTDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 15%. “Portanto, aumentámos a produtividade e a rentabilidade do negócio e, além disso, criámos algum emprego. O número mé-dio de trabalhadores, que tinha sido de 349 em 2010, cresceu para 374 em 2011”, salienta Nuno Amaral. As lojas da LFP tiveram 2,6 milhões de clientes no ano passado (+ 100 mil face a 2010), enquanto o número de pessoas que fizeram compras a bordo somou 210 mil (+ 10 mil).

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ProDUTorES naCIonaIS GanHaM 50 MIlHÕES Por anoCom a abertura das quatro lojas mono-marca, a empresa passou a dispor de 29 lojas em sete aeroportos: Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Açores (São Miguel, Horta e Santa Maria).O principal negócio da LFP é o duty free clássico, que representa 90% da fatura-ção, completada pelas vendas a bordo e nas lojas de artigos de luxo multimarca. O que é que os clientes mais compram nas lojas duty free da empresa? No topo está a perfumaria e cosmética (33% das vendas), seguida do tabaco (30%), das be-bidas alcoólicas (12%) e da alimentação.Neste último setor, predominam os cho-colates, mas os produtos gourmet tam-bém já são muito procurados e aqui in-clui-se, entre outros, azeites, enchidos, queijos e doçaria.Assim como os vinhos e o tabaco, os arti-gos gourmet “alimentam” cada vez mais os produtores nacionais. A LFP compra

noVaS lojaS MonoMarCa DEVEM FaCTUrar 3 MIlHÕES DE EUroS EM 2012

“Temos a sorte de a TAP continuar a expandir a sua

rede e a aumentar o número de passageiros transportados, em

especial no longo curso. São destinos com economias mais

robustas, onde há algum poder de compra”

anualmente 50 milhões de euros a 227 fornecedores portugueses.Criada em 1995, a LFP resulta de uma joint venture entre a TAP (51%) e o Nuance group, líder mundial no retalho aeropor-tuário (49%). ¢

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32_fevereiro 2012 jornalTaP 95

José Amaral: em busca dos big five

J osé Amaral já está acomodado na sua tenda, depois de um dia bem passado no Serengeti. Toma notas

para escrever o nono capítulo de “em Bus-ca dos Big Five”. Subitamente, o silêncio da noite é cortado por um estranho ruído. Apura o ouvido. Será o primo, na tenda ao lado, a ressonar? – cogita. Mais um resso-no, e outro. Curioso, abre muito devagar uma das janelitas da tenda. Afinal, era o rugido de um leão, sentado ali mesmo à sua frente… Arrepiava!embora com outras palavras, este é um dos episódios contados por José Amaral no livro “em Busca dos Big Five”, escrito em parceria com o seu primo, José Sanchez de Brito, sobre a mais recente viagem a África com as mulheres. Um périplo de 18 dias em jipe pelo Quénia e pela Tanzânia.– O livro tem um processo de escrita par-ticular e inspirámo-nos em ‘O Mistério da

_o outro lado de…

ele trabalha na TAP M&e. e viajar está-lhe no sangue. Assim como escrever sobre as suas experiências noutras latitudes. “em Busca dos Big five” é um diário da viagem ao Quénia e Tanzânia. e algo mais…

estrada de Sintra’, de eça e ramalho. Al-ternámo-nos na escrita de cada capítulo, num desenvolvimento da ação inesperado para cada um dos narradores, tendo ape-nas uma linha fixa no controlo da ficção: a viagem que fizemos – revela José Amaral.Trata-se, assim, de um misto de diário de viagem e ficção. – resultou numa interpenetração tão com-pleta da realidade e da ficção, que até os próprios autores quase perdem a noção de onde começa uma e acaba outra – diz.

olHa alI UM lEoParDoNesta obra, os dois casais encarnam per-sonagens a que deram nomes de acordo com as suas preferências muito pessoais. eLLie, “que adora elefantes e lhes acha uma graça peculiar”. DOggY, “por sem-pre ter acalentado o sonho de um dia to-par com uma matilha dos raros e esquivos

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cães selvagens”. DiK-DiK, “pela atração especial por es-tes antílopes de aspeto frágil”. e LeO, “de leopardo, o único dos big five que nunca tinham encontrado ao vivo e que exer-cia sobre ele um extraordinário fascínio”.Daí o título do livro. – Os big five são considerados os cinco mamíferos africanos mais difíceis de caçar pelo Homem. Quatro já tínhamos visto noutra viagem, em 2008 (leão, elefante, búfalo e rinoceronte). Falta-va o leopardo e essa era a nossa obsessão” – esclarece José Amaral.De facto, quem já viajou por África sabe que o leopardo é difícil de topar. – Só o conseguimos encontrar com a ajuda do guia, que recebeu uma dica de localiza-ção via rádio.

a rEDESCoBErTa DE ÁFrICaO autor tem 62 anos e trabalha há 33 na TAP, atualmente no Planeamento da Ma-nutenção de Motores da M&e. É um aman-te de viagens. Já correu meio mundo, des-de miúdo. O pai viajava muito por razões profissionais e levava-o com ele para todo o lado.Mas só descobriu África em 2008. Para sermos rigorosos, redescobriu-a, porque já lá tinha estado no início da década de 1970, por motivos menos pacíficos...– A minha mulher tinha receio daquelas paragens, mas consegui convencê-la – co-menta, sorrindo.Porquê este apelo de África?– Dizem que se gosta muito dela, ou se odeia. Mas quem é picado pelo bichinho africano nunca mais esquece. É aquela atração pela imensidão do espaço, a paz, a natureza selvagem, as pessoas… tudo mui-to diferente da realidade e do conforto da

europa.A José Amaral, e aos seus três companheiros nestas an-danças, falta uma experiência africana: o deserto. “Talvez a Namíbia. Talvez este ano. Se a Troika nos deixar…” “em Busca dos Big Five” ain-da não está publicado. Nós já tivemos o privilégio de o ler. e as muitas horas que levámos

a percorrer as quase 500 páginas não fo-ram perdidas. excelentes dicas para viajar na chamada “África Negra”. Fotos espeta-culares. e como lidar com terríveis bandi-dos internacionais. O quê?! Tranquilos. Já tínhamos avisado que havia alguma ficção na coisa… ¢

CoNSeLHoS De JoSÉ AMArAL PArA viAJAr eM ÁfriCA

A preparação da viagem é fundamental. Permite-nos recolher informação impor-tante e diversificada sobre o destino e antecipar qualquer eventual necessida-de de mudança de planos. A escolha do percurso é a fase mais engraçada. Marcar hotéis pela internet, como se faz para viajar na Europa, é de evitar para prevenir surpresas desagradáveis.Doenças como a febre amarela ou a ma-lária são perfeitamente evitáveis. Deve-mos tomar as vacinas com a antecedên-cia devida e, já no destino, seguirmos os conselhos para prevenção de doenças dos viajantes.Uma boa agência de viagens pode ser uma preciosa ajuda, porque conhece bem a realidade local. E também é reco-mendável contratar um guia experiente, pois nunca sabemos o que está na pró-xima curva da estrada e, além disso, ele pode levar-nos a sítios que não estão nos roteiros.

o outro lado de..._

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34_fevereiro 2012 jornalTaP 95

_tome nota

Foi na Amadora que, há cem anos, a

aeronáutica nacional deu os primeiros

passos. este foi o mote para a

organização da exposição “Voar como

um pássaro”, patente na Casa roque

gameiro (Venteira, Amadora), de 1 a 24

de março. Trata-se de uma iniciativa

da escola intercultural daquela cidade,

que culmina uma série de trabalhos,

ateliers, aulas temáticas e visitas de

estudo dos seus alunos. O museu

da TAP cedeu alguns materiais,

nomeadamente loiças utilizadas nos

voos papais e do serviço normal a bordo,

maquetas de aviões, material de oferta

aos passageiros e uniformes. ¢

voar como

um pássaro

Novas instalações em Paris

a EQUIPa Da rEPrESEnTaÇÃo DE ParIS CoM o PrESIDEnTE EXECUTIVo, FErnanDo PInTo, E o aDMInISTraDor ManoEl TorrES

A representação da TAP em Paris mudou de instalações. É um espaço com 350 m2 situado perto da Opera,

no centro da cidade, a partir do qual as equi-pas de Direção, Marketing, Vendas e Admi-nistrativas da representação coordenam as atividades de B2B (Business to Business) e B2C (Business to Consumer) nos mercados de França e Polónia e, a partir de 1 março, nos da Bélgica e Luxemburgo.Segundo ricardo Lo Presti, o representante em Paris, “a mudança fez parte de um projeto de redução de custos e representa uma poupança anual de 110 mil euros.” ¢