Redondo—Areda, ElIaJS—Sé:ú Padre) Sivériano, nâò si bote á...

16
Redondo—Areda, Padre) ElIaJS—Sé:ú Sivériano, nâò si bote á perde, ;' si lembre qui temmuié e flua!.

Transcript of Redondo—Areda, ElIaJS—Sé:ú Padre) Sivériano, nâò si bote á...

Redondo—Areda, Padre) ElIaJS—Sé:ú Sivériano, nâò si bote á perde, ;' si lembre qui temmuié e flua!.

ARARA

(A tf) ei

\ Ei

o n /=v P^> i»j-rc>

POOCK SAO OS MELHORES

3 (D tf)

■s o (0 » d)

OS APAMADOS ^

VINHOS DE MESA | ^

! jfíôgga particular! I são os mais recommendaveis pela sua superior qualidí.de, |

J pureza iuoonlestavel o baixa graduação alcoólica. L ^ Telenhone n. 82fl Telephone n. 829

Rua Benjamim Constant n. 18-^ |

PSRA

^IMPRESSOS

Usem o

Vendem-se lambem na

CASA ALEXANDRE \ I Rua do Commercio, 5-B —S. PAULO L

►♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦•♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦»♦♦♦♦ LENHA A 5$000

NÃO SE ENGANE QUANDO FIZER O PEDIDO alameda do 7riumpho n. 140

TELEPHONE jj. 1340

Voltando a tratar deste negocio, o tendo grande deposito de lenha de superior qualidade, com 30 centímetros de com- primento, garanto aos meus bons amigos o freguezes, CAR- ROÇAS CERTAS de meio metro cubico a 5S000.

Entrega com promptidão a domicilio, não tendo compe- tidor na qualidade e no corregamento. VERIFIQUEM A CARGA NAS CARROÇAS

E SE COWEXCERÃO DA VERDADE

ENCONTRA-SE TAMBBM NRSPB DEPOSITO LENHA DE J.a ÇUALIDADB, BRUTA E EM'FEIXES

AS CARROÇAS TRAZEM O LETREIRO

EMPREZA PEDROZO Alameda do TiMiimpho, 40

MANOEL PEDROZO

CALÇADO ROCHA { 0 melhor do Brasil 4*

p? I*

PAPELARIA

PAUTAÇÃO

TYROGRAPHIA ENCADERNAÇÃO

DOURAÇÃO l

♦♦♦♦♦*»»♦>»►>»>»»»*>»»>»»►»►»»»»»♦*>♦♦♦♦<►

Fabriea de livros em branco e de carimbos de borracba

CLICHÊS EM ZISCOGRAPHIA, AUTOTYriA, STBRBOTYPIA, GALVANOPLASTIA— ARTIGOS PARA

ESCRIPTORIO, DESENHO, PINTURA B PHANTASIA

Carteiras e cadernos escolares

DUPRAT (TC Importação directa de todos os

artigos concernentes ao nosso ramo de commercio Officinas e deposito:

Rua 25 de Março, 40 Papelaria :

Rua Direita, 14 TELEPHONE, 78—S, PAULO-CAIXA. POSTAL, 52

Endereço telephraphico: Industrial

SC***

iin n—oun ««t*

iQ ummm VIHHQ FEBRIÍUGO

rrabarraque ST ^ T0MC0 * DIGESTIVO

A.FFKOV-A.I30 3P3ei.A. A.C l^^IDEíVIXA. DS Iwí EOICrN-A. DE FARie

O VINHO DE 0Ü1MIUM de ALFRED LA-BAfiRAQUE, eminenlemeiite tônico e febrifuRO, deve ser preferido a todas as outras preparações de uuina. — O VINHO DE QUINIUM de LABARRAQüE preparado com o QUINIUM (extraclo de verdadeira quina), coustilue um inedicameiuo de compo-

fattgados por um rapwo eremmentt,, ás meninas que têm diffictUuade em se formar e desenvolver ■ ás mul- heres depois dos partos; aos velAos enfraquecidos pela edade ou doença. No caso de CHLOROSE, ÀNEMU GòKES PALLIDAS, este vinho é um poderoso auxiliar dos ferruginosos. Tornado juatamente por exem- plo. co.>- ^.s verdadeiras PILULAri de VALLET. oroduz effeitos maravilhosos, pela sua rápida accão

IP^ÔJEIIZ, Ití, ru.a. Jâ.cot) Ca»a I_. .^'Jrt KiVJHÜS r/ E NA. M\IOR PA.RTE DAS PHARMACIAS DE TODOS OS PAIZF.S

A. CHâ.»IZ'XCNY e C*, Succ"' lllllil

ARAISA

PREVIDENTE Companhia de seguros contra fogo

FUNDADA EM 1872 Capital 2.500:0008000 Capital realisado 1.000:000$000 Reservas, fundos e lucros . . . 617:514$920 Deposito no Thesouro Federal, . 200:000$000

Acceita seguros sobre prédios, mercadorias, inachi- uas, etc, a taxas módicas.

AGENTES

J. M. de Carvalho & Comp. RUA DO POSARIO, 7 (SOBRADO)

MOTV, — Nenhuma outrí Companhia Nacional aqui trabalha com t'o comp etas garantias; e a /ompanhia PREVIDENTE a que tem realisa- do maior capital e reservas.

■ NÃO TEM-SWJ-STnOS POR L1Q ÜID AR

VERDADEIROS GfòOS OE SAÚDE oo D: FRANCK Approvadotela InspecloriaGtraldeHyglenedoRii>-de->J»nelro.

Í/^Ê^Ê^*. Contra FLlr* <" fPETTE - PRISÃO d, VEHTRE OBSTRICÇÃO — ENXAQUECA - CONGESTÕES.

i, Moieiias IHFECTUOSAS Curadas ou Prevenidas. »\ and««CTr /• Kxijamaelquetajuau em 4 cores no en«olacio de papel

e u* tempale metal dos frascos de vidro contendoot^riof. e5»>aJs^b^EKOT.91 .Bued^« Petits-ChampsiTona» tsntiliM.

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦■»♦♦♦♦♦♦♦»».».» <»««>♦««.

A PíEtolüim Especialidade em pedras preciosas

Reiogios 3 objectos de arte Em ouro, prata e metaes finos

.ÍARIADQ.SflRTlENTO . DE

^ BKNGALAS E GUARDACHUVAS

y:*^ BIJOUTERÍA

'ii ô V.X PARA PRÈ PRÓPRIOS

RESEIÍtES

CA\ VST AI S \ <•> V v ^1 ^

EM TODOS OS ESTVLOS XV\ A Vv

Vendas por atacado

ea varejo ^

PRATARIA E

FAIANÇAS

\

Moilícidaile ile preços ttCmk tela a ^

^t ^ ^

dite do Couvre

<

iEMEIHOJOSEBOIIFACIOl jNeves Botelho & Comp,

FLORENCIO DE ABREU, 23 TELEPHONE, 376

♦ S. PAULO*

♦ I ♦

♦ 5 á IMPORTAÇÃO DE FARINHA, ARROZ, ASSUCAR, VINHOS, ETC. J REFINAÇÃO DE ASSUCAR, TORREFACÇÃO DE CAFÉ

ú MOAGEM DE CAFÉ, SAL E FUBÁ

TUDO MOVIDO A ELECTRICIDADE Especialidade em assucai* reflnado superior

e cj\íé moido especial

»

» ♦

i ♦BívTRECAS A D O M I C I L|I O ♦ É

iCloyõ americano

i

Companhia de Seguros ^W*

JYlaritimo e Terrestres

Capital: Rs. 2.000 contos

Deposito no Thesouro Federai, 200 contos de réis

I

AGENTES GERAES

Guerra & C> Rua 3osé Bonifácio. 41

CAIXA DO CORREIO, 618

S. PAULO =

♦■♦í ,S®£3|

Illl IEDICAIEÍTOS de Leitores "»«*» laiciitinji

LA MÉDEGIMEfNOUVEblíE KVZSí 16. — Organo semanal do sistimu oitati$ta. — Anão 16

PoblisMi dchakoda direcção dos fanltativos, M D11" PERADOR • SSSAS IMi ^ACUL-DADE DK líIÍÜICir* DK fAPlI»

Em um mez de tratamento externo, o vitalism* cura todas as doenças eroniCiS ; asma. elaxia, albuminuria artiilis, coigestotís, üispepsia, diahelea, do«cça* do eMomago, *lo figido, dos rins, do ulero, das vias urinâes, neuralgia, gtitríüs, hisf^rismo, neurastpma eneha'jneca, lisis, paralisia, reumaiismo. obesidade, ele.

TRATAMENTOS POR CORRESPONDÊNCIA Ofrece-se GRATUITAMENTE 9 FfíANCO vm folhei em língua pcrtupwM

illusirado com gravuras á IO.íHS a» pfs*ôHS que o prden í tiirecçao seguinte :

Mrfierinr IfoureH*** Iffr, »in« £*- r.-Í*bonn*fc, PARIS

■ .-»• i- ■ ■ '■ ., - .1 , ■ ■-;;,•:-^

ARAHA

4

CHE&OU GRANDE REMESSA DE CAUDA E ARMÁRIO, A' ;

J|" ♦r4> ^ Cliiafaralli S C@Mp. Únicos agentes em S. Paulo, Minas e Rio, dos pianos '?''■ !!> + Í!"

Mason & Hamlin— Rud, Ibach Sohn ff^

Deposito de pianos PLÇYÇL, harrnoniums grandes e pequenos, instrumentos,,, livrps de interesse mpsical e de scienci^s ipoder-., nas, musicas, jornaes illustradost cartões postaes, ■ ejtç. ' .";''';■;,;,: '-■■"•'

A CASA BEETHOVEN :receBé novida- des semanalmente. ' ■;-

Todos artigos de pfimeira ordem

20 - RUA Si iENTO - 20 X. li. — O professor Chíafarelli íoi quem primeiro iiíti^ódiiziu <»s itiànos È E fí H S T E I N

'.Í!A> >\^,.:>A

♦ LITHOGRAPHM. ♦ .HARTMANN & REICMENBACM r, KUA LIBERO BÀDARO', 5 , !

'• / ' ,„ í i. . — , ' MUDA-SE EM BREVE PARA A

70, Rua üisconttó do ll»o Branco, 70

HARTíANN -.S,, PAU^Q: ENDEREÇO TELEGRAPHICQ^

Caixa <lo Correio n ^ PAULO

351

♦^^j^M^»»»^»»»^»^^^^^

♦i

1 I

Zltà*-

A VEL Centro de informaçpes e correspondências ♦♦♦♦♦ ++**4*4+++ Trabalhos á màchina de eiscréVer

jfitmibal jVlachado i C. -Rua da Boa Vista—5 = S. PAULO =- 1^

m Com o n

■ ■^—- ■ t í

EXTBAGTC3 V.fiG-ETAL e '••■i

ovo iapamsutjj A^oríeiçóadp "3TÍÍ.I.IFUU*';-.',-' ,v' >

íiisporfiiif ISSà^Jz o escôanientoclumnt.eo trài^pôrté 5 iqi,"(ie a falsilicaçao,- tornando impossi^f o çnbliiuiaíilo dí £-ascoa vazios.

PERFUME r VÍCIÍSO, DELICADO E PERSISTENTE / • , ,, -—-■— - ..-.■l'. :•,-■ ír:>

inta-Jtlssíencia superfi.n^—Sabonete ^gua-de Toilette extra-íina

Pq de Arroz invisível e impalpavel

Sortimentotidos Perfumes PRECIOSA PRECIOSA V101ETTE ÍREC10SA HEUCTROfE

TREClOSÍ MIMOSA,! PRECIOSA CEAÜ DmÉ PRECIOSA LILÁS \ PRECIOSA MDGOET PRECIOSA IR1S PRECIOSA VLANG-YLAM

II.PINIU 37, bd de Strasbourg

04

— Ó Rubiãosinho, não vá trocar as bolas: olhe que o candidato é o Bernardino 1 Você é tão esquecido .,.

— Esteja dascançido, já tomei nota de nome. AHHos/e 05

ARARA

ARARA Num. 12 SABBADO 29 DE ABRIL DE 1905

E X 1» E D I E X T E

PiMica-se aos saMos—ProprieiMe de PEREIRA & COMP. Assignaturas: Capital, anno. . . 10W00—Interior. . . 15%000

Numero avulso, 200 reis; numero atrazado, 500 reis.

HOillISTRAÇÍO: Rua tó Bonifácio, II — Caixa postal, 193

se sujeitam. E a esta luta, cujo resultado ninguém pôde prever,, assiste o povo de braços cruzados, um pouco aturdido talvez, mas prompto a dar palmas e vivas ao vencedor. E', todavia, em nome desse povo indifferente que são apresentadas as candida- turas. Não se sabe como e quando os generaes obtiveram pro- curação para o representar. E' curioso, mas é verdade. O caso até faz lembrar a velha anedocta de dois estudantes, um dos quaes desejava assistir a um baile para que não fora convida- do. O companheiro teve, porém, uma idéa original. Apresentam- se os dois no baile e procuram pelo dono da casa. Então, o companheiro apresenta o collega como um dos mais distinctos moços do seu tempo; enumera-lhe em longo panegyrico o talen- to, a intelligencia, o amor ao estudo; e ainda a estas horas es- taria a entoar louvores, se o dono da casa o não interrompesse:

—O seu amigo está perfeitamente apresentado; ao senhor, porém, quem o apresenta ?

—A mim, ninguém. Eu vou-me embora, não desejo assis- tir ao baile.

Ora, o mesmo se está dando com as actuaes candidaturas. Os srs. Pinheiro Machado, Francisco Glycerio e demais pró- ceres da política apresentam ao povo os seus candidatos, enaltecendo-lhes as virtudes, exaltando-lhes os méritos, gaban- do-lhes o tino administrativo e o escrupuloso zelo pelos públi- cos negócios. Se alguém se lembrar, entretanto, de perguntar a estes bravos e desinteressados generaes quem, por sua vez, os apresenta, elles responderão, como o estudante bohemio, que prescindem dessa formalidade, porque não pretendem a presidên- cia da Republica!

Vai accesa a guerra entre os generaes que dirigem a po- lítica do paiz. Correm os mais disparatados boatos, as mais desencontradas versões; tal qual como em tempo de guerra: mentira como terra.

De norte a sul agita-se a camarilha das vinte olygarchias; ferve a intriga alimentada pela ambição, e cada Estado, num arranque de egoismo, quer que o futuro presidente da Repu- blica seja um dos membros da família privilegiada que o go- verna. Ninguém mais se entende, ou para melhor nos expri- mirmos, ninguém procura fazer-se entender.

O bate-bocca assumiu já o tom das descomposturas das peixeiras e das vendedoras de hortaliça, nas feiras mal poli- ciadas. Trazem-se para a praça publica todas as misérias da vida intima, revolve-se toda a roupa suja dos candidatos, de cambulhada com os serviços prestados á causa do progresso da nação.

Os amigos de hontem dirigem-se hoje os impropérios mais indignos, attribuem-se as intenções mais deshonestas; pela atmosphera carregada de ódios passam pesadas nuvens de con- tractos escandalosos, negociatas felizes, panamás avilantes.

No Cattete, o sr. Rodrigues Alves e os seus ministros pro- curam acalmar a tempestade desencadeada, deitando na fervura a água benta da reeleição dos congressistas e as promessas se- ductoras de melhoramentos dos portos, da construcção de es- tradas de ferro, da reedificação de escolas e do mais que vem referido no Novo Methodo.

E apesar de todos os pesares, nenhum dos candidatos de- sanima, nenhum desiste, enojado de todos estes manejos incon- fessáveis. Todos querem a presidência, esse posto de amargu- ra, numa soffieguidão inaudita, numa anciã extrema de sacrifí- cio pela grandeza da pátria.

Cospem-lhes os baldões mais deprimentes? Também Christo soffreu affrontas sem par. Atiram-lhes pedras e lama? Também o Nazareno foi apedrejado pela turba ululante dos phariseus e dos perversos.

Os generaes exigem dos candidatos estas duras provas e elles, como é para bem do paiz, a tudo se resignam, a tudo

Por falta de verba, foram dispensadas nada menos de vinte professoras adjunctas das escolas publicas. Esperam-se outras dispensas, e mais dia menos dia, o governo fechará as esco- las porque não tem dinheiro para pagar aos professores.

Um pensador notável, cujo nome não nos occorre agora, mas decididamente não é nenhum dos illustres membros do governo do sr. Tibiriçá, escreveu que a funcção essencial dum Estado ideal seria a distribuição da justiça e da instrucção. De como o go- verno do Estado de S. Paulo comprehende essa funcção todos nós estamos scientes. Pelo que diz respeito á magistratura, quando os juizes se não prestam ás cabalas eleitoraes e ás' vinganças mesquinhas da política de campanário, são persegui- dos até que enojados lançam ás urtigas a toga, que para elles se converte numa. túnica de Nessus.

Relativamente á instrucção, fechám-se as escolas e dispen- sam-se os professores por falta de verba, que occorra aos ma- gros ordenados.

Mas, coincidência curiosa, as secções livres da imprensa diária abarrotam-se de publicações officiaes, que custam ao go- verno centenas de contos annuaes; as secretarias e repartições do governo andam pejadas de funccionarios, dos quaes metade se limitam á -curiosidade de vêr trabalhar a outra metade; as sessões do Congresso custam ao Estado uma somma calada, para sustentar o luxo de approvar tudo que o governo deseja que seja approvado.

Alem destas despezas supérfluas, que toda a gente vê e commenta, murmuram-se outras que não abonam a seriedade dos governantes. Diz-se á puridade, com o resguardo do segre- do de Polichinello, que dos cofres do governo têm sahido os saldos devedores de jantares e festas políticas, promovidas com a expontaneidade do estylo.

Pode ser que estes murmúrios sejam apenas echos de despeitados e invejosos. Mas nem por isso é menos verdade que se assoalham á surdina todas estas irregularidades.

Ha dinheiro pa;a pagar as publicações dos actos officiaes, dispondo aliás o governo dum Diário Official. Ora, só essa verba, fácil de computar, daria á vontade para pagar os profes- sores despedidos. Assim, porém, não o entendem os estadistas que cercam o sr. Tibiriçá. E fazem bem: já agora quanto peior, melhor. O que estranhamos é que o sr. Cardoso de Almeida, Secretario do Interior, não tenha previsto ha mais tempo que o Estado não comportava um professorado tão numeroso. E tal erro de previsão accarretou um outro já agora irremediável: o da compra de tantos e tantos milhares de livros para as esco- las primarias.

Diminuindo o numero de professores, diminue a freqüência escolar. E nesse caso os livros comprados não serão distribuí- dos pela razão, que o sr. De Ia Palisse não se esqueceu de dar ao sentir avisinhar-se a Morte: falta de alumnos que os leiam!

U J- -C'

ARARA

Do Araraqnara chegou a dias uma commissão de políticos que

conferenciou com o sr. Tibirá a respeito das irregularidades, que es-

tão seudo coinmettida? malistauiento eleitoral pelas autoridades

cVaquello encantador muuicio.

O sr. Tibiriçá ouviu a onga exposição dos queixosos; e á medida

que se ia desonrollando o etendal de maroteiras e vicios do alista-

mento, a tosta do sr. Tibiriçá começava a franzir-se. A principio, uma

ruga funda cavou-so-lho nos sobrolhos; depois outra ruga e outras ain-

da se foram desenhando, tortuosas e irregulares como linhas de ni-

vel numa carta de terreno aceidentado.

O orador, tomando aquella enrugação como prenuncio de tem-

pestade violenta do indignação, foi-se animando : a voz alteou-se, o

gesto tornou-se mais largo, o olhar torvo. Mas a oratória mais fluen-

te tem limites; o o orador por fim terminou a longa exposição das

maroteiras e dos vicios do juo já está eivado o recente alistamento

de Araraquara, a mansa e lonissima cidade dos lyncharaentos.

O sr. Tibiriçá pormaneeu calado alguns minutos. E durante esse

curto lapso de tempo desaniviou-se-lho a tosta.

Dos olhos pequeninos altou um relâmpago; a bocea entreabrm.

se e por ella sahiram esta?profundas palavras: Apresentem as suas

queixas á Cotnmissio Contai!

Os de Araraquara, qu até alli se conservavam em bicos de pés,

bustos inclinados para a 'ento, abrindo as boceas para beber as pa-

lavras do prjíidouto, ao orir aquella resposta quasi desmaiaram. As

pernas bamboaram, os IMçOS penderam desanimados o ognalmente

bambos, e as cabeças, oncaecidas nas mil batalhas eleitoraes, curva-

ram-se pensativas o triste.

—E se nós não quiennos ir á barra desse tribunal ? retorquiu

o orador araraquenso, um arranque do passageira e indomita altivez.

Então, o sr. Tibiriçá, lagnifico o soberbo no seus tacões á Luiz XV :

—Usem dos meios leaes.

E num gesto rapidaia mão direita, em cujo furabôlos brilhava

um cachucho do alto prço, despediu a commissão.

Os meios logaos tods nós, incluindo a commissão araraquenso,

sabemos quaos sejam : sã as sentenças sem appello nem aggravo da

Commissão Central. Mas, MTI todo o caso, é precioso, é adorável o eu-

phemismo do quo se servn o sr. Tibiriçá.

EUe poderia responde a esses ingênuos, que lhe estavam contan

do coisas velhas e sediça, quo se fossem embora e não o amollassem

com aquella lamuriante.enga-lenga.

O sr. Tibiriçá, pora, nào é um homem vulgar; é o estadista da

liberdade eleitoral e do 'gantesco plano da imiücação ferro-viaria do

Estado. Tudo quo ello pisa é phantastico; tudo que elle realiza é

estupendo; todas as palaras que profere são profundas como os ocea-

nos e transparentes com o azul puríssimo da immensidade do es-

paço.

E, vai d'ahi, mandovos araraquenses usarem os moios legaes, que

é assim como quoin diz qneixem-se ao bispo !

Oh doce, oh suavíssimo, oh penetrante Tibiriçá, a posteridade e

o reino dos Céus são teus!

♦ O delegado de policia de Rio Claro adoptou um novo castigo pa-

ra os infelizes que lhe cahem nas garras. Homem ou mulher que vá

parar ao xadrez já sabe o que o espera: corte de cabello á navalha.

Entenda-se bem : os tosquiados são unicamente os pobres diabos; pa-

ra os presos, que pertencem á Guarda Kacional ou são parentes do

directorio político, a digna autoridade desfaz-se era zurabaias o rapa-

pés e esconde ás pressas a navalha de barba.

O processo não é rigorosamente novidade : nihil novum sub sole.

Houve, em tempos idos, no Rio do Janeiro, um chefe de policia que

teve a mesma mania do seu collega de Rio Claro, e a historia regis-

tou-lhe o significativo epitheto : Raspa-Côcos.

Por essa época procurou-se explicar essa mania. Consultaram-se

os principaes alienistas, que nada puderam adiantar. Nós, porém, sa-

bedores do caso de Rio Claro, não cahimos na patetice de procurar o

sr. Franco da Rocha, o conhecido diroctor do hospício de Juquory.

Foraos logo a fonte limpa: falíamos ao notável médium Ca-

limerio Praxedes, que nos explicou satisfaetoriamente o caso.

Disse-nos Calimerio que, provavelmente, o delegado de policia do

Rio Claro, numa das incarnações passadas, foi barbeiro e atacador de

bichas. D'ahi essa impulsão inconsciente, quo o leva a não poder ver

umas melenas ou um par de trancas sem que lhe não acuda logo o

desejo de as atacar á navalha.

—Mas isso é sério, amigo Praxedos ?

—Tudo que de mais sério existe neste inundo de illusôes. Até

admira que V. não saiba estas coisas comesinhas. Temos aqui exem-

plos frizantisssimos.

—Sempre desejava...

—Olhe, o Rubiào foi enguia, na Arca de Noé; o Siqueira Cam-

pos foi bonzo na China, na 6.a dymnastia; o José Vicente foi sachris-

tão, em Roma, ao tempo do papa Clemente VIL Mas o mais curioso

é que V. não sabe porque o Cardoso teve sempre a mania de ser

ministro. Pois, é simples : o Cardoso foi no reinado D. João V mi-

nistro... da Ordem Terceira do Carmo; ora, abi está.

—E onde, Calimeriosinho da minh'alma?

—Em Cascos de Rolha'.

O alistamento eleitoral continua a ser feito com todos' os ví- cios e fraudes da praxe.

De diversas localidades tem-se erguido vozes lastimosas e tristes contra o que se está fazendo; mus que podem os míseros contra a omnipoiencia do governo ?

Se algum mais confiado e atrevido se lembra de fiar ás suas queixas a forma mais positiva de representação, o sr. Tibiriçá re- cebe-as na mais dosfructavel das troças : entendam-se com a Com- missão Central. E é justamente delia que elles recorrem, attribuin- do-ihe todos os desmandos e prepotencias!

O próprio governo da União nada pode com a Commissão Central que teima, insiste e leva por deanto o alistamento estadoal, revogado pela lei federal. E, se assim se interpreta a lei no Esta- do do sr. Glycevio um dos que mais se bateu por ella, imagine-se o que se pnssrt á nas outras olygarchias.

No Ceará, governado patriarchalmente pela incommensuravel familia dos Accioli, a.lei é interpretada consoante os interesses da tribu; no Rio Grande do 8ul, exige-se aos desaffectos a prova de edade e permanência e, escusado será dizel-o, nunca essa prova é bastante convincenle.

No Rio Grande do Norte, o sr. Tavares Lyrn, apesar de tu- do que de poético e harmonioso possa existir no seu nome, reduziu a zero a lei, prohibindo terminaiitemente o alistamento.

—Quem não se alistou, alistasse-se,—repete jubiloso o presiden- te; os eleitores que existem são sufficieutés para os gastos do ma- chinismo eleitoral,

Se isto se dá no cattipço, o que não será daqui em deante, quando os mnnda-cluivas csi;idoaes precisarem lutar seriamente!

O melhor, pois, s> rm a União desistir desde já da nova lei eleitoral: cada Estado continuará a servir-se com a prata antiga, que é de lei. Evitam-se assim attrictos desagradáveis, que podem comprometter a harmonia dos Estados, tão habilmente mantida graças á sasacissimu política dos governadores, invenção do sr. de Campos Sailes.

Al

fia chapellaria /Vlberto.

A critica é tec», mas a escolha é dlfficll.

fiéiScio6 ri^os

■ ^^^^^"

S^GXU^ oy

CTt Aceite, cidadão Asdrubal, o cajado de pastor desta Carneirada.

ARARA

Encontrei ante-hontem o agitado Sallustio numa das suas negras e torturantes horas de tédio.

Sallustio é jornalista e por dever do officio passa quinze noites, durante um mez, amarrado a uma secretaria da reda- cção, applicando a sua pobre hermenêutica á pobreza de texto dos telegrammas da Agencia Havas.

E' o serviço que mais o afflige. Bordar uma noticia sobre um caso passional, fazer um trabalho em que lhe seja permitti- do abrir a janella do espirito e de lá soltar para o papel esse pássaro azul a que os poetas chamam phantasia, escrever os factos diversos ora com ironia ora com a intenção mais santa deste mundo, são, ao contrario, serviços que lhe dão prazer, que o tornam de uma rara doçura e por vezes, communicativo.

Ora, na noite em que o encontrei na redacção, Sallustio estava só. Eia o plantão.

Tinha dado 1 hora, fazia frio e cá fora uma neblina densa estendia a sua gaze, apagando o perfil das coisas.

—Sallustio amigo, grande homem, muito trabalho, hein? Apertado na sua cadeira de braços, o sobrecenho carrega-

do, passando nervosa e constantemente os dedos pelo bigode já um pouco esbranquiçado, elle olha-me a principio com du- reza como se quizesse concentrar em mim todo o furor da sua indisposição.

Dou, porém, á voz outro tom, mais macio, mais familiar, mais carinhoso. E estreitando entre as minhas a sua mão febril, pergunto-lhe baixo, num interesse de amigo:

—Apertado com serviço, não? Apertado?! Nem lhe fatiasse! E proseguiu, depois de um

longo suspiro: —Calcule você que até agora a Havas só nos mandou

üm telegramma e que o telegrapho, com a cortezia official que o caracteriza, ainda nos reduz a paciência com este aviso: as linhas estão funccionando com irregularidade. Sa- be você duma coisa? A's vezes dá-me gana de mandar per- guntar á Havas e a todos os correspondentes se elles imagi- nam que isto aqui é frege-moscas noctambulo, onde a bohemia gafa de taberna vai passar as horas da sua penitencia alegre; e por fim, se pudesse, acabaria por desmontal-os um a um dos seus empregos mal preenchidos, antegosando, desde logo, o horror que os invadiria ante a estúpida incerteza do dia de amanhã. Depois não é só isso. Repare você como se tem re- laxado o nobre mister da reportagem europêa, a ponto de for- necer á guella curiosa do publico pratinhos de novidades como estas: "ROMA, 19 — As solennidades da semana santa muito concurridas. O tempo está magnífico." Concorde que só bestas cúbicas caem em írivialidades desta ordem. Diga-me você o que lhe poderá importar que em Roma faça um dia magnífico, se nós aqui .estamos com uma frialdade humida, a contas com os nossos nervos; ou que hajam merecido concurrencia os actos da igreja, numa capital onde quasi toda a gente não faz outra coisa mais que encher as igrejas! Uma falta de critério, assim, nunca vi.

Pausa. Lentamente, numa grande indecisão, os seus dedos grossos mergulham na algibeira do paletot, saccam um cigarro. O meu silencio nesta hora é commovido. A sala adormece, numa grande tristeza e cá fora, na quietidão da noite, um rafeiro, de repente, uiva, sinistro e feroz.

—Pois é isto, meu caro, a vida é assim. Quantos imbecis dormem a estas horas regaladamente, emquanto nós preparamos o pão espiritual que elles hãode pedir logo, de manhã, mal abram olho! Para elles o jornal é o seu primeiro prato. Mas se os acontecimentos não satisfazem ao seu apettite, cada um des-

ses animaes, arvorando-se em censor e em critico é uma besta- féra contra o plumitivo que lh!os forneceu. E vemos então su- jeitos com ar de importantes, no fundo de uma ignorância mais alta que o Himalaia, permitindo-se a liberdade de dizer em voz alta os maiores desaforos e as maiores necedades contra os jornalistas,

Não raro esses animaes perigosos abrem a bocca e vomi- tam: "Isto não é um jornal, é uma indecência!" Se de repente lhes perguntaes a causa de tanto engulho não vol-a saberão dizer. Mas o que elles querem é sacciar o apettite da sua psy- chologia, vêr do pé para a mão sangue em jorros, ou nas ruas ou no lar, em qualquer parte etnfim, e, quando não seja sangue, o político A fazendo de Christo, a caminho de Calvário, entre a troça das nossas opposições exóticas...

Sallustio está resplandecente, parece ter-se esquecido das agruras do seu plantão.

De repente porém, entra o mensageiro com cinco telegram- mas. E o jornalista irado, carregando de novo o sobrecenho, pergunta-lhe num assomo de raiva: Quando é que você se resolve a deixar-me? O homem sorri respeitosamente e diz numa voz doce: Falta só um. Vae começar a receber-se... E sai, cumprimentando.

Agora entregue á traducção dos telegrammas, Sallustio não dá palavra nem sequer me olha. A mão grossa segura nervo- samente a penna que vôa sobre as tiras alvas. A's vezes esta- ca, os seus ollos negros illuminam-se de fulgores extranhos...

—Que raio de redacção! exclama. Isto é indecifrável! E durante minutos o seu olhar não se desprega do papel azul, listrado de letras negras. Agora levanta-se de um salto, arre- messa a cadeira para traz num grande ruido, busca em outra meza o Grégoire e o Atlas... Por fim, o seu carão volta a fi- car sereno.

—Mas dahi a momentos, o relógio dá três horas da madru- gada. Estas três pancadas sonoras parece terem-lhe cahido no coração. Uma febre interior devora-o, os seus grandes olhos faiscam.

Vae mandar fechar o jornal! Não quer saber de historias. Um homem não é de ferro, os seus nervos não são de

cera... Mas que acha você que possa ter havido para chegar

um telegramma a esta hora? pergunta-me. Puxa do cigarro uma grande fumaça e após: Deve ser coisa muito importante. Pro- vavelmente os russos ganharam—até que emfim!—a primeira batalha... Não é outra coisa. Vamos: se é isso, perdôo á Ha- vas o sacrifício imposto, a esta hora, á minha saúde...

Nisto entra o mensageiro com o telegramma. Sallustio precipita-se sobre elle e abre-o nervosamente. Os

seus olhos arregalam-se, o seu aspecto conturba-se, volta-se para mim de repente, interrompendo a leitura:

—Eu não lh'o dizia? Só um grande facto podia justificar esta demora. Ouça: E começou a ler em voz alta:

"LONDRES, 20 — Nas rodas bem informadas assegura-se que o almirante Rodjestwensky foi atacado..."

De repente, Sallustio pára de iêr e olha para mim, como que espantado. Com a mão a tremer, estende-me o telegramma e diz-me num tom de grande amargura:

—Até ás três da madrugada aqui, para isto!... Leia, orde- nou-me Sallustio. E eu li o seguinte:

"LONDRES, 20—Nas rodas bem informadas assegura-se que o almirante Rodjestwensky foi atacado de dysenteria..

PASCHOAL.

♦♦♦♦♦♦»♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦-»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ O padre Severiauo de Rezende uo Momento liüerario, publicado

na Gazeta de Noticias, do Rio, disse cobras e lagartos de dois litte-

ratos o, aproveitando estar com a mào na massa, atirou meia dúzia

de amargos desaforos a uns desaffectos que elle possue na Paulicéa.

Mais uma vez se evidenciou que esses Momentos Utterarlos são pre-

textos para a exhibição espalhafatosa da vaidade e amor próprio de

uns, ou da má língua despeitada e odienta de outros.

Documentos inúteis pelo artificialismo e pela pose, ou attestados

da pequenez do alma torturada pelo ódio e pelo rancor, esses momen-

tos não interessam, não instruem, não educam.

Duas das vietimas, e das mais mal tratadas pela penna cáustica e in-

justa do padre Sevoriano, vieram á imprensa e por sua voz eahiram

/)£ 1/)

ARARA

a fuudo sobvo olle. zurziado-o desapiedadameute. Não nos compete

indagar se procederam bem ou mal; é isto uma questão do foro intimo,

que escapa completamente á critica do Arara.

O que, porém, não pudemos deixar sera reparo é a doutrina que

resalta francamente da resposta de uma das victiinas, o illustre poeta

Wenceslau do Queiroz. Conta o primoroso burilador das Renas do

Diabo, que os estudantes pretendem dar umas chinelladas no padre

Severiano, quando este vier a S. Paulo, em dosaggravo dumas alfine-

tadas que o trofogo padre lhes pespegou.

O poeta rejubila-so com a solução e entrega aos caiuellos acadec

micos o compleiiionto da sua desforra.

Ora, se o sr. Wenceslau do Queiroz achou que era preciso vir á

imprensa rebater os desaforos do padre; se entendeu, para dofonder

a sua reputação littoraria, empregar o mesmo meio que o padre usou;

por que razão não aconselha aos acadêmicos maltratados o uso o mes-

mo o abuso do mesmo processo ?

O sr. Wenceslau de Queiroz ao lêr a critica ferina do padre não

preparou a maleta do viagem, nem embarcou para o Rio para dar um

par de bofetadas no padre. Pegou na penna e desaucon-o.

Os acadêmicos, que se julgarem offondidos, façam o mesmo.

Não serão, decerto, umas chinelladas, applicadas no padre, que deci-

dirão da injustiça dos conceitos emittidos por elle. Alem do ser uma

covardia sem nome, o eifoito o contraproducente. Que diabo, ao que

o padre escreveu é tão difficil responder-se, é isso tão suffucantomon-

te catiunnioso, que só o argumento da força bruta lho é applicavol ?

Pois essa mocidado acadêmica, que enalteço em brilhantes dissertações

a força do direito, terá de renegar tudo quo aprendeu para, num mo-

mento de cólera, arvorar em ultima ratio o direito da força ?

Não podo ser. O sr. Wenceslau de Queiroz mal humorado, ua

occasião de escrever o seu artigo, deixou-se dominar pela segunda

alma de qno falia De Maistre. Reflectindo melhor, elle próprio desis-

tirá desse prazor cannibalesco de ver o padro Severiano achinollado

em plena rua Quinze de Novembro. E os academleoa também não ti-

rarão essa vingança, temos a certeza.

E, se nos enganamos, paciência; teremos de confessar, contrictos

e humildemente envergonhados, que regressamos aos tempos omino-

sos da colônia, em que o cacete era a -dura lex, duplamente dura

pela rigeza do instrumento o pela força dos braços qno a applicavam.

Polytheama

A iroup, que trabalha no Polytheama sofíreu algumas al- terações que^a maioria, não vieram melhorar o conjuncto.

Duas no^s cançonetistas, que vestem bem mas a respeito de voz possiem a suf iciente para ser ouvida a custo dos es- pectadores da primeira fila de cadeiras; dois cyclistas excêntri- cos, de merecimento, em todo o caso, porém, longe do que nesse gênero se tem exhibido no Polytheama; e um malaba-

rista, cuja única hibilidade é partir pratos e em tal quantidade que o publico o denominou já Cincinato Quebra Louça; taes são os números novos com que se enriqueceu o elenco do Po- lytheama, lendo aliás perdido os números de nnis successo.

Os espectaculos continuam a ser muito concurridos e o publico não se cançi de applaudir os artUtas de sua predi- lecção: Bigliani-Esedra, Salvita-Cardoso, Mafaldo e Nickson, o paciente professor da cainçada equilibrista.

Pi-a^a <lf Touros

Com a segunda corrida rehabilitou-se a cuadrílla da má impressão da estré.i.

Adelino Riposo é semore o mesmo cavalleiro destemido e perfeito conhecedor da sui arte. Ainda nesta corrida paten- teou ns suas briilantes qualidades. Uma primorosa farpa à tira no primeiro touro e um esplendido ferro curto, rematado á ga- rupa com perfeição, no segundo touro, foram as duas sortes de mais successo da tarde.

José da Costa esteve feliz; no touro, que lhe coube, dos diversos pares destacou-se um excellente a sesgo; Cacheta, que pela primeira vez se apresentava ao publico, mostrou-se um artista consumniado. O cornupeto que lidou, não era dos melho- res; ainda assim Cacheta fez um quiebro que lhe valeu os applausos do publico; e nos passes de muleta mostrou exube- rantemente sangue frio, audácia e distinção.

Carrilho pouco fez. A chuva, que começou a cahir logo no principio da corrida, foi augmentindo a ponto de impedir que fossem corridos os dois últimos touros.

Se o tempo estiver firme, vamos ter amanhã uma corrida excellente.

♦♦♦♦♦♦» ^♦♦^♦♦♦♦«■♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»»»»»»

JOAQUIM PEIXOTO ESTELLA

01hem-n'o e admirem-n'o. Já em menino era assim, bonito e bizarro. E ha a acerescentar que os annos não lhe modifica- ram o temperamento. Para elle a vida é sonho passageiro e, segundo a sua philosophia, precisa-se gozal-a emquanto é tempo.

Por isso, fora das horas da sua honrada labutação com- mercial, o sr. Estella é um moço no meio de moços. O Carna- val é o seu encanto, o seu beijinho. As festas de tempos atraz tinham vida e tinham alma. Alma e vida eram do honrado portuguez que não admittia que o seu Club fizesse má figura.

Àquelle corpinho gordo que os senhores alli vêm, numa hora de actividade, é capaz de dar mais voltas que o pião, que elle punha nas mãos das cachopas da sua terra, nos ledos dias da sua meninice.

Elle não quer que se saibam estas coisas; porque já no tem- po em que elle pelo São João ia, de madrugada, esperar as moças, na fonte santa, como mais tarde cm toda a vida com- mercial, achou sempre que o segredo é a alma do negocio.

Elle lá se entende. Demais, bom caracter e bom coração., Negociante tão forte

como o artigo que vende. E' estimado a tal ponto, que no dia em que elle morrer, toda a rapaziada carnavalesca en- cher-lhe-á a cova de rosas, e Momo, contra todas as leis do mundo, dar-lhe-á um beijo sentido, chorando pela primeira vez... ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

Um jornalista, bastante conhecido pelos seus hábitos de filança, encontra na rua a esposa dum seu amigo e diz-lhe:

Seu marido quererá almoçar hoje commigo ? — Supponho que sim. — Neste caso, tenha v. exa. a bondade de mandar pôr mais um

talher. Doutro de uma hora estarei em sua casa.

ã O /) 3J

Estella ... confidente

■«açrífiss3 -

X^ox^e^ 4itt 0 SEGREDO E. A ALMA DO NEGOCIO

/) 'i Í7'0 //

ARARA

i Sstabelecimcnto jlSòderno de fortes Craphicas

ESPECIALIDADE EM MUSICA PARA PIANO ORCHESTRA E BANDA.

José Guzzi Rua Quintino Bocayuva N. 35 ♦♦♦♦ S. PAULO

O

)

)

1) (!

í) (

)

$0 chop e Restaurante Carlos Schorcht Júnior

TRAVESSA DO COMMERCIO,2^A (

•flltnoçoj jantar comjnenu Serviço de primeira ordem (

)^Lunch frio a qualquer hora ^ (

loooüoocooojoooppooôpooooooooooooooooooooooooooooo

CASA FUNDADA EM 1876 Deposito formal IMPORTAÇÃO

DIREOTA

Carlos Schorcht Júnior Hua Quinze de jYovembro, 53

S. PAULO —♦—

IMPORTAÇÃO DIRECTA DE CONSERVAS . DE CARNE ♦ PEIXE E LEGUMES 4 ESPARGOS ALLEMÂES ♦ PETIT-POIS #

CHAMPiGNON ♦ CHOCOLATE ♦ CACAU ♦ CHÁ SUPERIOR

Vinhos garantiõos õe toõas as qualiõaõcs LICORES E COGNACS

looooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooodoooool

)

«♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦ ♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦♦ ♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦♦^

" Uwraria flrcailla U íjmiítí «mU ^fialeriadeCrystal

(N

Conpra e vende Uvrcs novos e usados "«mances, obras<le scieneia, direito, literatura

pelo terço do eoslo.

.- ..,£DIDOS DO INTEí^eíbAO fi^OPIETARIO

^JW. Rodrigues de Leiroz I ♦; ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦ - ^♦♦í%t ♦♦♦ ♦«♦ ^^ ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦♦♦ ^^ ̂ nun^ul

td

YPJOGKJVP+IJAíí

MlGNON © © GR6TIS s

li.,'

^=1

t=J5

A maravilha do Secttlo XXi Com -j^hi cila podeis imprimir os vossos car-

fè^ff? toes, enveloppes ou marcar livros, !^Í'; *óupfi branea e papeis. ^«^jí^S

À Typographia Mignõn consisttrl^iAI ^^ de um sortimento de letras e ai- ■'

garismos moveis de borracha, umar atmofada, nm tubo de tinta, um compouedor etc. Uma creança,; pôde mancjal-a.

O «Echo Phgnographico» é u.m^..revista que tem por escopo essencial alastrar-se por todo o Brasil, cm propaganda própria e de seus annunciantes.

Para conseguir este *desideratum» não poupa esforços, tanto assim que hoje já conta com ao.ooo assignantes, numero elevado, mas ainda muito pe- queno em relação aos habitantes do paiz.

Pela quantia modicissima de 2(500 mandaremos a qualquer ponto do Brazil o «Echo Phonographico> durante seis meses, recebendo o assignante Uma Typographia Mignon GRÁTIS

Uvre de porte e sob registrologo quando estiver em nosso poder, o pedido da assignatura acompa- nhado da importância. Direcçâo - Red. Echo Pho- nographico Caixa Postal 3g8-S. Paulo.

cr=í

I 1^ I I

€.$evillacquaSC. Casa fundada em 1846

Grande estabelecimento de pianos e musicas

Representantes e depositários .dos afamados pianos Ronisch. ,

Bem montadas officinas de photogravura, lithdgrapliia, typographia, gravura de mu- sica.

Representantes dos fabricantes de pianos Colombo e Bõisselot.

Pianos Pie^ei, * Spaethe e Mola

Editores-proprietarios da revista de letras, sciencias e artes

Renascença Rua ^. Bento, 14-A

■■M PAULO "

fESTABELEèlMENTO GRAPHICO| FmilÍA PÍAHAI Rua José Bonifácio N. 14 \a\\ 11U I\ffdlVl CJilXA N. 10] • TELePHONE N «U

|YP06RAPHI» k CLl(HÉS A TRACÇAO ELECTRICA I I^l EM rHOTO-ZINCO-1 CABIMBOS DE BOBEiCM VS^ GRAVURAFAJTOS "

Executa-se com promptidáo, perfeição e S preços módicos, qualquer trabalho typographico I

*2^^r- ~í*- ^~ ESPECIALIDADES J-»- -i*- ~i^- ~2~ Carimbos de Borracha e Clichês em Photo-Zincogravura

Rua José Bonifácio |sl,014 SÃO PAULO

M5 ARA

^fS^/^Vfg^,^"». JtiSilp^rfZs^iffaH

CASA MICHEL Rua 15 U Novembro, 25

TELUIMI.iNB, 8l>2 S. PAULO —♦—

£sq. h Kui (JaÚarOa TULKIíK. .í;i:oi)isi»

A mais importante casa, e a que tem o melhor e mais variado sortimento de

JÓIAS DE OURO E PRATA ♦ RELÓGIOS ♦ BRILHANTES RRATARIA E METAL BRANCO PRATEADO

Casa de Confiança

L ^S mais laratelra "^^^^KJBf^fV^i'l^^'^^'%^>''^/^l>'ii^^p%^^t^%^'^^fSf^^\

♦♦♦♦♦♦♦♦♦»»♦♦♦♦»«■<»»»■»♦»♦♦♦♦♦♦♦»»♦♦»♦♦♦♦♦♦♦

■♦■♦■♦B^B^a«S«IS«@<»E^M«-a«>B«@«S^@«B>H«B«B«B

2 Companhia De seguros contra fogo e marítimos

FUNDADA EM 1886 CAPITAL 2.000:O00.SüOO

■ ♦ 6 ♦

DEPOSITO NO IHESUUKO FLDERAL, ^00:00^000 ♦

RUA GENERAL CâMARA, 14 fl RIO DK JANK.llíO ♦

AGENTE NO ESTADO DE SÃO PAULOÇ m i

SEDE:

^ Alberto 9a Silva e Souza | Rua da Boa Vista n. 39 (sobrado) $ í ^ . P A U I. O B B*B4B*B*B*B*B*B*a*a*a ♦ B*B*B4B*B*B*B*a4B»IB

tiigir : rornwa ao úoutor 4. !>'. MBDI 'O DÁ. MUIUNHA.

♦♦«^♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦«♦-♦♦^^♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦#

'mes COMPOSIÇÃO

Fórn. jla do Doutor A.-G. (Ex-Medico da Marinha)

f Cordial Hegeneradorl ^ O conhecimento da sua composição basta I V para indicar os casus em que este vinho I I deve seremprepado, S&o primeiro todas as | I afTecçôes de debilitação, taes como aânemia,

a Titica, as ConvaiMcençn Otinludo ai ** mulher na< ipocat crilieat ia tua vida); a Fraqueza muscular o» nervosa causada por ladir,». «Igiliss. trabalhos de gabintte; o Esfallamento prematuro; a Espermatorrhea; as doenças da Medulla; o Diabete; as aflec-F ções do estômago e do intestino; depois,k as alterações constitucionaes devidas á| viciadura do Sangue, táes como Oorla, | Rheumatismo, (iachitismo Aetldinto» escio- (ulosos nas crianças, "'.u

Toaií ••< "t, p^imoes, regulariza os laiidosl do coração, activa o trabalho da digestão. |

O homem debilitado saca delle lorça, j vigore saúde, O homem que gasta muita I actividade, a mantém pelo uso regular deste 1 cordial, eficaz em todos os casos, eminen-j

j, temente digestivo e tortificanie, e agradável 1 ■y- ao paladar como um liquor de sobremesa.

Deposito: DÉS1LES,18,RUE des Arts.iLcvallois(Sti«e).ii)iigaiíeLl!6"!)RuaduLouvre,Paris.

DEPóSITOS EM TODAS AS PBINGIPAES PHAPJIAGIAS.

QUIMA \UOCA \KOLA \CACAO \PHOSPHATOdeCAL ÍOLÜÇÍO /IDO-TANHICA

Excipiente Especial DÉSILES

AMÜÂRIO COIIERGIAL DO ESTADO DE 3. PAULO

Tirageiu 10,000 exemplares ♦ Circulação universal

♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦

I Edição de 1905-6, em preparo, contendo: Leis decretos e innume-

officiaes, commerciaes, industriaes ras informações e profissionaes.

CADASTRO de todo o Estado de S. Paulo e Triângulo Mineiro, com indice alphabctico de todos os commerciantes, induslriaes, advogados, médicos e engenheiros.

Brinde excepcional A PLANTA GERAL DA CAPITAL, A MAIS PERFEITA E

MODERNA.

Medeiros &, Comp. Travessa da Sé, 2 (Sobrado)

Telephone n. 1.000—S. pauío—Caixa postal n. 1 ♦ ♦

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

\Múm especiileocomraa FR1SA0 CENTRE habitual \

GRAGÉAS DEMAZIÉRE CASCARA SAGRADA

APPROVADAS PELA JUNTA DO BRAZIL DIPOSITO GUUL ■■ O. DEGI,OS,38,B'<Montparnasse, Parla {

t tn todas at Mas Pharmacias do Braill.

Aíl^o <, *

ARAHA

xpress EIPEESA DE TRANSPORTES

RUA BOA VISTA, n. 11-A ♦ TELEPHONE 696 ♦

Tendo esta empresa passado por completa reorgani- sação, de modo a servir o publico com promptidão e economia, avisa-se que no escriptorio

A' rua Boa Vista n. il-A recebem-se pedidos das 6 horas da raanhan ás 9 horas noite, para da quaesquer transportes, inclusive os de bagagens para os primeiros três da manhan.

A' chegada dos trens terá sempre nas estações um carro para transporte de bagagens.

ft [IPI88: Rua tía Bia lista, 11-1

íí Ç « 5 5 ?

D a 5 5 ^ _ "e 5 ." - E > 5 • s a,

íi O, a2.« § a » "• t- S f cD <• n — 9 * cr

P té r í

fn

s í. * SN,*»-

fe^ *.TI>.CH' ANTIGA CoJT^^^ ^ 90"^

tfH OONs. ̂Gf}, ^O,

sucoesso uiiii^ sal sempre cescente

Ü mBAl* RECTQFICADA

Pare o B'c. nho e a Toilette

^^. xi ais Jforte A. 2xi ais F>ura

A. mais JRetrifferante ô a mais delicada no perfume

37, B* trí INAUD

AfflIER 1PECTOGEAM DE

mi 90 iôS^po, 7, 9 e 11 S. PAULO

Encarregam-se da confecção de clichês em zin- co ou cobre.

Editores da interessante publicação illustrada, dedicada ao exmo. sr. prefeito de S. Paulo,

S. Paulo Antigo e S. Paulo Moderno O segundo fasciculo saiu á luz e contém as

seguintes vistas: Egreja do Carmo (1854) ; antiga ponte do Carmo (1870); ladeira do Carmo (1859); antiga residência de d. Matheus de Abreu Pereira, quarto bispo de S. Paulo; ladeira do Carmo (1887); nova ponte do Carmo; ladeira do Carmo (1905); fundos da egreja do Carmo; consistorio da mesma egreja ; ladeira Miguel Carlos (1862) ; rua Florencio de Abreu (em 1987 e em 1905); diversos trechos.

Preço 2$000

M Rosário, 7.9 s 11-Vaio* &C.

VINHODEEXTRAeTODEFIGADOWBACl em todas a&

prianipaes Ptiarmacia- i Orogariis

Deposito geral ;

[Paubnurg liutiiuttre 21

ae iee

tau- cias graxas. — O seu etfeito, co'i\o o du Cieo &e Ficado de B2CalIi£,o, é soburauo contra as i.scrofulas, Bachi tifmo, Anemia, Clilorose, Bronchite e todas as Moléstias do Peito.

VINHODOTAGTQ DE FIÊAOd DE BiCAtfííft-CRtOaaiADft 21, Faubourf' Montmãrtre, Pt i$âiir j em tf ias ».< r .. ■. «g "barmatias

i ••Jí.» as. —~~l

A CREOSOTE de FAIA suspende n trabalho destruidor da Ti nica pulmonar, porque diminue a expecio raçHo dasperta o appotite fuz cessar a febre, supprime os suores. Os seuseffeitos combinados cora os do 01 eo 19 Fiíado de Bacalhao, fazem do VINHO de Extracto de Fígado de Bacalhao Creosotado, de CHEVR'ER o remédio por exceaeucia contra a TÍSICA, declarada ou imrainente.

frds']. _i5

Especialidades: CARIMBOS

DE BORRADA E

CUGHÉS em Photo-

Zincogravura fe Autotypia

ESTABELECIMENTO GRAPHICO EMÍLIO RIEDEL

TYPOGRAPHIA FABRICA DE

CARIMBOS DE BORRACHA

CUCHÉS EM

mOTO^ZlNCO- GRAVURA

Rua José Bonifácio, 14 Tel.655S- PAULO Caixa 193

16 X