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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Escola de Qumica

ANLISE DE GESSO

EQI 472 - Processos Inorgnicos ExperimentalGrupo I:

Ana Karolina Muniz DRE:107351461Larissa Paiva DRE: 107351699

Maria Isabel Freitas DRE: 107351429

Renata Alves - DRE: 105084636

Sarah Vidal DRE:107351542

Vanessa Gabiatti Monteiro DRE: 105035271Victor Hugo Gomes DRE:107351495

Professoras: Valria Castro e Fabiana Arajo

2010

NDICE

1. CLCULOS E RESULTADOS1.1. Determinao da umidade e da gua de cristalizao (ABNT MB-3417)3

1.1.1. Umidade3

1.1.2. gua de cristalizao4

1.2. Clculo da Consistncia da Mistura Gesso/gua4

1.2.1. Preparo dos corpos de prova5

1.3. Relao entre temperatura X tempo de pega6

1.4. Relao entre altura X tempo de pega10

1.5. Clculo da Absoro de gua11

1.6. Clculo da Difuso12

2. DISCUSSO DOS RESULTADOS

2.1. Determinao da umidade e da gua de cristalizao (ABNT MB-3417)16

2.1.1. Umidade16

2.1.2. gua de cristalizao16

2.2. Consistncia17 2.3. Relao entre temperatura X tempo de pega17

2.4. Relao entre altura X tempo de pega18

2.5. Absoro de gua19

2.6. Ensaio de Difuso203. CONCLUSO21

4. BIBLIOGRAFIA22

1. CLCULOS E RESULTADOS

1.1. Determinao da umidade e da gua de cristalizao (segundo a Norma ABNT MB-3417):

1.1.1. Umidade:

Para determinao da percentagem de gua retida fisicamente no gesso, aqueceu-se um pesa-filtro contendo 50 g de gesso finamente pulverizado por 2 horas em estufa, a 40C. Aps o aquecimento, o pesa-filtro contendo a amostra de gesso permaneceu em um dessecador por 15 minutos, como apresentado na figura I.

Figura I: Dessecador

As massas obtidas nesse ensaio encontram-se listadas na Tabela I.

Massa (g)

Pesa-filtro62,14

Pesa-filtro + amostra112,17

Pesa-filtro + amostra (aps aquecimento 40C)112,03

Tabela I Massas do ensaio de Umidade

O percentual de umidade do gesso foi calculado a partir da seguinte equao:

Onde:

= massa da amostra antes do aquecimento = 50,03g

= massa da amostra aps aquecimento a 40C = 49,89g

Desta forma, o percentual de umidade obtido para a amostra de gesso utilizada no experimento foi de:

1.1.2. gua de cristalizao:

Para determinao do teor de hidratao do gesso, procedeu-se com o aquecimento da amostra obtida no ensaio de umidade. A amostra foi aquecida durante 24h em uma temperatura de 230C.

Aps aquecimento, o pesa-filtro retornou ao dessecador, onde permaneceu por mais 15 min. A massa do pesa-filtro+amostra aps o aquecimento a 230C obtida foi de 108,71g.

O percentual de gua de cristalizao do gesso foi calculado a partir da seguinte equao:

Onde:

= massa da amostra aps aquecimento a 40C (item 1.1) = B = 49,89g

= massa da amostra aps aquecimento a 230C = 108,71 - 62,14 = 46,57g.

Portanto, o percentual de gua de cristalizao obtido para amostra de gesso utilizada no experimento foi de:

1.2. Clculo da Consistncia da Mistura Gesso/guaAs consistncias para tal experimento foram pr-definidas como sendo 70 e 90. J as massas de gesso foram definidas de acordo com os moldes disponveis (copos plsticos de caf e prismas construdos com lminas de vidro).

De posse dessas informaes, calculou-se o volume de gua necessrio para cada consistncia a partir da seguinte equao:

Considerando a densidade da gua e a do gesso como sendo 1g/cm3, as massas/volumes de gesso e gua utilizados na construo dos corpos de prova foram os demostrados na tabela II:

Corpo de ProvaConsistnciaMassa de Gesso (g)Volume de gua (mL)

Copinho de Caf705035

905045

Prisma Retangular 707049

907063

Tabela II Mistura Gesso/gua dos corpos de prova

1.2.1. Preparo dos corpos de prova:

Os corpos de prova foram preparados com a rpida mistura do gesso na gua (de acordo com os dados da tabela II), com auxlio de vasilhames de plstico e esptulas. Em seguida, a mistura era vertida diretamente para cada molde, dando pequenas batidas para eliminao do ar.

O procedimento est ilustrado na Figura II:

Figura II: Procedimento para preparao dos corpos de prova

Para cada molde foram conformados 3 corpos de prova que, aps endurecimento do gesso, foram desenfomados como apresentado na figura III.

Figura III: Corpos de prova

1.3. Relao entre temperatura X tempo de pegaA relao entre temperatura e tempo de pega do gesso foi determinada a partir do aparato demonstrado na Figura IV. Um termopar foi utilizadao para medir a temperatura do gesso, sendo sua leitura feita em intervalos de tempo constantes.

Figura IV: Aparato do ensaio temperatura x tempo de pega

A marcao do tempo foi iniciada no momento da mistura do gesso com a gua e finalizada quando foram observados 5 pontos onde ocorreu diminuio da temperatura, aps o perodo de estabilizao da mesma.

Os resultados obtidos neste ensaio para os corpos de prova de consistncia 70 e 90 esto representados nas Tabelas III, IV, V e VI.

Consistncia 70

(teste 1)

Tempo

(min)Temperatura (C)

0-

125,9

226,3

326,6

426,9

527,4

628

728,7

829,6

930,7

1032

1133,6

1235,6

1337,7

1440,3

1542,6

1644,3

1745,3

1846,0

1946,2

2046,3

2146,2

2246,0

2345,7

2445,4

2545,1

2644,7

2744,4

2844,0

2943,6

3043,3

Tabela III Ensaio (1) de T X tempo de pega para consistncia 70

Consistncia 70

(teste 2)

Tempo

(min)Temperatura (C)

027,6

125,7

224,8

325,0

425,3

525,8

626,5

727,2

828,2

929,4

1030,8

1132,4

1234,4

1336,7

1439,3

1541,6

1643,3

1744,4

1845,1

1945,5

2045,6

2145,6

2245,5

2345,4

2445,1

2544,8

2644,6

2744,2

2843,9

2943,5

3043,2

Tabela IV Ensaio (2) de T X tempo de pega para consistncia 70

Consistncia 90

(Teste1)

Tempo (min)Temperatura

(C)

124,7

224,8

324,9

425

525,1

625,2

725,3

825,5

925,7

1026

1126,3

1226,7

1327,1

1427,7

1528,3

1629,1

1729,9

1831,1

1932,1

2033,7

2135,2

2236,9

2338,4

2439,7

2540,6

2641,1

2741,4

2841,6

2941,7

3041,7

3141,6

3241,4

3341,2

3441

3540,8

Tabela V Ensaio (1) de T X tempo de pega para consistncia 90

Consistncia 90

(Teste 2)

Tempo (min)Temperatura

(C)

124,3

224,6

324,7

424,8

524,9

625

725,1

825,3

925,5

1025,8

1126,1

1226,5

1327

1427,6

1528,2

1629

1729,9

1830,9

1932,1

2033,5

2135,1

2237,1

2338,3

2439,7

2540,5

2641,1

2741,4

2841,6

2941,6

3041,5

3141,4

3241,3

3341,1

3440,9

3540,7

Tabela VI Ensaio (2) de T X tempo de pega para consistncia 9

A partir dos dados das Tabelas III, IV, V e VI foi possvel construir o grfico que relaciona a temperatura e o tempo de pega para cada uma das consistncias, como pode ser observado nas figuras V e VI.

Figura V: Grfico T X tempo de pega na consistncia 70

Figura VI: Grfico T X tempo de pega na consistncia 90

1.4. Relao entre altura X tempo de pega

Atravs do aparelho Vicat (Figura VII), foi verificada a relao entre a altura de penetrao e o tempo de incio de pega nas amostras com consistncia de 70 e 90.

Figura VII: Ensaio do VicatAs amostras foram preparadas como descrito na tabela VII e vertidas sobre o suporte montado para realizao do teste (untado previamente com leo).

ConsistnciaMassa de gesso (g)Volume de gua (mL)

70250175

90250225

Tabela VII Consistncias analisadas no Vicat

O tempo comeou a ser marcado no momento da mistura do gesso com a gua.

O procedimento consiste na soltura cuidadosa da haste de ferro at que a agulha penetre o gesso, seguida da leitura da altura no Vicat.

Esse procedimento foi repetido diversas vezes em intervalos de tempo constantes alterando-se o local de penetrao da agulha (como pode ser observado atravs da figura VIII) at o instante em que a agulha do aparelho Vicat estacionou a uma altura constante do fundo do gesso, determinando o final do experimento.

Figura VIII: Corpo de prova aps teste Vicat

Os resultados obtidos da realizao deste ensaio para os corpos de prova com consistncias de 70 e 90 esto dispostos nas Tabelas VIII, IV, X e XI.

Consistncia 70

(Teste 1)

Tempo

(s)Altura

(mm)

1580

2020

2200

2500

2710

2920

3151

3305

35013

38018

39418

41622

44822

46524

47525

49026

50529

51830

53937

55038

56040

57741

59541

60042

626 42

Tabela VIII Ensaio 1 Altura X tempo

de pega para consistncia 70

Consistncia 70

(Teste 2)

Tempo

(s)Altura

(mm)

2200

2580

2720

2800

3000

3152

3406

3608

37514

40018

41721

44823

48925

50527

51531

53034

54836

55738

56539

57040

57841

58541

59042

59542

Tabela IX Ensaio 2 Altura X tempo

de pega para consistncia 70

Consistncia 90

(Teste 1)

Tempo

(s)Altura (mm)

700

1300

1900

2500

3100

3700

4301

4603

4909

52014

55018

58020

61024

64028

67032

70035

73036

76036

79037

82038

85038

880 38

Consistncia 90

(Teste 2)

Tempo

(s)Altura (mm)

700

1300

1900

2500

3100

3700

4301

4602

4908

52015

55018

58019

61026

64027

67030

70035

73035

76036

79037

82037

85038

88038

Tabela X Ensaio 1 Altura X tempo Tabela XI Ensaio 2 Altura X tempo

de pega para consistncia 90 de pega para consistncia 90

A partir dos dados das Tabelas VIII, IV, X e XI foi possvel construir o grfico que relaciona a altura e o tempo de pega para cada uma das consistncias, como pode ser observado nas figuras IX e X:

Figura IX: Grfico altura x tempo de pega na consistncia 70

Figura X: Grfico altura x tempo de pega na consistncia 90

1.5. Clculo da absoro de gua:

Em um bcher ferveu-se at ebulio uma quantidade suficiente de gua de modo a manter todos os corpos de prova imersos.

Os corpos de prova foram pesados e em seguida colocados no recipiente com gua, descontinuando o aquecimento, por onde permaneceram por duas horas, mantendo-os sempre cobertos pela gua.

Transcorridas as duas horas, os corpos de prova foram retirados da gua e o excesso de gua da superfcie foi seco at que o corpo no apresentasse mais brilho.

De acordo com a equao abaixo, foram calculadas a porcentagem de absoro de gua para cada consistncia.

Onde:

= massa do gesso mido

= massa do gesso seco

Os resultados esto descritos na tabela XII:

ConsistnciaMassa de gesso seco (g)Massa de gesso mido (g)Absoro de gua(%)

7050,271,342,03

51,673,141,67

51,873,341,51

MDIA41,73

9047,774,155,35

49,277,958,33

46,172,457,05

MDIA56,91

Tabela XII Absoro de gua

1.6. Clculo da difuso:

Primeiramente, os corpos de prova foram presos atravs de uma garra acima de um recipiente contendo permanganato de potssio, sem que os corpos entrassem em contato com a soluo. O nvel de soluo foi completado dentro do recipiente at que entrasse em contato com o corpo de prova, momento no qual se iniciou a contagem do tempo.

Nos intervalos de 4, 9 e 14 minutos, foram marcadas as alturas atingidas pela gua (j que esta apresentou uma altura maior de absoro do que o permanganato de potssio) nas 4 faces do corpo de prova. Para cada tempo registrado retirou-se a mdia das alturas e calculou-se a difuso da soluo no gesso atravs da seguinte equao:

Onde:

= difuso no gesso (cm2/s)

= altura da absoro medida no corpo de prova (cm)

= tempo de leitura (s)

Os resultados obtidos esto descritos na tabela XIII:

ConsistnciaTempo (s)Mdia das alturas (cm)Mdia Total das alturas (cm)Difuso no gesso(cm2/s)

Prisma 1Prisma 2Prisma 3

702402,752,782,772,770,000319

5403.984,044,044,020,000299

8405,005,064,935,000,000298

902403,103,183,103,130,000408

5404,704,554,804,680,000406

8405,655,786,025,820,000403

Tabela XIII Absoro de gua

A partir do clculo da difuso, foi traado um grfico Dg x t para ambas as consistncias analisadas. Os resultados esto apresentados na figura XI.

Figura XI: Grfico Dg x t para as consistncias 70 e 90

2. DISCUSSO DOS RESULTADOS

2.1. Determinao da umidade e da gua de cristalizao (segundo a Norma ABNT MB-3417):

2.1.1. Umidade:

A umidade do gesso utilizado nos experimentos foi de 0,28%. Este valor de umidade baixo e est conforme o esperado j que o gesso de boa qualidade e se encontrava num pacote lacrado.

2.1.2. gua de cristalizao:

A gipsita (), mineral encontrado na natureza, um sulfato de clcio diidratado. Sob ao do calor, a gipsita pode desidratar-se parcialmente ou totalmente, como mostra a reao a seguir:

em que

O gesso o sulfato de clcio hemiidratado, ou seja, . Ele obtido pelo aquecimento da gipsita a temperaturas entre 160C e 175C.

A gua de cristalizao a gua presente na rede de compostos cristalinos, ou seja, a gua que d o teor de hidratao do composto. As relaes entre os valores de n e os percentuais de gua de cristalizao para o sulfato de clcio se encontram na tabela XIV:

Valor de nmg/mol CaSO4CaSO4(%)H2O(%)

1/214593,796,21

115482,3111,69

217279,0620,94

Tabela XIV Relao de n e %H2O cristalizao

Desta maneira, pode-se confirmar que para o gesso utilizado nos experimentos j que a gua de cristalizao obtida foi de 6,65%, o que representa um erro de apenas 7,08%. Isto prova a qualidade do gesso utilizado, que demonstra possuir um alto grau de pureza.

2.2. Consistncia:

A consistncia do gesso est diretamente ligada com a trabalhabilidade do mesmo e, por isso, uma caracterstica importante de estudo. Quanto maior a relao gua/gesso, maior a consistncia e trabalhabilidade do gesso, porm menor a sua resistncia.

2.3. Relao entre temperatura x tempo de pega:

O tempo de pega o tempo necessrio para que ocorra a re-hidratao do gesso. A reao envolvida na mistura de gesso com gua a seguinte:

Esta reao exotrmica e, por isso, possvel determinar o tempo de pega pela anlise da variao da temperatura da mistura.

Pode ser observado nas figuras V e VI que a temperatura, aps a mistura, se mantm constante inicialmente e ento comea a aumentar quase linearmente. No momento em que se inicia esse aumento gradual da temperatura se tem o incio da pega, pois neste momento que se inicia a reao exotrmica de re-hidratao do gesso. Esse aumento de temperatura ocorre at um determinado tempo, conhecido como limite de pega, a partir do qual a temperatura comea a decrescer. No limite de pega, o sulfato de clcio di-hidratado j foi formado e, portanto, o gesso endureceu, indicando o trmino da reao.

Desta forma, atravs da figura V, possvel identificar que o tempo de incio de pega mdio para a consistncia 70 de aproximadamente 9 minutos e o tempo limite de pega mdio de 20 minutos. Do mesmo modo, pela anlise da figura VI, verifica-se que o tempo de incio de pega mdio para a consistncia 90 de aproximadamente 15 minutos e o tempo limite de pega mdio de 30 minutos.

O tempo limite de pega maior para a consistncia 90, pois a maior quantidade de gua (ou seja, a menor proporo gesso/ gua) torna a reao mais lenta j que as partculas de gesso esto mais afastadas umas das outras na soluo. Desta maneira, os materiais com consistncia 70 tm menor tempo de pega e so menos trabalhveis do que aqueles de consistncia 90.

Alm disso, possvel notar que o limite de pega na consistncia 70 ocorre em uma temperatura maior que na consistncia 90. Isto ocorre porque o corpo com consistncia 70 possui menos gua do que o com consistncia 90. Portanto, como o tempo de pega caracterizado pelo tempo necessrio para a mistura se re-hidratar, ocorrendo a transformao do hemi-hidrato com liberao de calor, na consistncia onde a proporo gua/ gesso menor (menor consistncia), a liberao de calor maior.

2.4. Relao entre altura X tempo de pega:

O tempo incio de pega o tempo decorrido a partir do momento em que o gesso tomou contato com a gua at o instante em que a agulha do aparelho no mais penetra no fundo e o tempo limite de pega o tempo decorrido a partir do momento em que o gesso tomou contato com a gua at o instante em que a agulha no marca mais o corpo de prova.

Tendo como base os resultados das Tabelas VIII, IX, X e XI e os grficos das figuras IX e X, possvel concluir que o tempo mdio incio de pega da consistncia 70 de aproximadamente 5,25 minutos e o tempo mdio limite de pega nessa mesma consistncia de aproximadamente 10 minutos. Ainda, o tempo mdio incio de pega da consistncia de 90 foi de aproximadamente 8 minutos e o tempo mdio limite de pega foi de quase 15 minutos.Assim, constata-se mais uma vez que quanto maior for a consistncia, maior a quantidade de gua em relao massa de gesso, e maior o tempo de pega, pois a soluo estar menos saturada.Pode-se notar que estes resultados no esto em conformidade com aqueles obtidos pelo ensaio de relao temperatura x tempo de pega. Como os valores encontrados no ensaio Vicat so mais discrepantes em relao aos valores esperados, calculou-se o erro entre os tempos de pega de ambos os ensaios considerando o tempo de pega do ensaio de temperatura X tempo como o valor real. Os erros obtidos se encontram na tabela XV.

Ensaio T x tempoEnsaio VicatErro

Consistncia 70Tempo incio de pega (min)95,2541,67%

Tempo limite de pega (min)201050,00%

Consistncia 90Tempo incio de pega (min)15846,67%

Tempo limite de pega (min)301550,00%

Tabela XV Erros entre os ensaios de clculo de tempo de pegaEstes altos valores de erro podem ser explicados pelo fato do ensaio Vicat ser pouco automatizado e, portanto, envolver muitos erros experimentais como erro de leitura do cronmetro, erro de leitura de altura devido a falta de prtica no manuseio do aparelho de Vicat, o que leva a uma utilizao ineficaz do mesmo. Esta diferena vem sendo observada nas aulas da disciplina por vrios grupos, podendo os erros estarem ligados tambm aos equipamentos utilizados nos ensaios.2.5. Absoro de gua:

A absoro de gua um parmetro que est relacionado diretamente com a quantidade de poros de um material. Quanto maior a absoro de gua, maior a porosidade do corpo, ou seja, a gua encontrou mais espao livre (poros) para penetrar.

No ensaio realizado com os corpos de prova obtidos, a absoro de gua mdia dos corpos com consistncia 70 foi de 41,73%, enquanto a absoro de gua mdia dos corpos com consistncia 90 foi de 56,91%.

Desta maneira, pode-se concluir que quanto maior a consistncia do gesso, maior a porosidade do mesmo. Isto pode ser explicado pelo fato de que quanto maior o teor de gua utilizado na mistura, mais afastadas esto as partculas de gesso umas das outras e ento, quando o sulfato de clcio di-hidratado formado, h mais espao livre estre seus cristais, ou seja, uma maior porosidade.2.6. Ensaio de difuso:

Na figura XI, possvel notar que o coeficiente de difuso se mantm praticamente constante com o passar do tempo, o que demonstra que o corpo de prova apresenta uma porosidade bastante uniforme e, desta forma, a difuso no corpo se deu com uma velocidade aproximadamente constante.

Alm disso, verifica-se que o coeficiente de difuso maior nos corpos de consistncia 90, como j era esperado.

Este fenmeno ocorre porque quanto maior a consistncia, maior o teor de gua presente, o que promove uma precipitao mais espaada do gerando um maior nmero de poros. Assim, mais facilmente a soluo permeia pelo corpo de prova, levando menos tempo para difundir.3. CONCLUSO

O gesso um material que possui inmeras aplicaes e largamente usado na rea de construo civil, medicina, odontologia, dentre outras. Alm disso, os moldes utilizados na indstria no processo de colagem por barbotinas so feitos deste material.A trabalhabilidade do gesso uma caracterstica muito importante de estudo, em especial para aqueles que trabalham na rea de construo civil que precisam de uma boa trabalhabilidade para poder realizar suas atividades. Esta caracterstica funo do tempo de pega do gesso e, por isso, o principal objetivo dos experimentos foi avaliar o tempo de pega.

Foram realizados dois ensaios para determinao do tempo de pega: avaliao da Temperatura e o ensaio Vicat (ensaio muito difundido nas indstrias onde se utiliza o gesso). O tempo de incio de pega mdio (obtido pela mdia entre os dois mtodos) foi de 7,1 minutos na consistncia de 70 e de 11,5 minutos na consistncia de 90. O tempo limite de pega mdio (pela mdia entre os dois mtodos) foi de 15 minutos na consistncia de 70 e de 22,5 minutos na consistncia de 90.Foi possvel concluir, a partir dos resultados, que quanto maior a consistncia, maior o tempo de pega. Este fato confere uma maior trabalhabilidade ao corpo de maior consistncia, porm uma menor resistncia. Assim, a escolha da consistncia ideal da mistura de gua com gesso feita de acordo com a aplicao e especificao do objeto de uso final.Tambm foi analisada a influncia da consistncia na absoro de gua e difuso nos corpos de prova. Estas caractersticas esto relacionadas com a porosidade do material formado e, por isso, so de grande relevncia para o processo de colagem por barbotinas.Atravs do ensaio de difuso, foi observado que para os corpos de consistncia 90 os coeficientes de difuso obtidos foram maiores do que os de consistncia 70, o que demonstra que quanto maior a consistncia do material, maior a porosidade do mesmo. Isto tambm foi notado no ensaio de absoro de gua.4. BIBLIOGRAFIA

1. Apostila de Processos Inorgnicos Experimental do curso de Engenharia Qumica da UFRJ Ano 2010/1;

2. Anotaes de aula, ministrada pela professora Valria Castro Ano 2010/1.

3. NORTON, F.H. Introduo a Tecnologia Cermica. Editora Edgard Blcher Ltda, 1973.

4. Anotaes de aula da disciplina Processos Inorgnicos II, ministrada pelo professor Jo Dweck 2010/1.

5. Caractersticas do Material. Disponvel em: http://www.arq.ufsc.br/arq5661 /trabalhos_2005-1/gesso/material.htm. Acessado em: 12/07/2010. EMBED Word.Picture.8

1222

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0.0003190.000408

0.0002990.000406

0.0002980.000403

Consistncia 70

Consistncia 90

Tempo (s)

Dg (cm2/s)

Dg X tempo

Plan1

Consistencia 90 - Teste 1Consistencia 90 - Teste 2

Tempo (min)Temperatura (C)Tempo (min)Temperatura (C)

124.7124.3

224.8224.6

324.9324.7

425424.8

525.1524.9

625.2625

725.3725.1

825.5825.3

925.7925.5

10261025.8

1126.31126.1

1226.71226.5

1327.11327

1427.71427.6

1528.31528.2

1629.11629

1729.91729.9

1831.11830.9

1932.11932.1

2033.72033.5

2135.22135.1

2236.92237.1

2338.42338.3

2439.72439.7

2540.62540.5

2641.12641.1

2741.42741.4

2841.62841.6

2941.72941.6

3041.73041.5

3141.63141.4

3241.43241.3

3341.23341.1

34413440.9

3540.83540.7

VICAT Consistcia 90 - Teste 2

tempoaltura

1.10

2.10

3.10

4.10

5.20

6.10

7.11

8.12

8.48

915

9.518

1019

10.526

1127

11.530

1235

12.535

1336

13.537

1437

14.537

1538

Plan1

Teste 1

Teste 2

Tempo (min)

Temperatura C

Tempo de pega - Consistncia 90

Plan2

Tempo (min)

Temperatura C

Tempo de pega (cons. 90) - Teste 1

Plan3

Valor de nmg/mol CaSO4CaSO4(%)H2O(%)

1-Feb14593.796.21

115482.3111.69

217279.0620.94

1cm=10mm

10^2

Tempo (s)Difuso no gesso

(cm2/s)

2400.000319

5400.000299

8400.000298

2400.000408

5400.000406

8400.000403

ConsistnciaTempo (s)Mdia das alturas (cm)Mdia Total das alturas (cm)Difuso no gesso

Prisma 1Prisma 2Prisma 3(cm2/s)

702402.752.782.772.770.0003197042

5403.984.044.044.02

84055.064.935

902403.13.183.13.13

5404.74.554.84.68

8405.655.786.025.82

Consistncia 70

Consistncia 90

Tempo (s)

Difuso (cm2/s)

Difuso no gesso X Tempo

Consistncia 70

Consistncia 90

Tempo (s)

Dg (cm2/s)

Dg X tempo

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