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LIANA MARIA MACHADO DE SOUZA • MANOEL MARCELO AUGUSTO MARQUES NETO 32 AS POLITICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE NO BRASIL E O PLANO PLURIANUAL (2012– 2015) 33 e atuar diversos ministérios e órgãos públicos, a atribuição de responsabilidade quanto à gestão e acompanhamento da execução em cada fase do projeto, assume caráter basilar, de- vendo ser explicitada de forma minuciosa e detalhada. Conclusão Indiscutivelmente nos últimos anos, em nosso país, tem havido maior investimento em programas de políticas públi- cas de juventude. Entretanto, os jovens brasileiros convivem com problemas graves relacionados à extrema pobreza, acesso à educação, à saúde e ao trabalho; ou referentes a situações caracterizadas como em conflito com a lei, além das diferen- ças de oportunidades que precisam ser superadas. Ao mesmo tempo em que os próprios jovens reconhe- cem os avanços nas políticas públicas nos últimos anos, pode- se afirmar que a dimensão de suas demandas se tornou ainda mais central para a sociedade, onde novos temas ganharam espaço no cenário nacional a partir das vozes desta nova ge- ração. Assim, é impossível nos dias hodiernos pensar em uma agenda política para o país sem que o tema juventude não tenha caráter estratégico. (Secretaria Nacional de Juventude 2014, p. 70) O PPA 2012-2015 estabeleceu programas que visam instituir projetos que, sob variados enfoques estratégias, ob- jetivos e modelos, tomam como foco a parcela da juventude qualificada como estando em situação de maior vulnerabili- dade social. Segundo estudos da UNESCO (2004), há uma grande diversidade de iniciativas, descontinuidades e contradições na execução de projetos em diferentes contextos. Uma, dentre as muitas limitações na organização dos programas, é a forma desarticulada com que são planejados e implementados, não apresentando uma visão geral e perdendo, assim, a dimensão de conjunto, principalmente quando envolve o público jovem. Outro aspecto observado pela UNESCO (2004) é a centralização da gestão de políticas públicas no nível fede- ral. Por outro lado, destacam-se iniciativas mais recentes, no campo das políticas públicas, que apresentam tendências mais descentralizadoras. Como por exemplo, a participação dos movimentos sociais e juvenis que desempenharam um papel importante ao longo da última década, objetivando a constru- ção da Política Nacional de Juventude (CONJUVE, 2006). Os programas implantados previstos no PPA 2012-2015 merecem elogios, entretanto, devem ser analisados detalha- damente, uma vez que a avaliação proporciona um feedback para a alteração do rumo de uma determinada política. Como também se verifica os impactos sobre o bem-estar de dife- rentes grupos sociais, particularmente aqueles com risco mais elevado de serem afetados pelos impactos dessas mudanças de políticas. Acredita-se que o conjunto de reflexões apresentadas são ponderações iniciais e que não se esgotaram nesta publi- cação. O objetivo deste trabalho consistiu em despertar jun- to aos estudiosos do assunto a produção de novos conheci- mentos para a área, principalmente pela necessidade de uma análise sobre os resultados, sobretudo os impactos ou efeitos junto às comunidades beneficiadas dos programas implanta- dos pelo governo federal na última década. Referências ABRAMO, Helena. Apud SPOSITO, Marilia Pontes; CARRA- NO, Paulo C. Rodrigues. Juventude e Políticas Públicas no Brasil. Revista Brasilei- ra de Educação, n o 24, Rio de Janeiro, 2003. Disponível em:

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    e atuar diversos ministrios e rgos pblicos, a atribuio de responsabilidade quanto gesto e acompanhamento da execuo em cada fase do projeto, assume carter basilar, de-vendo ser explicitada de forma minuciosa e detalhada.

    Concluso

    Indiscutivelmente nos ltimos anos, em nosso pas, tem havido maior investimento em programas de polticas pbli-cas de juventude. Entretanto, os jovens brasileiros convivem com problemas graves relacionados extrema pobreza, acesso educao, sade e ao trabalho; ou referentes a situaes caracterizadas como em conflito com a lei, alm das diferen-as de oportunidades que precisam ser superadas.

    Ao mesmo tempo em que os prprios jovens reconhe-cem os avanos nas polticas pblicas nos ltimos anos, pode-se afirmar que a dimenso de suas demandas se tornou ainda mais central para a sociedade, onde novos temas ganharam espao no cenrio nacional a partir das vozes desta nova ge-rao. Assim, impossvel nos dias hodiernos pensar em uma agenda poltica para o pas sem que o tema juventude no tenha carter estratgico. (Secretaria Nacional de Juventude 2014, p. 70)

    O PPA 2012-2015 estabeleceu programas que visam instituir projetos que, sob variados enfoques estratgias, ob-jetivos e modelos, tomam como foco a parcela da juventude qualificada como estando em situao de maior vulnerabili-dade social.

    Segundo estudos da UNESCO (2004), h uma grande diversidade de iniciativas, descontinuidades e contradies na execuo de projetos em diferentes contextos. Uma, dentre as muitas limitaes na organizao dos programas, a forma desarticulada com que so planejados e implementados, no

    apresentando uma viso geral e perdendo, assim, a dimenso de conjunto, principalmente quando envolve o pblico jovem.

    Outro aspecto observado pela UNESCO (2004) a centralizao da gesto de polticas pblicas no nvel fede-ral. Por outro lado, destacam-se iniciativas mais recentes, no campo das polticas pblicas, que apresentam tendncias mais descentralizadoras. Como por exemplo, a participao dos movimentos sociais e juvenis que desempenharam um papel importante ao longo da ltima dcada, objetivando a constru-o da Poltica Nacional de Juventude (CONJUVE, 2006).

    Os programas implantados previstos no PPA 2012-2015 merecem elogios, entretanto, devem ser analisados detalha-damente, uma vez que a avaliao proporciona um feedback para a alterao do rumo de uma determinada poltica. Como tambm se verifica os impactos sobre o bem-estar de dife-rentes grupos sociais, particularmente aqueles com risco mais elevado de serem afetados pelos impactos dessas mudanas de polticas.

    Acredita-se que o conjunto de reflexes apresentadas so ponderaes iniciais e que no se esgotaram nesta publi-cao. O objetivo deste trabalho consistiu em despertar jun-to aos estudiosos do assunto a produo de novos conheci-mentos para a rea, principalmente pela necessidade de uma anlise sobre os resultados, sobretudo os impactos ou efeitos junto s comunidades beneficiadas dos programas implanta-dos pelo governo federal na ltima dcada.

    Referncias

    ABRAMO, Helena. Apud SPOSITO, Marilia Pontes; CARRA-NO, Paulo C. Rodrigues.

    Juventude e Polticas Pblicas no Brasil. Revista Brasilei-ra de Educao, no 24, Rio de Janeiro, 2003. Disponvel em:

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